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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
SARA SISDINEIDE BATISTA DE LIMA
O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO CEJA DE
IGUATU, CEARÁ, SOBRE ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO
ESTADO
IGUATU-CE
2014
II
SARA SISDINEIDE BATISTA DE LIMA
O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO CEJA DE
IGUATU, CEARÁ, SOBRE ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO
ESTADO
Monografia apresentada à Coordenação do Curso de
Ciências Biológicas da Faculdade de Educação,
Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual
do Ceará, como requisito para a obtenção do grau de
licenciado em Ciências Biológicas.
Orientador: Prof. Me. Célio Moura Neto.
IGUATU-CE
2014
L732c Lima, Sara Sisdineide Batista de.
O Conhecimento dos Alunos do Ensino Médio do CEJA de
Iguatu, Ceará, sobre Animais Ameaçados de Extinção no Estado /
Sara Sisdineide Batista de Lima. [Orientada por] Célio Moura Neto.
– Iguatu, 2014.
50 p.
Monografia (Graduação) – Universidade Estadual do Ceará,
Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas, Iguatu, 2014.
1. Educação Ambiental 2. Fauna Ameaçada 3 Biologia da
Conservação
I. Moura Neto, Célio (Orient.) II. Universidade Estadual do Ceará –
UECE – Graduação (Licenciatura) em Ciências Biológicas
III. Título
CDD: 591.68
IV
Dedico este trabalho, primeiramente a
Deus que é o ser supremo, por ter me
concedido a vida e por me conferir a cada
novo dia força e coragem para enfrentar e
vencer os obstáculos que a vida nos
oferece. Depois quero dedicar a minha
família que sempre está do meu lado,
apoiando nas minhas decisões.
V
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus: pela a força, pela inspiração, pela saúde, pelo amor,
pela coragem, por suas bênçãos sobre minha vida, por estar comigo a cada
momento e por ter me permitido chegar até aqui.
Agradeço aos meus pais: Luiz Batista e Odilma Pires; pelo amor, amizade
e por estarem presentes em todas as etapas da minha vida me ajudando,
incentivando e apoiando minhas decisões.
Aos meus irmãos, Luiz Filho, Jedaías, Moabe, Rubens, Rubstasso e
minha irmã Sisdinaide por compartilharem comigo todas as alegrias e tristezas e por
sempre me incentivarem a estudar. Às minhas cunhadas Dagmar, Kilvia e Rawena
Feitosa.
Às minhas amigas: Ana Patrícia, Bruna Mikaelly, Jayrla Raquel, Jamile
Barboza, à meu namorado Macelo, e à todos os meus colegas de sala que me
ajudaram direta ou indiretamente nas minhas dificuldades e por todos os momentos
que compartilhamos juntos.
Agradeço aos professores, em especial, Alana Cecília, Fernando Roberto,
Mayle Alves, Ricardo Rodrigues e Jones Baroni por toda a paciência que tiveram
comigo, pela luz que me iluminou, pela maneira que repassaram conhecimentos e
que compartilharam toda suas sapiências comigo.
Ao meu orientador Célio Moura Neto, por toda atenção, dedicação e ajuda
ao longo deste trabalho e de tantos outros que me orientou.
A todos os meus professores da Educação Básica e do Ensino Superior,
pela contribuição de cada um em minha formação.
Aos alunos e professores da Escola de Ensino Médio Centro de
Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA),
no município de Iguatu/CE que contribuíram para a realização desta pesquisa.
Agradeço de todo coração a todos que colaboram direto ou indiretamente
por essa obra de conhecimento cultural, pedagógica e científica.
Os mais sinceros agradecimentos a todos que compõem essa
Universidade.
Muito Obrigada!
VI
"A vida é valor absoluto. Não existe vida
menor ou maior, inferior ou superior.
Engana-se quem mata ou subjuga um
animal por julgá-lo um ser inferior. Diante
da consciência que abriga a essência da
vida, o crime é o mesmo."
(Olympia Salete).
VII
RESUMO
A questão da extinção das espécies, e a preservação do meio ambiente é uma
temática sempre periódica, neste contexto que se fazem necessárias outras
posturas diante as alterações ambientais. A escola é um local de preparar cidadãos
capazes de mudar o meio em que vivem, logo é possível sensibiliza-los a fim de
reverter esse quadro de destruição do planeta. O Ceará não está livre dessa
devastação da biodiversidade, vivemos um momento de desaparecimento de muitos
animais, aves e vegetais. Nosso bioma está desaparecendo, aquilo que existia há 60
anos hoje não existe mais, desapareceu pela exploração do homem destruindo a
natureza, em busca de riqueza, acabaram com a fauna e a flora do Ceará. Uma
abordagem específica para essa questão se faz necessária com urgência. Desta
forma, este estudo objetivou analisar o conhecimento dos alunos e professores
sobre a extinção de espécies animais do Ceará. Foi desenvolvido um estudo de
abordagem de natureza quantitativa num total de 104 alunos e 5 professores. A
coleta de dados foi realizada por meios de questionários estruturados com perguntas
objetivas, garantindo o entendimento dos entrevistados. Foi elaborado um
questionário para os alunos e outro para os professores do CEJA. A partir dos dados
colhidos, observou-se que tanto os docentes como os discentes possuem certo
conhecimento sobre as espécies que se encontram ameaçadas de extinção no
contexto do estado do Ceará.
Palavras-chaves: educação ambiental, fauna ameaçada, biologia da conservação.
VIII
ABSTRACT
The issue of species extinction and preserving the environment is always a regular
theme in this context that other positions are needed before environmental changes.
The school is a place to prepare citizens capable of changing the environment they
live in, so it is possible to sensitize them in order to reverse this destruction of the
planet. The state of Ceará is not free from this devastation of biodiversity, we live a
moment of disappearance of many animals birds and plants. Our biome is
disappearing, what existed 60 years ago no longer exists today, gone by the
exploitation of man destroying nature the pursuit of wealth, ended with the fauna and
flora of Ceará. A specific approach to this issue is urgently needed. Thus, this study
aimed to analyze the opinion of students and teachers about the extinction of animal
species of Ceará. A study of the quantitative nature of a total of 104 students and 5
teachers was developed. Data survey was conducted by means of structured
questionnaires with objective questions, ensuring the understanding of the
respondents. A questionnaire for students and other teachers to CEJA was prepared.
From the data collected, it was observed that many teachers as learners have certain
knowledge about the species that are endangered in the context of the state of
Ceará.
Keywords: environmental education, endangered species, environment, fauna.
IX
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Para
você o que é extinção de espécies?”.........................................................................26
FIGURA 02: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Nas
aulas de Biologia, a extinção é ama temática abordada pelo (a) professor (a)?”......28
FIGURA 03: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre o lugar onde
primeiramente tiveram conhecimento com o tema extinção de espécies?”...............29
FIGURA 04: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Você
considera o seu conhecimento sobre a extinção das espécies satisfatório?”............30
FIGURA 05: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Como
aluno você acha que esse tema deveria ser mais trabalhado nas aulas de
biologia?”....................................................................................................................31
FIGURA 06: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a questão “Marque
as alternativas que apresentam espécies ameaçadas de extinção (ou em extinção)
no Estado do Ceará”..................................................................................................33
FIGURA 07: Imagens da palestra realizada no CEJA sobre animais ameaçados de
extinção no Estado do Ceará.....................................................................................36
FIGURA 08: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta
“Qual é a sua formação”?...........................................................................................37
FIGURA 09: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Há
quando tempo você ministra a disciplina de Biologia”?..............................................38
FIGURA 10: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta
“Você se identifica com a temática Educação Ambiental?”........................................39
FIGURA 11: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta
“Você trabalha sobre a extinção de espécie as suas aulas?”....................................40
X
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 12
2 OBJETIVOS................................................................................................ 14
2.1 Objetivo geral.......................................................................................... 14
2.2 Objetivos específicos............................................................................. 14
3 REFERENCIAL TEORICO..................................................................... 15
3.1 Degradação e preservação ambiental.................................................. 15
3.2 Espécies ameaçadas de extinção no contexto do Estado do Ceará. 16
3.3 Extinções de espécies........................................................................... 19
3.4 Educação ambiental............................................................................... 21
4 METODOLOGIA........................................................................................ 23
4.1 Tipo de pesquisa.................................................................................... 23
4.2 Cenário da pesquisa.............................................................................. 23
4.3 População e amostra............................................................................. 24
4.4 Coleta de dados...................................................................................... 24
4.5 Análise dos dados.................................................................................. 25
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 26
5.1 Questionário dos alunos....................................................................... 26
5.2 Questionário dos professores.............................................................. 36
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 42
XI
REFERÊNCIAS................................................................................................. 43
APÊNDICE A – Questionário para os alunos do Ensino Médio da Escola de
Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz
Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA)...................................................................... 48
APÊNDICE B – Questionário para os professores da disciplina de biologia da
Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador
Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA)........................................................ 50
12
1 INTRODUÇÃO
O Brasil é conhecido mundialmente como um país muito diverso, já que
de forma modesta considera-se que ele abriga 13,2% da biota mundial
(LEWINSOHN e PRADO, 2006). Diante de tanta diversidade existente no Brasil a
extinção é um tema cada vez mais debatido quando se fala em Educação Ambiental
ou conservação do meio ambiente (MARQUES, 2002).
Biologia da conservação é um termo que surgiu por volta de 1980 e está
relacionado diretamente à ciência, gestão e manejo de áreas naturais (DIEGUES;
ARUDA, 2001). É importante lembrar que o amparo dos meios naturais não é só
uma questão restrita aos animais e plantas, mas envolve a sociedade e a sua
economia, já que cada bem natural extinto é um recurso natural fora de alcance.
Em consequência de toda degradação do meio ambiente, inversão de
valores perante a vida, exploração de bens naturais, surge uma força em sentido
contrário. O movimento de libertação animal, com a premissa de romper, de maneira
efetiva, todas as correntes que aprisionam a vida, em seus valores básicos: o direito
de viver (RODRIGO et al., 2013).
O mundo todo vive com o problema das espécies ameaçadas. Grupos
ambientalistas também seguem lutando para garantir o direito à vida de diversos
animais, que correm risco de extinção pelos mais variados motivos.
Segundo Ruschmann (1997), a questão ambiental vem sendo
considerada cada vez mais urgente e importante. Tomando como base a Ecologia
que estuda as relações de interdependência entre os organismos, o futuro da
humanidade depende da relação estabelecida entre o homem e a natureza. Nesse
sentido a degradação do meio ambiente aliada à das florestas e a caça
indiscriminada, trazem consequências diretas à conservação das espécies.
O desmatamento, as queimadas e a poluição, agridem os locais em que
essas espécies vivem e modificam seu modo de vida, levando algumas delas à
morte. Existem também outros fatores agravantes aos crimes ambientais como o
tráfico de animais selvagens, a captura de animais para criação em cativeiro, tais
como: aves, primatas, repteis, dentre outros animais (SANTOS, 2003).
Mantendo em vista a relevância de trabalhar o tema extinção como meio
de reverter o presente quadro de lesão à biodiversidade do planeta pessoas ou
13
instituições usam os diversos meios para reeducar os humanos, independente da
idade que possuam, a cuidar do meio em que vivem. Dentre as formas de alcançar
esse objetivo está o uso de sites educativos na internet (ARAGUAIA, 2013) como
também a produção de eventos como a Conferência Rio+20, entre muitos outros.
A Educação Ambiental, trabalhada dentro da sala de aula, também pode
contribuir para a consecução do referido objetivo. Silva e Cavalcanti (2012)
desenvolveram um trabalho sobre o olhar crítico-reflexivo dos alunos sobre os
animais em extinção na Escola Municipal de Garanhuns/PE que objetivou ampliar a
visão dos alunos sobre a relação entre o homem, os animais e o meio ambiente
dando abordagem mais específica às possíveis causas da extinção de alguns
animais e as respectivas soluções cabíveis para minimizar os problemas.
Nessa perspectiva trabalhar o tema nas escolas é um dos meios de
prevenir o desenvolvimento de agressores do meio ambiente e tentar educar
conservadores dos bens naturais. Dessa forma faz-se necessário buscar iniciativas
que fomentem e venham a acrescentar para os discentes a importância do equilíbrio
ecológico e preservação dessas espécies.
Seguindo nesta mesma linha de raciocínio encaixa-se a escola campo de
pesquisa, Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos
Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA), como peça fundamental no
presente estudo. Tendo, como parte do seu corpo discente, alunos com a idade
mais avançada, a instituição apresenta um espaço favorável para o levantamento de
questões relevantes que exijam capacidade de argumentação e detalhamento dos
temas trabalhados.
