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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ELVIS ALVES DA SILVA
ICTIOFAUNA LOCAL: UM ESTUDO PRÁTICO COM OS PRINCIPAIS PEIXES DE
IMPORTÂNCIA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE IGUATU – CE
IGUATU-CEARÁ
2012
 
	
  
ELVIS ALVES DA SILVA
ICTIOFAUNA LOCAL: UM ESTUDO PRÁTICO COM OS PRINCIPAIS PEIXES DE
IMPORTÂNCIA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE IGUATU – CE.
Monografia apresentada à Coordenação do
Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de
Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da
Universidade Estadual do Ceará, como
requisito para obtenção do título de licenciado
em Ciências Biológicas.
Orientador: Prof. Me. Ricardo Rodrigues da
Silva
IGUATU-CEARÁ
2012
 
	
  
 
	
  
“É peixe quando pula e descortina a clara
possibilidade de mudar de opinião... É peixe
quando sem ligar a seta muda o rumo
inverte a coisa, embola o pensamento e
então... É peixe quando anda contra o vento,
desafia o sofrimento e carrega o mundo com
a mão... É peixe quando anda no oceano de
quarenta correntezas sem nenhuma
embarcação...”.
Oswaldo Montenegro
 
	
  
Dedico a mainha e painho, por me
acompanhar em todos os momentos da vida
e de minha trajetória acadêmica e por
sempre acreditarem em mim;
À minha mana Priscila por estar comigo lado
a lado sempre que preciso;
Ao meu avô Luis Guedes (in memorian), que
sempre foi um exemplo de caráter a ser
seguido;
E a Sdena Nunes, que sempre me ajudou
quando eu buscava auxílio.
 
	
  
AGRADECIMENTOS
À Deus, que sempre me dá forças para nunca desistir dos meus sonhos;
Ao Prof. Me. Ricardo Rodrigues da Silva, por ter me orientado para a conclusão
desse trabalho, estando em disponibilidade em todos os momentos que o procurei
dispensando horas preciosas do seu tempo.
Aos meus pais Francisco Alves e Lusidéria Silva, que estão comigo em todos os
momentos, corrigindo meus erros e sempre me apoiando nas minhas decisões;
Às minhas irmãs Priscila Alves e Silvana Alves, que sempre acreditam que eu posso
ir mais longe;
À minha familia: avós, tios (as), primos (as), por confiarem e acreditarem em mim
sempre;
À Tia Verônica, por apoiar e investir em mim sempre que pode, desde quando eu
era criança;
À Sdena Nunes por me mostrar que devemos correr atrás do que queremos sem
importar aonde tenhamos que ir, por tornar-se uma amiga a quem posso contar
quando precisar, por acreditar em mim investindo no meu “saber” e por ser um
exemplo a quem quero seguir e dar a volta ao mundo.
À Profa. Alana Cecília que vem me incentivando e me acompanhando em minha
carreira acadêmica e que esteve disponível para me ajudar sempre que precisei;
À Profa. Ana Cristina que me auxiliou muito nessa pesquisa, mesmo não atuando
mais como professora da disciplina;
À todos os outros professores, Irismaura Alves, Ana Kelen, Fernando Roberto,
Môngolla Keyla, Mayle Bezerra, Carmem Rogélia, Claita, os quais tive a honra de
ser aluno, por ter me tornado amigo, por todo o conhecimento que me foi passado,
que muito mais que aulas, foram exemplos de profissional que quero seguir;
À minha amiga Jamile Dantas, por está comigo lado a lado nessa caminhada,
compartilhando alegrias, e aguentando minhas “marimbas”, porque sem ela eu não
teria chegado até aqui;
Aos amigos Flavia Assunção, Lidanete Ribeiro, Djane Assunção, Jonas Silva, pela
grande amizade incondicional desde a infância, e que sempre pude contar em
qualquer tempo;
 
	
  
Às queridas Ilca Maciel, Julia Alzira e Juliana Maia, que me confortaram em
momentos difíceis que passei, sejam me aconselhando ou vivenciando uma grande
amizade;
Às minhas amigas Taciana Guedes, Jordânia Melo e Patricia Márcia, pela amizade
verdadeira, a qual compartilharam comigo muitos momentos divertidos e aventuras
por aí afora;
Aos outros colegas de turma Maiara Alves, Lucilane Tavares, Nikaelly Oliveira, Aila
Bernardo, Denis Andrade, Thamires Alves, Livia Guedes, João Vitor, Kemili Castro,
Bruna Mikaelly, Marília Alves os quais vivenciamos juntos momentos de alegria,
tensão, parceria, esperança e sem dúvida muitos sonhos;
À Theonila Cavalcante, que considero como uma mãe na Fecli, pois sempre me
tratou com carinho e atendeu meus pedidos sempre que possível;
À Magdalena, por esclarecer minhas dúvidas sempre que a procurei;
Ao Clube do Mar do Ceará, por contribuir amplamente na minha decisão sobre a
carreira que desejo seguir futuramente;
Ao CVT/Iguatu por ter cedido espaço do Laboratório de Biologia para a conclusão
desse trabalho;
E a todas as pessoas que contribuíram para a realização deste trabalho.
 
	
  
RESUMO
Os peixes constituem o grupo mais antigo e numeroso dentre os vertebrados. Com
importância econômica, constituem uma importante fonte alimentar e são subsídio
para geração de emprego e renda. Trabalhar o assunto “peixes” em sala de aula
torna-se cansativo para o aluno, principalmente de forma tradicional. Assim, a
utilização de metodologias alternativas apresenta-se como um fator favorável para o
processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, os objetivos desse trabalho
foram realizar um estudo sobre os peixes mais comercializados no município de
Iguatu/CE e transmitir esse conhecimento para os alunos do Curso de Ciências
Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE.
Foi feito o levantamento das espécies comerciais em Iguatu/CE e logo após foi
elaborado um guia ilustrado com as principais espécies encontradas. Em outra etapa
foi realizado um minicurso, no qual os alunos foram submetidos a: um questionário
inicial para verificação de conhecimento prévio, exposição de aula teórica, atividade
prática, utilização de atividades lúdicas e um questionário de avaliação do minicurso.
Foi verificado que as cinco espécies de peixes mais comercializadas em Iguatu/CE
foram a tilápia, a pescada, o tucunaré, a curimatã e a traíra. O guia ilustrado foi
produzido contendo informações e imagens a respeito desses peixes. Através do
questionário prévio foi observado um baixo índice de respostas corretas. No entanto,
através do questionário avaliativo ao final do minicurso observou-se que todos
assimilaram o conteúdo transmitido. Os alunos participantes consideraram o trajeto
metodológico aplicado satisfatório e o conteúdo abordado de fácil percepção e
compreensão, em uma carga horária adequada ao repasse do conteúdo
programático. Pode-se concluir que a comercialização de peixes é uma atividade
que contribui para a economia local. A produção do guia ilustrado despontou como
uma forma de mostrar de maneira simples, os resultados encontrados em uma
pesquisa mais ampla. O conhecimento prévio dos alunos participantes da pesquisa
sobre os peixes pode ser considerado como insatisfatório, devendo-se ao resultado
de vários fatores, sobretudo das dificuldades no ensino das Ciências. O professor
deve procurar os métodos e técnicas adequadas para as suas aulas. Com a
participação dos alunos no minicurso foi possível verificar que, através de
metodologias diversificadas, é possível atrair o aluno e despertar o seu interesse.
Palavras-chave: Peixes comerciais; Guia ilustrado; Metodologias educacionais.
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
 
	
  
ABSTRACT
Fish are the group most ancient and numerous among vertebrates. With economic
importance, constitute an important alimentary source, and are subsidies to
employment generation and income. Study the subject “fish” in the classroom it
becomes tiresome to students, mostly in a traditional manner. This way, the use of
alternative methodologies, shows up as a favorable factor to process of education
and apprenticeship. In that sense, the objectives of this study, were execute a study
about most commercialized fish at Iguatu/CE and transmit this knowledge to
Biological Sciences students from Faculdade de Educação, Ciências e Letras de
Iguatu – FECLI/UECE. Was carried a survey of the commercial species in Iguatu/CE,
and soon after was designed an illustrated guide with the main species occurring. In
another stage was conducted a minicourse, in which students were subjected to: a
first questionnaire to check previous knowledge, exposure of lecture, practical
activities and a questionnaire evaluating the minicourse. It was found that the most
five fish commercialized species in Iguatu/CE were tilápia, pescada, tucunaré,
curimatã and traíra. The illustrated guide was produced containing informations and
pictures about these fish. Through the previously questionnaire was observed a low
index of correct answers. However, through the evaluation questionnaire at the end
of minicourse, it was observed that all the content transmitted had assimilated. They
considered satisfactory the path methodology applied, and understand, in a hour load
appropriate to transfer the programmatic content. It can be concluded that the fish
commercialization is an activity that contributes for the local economy. The
production of illustrated guide appeared as a way to show in a simple manner, the
results found in a broader research. The previous knowledge of the students
participating in the research on fish can be considered as unsatisfactory, must be to
the result of many factors, above all the difficulties in Science education. The teacher
should seek suitable methods and techniques to his class. With the participation of
students in minicourse it was verified that, through methodology diversified, is
possible to attract student and arouse their interest.
Key-words: Commercial fish; Illustrated guide; Educational methodologies.
 
	
  
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
2 OBJETIVOS.................................................................................................... 13
2.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 13
2.2 Objetivos Específicos........................................................................... 13
3 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................. 14
3.1 Os Peixes............................................................................................. 14
3.1.1 Chondrichthyes ou Peixes Cartilaginosos ........................... 15
3.1.2 Osteichthyes ou Peixes Ósseos .......................................... 16
3.2 Breve histórico do estudo dos peixes .................................................. 20
3.3 Ictiofauna da caatinga.......................................................................... 22
3.4 O estudo de peixes e aplicação para o ensino .................................... 23
3.4.1 Algumas estratégias de facilitação do ensino...................... 25
3.4.1.1 Aulas Práticas .................................................... 25
3.4.1.2 Guia Ilustrado..................................................... 26
3.4.1.3 Atividades Lúdicas ............................................. 26
4 METODOLOGIA ............................................................................................. 28
4.1 Tipo da Pesquisa ................................................................................. 28
4.2 Caracterização da Área de Estudo ...................................................... 29
4.3 Das Atividades Práticas ....................................................................... 29
4.3.1 Do Levantamento Ictiofaunístico.......................................... 29
4.3.2 Da Elaboração e Produção do Guia Ilustrado ..................... 30
4.3.3 Da Realização do Minicurso ................................................ 30
4.4 Do Tratamento Estatístico ................................................................... 32
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................... 33
5.1 Do levantamento de espécies de peixes mais utilizadas para o
consumo humano no município de Iguatu/CE, com elaboração de um guia
ilustrado enfatizando as 05 mais comuns da região.................................. 33
5.2 Do conhecimento prévio dos alunos sobre anatomia e morfologia de
peixes, e das principais espécies comerciais que eles conhecem ............ 36
5.3 Da realização do minicurso com a utilização de atividades lúdicas .... 41
 
	
  
5.4 Da avaliação do rendimento de aprendizagem dos participantes do
minicurso.................................................................................................... 43
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 46
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 47
APÊNDICES....................................................................................................... 54
11	
  
	
  
1 INTRODUÇÃO
A Ictiologia é um ramo da Zoologia que se ocupa em estudar os peixes,
suas relações, seu comportamento e sua classificação. Constitui-se uma área de
grande importância, pois pesquisa para manutenção da atividade econômica
pesqueira e para a conservação de ecossistemas aquáticos.
Essa importância da Ictiologia como área de conhecimento, está explicita
no fato de que os peixes compõem o mais antigo e numeroso grupo dentre os
vertebrados existentes, representados por formas extremamente diversificadas e
adaptadas às mais diferentes condições ambientais (SOUZA et al., 1999). Possuem
importância ecológica e ambiental, uma vez que estão presentes na maioria das
cadeias tróficas aquáticas e mantém um equilíbrio natural no meio. Cabe ressaltar
ainda a grande relevância econômica dos peixes como importantes fontes de
alimento para os seres humanos e como subsídio à geração de emprego e renda
para a economia por causa da piscicultura.
O Brasil é considerado um dos países mais ricos em termos de
biodiversidade ictiológica, possuindo aproximadamente 2.587 espécies de água
doce (BUCKUP; MENEZES; GHAZZI, 2007) e 1.298 espécies marinhas (MENEZES
et al., 2003). O bioma Caatinga apresenta uma ictiofauna constituída por cerca de
240 espécies, distribuídas em sete ordens. Desse total, 136 são consideradas
endêmicas (ROSA, 2003).
Para muitos, trabalhar o conteúdo “peixes”, assim como outros seres
vivos, em sala de aula, de forma tradicional, muitas vezes torna-se cansativo para o
aluno. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, PCN´s, indicam que o processo de
ensino-aprendizagem está relacionado com o incentivo às atitudes de curiosidade, à
persistência na busca das informações de preservação do ambiente, sua apreciação
e respeito à individualidade e à coletividade (BRASIL, 1998). Nesse sentido, a
utilização de metodologias alternativas torna-se um fator favorável para a
assimilação de conhecimentos pelos discentes. As aulas práticas tem se
comprovado como eficiente na busca pela aprendizagem, pois leva o aluno a manter
um contato direto com o objeto de estudo, o que incentiva seu envolvimento e sua
12	
  
	
  
participação, quando existe uma relação com o seu contexto de vida (RONQUI;
SOUZA; FREITAS, 2011).
Os guias ilustrados também representam uma ferramenta que interferem
no processo de aprendizagem, nas percepções e representações da construção do
conhecimento. Torna-se um instrumento que auxilia na construção da prática
pedagógica e promove a contextualização do cotidiano vivenciado pelos alunos, com
o conteúdo que se trabalha em sala de aula. É a produção de recursos didático-
lúdicos que promove a criatividade e desenvolve novas aptidões aos alunos,
tornando o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico e eficaz.
Educar e formar bons profissionais resulta de um processo que exige
novos saberes, novas metodologias e novas técnicas que visem à aprendizagem
significativa. Este trabalho pretende promover motivação, procurando contextualizar
o cotidiano, buscando ampliar o conhecimento e o senso de curiosidade sobre o
ambiente que os cerca, reconhecer os principais aspectos anatômicos, fisiológicos,
morfológicos de peixes, bem como identificar os que possuem importância
comercial, principalmente os encontrados no município de Iguatu/Ceará e
circunvizinhança. O trabalho mostra-se relevante para os estudantes de cursos
superiores de Ciências Biológicas, uma vez que atuarão como futuros profissionais
que repassarão os conhecimentos adquiridos para as próximas gerações. A
pesquisa procurou ainda despertar para o conhecimento de espécies, pretendendo
inserir a produção de um guia ilustrado, que poderia ser um elemento didático de
suma importância no processo de ensino-aprendizagem.
13	
  
	
  
2	
  OBJETIVOS
2.1Objetivo Geral:
Realizar um estudo sobre as espécies de peixes mais comercializados no
município de Iguatu/CE e transmitir esse conhecimento para alunos do curso de
Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu –
FECLI/UECE.
2.2 Objetivos Específicos:
• Fazer um levantamento de espécies de peixes mais utilizadas para o
consumo humano no município de Iguatu/CE, elaborarando um guia ilustrado
enfatizando as 05 espécies de peixes mais comuns da região;
• Verificar o conhecimento prévio de alunos do Curso de Ciências Biológicas
da Faculdade de Educação, Ciências e Letras e Iguatu – FECLI/UECE sobre
anatomia e morfologia de peixes, assim como as principais espécies comerciais que
eles conhecem;
• Proporcionar à alunos do Curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE um
estudo investigativo sobre as diferenças morfológicas, fisiológicas e anatômicas das
05 espécies de peixes mais comercializado no município de Iguatu/CE, promovendo
a utilização de atividades lúdicas;
• Avaliar o rendimento da aprendizagem dos participantes em um minicurso
sobre anatomia, morfologia e fisiologia dos peixes.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Os Peixes
Os Peixes são atualmente reconhecidos como vertebrados aquáticos com
respiração branquial, membros na forma de nadadeiras, e normalmente com
escamas de origem dérmica. São considerados os organismos mais antigos e
diversificados do subfilo Vertebrata, incluído no filo Chordatha (HICKMAN;
ROBERTS; LARSON, 2004). Para Janvier (1996) os peixes não representam um
grupo monofilético, ou seja, com o mesmo ancestral comum, sendo na realidade
uma “escada” filogenética, contituída dos peixes mais primitivos como os peixes-
bruxa (Myxini), as lampreias (Petromyzontoidea), os tubarões, quimeras e raias
(Chondrichthyes), aos mais atuais, os peixes com nadadeiras raiadas (Actinoptrygii),
os celacantos (Actinistia) e os peixes pulmonados (Dipnoi), além dos grupos
extintos.
De acordo com Nelson (2006), os peixes constituem-se em um pouco
mais do que a metade do número total de aproximadamente 54.711 espécies de
vertebrados viventes reconhecidos. Há descrições de que são estimadas 27.977
espécies válidas de peixes, em comparação com 26,734 tetrápodes. Muitos grupos
de peixes estão se expandindo com a descrição de espécies identificadas
recentemente, enquanto alguns estão decrescendo, porque as espécies estão
sendo sinonimizada mais rapidamente do que os novas sendo descritas. No entanto,
o número de novas espécies de peixes descritas anualmente excede o de novos
tetrápodes.
Os agnatos são os peixes mais primitivos, também chamados de
ciclostomados, devido a sua boca ter formato circular e sem mandíbulas. São
representantes desse grupo as lampréias e as feiticeiras. Segundo Vaniel e
Bemvenuti (2006):
O corpo é fino e redondo, com ausência de dentes verdadeiros, escamas e
nadadeiras pares. As brânquias encontram-se dentro de bolsas branquiais
onde são realizadas as trocas gasosas. Estas bolsas têm poros para o
exterior em número variado, conforme o grupo. Feiticeiras são
15	
  
	
  
exclusivamente marinhas, possuem o corpo alongado, sem escamas, vivem
entocadas no fundo a grandes profundidades. Lampréias são geralmente
parasitas, têm parte de sua vida entre o oceano e o rio, algumas são
encontradas somente na água doce (p.6-7).
3.1.1 Chondrichthyes ou Peixes Cartilaginosos
Para Pough, Janis e Heiser (2008), os peixes cartilaginosos apareceram
pela primeira vez em um registro fóssil, no final do siluriano. As formas viventes são
divididas em dois grupos: O grupo Holocephali é representado pelos organismos que
apresentam apenas uma abertura branquial em cada lado da cabeça, são chamados
de quimeras. O grupo Elasmobranchii contém os organismos que apresentam
múltiplas aberturas brânquiais de cada lado, são os tubarões e as raias.
Quimeras são considerados fósseis vivos e alguns de seus aspectos
ainda são desconhecidos. Escamas estão ausentes e a câmara branquial é coberta
por um opérculo. Habitam águas frias em profundidades de até 1000m
(OCEANÁRIO DE LISBOA, 2012).
Os tubarões possuem escamas placóides, com uma única cúspide e uma
cavidade da polpa. Seu sistema sensorial é bem refinado, podem detectar presas
através de sensores mecânicos em sua linha lateral, e pela ampola de Lorenzini,
sensível à campos elétricos. Em baixa intensidade luminosa sua visão é bem
desenvolvida. No entanto, o primeiro dos sentidos a entrar em alerta, é geralmente,
o olfato, capaz de detectar cheiros a longa distâncias (POUGH; JANIS; HEISER,
2008). Hickman; Roberts e Larson (2004) consideram que, com exceção das
baleias, os tubarões incluem os maiores vertebrados atuais, podendo chegar a 12 m
de comprimento. Quanto à alimentação, pode se basear muitas vezes em presas 50
vezes maiores ou 1000 vezes menores que seu tamanho (ZOOMARINE, 2012).
As raias, ou arraias, têm o corpo achatado dorsoventralmente, devido a
essa característica, as fendas brânquiais estão localizadas por baixo da cabeça. As
barbatanas peitorais são expandidas, ligando-se à cabeça, gerando um formato
triangular. Algumas espécies possuem ferrões, onde se localizam glândulas de
veneno e há outras que possuem órgãos elétricos, podendo chegar a descargas de
16	
  
	
  
