O documento discute a importância do manejo adequado do solo para a produtividade e sustentabilidade agrícola. Ele descreve práticas como plantio direto, rotação de culturas, terraços e cordões de pedra que reduzem a erosão, aumentam a matéria orgânica e fertilidade do solo, e promovem a conservação ambiental.
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MANEJO SOLO 40
1. MANEJO DE SOLOS
O porque do manejo adequado do solo?
O manejo adequado do solo é essencial
para a obtenção da produtividade de
grãos que permita, ao mesmo tempo,
um rendimento econômico satisfatório
e a manutenção do potencial produtivo
do solo.
2. O que o manejo adequado do solo
proporciona?
ADEQUADO
• Reduz Erosão;
• Aumenta diversidade de
Vida (plantas, animais,
insetos benéficos, micro);
• Aumenta Matéria Orgânica;
• Aumenta disponibilidade
de nutrientes;
• Aumenta Estabilidade (de
vida, depois $);
• Aumenta a
independência.
INADEQUADO
Aumenta Erosão
Reduz diversidade de Vida
Reduz Matéria Orgânica e
perde nutrientes
Reduz Estabilidade (de
vida, depois $)
Cria dependência por
técnicos, empresas e
insumos!
5. Tecnologias que melhoram na qualidade
dos solos relacionada ao manejo
adequado, o qual inclui, entre outras
práticas:
1. plantio direto;
6. Sistemas de preparo do
solo convencional
Eliminação da cobertura do solo;
Desestabilização da estrutura;
Compactação;
Redução da matéria orgânica;
Agrotóxicos: plantas espontâneas,
pragas e doenças.
Sistema de Plantio Direto
(SPD)
• Semeadura com revolvimento
do solo restrito (linha de plantio
ou cova), coberto com palhada;
• Brasil: década de 1970, controle
químico das plantas
espontâneas;
• Conservar o solo e economizar
combustíveis;
• Redução na erosão;
• Melhoria da estrutura do solo;
• Aumento: fertilidade, retenção
de água, matéria orgânica,
população e atividade de
microrganismos;
• Redução: custos de produção
(uso de máquinas), penosidade
do trabalho.
Marcelo Venturi - vento_mar@hotmail.com - http://agroecologia.ufsc.br
7.
8. 2. ROTAÇÃO DE CULTURAS;
A rotação de culturas consiste em alternar,
anualmente, espécies vegetais, numa mesma
área agrícola. As espécies escolhidas devem
ter, ao mesmo tempo, propósitos comercial e
de recuperação do solo.
9. Vantagens da rotação
de culturas
proporcionar a produção diversificada de
alimentos e outros produtos agrícolas,
melhora as características físicas, químicas e
biológicas do solo;
auxilia no controle de plantas daninhas, doenças
e pragas;
repõe matéria orgânica e protege o solo da ação
dos agentes climáticos;
viabiliza do Sistema de Semeadura Direta
10.
11. 3-
Terraceamento;
Os terraços de retenção são estruturas
transversais construídas na direção da declividade
do terreno em nível, com finalidade de reduzir a
velocidade da enxurrada e o seu potencial de
destruição sobre os agregados do solo.
Terraceamento é indicado para terrenos com
declividade entre 4% a 50%.
12. Principais Vantagens dos Terraços
Reduz a velocidade e o volume das águas
nas enxurradas;
diminui as perdas de solo, de sementes e de
adubos;
diminui o escoamento superficial - run off; e
aumenta a capacidade de infiltração,
armazenamento e a retenção da água no
solo.
13.
14. 4 - Cordões de pedra em contorno;
Prática conservacionista de natureza mecânica, geralmente
aplicada ao ambiente da pequena propriedade, em áreas
onde há dificuldade de uso da mecanização agrícola,
tração motora ou animal, por consequência do relevo e
que tenha certa disponibilidade de material, pedras, nas
proximidades ou entorno da área, para utilização da
prática.
Os cordões de pedras em contorno segmentam o
comprimento dos declives, fazem diminuir o volume e a
velocidade das enxurradas, forçam a deposição de
sedimentos, nas áreas onde são construídos, e formam
patamares naturais.
15.
16. Finalidades e Benefícios
Segmentação do comprimento de rampa (declives);
controle do volume e da velocidade das enxurradas;
deposição e retenção de uma massa de sedimentos
sobre a área onde são construídos;
modificação do microrelevo na faixa compreendida
entre os cordões;
aumento da profundidade efetiva sobre a área de
deposição;
melhoria das propriedades físico-químicas do solo,
sobre a área de deposição.
17. 5 – Consórcio de lavouras / criação /
florestas;
A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)
promove a recuperação de áreas de pastagens
degradadas busca melhorar a fertilidade do solo
com a aplicação de técnicas e sistemas de
plantio adequados para a otimização e a
intensificação de seu uso.
Dessa forma, permite a diversificação das
atividades econômicas na propriedade e
minimiza os riscos de frustração de renda por
eventos climáticos ou por condições de mercado.
18. Benefícios
A integração também:
reduz o uso de agroquímicos;
Evita abertura de novas áreas para fins
agropecuários e o passivo ambiental;
Possibilita, ao mesmo tempo, o aumento da
biodiversidade e do controle dos processos
erosivos com a manutenção da cobertura do
solo;
uma alternativa econômica e sustentável para
elevar a produtividade de áreas degradadas.
19.
20. 6 - Plantio em curvas de nível
Realizar cultivos em nível significa fazer as
operações de preparo do solo, plantio e
todas as operações de cultivo no sentido
transversal a pendente – cortando o declive
-, seguindo curvas de nível – linhas em
nível, linhas em contorno, onde uma linha
em nível é aquela que possui todos os
pontos em uma mesma altura no terreno
21. Cultivo em nível
• Objetivo
– Reduzir a erosão
– Facilitar os tratos na lavoura
• Em uma área cultivada em nível
– As operações são feitas praticamente em nível
– Fileira de plantas, pequenos sulcos e leiras e
restos culturais
• Formam
uma barreira contra a enxurrada
diminuindo a sua velocidade e energia
• Aumentando a infiltração de água
22.
23. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CEARÁ. Secretaria dos Recursos Hídricos.
Práticas de manejo e conservação de solo
e água no semiárido do Ceará. Fortaleza:
Secretaria dos Recursos Hídricos, 2010. 37
p. (Cartilhas temáticas tecnologias e práticas
hidroambientais para convivência com o
Semiárido ; v. IV). Disponível em: <<
http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquiv
os/downloads/Cartilhavol4Praticasmanejoco
nservacaosoloagua_39993.pdf>>.
Acesso
em: 09 nov. 2013.
24. BRASIL. Ministério da Agricultura. EMBRAPA.
Práticas de conservação do solo e recuperação
de áreas degradadas. Rio Branco: EMBRAPA,
2003. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABVzAA
K/livro-praticas-conservacao-solo-recuperacaoareas-degradadas>>. Acesso em: 09 nov. 2013