14
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar o conhecimento dos alunos e dos professores da Escola de
Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga
da Fonseca Mota (CEJA), no município de Iguatu/CE sobre a extinção de espécies
animais do Ceará.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Verificar se os professores da escola de Ensino Médio desenvolvem projetos
de Educação Ambiental, enfocando a extinção de animais do Ceará e o
conhecimento deles sobre esse tema;
 Identificar a situação do conhecimento dos alunos sobre a extinção no Ceará;
 Realizar uma palestra para que os alunos reflitam sobre seus valores e ideias
de preservação da natureza e senso de responsabilidade para com o meio
ambiente dos discentes e apresentar aspectos relacionados ao tema, como
os diferentes tipos de animais em extinção no Estado do Ceará.
15
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 DEGRADAÇÃO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
O Brasil é conhecido mundialmente pela sua enorme biodiversidade que
consequentemente atrai os exploradores dos recursos naturais em busca de matéria
prima para abastecimento do desenfreado consumismo global. Para pontuar um
pouco da grande diversidade do país pode-se citar seus cinco biomas, sua área
territorial de 8,5 milhões de Km², sendo o quinto maior país do mundo (quase
metade da América Latina), ou ainda 50 milhões de famílias formadas por uma
média de 184 milhões de habitantes (IBGE, 2004). Portanto se faz necessário o
conhecimento para preservação desse patrimônio natural brasileiro.
Para alcançar esse objetivo, o Ministério do Meio Ambiente - MMA vem
desenvolvendo uma série de ações. Com relação à extinção o MMA criou, no âmbito
da Comissão Nacional de Biodiversidade - CONABIO, uma Câmara Técnica
Permanente de Espécies Ameaçadas de Extinção e de Espécies Sobreexplotadas
ou Ameaçadas de Sobre-exploração. Refere-se a um fórum consultivo, do qual
participam representantes de instituições governamentais e não-governamentais
(LEEUWESTEIN, 2005).
Para as espécies oficialmente integrantes da lista das ameaçadas de
extinção, o MMA tem apoiado a elaboração de planos de manejo, nos quais são
definidas estratégias e prioridades de ações com vistas à sua efetiva recuperação.
Essa etapa envolve igualmente a participação conjunta de órgãos
governamentais, da comunidade científica e de organizações não governamentais.
Uma vez aprovados, os planos de manejo são utilizados para direcionar ações a
serem realizadas por todos os atores envolvidos, com vistas a promover a efetiva
recuperação de tais espécies (BRASIL, 2010).
A extinção é um problema ambiental que vêm ganhado proporções bem
maiores, pois é a extinção de algumas espécies de animais que acaba afetando
direta ou indiretamente a vida do homem. A extinção de animais é um processo de
desaparecimento de espécies, subespécies ou grupos de espécies de seres vivos e
traz implicações irreparáveis ao ciclo de vida do planeta. Diante disso, os
educadores têm um papel fundamental em despertar nos educandos uma postura
16
diante desses problemas que além de ameaçar a existência de algumas espécies,
prejudica também a sua própria existência (SILVA; CAVALCANTI, 2012).
3.2 ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO NO CONTEXTO DO ESTADO
DO CEARÁ
Dados mostram que no Brasil, através dos Recursos Naturais Renováveis
(SILVA; CAVALCANTE 2012) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, existem
mais de 400 espécies de seres vivos ameaçadas de extinção. Sobretudo a cada dia
vem aumentando desordenadamente no mundo todo. Temos como exemplos mico-
leão dourado, a arara azul, lobo-guará, tamanduá-bandeira, contudo esses são os
mais citados.
De acordo com o Ministério do Meio ambiente (BRASIL, 2012), podemos
citar algumas causas das espécies de extinção dos animais entre elas são:
Degradação e a fragmentação de ambientes naturais, resultado da abertura de
grandes áreas para implantação de pastagens ou agricultura convencional,
extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária, poluição,
incêndios florestais, formação de lagos para hidrelétricas e mineração de superfície.
Estes fatores infelizmente reduzem o total de habitats disponíveis às espécies e
aumentam o grau de isolamento entre suas populações, diminuindo o fluxo gênico
entre estas, o que pode acarretar perdas de variabilidade genética e, eventualmente,
a extinção de espécies.
Quando surgiu vida no planeta Terra, desde os tempos primórdios devido
às causas naturais, a maioria dos animais foi extintas devido às causas naturais,
antes mesmos do surgimento da espécie humana. Devido à interferência do homem,
pode acelerar os processos que eventualmente levaram ao desaparecimento de
muitos seres vivos que conhecemos (ZAGO, 2008).
A ação desenfreada dos humanos acaba afetando as espécies e o
funcionamento dos ecossistemas naturais, diminuindo sua capacidade de
desenvolvimento (OLIVEIRA. et.al. 2006).
Devido às atitudes dos seres humanos, o mesmo transforma o meio em
que vive para satisfazer suas necessidades econômicas, sociais e culturais. Ele
torna sujeito e faz a natureza elemento de suas ações. O meio ambiente acaba
ocupando espaço na história da presença humana (ZAGO, 2008).
17
A Caatinga é o bioma exclusivamente brasileiro, rica em biodiversidade,
endemismo e diversidade. Nesse bioma existem muitos preconceitos, especialmente
daqueles relacionados aos aspectos da pobreza paisagística e da biodiversidade,
características ditas por quem desconhece a riqueza e importância da “Mata Branca”
ou “floresta branca”. Sendo esse um dos maiores biomas brasileiros, possuindo
área aproximada de 734.487 km2, representando 70% da região Nordeste e do
norte de Minas Gerais e 11% do território nacional (Luz, 2009).
Infelizmente na Caatinga ainda acontece o processo de alteração e
degradação ambiental provocado pelo uso excessivo dos recursos naturais, fazendo
com que aconteça a perda rápida de espécies únicas, à eliminação de métodos
ecológicos e à formação de vários núcleos de desertificação em vários setores da
região (CARDOSO, 2011).
Destacamos os répteis e anfíbios na fauna da caatinga, pois ambos
merecem destaques, por apresentarem na região semiárida 97 espécies de répteis e
45 de anfíbios. Já as aves possuem espécies endêmicas de uma riqueza
incontestável podendo ultrapassar 200 espécies. Na região da Caatinga são poucos
os mamíferos endêmicos. A literatura científica tem pouco evidenciado que a
Caatinga é um dos biomas brasileiro pouco estudado, apesar de sua extensão e
riqueza (LEAL. et al.,2003).
Hoje podemos afirmar que um dos biomas mais modificados pela ação
das atividades humanas é o da caatinga ao longo dos séculos. Através do meio da
combinação de indicadores de atividade agrícola, de pecuária, de extrativismo e de
pressão populacional foi calculado o índice de pressão antrópica – IPA. Índice que
indica atual situação da ação humana sobre o bioma Caatinga (LUZ, 2009).
Falando ainda sobre o bioma da Caatinga, para acabar com esse mito
que é pobre quanto à biodiversidade, é que surgiu a importância de incentivar a
busca de novos conhecimentos e a definição de estratégias e mecanismos que
garantam a conservação eficaz e competente da rica biodiversidade que caracteriza
este bioma e dos quase 30 milhões de cidadãos que convivem e dependem da sua
boa qualidade (LEAL. et al.,2003).
Para que haja à conservação da biodiversidade da Caatinga que não é
uma tarefa fácil, é preciso ser superado grandes obstáculos, podemos citar a falta de
um sistema regional eficiente de áreas protegidas e a falta de inclusão do
componente ambiental nos planos regionais de desenvolvimento. Todavia as
18
sucessivas ações governamentais para o melhoramento da qualidade de vida da
população contribuem cada vez mais com a destruição dos recursos biológicos
(LUZ, 2009).
No país chamado Brasil existe muitas espécies diferenciadas umas das
outras com especialidades únicas. Características que se encontram exclusivamente
no bioma da Caatinga. Nesse país consideramos que não existem desertos, mas
possuem uma região chamada semiárida, situada na Região Nordeste e com
algumas áreas no Estado de Minas Gerais (CARDOSO, 2011).
O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior comercio ilegal não só do
Brasil como do mundo, perdendo somente para o tráfico de armas e drogas. O
comércio ilegal de animais silvestres é considerado no Brasil, crime pela lei 9.605/98
sujeito a pena de detenção que pode variar de 3 meses a 1 ano e aplicação de
multas, mesmo com o conhecimento de todas as leis o tráfico é constante e intenso,
podendo atingir 15% de todo comercio ilegal do mundo. Para que ocorra o comércio
ilegal de tráfico de animais silvestres, as regiões devem apresentar uma rica
biodiversidade de espécies. Na região Nordeste para a região Sudeste exatamente
no eixo Rio-São Paulo onde são comercializados e exportados para diversos lugares
do mundo (ROCHA, 2006).
Segundo os órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental: Companhia
de Policiamento Ambiental (CPMA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Cariri ocupa um dos principais caminhos
para as vendas de animais silvestres, logo é caminho para o Estado da Bahia onde
acontecem os pontos de captura. Esse comércio aumenta principalmente na época
da romaria. Mediante toda essa situação infelizmente o Brasil ocupa 2º lugar no
mundo de espécies de aves ameaçadas de extinção, sendo o tráfico de animais
silvestres (GIOVANNI, 2013).
No estado do Ceará, o trafico de animais silvestres é enorme chegando a
movimentar 1milhão de reais por ano, afetando a fauna cearense. Pesquisas
mostram que durante o ano de 2001 foram capturados 13.342 animais sendo que
90% eram aves, um dos principais polos de captura é o sertão central, sendo que o
Maciço de Baturité é outra região problemática (GIOVANNI, 2013).
O Estado do Ceará, por possuir a Caatinga como o seu principal bioma
único e exclusivo do Brasil e ocupando 11% de seu território não mais encontramos
em nenhum outro local. Na serra de Baturité existe uma grande riqueza de aves As
19
serras de Aratanha e Maranguape infelizmente não contam com inventário
ornitológico disponível as contam como áreas importantes para a conservação das
aves (ALBANO E GIRÃO, 2008).
Conforme os autores (ROCHA et al., 2006), O tráfico de animais silvestres
provoca um desequilíbrio populacional, sendo que a captura excessiva torna a
segunda principal causa da redução populacional de várias espécies, perdendo
apenas para a degradação e perda de habitat provocada pelo desmatamento.
Quando o pássaro é capturado ele fica fora do processo reprodutivo, ficando
incapacitado de deixar descendentes os que ponderar ocasionar o risco de extinção
de algumas espécies.
Perante os dados que foram divulgados, é preciso conhecer as espécies
de aves mais traficadas não só na região do Cariri, mas como de todo Ceará,
conhecer suas características individuais, com finalidade de fornecer subsídio para
desenvolver a educação ambiental, formal e informal para que assim possamos
manter o ambiente com sua fauna que ainda existe. (DESTRO et al, 2012).
Segundo Rocha (2006), quando retiramos as aves do seu habitat natural
estamos desrespeitando a natureza, pois mantendo essas aves em cativeiros
estamos prejudicando seu processo reprodutivo natural e da teia alimentar a qual
estava inserida no ambiente, sendo que retirando essas aves do seu convívio
natural as mesmas ficam fáceis de adquirir doenças devido à convivência com
outros pássaros e também há mudanças em sua ecologia.
Diante desses problemas, é que se faz importante uma educação
ambiental que leve a sensibilização da consciência da coletividade, de forma que os
mesmos possam construir seus conhecimentos e agir responsavelmente. Desmatar
leva à destruição dos ecossistemas e à extinção das espécies que neles vivem. É
importante fazer com que os humanos compreendam que as mudanças de atitude,
serão necessárias para reverterem esse quadro de destruição do meio ambiente do
nosso planeta.
3.3 EXTINÇÕES DE ESPÉCIES
No primeiro volume do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de
Extinção (BRASIL, 2010) há uma explanação sobre o significado das categorias da
20
IUCN (The World Conservation Union) para espécies extintas e ameaçadas,
referentes à táxons para os quais não há mais o registro na natureza, onde são
abordadas as definições e diferenças entre os termos Extinto, Extinto da Natureza e
Ameaçada. Esta ainda se divide em três níveis: Criticamente em Perigo, Em Perigo
e Vulnerável. A IUCN ainda apresenta outras categorias: Quase Ameaçada, Não
Ameaçada e Deficiente em Dados.
Serão abordadas neste trabalho as definições dos táxons que não
existem registros na natureza. Assim, Extinto é quando se tem certeza que o último
indivíduo daquele táxon morreu. Só se chega a essa conclusão em relação a uma
espécie após exaustivo estudo da mesma considerando seu habitat e ciclo de vida.