240 volts. O tamanho de algumas raias pode variar de alguns centímetros até cerca
de 8 m de envergadura (ANIMAIS MARINHOS - MARINE ANIMALS, 2012).
Segundo Paes e Monteiro-Neto (2009), quanto a reprodução de
elasmobrânquios (tubarões e raias):
[...] possuem fertilização interna e baixa fecundidade, produzindo um
pequeno número de ovos relativamente grandes. A maioria dos tubarões e
raias dão à luz a pequenos juvenis. No caso das raias [...] são envoltos por
uma cutícula orgânica protetora – ovo – que possui uma série de apêndices
para adesão a um substrato. Após algumas semanas ou meses, depois de
consumir o vitelo, os embriões rompem a casca protetora (p.256).
3.1.2 Osteichthyes ou Peixes Ósseos
Os Osteichthyes, ou peixes ósseos, representam o maior grupo de
vertebrados, tanto em número de espécies como em número de indivíduos.
Desenvolveram uma enorme variação de formas e estruturas, se adaptando aos
ambientes de águas doces ou salgadas, sejam em águas rasas ou profundas. As
características mais marcantes dos peixes ósseos são escamas dermais, opérculo
cobrindo a câmara branquial em cada lado, esqueleto ósseo, boca terminal, vesícula
gasosa, nadadeira caudal homocerca e dois pares de nadadeiras medianas
(PORTELLA, 2011). Os peixes ósseos em seu período evolutivo se divergiram em
dois grupos principais: Sarcopterygii, peixes com nadadeiras carnosas, lobadas e
Actinopterygii, peixes com nadadeiras raiadas (INFOESCOLA, 2007).
O sistema esquelético dos peixes ósseos, de acordo com Moreira et al.
(2001), é constituído da notocorda e tecidos ósseos e divide-se em dois: o
exoesqueleto, constituído pelas escamas, as quais as mais comuns são ciclóides e
ctenóides, e apêndices de locomoção, as nadadeiras, que são em número de sete
ou oito, sendo elas peitorais, pélvicas, dorsais, anal, caudal e adiposa, quando
presente. O outro é o endoesqueleto, que se subdivide em axial, apendicular e
visceral.
[...] O esqueleto axial é composto por estruturas que formam a linha
longitudinal do corpo: crânio e coluna vertebral. O esqueleto apendicular
são as estruturas acessórias: cinturas escapular e pélvica, membros pares e
esterno, e o esqueleto visceral são os elementos de sustentação
relacionados às brânquias e posteriormente as maxila e mandíbula - arcos
branquiais (AVES MARINHAS, 2004. p.13).
17	
  
	
  
Em relação à pele dos peixes, Urbina e Fuentes (2002) afirmam que:
[...] se compõe de duas camadas principais: a epiderme, a mais superficial,
e a derme, mais profunda. A pele protege o corpo contra os efeitos do meio
externo e assegura ao mesmo tempo as funções respiratórias, excretora e
osmorreguladora. As secreções das numerosas glândulas mucosas
conferem ao corpo, sua característica escorregadia, cuja função consiste
em reduzir o atrito e de proteção (p.10).
Para Rotta (2003) o aparelho digestório dos peixes, se subdivide em:
cavidade bucal, intestino anterior (esôfago, estômago), intestino médio (intestino) e
intestino posterior (reto). A cavidade bucal tem como função selecionar, apreender e
conduzir o alimento ao esôfago. Este por sua vez, degusta o alimento e o transporta
ao estômago, além disso, se comunica com a vesícula gasosa, auxiliando na
osmorregulação e na respiração. O estômago atua no armazenamento temporário
do alimento e funciona como mecanismo na trituração e início da digestão do
alimento. O intestino possui glândulas digestivas, onde se completa a digestão
iniciada no estômago e pode auxiliar também na osmorregulação. No reto é onde
ocorre à absorção de água e se localizam a abertura anal e a terminação dos ductos
urinários e reprodutivos. Apresentam também alguns órgãos acessórios como o
pâncreas, a vesícula biliar e o fígado. Algumas variações podem ser encontradas no
trato gastrointestinal dos peixes, geralmente isso ocorre devido ao tipo de alimento
que consome e o ambiente em que vive.
O sistema circulatório é do tipo simples e completo e consiste em um
coração com duas câmaras, um átrio e um ventrículo, e uma câmara maior, o seio
venoso. O coração bombeia e recebe sangue pobre em oxigênio. O sangue
atravessa os capilares das brânquias, onde absorbe o oxigênio e se dirige para os
tecidos. O sangue é ajudado pelo movimento dos peixes. No caso dos peixes
pulmonados, o sangue é oxigenado nos pulmões (SANTO, 2007).
Há espécies de peixes que respiram por brânquias e outras por pulmões
(dipnóicos). As brânquias são protegidas por um opérculo, que durante a respiração
se fecha, fazendo com que entre água na boca. É nas brânquias que ocorrem as
trocas gasosas, e o fluxo sanguíneo é unidirecional e oposto ao fluxo da água
(INFOESCOLA, 2007). Já os peixes pulmonado, de acordo com Vaniel e Bemvenuti
18	
  
	
  
(2006), utilizam os pulmões juntamente com as brânquias. Os peixes possuem uma
estrutura denominada bexiga natatória, que atua no armazenamento de gases,
ajustando o seu peso específico e facilitando sua flutuação (VASCONCELLOS,
2007).
O sistema excretor é responsável por regular o conteúdo de água no
corpo, regulando o estresse salino, e eliminando resíduos nitrogenados, geralmente
amônia (NH3), resultante do metabolismo protéico. Possuem um rim do tipo
mesonéfrico, com uma série de túbulos renais, que se dirigem para um único ducto
coletor comum, o ducto arquinéfrico, que se comunica com o exterior pela cloaca
(POUGH; JANIS; HEISER, 2008).
Os peixes têm um sistema nervoso bem desenvolvido e dividido em dois:
o sistema nervoso central, que é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal e
o sistema nervoso periférico, constituído pelos nervos e gânglios nervosos. Os
nervos conduzem impulsos nervosos entre o sistema nervoso central e as diferentes
partes do corpo. Os gânglios nervosos atuam como retransmissores de impulsos
nervosos. O encéfalo é onde são processadas as informações captadas pelos
órgãos dos sentidos (CIENUNB, 2011).
A visão é considerada o sentido mais ineficiente do peixe, pois é limitada
pela sua retina fraca que faz com que a distinção de objetos e outros peixes fiquem
dificultados. Em contra partida, a audição é bem aguçada, são capazes de ouvir a
longas distâncias. O olfato age conjuntamente com o paladar, portanto a percepção
de cheiro está ligada diretamente com o gosto. Além disso, apresentam uma linha
lateral, que consiste em uma série de estruturas sensoriais que detectam variações
na pressão de água ao redor, localizadas ao longo das laterais do corpo (CIENUNB,
2011).
Quanto ao padrão de reprodução e ciclo reprodutivo, o aparelho
reprodutor conta com glândulas e normalmente um par de gônadas – ovário ou
testículos. Os ovários localizam-se longidutinalmente no corpo, e desemboca por um
oviduto, e os testículos apresentam-se como estruturas alongadas, um canal
deferente sai diretamente de cada testículo e vai para a terminação da cloaca. São
19	
  
	
  
dióicos e muitas vezes apresentam dimorfismo sexual. A reprodução é sexuada e
em geral com fecundação externa. Quando a fecundação é interna a nadadeira
caudal é modificada como órgão de cópula. Há espécies ovíparas e vivíparas.
Muitos peixes de água doce realizam o fenômeno da piracema, isto é, sobem os
rios na época da reprodução (PEREIRA, 2008).
Os peixes são importantes no aspecto ecológico, por exibirem uma
notável relevância relacionada à estruturação e funcionamento de ecossistemas [...],
ocorrendo em diversos níveis tróficos, desde detritívoros e consumidores primários
até predadores de topo (MACHADO; DRUMMOND; PAGLIA, 2010). Podem afetar a
abundância, a composição em espécies e a distribuição de comunidades de algas,
zooplâncton e invertebrados (HELFMAN et al. 1997).
A principal diferença entre peixes marinhos e de água doce refere-se ao
equilíbrio osmótico. Os de água doce possuem o conteúdo salino maior que o do
ambiente (hipertônico), ocorrendo o inverso, com as formas marinhas (hipotônico).
Segundo Araújo (2012):
A água entra nos peixes de água doce, pelas membranas semipermeáveis
das brânquias e da boca, ao passo que tende a deixar o corpo nas formas
marinhas. Nas formas de água doce, o excesso de água é excretado pelos
rins e os sais são mantidos nas concentrações apropriadas pela absorção
por células especiais das brânquias. Nas espécies marinhas, a deficiência é
evitada pela deglutição e absorção de água do mar, juntamente com os
sais, pelo intestino. O excesso de sais é eliminado por células secretoras
das brânquias. Os rins dos peixes de água doce têm glomérulos bem
desenvolvidos, para filtrar grandes quantidades de água, mas nas formas
marinhas os glomérulos são reduzidos e pouca água é eliminada sob a
forma de urina (p.2).
Sobre os peixes de água doce, de acordo com Britski (1994):
Podem ser divididos em dois grupos: fluviais e lacustres. Os fluviais têm o
corpo adaptado à natação em águas correntes e velozes, são musculosos
[...], alguns saltam grandes desníveis [...]. Os lacustres têm preferência por
lagoas e açudes, ou até mesmo remansos naturais ou artificiais, têm hábitos
tranquilos, são péssimos nadadores [...], alguns sobrevivem, na época das
secas, enterrados no lodo (p.45).
20	
  
	
  
3.2 Breve histórico do estudo dos Peixes
A Ictiologia é o estudo científico dos peixes. Este estudo pode incluir a
classificação de espécies, anatomia, percurso de vida, comportamento, fisiologia,
ecologia, manutenção de aquários, criação de peixes e sua conservação.
A Ictiologia tem uma história milenar, que remonta à antiguidade pré-
clássica e clássica, nomeadamente às civilizações egípcia e grega (INSTITUTO
CAMÕES, 2003). Para Barton (2007), os primeiros ictiologistas foram caçadores e
coletores que aprenderam como obter o mais útil da pesca, como consegui-la em
abundância e em que época poderia estar disponível.
A história da Ictiologia começa provavelmente entre os anos de 384 e 332
a.C. Nesse período, o filósofo grego Aristóteles descreveu aproximadamente 115
espécies de peixes existentes no mar Egeu (SILVA; TEIXEIRA, 2010).
Os primeiros estudos sistemáticos de observação de peixes datam do
século XVI, quando foram classificadas espécies do Mar Mediterrâneo. No século
XVII foram feitos alguns trabalhos de classificação de peixes a partir das suas
características estruturais. No entanto, foi no século XVIII que o sueco Peter Artedi
(1705-1735), considerado por muitos o pai da Ictiologia, realizou estudos
sistemáticos sobre o relacionamento das espécies e a sua classificação em grupos.
Lineu (1707-1778) tornou-se amigo de Artedi, cujo trabalho de classificação
denominada Ichthyologia, veio a publicar em 1738. Ao longo dos séculos XIX e XX a
classificação de espécies e a sua ordenação em grupos hierarquicamente
organizados foi sendo aperfeiçoada e alargada por vários cientistas (INSTITUTO
CAMÕES, 2003).
De acordo com Santos (2007) a Ictiologia brasileira é comumente dividida
em três períodos: o primeiro, iniciado em meados do século XVII é caracterizado
pelas descrições dos grandes peixes. O segundo durou até final do século XIX, é
caracterizado pelo aumento vertiginoso das descrições sobre peixes de diversos
grupos. O terceiro período, iniciado em meados do século XX e que dura até os dias
21	
  
	
  
atuais, é caracterizado menos por descobertas e mais pelo refinamento dos métodos
e técnicas descritivas.
O registro ictiológico brasileiro mais antigo é o do naturalista alemão
Georg Marcgraff (1610-1644), que conseguiu catalogar algumas dezenas de
espécies no nordeste do país. Nos séculos seguintes, outras expedições europeias
vieram em busca de novos conhecimentos e diversos autores publicaram
informações sobre peixes marinhos brasileiros.
Johan von Spix e Karl von Martius, em sua expedição pelo Brasil, coletaram
espécimes zoológicos durante os anos de 1818 e 1819 em diversas
localidades do bioma Caatinga, nos estados da Bahia, Pernambuco, Ceará,
Piauí e Maranhão[...] E foram trabalhados posteriormente na Selecta genera
et species piscium Brassiliensium, entre 1829 e 1831 (PAIVA; CAMPOS,
1995. p.150).
Entre 1859 e 1861 o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, coletou
espécies de peixes de água doce no Ceará. No início do século XX, Steindachner,
em percurso pelos rios São Francisco e Paraíba, coletou outras diversas espécies
de peixes (ROSA, 2003). Foi durante esse período também que surgiram as
primeiras publicações ictiológicas de autoria de um brasileiro. O zoólogo Alípio de
Miranda Ribeiro (1874-1939) publicou um catálogo em cinco volumes, denominado
Fauna Brasiliense, registrando mais de 370 espécies de peixes marinhos do Brasil.
Atualmente pesquisadores da área de ictiologia trabalham ligados a museus ou
Universidades que mantêm coleções científicas (GUIMARÃES et al., 2001).
Os trabalhos mais recentes incluem, contribuições sobre peixes anuais da
família Rivulidae, descrição de novas espécies e revisões sistemáticas. No entanto,
a maioria dos trabalhos realizados sobre a ictiofauna de água doce no nordeste, vem
se esbarrando em problemas taxonômicos ou em procedência do material (ROSA,
2003).
22	
  
	
  
3.3 Ictiofauna da Caatinga
Segundo Uieda e Castro (1999), a América do Sul apresenta,
[...] a fauna de peixes de água doce mais rica do mundo, com uma grande
diversidade morfológica e adaptativa. No Brasil, cerca de 85% das espécies
são de peixes de água doce, e o restante são peixes de grupos marinhos
que invadiram a água doce (p.12).
No semiárido brasileiro, as espécies de peixes que ocorrem resultam de
processos evolutivos nas condições ambientais como fatores climáticos e regime
hidrológico da região. No entanto, a influência humana através de alterações
ambientais e introdução de espécies alóctones, levaram possivelmente a uma
modificação na estrutura da fauna original (ZANATA; SANTOS, 2006).
O conhecimento da ictiofauna do semiárido, está sendo ampliando no que
se refere a coleta e descrições de espécies, revisões sistemáticas, citações ou
compilações de espécies de peixes para a região. Aproximadamente 240 espécies
ocorrem na Caatinga, das quais 136 são consideradas endêmicas e 9 foram
introduzidas. Em um período de cinco anos, de 2001 a 2006, o número de espécies
de peixes reconhecidas na Caatinga aumentou em quase um terço. No ano 2000,
por exemplo, conhecia-se apenas 185 tipos. Contudo, a riqueza ictiofaunística da
Caatinga, quando comparada com outros biomas, possui um número reduzido de
espécies. Dos peixes da Caatinga, 8 encontram-se na Lista Nacional das Espécies
Peixes Ameaçadas de Extinção, publicada em 2004 pelo Ministério do Meio
Ambiente (LEITE, 2006).
Até 1935, considerava-se que as espécies de peixes no semiárido com
importância comercial, eram apenas 10. Com isso, durante as décadas seguintes,
ocorreram estudos com o objetivo de transplantar espécies oriundas de outras
bacias hidrográficas. Foram trazidas espécies como pescada cacunda (Plagioscion
surinamensis), pescada do Piauí (P. squamosissimus), piau verdadeiro (Leporinus
elongatus), apaiari (Astronotus ocellatus), pirarucu (Arapaima gigas), tucunaré
comum (Cichla ocellaris), tilápia do Congo (Tilápia rendalli), tilápia do Nilo
(Oreochromis niloticus), tambaqui (Colossoma macropomum), carpa comum
(Cyprinus carpio vr hungaricus), entre outras (SAMPAIO, 2008).
23	
  
	
  
O bioma Caatinga possui algumas bacias hidrográficas, entre elas
encontra-se a do Rio Jaguaribe, que é considerado o maior curso de água em
território cearense, com 610 km de extensão e com uma bacia hidrográfica de
80.000 km². No entanto, ainda são escassos os trabalhos voltados para o
conhecimento ictiofaunístico desse curso de água. Em um estudo realizado no
estuário do Rio Jaguaribe, que apresenta ampla variação de salinidade, demonstrou
que num total de 85 espécies encontradas, 20 são típicas de água doce (ALVES;
SOARES FILHO, 1996).
O conhecimento sobre a diversidade ictiofaunística de água doce no
bioma Caatinga de modo geral, ainda é incipiente e apesar de inventários já terem
sido realizados, ainda são escassos (PAIVA; CAMPOS, 1995).
3.4 O estudo de peixes e aplicação para o ensino
À Ictiologia, cabe estudar os peixes e suas características biológicas,
etológicas e ecológicas. Como os peixes são valorizados pelo homem em vários
aspectos, a Ictiologia torna-se uma área de conhecimento de grande importância. O
conteúdo “peixes” pode ser trabalhado em várias disciplinas, em diversos cursos
superiores, entre eles Oceanografia, Engenharia de Pesca e Biologia. Geralmente
esse assunto ainda permanece restrito às aulas tradicionais, o que na maioria das
vezes, de certa forma deixa o aluno exaustivo e desmotivado, principalmente
quando, por parte do docente, falta uma motivação ou não há um empenho em
contextualizar com o cotidiano do discente.
Relacionar os conteúdos aprendidos em sala de aula com a vivência do
seu cotidiano, realmente é um dos maiores desafios encontrados pelos alunos,
(DIAS et al, 2010). Piaget (1977) afirma que o meio pode vir a funcionar como
estímulo à aprendizagem. Nesse sentido os professores de Biologia devem
apresentar os conteúdos de uma forma em que o aluno possa associá-lo a sua
realidade (BRASIL, 1998).
24	
  
	
  
Segundo Borges e Lima (2007) o Ensino de Biologia que se encontra
atualmente privilegia o estudo de conceitos, linguagens e metodologias desse
campo do conhecimento, isso pode tornar o processo de aprendizagem pouco
eficiente, para o aluno conseguir interpretar e intervir na sua realidade. Esse mesmo
autor afirma que para atender as demandas atuais exige-se:
[...] uma reflexão profunda sobre os conteúdos abordados e sobre os
encaminhamentos metodológicos propostos nas situações de ensino. [...] As
atuais necessidades formativas em termos de qualificação humana,
pressionadas pela reconfiguração dos modos de produção e explicitadas
nos PCNs, exigem a reorganização dos conteúdos trabalhados e das
metodologias empregadas, delineando a organização de novas estratégias
para a condução da aprendizagem de Biologia (p.166 e 168).
O atual processo de ensino-aprendizagem requer que o conhecimento do
aluno esteja contextualizado e inserido em seu ambiente (BRASIL, 1998). Para
Krasilchik (2004), a Biologia pode ser uma das disciplinas mais relevantes e
merecedoras da atenção dos alunos, ou uma das disciplinas mais insignificantes e
pouco atraentes, dependendo do que for ensinado e de como isso for feito. Banet e
Ayuso (2000) afirmam que as estratégias de ensino tradicionais têm pouco efeito na
aquisição conceitual dos estudantes e sugere que se modifiquem as práticas
pedagógicas por meio de novas estratégias de ensino. Entretanto, para alcançar os
objetivos dos PCN’s, as aulas teóricas são de fundamental importância, pois são
nelas que se garante o domínio de conteúdo e de técnica, para alcançar a
alfabetização científica, além de representar a comunicação na sua forma mais
fundamental (BARBOSA, 2011).
No sentido de facilitar o processo de aprendizagem do aluno,
principalmente no desenvolvimento dos conteúdos de Biologia, os PCN’s propõem
diversas metodologias, enfatizando o professor como o mediador. As Orientações
Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006) apontam como propostas,
atividades como: a experimentação, projetos, jogos, seminários, debates,
simulações e cita que:
A adoção dessas estratégias e propostas de atividades depende, na
verdade, da capacidade do professor de perceber que o centro da
aprendizagem é o aluno, que deixa de ser um mero receptor passivo das
informações e passa a ser o elemento ativo de sua aprendizagem (p.30).
25	
  
	
  
