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Conservação do solo
Módulo III
Preparação e manutenção do solo:
“A preparação do solo é o conjunto de operações usadas com vista
ao aumento ou manutenção da produtividade das culturas. Estas
operações podem produzir como resultado melhorias na qualidade
produtiva do local, através da minimização de perdas por erosão,
otimização da utilização dos recursos e melhorias na relação
custo/beneficio; mas por outro lado, podem causar degradação
física, química e biológica do solo”
(GONÇALVES et al., 2002).
Preparação e manutenção do solo:
Quando falamos em preparação e manutenção do solo, podemos
falar de diversos operações, desde:
• Destroçamento;
• Enrelvamento;
• Cobertura do solo;
• Monda;
• Fertilização;
• Irrigação;
• etc.
Mas normalmente referimo-nos às MOBILIZAÇÕES.
Preparação e manutenção do solo:
As mobilizações têm como objetivos:
• Arejamento;
• Regulação do regime hídrico (infiltração, perdas por evaporação,
etc);
• Incorporação dos corretivos e outros fertilizantes;
• Estabelecimento das raízes em profundidade;
• Supressão das infestantes.
Entre outros…
Preparação e manutenção do solo:
Preparação e manutenção do solo:
Como contras:
 Degradação da estrutura;
 Favorecimento da erosão;
 Agravamento dos riscos de seca;
 Mutilação do sistema radicular superficial;
 Aumento do efeito da geada na altura da rebentação;
 Multiplicação de infestantes vivazes;
Entre outros….
Preparação e manutenção do solo:
Quanto ao SISTEMA DE PREPARAÇÃO DO SOLO, depende do
tipo de cultura a realizar e do sistema que pretendemos aplicar, pois
existem 3 modalidades de sistemas de preparação do solo:
 Mobilização convencional (tradicional);
 Mobilização reduzida (mínima);
 Sem mobilização (sementeira direta).
Preparação e manutenção do solo:
Baseia-se na utilização da charrua, à qual sucede normalmente
passagens com outras alfaias, como a grade de discos, rolos,
escarificador, etc.
Mobilização convencional (tradicional):
Mobilização convencional (tradicional):
Mobilização convencional (tradicional):
Relativamente ao sistema convencional é menos intenso, quer seja em
termos de superficie, profundidade, tipo de trabalho realizado ou número
de operações culturais requeridas.
Mobilização reduzida (mínima):
Mobilização reduzida (mínima):
Sem mobilização prévia do solo, sendo a colocação da semente directamente
no solo.
Sem mobilização (sementeira direta):
Sem mobilização (sementeira direta):
Sem mobilização (sementeira direta):
Práticas aconselhadas e a evitar:
• Alterar o tipo de equipamento, percursos, profundidade de trabalho
e diferentes tipos de órgãos ativos, se se optar pela mobilização do
solo;
• Racionalizar a mobilização do solo;
• Trabalhar o solo em condições adequadas de humidade;
• Em alguns casos conservar o máximo de resíduos vegetais sobre a
superfície do terreno;
• Estabelecimento de enrelvamentos em vinhas, pomares e olivais,
fazendo uma preparação cuidadosa do solo;
• Fazer consociações de gramíneas e leguminosas com sementes de
variedades regionais;
• Fazer rotações de culturas;
Práticas aconselhadas e a evitar:
• Evitar a instalação de culturas em encostas com declives
superiores a 20%;
• Não fazer mobilizações com reviramento do solo;
• Revolver o solo o mínimo possível (estrutura do solo);
• Em parcelas inclinadas, não fazer mobilizações segundo a linha de
maior declive, mas sim segundo as curvas de nível;
• Evitar fazer mobilizações com o solo ainda encharcado;
• Não mobilizar excessivamente o solo (evita a sua compactação);
• Não deixar por incorporar os corretivos orgânicos sobre o solo
durante o Inverno.