Extinto na Natureza é um táxon que se sabe que vive somente em cativeiro, cultivo
ou em uma população inserida na natureza em um local diferente da sua área de
ocorrência ascendente. E ameaçada é a espécie que corre o risco de ser extinta da
natureza em determinado tempo (BRASIL, 2010).
Existe uma evidente relação de custo e benefício entre os seres vivo do
planeta quanto à vida em grupo, ou seja, ao comportamento social, o que pode ser
um dos fatores relacionados ao processo de extinção. Tem-se enriquecimento do
comportamento social quando os participantes, geralmente da mesma espécie,
cooperam entre si e conseguem que suas taxas de sobrevivência e sucesso sejam
maiores em relação aos indivíduos que vivem solitários. Fazendo um breve balanço,
os custos da vida em grupo se resumem à maior exposição a doenças e parasitas,
enquanto os benefícios são muitos, como êxitos nas caças. Os ancestrais dos
humanos foram capazes de matar grandes mamíferos, o que não aconteceria se a
missão fosse realizada por um só sujeito (PURVES et al., 2005).
Até 2010 existiam apenas sete Estados brasileiros com elaborações de
listas com espécies ameaçadas de extinção próprias do seu Estado e o Ceará não
está entre eles. Esse é um dos fatores que implica na construção desse tipo de
material didático, pois fica difícil listar as espécies em extinção do Brasil quando se
têm cerca de 530 espécies de mamíferos, 1.800 de aves, 680 de répteis, 800 de
anfíbios e 3.000 de peixes, fora os invertebrados (BRASIL, 2010).
O Ceará não está isento dessa crescente erosão da biodiversidade, um
dos mais sérios problemas a serem enfrentados pelos humanos no contemporâneo
século. Na literatura supracitada há um mapa que demonstra a riqueza de espécies
de vertebrados ameaçadas de extinção, no qual o Ceará tem partes indicadas como
21
não tendo espécies ameaçadas e a maioria do Estado está como se nas outras
regiões houvesse apenas o número máximo de 20 espécies da fauna ameaçadas de
extinção, quando se sabe que esses dados se devem ao fato de o conhecimento
cientifico relacionado ser escasso na região (BRASIL, 2010).
Além da importância evidente que todas as espécies têm, os presentes no
Ceará merecem uma atenção especial, pois esse Estado nordestino é um dos
privilegiados em ter como bioma a Caatinga, exclusivamente brasileiro (LEAL et al.,
2003), o que implica que a extinção de uma espécie da Caatinga leva ao seu
desaparecimento em todo o planeta.
A urgente necessidade em criar uma política para conservação da
biodiversidade da Caatinga fica clara quando se considera que, no bioma, há 24
unidades de conservação, segundo o site da ICMBio (Brasil, 2013) correspondentes
a 7,1% da superfície total, porém, apenas cerca de 1,21% desse total são unidades
de proteção integral (CAPOBIANCO, 2002) e que estimativas mostram que 30% da
área do bioma já foi alterado pelo homem, principalmente em função da agricultura.
Dado esse quadro, espera-se rápida perda de espécies únicas, eliminação de
processos-chave nos sistemas ecológicos e formação de extensos núcleos de
desertificação em vários setores da região (BRASIL, 2005).
Toda essa problemática só leva a uma conclusão: algo deve ser feito para
reverter o quadro de degradação de um bem tão precioso como a vida do planeta.
3.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A escola é um local destinado à formação de cidadãos conscientes e
capazes de mudar o meio em que vivem, logo é possível trabalhar na escola a
formação de defensores do ambiente, e assim a formação de cidadãos conscientes
culmina na possibilidade de reverter o quadro de destruição do planeta.
A Educação Ambiental (EA) nas escolas, por meio de projetos que visem
despertar a conscientização da sociedade sobre a presente situação do meio
ambiente e sobre o que deverá acontecer se continuarmos seguindo nesse ritmo
desenfreado de desenvolvimento insustentável, se faz necessário e a escola se
propondo a idealizar e realizar esses projetos poderá dar uma parcela de grande
contribuição não só para a comunidade escolar, mas para toda a sociedade.
22
Mas, afinal, por que se deve pensar na sociedade como um todo?
Townsend, Bergon e Harper (2006) explicam que para buscar reverter à devastação
é importante direcionar o pensamento além da preservação da natureza exclusiva e
considerar os problemas socioeconômicos relacionados, já que a desigualdade
social no planeta é real e está intimamente relacionada à insustentabilidade do
planeta quanto à população humana.
Esse pensamento faz paralelo com o que foi dito pela Secretaria de
Educação Fundamental. A EA precisa levar em conta questões como energia,
saúde, saneamento e educação, pois todas essas fazem parte da esfera humana.
Implica ainda com o fato de a EA não ser tão facilmente aceita e desenvolvida por
implicar na mobilização de melhorias profundas do ambiente e quando consegue
atingir seus objetivos provoca alteração de conduta pessoal e a atitude e valores de
cidadania que podem ter relevantes consequências sociais (BRASIL, 1998). Esse
tema transversal está inserido nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) como
meio ambiente (BRASIL, 1997).
A EA deve ser desenvolvida para ajudar os estudantes a edificarem uma
consciência global das questões referentes ao meio para que possam assumir
posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria. Para isso é
importante que possam atribuir significado aquilo que aprendem sobre a questão
ambiental. E esse significado é resultado da ligação que o aluno estabelece entre o
que aprende e a sua realidade cotidiana (BRASIL, 2001).
Muitas instituições preocupadas com a questão da preservação e
extinção das espécies pressionam as autoridades a adotar leis mais rígidas, para a
proteção das espécies ameaçadas de extinção (MATTOS, 2011).
Dentro desse contexto, a necessidade de mudar o comportamento do
homem em relação à natureza, no sentido de promover o bem-estar social, a
melhoria da qualidade de vida e enfatizar a importância da causa da preservação do
meio ambiente são imprescindíveis dentro do âmbito escolar. Perante aos
problemas ambientais específicos, como é o caso das espécies ameaçadas de
extinção no Ceará, é que se faz necessária à educação ambiental na escola que
trabalhe temas voltados para conscientização das questões ambientais voltada,
principalmente, para extinção das espécies.
23
4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DE PESQUISA
Para a realização do estudo e analise do conhecimento dos alunos, foi
escolhida, como metodologia, a abordagem quantitativa.
A pesquisa quantitativa aplica-se à dimensão mensurável da realidade,
origina-se na visão newtoniana dos fenômenos e transita com eficácia na
horizontalidade dos extratos mais densos e materiais da realidade. Seus resultados
auxiliam o planejamento de ações coletivas e produz resultados passíveis de
generalização, principalmente quando as populações pesquisadas representam com
fidelidade o coletivo (BIGNARDI, 2012).
4.2 CENÁRIO DA PESQUISA
O estudo foi desenvolvido na Escola de Ensino Médio Centro de
Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA),
no turno noite.
A escola campo de pesquisa está localizada na Rua Monsenhor Coelho,
s/nº, no Centro da cidade de Iguatu/CE. Possui 295 alunos com frequência regular,
301 alunos semipresenciais (não frequentam as aulas diariamente, mas vão à
escola só tirar dúvidas e fazer as avaliações) e 36 funcionários no geral, e funciona
das 07h30min às 21h 45min. Essa instituição de ensino tem por objetivo dar
oportunidade de educação para jovens e adultos que não concluíram o Ensino
Fundamental e/ou Médio na idade própria, apresentando diversas facilidades para
seu público alvo como disponibilidade de matricula durante todo o ano letivo, e aulas
presenciais e semipresenciais, progressão parcial (quando o aluno cursa apenas
a(s) disciplina(s) em que ficou reprovado no ano anterior), circularidade de estudos
(o aluno estuda cada disciplina da série a ser concluída por apostilas - Módulos – e
faz as provas na instituição) e aproveitamento de estudos (o aluno aproveita as
notas que obteve na prova do ENEM e em caso de não atingir a média em alguma
disciplina cursará apenas estas) (BRASIL, 2012).
24
Diante desses aspectos percebe-se que a escola em questão tem grande
responsabilidade perante a sociedade como um todo, pois atende um público
bastante heterogêneo com habilidades e dificuldades bem distintas e, portanto,
necessita apresentar várias aptidões para superar os desafios de ensino-
aprendizagem que certamente surgem no cotidiano da instituição, precisando de
muito apoio de outras entidades para alcançar seus objetivos na educação de jovens
e adultos.
4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA
O público alvo engloba os alunos e professores da escola de Ensino
Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da
Fonseca Mota (CEJA). Os estudantes apresentam idade que varia de 17 a 72 anos.
Os instrumentais de coleta de dados foram aplicados com 104 alunos de
quatro turmas de 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio do turno da noite. Os cinco
professores participantes da pesquisa foram todos os professores que ministram
aula de Biologia na referida escola, independentemente de serem ou não
professores nas turmas supracitadas. Ao total foram aplicados 109 questionários.
A escola campo de estudo foi escolhida por ser um ambiente familiar para
a pesquisadora, pois além de conhecer bem os funcionários da instituição, a prática
de Estágio Supervisionado foi por ela realizada no CEJA.
É importante ressaltar que no CEJA o 2º e 3º anos são cursados em um
só ano letivo e, portanto os alunos participantes da pesquisa no primeiro semestre
cursavam as disciplinas do 2º e no segundo semestre as disciplinas do 3º ano.
4.4 COLETA DE DADOS
Os dados foram coletados por meio de questionários estruturados com
perguntas claras e objetivas, garantindo a uniformidade de entendimento dos
entrevistados. Foram elaborados de forma heterogênea, sendo um questionário para
os alunos (APÊNDICE A) e outro para os professores (APÊNDICE B) da escola
campo de pesquisa.
25
Os questionários foram a base para formulação de uma palestra
expositiva, ministrada pela pesquisadora do presente trabalho, e por um professor
da rede municipal de Iguatu para os alunos e professores participantes, enfatizando
as carências no conhecimento diagnosticado por meio dos questionamentos do
instrumental.
4.5 ANÁLISES DE DADOS
Os resultados foram obtidos através de análise às respostas dos
questionários aplicados. Ao todo foram aplicados 109 questionários, sendo estes
respondidos por 104 alunos e 05 professores. A análise dos dados obtidos foi feita
através de estatística descritiva.
26
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS
Os educandos participantes da pesquisa apresentavam idades bem
distintas, entre 17 a 72 anos.
Ao analisar as respostas dos alunos às questões propostas no
questionário, observou-se que muitos deles apresentavam um conhecimento prévio
sobre o que é a extinção de espécies ou quais animais encontram-se nesta situação.
Grande parte deles afirmou que nas aulas de Biologia os professores trabalham a
temática extinção das espécies sempre que possível.
Primeiro foi direcionado o seguinte questionamento: Para você, o que é
extinção de espécies? A partir da análise das respostas obtidas por meio do
questionário, verificou-se que a maioria dos alunos considerou que tal problema
ocorre quando a espécie “desaparece” e que isto “pode ocorrer por diversas causas”
(figura 01).
FIGURA 01: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Para você o que é extinção de
espécies?”.
27
De acordo com Oliveira et al. (2006), existem várias causas que podem
levar uma espécie à extinção ou ameaçá-las, como alterações climáticas,
competições inter e intraespecífica, predação, barreiras geográficas, e a própria
evolução, além da ação desenfreada dos seres humanos na natureza. Afinal, um
dos maiores efeito nocivos para a biodiversidade é causada pela atividade humana;
Consideramos a extinção de espécies o sexto maior evento desde o surgimento da
vida no planeta.
Considerando o conhecimento dos alunos sobre o que é extinção de
espécies verifica-se que a maioria apresenta conhecimento prévio a respeito do
assunto, pois responderam a opção correta, e apenas 2% responderam
erroneamente ao questionamento. Ao analisar as respostas percebemos que os
alunos já possuíam, se não um conhecimento significativo, uma visão ampla de que
muitos animais estão sofrendo as consequências dos desastres ambientais.
O fato de a maioria dos alunos ter marcado corretamente à pergunta pode
ser justificado por conta do conhecimento que os mesmos adquiriram e adquirem na
escola e também no meio em que estão inseridos, visto que este tema tem sido
amplamente divulgado nos últimos anos nos diversos meios de comunicação.
Quando questionados se nas aulas de Biologia a extinção é uma temática
abordada pelo (a) professor (a), houve respostas diferenciadas. Verificou-se que
59% dos alunos mostraram que os professores trabalham sempre que possível o
conteúdo extinção de espécie na sala de aula (figura 02).