3.4.1 Algumas estratégias de facilitação do ensino
3.4.1.1 Aulas Práticas
A vivência com aulas do tipo prática vem sendo considerada cada vez
mais importante, uma vez que o Ensino de Ciências deve ter como sentido principal
a compreensão da natureza.
De acordo com Monteiro e Montenegro (2008) as atividades práticas
permitem aos alunos uma observação e compreensão mais clara dos assuntos que
são abordados em aula. Dessa forma, o aluno é capaz de aprender de uma forma
crítica e reflexiva. Ronqui; Souza e Freitas (2011) consideram como principais
funções das aulas práticas:
Estimular a curiosidade científica, [...] desenvolver a capacidade de resolver
problemas, [...] e as habilidades de modo a permitir que os alunos tenham
contato direto com fenômenos, manipulando os materiais e equipamentos e
observando organismos. Além disso, é nas aulas práticas que os alunos
enfrentam resultados não previstos, cuja interpretação desafia sua
imaginação e raciocínio (p.1).
De forma prática, o processo de aprendizagem não se dá apenas pelo
fato do aluno ouvir o professor ou apenas folhear o caderno ou o livro didático, mas
deve estabelecer uma relação teórico-prática, objetivando não uma comparação,
mas provocando o interesse nos alunos, gerando discussões e assim garantindo um
maior rendimento nas aulas (POSSOBOM; OKADA; DINIZ, 2002). As Orientações
Curriculares para o Ensino Médio (2006) deixam claro que:
[...] a proposta de práticas que apenas confirmem a aula teórica é rotina
comum nas aulas de Biologia, mas deve ser evitada tanto quanto possível
pelo professor. As aulas práticas, longe de constituírem mera confirmação
dos fenômenos ensinados na teoria, devem desafiar o aluno a relacionar
informações (p.31).
É necessário destacar ainda que, segundo Barbosa (2011), para que uma
aula prática se sobressaia de uma forma proveitosa e atrativa, deve haver uma
preparação seguindo determinados passos, como por exemplo, “a escolha de
técnicas adequadas, a adequação do tempo da aula à sua execução, o domínio do
conteúdo e da técnica”.
26	
  
	
  
3.4.1.2 Guia Ilustrado
Trata-se de uma ferramenta visual que promove uma apresentação
progressiva de determinado assunto. Por possuir de certa forma, interdependência
entre suas páginas, possibilita uma melhor organização do que se está expondo e
proporciona o rumo que deve ser tomado, procurando evitar dispersão ou confusão.
É capaz ainda de promover uma síntese do assunto, facilitando a aquisição de
conhecimentos principais (CAIRES, 2007).
Compõe-se, basicamente, de ilustração e texto, podendo apresentar
fotografias, mapas, gráficos, cartazes, letreiros ou qualquer outra
informação útil à exposição de um tema. As ilustrações devem ser bem
simples, atraentes, visíveis que espelhem a realidade e podem ser retiradas
de livros, revistas ou ser desenhadas (FREITAS, 2007. p. 42).
Os guias ilustrados podem ser considerados como uma estratégia
pedagógica de suma importância para o processo de aprendizagem, pois sugere
que o aluno busque as percepções e representações para construção do seu
conhecimento. Além do mais, promove a contextualização do cotidiano do aluno,
com o conteúdo de sala de aula. Tornando-o um instrumento de auxílio na
construção da prática pedagógica.
3.4.1.3 Atividades Lúdicas
Segundo Ferreira (1995) o lúdico refere-se a, aquilo que tenha caráter de
jogos, brinquedos, divertimento. Atualmente as experiências realizadas através de
atividades lúdicas têm se demonstrado bastante positivas. A inclusão da ludicidade
no processo de ensino-aprendizagem, para Santana e Wartha (2006), é uma
estratégia que busca o desenvolvimento pessoal e procura estimular o aspecto
cooperativo do aluno, aprendendo de uma forma prazerosa. Há várias formas de
atividades lúdicas que podem estar presentes no contexto educacional, entre elas os
jogos, as histórias, as dramatizações, as músicas, as danças e as canções, além de
outras manifestações (DOHME, 2003).
Rieder; Zanelatto e Brancher (2005), considerando o jogo como uma
ferramenta didática, pensam que o jogo atua como um meio educacional e deixam
de lado a questão do jogo por si só, e quando há um planejamento adequado, torna-
27	
  
	
  
se um recurso hábil para a aquisição de aprendizagem. As atividades lúdicas
promovem o raciocínio, a criatividade e o aprendizado, e dessa forma, estimulam o
interesse do aluno, e também do professor, no sentido de ampliar sua aptidão em
resolver problemas.
Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade,
mas sim o que dela resulta, a própria ação, o momento vivido. Com o jogo
ela aprende a aceitar regras, esperar sua vez, aceitar o resultado, lidar com
frustrações e elevar o nível de motivação (MOURA et al, [s.d.]. p. 2).
28	
  
	
  
4 METODOLOGIA
4.1 Tipo da Pesquisa
Trata-se pesquisa com caráter quali-quantitativa com uma abordagem
exploratória.
Segundo Marconi e Lakatos (2006), os estudos exploratórios são
investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de
um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar familiaridade
do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma
pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. Para Gil (2002) a
pesquisa com caráter exploratório tem como objetivo proporcionar uma maior
familiaridade com o problema, com o propósito de torná-lo mais explícito. No caso
da pesquisa tratada neste trabalho, envolve levantamento bibliográfico e entrevistas
com pessoas que conhecem o tema abordado, isto é, aqueles que comercializam os
peixes de procedência regional, que serão utilizadas como base para a produção do
guia ilustrado.
A pesquisa quantitativa trata-se de um método que se apropria da análise
estatística para o tratamento dos dados. Deve ser aplicado nas seguintes situações:
quando é exigido um estudo exploratório para um conhecimento mais profundo do
problema ou objeto de pesquisa e quando é necessário o diagnóstico inicial da
situação (FIGUEIREDO, 2007). Esta pesquisa apresentará também um perfil
quantitativo, uma vez que, deverão ser analisados os números obtidos através dos
dois questionários realizados com os alunos e nos quais se encontrarão as
conclusões mediantes as respostas.
A pesquisa qualitativa possui características básicas como a interpretação
dos fenômenos e a atribuição de significados. Não se utiliza de métodos e técnicas
estatísticas. A coleta de dados tem como fonte direta o ambiente natural e os dados
são analisados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais
de abordagem (MORESI, 2003).
29	
  
	
  
4.2 Caracterização da Área de Estudo
O município de Iguatu está localizado na região Centro-Sul do estado do
Ceará (06°21'32" S 39°17'56” O), apresentando uma área de aproximadamente 1
029,002 km² e a população conta atualmente com 96.495 habitantes (BRASIL,
2010). O nome Iguatu tem origem indígena que significa "água boa" ou "rio bom”
(IGUATU, 2012). Está inserido na Bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe com outros
24 municípios, correspondendo a 16,56% do território cearense. O maior
reservatório em acumulação de água desta bacia é o Açude Orós localizado na
cidade do mesmo nome (CEARÁ, 2012).
Suas principais fontes de água são Rio Jaguaribe, Rio Trussu e diversas
lagoas destacando-se a do Iguatu (a de maior acumulação d’água natural do
estado), e como principal açude, o Trussu. Além destes, podem ser citado outros
corpos de água, nos quais há a criação de peixes, com os açudes do Retiro, do
Riacho Vermelho, do Governo, e as lagoas do Barro Alto, do Baú e do Saco. Para os
moradores das localidades onde estão inseridos esses corpos hídricos, essa
atividade é uma fonte bastante rentável (BARBOSA, 2011). Outros açudes
importante para a piscicultura na região são o Açude de Orós (Orós), do Muquén
(Cariús) e do Ubaldinho (Cedro).
4.3 Atividades Práticas
4.3.1 Levantamento Ictiofaunístico
Foi realizado um levantamento das espécies de peixes comercializadas
para consumo humano no município de Iguatu. Com o propósito de obter
informações foram visitados estabelecimentos que comercializam variedades de
pescados na sede do município. Essa visita foi realizada no mês de setembro de
2012, em um período de três dias, com aplicação de questionário semi-estruturado
aos comerciantes (apêndice A), obtendo-se oito questionários respondidos em oito
estabelecimentos distintos, nos quais três peixarias, um açougue, um supermercado,
uma mercearia e duas bancas em feira livre.
30	
  
	
  
Após o levantamento dos dados, referente ao questionário realizado com
os comerciantes, deu-se início a produção de um guia ilustrado com as espécies
citadas no questionário, e foram escolhidas as cinco espécies mais comercializadas,
a fim de transmitir um estudo com um grupo de alunos do Curso de Ciências
Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE.
4.3.2 Elaboração e Produção do Guia Ilustrado
A elaboração do guia ilustrado deu-se início após a verificação dos dados
apresentados no questionário realizado com os comerciantes de peixes,
identificando-se as espécies encontradas e quais são as características da região.
Como uma ferramenta didática, o guia ilustrado foi trabalhado
posteriormente, na realização do minicurso e servirá de acervo didático para a
Coordenação de Ciências Biológicas da FECLI/UECE. O guia ilustrado foi produzido
e custeado pelo aluno pesquisador do projeto.
4.3.3 Realização do Minicurso
Com o objetivo de despertar em alunos do Curso de Ciências Biológicas
da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE um
interesse maior sobre o tema abordado, possibilitando uma aprendizagem mais
significativa, sobretudo relacionada aos peixes de importância regional, foi realizado
dois minicursos, cada um com carga horária de quatro horas, no mês de outubro de
2012.
A realização dos minicursos deu-se em dois turnos, um no turno da
manhã e outro no turno da noite, a fim de facilitar a participação de alunos no contra-
turno de seu horário de aula. Houve divulgação através de exposição de cartazes no
mural da faculdade, que continha informações sobre inscrições, número de vagas e
horários. O intuito era atingir o maior número de participantes possíveis dentro do
número de vagas.
31	
  
	
  
O minicurso estruturou-se nas seguintes etapas:
a. Avaliação de conhecimento prévio dos alunos sobre anatomia e morfologia
de peixes
Antes de ensinar um novo conteúdo aos alunos, deve-se averiguar se
eles apresentam subsunçores específicos, se são suficientes para o assunto
objetivado ou se estes devem ser criados pelo professor (MOREIRA; MANSINI,
2011). Com o propósito de verificar o conhecimento prévio dos alunos do Curso de
Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras e Iguatu –
FECLI/UECE sobre o assunto em estudo houve a aplicação de um questionário, no
início de cada minicurso. O questionário continha três (03) perguntas subjetivas,
conforme apêndice B.
b. Exposição de aula teórica com utilização do guia ilustrado já produzido;
Nessa fase, inicialmente foi feita uma pesquisa bibliográfica, a fim de
buscar subsídios para adquirir uma quantidade maior de informações relacionadas
ao tema “peixes”, que foram repassadas aos alunos.
Ainda nessa etapa, foi utilizado o guia ilustrado já produzido, afim de obter
um estudo mais detalhado das espécies encontradas regionalmente.
c. Atividade prática com dissecação das espécies em estudo;
Essa fase do minicurso consistiu na realização de atividade prática,
através da dissecação de uma entre as cinco espécies de peixes mais
comercializadas no município de Iguatu/CE, e teve o objetivo de promover uma
investigação experimental aliando o conhecimento prático ao teórico.
d. Utilização de atividades lúdicas relacionadas ao tema
O propósito dessa etapa do minicurso foi de estimular a motivação dos
alunos a elaborarem e produzirem material para atividades lúdicas. Os recursos
32	
  
	
  
didático-lúdicos são instrumentos de motivação de aprendizagem, que visam o
desenvolvimento pessoal estimulando o processo de construção do conhecimento.
Os alunos foram instruídos a participar de algumas atividades dinâmico-
educacionais, como quebra-cabeça e jogo da memória.
e. Avaliação do minicurso.
Após o término da carga horária determinada para a realização do
minicurso, os alunos participantes responderam a um questionário (Apêndice C)
contendo oito(08) perguntas, abordando aspectos referentes à avaliação do
minicurso de uma forma geral, como aquisição de conhecimento, aproveitamento,
carga horária, repasse de conteúdos, metodologia empregada.
4.4 Tratamento Estatístico
Todo procedimento estatístico foi realizado, predominantemente, através
da análise descritiva dos dados.
33	
  
	
  
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 Levantamento de espécies de peixes mais utilizadas para o consumo
humano no município de Iguatu/CE, com elaboração de um guia ilustrado
enfatizando as 05 mais comuns da região.
A piscicultura é considerada o maior agronegócio do mundo. No Brasil, o
Ceará é o maior produtor de tilápia, produzindo anualmente em média 22 a 24 mil
toneladas. A região Centro Sul cearense mostra um grande potencial por possuir
açudes de médio e grande porte. O SEBRAE e a EMATERCE apoiam encontros
regionais que promovem a avaliação de projetos de produção de pescados em
cativeiro, nos açudes de Orós, Trussu, Muquém, entre outros (SEBRAE, 2009).
As espécies comercializadas referidas nos questionamentos foram na sua
maioria de água doce capturadas nos açudes regionais: Açude de Orós, localizado
na cidade de mesmo nome; Açude Roberto Costa (Trussu) no município de Iguatu;
Açude de Feiticeiro, situado em Feiticeiro, Jaguaribe; e Açude Castanhão, localizado
em Nova Jaguaribara.
Para esses açudes as espécies registradas foram: Tilápia (Sarotherodon
niloticus), Pescada (Plagioscion squamosissimus), Curimatã (Prochilodus lineatus),
Traíra (Hoplias malabaricus), Tucunaré (Cichla ocellaris), Carpa (Cyprinus carpio),
Piau (Leporinus friederici), Tambaqui (Colossoma macropomum) e Carí
(Hypostomus affinis). No entanto, foram citadas nos questionários algumas espécies
oriundas de água salgada, sendo transportadas da capital Fortaleza, foram elas:
Cavala (Scomberomorus cavalla), Merluza (Merluccius hubbsi) e Pargo (Pagrus
pagrus).
As cinco espécies mais comercializadas em Iguatu citadas no
questionário e sua distribuição em relação ao açude de origem podem ser
observadas no gráfico 1.
34	
  
	
  
0
1
2
3
4
5
Açude Orós Açude Trussu Açude Feiticeiro Açude Castanhão
Quantidadedecitaçõesdasespécies
Açude de origem
Tilápia
Curimatã
Pescada
Tucunaré
Traíra
Gráfico 1. Distribuição das cinco espécies mais comercializadas por açude de origem.
É possível identificar no gráfico que no Açude de Orós houve frequência
total das 5 espécies mais citadas. Segundo Kubitza (2011), só para a espécie
Tilápia, o açude de Orós reúne aproximadamente 6.200 tanques-rede, estimando
uma produção média mensal de 15 toneladas. O açude Trussu apresentou um maior
número de citações para as espécies Tilápia e Tucunaré, apesar de ter ocorrido uma
queda de cerca de 90% na quantidade de captura do Tucunaré nos açudes públicos
da região (BARBOSA, 2011). Cabe ressaltar que a comercialização dos peixes
citados depende da disponibilidade e da época de captura ao longo do ano.
Para Campeche (2011), tendo a Caatinga de um modo geral como local
de pesquisa, foram consideradas como as principais espécies de importância social
e econômica: o surubim (Pseudoplatystoma corruscans), o pacamã (Lophiosilurus
alexandri), o curimatã (Prochilodus sp.), o piau (Leporinus sp.) e o dourado (Salmius
franciscanus). A importância social dessas espécies está relacionada ao hábito
alimentar das populações ribeirinhas dos rios existentes nesta região. A econômica,
por sua vez, está vinculada à comercialização dessas espécies nos mercados locais
da região, porém o manejo destas espécies nos rios da Caatinga ainda é em
pequena escala. BENTO; BEMVENUTI (2008), realizaram um estudo em sua região,
Pelotas-RS, no qual identificou que as cinco espécies mais pescadas estudadas por
35	
  
	
  
ele, também são aquelas que contribuem diretamente na subsistência da
comunidade de pescadores.
Após a observação dos dados obtidos nos questionários com os
comerciantes de peixes foi produzido o guia ilustrado com um total de 15 páginas. O
guia ilustrado apresenta uma breve introdução sobre o histórico da cidade de
Iguatu/Ceará, local de desenvolvimento da pesquisa, e uma sequência de páginas
abordando informações de 07 espécies, das 09 citadas nos questionários, de peixes
de água doce. As espécies foram selecionadas de acordo com a sua frequência de
ocorrência na coleta. O guia ilustrado pode ser observado no apêndice E.
O guia ilustrado foi elaborado na forma de álbum, recortado em formato
de um peixe, contendo textos e imagens para cada espécie selecionada, as quais
para Sartori e Roesler (2005), é uma forma excelente de atrair o leitor, desde que
estejam diretamente relacionadas ao objeto de estudo. Os textos apresentaram
informações explicativas a respeito de anatomia, fisiologia, morfologia, além de
dados sobre habitats e alimentação, das espécies de peixes mais frequentes de
origem regional. Esses dados foram obtidos através de pesquisa bibliográfica ou
fornecidos pelos próprios comerciantes. Ao final, o guia ilustrado apresenta imagens
de alguns açudes, onde os peixes citados são encontrados com frequência.
Foram produzidos 04 exemplares do guia ilustrado, dois foram utilizados
posteriormente durante o minicurso, um no turno manhã e outro no turno noturno,
havendo um sorteio do guia ilustrado entre os participantes ao final de cada
minicurso. Os outros exemplares servirão como acervo didático para a Biblioteca da
FECLI/UECE.
De acordo com Sales (2005), a utilização de material impresso em formas
alternativas, como o guia ilustrado ou álbum seriado, é capaz de facilitar o processo
de ensino-aprendizagem, se utilizado de maneira correta pelo educador, como por
exemplo, de acordo com a forma que foi trabalhada durante o minicurso, utilizando
um único exemplar um grupo de pessoas, isso permite de certa forma que a
atividade ganhe mais dinamismo e produtividade.
36	
  
	
  
5.2 Conhecimento prévio dos alunos sobre anatomia e morfologia de peixes,
assim como as principais espécies comerciais que eles conhecem.
O questionário apresentava 03 questões sobre peixes: a 1ª relacionada à
anatomia externa, a 2ª sobre a anatomia interna, com o intuito de identificar o que
alunos do Curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE sabiam sobre aspectos
anatômicos e morfológicos de peixes, e a 3ª pergunta questionava os participante
sobre as espécies de peixes de importância comercial, a fim de verificar quais as
espécies eles conheciam.
ü Quando avaliados sobre a anatomia e morfologia externa e interna dos
peixes
Na primeira questão havia 8 campos para o participante identificar a
estrutura indicada por uma letra de A a H. Do total de participantes (10), 4
responderam todas as alternativas e 6 não responderam pelo menos um dos
campos sem preenchimento. Sendo que desse total, 30% preencheram
corretamente todas as 8 letras, 40% responderam corretamente 5 estruturas, 20%
identificaram 4 e 10% não conseguiu identificar nenhuma estrutura (Gráfico 2). Vale
salientar que as respostas deixadas pelos participantes, consideradas como
sinônimo foram aceitas também como corretas.
As estruturas correspondentes às letras deveriam ser identificadas da
seguinte forma: A – olho; B – boca; C – nadadeira peitoral; D – nadadeira anal; E –
nadadeira caudal; F – linha lateral; G – Nadadeira dorsal; H – opérculo.
A análise do questionário permitiu constatar uma maior falta de
conhecimento sobre as estruturas F e G, uma vez que a letra F tratou-se da linha
lateral, estrutura que não foi lembrada pela maioria. Já a letra G referiu-se a um tipo
de nadadeira. Ainda nessa questão, os alunos apresentaram um conhecimento um
pouco mais amplo em relação às estruturas A, B e E, uma vez que, trataram-se
respectivamente de olho, boca e nadadeira caudal.
37	
  
	
  
A B
C
D
E
F G
H
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Porcentagemdeidentificação
pelosparticipantes
Estruturas anatômicas externas do peixe de água doce
Olho
Boca
Nadadeira Peitoral
Nadadeira Anal
Nadadeira Caudal
Linha lateral
Nadadeira Dorsal
Opérculo
	
  
Gráfico 2. Percentual dos participantes que identificaram corretamente as estruturas externas.	
  