Para escolher o tipo de equipamento necessário à mecanização de
determinada operação é necessário conhecer a quantidade de trabalho,
as condições em que vai ser realizado, o período de tempo que se
espera ter para o fazer, as características do solo e seu estado, o tipo de
cultura e exigências, as condições climatéricas no momento de
realização dos trabalhos, a topografia e dimensão da parcela, a escolha
do momento oportuno, o tipo de operação/preparação e claro do
equipamento disponível.
Épocas e equipamentos mais apropriados:
• Assegurar a cobertura vegetal do solo entre 15 de Novembro e 1 de
Março (IQFP ≥ 3);
• Não utilizar alfaias rotativas (destroem a estrutura do solo),
privilegiar a utilização de alfaias de dentes. As alfaias que misturam
as diferentes camadas do solo, como é o caso da charrua, não são as
mais adequadas. Este tipo de alfaia tem uma ação negativa sobre a
atividade microbiológica.
Épocas e equipamentos mais apropriados:
• Se utilizar corretivos orgânicos, os mesmos devem ser espalhados
sobre o terreno de forma uniforme e incorporados até 2 dias após a
aplicação, a pequena profundidade, com recurso a técnicas de
mobilização mínima sempre que seja adequado ao objetivo, ou
podendo proceder-se a injeção ou utilização de grade de discos;
• Utilizar, na sementeira da entrelinha, sempre técnicas de
mobilização mínima, podendo no caso da incorporação de
corretivos orgânicos, recorrer ao uso de grade de discos;
Épocas e equipamentos mais apropriados:
Métodos de rega, solo e gastos de água:
Torna-se necessário regar as culturas sempre que a água da chuva e/ou a
água armazenada no solo não é suficiente, para garantir uma produção
economicamente viável, fazendo a sua gestão de uma forma eficiente.
Métodos de rega de superfície:
Existem vários sistemas de rega de superfície, distinguindo-se os sistemas
em que há escorrimento da água à superfície (rega por sulcos, e faixas) dos
sistemas em que há submersão da superfície a regar (rega em canteiros, em
caldeiras).
Métodos de rega de superfície:
São vários os sistemas de rega com água sob pressão, distinguindo-se
os sistemas em que a água é distribuída em toda a superfície por
aspersão (center pivot), dos sistemas de rega localizada (gota-a-gota).
Sistemas de rega sob pressão:
• Regas de humedecimento;
• Regas de proteção;
• Regas de fertilização.
Finalidades da rega:
Classificação dos sistemas de rega:
Existem diversos sistemas de rega, que, como é lógico, devem ser
empregues de acordo com as circunstâncias em causa,
particularmente, de acordo com natureza das culturas e do terreno a
beneficiar, a mão-de-obra de que se dispõe para a realização das
regas, o clima local, a textura do solo, etc.
Rega por sulcos:
Rega por sulcos:
Processo de canteiros:
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Rega por aspersão:
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• Dispensa a armação do terreno necessária ao emprego dos métodos de
rega por gravidade;
• Permite regular com certo rigor a quantidade de água fornecida ao solo
em cada rega;
• Possibilita uma boa uniformidade de distribuição da água ao terreno;
• Permite uma importante economia de água relativamente aos processos
de rega por gravidade;
• Evita a erosão eventualmente provocada pela rega;
• Conduz a um total aproveitamento do terreno;
• Possibilita uma importante economia de mão-de-obra relativamente a
outros processos de rega;
• Origina melhor aquecimento e arejamento da água de rega;
Vantagens do sistema de rega por aspersão:
Vantagens do sistema de rega por aspersão:
• Custos das instalações e despesas de funcionamento relativamente
elevados;
• Distribuição irregular por efeito de vento forte;
• Favorece o desenvolvimento de algumas doenças das plantas
(fungos);
• Pode provocar um certo calcamento do solo;
• Impossibilidade de empregar águas com elevados teores salinos.
Desvantagens do sistema de rega por aspersão:
Rega localizada:
Rega localizada:
Rega localizada:
Existem dois tipos fundamentais de rega localizada, conforme as
características dos emissores utilizados e o modo como se faz o
humedecimento do solo.