28
FIGURA 02: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Nas aulas de Biologia, a extinção é
uma temática abordada pelo (a) professor (a)?”.
O professor através dos seus conhecimentos é visto como um mediador e
facilitador da aprendizagem para os seus alunos. Diante desse percentual, podemos
observar que o conteúdo vem sendo trabalhado pelos professores com os alunos da
escola, fato considerado de fundamental importância para a preservação das
espécies, uma vez que proporciona aos alunos conhecerem sobre o tema e
consequentemente buscarem a preservação das mesmas.
As respostas indicam que alguns alunos responderam que o tema
extinção de espécies é trabalhado, mas raramente. Enquanto outros afirmaram que
os docentes nas suas aulas de Biologia nunca abordam esse tema. Acredita-se que
estas respostam divergentes devem-se ao fato dos questionários terem sido
aplicados em quatro turmas diferentes e o conteúdo deve ter sido trabalhado em
uma turma e não na outra.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA), um dos princípios fundamentais para uma sociedade sustentável é
respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos. Sendo outro princípio
fundamental, e sem dúvida, seria um critério de sustentabilidade, é o de conservar a
vitalidade e a diversidade do planeta Terra (DINIZ, 2005).
29
Quando perguntado aos alunos onde eles adquiriram o primeiro contato
com o conhecimento sobre extinção das espécies, 50% responderam que
obtiveram-no na escola (figura 03). Isso mostra que a entidade escolar continua
sendo a principal multiplicadora dos conhecimentos referentes à Educação
Ambiental. Mediante resposta dada pelos alunos vimos que a escola exerce um
papel fundamental e de grande importância para o crescimento intelectual do aluno.
Para este resultado tem-se, também, como contribuição o fato de ser
comum a constância dos educandos na comunidade escolar no decorrer da vida e
provavelmente a porcentagem não tenha sido maior porque parte desses alunos
terem passado alguns anos sem frequentar a escola.
50%
47%
2% 1%
Questão: 05.Onde você teve seu primeiro contato
com o conhecimento sobre a extinção das
espécies?
Na escola
Na televisão
Na internet
Com os amigos
Figura 03: Respostas dos alunos do CEJA sobre o lugar onde primeiramente tiveram conhecimento
com o tema extinção de espécies.
Ainda sobre a questão anterior, 47% dos alunos responderam que
obtiveram tal conhecimento através da televisão, assim verifica-se que esse meio de
comunicação é fundamental para transmitir e disseminar informação sobre questões
ambientais.
Segundo Santos (2000), a televisão é um meio de comunicação mais
utilizado pelas pessoas. Na referida questão os alunos da presente pesquisa
responderam e avaliaram os meios de comunicação social como o meio de
informação que mais os influenciou em matéria de problemas ambientais.
30
Observa-se que 2% dos alunos responderam que obtiveram os
conhecimentos através da internet, também um meio de comunicação muito usado
nos dias atuais, não só pelos estudantes, mas por toda sociedade. Esse meio de
informação ganhou espaço na mídia, ocupando o primeiro lugar nas pesquisas e
informações em geral. Todavia, obteve-se um percentual mínimo de 1% de alunos
que tiveram seu primeiro contato, no tocante à extinção de espécies, com os
amigos.
Esses dados harmonizam-se com os resultados de pesquisas recentes:
A internet é o segundo meio de comunicação usado mais frequentemente
pelos brasileiros, atrás da televisão e à frente do rádio, segundo a primeira
edição da "Pesquisa Brasileira de Mídia 2014 – Hábitos de Consumo de
Mídia pela População Brasileira", divulgada nesta sexta-feira (7) e
encomendada ao Ibope pela Secretaria de Comunicação Social da
Presidência da República (BRAGA, 2014).
Quando questionados se seus conhecimentos sobre a extinção das
espécies era satisfatório, 55% responderam que sim, ou seja, os alunos mostraram
familiaridade com o tema dos animais em extinção, como citado anteriormente, esse
conhecimento é possível ter sido adquirido no âmbito escolar. (figura 04).
Figura 04: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Você considera o seu conhecimento
sobre a extinção das espécies satisfatório?”.
31
Pode-se verificar que 45 % dos alunos analisados apesar de possuírem
uma trajetória de vida escolar a um bom tempo, julgam possuir conhecimento
insatisfatório sobre o tema. Isso monstra que é de extrema importância desenvolver
nas escolas uma educação ambiental adequada, no sentido de sensibilizar os
educandos para a importância da biodiversidade e desenvolver uma consciência
ecológica voltada para a criação de uma sociedade moderna, com valores e atitudes
ambientalmente corretas.
Ao serem questionados se o tema extinção deveria ser mais trabalhado
nas aulas de Biologia, 96% responderam que sim, ou seja, os alunos mostraram-se
interessados pelo tema, demonstrando a receptividade deles para trabalhar a EA
incluindo a vertente da extinção, favorecendo a realização da palestra (figura 05).
FIGURA 05: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Como aluno você acha que esse
tema deveria ser mais trabalhado nas aulas de biologia?”.
Partindo da ideia citada por Santos (2001) de que a escola é um espaço
definido e significativo, onde as relações ensino/aprendizagem, interpessoais e
profissionais necessitam de mudanças. Perceber-se que a sala de aula é um lugar
onde o professor deve ser o intermediário de debates, instigando os alunos a se
posicionarem frente às questões trabalhadas em sala.
32
É na escola que devemos dar oportunidades aos alunos a fazerem seus
questionamentos, suas discussões, possibilitar a troca de conhecimentos e não
simplesmente seguir uma lista de conteúdos descontextualizados da realidade do
estudante e sim buscar uma ligação entre o que é trabalhado em sala de aula e o
que é divulgado fora da sala de aula. (MÜLLER, 2002).
No ensino de Ecologia, segundo DINIZ, (2005), a preservação da
biodiversidade é capaz de provocar discussão de valores e ética ambiental, incluindo
jeitos utilitários e os necessariamente éticos.
Observou-se que um percentual de 4% dos estudantes acredita que o
tema abordado não precisa ser mais trabalhado em aula. Isso possivelmente esteja
relacionado ao fato de que alguns alunos não têm conhecimento do tema.
Trabalhando essa temática em sala de aula os alunos poderiam ter outra postura
diante dos problemas enfrentados no âmbito da biodiversidade, principalmente
quanto à extinção das espécies do Estado do Ceará.
Entretanto, verifica-se que a divulgação do tema na escola pesquisada
ainda é ineficiente, à medida que os temas relacionados à preservação do meio
ambiente apresentam um enfoque maior na Semana do Meio Ambiente (atividade
que tem por finalidade apoiar a participação da comunidade nacional na preservação
do patrimônio natural do País e efetiva-se na semana do dia 5 de junho, quando é
comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Nela são trabalhados diversos temas
ambientais escolhidos de forma particular pela escola que a realiza), onde são
trabalhadas datas comemorativas como dia da árvore entre outros, tornando essa
temática com uma representatividade apenas maior nessas datas, não propiciando a
continuidade do tema durante todo o ano letivo.
Ao ser analisado as respostas dos alunos quanto à pergunta 08 (figura
06), percebemos que eles tinham conhecimento sobre as espécies que encontram-
se ameaçadas de extinção no Estado do Ceará.
33
FIGURA 06: Respostas dos alunos do CEJA sobre a questão “Marque as alternativas que
apresentam espécies ameaçadas de extinção (ou em extinção) no Estado do Ceará”.
Avoante foi a alternativa mais marcada pelos educandos, 19%. Essa ave
encontra-se ameaçada de extinção, mas ela não é natural da fauna cearense
migrando em pontos dentro do Estado para se reproduzir. Em relação ao animal tatu
bola, os alunos marcaram 16 % é uma espécie de animal que faz parte da nossa
fauna cearense e encontra-se em sério risco de extinção. Todavia esse animal está
na mira do desaparecimento, e para os ambientalistas, esse animal, só é encontrado
na caatinga e cerrado do Brasil. Podemos através dessa mostrar ao mundo a nossa
rica natureza e o nosso compromisso com a biodiversidade, sensibilizando o povo
brasileiro para a necessidade de cuidado e proteção da natureza (NASCIMENTO,
2011).
Sendo esse animal considerado o menor do Brasil, podendo medir, no
máximo, 50 centímetros sendo considerado o mais ameaçado. Sua caça já o fez
desaparecer de vários Estados, já que muitos apreciam sua carne, considerados
uma iguaria (NASCIMENTO, 2011).
Diante do conhecimento dos alunos eles assinalaram com 15% periquito-
cara-suja. Essa espécie de ave também faz parte da nossa fauna cearense, que se
encontra ameaçada de extinção. Essa espécie é considerada como “Criticamente
34
em Perigo” na lista nacional e internacional da fauna ameaçada (ALBANO e GIRÃO,
2008).
A ave acima citada faz parte da nossa fauna cearense. É o periquito mais
ameaçado de extinção das Américas. Sendo uma ave exclusivamente nordestina, já
foi encontrada em outros Estados da região, porém devido à destruição de seu
habitat (as florestas serranas nordestinas) e à captura ilegal para o tráfico de
animais silvestres, acredita-se que sua distribuição esteja restrita atualmente ao
Estado do Ceará, em apenas duas localidades, Serra de Baturité e Monólitos de
Quixadá (LUGARINI, et.al. 2012).
Durante análise dos questionários os alunos da escola campo de
pesquisa assinalaram tartaruga-de-couro com 14%. É uma das espécies mais
ameaçada de extinção no planeta, podendo ser encontrada nos Estados do Piauí e
Maranhão, ou seja, na Região Nordeste. É a maior entre todas as espécies de
tartarugas e é muito diferente das outras tanto em aparência quanto em fisiologia.
Portanto fica evidente que essa espécie não faz parte do Estado do Ceará
(MARCOVALDI, et al. 2011).
No questionário resolvido pelos alunos, o peixe-boi-marinho foi assinalado
com 13% essa espécie faz parte da fauna cearense, sendo que estão protegidas por
leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, ele é protegido por lei
desde 1967, sua caça com a comercialização de produtos derivados é crime que
pode levar o infrator até dois anos de prisão (AGUILAR, 2007).
Esses animais possuem hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora
da época de acasalamento são muito mansos e, por este motivo, são facilmente
caçados e encontram em risco de extinção (AGUILAR, 2007).
Na analise dos alunos, o gato do mato ficou com um percentual de 12%.
Essa espécie encontrar-se em extinção e faz parte da fauna cearense.
Mediante as respostas dos alunos, verificou-se que os mesmos
assinalaram com 11% o soldadinho do Araripe, essa espécie faz parte da fauna e
encontra-se ameaçada de extinção no Estado do Ceará.
Segundo Girão e Linhares (2011), essa espécie está entre as cem mais
ameaçadas do planeta, possui aproximadamente 14 centímetros que vive apenas na
Chapada do Araripe, no Ceará. Sua principal ameaça é a destruição do hábitat
devido à expansão da agricultura, unidades de recreação e parques aquáticos.
35
Mediante levantamento de dados, feito através dos questionários,
resolvidos pelos alunos na referida escola, observou-se que os docentes
apresentavam um bom conhecimento, sobre o tema abordado.
Segundo analise dos alunos fica evidente que os mesmos demostraram
que tinham conhecimentos sobre a lista de animais que estão em extinção no
contexto do Estado do Ceará.
Depois dos dados coletados através dos questionários foi organizada uma
palestra, para falar e mostrar os animais ameaçados de extinção no Ceará. Essa
palestra aconteceu no estabelecimento de ensino campo de pesquisa. Nessa
atividade usou-se uma metodologia expositiva através do data show, na qual foram
comentadas, divulgadas e mostradas imagens coloridas dos animais que se
encontram em extinção no nosso Estado, para alunos e professores.
A palestra foi ministrada por um professor da rede municipal (figura 07),
sendo esse evento um dos momentos mais atrativos para eles, pois alunos e
professores participaram efetivamente da palestra com alguns deles relatando
experiências pessoais ou conhecimentos relacionados ao tema. A discussão foi
sempre incentivada, para aumentar o interesse a respeito do tema abordado.
36
FIGURA 07: Imagens da palestra realizada no CEJA sobre animais ameaçados de extinção no
Estado do Ceará..
5.2 QUESTIONÁRIO DOS PROFESSORES
Em relação ao questionário aplicado aos professores verificou-se que os
cinco moram na cidade de Iguatu. Os mesmos são professores da rede pública
estadual e municipal da referida cidade.