Para a segunda questão foram propostos 17 campos, nos quais os
participante deveriam identificar cada estrutura correspondente as letras de A a Q.,
A maior quantidade de opções preenchidas corretamente, foram 12, perfazendo um
total de 20% dos participantes, a porcentagem de participante que respondeu 11, 10,
2 e 0 campos de preenchimento foram 10% cada, e 40% conseguiram identificar 3
estruturas (Gráfico 3).
As estruturas correspondentes às letras deveriam ser identificadas da
seguinte forma: A – ureter; B – artéria dorsal; C – rim; D – estômago; E – medula
espinhal; F – ceco pilórico; G – cérebro; H – faringe; I – brânquias; J – coração; K –
fígado; L – baço; M – pâncreas; N – intestino; O – ovário; P – bexiga natatória e Q –
bexiga urinária.
Verificou-se através do questionário que a identificação de estruturas
internas, teve uma pior avaliação do que se tratando de anatomia externa. Apenas
três estruturas tiveram citações consideradas favoráveis, levando em consideração
que foram citadas por mais da metade dos participantes, que foram as estruturas D,
G e J, respectivamente estômago, cérebro e coração, órgãos esses que são
facilmente reconhecíveis talvez por sua coloração ou localização no plano estrutural
38	
  
	
  
no corpo do peixe. O pior resultado mostrou-se nas estruturas C – rim, e Q – bexiga
urinária, as quais não foram citadas em nenhum questionário realizado.
A B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M N O P
Q
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Porcentagemdeidentificaçãopelosparticipante
Estruturas anatômicas internas dos peixes de água doce
Ureter
Artéria Dorsal
Rim
Estômago
Medula Espinhal
Ceco Pilórico
Cérebro
Faringe
Brânquias
Coração
Fígado
Baço
Pâncreas
Intestino
Ovário
Bexiga Natatória
Bexiga Urinária
Gráfico 3. Percentual dos participantes que identificaram corretamente as estruturas internas.
	
  
	
  
Através da análise dos gráficos pode-se obervar um baixo índice de
respostas corretas. Isso se deve ao fato de que, possivelmente houve dificuldade em
conseguir identificar e reconhecer determinadas estruturas. Como por exemplo, no
caso de estar diante de vários tipos de nadadeiras pode ocasionar confusão no
participante. Já as estruturas que foram citadas satisfatoriamente são aquelas
comumente mais simples de identificar.
O conhecimento a ser transmitido deve seguir uma linha contínua, e se
faltar embasamento, o sucessor tornar-se-á comprometido. É explicita a
necessidade de que o estudante tenha uma noção exata daquilo que está
estudando. Há fatores que contribuem para o déficit de aprendizagem por parte dos
alunos, principalmente no ensino de Ciências.
39	
  
	
  
Para Lima (2008), primeiramente há uma dificuldade operacional entre
professores, alunos e administração escolar. Pelo fato de que muitas escolas
utilizam um método obsoleto, no qual o professor fala e o aluno copia. Outro fator
relevante é o caso em que o estudante não possui capacidade de compreensão de
certos fenômenos, principalmente em relacioná-los a aspectos do cotidiano. Outras
vezes, é o professor que encontra dificuldades em compreender determinados
conceitos ou esclarecê-los ao aluno, não discutindo o assunto de forma satisfatória.
De acordo com Melo e Alves (2011), as dificuldades encontradas referem-
se a complexidade da matéria, afinidade pela matéria, quantidade de conteúdo e
quando não há abertura entre professor e aluno para possíveis questionamentos.
Outra dificuldade apontada por Krasilchik (1996) é quando o professor utiliza
excessivamente terminologias científicas durante as aulas, fazendo com que o aluno
não consiga acompanhar as aulas, não entendendo ou atribuindo outros
significados.
Pode-se observar através da análise dos dados, que o baixo desempenho
na maioria das questões apresentadas no questionário, deve-se a algumas dessas
dificuldades. Para essas dificuldades é que o professor deve observar e buscar
novas experimentações em educação, não podendo se consistir em barreiras que
impeçam o desenvolvimento do ensino de Ciências. Devendo ser uma prática
constante, envolvendo alternativas e metodologias de qualidade, procurando
despertar nos alunos uma capacidade crítica.
A aprendizagem significativa só acontece satisfatoriamente se houver
uma aproximação do conteúdo com o cotidiano dos alunos. Dessa forma os
professores devem valorizar o conhecimento prévio dos estudantes e passar a
construir saberes mais elaborados (LOPES, 1999).
40	
  
	
  
ü Quando investigados sobre as principais espécies comerciais de peixes
que eles conhecem:
Na última questão do referido questionário os participantes deveriam citar
as espécies de peixes comerciais que conheciam em uma quantidade indeterminada
de espécies.
Visualizando a tabela 1 verificou-se que entre os cinco com maior número
de citações, com exceção da sardinha que é um peixe de água salgada, os quatro
primeiros, tilápia, curimatã, tucunaré e traíra, estão entre os cinco peixes mais
comercializados na região de Iguatu/CE, corroborando com os dados encontrados
no levantamento ictiofaunístico realizado com os comerciantes de peixes em
Iguatu/CE em fase anterior desta pesquisa. Verificou-se ainda que há a
comercialização dos peixes corró e piau, citados nos questionário, porém menos
intensificada.
Tabela 1. Quantidade por espécie dos peixes comerciais citados.
Peixe/Espécie Quantidade de citações
Tilápia 9
Curimatã 9
Traíra 7
Tucunaré 6
Sardinha 6
Corró 3
Piau 2
É possível verificar através da tabela 1 que os participantes da pesquisa
possuem um bom conhecimento acerca da ictiofauna comercial da região de
Iguatu/CE, tendo em vista que os participantes atuam como consumidores no
mercado de peixes regional, e entre eles há descendentes de pescadores.
Gomes et al. (2011), encontraram em seus resultados que a maior parte
do mercado comercializado na sua área de pesquisa (Tangará/RN) é composto por
peixes de água doce, e que a espécie mais citada pelos comerciantes foi a tilápia.
PINTO et al. (2011), também pesquisaram quais eram os peixes comerciais de sua
41	
  
	
  
região (Itapetinga, BA), nas quais também por sua maioria de água doce, entre eles,
Curimatã, Traíra, Piau e Tilápia. Já Chung et al. (2010 apud GOMES et al., 2011), foi
observaram em suas análises que a maioria dos peixes comercializados (Natal, RN),
são de água salgada. Isso leva a crer que o comércio de peixes é variável de região
para região.
5.3 Realização do minicurso com a utilização de atividades lúdicas.
O público alvo definido para participar dos minicursos foram alunos
regularmente matriculados do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de
Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE. Foram ofertadas 15 vagas
para cada turno, diurno e noturno. No entanto, apenas 10 alunos participaram,
sendo 06 no turno da manhã composto por alunos do 9º semestre, que já estudaram
determinadas disciplinas que tratam do tema peixes com maior profundidade, e 04
no contra-turno formado por alunos do 3º semestre que ainda não estudaram essas
disciplinas. O minicurso foi realizado no Centro Vocacional Tecnológico – CVT,
Iguatu/CE.
No início do minicurso os participantes foram submetidos à resolução de
um questionário para verificação de conhecimento prévio sobre o assunto a ser
abordado. Logo após essa etapa, foi apresentado através de aula expositiva o
conhecimento teórico a respeito das características gerais dos peixes, aspectos
evolutivos, ecológicos, anatomia, morfologia e fisiologia dos sistemas que compõem
os corpos dos peixes de água doce e salgada, além de curiosidades sobre diversas
espécies. A aula expositiva é a modalidade didática mais utilizada pelos professores
pelo fato de não exigir grande quantidade de materiais e espaço físico apropriado,
podendo ser realizadas em sala de aula com grande número de alunos (ABOU
SAAB e GODOY, 2007). No decorrer da exposição da aula, os alunos fizeram
questionamentos, comentários promovendo uma adição de conhecimentos extras.
Ainda nessa etapa, utilizando o guia ilustrado já produzido, foi dado maior ênfase as
cinco espécies de peixes mais comercializadas em Iguatu/CE.
42	
  
	
  
A fase seguinte do minicurso consistiu na promoção de uma aula prática
com dissecação da espécie Tilápia (Sarotherodon niloticus), a de maior ocorrência
de acordo com o levantamento realizado. Durante a realização dessa atividade
foram analisadas as estruturas anatômicas e morfofisiológicas que foram abordadas
durante a atividade teórica. Na atividade de dissecação foram utilizadas tesoura,
luvas e uma bandeja. O peixe foi seccionado de forma em que fosse possível
visualizar as estruturas internas.
A aplicação da atividade prática foi de fundamental importância para a
efetiva interatividade dos participantes do minicurso com a atividade realizada,
demonstrando curiosidade e uma busca em descobrir o novo. De acordo com Leite
et al. (2005), as aulas práticas funcionam como uma ótima ferramenta para
despertar o interesse dos alunos em aprender, tornando possível o ampliamento de
horizontes e infiltração no mundo científico, diferente da rotina a qual estão
acostumados os alunos. As aulas práticas podem ser uma ótima estratégia para
melhorar o ensino de Biologia, pois estimulam os sentidos, a curiosidade, e a
criatividade, desde que esteja aliada a teoria (ABOU SAAB e GODOY, 2007).
Na ultima parte prática do minicurso os alunos participaram de um
momento dinâmico com a utilização de jogos didáticos relacionados ao tema peixes.
As turmas foram divididas em grupos, a competição foi iniciada pelo jogo do quebra-
cabeça, o objetivo era competir, para quem conseguisse montar em menos tempo.
Havia dois quebra-cabeças distintos, o peixe tucunaré e o peixe pescada. Logo
após a conclusão desse jogo, iniciaram com o jogo da memória, nesse jogo os
participantes deviam encontrar o par, que consistia em um nome numa carta e na
outra sua imagem, ganharia o jogo quem primeiro encontrasse todos os pares
corretos.
Através de conversa informal os participantes comentaram ao longo da
aplicação dos jogos, que tratava-se de uma metodologia que tornariam as aulas
menos cansativas e mais dinâmicas. De acordo com uma pesquisa realizada por
Campos, Bortoloto e Felícia (2002), a função educativa do jogo pode ser observada
durante a sua utilização, verificando entre outros aspectos o favorecimento da
aquisição e retenção de conhecimentos de forma dinâmica e divertida. Dessa forma,
43	
  
	
  
aliando o lúdico ao cognitivo, o jogo didático torna-se uma estratégia de facilitação
do processo de ensino-aprendizagem. SANTOS (1999) ressalta que quanto mais o
adulto vivencia sua ludicidade, será maior a probabilidade desse profissional
trabalhar de forma prazerosa, possibilitando o educador conhecer-se como pessoa,
saber de suas possibilidades e resistências.
Na conclusão do minicurso os alunos foram submetidos a outro
questionário, no qual consistia em uma avaliação do minicurso em diversos
aspectos.
5.4 Avaliação do rendimento de aprendizagem dos participantes do minicurso.
O questionário de avaliação do rendimento do minicurso conteve 8
questões que abordaram aspectos referentes a aquisição de conhecimentos, carga
horária, repasse de conteúdos e metodologia empregada. As questões deveriam ser
respondidas através de opção de escolha entre as alternativas sim ou não.
a. Quando investigados sobre o aspecto metodológico do minicurso
Após a verificação dos dados do questionário foi observado que 100%
dos participantes consideraram todo o trajeto metodológico aplicado durante o
minicurso satisfatório. Atuando como uma oportunidade de reflexão, na qual os
participantes pudessem trocar experiências, opiniões e habilidades, além de poder
tirar dúvidas que viessem a ter a respeito do assunto. Os participantes consideraram
que o conteúdo abordado durante o minicurso foi de fácil percepção e compreensão,
indicando que a forma de abordagem do conteúdo foi repassada de forma clara e
precisa. Silva et al. (2011), evidenciou em sua pesquisa avaliada como satisfatória
que quando se propõe uma atividade pedagógica que oportuniza ao aluno
descrever, discutir e se posicionar à uma problematização, torna o processo de
aprendizagem mais prazeroso.
Todos os participantes da pesquisa responderam que as metodologias
utilizadas durante o minicurso, exposição da aula teórica utilizando slides produzidos
de forma que facilitasse um melhor entendimento do conteúdo, utilização do guia
44	
  
	
  
ilustrado, realização da atividade prática e atividade lúdica através dos jogos
didáticos, foram adequadamente empregadas. Almeida et al. (2005), identificou que
seu minicurso aplicado, avaliado como ótimo, levou em consideração que foi
estruturado com metodologias não tradicionais, o que facilita a atração e o interesse
dos alunos pelo assunto.
Foi realizado um minicurso pela manhã e um pela noite. Os participantes
consideraram a carga horária compatível com as atividades repassadas, percebendo
dessa forma que não houve prejuízo de informações. Os participantes afirmaram
ainda que seus objetivos em participar do minicurso foram alcançados, adquirindo
novos conhecimentos, compartilhando opiniões e comentários, tornando a
participação no minicurso mais enriquecida de informações.
b. Quando avaliados na aquisição de conhecimentos sobre peixes após
o minicurso.
As respostas do questionário mostrou que 100% dos participantes seriam
capazes de identificar diversos tipos de grupos de peixes após sua participação
nesse minicurso. A parte teórica do minicurso foi fundamental para a essa questão
ser considerada satisfatória, na qual os participantes relembraram ou adquiriram os
conhecimentos necessários para a partir de então poder reconhecer um
determinado grupo de peixe e suas características ou diferenciar peixes marinhos de
água doce. Godoy (2000), diz que a utilização de aula teórico-expositiva é
necessária por ser uma das estratégias mais utilizadas pelo professor universitário,
pela própria estrutura fácil e rápida.
Todos os pesquisado responderam que reconheceriam as espécies de
importância comercial estudadas durante o minicurso, mostrando que realmente
houve uma interação favorável entre os conhecimentos transmitidos e os
conhecimentos adquiridos. Os que não conheciam determinadas espécies passaram
a conhecê-la e os que já conheciam algumas espécies passaram a conhecer outras
que não conseguiriam identificá-las. Através da associação entre aulas teóricas e
práticas foi possível verificar bons resultados com maior aquisição de
conhecimentos. (PEREIRA, 2010).
45	
  
	
  
De acordo com os dados analisados no questionário, todos os
participantes informaram que adquiriram durante a realização do minicurso novos
conhecimentos antes desconhecidos sobre a anatomia, fisiologia e morfologia de
peixes. Durante a parte teórica tiveram a oportunidade de obter novos
conhecimentos, auxiliados com a visualização através de figuras e imagens. Na
parte prática, puderam verificar o que foi estudado através da atividade de
dissecação, contribuindo para a fixação do conhecimento adquirido anteriormente.
Para o desenvolvimento de um minicurso a aula teórica apresenta
diversas vantagens, como transmissão em pouco tempo de grandes quantidades de
informações, apresentação inicial de um tema, baixo custo, entre outros. (GIL,
1997).
46	
  
	
  
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A comercialização de peixes é uma atividade que contribui para a
economia local do município de Iguatu, como fonte de renda para pescadores, com
lucro para comerciantes e como produto para consumidores. É importante destacar
que os peixes comercializados na região são oriundos, entre outros, dos maiores
açudes do estado do Ceará.
Com relação à transmissão das informações aos graduandos, a produção
do guia ilustrado com as espécies comerciais da região despontou como uma forma
de mostrar de maneira simples, os resultados encontrados em uma pesquisa mais
ampla.
O conhecimento prévio dos alunos participantes da pesquisa sobre os
peixes pode ser considerado como insatisfatório. Esse aspecto negativo pode ser
resultado de vários fatores, sobretudo das dificuldades encontradas atualmente no
ensino das Ciências de um modo geral. Para reverter esse quadro, é importante que
os professores, em especial de Ciências, reavaliem seu papel de mediadores entre
aluno e conhecimento, procurando os métodos e técnicas adequadas ao que se
pretende repassar.
Com a participação dos alunos em minicurso foi possível verificar que
através de metodologias diversificadas, é possível atrair a atenção do aluno e
despertar o seu interesse pelo conhecimento científico, estimulando os sentidos,
para que ele possa estar sempre buscando ou renovando seus horizontes perante a
sociedade. Comparando o conhecimento dos alunos sobre peixes antes e depois do
minicurso através de questionário avaliativo, pode-se perceber que houve um
rendimento satisfatório de conhecimento adquirido.
A procura por melhor qualificação profissional se faz presente na vida da
maioria dos professores atuais. Dessa forma, a aplicação de atividades como
palestras, minicursos, formações para professores e licenciandos, representa um
importante momento. Além disso, durante a formação em nível superior, o aluno
47	
  
	
  
deve passar pela aprendizagem teórica e prática para que possa adquirir o saber
necessário à pesquisa ou ao mercado de trabalho.
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Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS, 2008. Acesso em:
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Atividades Lúdicas Baseadas na Teoria Motivacional de Maslow. In:
ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA – ENEQ, 12., Campinas:
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Mantenedora de Educação Superior da Bahia S/C Ltda. 2007.
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Micro e Pequenas Empresas. Ceará, 2009.
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as atividades experimentais: uma aposta motivacional para a aprendizagem.
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Disponível em: < http://adaltech.com.br/testes/abrapec/resumos/R1146-1.pdf>.
Aceso em: 04/12/2012.
SOUZA, N.G.S.; WORTMANN, M.L.C. & E.A.I. KINDEL, E.A.I. A importância de
considerar- se o ambiente no estudo dos peixes. In: WORTMANN, M. L. C; SOUZA,
N.G.S; KINDEL, E.A.I. (Org). O estudo dos vertebrados na escola fundamental.
São Leopoldo – RS: Ed. UNISINOS, 1999. p.111-117.
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CARAMASCHI, E.P.; MAZZONI, R.; PERES-NETO, P.R. Ecologia de peixes de
riacho, vol. VI. Rio de Janeiro: PPGE – UFRJ, 1999. p.12.
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Universidade de Antofagasta, 2002. p.10.
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Ciências do Ensino Fundamental. Cadernos de Ecologia Aquática. Vol. 1. Nº 1. jan
– jul, 2006. p 6-7.
VASCONCELLOS, L. A. S. Seres Vivos – Glossário. Programa Educ@r – USP,
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Acesso em: 15/04/2012.
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P.; RAPINI, A.; GIULIETTI, A. M. Rumo ao amplo conhecimento da
biodiversidade do semiárido brasileiro, 2006. Disponível em: <
http://www.uefs.br/ppbio/cd/portugues/capitulo18.htm>. Acesso em: 30/03/2012.
ZOOMARINE. Zoomarine® Departamento Educacional. Disponível em:
<http://zoomarine.blogue.blogs.sapo.pt/>. Acesso em: 12/04/2012.
	