- Gota- a-gota
- Miniaspersão
Rega localizada:
Gota – a – Gota
Gota – a – Gota
Gota – a – Gota
• Economia de água;
• Utilização de águas com elevados teores salinos;
• Emprego em todos os tipos de terreno;
• Economia de mão-de-obra;
• Emprego da fertirrigação mineral;
• Obtenção de uma melhoria, quantitativa e qualitativa, das
produções;
• Maior facilidade de realização das operações culturais;
• Emprego em qualquer momento;
• Maior facilidade do uso da rega em agricultura protegida;
• Menores consumos de energia.
Vantagens do sistema de rega localizada
(gota-a-gota e miniaspresão):
Rega localizada – gota-a-gota:
Rega localizada – gota-a-gota:
Rega localizada – gota-a-gota:
Rega localizada – miniaspersão:
• Custos das instalações e despesas de funcionamento relativamente
elevados;
• Elevados custos de primeiro investimento;
• Riscos de entupimento, sobretudo no caso dos gotejadores;
• Menor aproveitamento do solo;
• Desenvolvimento de infestantes junto das linhas com os emissores;
• Nulo (ou muito reduzido) efeito contra as geadas;
• Dificuldade de realização da fertirrigação orgânica e da distribuição
dos adubos fosfatados (especialmente com águas alcalinas);
• Acumulação de sais em excesso nas zonas áridas.
Desvantagens do sistema de rega localizada
(gota-a-gota e miniaspresão):
Regueiras de nível:
A qualidade da água de rega é importante para o solo e para as culturas.
A natureza e a concentração de alguns sais, determina a qualidade da
água e influencia o solo e a cultura.
As águas de má qualidade podem provocar salinização do solo,
diminuição da sua permeabilidade e toxicidade para as culturas.
Por outro lado o excesso de elementos nutritivos, principalmente o azoto
(nitratos), o cálcio e o magnésio, fornecem nutrientes às culturas e
devem ser tidos em conta nos cálculos de fertilização.
Qualidade da água de rega:
A análise química e microbiológica deve ser feita periodicamente.
• A primeira tem mais importância no que diz respeito ao efeito da
água no solo e na cultura.
• A segunda condiciona a qualidade do alimento, caso dos legumes
consumidos em fresco e crus.
(ex. coliformes fecais VMR de 100 bactérias p/ 100 ml água de rega)
O solo é o principal fornecedor de nutrientes e de água às plantas,
dependendo do nível de fertilidade, das suas características físicas,
químicas e biológicas.
Para preservar solo é preciso usar técnicas culturais que tenham efeito
direto sobre as suas características, sendo para isso fundamental, nas
nossas condições: melhorar a fertilidade, defender o solo contra a
erosão e proteger a qualidade do solo da poluição com produtos
fitofarmacêuticos.
Estratégias de conservação do solo:
Boas práticas e conservação do solo:
• Melhorar a fertilidade do solo:
– Enriquecer o solo em matéria orgânica;
– Fertilizar racionalmente as culturas;
– Corrigir a acidez do solo;
• Defender o solo contra a erosão:
– Distribuição das culturas na exploração;
– Racionalizar a mobilização do solo;
– Cuidados especiais no cultivo de terrenos declivosos;
– Evitar a compactação do solo;
Boas práticas e conservação do solo:
• Proteger a qualidade do solo da poluição dos produtos
fitofarmacêuticos:
– Cumprir as regras gerais para o uso dos produtos
fitofarmacêuticos;
– Cuidados na aplicação dos produtos fitofarmacêuticos;
– Armazenar e manusear corretamente os produtos
fitofarmacêuticos na exploração.
“Pode parecer uma surpresa para o homem moderno que a vida humana
dependa para a sua existência de menos de um metro de uma mistura de
detritos orgânicos e inorgânicos.”
“Contudo assim é!”