Quando os professores foram indagados sobre a sua formação 60%
disseram que são Licenciados em Ciências Biológicas. Enquanto 20% são
Bacharéis em Ciências Biológicas e 20% são Licenciados em Matemática e Física
(figura 08). Com isso, percebe-se que a maioria dos professores são formados
dentro da área da Biologia, eliminando a falta de afinidade na área como uma das
causas de falha no desenvolvimento da temática ambiental em sala.
37
FIGURA 08: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Qual é a sua formação?”.
O fato da maioria dos docentes serem formados em Biologia é um fator
que contribui para que o tema da extinção de espécies seja trabalhado em sala de
aula, visto que esse tema é estudado nos cursos de Biologia, assim os professores
formados nessa área apresentam um maior domínio do assunto.
Quando questionados sobre o tempo que ministram a disciplina Biologia,
60% dos professores responderam que ministram a mais de cinco anos, 20%
trabalham a menos de um ano, e 20% trabalham de dois a cinco anos na sala de
aula (figura 09).
Isso mostra que os professores possuem uma boa experiência, dentro da
sala de aula e, portanto já tiveram mais contato com a disciplina e Biologia e
consequentemente com a educação ambiental, o que favorece o bom andamento
dos trabalhos e aulas dentro desta temática.
38
FIGURA 09: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Há quando tempo você ministra
a disciplina de Biologia?”.
Com relação à temática Educação Ambiental, a maioria dos professores
responderam que se identificaram com a mesma. Destes, 80% afirmaram se
identificar com a temática e 20% não se identificam (figura 10). Para os docentes
esse tema é de grande importância para conscientizar uma comunidade escolar
sobre a importância da educação ambiental na melhoria da qualidade de vida.
Provavelmente, os professores que não se identificam com a EA sentem-
se dessa forma por não serem da área das Ciências Biologicas não tendo estudado
melhor a temática, ou por preferirem as Ciências Exatas já que são licenciados em
Matemática e Física.
39
FIGURA 10: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Você se identifica com a
temática Educação Ambiental?”.
Quando foram questionados se trabalham sobre a extinção de espécies
nas suas aulas, 80% (figura 11) disseram que sim, sempre que possível. Pois
trabalhando essa temática em sala de aula muito contribuirá a preservação do meio
ambiente.
Esse resultado mostra que a maioria dos professores ministra o tema nas
suas aulas, assim têm a possibilidade de desenvolver trabalhos e projetos juntos a
comunidade escolar dentro das áreas de ciências da natureza adquirindo
conhecimentos e enriquecendo suas aulas.
Contudo, pode-se observar (figura 11), que 20% dos professores
trabalham raramente esse tema, isso mostra que, provavelmente, eles dão
preferência aos conteúdos dos livros didáticos para serem trabalhados durante o
ano letivo, desta forma acabam abordando menos a questão ambiental que é de
grande importância para a preservação do meio ambiente.
Segundo Barbosa (2008), é no sentido de promover a articulação das
ações educativas voltadas às atividades de proteção, recuperação e melhoria sócio
ambiental, e de potencializar a função da educação para as mudanças culturais e
sociais, que se insere a Educação Ambiental no planejamento estratégico para o
desenvolvimento sustentável.
40
FIGURA 11: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Você trabalha sobre a extinção
de espécie as suas aulas?”.
Ao serem indagados se a escola em que trabalham incentiva os mesmos
a desenvolver projetos de Educação Ambiental, todos responderam que sim.
Esse resultado expressa a importância dada pelos gestores da escola
para a realização de projetos voltados para Educação Ambiental na escola. Esses
projetos são especialmente importantes porque a população mais jovem precisa
saber da importância de serem trabalhados conteúdos voltados para o meio
ambiente e também estar ciente de como as suas ações podem contribuir para a
extinção das espécies.
Perante tais situações, torna-se urgente criar condições para preservar o
que ainda pode ser salvo. Portanto é necessário mobilizar conhecimentos científicos,
sensibilizar políticos e despertar o interesse da população e de grandes lideranças.
O contato com a natureza é uma experiência viva e será ingrediente essencial em
tempos de crise. Mas de nada valeria se esse incentivo não atingisse também os
professores, que são os verdadeiros multiplicadores no âmbito da Educação
Ambiental formal (DELAZZERI, 2009).
Ao providenciarmos atividades educacionais, nós não só estaremos
educando as próximas gerações sobre o nosso planeta, mas nós também estaremos
assegurando a sobrevivência dessas espécies que se encontram ameaçadas de
41
extinção. Portanto a educação é a maneira de dar uma voz a esses animais incríveis
e lutar por eles (DULLEY, 2004).
Quando indagados se projetos de Educação Ambiental desenvolvidos na
escola podem contribuir para motivar os alunos a preservarem a extinção de
espécies, 100% dos professores responderam que sim. Isso mostra que os
professores tem consciência de que uma das formas de conscientizar os alunos
sobre a preservação ambiental é através do desenvolvimento de projetos nas
escolas.
Para estes professores a aplicação de projetos de Educação Ambiental e
o cuidado com o meio ambiente podem contribuir para a disseminação de conceitos
que venham a priorizar o cuidado com o meio ambiente.
Neste contexto, a Educação Ambiental vem viabilizar a compreensão e a
sensibilidade da sociedade com a natureza, com o objetivo de minimizar a
problemática sócio-ambiental, criando alternativas para melhorar a qualidade de vida
e promover a sustentabilidade, procurando sensibilizá-la para os problemas
ambientais existentes no nosso cotidiano. Assim, mais do que uma simples forma
de transmitir informações e conhecimento sobre os recursos naturais, a Educação
Ambiental é uma ferramenta indispensável à construção de novos valores e atitudes,
voltados ao desenvolvimento de uma sociedade comprometida com a solução de
seus problemas ambientais, proporcionando condições adequadas de sobrevivência
para as atuais e futuras gerações (DULLEY, 2004).
Verificou-se como resultado do presente trabalho que a maioria dos
professores pesquisados trabalham sobre extinção das espécies em suas aulas e
que se interessam pela temática.
Quanto ao alunos, observou-se que eles possuem um conhecimento
considerável sobre o tema e que desejam trabalhar mais a respeito da extinção. Tal
interesse comprovou-se na efetivação da palestra realizada com as turmas, pois
eles participaram efetivamente do momento fazendo perguntas e dando suas
opiniões.
42
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o desenvolvimento dessa pesquisa ficou claro que tanto alunos
como professores da Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e
Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA) possuem certo
conhecimento a cerca do tema “Extinção das Espécies ameaçadas de extinção no
Ceará”, porém, mediante as respostas obtidas nos questionários e no momento da
palestra, observou-se que um parte dos pesquisados mostraram uma visão limitada
sobre o tema, deixando clara a necessidade de envolver a comunidade escolar, a
comunidade como um todo e a sociedade em projetos que visem a preservação das
espécies bem como mais esclarecimentos sobre a importância da conservação do
meio ambiente.
43
REFERÊNCIAS
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2005.
44
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Nacionais – terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais/
Secretaria de Educação fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
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A.; CAPOBIANCO, J.P.R; OLIVEIRA, J.A.P. (Orgs.). Meio ambiente Brasil: avanços
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Getúlio Vargas, São Paulo, 2002.
CARDOSO, Z.Z. A ligação histórica entre os Biomas Amazônia e Mata Atlântica
através da Caatinga: Brejos e Altitudes. Monografia apresentada para obtenção
do grau de Licenciatura em Ciências Biológicas Universidade de Brasília Instituto de
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PROEJA do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Educação Especialização em
Integração da Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de
Educação de Jovens e Adultos. Rio Grande do Sul – Campus Bento Gonçalves,
2009.
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combate ao tráfico de animais silvestres no Brasil (Publicação traduzida do
original “Efforts to Combat Wild Animals Trafficking in Brazil. Biodiversity, Book 1,
chapter XX, 2012” - ISBN 980-953-307-201-7)
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Brasil. Brasília: Ministério do Meio Ambiente; São Paulo: USP, 2001.
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Médio sobre Biodiversidade: Um Estudo de Caso, 2005. Universidade Metodista
de Piracicaba – UNIMEP – PPGE – edna.diniz@ig.com.br -Universidade Metodista
de Piracicaba – UNIMEP – PPGE.
45
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Para a Conservação das Aves da Caatinga. Secretaria de Agricultura e
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Sobre a Caatinga em um grupo de Professores da Rede Municipal de Iramaia –
Bahia VII. ENPEC Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências
Florianópolis, 8 de novembro de 2009. ISSN 21766940
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Para Conservação das Tartarugas Marinhas. Instituto Chico Mendes de
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da biodiversidade coordenação Geral de manejo para conservação. Brasília, 2011
MARQUES, A. A. B.; FONTANA, C. S.; VÉLEZ, E.; BENCKE, G. A.; SCHNEIDER,
M.; REIS, R. E. Lista de referência da fauna ameaçada de extinção no Rio
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FZB/MCT-PUCRS/PANGEA, 2002. 52p.
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INTEGRAÇÃO ensino – pesquisa – extensão. Novembro/2002.
NASCIMENTO. J.L; CAMPOS. I.B. Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada De
Extinção Em Unidades De Conservação Federais. Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade. Brasília, 2011.
OLIVEIRA, T.P.R.; LIRA, V.F.; ARAÚJO, M.R.; BAPTISTA, R.R.N.; BEZERRA, B.M.;
SOUZA, J.R.B.; VASCONCELOS, S.D.; Conhecimento dos bacharelandos em
Ciências Biológicas (UFPE) sobre animais ameaçados de extinção do Nordeste
do Brasil. ABR./MAI./JUN.2006. ANO XII, Nº45. 125-130 INTEGRAÇÃO, 2006.
PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H.; HELLER, H. C. Vida: a ciência da
biologia. 6.ed. – Porto Alegre: Artmed, 2005. 3v.
ROCHA, M.S.P.; CAVALCANTI, P.C.M.; SOUSA, R.L.; ALVES, R.R.N.; Aspectos da
Comercialização Ilegal de Aves nas Feiras Livres de Campina Grande, Paraíba,
Brasil. Revista de Biologia e Ciências da Terra ISSN 1519-5228 Volume 6-
Número 2 - 2º Semestre 2006.
RODRIGO, C.; NEVES, F.; LIGEIRO, G.; ZANATTA, J. MATERIA JORNALÍSTICA:
Projeto extinção e a Libertação Animal. 2011. Disponível em:
<projetoextinção.blogspot.com.br>. Acesso em 20 de abr de 2013.
RUSCHMANN, D. V. M. Turismo e planejamento sustentável. São Paulo: Papirus,
1997.
SANTOS, F. P. JUS navigandi. Meio ambiente e poluição, 2003. Disponível em:
<http://jus.com.br/revista/texto/4753/meio-ambiente-e-poluicao>. Acesso em 05 de
mar de 2013.
SANTOS, L.C.S; A Tevê Como Meio de Comunicação de Massa de Modelar
Crianças. Movendo Ideias, Belém, v. 5, n. 8, p.62 - 66, dez. 2000.
SANTOS. S.C; O processo de ensino-aprendizagem e a relação professor-
aluno: aplicação dos sete princípios para a boa prática na educação de ensino
superior. Caderno de Pesquisas em administração, São Paulo, v.08, nº 1,
janeiro/março 2001.
SILVA, L. C. B.; CAVALCANTI, G. M. D. Desenvolvendo o olhar crítico-reflexivo
dos alunos sobre animais em extinção. VI Colóquio Internacional: educação e
contemporaneidade. São Cristovão/SE, 2012.
47
TOWNSEND, C. R.; BERGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos em ecologia.
Tradução MOREIRA, G. R. P. GANADE, G. M. S.; BICCA-MARQUES, J. C.;
OLIVEIRA, P. L.; HARTZ, S. M. – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2006. 592 p.
ZAGO,D.C. Animais da fauna silvestre mantidos como animais de estimação.
(Monografia de Especialização do Programa de Pós Graduação em Educação
Ambiental). Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil, 2008.
48
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA
ESCOLA DE ENSINO MÉDIO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
GOVERNADOR LUIZ GONZAGA DA FONSECA MOTA (CEJA).
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
01. Qual é a sua idade?
________________________________________________________________
02. Onde você nasceu?
( ) Iguatu
( ) Outra cidade no Estado do Ceará ____________________________________
( ) Em um município fora do Estado do Ceará pertencente à região Nordeste do
Brasil
( ) Em um munícipio que não pertence à região do nordeste do Brasil
03. Para você, o que é extinção de espécies?
( ) deixar uma determinada espécie de lado, sem cuidados.
( ) é o desaparecimento total de espécies, como animais, plantas, e pode ocorrer
por diversas causas.
( ) diferenciar uma espécie das outras.