  
54	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
APÊNDICES
55	
  
	
  
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE	
  
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI.
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL PARA ESTABELECIMENTOS DE
COMERCIALIZAÇÃO DE PEIXES NO MUNICÍPIO DE IGUATU/CE.
DATA: ___/___/___
ESTABELECIMENTO VISITADO Nº: ___
TIPO DE ESTABELECIMENTO:
( ) Peixaria ( ) Açougue ( ) Supermercado ( ) Mercearia ( ) Feira livre
v Quais os peixes disponíveis para venda?
____________________ ____________________
____________________ ____________________
____________________ ____________________
____________________ ____________________
____________________ ____________________
v Os cinco peixes mais comercializado:
Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________
Característica marcante: __________________________________________
Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________
Característica marcante: __________________________________________
Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________
Característica marcante: __________________________________________
Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________
Característica marcante: __________________________________________
Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________
56	
  
	
  
Característica marcante: __________________________________________
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE	
  
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI.
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL PARA VERIFICAÇÃO DO
CONHECIMENTO PRÈVIO DOS ALUNOS PARTICIPANTES DO MINICURSO,
SOBRE A ANATOMIA, FISIOLOGIA, MORFOLOGIA DE PEIXES E AS ESPÉCIES
DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL QUE CONHECEM.
1. Identifique às estruturas externas correspondentes às letras.
A ____________________________ B ____________________________
C ____________________________ D ____________________________
E ____________________________ F ____________________________
Ictiofauna local um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de iguatu ce - elvis alves da silva.
Ictiofauna local um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de iguatu ce - elvis alves da silva.
Ictiofauna local um estudo prático com os principais peixes de importância comercial do município de iguatu ce - elvis alves da silva.
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  • 1.     UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ELVIS ALVES DA SILVA ICTIOFAUNA LOCAL: UM ESTUDO PRÁTICO COM OS PRINCIPAIS PEIXES DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE IGUATU – CE IGUATU-CEARÁ 2012
  • 2.     ELVIS ALVES DA SILVA ICTIOFAUNA LOCAL: UM ESTUDO PRÁTICO COM OS PRINCIPAIS PEIXES DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE IGUATU – CE. Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito para obtenção do título de licenciado em Ciências Biológicas. Orientador: Prof. Me. Ricardo Rodrigues da Silva IGUATU-CEARÁ 2012
  • 4.     “É peixe quando pula e descortina a clara possibilidade de mudar de opinião... É peixe quando sem ligar a seta muda o rumo inverte a coisa, embola o pensamento e então... É peixe quando anda contra o vento, desafia o sofrimento e carrega o mundo com a mão... É peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas sem nenhuma embarcação...”. Oswaldo Montenegro
  • 5.     Dedico a mainha e painho, por me acompanhar em todos os momentos da vida e de minha trajetória acadêmica e por sempre acreditarem em mim; À minha mana Priscila por estar comigo lado a lado sempre que preciso; Ao meu avô Luis Guedes (in memorian), que sempre foi um exemplo de caráter a ser seguido; E a Sdena Nunes, que sempre me ajudou quando eu buscava auxílio.
  • 6.     AGRADECIMENTOS À Deus, que sempre me dá forças para nunca desistir dos meus sonhos; Ao Prof. Me. Ricardo Rodrigues da Silva, por ter me orientado para a conclusão desse trabalho, estando em disponibilidade em todos os momentos que o procurei dispensando horas preciosas do seu tempo. Aos meus pais Francisco Alves e Lusidéria Silva, que estão comigo em todos os momentos, corrigindo meus erros e sempre me apoiando nas minhas decisões; Às minhas irmãs Priscila Alves e Silvana Alves, que sempre acreditam que eu posso ir mais longe; À minha familia: avós, tios (as), primos (as), por confiarem e acreditarem em mim sempre; À Tia Verônica, por apoiar e investir em mim sempre que pode, desde quando eu era criança; À Sdena Nunes por me mostrar que devemos correr atrás do que queremos sem importar aonde tenhamos que ir, por tornar-se uma amiga a quem posso contar quando precisar, por acreditar em mim investindo no meu “saber” e por ser um exemplo a quem quero seguir e dar a volta ao mundo. À Profa. Alana Cecília que vem me incentivando e me acompanhando em minha carreira acadêmica e que esteve disponível para me ajudar sempre que precisei; À Profa. Ana Cristina que me auxiliou muito nessa pesquisa, mesmo não atuando mais como professora da disciplina; À todos os outros professores, Irismaura Alves, Ana Kelen, Fernando Roberto, Môngolla Keyla, Mayle Bezerra, Carmem Rogélia, Claita, os quais tive a honra de ser aluno, por ter me tornado amigo, por todo o conhecimento que me foi passado, que muito mais que aulas, foram exemplos de profissional que quero seguir; À minha amiga Jamile Dantas, por está comigo lado a lado nessa caminhada, compartilhando alegrias, e aguentando minhas “marimbas”, porque sem ela eu não teria chegado até aqui; Aos amigos Flavia Assunção, Lidanete Ribeiro, Djane Assunção, Jonas Silva, pela grande amizade incondicional desde a infância, e que sempre pude contar em qualquer tempo;
  • 7.     Às queridas Ilca Maciel, Julia Alzira e Juliana Maia, que me confortaram em momentos difíceis que passei, sejam me aconselhando ou vivenciando uma grande amizade; Às minhas amigas Taciana Guedes, Jordânia Melo e Patricia Márcia, pela amizade verdadeira, a qual compartilharam comigo muitos momentos divertidos e aventuras por aí afora; Aos outros colegas de turma Maiara Alves, Lucilane Tavares, Nikaelly Oliveira, Aila Bernardo, Denis Andrade, Thamires Alves, Livia Guedes, João Vitor, Kemili Castro, Bruna Mikaelly, Marília Alves os quais vivenciamos juntos momentos de alegria, tensão, parceria, esperança e sem dúvida muitos sonhos; À Theonila Cavalcante, que considero como uma mãe na Fecli, pois sempre me tratou com carinho e atendeu meus pedidos sempre que possível; À Magdalena, por esclarecer minhas dúvidas sempre que a procurei; Ao Clube do Mar do Ceará, por contribuir amplamente na minha decisão sobre a carreira que desejo seguir futuramente; Ao CVT/Iguatu por ter cedido espaço do Laboratório de Biologia para a conclusão desse trabalho; E a todas as pessoas que contribuíram para a realização deste trabalho.
  • 8.     RESUMO Os peixes constituem o grupo mais antigo e numeroso dentre os vertebrados. Com importância econômica, constituem uma importante fonte alimentar e são subsídio para geração de emprego e renda. Trabalhar o assunto “peixes” em sala de aula torna-se cansativo para o aluno, principalmente de forma tradicional. Assim, a utilização de metodologias alternativas apresenta-se como um fator favorável para o processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, os objetivos desse trabalho foram realizar um estudo sobre os peixes mais comercializados no município de Iguatu/CE e transmitir esse conhecimento para os alunos do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE. Foi feito o levantamento das espécies comerciais em Iguatu/CE e logo após foi elaborado um guia ilustrado com as principais espécies encontradas. Em outra etapa foi realizado um minicurso, no qual os alunos foram submetidos a: um questionário inicial para verificação de conhecimento prévio, exposição de aula teórica, atividade prática, utilização de atividades lúdicas e um questionário de avaliação do minicurso. Foi verificado que as cinco espécies de peixes mais comercializadas em Iguatu/CE foram a tilápia, a pescada, o tucunaré, a curimatã e a traíra. O guia ilustrado foi produzido contendo informações e imagens a respeito desses peixes. Através do questionário prévio foi observado um baixo índice de respostas corretas. No entanto, através do questionário avaliativo ao final do minicurso observou-se que todos assimilaram o conteúdo transmitido. Os alunos participantes consideraram o trajeto metodológico aplicado satisfatório e o conteúdo abordado de fácil percepção e compreensão, em uma carga horária adequada ao repasse do conteúdo programático. Pode-se concluir que a comercialização de peixes é uma atividade que contribui para a economia local. A produção do guia ilustrado despontou como uma forma de mostrar de maneira simples, os resultados encontrados em uma pesquisa mais ampla. O conhecimento prévio dos alunos participantes da pesquisa sobre os peixes pode ser considerado como insatisfatório, devendo-se ao resultado de vários fatores, sobretudo das dificuldades no ensino das Ciências. O professor deve procurar os métodos e técnicas adequadas para as suas aulas. Com a participação dos alunos no minicurso foi possível verificar que, através de metodologias diversificadas, é possível atrair o aluno e despertar o seu interesse. Palavras-chave: Peixes comerciais; Guia ilustrado; Metodologias educacionais.            
  • 9.     ABSTRACT Fish are the group most ancient and numerous among vertebrates. With economic importance, constitute an important alimentary source, and are subsidies to employment generation and income. Study the subject “fish” in the classroom it becomes tiresome to students, mostly in a traditional manner. This way, the use of alternative methodologies, shows up as a favorable factor to process of education and apprenticeship. In that sense, the objectives of this study, were execute a study about most commercialized fish at Iguatu/CE and transmit this knowledge to Biological Sciences students from Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE. Was carried a survey of the commercial species in Iguatu/CE, and soon after was designed an illustrated guide with the main species occurring. In another stage was conducted a minicourse, in which students were subjected to: a first questionnaire to check previous knowledge, exposure of lecture, practical activities and a questionnaire evaluating the minicourse. It was found that the most five fish commercialized species in Iguatu/CE were tilápia, pescada, tucunaré, curimatã and traíra. The illustrated guide was produced containing informations and pictures about these fish. Through the previously questionnaire was observed a low index of correct answers. However, through the evaluation questionnaire at the end of minicourse, it was observed that all the content transmitted had assimilated. They considered satisfactory the path methodology applied, and understand, in a hour load appropriate to transfer the programmatic content. It can be concluded that the fish commercialization is an activity that contributes for the local economy. The production of illustrated guide appeared as a way to show in a simple manner, the results found in a broader research. The previous knowledge of the students participating in the research on fish can be considered as unsatisfactory, must be to the result of many factors, above all the difficulties in Science education. The teacher should seek suitable methods and techniques to his class. With the participation of students in minicourse it was verified that, through methodology diversified, is possible to attract student and arouse their interest. Key-words: Commercial fish; Illustrated guide; Educational methodologies.
  • 10.     SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11 2 OBJETIVOS.................................................................................................... 13 2.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 13 2.2 Objetivos Específicos........................................................................... 13 3 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................. 14 3.1 Os Peixes............................................................................................. 14 3.1.1 Chondrichthyes ou Peixes Cartilaginosos ........................... 15 3.1.2 Osteichthyes ou Peixes Ósseos .......................................... 16 3.2 Breve histórico do estudo dos peixes .................................................. 20 3.3 Ictiofauna da caatinga.......................................................................... 22 3.4 O estudo de peixes e aplicação para o ensino .................................... 23 3.4.1 Algumas estratégias de facilitação do ensino...................... 25 3.4.1.1 Aulas Práticas .................................................... 25 3.4.1.2 Guia Ilustrado..................................................... 26 3.4.1.3 Atividades Lúdicas ............................................. 26 4 METODOLOGIA ............................................................................................. 28 4.1 Tipo da Pesquisa ................................................................................. 28 4.2 Caracterização da Área de Estudo ...................................................... 29 4.3 Das Atividades Práticas ....................................................................... 29 4.3.1 Do Levantamento Ictiofaunístico.......................................... 29 4.3.2 Da Elaboração e Produção do Guia Ilustrado ..................... 30 4.3.3 Da Realização do Minicurso ................................................ 30 4.4 Do Tratamento Estatístico ................................................................... 32 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................... 33 5.1 Do levantamento de espécies de peixes mais utilizadas para o consumo humano no município de Iguatu/CE, com elaboração de um guia ilustrado enfatizando as 05 mais comuns da região.................................. 33 5.2 Do conhecimento prévio dos alunos sobre anatomia e morfologia de peixes, e das principais espécies comerciais que eles conhecem ............ 36 5.3 Da realização do minicurso com a utilização de atividades lúdicas .... 41
  • 11.     5.4 Da avaliação do rendimento de aprendizagem dos participantes do minicurso.................................................................................................... 43 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 46 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 47 APÊNDICES....................................................................................................... 54
  • 12. 11     1 INTRODUÇÃO A Ictiologia é um ramo da Zoologia que se ocupa em estudar os peixes, suas relações, seu comportamento e sua classificação. Constitui-se uma área de grande importância, pois pesquisa para manutenção da atividade econômica pesqueira e para a conservação de ecossistemas aquáticos. Essa importância da Ictiologia como área de conhecimento, está explicita no fato de que os peixes compõem o mais antigo e numeroso grupo dentre os vertebrados existentes, representados por formas extremamente diversificadas e adaptadas às mais diferentes condições ambientais (SOUZA et al., 1999). Possuem importância ecológica e ambiental, uma vez que estão presentes na maioria das cadeias tróficas aquáticas e mantém um equilíbrio natural no meio. Cabe ressaltar ainda a grande relevância econômica dos peixes como importantes fontes de alimento para os seres humanos e como subsídio à geração de emprego e renda para a economia por causa da piscicultura. O Brasil é considerado um dos países mais ricos em termos de biodiversidade ictiológica, possuindo aproximadamente 2.587 espécies de água doce (BUCKUP; MENEZES; GHAZZI, 2007) e 1.298 espécies marinhas (MENEZES et al., 2003). O bioma Caatinga apresenta uma ictiofauna constituída por cerca de 240 espécies, distribuídas em sete ordens. Desse total, 136 são consideradas endêmicas (ROSA, 2003). Para muitos, trabalhar o conteúdo “peixes”, assim como outros seres vivos, em sala de aula, de forma tradicional, muitas vezes torna-se cansativo para o aluno. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, PCN´s, indicam que o processo de ensino-aprendizagem está relacionado com o incentivo às atitudes de curiosidade, à persistência na busca das informações de preservação do ambiente, sua apreciação e respeito à individualidade e à coletividade (BRASIL, 1998). Nesse sentido, a utilização de metodologias alternativas torna-se um fator favorável para a assimilação de conhecimentos pelos discentes. As aulas práticas tem se comprovado como eficiente na busca pela aprendizagem, pois leva o aluno a manter um contato direto com o objeto de estudo, o que incentiva seu envolvimento e sua
  • 13. 12     participação, quando existe uma relação com o seu contexto de vida (RONQUI; SOUZA; FREITAS, 2011). Os guias ilustrados também representam uma ferramenta que interferem no processo de aprendizagem, nas percepções e representações da construção do conhecimento. Torna-se um instrumento que auxilia na construção da prática pedagógica e promove a contextualização do cotidiano vivenciado pelos alunos, com o conteúdo que se trabalha em sala de aula. É a produção de recursos didático- lúdicos que promove a criatividade e desenvolve novas aptidões aos alunos, tornando o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico e eficaz. Educar e formar bons profissionais resulta de um processo que exige novos saberes, novas metodologias e novas técnicas que visem à aprendizagem significativa. Este trabalho pretende promover motivação, procurando contextualizar o cotidiano, buscando ampliar o conhecimento e o senso de curiosidade sobre o ambiente que os cerca, reconhecer os principais aspectos anatômicos, fisiológicos, morfológicos de peixes, bem como identificar os que possuem importância comercial, principalmente os encontrados no município de Iguatu/Ceará e circunvizinhança. O trabalho mostra-se relevante para os estudantes de cursos superiores de Ciências Biológicas, uma vez que atuarão como futuros profissionais que repassarão os conhecimentos adquiridos para as próximas gerações. A pesquisa procurou ainda despertar para o conhecimento de espécies, pretendendo inserir a produção de um guia ilustrado, que poderia ser um elemento didático de suma importância no processo de ensino-aprendizagem.
  • 14. 13     2  OBJETIVOS 2.1Objetivo Geral: Realizar um estudo sobre as espécies de peixes mais comercializados no município de Iguatu/CE e transmitir esse conhecimento para alunos do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE. 2.2 Objetivos Específicos: • Fazer um levantamento de espécies de peixes mais utilizadas para o consumo humano no município de Iguatu/CE, elaborarando um guia ilustrado enfatizando as 05 espécies de peixes mais comuns da região; • Verificar o conhecimento prévio de alunos do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras e Iguatu – FECLI/UECE sobre anatomia e morfologia de peixes, assim como as principais espécies comerciais que eles conhecem; • Proporcionar à alunos do Curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE um estudo investigativo sobre as diferenças morfológicas, fisiológicas e anatômicas das 05 espécies de peixes mais comercializado no município de Iguatu/CE, promovendo a utilização de atividades lúdicas; • Avaliar o rendimento da aprendizagem dos participantes em um minicurso sobre anatomia, morfologia e fisiologia dos peixes.
  • 15. 14     3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Os Peixes Os Peixes são atualmente reconhecidos como vertebrados aquáticos com respiração branquial, membros na forma de nadadeiras, e normalmente com escamas de origem dérmica. São considerados os organismos mais antigos e diversificados do subfilo Vertebrata, incluído no filo Chordatha (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2004). Para Janvier (1996) os peixes não representam um grupo monofilético, ou seja, com o mesmo ancestral comum, sendo na realidade uma “escada” filogenética, contituída dos peixes mais primitivos como os peixes- bruxa (Myxini), as lampreias (Petromyzontoidea), os tubarões, quimeras e raias (Chondrichthyes), aos mais atuais, os peixes com nadadeiras raiadas (Actinoptrygii), os celacantos (Actinistia) e os peixes pulmonados (Dipnoi), além dos grupos extintos. De acordo com Nelson (2006), os peixes constituem-se em um pouco mais do que a metade do número total de aproximadamente 54.711 espécies de vertebrados viventes reconhecidos. Há descrições de que são estimadas 27.977 espécies válidas de peixes, em comparação com 26,734 tetrápodes. Muitos grupos de peixes estão se expandindo com a descrição de espécies identificadas recentemente, enquanto alguns estão decrescendo, porque as espécies estão sendo sinonimizada mais rapidamente do que os novas sendo descritas. No entanto, o número de novas espécies de peixes descritas anualmente excede o de novos tetrápodes. Os agnatos são os peixes mais primitivos, também chamados de ciclostomados, devido a sua boca ter formato circular e sem mandíbulas. São representantes desse grupo as lampréias e as feiticeiras. Segundo Vaniel e Bemvenuti (2006): O corpo é fino e redondo, com ausência de dentes verdadeiros, escamas e nadadeiras pares. As brânquias encontram-se dentro de bolsas branquiais onde são realizadas as trocas gasosas. Estas bolsas têm poros para o exterior em número variado, conforme o grupo. Feiticeiras são