…
“O solo é o mais precioso recurso natural no mundo. No entanto, não
valorizado como devia ser. O ouro, petróleo, os minerais e as pedras preciosas
atingem preços tais que nos levam a tratar o solo como mero lixo!”
Edouard Saouma, Director Geral da FAO

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III conservacao

  • 2. Preparação e manutenção do solo: “A preparação do solo é o conjunto de operações usadas com vista ao aumento ou manutenção da produtividade das culturas. Estas operações podem produzir como resultado melhorias na qualidade produtiva do local, através da minimização de perdas por erosão, otimização da utilização dos recursos e melhorias na relação custo/beneficio; mas por outro lado, podem causar degradação física, química e biológica do solo” (GONÇALVES et al., 2002).
  • 3. Preparação e manutenção do solo: Quando falamos em preparação e manutenção do solo, podemos falar de diversos operações, desde: • Destroçamento; • Enrelvamento; • Cobertura do solo; • Monda; • Fertilização; • Irrigação; • etc. Mas normalmente referimo-nos às MOBILIZAÇÕES.
  • 5. As mobilizações têm como objetivos: • Arejamento; • Regulação do regime hídrico (infiltração, perdas por evaporação, etc); • Incorporação dos corretivos e outros fertilizantes; • Estabelecimento das raízes em profundidade; • Supressão das infestantes. Entre outros… Preparação e manutenção do solo:
  • 7. Como contras:  Degradação da estrutura;  Favorecimento da erosão;  Agravamento dos riscos de seca;  Mutilação do sistema radicular superficial;  Aumento do efeito da geada na altura da rebentação;  Multiplicação de infestantes vivazes; Entre outros…. Preparação e manutenção do solo:
  • 8. Quanto ao SISTEMA DE PREPARAÇÃO DO SOLO, depende do tipo de cultura a realizar e do sistema que pretendemos aplicar, pois existem 3 modalidades de sistemas de preparação do solo:  Mobilização convencional (tradicional);  Mobilização reduzida (mínima);  Sem mobilização (sementeira direta). Preparação e manutenção do solo:
  • 9. Baseia-se na utilização da charrua, à qual sucede normalmente passagens com outras alfaias, como a grade de discos, rolos, escarificador, etc. Mobilização convencional (tradicional):
  • 12. Relativamente ao sistema convencional é menos intenso, quer seja em termos de superficie, profundidade, tipo de trabalho realizado ou número de operações culturais requeridas. Mobilização reduzida (mínima):
  • 14. Sem mobilização prévia do solo, sendo a colocação da semente directamente no solo. Sem mobilização (sementeira direta):
  • 17. Práticas aconselhadas e a evitar: • Alterar o tipo de equipamento, percursos, profundidade de trabalho e diferentes tipos de órgãos ativos, se se optar pela mobilização do solo; • Racionalizar a mobilização do solo; • Trabalhar o solo em condições adequadas de humidade; • Em alguns casos conservar o máximo de resíduos vegetais sobre a superfície do terreno; • Estabelecimento de enrelvamentos em vinhas, pomares e olivais, fazendo uma preparação cuidadosa do solo; • Fazer consociações de gramíneas e leguminosas com sementes de variedades regionais; • Fazer rotações de culturas;
  • 18. Práticas aconselhadas e a evitar: • Evitar a instalação de culturas em encostas com declives superiores a 20%; • Não fazer mobilizações com reviramento do solo; • Revolver o solo o mínimo possível (estrutura do solo); • Em parcelas inclinadas, não fazer mobilizações segundo a linha de maior declive, mas sim segundo as curvas de nível; • Evitar fazer mobilizações com o solo ainda encharcado; • Não mobilizar excessivamente o solo (evita a sua compactação); • Não deixar por incorporar os corretivos orgânicos sobre o solo durante o Inverno.