04. Nas aulas de Biologia, a extinção é uma temática abordada pelo(a) professor(a)?
( ) Nunca
( ) Sim, sempre que possível.
( ) Sim, mas raramente.
49
05. Onde você teve o primeiro contato com o conhecimento sobre a extinção das
espécies?
( ) na escola.
( ) na televisão.
( ) na internet.
( ) com os amigos.
06. Você considera o seu conhecimento sobre a extinção das espécies satisfatório?
( ) Sim.
( ) Não.
07. Como aluno você acha que esse tema deveria ser mais trabalhado nas aulas de
Biologia?
( ) Sim.
( ) Não.
08. Marque as alternativas que apresentam espécies ameaçadas de extinção (ou em
extinção) no Estado do Ceará.
( ) avoante
( ) tatu-bola
( ) soldadinho-do-araripe
( ) gato do mato
( ) peixe-boi marinho
( ) tartaruga-de-couro
( ) periquito-cara-suja
50
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES DA DISCIPLINA DE
BIOLOGIA DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS GOVERNADOR LUIZ GONZAGA DA FONSECA MOTA
(CEJA).
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
01. Qual é a sua formação?
( ) Licenciado em Ciências Biológicas
( ) Bacharel em Ciências Biológicas
( ) Licenciado em Pedagogia
( ) Outros/especifique ______________________________________________
02. Há quanto tempo você ministra a disciplina de Biologia?
( ) Menos de um ano
( ) De dois a cinco anos
( ) Mais de cinco anos
03. Você se identifica com a temática Educação Ambiental?
( ) Sim
( ) Não
04. Você trabalha sobre a extinção de espécies nas suas aulas?
( ) Nunca.
( ) Sim, sempre que possível.
( ) Sim, mas raramente.
51
05. Há incentivo da escola para a temática ambiental ser trabalhada com os alunos?
( ) Sim.
( ) Não.
06. Quando a Educação Ambiental é trabalhada em sala como os alunos reagem?
( ) gostam bastante.
( ) participam mostrando interesse e curiosidades.
( ) não se interessam muito.
( ) não apresentam nenhum interesse.
07. Você acredita que trabalhar o tema extinção das espécies do nosso Estado pode
levar os alunos a se preocuparem e se envolverem com o processo de conservação
dessas espécies já ameaçadas e das outras no geral?
( ) Sim.
( ) Não.

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O conhecimento dos alunos do ensino médio do ceja de iguatu, ceará, sobre animais ameaçados de extinção no estado sara sisdineide batista de lima.

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SARA SISDINEIDE BATISTA DE LIMA O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO CEJA DE IGUATU, CEARÁ, SOBRE ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO ESTADO IGUATU-CE 2014
  • 2. II SARA SISDINEIDE BATISTA DE LIMA O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO CEJA DE IGUATU, CEARÁ, SOBRE ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO ESTADO Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito para a obtenção do grau de licenciado em Ciências Biológicas. Orientador: Prof. Me. Célio Moura Neto. IGUATU-CE 2014
  • 3. L732c Lima, Sara Sisdineide Batista de. O Conhecimento dos Alunos do Ensino Médio do CEJA de Iguatu, Ceará, sobre Animais Ameaçados de Extinção no Estado / Sara Sisdineide Batista de Lima. [Orientada por] Célio Moura Neto. – Iguatu, 2014. 50 p. Monografia (Graduação) – Universidade Estadual do Ceará, Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, Iguatu, 2014. 1. Educação Ambiental 2. Fauna Ameaçada 3 Biologia da Conservação I. Moura Neto, Célio (Orient.) II. Universidade Estadual do Ceará – UECE – Graduação (Licenciatura) em Ciências Biológicas III. Título CDD: 591.68
  • 4.
  • 5. IV Dedico este trabalho, primeiramente a Deus que é o ser supremo, por ter me concedido a vida e por me conferir a cada novo dia força e coragem para enfrentar e vencer os obstáculos que a vida nos oferece. Depois quero dedicar a minha família que sempre está do meu lado, apoiando nas minhas decisões.
  • 6. V AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus: pela a força, pela inspiração, pela saúde, pelo amor, pela coragem, por suas bênçãos sobre minha vida, por estar comigo a cada momento e por ter me permitido chegar até aqui. Agradeço aos meus pais: Luiz Batista e Odilma Pires; pelo amor, amizade e por estarem presentes em todas as etapas da minha vida me ajudando, incentivando e apoiando minhas decisões. Aos meus irmãos, Luiz Filho, Jedaías, Moabe, Rubens, Rubstasso e minha irmã Sisdinaide por compartilharem comigo todas as alegrias e tristezas e por sempre me incentivarem a estudar. Às minhas cunhadas Dagmar, Kilvia e Rawena Feitosa. Às minhas amigas: Ana Patrícia, Bruna Mikaelly, Jayrla Raquel, Jamile Barboza, à meu namorado Macelo, e à todos os meus colegas de sala que me ajudaram direta ou indiretamente nas minhas dificuldades e por todos os momentos que compartilhamos juntos. Agradeço aos professores, em especial, Alana Cecília, Fernando Roberto, Mayle Alves, Ricardo Rodrigues e Jones Baroni por toda a paciência que tiveram comigo, pela luz que me iluminou, pela maneira que repassaram conhecimentos e que compartilharam toda suas sapiências comigo. Ao meu orientador Célio Moura Neto, por toda atenção, dedicação e ajuda ao longo deste trabalho e de tantos outros que me orientou. A todos os meus professores da Educação Básica e do Ensino Superior, pela contribuição de cada um em minha formação. Aos alunos e professores da Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA), no município de Iguatu/CE que contribuíram para a realização desta pesquisa. Agradeço de todo coração a todos que colaboram direto ou indiretamente por essa obra de conhecimento cultural, pedagógica e científica. Os mais sinceros agradecimentos a todos que compõem essa Universidade. Muito Obrigada!
  • 7. VI "A vida é valor absoluto. Não existe vida menor ou maior, inferior ou superior. Engana-se quem mata ou subjuga um animal por julgá-lo um ser inferior. Diante da consciência que abriga a essência da vida, o crime é o mesmo." (Olympia Salete).
  • 8. VII RESUMO A questão da extinção das espécies, e a preservação do meio ambiente é uma temática sempre periódica, neste contexto que se fazem necessárias outras posturas diante as alterações ambientais. A escola é um local de preparar cidadãos capazes de mudar o meio em que vivem, logo é possível sensibiliza-los a fim de reverter esse quadro de destruição do planeta. O Ceará não está livre dessa devastação da biodiversidade, vivemos um momento de desaparecimento de muitos animais, aves e vegetais. Nosso bioma está desaparecendo, aquilo que existia há 60 anos hoje não existe mais, desapareceu pela exploração do homem destruindo a natureza, em busca de riqueza, acabaram com a fauna e a flora do Ceará. Uma abordagem específica para essa questão se faz necessária com urgência. Desta forma, este estudo objetivou analisar o conhecimento dos alunos e professores sobre a extinção de espécies animais do Ceará. Foi desenvolvido um estudo de abordagem de natureza quantitativa num total de 104 alunos e 5 professores. A coleta de dados foi realizada por meios de questionários estruturados com perguntas objetivas, garantindo o entendimento dos entrevistados. Foi elaborado um questionário para os alunos e outro para os professores do CEJA. A partir dos dados colhidos, observou-se que tanto os docentes como os discentes possuem certo conhecimento sobre as espécies que se encontram ameaçadas de extinção no contexto do estado do Ceará. Palavras-chaves: educação ambiental, fauna ameaçada, biologia da conservação.
  • 9. VIII ABSTRACT The issue of species extinction and preserving the environment is always a regular theme in this context that other positions are needed before environmental changes. The school is a place to prepare citizens capable of changing the environment they live in, so it is possible to sensitize them in order to reverse this destruction of the planet. The state of Ceará is not free from this devastation of biodiversity, we live a moment of disappearance of many animals birds and plants. Our biome is disappearing, what existed 60 years ago no longer exists today, gone by the exploitation of man destroying nature the pursuit of wealth, ended with the fauna and flora of Ceará. A specific approach to this issue is urgently needed. Thus, this study aimed to analyze the opinion of students and teachers about the extinction of animal species of Ceará. A study of the quantitative nature of a total of 104 students and 5 teachers was developed. Data survey was conducted by means of structured questionnaires with objective questions, ensuring the understanding of the respondents. A questionnaire for students and other teachers to CEJA was prepared. From the data collected, it was observed that many teachers as learners have certain knowledge about the species that are endangered in the context of the state of Ceará. Keywords: environmental education, endangered species, environment, fauna.
  • 10. IX LISTA DE FIGURAS FIGURA 01: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Para você o que é extinção de espécies?”.........................................................................26 FIGURA 02: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Nas aulas de Biologia, a extinção é ama temática abordada pelo (a) professor (a)?”......28 FIGURA 03: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre o lugar onde primeiramente tiveram conhecimento com o tema extinção de espécies?”...............29 FIGURA 04: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Você considera o seu conhecimento sobre a extinção das espécies satisfatório?”............30 FIGURA 05: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Como aluno você acha que esse tema deveria ser mais trabalhado nas aulas de biologia?”....................................................................................................................31 FIGURA 06: Gráficos das respostas dos alunos do CEJA sobre a questão “Marque as alternativas que apresentam espécies ameaçadas de extinção (ou em extinção) no Estado do Ceará”..................................................................................................33 FIGURA 07: Imagens da palestra realizada no CEJA sobre animais ameaçados de extinção no Estado do Ceará.....................................................................................36 FIGURA 08: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Qual é a sua formação”?...........................................................................................37 FIGURA 09: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Há quando tempo você ministra a disciplina de Biologia”?..............................................38 FIGURA 10: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Você se identifica com a temática Educação Ambiental?”........................................39 FIGURA 11: Gráficos das respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Você trabalha sobre a extinção de espécie as suas aulas?”....................................40
  • 11. X SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 12 2 OBJETIVOS................................................................................................ 14 2.1 Objetivo geral.......................................................................................... 14 2.2 Objetivos específicos............................................................................. 14 3 REFERENCIAL TEORICO..................................................................... 15 3.1 Degradação e preservação ambiental.................................................. 15 3.2 Espécies ameaçadas de extinção no contexto do Estado do Ceará. 16 3.3 Extinções de espécies........................................................................... 19 3.4 Educação ambiental............................................................................... 21 4 METODOLOGIA........................................................................................ 23 4.1 Tipo de pesquisa.................................................................................... 23 4.2 Cenário da pesquisa.............................................................................. 23 4.3 População e amostra............................................................................. 24 4.4 Coleta de dados...................................................................................... 24 4.5 Análise dos dados.................................................................................. 25 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 26 5.1 Questionário dos alunos....................................................................... 26 5.2 Questionário dos professores.............................................................. 36 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 42
  • 12. XI REFERÊNCIAS................................................................................................. 43 APÊNDICE A – Questionário para os alunos do Ensino Médio da Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA)...................................................................... 48 APÊNDICE B – Questionário para os professores da disciplina de biologia da Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA)........................................................ 50
  • 13. 12 1 INTRODUÇÃO O Brasil é conhecido mundialmente como um país muito diverso, já que de forma modesta considera-se que ele abriga 13,2% da biota mundial (LEWINSOHN e PRADO, 2006). Diante de tanta diversidade existente no Brasil a extinção é um tema cada vez mais debatido quando se fala em Educação Ambiental ou conservação do meio ambiente (MARQUES, 2002). Biologia da conservação é um termo que surgiu por volta de 1980 e está relacionado diretamente à ciência, gestão e manejo de áreas naturais (DIEGUES; ARUDA, 2001). É importante lembrar que o amparo dos meios naturais não é só uma questão restrita aos animais e plantas, mas envolve a sociedade e a sua economia, já que cada bem natural extinto é um recurso natural fora de alcance. Em consequência de toda degradação do meio ambiente, inversão de valores perante a vida, exploração de bens naturais, surge uma força em sentido contrário. O movimento de libertação animal, com a premissa de romper, de maneira efetiva, todas as correntes que aprisionam a vida, em seus valores básicos: o direito de viver (RODRIGO et al., 2013). O mundo todo vive com o problema das espécies ameaçadas. Grupos ambientalistas também seguem lutando para garantir o direito à vida de diversos animais, que correm risco de extinção pelos mais variados motivos. Segundo Ruschmann (1997), a questão ambiental vem sendo considerada cada vez mais urgente e importante. Tomando como base a Ecologia que estuda as relações de interdependência entre os organismos, o futuro da humanidade depende da relação estabelecida entre o homem e a natureza. Nesse sentido a degradação do meio ambiente aliada à das florestas e a caça indiscriminada, trazem consequências diretas à conservação das espécies. O desmatamento, as queimadas e a poluição, agridem os locais em que essas espécies vivem e modificam seu modo de vida, levando algumas delas à morte. Existem também outros fatores agravantes aos crimes ambientais como o tráfico de animais selvagens, a captura de animais para criação em cativeiro, tais como: aves, primatas, repteis, dentre outros animais (SANTOS, 2003). Mantendo em vista a relevância de trabalhar o tema extinção como meio de reverter o presente quadro de lesão à biodiversidade do planeta pessoas ou
  • 14. 13 instituições usam os diversos meios para reeducar os humanos, independente da idade que possuam, a cuidar do meio em que vivem. Dentre as formas de alcançar esse objetivo está o uso de sites educativos na internet (ARAGUAIA, 2013) como também a produção de eventos como a Conferência Rio+20, entre muitos outros. A Educação Ambiental, trabalhada dentro da sala de aula, também pode contribuir para a consecução do referido objetivo. Silva e Cavalcanti (2012) desenvolveram um trabalho sobre o olhar crítico-reflexivo dos alunos sobre os animais em extinção na Escola Municipal de Garanhuns/PE que objetivou ampliar a visão dos alunos sobre a relação entre o homem, os animais e o meio ambiente dando abordagem mais específica às possíveis causas da extinção de alguns animais e as respectivas soluções cabíveis para minimizar os problemas. Nessa perspectiva trabalhar o tema nas escolas é um dos meios de prevenir o desenvolvimento de agressores do meio ambiente e tentar educar conservadores dos bens naturais. Dessa forma faz-se necessário buscar iniciativas que fomentem e venham a acrescentar para os discentes a importância do equilíbrio ecológico e preservação dessas espécies. Seguindo nesta mesma linha de raciocínio encaixa-se a escola campo de pesquisa, Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA), como peça fundamental no presente estudo. Tendo, como parte do seu corpo discente, alunos com a idade mais avançada, a instituição apresenta um espaço favorável para o levantamento de questões relevantes que exijam capacidade de argumentação e detalhamento dos temas trabalhados.