  • 16. 15     exclusivamente marinhas, possuem o corpo alongado, sem escamas, vivem entocadas no fundo a grandes profundidades. Lampréias são geralmente parasitas, têm parte de sua vida entre o oceano e o rio, algumas são encontradas somente na água doce (p.6-7). 3.1.1 Chondrichthyes ou Peixes Cartilaginosos Para Pough, Janis e Heiser (2008), os peixes cartilaginosos apareceram pela primeira vez em um registro fóssil, no final do siluriano. As formas viventes são divididas em dois grupos: O grupo Holocephali é representado pelos organismos que apresentam apenas uma abertura branquial em cada lado da cabeça, são chamados de quimeras. O grupo Elasmobranchii contém os organismos que apresentam múltiplas aberturas brânquiais de cada lado, são os tubarões e as raias. Quimeras são considerados fósseis vivos e alguns de seus aspectos ainda são desconhecidos. Escamas estão ausentes e a câmara branquial é coberta por um opérculo. Habitam águas frias em profundidades de até 1000m (OCEANÁRIO DE LISBOA, 2012). Os tubarões possuem escamas placóides, com uma única cúspide e uma cavidade da polpa. Seu sistema sensorial é bem refinado, podem detectar presas através de sensores mecânicos em sua linha lateral, e pela ampola de Lorenzini, sensível à campos elétricos. Em baixa intensidade luminosa sua visão é bem desenvolvida. No entanto, o primeiro dos sentidos a entrar em alerta, é geralmente, o olfato, capaz de detectar cheiros a longa distâncias (POUGH; JANIS; HEISER, 2008). Hickman; Roberts e Larson (2004) consideram que, com exceção das baleias, os tubarões incluem os maiores vertebrados atuais, podendo chegar a 12 m de comprimento. Quanto à alimentação, pode se basear muitas vezes em presas 50 vezes maiores ou 1000 vezes menores que seu tamanho (ZOOMARINE, 2012). As raias, ou arraias, têm o corpo achatado dorsoventralmente, devido a essa característica, as fendas brânquiais estão localizadas por baixo da cabeça. As barbatanas peitorais são expandidas, ligando-se à cabeça, gerando um formato triangular. Algumas espécies possuem ferrões, onde se localizam glândulas de veneno e há outras que possuem órgãos elétricos, podendo chegar a descargas de
  • 17. 16     240 volts. O tamanho de algumas raias pode variar de alguns centímetros até cerca de 8 m de envergadura (ANIMAIS MARINHOS - MARINE ANIMALS, 2012). Segundo Paes e Monteiro-Neto (2009), quanto a reprodução de elasmobrânquios (tubarões e raias): [...] possuem fertilização interna e baixa fecundidade, produzindo um pequeno número de ovos relativamente grandes. A maioria dos tubarões e raias dão à luz a pequenos juvenis. No caso das raias [...] são envoltos por uma cutícula orgânica protetora – ovo – que possui uma série de apêndices para adesão a um substrato. Após algumas semanas ou meses, depois de consumir o vitelo, os embriões rompem a casca protetora (p.256). 3.1.2 Osteichthyes ou Peixes Ósseos Os Osteichthyes, ou peixes ósseos, representam o maior grupo de vertebrados, tanto em número de espécies como em número de indivíduos. Desenvolveram uma enorme variação de formas e estruturas, se adaptando aos ambientes de águas doces ou salgadas, sejam em águas rasas ou profundas. As características mais marcantes dos peixes ósseos são escamas dermais, opérculo cobrindo a câmara branquial em cada lado, esqueleto ósseo, boca terminal, vesícula gasosa, nadadeira caudal homocerca e dois pares de nadadeiras medianas (PORTELLA, 2011). Os peixes ósseos em seu período evolutivo se divergiram em dois grupos principais: Sarcopterygii, peixes com nadadeiras carnosas, lobadas e Actinopterygii, peixes com nadadeiras raiadas (INFOESCOLA, 2007). O sistema esquelético dos peixes ósseos, de acordo com Moreira et al. (2001), é constituído da notocorda e tecidos ósseos e divide-se em dois: o exoesqueleto, constituído pelas escamas, as quais as mais comuns são ciclóides e ctenóides, e apêndices de locomoção, as nadadeiras, que são em número de sete ou oito, sendo elas peitorais, pélvicas, dorsais, anal, caudal e adiposa, quando presente. O outro é o endoesqueleto, que se subdivide em axial, apendicular e visceral. [...] O esqueleto axial é composto por estruturas que formam a linha longitudinal do corpo: crânio e coluna vertebral. O esqueleto apendicular são as estruturas acessórias: cinturas escapular e pélvica, membros pares e esterno, e o esqueleto visceral são os elementos de sustentação relacionados às brânquias e posteriormente as maxila e mandíbula - arcos branquiais (AVES MARINHAS, 2004. p.13).
  • 18. 17     Em relação à pele dos peixes, Urbina e Fuentes (2002) afirmam que: [...] se compõe de duas camadas principais: a epiderme, a mais superficial, e a derme, mais profunda. A pele protege o corpo contra os efeitos do meio externo e assegura ao mesmo tempo as funções respiratórias, excretora e osmorreguladora. As secreções das numerosas glândulas mucosas conferem ao corpo, sua característica escorregadia, cuja função consiste em reduzir o atrito e de proteção (p.10). Para Rotta (2003) o aparelho digestório dos peixes, se subdivide em: cavidade bucal, intestino anterior (esôfago, estômago), intestino médio (intestino) e intestino posterior (reto). A cavidade bucal tem como função selecionar, apreender e conduzir o alimento ao esôfago. Este por sua vez, degusta o alimento e o transporta ao estômago, além disso, se comunica com a vesícula gasosa, auxiliando na osmorregulação e na respiração. O estômago atua no armazenamento temporário do alimento e funciona como mecanismo na trituração e início da digestão do alimento. O intestino possui glândulas digestivas, onde se completa a digestão iniciada no estômago e pode auxiliar também na osmorregulação. No reto é onde ocorre à absorção de água e se localizam a abertura anal e a terminação dos ductos urinários e reprodutivos. Apresentam também alguns órgãos acessórios como o pâncreas, a vesícula biliar e o fígado. Algumas variações podem ser encontradas no trato gastrointestinal dos peixes, geralmente isso ocorre devido ao tipo de alimento que consome e o ambiente em que vive. O sistema circulatório é do tipo simples e completo e consiste em um coração com duas câmaras, um átrio e um ventrículo, e uma câmara maior, o seio venoso. O coração bombeia e recebe sangue pobre em oxigênio. O sangue atravessa os capilares das brânquias, onde absorbe o oxigênio e se dirige para os tecidos. O sangue é ajudado pelo movimento dos peixes. No caso dos peixes pulmonados, o sangue é oxigenado nos pulmões (SANTO, 2007). Há espécies de peixes que respiram por brânquias e outras por pulmões (dipnóicos). As brânquias são protegidas por um opérculo, que durante a respiração se fecha, fazendo com que entre água na boca. É nas brânquias que ocorrem as trocas gasosas, e o fluxo sanguíneo é unidirecional e oposto ao fluxo da água (INFOESCOLA, 2007). Já os peixes pulmonado, de acordo com Vaniel e Bemvenuti
  • 19. 18     (2006), utilizam os pulmões juntamente com as brânquias. Os peixes possuem uma estrutura denominada bexiga natatória, que atua no armazenamento de gases, ajustando o seu peso específico e facilitando sua flutuação (VASCONCELLOS, 2007). O sistema excretor é responsável por regular o conteúdo de água no corpo, regulando o estresse salino, e eliminando resíduos nitrogenados, geralmente amônia (NH3), resultante do metabolismo protéico. Possuem um rim do tipo mesonéfrico, com uma série de túbulos renais, que se dirigem para um único ducto coletor comum, o ducto arquinéfrico, que se comunica com o exterior pela cloaca (POUGH; JANIS; HEISER, 2008). Os peixes têm um sistema nervoso bem desenvolvido e dividido em dois: o sistema nervoso central, que é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal e o sistema nervoso periférico, constituído pelos nervos e gânglios nervosos. Os nervos conduzem impulsos nervosos entre o sistema nervoso central e as diferentes partes do corpo. Os gânglios nervosos atuam como retransmissores de impulsos nervosos. O encéfalo é onde são processadas as informações captadas pelos órgãos dos sentidos (CIENUNB, 2011). A visão é considerada o sentido mais ineficiente do peixe, pois é limitada pela sua retina fraca que faz com que a distinção de objetos e outros peixes fiquem dificultados. Em contra partida, a audição é bem aguçada, são capazes de ouvir a longas distâncias. O olfato age conjuntamente com o paladar, portanto a percepção de cheiro está ligada diretamente com o gosto. Além disso, apresentam uma linha lateral, que consiste em uma série de estruturas sensoriais que detectam variações na pressão de água ao redor, localizadas ao longo das laterais do corpo (CIENUNB, 2011). Quanto ao padrão de reprodução e ciclo reprodutivo, o aparelho reprodutor conta com glândulas e normalmente um par de gônadas – ovário ou testículos. Os ovários localizam-se longidutinalmente no corpo, e desemboca por um oviduto, e os testículos apresentam-se como estruturas alongadas, um canal deferente sai diretamente de cada testículo e vai para a terminação da cloaca. São
  • 20. 19     dióicos e muitas vezes apresentam dimorfismo sexual. A reprodução é sexuada e em geral com fecundação externa. Quando a fecundação é interna a nadadeira caudal é modificada como órgão de cópula. Há espécies ovíparas e vivíparas. Muitos peixes de água doce realizam o fenômeno da piracema, isto é, sobem os rios na época da reprodução (PEREIRA, 2008). Os peixes são importantes no aspecto ecológico, por exibirem uma notável relevância relacionada à estruturação e funcionamento de ecossistemas [...], ocorrendo em diversos níveis tróficos, desde detritívoros e consumidores primários até predadores de topo (MACHADO; DRUMMOND; PAGLIA, 2010). Podem afetar a abundância, a composição em espécies e a distribuição de comunidades de algas, zooplâncton e invertebrados (HELFMAN et al. 1997). A principal diferença entre peixes marinhos e de água doce refere-se ao equilíbrio osmótico. Os de água doce possuem o conteúdo salino maior que o do ambiente (hipertônico), ocorrendo o inverso, com as formas marinhas (hipotônico). Segundo Araújo (2012): A água entra nos peixes de água doce, pelas membranas semipermeáveis das brânquias e da boca, ao passo que tende a deixar o corpo nas formas marinhas. Nas formas de água doce, o excesso de água é excretado pelos rins e os sais são mantidos nas concentrações apropriadas pela absorção por células especiais das brânquias. Nas espécies marinhas, a deficiência é evitada pela deglutição e absorção de água do mar, juntamente com os sais, pelo intestino. O excesso de sais é eliminado por células secretoras das brânquias. Os rins dos peixes de água doce têm glomérulos bem desenvolvidos, para filtrar grandes quantidades de água, mas nas formas marinhas os glomérulos são reduzidos e pouca água é eliminada sob a forma de urina (p.2). Sobre os peixes de água doce, de acordo com Britski (1994): Podem ser divididos em dois grupos: fluviais e lacustres. Os fluviais têm o corpo adaptado à natação em águas correntes e velozes, são musculosos [...], alguns saltam grandes desníveis [...]. Os lacustres têm preferência por lagoas e açudes, ou até mesmo remansos naturais ou artificiais, têm hábitos tranquilos, são péssimos nadadores [...], alguns sobrevivem, na época das secas, enterrados no lodo (p.45).
  • 21. 20     3.2 Breve histórico do estudo dos Peixes A Ictiologia é o estudo científico dos peixes. Este estudo pode incluir a classificação de espécies, anatomia, percurso de vida, comportamento, fisiologia, ecologia, manutenção de aquários, criação de peixes e sua conservação. A Ictiologia tem uma história milenar, que remonta à antiguidade pré- clássica e clássica, nomeadamente às civilizações egípcia e grega (INSTITUTO CAMÕES, 2003). Para Barton (2007), os primeiros ictiologistas foram caçadores e coletores que aprenderam como obter o mais útil da pesca, como consegui-la em abundância e em que época poderia estar disponível. A história da Ictiologia começa provavelmente entre os anos de 384 e 332 a.C. Nesse período, o filósofo grego Aristóteles descreveu aproximadamente 115 espécies de peixes existentes no mar Egeu (SILVA; TEIXEIRA, 2010). Os primeiros estudos sistemáticos de observação de peixes datam do século XVI, quando foram classificadas espécies do Mar Mediterrâneo. No século XVII foram feitos alguns trabalhos de classificação de peixes a partir das suas características estruturais. No entanto, foi no século XVIII que o sueco Peter Artedi (1705-1735), considerado por muitos o pai da Ictiologia, realizou estudos sistemáticos sobre o relacionamento das espécies e a sua classificação em grupos. Lineu (1707-1778) tornou-se amigo de Artedi, cujo trabalho de classificação denominada Ichthyologia, veio a publicar em 1738. Ao longo dos séculos XIX e XX a classificação de espécies e a sua ordenação em grupos hierarquicamente organizados foi sendo aperfeiçoada e alargada por vários cientistas (INSTITUTO CAMÕES, 2003). De acordo com Santos (2007) a Ictiologia brasileira é comumente dividida em três períodos: o primeiro, iniciado em meados do século XVII é caracterizado pelas descrições dos grandes peixes. O segundo durou até final do século XIX, é caracterizado pelo aumento vertiginoso das descrições sobre peixes de diversos grupos. O terceiro período, iniciado em meados do século XX e que dura até os dias
  • 22. 21     atuais, é caracterizado menos por descobertas e mais pelo refinamento dos métodos e técnicas descritivas. O registro ictiológico brasileiro mais antigo é o do naturalista alemão Georg Marcgraff (1610-1644), que conseguiu catalogar algumas dezenas de espécies no nordeste do país. Nos séculos seguintes, outras expedições europeias vieram em busca de novos conhecimentos e diversos autores publicaram informações sobre peixes marinhos brasileiros. Johan von Spix e Karl von Martius, em sua expedição pelo Brasil, coletaram espécimes zoológicos durante os anos de 1818 e 1819 em diversas localidades do bioma Caatinga, nos estados da Bahia, Pernambuco, Ceará, Piauí e Maranhão[...] E foram trabalhados posteriormente na Selecta genera et species piscium Brassiliensium, entre 1829 e 1831 (PAIVA; CAMPOS, 1995. p.150). Entre 1859 e 1861 o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, coletou espécies de peixes de água doce no Ceará. No início do século XX, Steindachner, em percurso pelos rios São Francisco e Paraíba, coletou outras diversas espécies de peixes (ROSA, 2003). Foi durante esse período também que surgiram as primeiras publicações ictiológicas de autoria de um brasileiro. O zoólogo Alípio de Miranda Ribeiro (1874-1939) publicou um catálogo em cinco volumes, denominado Fauna Brasiliense, registrando mais de 370 espécies de peixes marinhos do Brasil. Atualmente pesquisadores da área de ictiologia trabalham ligados a museus ou Universidades que mantêm coleções científicas (GUIMARÃES et al., 2001). Os trabalhos mais recentes incluem, contribuições sobre peixes anuais da família Rivulidae, descrição de novas espécies e revisões sistemáticas. No entanto, a maioria dos trabalhos realizados sobre a ictiofauna de água doce no nordeste, vem se esbarrando em problemas taxonômicos ou em procedência do material (ROSA, 2003).
  • 23. 22     3.3 Ictiofauna da Caatinga Segundo Uieda e Castro (1999), a América do Sul apresenta, [...] a fauna de peixes de água doce mais rica do mundo, com uma grande diversidade morfológica e adaptativa. No Brasil, cerca de 85% das espécies são de peixes de água doce, e o restante são peixes de grupos marinhos que invadiram a água doce (p.12). No semiárido brasileiro, as espécies de peixes que ocorrem resultam de processos evolutivos nas condições ambientais como fatores climáticos e regime hidrológico da região. No entanto, a influência humana através de alterações ambientais e introdução de espécies alóctones, levaram possivelmente a uma modificação na estrutura da fauna original (ZANATA; SANTOS, 2006). O conhecimento da ictiofauna do semiárido, está sendo ampliando no que se refere a coleta e descrições de espécies, revisões sistemáticas, citações ou compilações de espécies de peixes para a região. Aproximadamente 240 espécies ocorrem na Caatinga, das quais 136 são consideradas endêmicas e 9 foram introduzidas. Em um período de cinco anos, de 2001 a 2006, o número de espécies de peixes reconhecidas na Caatinga aumentou em quase um terço. No ano 2000, por exemplo, conhecia-se apenas 185 tipos. Contudo, a riqueza ictiofaunística da Caatinga, quando comparada com outros biomas, possui um número reduzido de espécies. Dos peixes da Caatinga, 8 encontram-se na Lista Nacional das Espécies Peixes Ameaçadas de Extinção, publicada em 2004 pelo Ministério do Meio Ambiente (LEITE, 2006). Até 1935, considerava-se que as espécies de peixes no semiárido com importância comercial, eram apenas 10. Com isso, durante as décadas seguintes, ocorreram estudos com o objetivo de transplantar espécies oriundas de outras bacias hidrográficas. Foram trazidas espécies como pescada cacunda (Plagioscion surinamensis), pescada do Piauí (P. squamosissimus), piau verdadeiro (Leporinus elongatus), apaiari (Astronotus ocellatus), pirarucu (Arapaima gigas), tucunaré comum (Cichla ocellaris), tilápia do Congo (Tilápia rendalli), tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), tambaqui (Colossoma macropomum), carpa comum (Cyprinus carpio vr hungaricus), entre outras (SAMPAIO, 2008).
  • 24. 23     O bioma Caatinga possui algumas bacias hidrográficas, entre elas encontra-se a do Rio Jaguaribe, que é considerado o maior curso de água em território cearense, com 610 km de extensão e com uma bacia hidrográfica de 80.000 km². No entanto, ainda são escassos os trabalhos voltados para o conhecimento ictiofaunístico desse curso de água. Em um estudo realizado no estuário do Rio Jaguaribe, que apresenta ampla variação de salinidade, demonstrou que num total de 85 espécies encontradas, 20 são típicas de água doce (ALVES; SOARES FILHO, 1996). O conhecimento sobre a diversidade ictiofaunística de água doce no bioma Caatinga de modo geral, ainda é incipiente e apesar de inventários já terem sido realizados, ainda são escassos (PAIVA; CAMPOS, 1995). 3.4 O estudo de peixes e aplicação para o ensino À Ictiologia, cabe estudar os peixes e suas características biológicas, etológicas e ecológicas. Como os peixes são valorizados pelo homem em vários aspectos, a Ictiologia torna-se uma área de conhecimento de grande importância. O conteúdo “peixes” pode ser trabalhado em várias disciplinas, em diversos cursos superiores, entre eles Oceanografia, Engenharia de Pesca e Biologia. Geralmente esse assunto ainda permanece restrito às aulas tradicionais, o que na maioria das vezes, de certa forma deixa o aluno exaustivo e desmotivado, principalmente quando, por parte do docente, falta uma motivação ou não há um empenho em contextualizar com o cotidiano do discente. Relacionar os conteúdos aprendidos em sala de aula com a vivência do seu cotidiano, realmente é um dos maiores desafios encontrados pelos alunos, (DIAS et al, 2010). Piaget (1977) afirma que o meio pode vir a funcionar como estímulo à aprendizagem. Nesse sentido os professores de Biologia devem apresentar os conteúdos de uma forma em que o aluno possa associá-lo a sua realidade (BRASIL, 1998).
  • 25. 24     Segundo Borges e Lima (2007) o Ensino de Biologia que se encontra atualmente privilegia o estudo de conceitos, linguagens e metodologias desse campo do conhecimento, isso pode tornar o processo de aprendizagem pouco eficiente, para o aluno conseguir interpretar e intervir na sua realidade. Esse mesmo autor afirma que para atender as demandas atuais exige-se: [...] uma reflexão profunda sobre os conteúdos abordados e sobre os encaminhamentos metodológicos propostos nas situações de ensino. [...] As atuais necessidades formativas em termos de qualificação humana, pressionadas pela reconfiguração dos modos de produção e explicitadas nos PCNs, exigem a reorganização dos conteúdos trabalhados e das metodologias empregadas, delineando a organização de novas estratégias para a condução da aprendizagem de Biologia (p.166 e 168). O atual processo de ensino-aprendizagem requer que o conhecimento do aluno esteja contextualizado e inserido em seu ambiente (BRASIL, 1998). Para Krasilchik (2004), a Biologia pode ser uma das disciplinas mais relevantes e merecedoras da atenção dos alunos, ou uma das disciplinas mais insignificantes e pouco atraentes, dependendo do que for ensinado e de como isso for feito. Banet e Ayuso (2000) afirmam que as estratégias de ensino tradicionais têm pouco efeito na aquisição conceitual dos estudantes e sugere que se modifiquem as práticas pedagógicas por meio de novas estratégias de ensino. Entretanto, para alcançar os objetivos dos PCN’s, as aulas teóricas são de fundamental importância, pois são nelas que se garante o domínio de conteúdo e de técnica, para alcançar a alfabetização científica, além de representar a comunicação na sua forma mais fundamental (BARBOSA, 2011). No sentido de facilitar o processo de aprendizagem do aluno, principalmente no desenvolvimento dos conteúdos de Biologia, os PCN’s propõem diversas metodologias, enfatizando o professor como o mediador. As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006) apontam como propostas, atividades como: a experimentação, projetos, jogos, seminários, debates, simulações e cita que: A adoção dessas estratégias e propostas de atividades depende, na verdade, da capacidade do professor de perceber que o centro da aprendizagem é o aluno, que deixa de ser um mero receptor passivo das informações e passa a ser o elemento ativo de sua aprendizagem (p.30).
  • 26. 25     3.4.1 Algumas estratégias de facilitação do ensino 3.4.1.1 Aulas Práticas A vivência com aulas do tipo prática vem sendo considerada cada vez mais importante, uma vez que o Ensino de Ciências deve ter como sentido principal a compreensão da natureza. De acordo com Monteiro e Montenegro (2008) as atividades práticas permitem aos alunos uma observação e compreensão mais clara dos assuntos que são abordados em aula. Dessa forma, o aluno é capaz de aprender de uma forma crítica e reflexiva. Ronqui; Souza e Freitas (2011) consideram como principais funções das aulas práticas: Estimular a curiosidade científica, [...] desenvolver a capacidade de resolver problemas, [...] e as habilidades de modo a permitir que os alunos tenham contato direto com fenômenos, manipulando os materiais e equipamentos e observando organismos. Além disso, é nas aulas práticas que os alunos enfrentam resultados não previstos, cuja interpretação desafia sua imaginação e raciocínio (p.1). De forma prática, o processo de aprendizagem não se dá apenas pelo fato do aluno ouvir o professor ou apenas folhear o caderno ou o livro didático, mas deve estabelecer uma relação teórico-prática, objetivando não uma comparação, mas provocando o interesse nos alunos, gerando discussões e assim garantindo um maior rendimento nas aulas (POSSOBOM; OKADA; DINIZ, 2002). As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006) deixam claro que: [...] a proposta de práticas que apenas confirmem a aula teórica é rotina comum nas aulas de Biologia, mas deve ser evitada tanto quanto possível pelo professor. As aulas práticas, longe de constituírem mera confirmação dos fenômenos ensinados na teoria, devem desafiar o aluno a relacionar informações (p.31). É necessário destacar ainda que, segundo Barbosa (2011), para que uma aula prática se sobressaia de uma forma proveitosa e atrativa, deve haver uma preparação seguindo determinados passos, como por exemplo, “a escolha de técnicas adequadas, a adequação do tempo da aula à sua execução, o domínio do conteúdo e da técnica”.