  • 19. Para escolher o tipo de equipamento necessário à mecanização de determinada operação é necessário conhecer a quantidade de trabalho, as condições em que vai ser realizado, o período de tempo que se espera ter para o fazer, as características do solo e seu estado, o tipo de cultura e exigências, as condições climatéricas no momento de realização dos trabalhos, a topografia e dimensão da parcela, a escolha do momento oportuno, o tipo de operação/preparação e claro do equipamento disponível. Épocas e equipamentos mais apropriados:
  • 20. • Assegurar a cobertura vegetal do solo entre 15 de Novembro e 1 de Março (IQFP ≥ 3); • Não utilizar alfaias rotativas (destroem a estrutura do solo), privilegiar a utilização de alfaias de dentes. As alfaias que misturam as diferentes camadas do solo, como é o caso da charrua, não são as mais adequadas. Este tipo de alfaia tem uma ação negativa sobre a atividade microbiológica. Épocas e equipamentos mais apropriados:
  • 21. • Se utilizar corretivos orgânicos, os mesmos devem ser espalhados sobre o terreno de forma uniforme e incorporados até 2 dias após a aplicação, a pequena profundidade, com recurso a técnicas de mobilização mínima sempre que seja adequado ao objetivo, ou podendo proceder-se a injeção ou utilização de grade de discos; • Utilizar, na sementeira da entrelinha, sempre técnicas de mobilização mínima, podendo no caso da incorporação de corretivos orgânicos, recorrer ao uso de grade de discos; Épocas e equipamentos mais apropriados:
  • 22. Métodos de rega, solo e gastos de água: Torna-se necessário regar as culturas sempre que a água da chuva e/ou a água armazenada no solo não é suficiente, para garantir uma produção economicamente viável, fazendo a sua gestão de uma forma eficiente. Métodos de rega de superfície: Existem vários sistemas de rega de superfície, distinguindo-se os sistemas em que há escorrimento da água à superfície (rega por sulcos, e faixas) dos sistemas em que há submersão da superfície a regar (rega em canteiros, em caldeiras).
  • 23. Métodos de rega de superfície:
  • 24. São vários os sistemas de rega com água sob pressão, distinguindo-se os sistemas em que a água é distribuída em toda a superfície por aspersão (center pivot), dos sistemas de rega localizada (gota-a-gota). Sistemas de rega sob pressão:
  • 25. • Regas de humedecimento; • Regas de proteção; • Regas de fertilização. Finalidades da rega: Classificação dos sistemas de rega: Existem diversos sistemas de rega, que, como é lógico, devem ser empregues de acordo com as circunstâncias em causa, particularmente, de acordo com natureza das culturas e do terreno a beneficiar, a mão-de-obra de que se dispõe para a realização das regas, o clima local, a textura do solo, etc.
  • 26.
  • 36. • Dispensa a armação do terreno necessária ao emprego dos métodos de rega por gravidade; • Permite regular com certo rigor a quantidade de água fornecida ao solo em cada rega; • Possibilita uma boa uniformidade de distribuição da água ao terreno; • Permite uma importante economia de água relativamente aos processos de rega por gravidade; • Evita a erosão eventualmente provocada pela rega; • Conduz a um total aproveitamento do terreno; • Possibilita uma importante economia de mão-de-obra relativamente a outros processos de rega; • Origina melhor aquecimento e arejamento da água de rega; Vantagens do sistema de rega por aspersão:
  • 37. Vantagens do sistema de rega por aspersão:
  • 38. • Custos das instalações e despesas de funcionamento relativamente elevados; • Distribuição irregular por efeito de vento forte; • Favorece o desenvolvimento de algumas doenças das plantas (fungos); • Pode provocar um certo calcamento do solo; • Impossibilidade de empregar águas com elevados teores salinos. Desvantagens do sistema de rega por aspersão:
  • 42. Existem dois tipos fundamentais de rega localizada, conforme as características dos emissores utilizados e o modo como se faz o humedecimento do solo. - Gota- a-gota - Miniaspersão Rega localizada:
  • 43. Gota – a – Gota
  • 44. Gota – a – Gota
  • 45. Gota – a – Gota
  • 46. • Economia de água; • Utilização de águas com elevados teores salinos; • Emprego em todos os tipos de terreno; • Economia de mão-de-obra; • Emprego da fertirrigação mineral; • Obtenção de uma melhoria, quantitativa e qualitativa, das produções; • Maior facilidade de realização das operações culturais; • Emprego em qualquer momento; • Maior facilidade do uso da rega em agricultura protegida; • Menores consumos de energia. Vantagens do sistema de rega localizada (gota-a-gota e miniaspresão):
  • 47. Rega localizada – gota-a-gota:
  • 48. Rega localizada – gota-a-gota:
  • 49. Rega localizada – gota-a-gota:
  • 50. Rega localizada – miniaspersão:
  • 51. • Custos das instalações e despesas de funcionamento relativamente elevados; • Elevados custos de primeiro investimento; • Riscos de entupimento, sobretudo no caso dos gotejadores; • Menor aproveitamento do solo; • Desenvolvimento de infestantes junto das linhas com os emissores; • Nulo (ou muito reduzido) efeito contra as geadas; • Dificuldade de realização da fertirrigação orgânica e da distribuição dos adubos fosfatados (especialmente com águas alcalinas); • Acumulação de sais em excesso nas zonas áridas. Desvantagens do sistema de rega localizada (gota-a-gota e miniaspresão):
  • 53. A qualidade da água de rega é importante para o solo e para as culturas. A natureza e a concentração de alguns sais, determina a qualidade da água e influencia o solo e a cultura. As águas de má qualidade podem provocar salinização do solo, diminuição da sua permeabilidade e toxicidade para as culturas. Por outro lado o excesso de elementos nutritivos, principalmente o azoto (nitratos), o cálcio e o magnésio, fornecem nutrientes às culturas e devem ser tidos em conta nos cálculos de fertilização. Qualidade da água de rega:
  • 54. A análise química e microbiológica deve ser feita periodicamente. • A primeira tem mais importância no que diz respeito ao efeito da água no solo e na cultura. • A segunda condiciona a qualidade do alimento, caso dos legumes consumidos em fresco e crus. (ex. coliformes fecais VMR de 100 bactérias p/ 100 ml água de rega)
  • 55. O solo é o principal fornecedor de nutrientes e de água às plantas, dependendo do nível de fertilidade, das suas características físicas, químicas e biológicas. Para preservar solo é preciso usar técnicas culturais que tenham efeito direto sobre as suas características, sendo para isso fundamental, nas nossas condições: melhorar a fertilidade, defender o solo contra a erosão e proteger a qualidade do solo da poluição com produtos fitofarmacêuticos. Estratégias de conservação do solo:
  • 56. Boas práticas e conservação do solo: • Melhorar a fertilidade do solo: – Enriquecer o solo em matéria orgânica; – Fertilizar racionalmente as culturas; – Corrigir a acidez do solo; • Defender o solo contra a erosão: – Distribuição das culturas na exploração; – Racionalizar a mobilização do solo; – Cuidados especiais no cultivo de terrenos declivosos; – Evitar a compactação do solo;
  • 57. Boas práticas e conservação do solo: • Proteger a qualidade do solo da poluição dos produtos fitofarmacêuticos: – Cumprir as regras gerais para o uso dos produtos fitofarmacêuticos; – Cuidados na aplicação dos produtos fitofarmacêuticos; – Armazenar e manusear corretamente os produtos fitofarmacêuticos na exploração.
  • 58. “Pode parecer uma surpresa para o homem moderno que a vida humana dependa para a sua existência de menos de um metro de uma mistura de detritos orgânicos e inorgânicos.” “Contudo assim é!” … “O solo é o mais precioso recurso natural no mundo. No entanto, não valorizado como devia ser. O ouro, petróleo, os minerais e as pedras preciosas atingem preços tais que nos levam a tratar o solo como mero lixo!” Edouard Saouma, Director Geral da FAO