  • 15. 14 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar o conhecimento dos alunos e dos professores da Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA), no município de Iguatu/CE sobre a extinção de espécies animais do Ceará. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Verificar se os professores da escola de Ensino Médio desenvolvem projetos de Educação Ambiental, enfocando a extinção de animais do Ceará e o conhecimento deles sobre esse tema;  Identificar a situação do conhecimento dos alunos sobre a extinção no Ceará;  Realizar uma palestra para que os alunos reflitam sobre seus valores e ideias de preservação da natureza e senso de responsabilidade para com o meio ambiente dos discentes e apresentar aspectos relacionados ao tema, como os diferentes tipos de animais em extinção no Estado do Ceará.
  • 16. 15 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 DEGRADAÇÃO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL O Brasil é conhecido mundialmente pela sua enorme biodiversidade que consequentemente atrai os exploradores dos recursos naturais em busca de matéria prima para abastecimento do desenfreado consumismo global. Para pontuar um pouco da grande diversidade do país pode-se citar seus cinco biomas, sua área territorial de 8,5 milhões de Km², sendo o quinto maior país do mundo (quase metade da América Latina), ou ainda 50 milhões de famílias formadas por uma média de 184 milhões de habitantes (IBGE, 2004). Portanto se faz necessário o conhecimento para preservação desse patrimônio natural brasileiro. Para alcançar esse objetivo, o Ministério do Meio Ambiente - MMA vem desenvolvendo uma série de ações. Com relação à extinção o MMA criou, no âmbito da Comissão Nacional de Biodiversidade - CONABIO, uma Câmara Técnica Permanente de Espécies Ameaçadas de Extinção e de Espécies Sobreexplotadas ou Ameaçadas de Sobre-exploração. Refere-se a um fórum consultivo, do qual participam representantes de instituições governamentais e não-governamentais (LEEUWESTEIN, 2005). Para as espécies oficialmente integrantes da lista das ameaçadas de extinção, o MMA tem apoiado a elaboração de planos de manejo, nos quais são definidas estratégias e prioridades de ações com vistas à sua efetiva recuperação. Essa etapa envolve igualmente a participação conjunta de órgãos governamentais, da comunidade científica e de organizações não governamentais. Uma vez aprovados, os planos de manejo são utilizados para direcionar ações a serem realizadas por todos os atores envolvidos, com vistas a promover a efetiva recuperação de tais espécies (BRASIL, 2010). A extinção é um problema ambiental que vêm ganhado proporções bem maiores, pois é a extinção de algumas espécies de animais que acaba afetando direta ou indiretamente a vida do homem. A extinção de animais é um processo de desaparecimento de espécies, subespécies ou grupos de espécies de seres vivos e traz implicações irreparáveis ao ciclo de vida do planeta. Diante disso, os educadores têm um papel fundamental em despertar nos educandos uma postura
  • 17. 16 diante desses problemas que além de ameaçar a existência de algumas espécies, prejudica também a sua própria existência (SILVA; CAVALCANTI, 2012). 3.2 ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO NO CONTEXTO DO ESTADO DO CEARÁ Dados mostram que no Brasil, através dos Recursos Naturais Renováveis (SILVA; CAVALCANTE 2012) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, existem mais de 400 espécies de seres vivos ameaçadas de extinção. Sobretudo a cada dia vem aumentando desordenadamente no mundo todo. Temos como exemplos mico- leão dourado, a arara azul, lobo-guará, tamanduá-bandeira, contudo esses são os mais citados. De acordo com o Ministério do Meio ambiente (BRASIL, 2012), podemos citar algumas causas das espécies de extinção dos animais entre elas são: Degradação e a fragmentação de ambientes naturais, resultado da abertura de grandes áreas para implantação de pastagens ou agricultura convencional, extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária, poluição, incêndios florestais, formação de lagos para hidrelétricas e mineração de superfície. Estes fatores infelizmente reduzem o total de habitats disponíveis às espécies e aumentam o grau de isolamento entre suas populações, diminuindo o fluxo gênico entre estas, o que pode acarretar perdas de variabilidade genética e, eventualmente, a extinção de espécies. Quando surgiu vida no planeta Terra, desde os tempos primórdios devido às causas naturais, a maioria dos animais foi extintas devido às causas naturais, antes mesmos do surgimento da espécie humana. Devido à interferência do homem, pode acelerar os processos que eventualmente levaram ao desaparecimento de muitos seres vivos que conhecemos (ZAGO, 2008). A ação desenfreada dos humanos acaba afetando as espécies e o funcionamento dos ecossistemas naturais, diminuindo sua capacidade de desenvolvimento (OLIVEIRA. et.al. 2006). Devido às atitudes dos seres humanos, o mesmo transforma o meio em que vive para satisfazer suas necessidades econômicas, sociais e culturais. Ele torna sujeito e faz a natureza elemento de suas ações. O meio ambiente acaba ocupando espaço na história da presença humana (ZAGO, 2008).
  • 18. 17 A Caatinga é o bioma exclusivamente brasileiro, rica em biodiversidade, endemismo e diversidade. Nesse bioma existem muitos preconceitos, especialmente daqueles relacionados aos aspectos da pobreza paisagística e da biodiversidade, características ditas por quem desconhece a riqueza e importância da “Mata Branca” ou “floresta branca”. Sendo esse um dos maiores biomas brasileiros, possuindo área aproximada de 734.487 km2, representando 70% da região Nordeste e do norte de Minas Gerais e 11% do território nacional (Luz, 2009). Infelizmente na Caatinga ainda acontece o processo de alteração e degradação ambiental provocado pelo uso excessivo dos recursos naturais, fazendo com que aconteça a perda rápida de espécies únicas, à eliminação de métodos ecológicos e à formação de vários núcleos de desertificação em vários setores da região (CARDOSO, 2011). Destacamos os répteis e anfíbios na fauna da caatinga, pois ambos merecem destaques, por apresentarem na região semiárida 97 espécies de répteis e 45 de anfíbios. Já as aves possuem espécies endêmicas de uma riqueza incontestável podendo ultrapassar 200 espécies. Na região da Caatinga são poucos os mamíferos endêmicos. A literatura científica tem pouco evidenciado que a Caatinga é um dos biomas brasileiro pouco estudado, apesar de sua extensão e riqueza (LEAL. et al.,2003). Hoje podemos afirmar que um dos biomas mais modificados pela ação das atividades humanas é o da caatinga ao longo dos séculos. Através do meio da combinação de indicadores de atividade agrícola, de pecuária, de extrativismo e de pressão populacional foi calculado o índice de pressão antrópica – IPA. Índice que indica atual situação da ação humana sobre o bioma Caatinga (LUZ, 2009). Falando ainda sobre o bioma da Caatinga, para acabar com esse mito que é pobre quanto à biodiversidade, é que surgiu a importância de incentivar a busca de novos conhecimentos e a definição de estratégias e mecanismos que garantam a conservação eficaz e competente da rica biodiversidade que caracteriza este bioma e dos quase 30 milhões de cidadãos que convivem e dependem da sua boa qualidade (LEAL. et al.,2003). Para que haja à conservação da biodiversidade da Caatinga que não é uma tarefa fácil, é preciso ser superado grandes obstáculos, podemos citar a falta de um sistema regional eficiente de áreas protegidas e a falta de inclusão do componente ambiental nos planos regionais de desenvolvimento. Todavia as
  • 19. 18 sucessivas ações governamentais para o melhoramento da qualidade de vida da população contribuem cada vez mais com a destruição dos recursos biológicos (LUZ, 2009). No país chamado Brasil existe muitas espécies diferenciadas umas das outras com especialidades únicas. Características que se encontram exclusivamente no bioma da Caatinga. Nesse país consideramos que não existem desertos, mas possuem uma região chamada semiárida, situada na Região Nordeste e com algumas áreas no Estado de Minas Gerais (CARDOSO, 2011). O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior comercio ilegal não só do Brasil como do mundo, perdendo somente para o tráfico de armas e drogas. O comércio ilegal de animais silvestres é considerado no Brasil, crime pela lei 9.605/98 sujeito a pena de detenção que pode variar de 3 meses a 1 ano e aplicação de multas, mesmo com o conhecimento de todas as leis o tráfico é constante e intenso, podendo atingir 15% de todo comercio ilegal do mundo. Para que ocorra o comércio ilegal de tráfico de animais silvestres, as regiões devem apresentar uma rica biodiversidade de espécies. Na região Nordeste para a região Sudeste exatamente no eixo Rio-São Paulo onde são comercializados e exportados para diversos lugares do mundo (ROCHA, 2006). Segundo os órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental: Companhia de Policiamento Ambiental (CPMA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Cariri ocupa um dos principais caminhos para as vendas de animais silvestres, logo é caminho para o Estado da Bahia onde acontecem os pontos de captura. Esse comércio aumenta principalmente na época da romaria. Mediante toda essa situação infelizmente o Brasil ocupa 2º lugar no mundo de espécies de aves ameaçadas de extinção, sendo o tráfico de animais silvestres (GIOVANNI, 2013). No estado do Ceará, o trafico de animais silvestres é enorme chegando a movimentar 1milhão de reais por ano, afetando a fauna cearense. Pesquisas mostram que durante o ano de 2001 foram capturados 13.342 animais sendo que 90% eram aves, um dos principais polos de captura é o sertão central, sendo que o Maciço de Baturité é outra região problemática (GIOVANNI, 2013). O Estado do Ceará, por possuir a Caatinga como o seu principal bioma único e exclusivo do Brasil e ocupando 11% de seu território não mais encontramos em nenhum outro local. Na serra de Baturité existe uma grande riqueza de aves As
  • 20. 19 serras de Aratanha e Maranguape infelizmente não contam com inventário ornitológico disponível as contam como áreas importantes para a conservação das aves (ALBANO E GIRÃO, 2008). Conforme os autores (ROCHA et al., 2006), O tráfico de animais silvestres provoca um desequilíbrio populacional, sendo que a captura excessiva torna a segunda principal causa da redução populacional de várias espécies, perdendo apenas para a degradação e perda de habitat provocada pelo desmatamento. Quando o pássaro é capturado ele fica fora do processo reprodutivo, ficando incapacitado de deixar descendentes os que ponderar ocasionar o risco de extinção de algumas espécies. Perante os dados que foram divulgados, é preciso conhecer as espécies de aves mais traficadas não só na região do Cariri, mas como de todo Ceará, conhecer suas características individuais, com finalidade de fornecer subsídio para desenvolver a educação ambiental, formal e informal para que assim possamos manter o ambiente com sua fauna que ainda existe. (DESTRO et al, 2012). Segundo Rocha (2006), quando retiramos as aves do seu habitat natural estamos desrespeitando a natureza, pois mantendo essas aves em cativeiros estamos prejudicando seu processo reprodutivo natural e da teia alimentar a qual estava inserida no ambiente, sendo que retirando essas aves do seu convívio natural as mesmas ficam fáceis de adquirir doenças devido à convivência com outros pássaros e também há mudanças em sua ecologia. Diante desses problemas, é que se faz importante uma educação ambiental que leve a sensibilização da consciência da coletividade, de forma que os mesmos possam construir seus conhecimentos e agir responsavelmente. Desmatar leva à destruição dos ecossistemas e à extinção das espécies que neles vivem. É importante fazer com que os humanos compreendam que as mudanças de atitude, serão necessárias para reverterem esse quadro de destruição do meio ambiente do nosso planeta. 3.3 EXTINÇÕES DE ESPÉCIES No primeiro volume do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (BRASIL, 2010) há uma explanação sobre o significado das categorias da