  • 27. 26     3.4.1.2 Guia Ilustrado Trata-se de uma ferramenta visual que promove uma apresentação progressiva de determinado assunto. Por possuir de certa forma, interdependência entre suas páginas, possibilita uma melhor organização do que se está expondo e proporciona o rumo que deve ser tomado, procurando evitar dispersão ou confusão. É capaz ainda de promover uma síntese do assunto, facilitando a aquisição de conhecimentos principais (CAIRES, 2007). Compõe-se, basicamente, de ilustração e texto, podendo apresentar fotografias, mapas, gráficos, cartazes, letreiros ou qualquer outra informação útil à exposição de um tema. As ilustrações devem ser bem simples, atraentes, visíveis que espelhem a realidade e podem ser retiradas de livros, revistas ou ser desenhadas (FREITAS, 2007. p. 42). Os guias ilustrados podem ser considerados como uma estratégia pedagógica de suma importância para o processo de aprendizagem, pois sugere que o aluno busque as percepções e representações para construção do seu conhecimento. Além do mais, promove a contextualização do cotidiano do aluno, com o conteúdo de sala de aula. Tornando-o um instrumento de auxílio na construção da prática pedagógica. 3.4.1.3 Atividades Lúdicas Segundo Ferreira (1995) o lúdico refere-se a, aquilo que tenha caráter de jogos, brinquedos, divertimento. Atualmente as experiências realizadas através de atividades lúdicas têm se demonstrado bastante positivas. A inclusão da ludicidade no processo de ensino-aprendizagem, para Santana e Wartha (2006), é uma estratégia que busca o desenvolvimento pessoal e procura estimular o aspecto cooperativo do aluno, aprendendo de uma forma prazerosa. Há várias formas de atividades lúdicas que podem estar presentes no contexto educacional, entre elas os jogos, as histórias, as dramatizações, as músicas, as danças e as canções, além de outras manifestações (DOHME, 2003). Rieder; Zanelatto e Brancher (2005), considerando o jogo como uma ferramenta didática, pensam que o jogo atua como um meio educacional e deixam de lado a questão do jogo por si só, e quando há um planejamento adequado, torna-
  • 28. 27     se um recurso hábil para a aquisição de aprendizagem. As atividades lúdicas promovem o raciocínio, a criatividade e o aprendizado, e dessa forma, estimulam o interesse do aluno, e também do professor, no sentido de ampliar sua aptidão em resolver problemas. Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, mas sim o que dela resulta, a própria ação, o momento vivido. Com o jogo ela aprende a aceitar regras, esperar sua vez, aceitar o resultado, lidar com frustrações e elevar o nível de motivação (MOURA et al, [s.d.]. p. 2).
  • 29. 28     4 METODOLOGIA 4.1 Tipo da Pesquisa Trata-se pesquisa com caráter quali-quantitativa com uma abordagem exploratória. Segundo Marconi e Lakatos (2006), os estudos exploratórios são investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. Para Gil (2002) a pesquisa com caráter exploratório tem como objetivo proporcionar uma maior familiaridade com o problema, com o propósito de torná-lo mais explícito. No caso da pesquisa tratada neste trabalho, envolve levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas que conhecem o tema abordado, isto é, aqueles que comercializam os peixes de procedência regional, que serão utilizadas como base para a produção do guia ilustrado. A pesquisa quantitativa trata-se de um método que se apropria da análise estatística para o tratamento dos dados. Deve ser aplicado nas seguintes situações: quando é exigido um estudo exploratório para um conhecimento mais profundo do problema ou objeto de pesquisa e quando é necessário o diagnóstico inicial da situação (FIGUEIREDO, 2007). Esta pesquisa apresentará também um perfil quantitativo, uma vez que, deverão ser analisados os números obtidos através dos dois questionários realizados com os alunos e nos quais se encontrarão as conclusões mediantes as respostas. A pesquisa qualitativa possui características básicas como a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados. Não se utiliza de métodos e técnicas estatísticas. A coleta de dados tem como fonte direta o ambiente natural e os dados são analisados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem (MORESI, 2003).
  • 30. 29     4.2 Caracterização da Área de Estudo O município de Iguatu está localizado na região Centro-Sul do estado do Ceará (06°21'32" S 39°17'56” O), apresentando uma área de aproximadamente 1 029,002 km² e a população conta atualmente com 96.495 habitantes (BRASIL, 2010). O nome Iguatu tem origem indígena que significa "água boa" ou "rio bom” (IGUATU, 2012). Está inserido na Bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe com outros 24 municípios, correspondendo a 16,56% do território cearense. O maior reservatório em acumulação de água desta bacia é o Açude Orós localizado na cidade do mesmo nome (CEARÁ, 2012). Suas principais fontes de água são Rio Jaguaribe, Rio Trussu e diversas lagoas destacando-se a do Iguatu (a de maior acumulação d’água natural do estado), e como principal açude, o Trussu. Além destes, podem ser citado outros corpos de água, nos quais há a criação de peixes, com os açudes do Retiro, do Riacho Vermelho, do Governo, e as lagoas do Barro Alto, do Baú e do Saco. Para os moradores das localidades onde estão inseridos esses corpos hídricos, essa atividade é uma fonte bastante rentável (BARBOSA, 2011). Outros açudes importante para a piscicultura na região são o Açude de Orós (Orós), do Muquén (Cariús) e do Ubaldinho (Cedro). 4.3 Atividades Práticas 4.3.1 Levantamento Ictiofaunístico Foi realizado um levantamento das espécies de peixes comercializadas para consumo humano no município de Iguatu. Com o propósito de obter informações foram visitados estabelecimentos que comercializam variedades de pescados na sede do município. Essa visita foi realizada no mês de setembro de 2012, em um período de três dias, com aplicação de questionário semi-estruturado aos comerciantes (apêndice A), obtendo-se oito questionários respondidos em oito estabelecimentos distintos, nos quais três peixarias, um açougue, um supermercado, uma mercearia e duas bancas em feira livre.
  • 31. 30     Após o levantamento dos dados, referente ao questionário realizado com os comerciantes, deu-se início a produção de um guia ilustrado com as espécies citadas no questionário, e foram escolhidas as cinco espécies mais comercializadas, a fim de transmitir um estudo com um grupo de alunos do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE. 4.3.2 Elaboração e Produção do Guia Ilustrado A elaboração do guia ilustrado deu-se início após a verificação dos dados apresentados no questionário realizado com os comerciantes de peixes, identificando-se as espécies encontradas e quais são as características da região. Como uma ferramenta didática, o guia ilustrado foi trabalhado posteriormente, na realização do minicurso e servirá de acervo didático para a Coordenação de Ciências Biológicas da FECLI/UECE. O guia ilustrado foi produzido e custeado pelo aluno pesquisador do projeto. 4.3.3 Realização do Minicurso Com o objetivo de despertar em alunos do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE um interesse maior sobre o tema abordado, possibilitando uma aprendizagem mais significativa, sobretudo relacionada aos peixes de importância regional, foi realizado dois minicursos, cada um com carga horária de quatro horas, no mês de outubro de 2012. A realização dos minicursos deu-se em dois turnos, um no turno da manhã e outro no turno da noite, a fim de facilitar a participação de alunos no contra- turno de seu horário de aula. Houve divulgação através de exposição de cartazes no mural da faculdade, que continha informações sobre inscrições, número de vagas e horários. O intuito era atingir o maior número de participantes possíveis dentro do número de vagas.
  • 32. 31     O minicurso estruturou-se nas seguintes etapas: a. Avaliação de conhecimento prévio dos alunos sobre anatomia e morfologia de peixes Antes de ensinar um novo conteúdo aos alunos, deve-se averiguar se eles apresentam subsunçores específicos, se são suficientes para o assunto objetivado ou se estes devem ser criados pelo professor (MOREIRA; MANSINI, 2011). Com o propósito de verificar o conhecimento prévio dos alunos do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras e Iguatu – FECLI/UECE sobre o assunto em estudo houve a aplicação de um questionário, no início de cada minicurso. O questionário continha três (03) perguntas subjetivas, conforme apêndice B. b. Exposição de aula teórica com utilização do guia ilustrado já produzido; Nessa fase, inicialmente foi feita uma pesquisa bibliográfica, a fim de buscar subsídios para adquirir uma quantidade maior de informações relacionadas ao tema “peixes”, que foram repassadas aos alunos. Ainda nessa etapa, foi utilizado o guia ilustrado já produzido, afim de obter um estudo mais detalhado das espécies encontradas regionalmente. c. Atividade prática com dissecação das espécies em estudo; Essa fase do minicurso consistiu na realização de atividade prática, através da dissecação de uma entre as cinco espécies de peixes mais comercializadas no município de Iguatu/CE, e teve o objetivo de promover uma investigação experimental aliando o conhecimento prático ao teórico. d. Utilização de atividades lúdicas relacionadas ao tema O propósito dessa etapa do minicurso foi de estimular a motivação dos alunos a elaborarem e produzirem material para atividades lúdicas. Os recursos
  • 33. 32     didático-lúdicos são instrumentos de motivação de aprendizagem, que visam o desenvolvimento pessoal estimulando o processo de construção do conhecimento. Os alunos foram instruídos a participar de algumas atividades dinâmico- educacionais, como quebra-cabeça e jogo da memória. e. Avaliação do minicurso. Após o término da carga horária determinada para a realização do minicurso, os alunos participantes responderam a um questionário (Apêndice C) contendo oito(08) perguntas, abordando aspectos referentes à avaliação do minicurso de uma forma geral, como aquisição de conhecimento, aproveitamento, carga horária, repasse de conteúdos, metodologia empregada. 4.4 Tratamento Estatístico Todo procedimento estatístico foi realizado, predominantemente, através da análise descritiva dos dados.
  • 34. 33     5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1 Levantamento de espécies de peixes mais utilizadas para o consumo humano no município de Iguatu/CE, com elaboração de um guia ilustrado enfatizando as 05 mais comuns da região. A piscicultura é considerada o maior agronegócio do mundo. No Brasil, o Ceará é o maior produtor de tilápia, produzindo anualmente em média 22 a 24 mil toneladas. A região Centro Sul cearense mostra um grande potencial por possuir açudes de médio e grande porte. O SEBRAE e a EMATERCE apoiam encontros regionais que promovem a avaliação de projetos de produção de pescados em cativeiro, nos açudes de Orós, Trussu, Muquém, entre outros (SEBRAE, 2009). As espécies comercializadas referidas nos questionamentos foram na sua maioria de água doce capturadas nos açudes regionais: Açude de Orós, localizado na cidade de mesmo nome; Açude Roberto Costa (Trussu) no município de Iguatu; Açude de Feiticeiro, situado em Feiticeiro, Jaguaribe; e Açude Castanhão, localizado em Nova Jaguaribara. Para esses açudes as espécies registradas foram: Tilápia (Sarotherodon niloticus), Pescada (Plagioscion squamosissimus), Curimatã (Prochilodus lineatus), Traíra (Hoplias malabaricus), Tucunaré (Cichla ocellaris), Carpa (Cyprinus carpio), Piau (Leporinus friederici), Tambaqui (Colossoma macropomum) e Carí (Hypostomus affinis). No entanto, foram citadas nos questionários algumas espécies oriundas de água salgada, sendo transportadas da capital Fortaleza, foram elas: Cavala (Scomberomorus cavalla), Merluza (Merluccius hubbsi) e Pargo (Pagrus pagrus). As cinco espécies mais comercializadas em Iguatu citadas no questionário e sua distribuição em relação ao açude de origem podem ser observadas no gráfico 1.
  • 35. 34     0 1 2 3 4 5 Açude Orós Açude Trussu Açude Feiticeiro Açude Castanhão Quantidadedecitaçõesdasespécies Açude de origem Tilápia Curimatã Pescada Tucunaré Traíra Gráfico 1. Distribuição das cinco espécies mais comercializadas por açude de origem. É possível identificar no gráfico que no Açude de Orós houve frequência total das 5 espécies mais citadas. Segundo Kubitza (2011), só para a espécie Tilápia, o açude de Orós reúne aproximadamente 6.200 tanques-rede, estimando uma produção média mensal de 15 toneladas. O açude Trussu apresentou um maior número de citações para as espécies Tilápia e Tucunaré, apesar de ter ocorrido uma queda de cerca de 90% na quantidade de captura do Tucunaré nos açudes públicos da região (BARBOSA, 2011). Cabe ressaltar que a comercialização dos peixes citados depende da disponibilidade e da época de captura ao longo do ano. Para Campeche (2011), tendo a Caatinga de um modo geral como local de pesquisa, foram consideradas como as principais espécies de importância social e econômica: o surubim (Pseudoplatystoma corruscans), o pacamã (Lophiosilurus alexandri), o curimatã (Prochilodus sp.), o piau (Leporinus sp.) e o dourado (Salmius franciscanus). A importância social dessas espécies está relacionada ao hábito alimentar das populações ribeirinhas dos rios existentes nesta região. A econômica, por sua vez, está vinculada à comercialização dessas espécies nos mercados locais da região, porém o manejo destas espécies nos rios da Caatinga ainda é em pequena escala. BENTO; BEMVENUTI (2008), realizaram um estudo em sua região, Pelotas-RS, no qual identificou que as cinco espécies mais pescadas estudadas por
  • 36. 35     ele, também são aquelas que contribuem diretamente na subsistência da comunidade de pescadores. Após a observação dos dados obtidos nos questionários com os comerciantes de peixes foi produzido o guia ilustrado com um total de 15 páginas. O guia ilustrado apresenta uma breve introdução sobre o histórico da cidade de Iguatu/Ceará, local de desenvolvimento da pesquisa, e uma sequência de páginas abordando informações de 07 espécies, das 09 citadas nos questionários, de peixes de água doce. As espécies foram selecionadas de acordo com a sua frequência de ocorrência na coleta. O guia ilustrado pode ser observado no apêndice E. O guia ilustrado foi elaborado na forma de álbum, recortado em formato de um peixe, contendo textos e imagens para cada espécie selecionada, as quais para Sartori e Roesler (2005), é uma forma excelente de atrair o leitor, desde que estejam diretamente relacionadas ao objeto de estudo. Os textos apresentaram informações explicativas a respeito de anatomia, fisiologia, morfologia, além de dados sobre habitats e alimentação, das espécies de peixes mais frequentes de origem regional. Esses dados foram obtidos através de pesquisa bibliográfica ou fornecidos pelos próprios comerciantes. Ao final, o guia ilustrado apresenta imagens de alguns açudes, onde os peixes citados são encontrados com frequência. Foram produzidos 04 exemplares do guia ilustrado, dois foram utilizados posteriormente durante o minicurso, um no turno manhã e outro no turno noturno, havendo um sorteio do guia ilustrado entre os participantes ao final de cada minicurso. Os outros exemplares servirão como acervo didático para a Biblioteca da FECLI/UECE. De acordo com Sales (2005), a utilização de material impresso em formas alternativas, como o guia ilustrado ou álbum seriado, é capaz de facilitar o processo de ensino-aprendizagem, se utilizado de maneira correta pelo educador, como por exemplo, de acordo com a forma que foi trabalhada durante o minicurso, utilizando um único exemplar um grupo de pessoas, isso permite de certa forma que a atividade ganhe mais dinamismo e produtividade.
  • 37. 36     5.2 Conhecimento prévio dos alunos sobre anatomia e morfologia de peixes, assim como as principais espécies comerciais que eles conhecem. O questionário apresentava 03 questões sobre peixes: a 1ª relacionada à anatomia externa, a 2ª sobre a anatomia interna, com o intuito de identificar o que alunos do Curso de Ciências Biológicas da FECLI/UECE sabiam sobre aspectos anatômicos e morfológicos de peixes, e a 3ª pergunta questionava os participante sobre as espécies de peixes de importância comercial, a fim de verificar quais as espécies eles conheciam. ü Quando avaliados sobre a anatomia e morfologia externa e interna dos peixes Na primeira questão havia 8 campos para o participante identificar a estrutura indicada por uma letra de A a H. Do total de participantes (10), 4 responderam todas as alternativas e 6 não responderam pelo menos um dos campos sem preenchimento. Sendo que desse total, 30% preencheram corretamente todas as 8 letras, 40% responderam corretamente 5 estruturas, 20% identificaram 4 e 10% não conseguiu identificar nenhuma estrutura (Gráfico 2). Vale salientar que as respostas deixadas pelos participantes, consideradas como sinônimo foram aceitas também como corretas. As estruturas correspondentes às letras deveriam ser identificadas da seguinte forma: A – olho; B – boca; C – nadadeira peitoral; D – nadadeira anal; E – nadadeira caudal; F – linha lateral; G – Nadadeira dorsal; H – opérculo. A análise do questionário permitiu constatar uma maior falta de conhecimento sobre as estruturas F e G, uma vez que a letra F tratou-se da linha lateral, estrutura que não foi lembrada pela maioria. Já a letra G referiu-se a um tipo de nadadeira. Ainda nessa questão, os alunos apresentaram um conhecimento um pouco mais amplo em relação às estruturas A, B e E, uma vez que, trataram-se respectivamente de olho, boca e nadadeira caudal.
  • 38. 37     A B C D E F G H 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Porcentagemdeidentificação pelosparticipantes Estruturas anatômicas externas do peixe de água doce Olho Boca Nadadeira Peitoral Nadadeira Anal Nadadeira Caudal Linha lateral Nadadeira Dorsal Opérculo   Gráfico 2. Percentual dos participantes que identificaram corretamente as estruturas externas.   Para a segunda questão foram propostos 17 campos, nos quais os participante deveriam identificar cada estrutura correspondente as letras de A a Q., A maior quantidade de opções preenchidas corretamente, foram 12, perfazendo um total de 20% dos participantes, a porcentagem de participante que respondeu 11, 10, 2 e 0 campos de preenchimento foram 10% cada, e 40% conseguiram identificar 3 estruturas (Gráfico 3). As estruturas correspondentes às letras deveriam ser identificadas da seguinte forma: A – ureter; B – artéria dorsal; C – rim; D – estômago; E – medula espinhal; F – ceco pilórico; G – cérebro; H – faringe; I – brânquias; J – coração; K – fígado; L – baço; M – pâncreas; N – intestino; O – ovário; P – bexiga natatória e Q – bexiga urinária. Verificou-se através do questionário que a identificação de estruturas internas, teve uma pior avaliação do que se tratando de anatomia externa. Apenas três estruturas tiveram citações consideradas favoráveis, levando em consideração que foram citadas por mais da metade dos participantes, que foram as estruturas D, G e J, respectivamente estômago, cérebro e coração, órgãos esses que são facilmente reconhecíveis talvez por sua coloração ou localização no plano estrutural
  • 39. 38     no corpo do peixe. O pior resultado mostrou-se nas estruturas C – rim, e Q – bexiga urinária, as quais não foram citadas em nenhum questionário realizado. A B C D E F G H I J K L M N O P Q 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Porcentagemdeidentificaçãopelosparticipante Estruturas anatômicas internas dos peixes de água doce Ureter Artéria Dorsal Rim Estômago Medula Espinhal Ceco Pilórico Cérebro Faringe Brânquias Coração Fígado Baço Pâncreas Intestino Ovário Bexiga Natatória Bexiga Urinária Gráfico 3. Percentual dos participantes que identificaram corretamente as estruturas internas.     Através da análise dos gráficos pode-se obervar um baixo índice de respostas corretas. Isso se deve ao fato de que, possivelmente houve dificuldade em conseguir identificar e reconhecer determinadas estruturas. Como por exemplo, no caso de estar diante de vários tipos de nadadeiras pode ocasionar confusão no participante. Já as estruturas que foram citadas satisfatoriamente são aquelas comumente mais simples de identificar. O conhecimento a ser transmitido deve seguir uma linha contínua, e se faltar embasamento, o sucessor tornar-se-á comprometido. É explicita a necessidade de que o estudante tenha uma noção exata daquilo que está estudando. Há fatores que contribuem para o déficit de aprendizagem por parte dos alunos, principalmente no ensino de Ciências.
  • 40. 39     Para Lima (2008), primeiramente há uma dificuldade operacional entre professores, alunos e administração escolar. Pelo fato de que muitas escolas utilizam um método obsoleto, no qual o professor fala e o aluno copia. Outro fator relevante é o caso em que o estudante não possui capacidade de compreensão de certos fenômenos, principalmente em relacioná-los a aspectos do cotidiano. Outras vezes, é o professor que encontra dificuldades em compreender determinados conceitos ou esclarecê-los ao aluno, não discutindo o assunto de forma satisfatória. De acordo com Melo e Alves (2011), as dificuldades encontradas referem- se a complexidade da matéria, afinidade pela matéria, quantidade de conteúdo e quando não há abertura entre professor e aluno para possíveis questionamentos. Outra dificuldade apontada por Krasilchik (1996) é quando o professor utiliza excessivamente terminologias científicas durante as aulas, fazendo com que o aluno não consiga acompanhar as aulas, não entendendo ou atribuindo outros significados. Pode-se observar através da análise dos dados, que o baixo desempenho na maioria das questões apresentadas no questionário, deve-se a algumas dessas dificuldades. Para essas dificuldades é que o professor deve observar e buscar novas experimentações em educação, não podendo se consistir em barreiras que impeçam o desenvolvimento do ensino de Ciências. Devendo ser uma prática constante, envolvendo alternativas e metodologias de qualidade, procurando despertar nos alunos uma capacidade crítica. A aprendizagem significativa só acontece satisfatoriamente se houver uma aproximação do conteúdo com o cotidiano dos alunos. Dessa forma os professores devem valorizar o conhecimento prévio dos estudantes e passar a construir saberes mais elaborados (LOPES, 1999).
  • 41. 40     ü Quando investigados sobre as principais espécies comerciais de peixes que eles conhecem: Na última questão do referido questionário os participantes deveriam citar as espécies de peixes comerciais que conheciam em uma quantidade indeterminada de espécies. Visualizando a tabela 1 verificou-se que entre os cinco com maior número de citações, com exceção da sardinha que é um peixe de água salgada, os quatro primeiros, tilápia, curimatã, tucunaré e traíra, estão entre os cinco peixes mais comercializados na região de Iguatu/CE, corroborando com os dados encontrados no levantamento ictiofaunístico realizado com os comerciantes de peixes em Iguatu/CE em fase anterior desta pesquisa. Verificou-se ainda que há a comercialização dos peixes corró e piau, citados nos questionário, porém menos intensificada. Tabela 1. Quantidade por espécie dos peixes comerciais citados. Peixe/Espécie Quantidade de citações Tilápia 9 Curimatã 9 Traíra 7 Tucunaré 6 Sardinha 6 Corró 3 Piau 2 É possível verificar através da tabela 1 que os participantes da pesquisa possuem um bom conhecimento acerca da ictiofauna comercial da região de Iguatu/CE, tendo em vista que os participantes atuam como consumidores no mercado de peixes regional, e entre eles há descendentes de pescadores. Gomes et al. (2011), encontraram em seus resultados que a maior parte do mercado comercializado na sua área de pesquisa (Tangará/RN) é composto por peixes de água doce, e que a espécie mais citada pelos comerciantes foi a tilápia. PINTO et al. (2011), também pesquisaram quais eram os peixes comerciais de sua
  • 42. 41     região (Itapetinga, BA), nas quais também por sua maioria de água doce, entre eles, Curimatã, Traíra, Piau e Tilápia. Já Chung et al. (2010 apud GOMES et al., 2011), foi observaram em suas análises que a maioria dos peixes comercializados (Natal, RN), são de água salgada. Isso leva a crer que o comércio de peixes é variável de região para região. 5.3 Realização do minicurso com a utilização de atividades lúdicas. O público alvo definido para participar dos minicursos foram alunos regularmente matriculados do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI/UECE. Foram ofertadas 15 vagas para cada turno, diurno e noturno. No entanto, apenas 10 alunos participaram, sendo 06 no turno da manhã composto por alunos do 9º semestre, que já estudaram determinadas disciplinas que tratam do tema peixes com maior profundidade, e 04 no contra-turno formado por alunos do 3º semestre que ainda não estudaram essas disciplinas. O minicurso foi realizado no Centro Vocacional Tecnológico – CVT, Iguatu/CE. No início do minicurso os participantes foram submetidos à resolução de um questionário para verificação de conhecimento prévio sobre o assunto a ser abordado. Logo após essa etapa, foi apresentado através de aula expositiva o conhecimento teórico a respeito das características gerais dos peixes, aspectos evolutivos, ecológicos, anatomia, morfologia e fisiologia dos sistemas que compõem os corpos dos peixes de água doce e salgada, além de curiosidades sobre diversas espécies. A aula expositiva é a modalidade didática mais utilizada pelos professores pelo fato de não exigir grande quantidade de materiais e espaço físico apropriado, podendo ser realizadas em sala de aula com grande número de alunos (ABOU SAAB e GODOY, 2007). No decorrer da exposição da aula, os alunos fizeram questionamentos, comentários promovendo uma adição de conhecimentos extras. Ainda nessa etapa, utilizando o guia ilustrado já produzido, foi dado maior ênfase as cinco espécies de peixes mais comercializadas em Iguatu/CE.
  • 43. 42     A fase seguinte do minicurso consistiu na promoção de uma aula prática com dissecação da espécie Tilápia (Sarotherodon niloticus), a de maior ocorrência de acordo com o levantamento realizado. Durante a realização dessa atividade foram analisadas as estruturas anatômicas e morfofisiológicas que foram abordadas durante a atividade teórica. Na atividade de dissecação foram utilizadas tesoura, luvas e uma bandeja. O peixe foi seccionado de forma em que fosse possível visualizar as estruturas internas. A aplicação da atividade prática foi de fundamental importância para a efetiva interatividade dos participantes do minicurso com a atividade realizada, demonstrando curiosidade e uma busca em descobrir o novo. De acordo com Leite et al. (2005), as aulas práticas funcionam como uma ótima ferramenta para despertar o interesse dos alunos em aprender, tornando possível o ampliamento de horizontes e infiltração no mundo científico, diferente da rotina a qual estão acostumados os alunos. As aulas práticas podem ser uma ótima estratégia para melhorar o ensino de Biologia, pois estimulam os sentidos, a curiosidade, e a criatividade, desde que esteja aliada a teoria (ABOU SAAB e GODOY, 2007). Na ultima parte prática do minicurso os alunos participaram de um momento dinâmico com a utilização de jogos didáticos relacionados ao tema peixes. As turmas foram divididas em grupos, a competição foi iniciada pelo jogo do quebra- cabeça, o objetivo era competir, para quem conseguisse montar em menos tempo. Havia dois quebra-cabeças distintos, o peixe tucunaré e o peixe pescada. Logo após a conclusão desse jogo, iniciaram com o jogo da memória, nesse jogo os participantes deviam encontrar o par, que consistia em um nome numa carta e na outra sua imagem, ganharia o jogo quem primeiro encontrasse todos os pares corretos. Através de conversa informal os participantes comentaram ao longo da aplicação dos jogos, que tratava-se de uma metodologia que tornariam as aulas menos cansativas e mais dinâmicas. De acordo com uma pesquisa realizada por Campos, Bortoloto e Felícia (2002), a função educativa do jogo pode ser observada durante a sua utilização, verificando entre outros aspectos o favorecimento da aquisição e retenção de conhecimentos de forma dinâmica e divertida. Dessa forma,
  • 44. 43     aliando o lúdico ao cognitivo, o jogo didático torna-se uma estratégia de facilitação do processo de ensino-aprendizagem. SANTOS (1999) ressalta que quanto mais o adulto vivencia sua ludicidade, será maior a probabilidade desse profissional trabalhar de forma prazerosa, possibilitando o educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades e resistências. Na conclusão do minicurso os alunos foram submetidos a outro questionário, no qual consistia em uma avaliação do minicurso em diversos aspectos. 5.4 Avaliação do rendimento de aprendizagem dos participantes do minicurso. O questionário de avaliação do rendimento do minicurso conteve 8 questões que abordaram aspectos referentes a aquisição de conhecimentos, carga horária, repasse de conteúdos e metodologia empregada. As questões deveriam ser respondidas através de opção de escolha entre as alternativas sim ou não. a. Quando investigados sobre o aspecto metodológico do minicurso Após a verificação dos dados do questionário foi observado que 100% dos participantes consideraram todo o trajeto metodológico aplicado durante o minicurso satisfatório. Atuando como uma oportunidade de reflexão, na qual os participantes pudessem trocar experiências, opiniões e habilidades, além de poder tirar dúvidas que viessem a ter a respeito do assunto. Os participantes consideraram que o conteúdo abordado durante o minicurso foi de fácil percepção e compreensão, indicando que a forma de abordagem do conteúdo foi repassada de forma clara e precisa. Silva et al. (2011), evidenciou em sua pesquisa avaliada como satisfatória que quando se propõe uma atividade pedagógica que oportuniza ao aluno descrever, discutir e se posicionar à uma problematização, torna o processo de aprendizagem mais prazeroso. Todos os participantes da pesquisa responderam que as metodologias utilizadas durante o minicurso, exposição da aula teórica utilizando slides produzidos de forma que facilitasse um melhor entendimento do conteúdo, utilização do guia
  • 45. 44     ilustrado, realização da atividade prática e atividade lúdica através dos jogos didáticos, foram adequadamente empregadas. Almeida et al. (2005), identificou que seu minicurso aplicado, avaliado como ótimo, levou em consideração que foi estruturado com metodologias não tradicionais, o que facilita a atração e o interesse dos alunos pelo assunto. Foi realizado um minicurso pela manhã e um pela noite. Os participantes consideraram a carga horária compatível com as atividades repassadas, percebendo dessa forma que não houve prejuízo de informações. Os participantes afirmaram ainda que seus objetivos em participar do minicurso foram alcançados, adquirindo novos conhecimentos, compartilhando opiniões e comentários, tornando a participação no minicurso mais enriquecida de informações. b. Quando avaliados na aquisição de conhecimentos sobre peixes após o minicurso. As respostas do questionário mostrou que 100% dos participantes seriam capazes de identificar diversos tipos de grupos de peixes após sua participação nesse minicurso. A parte teórica do minicurso foi fundamental para a essa questão ser considerada satisfatória, na qual os participantes relembraram ou adquiriram os conhecimentos necessários para a partir de então poder reconhecer um determinado grupo de peixe e suas características ou diferenciar peixes marinhos de água doce. Godoy (2000), diz que a utilização de aula teórico-expositiva é necessária por ser uma das estratégias mais utilizadas pelo professor universitário, pela própria estrutura fácil e rápida. Todos os pesquisado responderam que reconheceriam as espécies de importância comercial estudadas durante o minicurso, mostrando que realmente houve uma interação favorável entre os conhecimentos transmitidos e os conhecimentos adquiridos. Os que não conheciam determinadas espécies passaram a conhecê-la e os que já conheciam algumas espécies passaram a conhecer outras que não conseguiriam identificá-las. Através da associação entre aulas teóricas e práticas foi possível verificar bons resultados com maior aquisição de conhecimentos. (PEREIRA, 2010).
  • 46. 45     De acordo com os dados analisados no questionário, todos os participantes informaram que adquiriram durante a realização do minicurso novos conhecimentos antes desconhecidos sobre a anatomia, fisiologia e morfologia de peixes. Durante a parte teórica tiveram a oportunidade de obter novos conhecimentos, auxiliados com a visualização através de figuras e imagens. Na parte prática, puderam verificar o que foi estudado através da atividade de dissecação, contribuindo para a fixação do conhecimento adquirido anteriormente. Para o desenvolvimento de um minicurso a aula teórica apresenta diversas vantagens, como transmissão em pouco tempo de grandes quantidades de informações, apresentação inicial de um tema, baixo custo, entre outros. (GIL, 1997).
  • 47. 46     6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A comercialização de peixes é uma atividade que contribui para a economia local do município de Iguatu, como fonte de renda para pescadores, com lucro para comerciantes e como produto para consumidores. É importante destacar que os peixes comercializados na região são oriundos, entre outros, dos maiores açudes do estado do Ceará. Com relação à transmissão das informações aos graduandos, a produção do guia ilustrado com as espécies comerciais da região despontou como uma forma de mostrar de maneira simples, os resultados encontrados em uma pesquisa mais ampla. O conhecimento prévio dos alunos participantes da pesquisa sobre os peixes pode ser considerado como insatisfatório. Esse aspecto negativo pode ser resultado de vários fatores, sobretudo das dificuldades encontradas atualmente no ensino das Ciências de um modo geral. Para reverter esse quadro, é importante que os professores, em especial de Ciências, reavaliem seu papel de mediadores entre aluno e conhecimento, procurando os métodos e técnicas adequadas ao que se pretende repassar. Com a participação dos alunos em minicurso foi possível verificar que através de metodologias diversificadas, é possível atrair a atenção do aluno e despertar o seu interesse pelo conhecimento científico, estimulando os sentidos, para que ele possa estar sempre buscando ou renovando seus horizontes perante a sociedade. Comparando o conhecimento dos alunos sobre peixes antes e depois do minicurso através de questionário avaliativo, pode-se perceber que houve um rendimento satisfatório de conhecimento adquirido. A procura por melhor qualificação profissional se faz presente na vida da maioria dos professores atuais. Dessa forma, a aplicação de atividades como palestras, minicursos, formações para professores e licenciandos, representa um importante momento. Além disso, durante a formação em nível superior, o aluno
  • 48. 47     deve passar pela aprendizagem teórica e prática para que possa adquirir o saber necessário à pesquisa ou ao mercado de trabalho. REFERÊNCIAS ABOU SAAB, L. A.; GODOY, M. T. Experimentação nas aulas de biologia e a apropriação do saber, 2007. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/446-4.pdf>. Acesso em: 28/11/2012. ALMEIDA, P. R.; DOMINGUES, V. R. G.; PASSOS, C. M. Minicurso de criptografia: uma aplicação da teoria dos números. Universidade Federal de Alfenas – MG. Controle de ações de extensão, 2005. Disponível em: < https://www.unifal-mg.edu.br/caex/inscricoes/submissoes/S01397.pdf>. Acesso em: 04/12/2012. ALVES, M. I. M; SOARES FILHO, A. A. Peixes do estuário do Rio Jaguaribe, Ceará – Brasil: Aspectos fisioecológicos. Ciência agronômica, vol 27. Nº 1/2, 1996. ANIMAIS MARINHOS – MARINE MAMALS. Raias, arraias ou peixes batatóides. Disponível em: <http://especiesmarinhas.blogspot.com.br/2008/08/raias-arraias-ou- peixes-batatides.html>. Acesso em: 14/04/2012. ARAÚJO, A. P. U. Laboratório de Biologia, IFSC – Instituto de Física de São Carlos, USP. Sistema Excretor. Cronograma 2012 – Apostila de fisiologia. p.2. Disponível em: <http://biologia.ifsc.usp.br/bio2/>. Acesso em: 15/04/2012. AVES MARINHAS. Vertebrados - Apostila 14, 2004. p.13. Disponível em: < http://www.avesmarinhas.com.br/apostilas.htm>. Acesso em: 14/04/2012. BANET, E; AYUSO, E. Teaching genetics at secondary school: A strategy for teaching about the location of inheritance information. Science Education, v. 84, n. 3, 2000. BARBOSA, H. Peixamento: açudes e lagoas de Iguatu recebem alevinos. Diário do Nordeste. Ceará, 21, dezembro, 2011. Agricultura. BARTON, M. Bond’s Biology of fishes. Califórnia – EUA: Ed. Thomson, 3ªed. 2007. BENTO, D. M.; BEMVENUTTI, M. A. Os peixes de água doce da pesca artesanal no sul da Lagoa dos Patos, RS – Subsídios ao ensino escolar. Revista Eletrônica: Cadernos de Ecologia Aquática, vol 3, nº2, 2008. Disponível em: < http://www.ceac.furg.br/revista/artigos/25_Douglas&Marlise.pdf>. Acesso em: 05/12/2012. BORGES, R. M. R.; LIMA, V. M. R.. Tendências contemporâneas do ensino de Biologia no Brasil. Revista Eletrónica de Enseñanza de las Ciências, vol.6, nº1.
  • 49. 48     Porto Alegre – RS: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2007. p.166 e 168. BRASIL, 1998. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 138p. _______. Ministério da saúde. Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde/MS. Dispõe sobre Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, 10 de outubro de 1996. _______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. IBGE cidades @. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/link.php?uf=ce>. acesso em: 02/04/2012. _______. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Brasília – DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. BRITSKI, H. A. A fauna de peixes brasileiros de água doce e o represamento de rios. In: COMASE: Seminário sobre fauna aquática e o setor elétrico. Rio de Janeiro, 1994. p.45. BUCKUP, P. A; MENEZES, N. A; GHAZZI, M. S. Catálogo das espécies de peixes de água doce do Brasil. Rio de Janeiro: Museu Nacional – UFRJ, 2007. 195 p. CAIRES, J. C. Formação de multiplicadores: Orientaçãoes Pedagógicas. Aracajú – SE. Embrapa, 2007. p.19. CAMPECHE, Daniela. Peixes. In: Agência de Informações Embrapa – Bioma Caatinga. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2011). Disponível em:<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/bioma_caatinga/arvore/CONT000 g5twggzh02wx5ok01edq5sxyqd69q.html>. Acesso em: 17/10/2012. CAMPOS, L.M.L.; BORTOLOTO, T.M.; FELÍCIO, A.K.C. A produção de jogos didáticos para o ensino de Ciências e Biologia: Uma proposta para favorecer a aprendizagem. UNESP, 2002. Disponível em: <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/aproducaodejogos.pdf>. Acesso em: 09/11/2012. CEARÁ. Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos - COGERH. Sub-bacia hidrográfica do Alto Jaguaribe: Características Gerais. Disponível em: <http://portal.cogerh.com.br/categoria2/Ger-Iguatu.pdf>. acesso em: 02/04/2012 CIENUNB. Peixes agnatas e cartilaginosos: a melhor pesquisa. Ciências Naturais – UNB. Planaltina: DF, 2011. Disponível em: < http://peixes2010.blogspot.com.br/p/nnnn.html>. Acesso em: 15/04/2012. DIAS, D. S.; RIBEIRO, R. A.; OLIVEIRA, M. O. S.; MARTINS, M. A. D.; VASCONCELOS, P. F.; RIBEIRO, K. R. Verificação da aprendizagem dos alunos do 1º ano do núcleo de atividade para a promoção da cidadania (NAP) sobre compostos nitrogenados. IN: FÓRUM DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E
  • 50. 49     GESTÃO - DESENVOLVIMENTO REGIONAL: COMPROMISSO DA UNIVERSIDADE, 4.,Montes Claros – MG: Unimonte – Universidade Estadual de Montes Claros, 2010. DOHME, V. Atividades lúdicas na educação: o caminho de tijolos amarelos do aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira S/A, 1995. 687 p. FIGUEIREDO, N. A. Método e Metodologia na pesquisa científica. 2 ed. São Paulo: Yendis Editora, 2007. FREITAS, O. Equipamentos e materiais didáticos. Brasília - DF: Universidade de Brasília, 2007. 132 p. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. _______. Metodologia de Ensino Superior. 3ª ed. São Paulo, Atlas, 1997. GODOY, A. S. Revendo a aula expositiva. In: MOREIRA, D. A (Org.). Didática do Ensino Superior: técnicas e tendências. São Paulo, Pioneira, 2000. GOMES, V. D. S.; SILVA, L. F. N.; ANDRADE, J. J. L.; NETO, J. C. B.; SANTOS, F. G. A. Caracterização da comercialização de pescado em feira-livre no município de Tangará/RN – Brasil. XXI Congresso Brasileiro de Zootecnia. Ufal, 2011. GUIMARÃES, R. Z. P; GASPARINI, J. L; FERREIRA, C. E. L; ROCHA, L. A; FLOETER, S. R; RANGEL, C. A; NUNAN G. W. Peixes Recifais Brasileiros. Ciência Hoje. Vol. 28, Nº 168. Jan-fev, 2001. p. 16-23. HELFMAN, G. S.; COLLETE, B. B.; FACEY, D. E.; BOWEN, B. W. The diversity of fishes. New York: Blackwell Science, 1997. HICKMAN, C. P.; ROBERTS, L. S.; LARSON, A. Princípios Integrados de Zoologia. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 872 p. IGUATU. Prefeitura Municipal de Iguatu. A Cidade. Disponível em: < http://www.iguatu.ce.gov.br/?op=paginas&tipo=secao&secao=3&pagina=3>. Acesso em 02/04/2012. INFOESCOLA, 2007. Peixes ósseos (Classe Osteichthyes), 2007. Disponível em: <http://www.infoescola.com/biologia/peixes-osseos-classe-osteichthyes/>. Acesso em: 14/04/2012. INSTITUTO CAMÕES. Ictiologia, 2003. Disponível em: <http://cvc.instituto- camoes.pt/ciencia/d21.html>. Acesso em: 30/03/2012. JANVIER, P. Early Vertebrates (Oxford Monographs on Geology and Geophysics). Oxford University Press, v. 33, 1996. 393 p.
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  • 55. 54                                 APÊNDICES
  • 56. 55     UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE   FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI. CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL PARA ESTABELECIMENTOS DE COMERCIALIZAÇÃO DE PEIXES NO MUNICÍPIO DE IGUATU/CE. DATA: ___/___/___ ESTABELECIMENTO VISITADO Nº: ___ TIPO DE ESTABELECIMENTO: ( ) Peixaria ( ) Açougue ( ) Supermercado ( ) Mercearia ( ) Feira livre v Quais os peixes disponíveis para venda? ____________________ ____________________ ____________________ ____________________ ____________________ ____________________ ____________________ ____________________ ____________________ ____________________ v Os cinco peixes mais comercializado: Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________ Característica marcante: __________________________________________ Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________ Característica marcante: __________________________________________ Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________ Característica marcante: __________________________________________ Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________ Característica marcante: __________________________________________ Nome Popular:_______________Local de Captura:_____________________
  • 57. 56     Característica marcante: __________________________________________ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE   FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI. CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL PARA VERIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO PRÈVIO DOS ALUNOS PARTICIPANTES DO MINICURSO, SOBRE A ANATOMIA, FISIOLOGIA, MORFOLOGIA DE PEIXES E AS ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL QUE CONHECEM. 1. Identifique às estruturas externas correspondentes às letras. A ____________________________ B ____________________________ C ____________________________ D ____________________________ E ____________________________ F ____________________________