  • 21. 20 IUCN (The World Conservation Union) para espécies extintas e ameaçadas, referentes à táxons para os quais não há mais o registro na natureza, onde são abordadas as definições e diferenças entre os termos Extinto, Extinto da Natureza e Ameaçada. Esta ainda se divide em três níveis: Criticamente em Perigo, Em Perigo e Vulnerável. A IUCN ainda apresenta outras categorias: Quase Ameaçada, Não Ameaçada e Deficiente em Dados. Serão abordadas neste trabalho as definições dos táxons que não existem registros na natureza. Assim, Extinto é quando se tem certeza que o último indivíduo daquele táxon morreu. Só se chega a essa conclusão em relação a uma espécie após exaustivo estudo da mesma considerando seu habitat e ciclo de vida. Extinto na Natureza é um táxon que se sabe que vive somente em cativeiro, cultivo ou em uma população inserida na natureza em um local diferente da sua área de ocorrência ascendente. E ameaçada é a espécie que corre o risco de ser extinta da natureza em determinado tempo (BRASIL, 2010). Existe uma evidente relação de custo e benefício entre os seres vivo do planeta quanto à vida em grupo, ou seja, ao comportamento social, o que pode ser um dos fatores relacionados ao processo de extinção. Tem-se enriquecimento do comportamento social quando os participantes, geralmente da mesma espécie, cooperam entre si e conseguem que suas taxas de sobrevivência e sucesso sejam maiores em relação aos indivíduos que vivem solitários. Fazendo um breve balanço, os custos da vida em grupo se resumem à maior exposição a doenças e parasitas, enquanto os benefícios são muitos, como êxitos nas caças. Os ancestrais dos humanos foram capazes de matar grandes mamíferos, o que não aconteceria se a missão fosse realizada por um só sujeito (PURVES et al., 2005). Até 2010 existiam apenas sete Estados brasileiros com elaborações de listas com espécies ameaçadas de extinção próprias do seu Estado e o Ceará não está entre eles. Esse é um dos fatores que implica na construção desse tipo de material didático, pois fica difícil listar as espécies em extinção do Brasil quando se têm cerca de 530 espécies de mamíferos, 1.800 de aves, 680 de répteis, 800 de anfíbios e 3.000 de peixes, fora os invertebrados (BRASIL, 2010). O Ceará não está isento dessa crescente erosão da biodiversidade, um dos mais sérios problemas a serem enfrentados pelos humanos no contemporâneo século. Na literatura supracitada há um mapa que demonstra a riqueza de espécies de vertebrados ameaçadas de extinção, no qual o Ceará tem partes indicadas como
  • 22. 21 não tendo espécies ameaçadas e a maioria do Estado está como se nas outras regiões houvesse apenas o número máximo de 20 espécies da fauna ameaçadas de extinção, quando se sabe que esses dados se devem ao fato de o conhecimento cientifico relacionado ser escasso na região (BRASIL, 2010). Além da importância evidente que todas as espécies têm, os presentes no Ceará merecem uma atenção especial, pois esse Estado nordestino é um dos privilegiados em ter como bioma a Caatinga, exclusivamente brasileiro (LEAL et al., 2003), o que implica que a extinção de uma espécie da Caatinga leva ao seu desaparecimento em todo o planeta. A urgente necessidade em criar uma política para conservação da biodiversidade da Caatinga fica clara quando se considera que, no bioma, há 24 unidades de conservação, segundo o site da ICMBio (Brasil, 2013) correspondentes a 7,1% da superfície total, porém, apenas cerca de 1,21% desse total são unidades de proteção integral (CAPOBIANCO, 2002) e que estimativas mostram que 30% da área do bioma já foi alterado pelo homem, principalmente em função da agricultura. Dado esse quadro, espera-se rápida perda de espécies únicas, eliminação de processos-chave nos sistemas ecológicos e formação de extensos núcleos de desertificação em vários setores da região (BRASIL, 2005). Toda essa problemática só leva a uma conclusão: algo deve ser feito para reverter o quadro de degradação de um bem tão precioso como a vida do planeta. 3.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL A escola é um local destinado à formação de cidadãos conscientes e capazes de mudar o meio em que vivem, logo é possível trabalhar na escola a formação de defensores do ambiente, e assim a formação de cidadãos conscientes culmina na possibilidade de reverter o quadro de destruição do planeta. A Educação Ambiental (EA) nas escolas, por meio de projetos que visem despertar a conscientização da sociedade sobre a presente situação do meio ambiente e sobre o que deverá acontecer se continuarmos seguindo nesse ritmo desenfreado de desenvolvimento insustentável, se faz necessário e a escola se propondo a idealizar e realizar esses projetos poderá dar uma parcela de grande contribuição não só para a comunidade escolar, mas para toda a sociedade.
  • 23. 22 Mas, afinal, por que se deve pensar na sociedade como um todo? Townsend, Bergon e Harper (2006) explicam que para buscar reverter à devastação é importante direcionar o pensamento além da preservação da natureza exclusiva e considerar os problemas socioeconômicos relacionados, já que a desigualdade social no planeta é real e está intimamente relacionada à insustentabilidade do planeta quanto à população humana. Esse pensamento faz paralelo com o que foi dito pela Secretaria de Educação Fundamental. A EA precisa levar em conta questões como energia, saúde, saneamento e educação, pois todas essas fazem parte da esfera humana. Implica ainda com o fato de a EA não ser tão facilmente aceita e desenvolvida por implicar na mobilização de melhorias profundas do ambiente e quando consegue atingir seus objetivos provoca alteração de conduta pessoal e a atitude e valores de cidadania que podem ter relevantes consequências sociais (BRASIL, 1998). Esse tema transversal está inserido nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) como meio ambiente (BRASIL, 1997). A EA deve ser desenvolvida para ajudar os estudantes a edificarem uma consciência global das questões referentes ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria. Para isso é importante que possam atribuir significado aquilo que aprendem sobre a questão ambiental. E esse significado é resultado da ligação que o aluno estabelece entre o que aprende e a sua realidade cotidiana (BRASIL, 2001). Muitas instituições preocupadas com a questão da preservação e extinção das espécies pressionam as autoridades a adotar leis mais rígidas, para a proteção das espécies ameaçadas de extinção (MATTOS, 2011). Dentro desse contexto, a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover o bem-estar social, a melhoria da qualidade de vida e enfatizar a importância da causa da preservação do meio ambiente são imprescindíveis dentro do âmbito escolar. Perante aos problemas ambientais específicos, como é o caso das espécies ameaçadas de extinção no Ceará, é que se faz necessária à educação ambiental na escola que trabalhe temas voltados para conscientização das questões ambientais voltada, principalmente, para extinção das espécies.
  • 24. 23 4 METODOLOGIA 4.1 TIPO DE PESQUISA Para a realização do estudo e analise do conhecimento dos alunos, foi escolhida, como metodologia, a abordagem quantitativa. A pesquisa quantitativa aplica-se à dimensão mensurável da realidade, origina-se na visão newtoniana dos fenômenos e transita com eficácia na horizontalidade dos extratos mais densos e materiais da realidade. Seus resultados auxiliam o planejamento de ações coletivas e produz resultados passíveis de generalização, principalmente quando as populações pesquisadas representam com fidelidade o coletivo (BIGNARDI, 2012). 4.2 CENÁRIO DA PESQUISA O estudo foi desenvolvido na Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA), no turno noite. A escola campo de pesquisa está localizada na Rua Monsenhor Coelho, s/nº, no Centro da cidade de Iguatu/CE. Possui 295 alunos com frequência regular, 301 alunos semipresenciais (não frequentam as aulas diariamente, mas vão à escola só tirar dúvidas e fazer as avaliações) e 36 funcionários no geral, e funciona das 07h30min às 21h 45min. Essa instituição de ensino tem por objetivo dar oportunidade de educação para jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental e/ou Médio na idade própria, apresentando diversas facilidades para seu público alvo como disponibilidade de matricula durante todo o ano letivo, e aulas presenciais e semipresenciais, progressão parcial (quando o aluno cursa apenas a(s) disciplina(s) em que ficou reprovado no ano anterior), circularidade de estudos (o aluno estuda cada disciplina da série a ser concluída por apostilas - Módulos – e faz as provas na instituição) e aproveitamento de estudos (o aluno aproveita as notas que obteve na prova do ENEM e em caso de não atingir a média em alguma disciplina cursará apenas estas) (BRASIL, 2012).
  • 25. 24 Diante desses aspectos percebe-se que a escola em questão tem grande responsabilidade perante a sociedade como um todo, pois atende um público bastante heterogêneo com habilidades e dificuldades bem distintas e, portanto, necessita apresentar várias aptidões para superar os desafios de ensino- aprendizagem que certamente surgem no cotidiano da instituição, precisando de muito apoio de outras entidades para alcançar seus objetivos na educação de jovens e adultos. 4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA O público alvo engloba os alunos e professores da escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA). Os estudantes apresentam idade que varia de 17 a 72 anos. Os instrumentais de coleta de dados foram aplicados com 104 alunos de quatro turmas de 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio do turno da noite. Os cinco professores participantes da pesquisa foram todos os professores que ministram aula de Biologia na referida escola, independentemente de serem ou não professores nas turmas supracitadas. Ao total foram aplicados 109 questionários. A escola campo de estudo foi escolhida por ser um ambiente familiar para a pesquisadora, pois além de conhecer bem os funcionários da instituição, a prática de Estágio Supervisionado foi por ela realizada no CEJA. É importante ressaltar que no CEJA o 2º e 3º anos são cursados em um só ano letivo e, portanto os alunos participantes da pesquisa no primeiro semestre cursavam as disciplinas do 2º e no segundo semestre as disciplinas do 3º ano. 4.4 COLETA DE DADOS Os dados foram coletados por meio de questionários estruturados com perguntas claras e objetivas, garantindo a uniformidade de entendimento dos entrevistados. Foram elaborados de forma heterogênea, sendo um questionário para os alunos (APÊNDICE A) e outro para os professores (APÊNDICE B) da escola campo de pesquisa.
  • 26. 25 Os questionários foram a base para formulação de uma palestra expositiva, ministrada pela pesquisadora do presente trabalho, e por um professor da rede municipal de Iguatu para os alunos e professores participantes, enfatizando as carências no conhecimento diagnosticado por meio dos questionamentos do instrumental. 4.5 ANÁLISES DE DADOS Os resultados foram obtidos através de análise às respostas dos questionários aplicados. Ao todo foram aplicados 109 questionários, sendo estes respondidos por 104 alunos e 05 professores. A análise dos dados obtidos foi feita através de estatística descritiva.
  • 27. 26 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 QUESTIONÁRIO DOS ALUNOS Os educandos participantes da pesquisa apresentavam idades bem distintas, entre 17 a 72 anos. Ao analisar as respostas dos alunos às questões propostas no questionário, observou-se que muitos deles apresentavam um conhecimento prévio sobre o que é a extinção de espécies ou quais animais encontram-se nesta situação. Grande parte deles afirmou que nas aulas de Biologia os professores trabalham a temática extinção das espécies sempre que possível. Primeiro foi direcionado o seguinte questionamento: Para você, o que é extinção de espécies? A partir da análise das respostas obtidas por meio do questionário, verificou-se que a maioria dos alunos considerou que tal problema ocorre quando a espécie “desaparece” e que isto “pode ocorrer por diversas causas” (figura 01). FIGURA 01: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Para você o que é extinção de espécies?”.
  • 28. 27 De acordo com Oliveira et al. (2006), existem várias causas que podem levar uma espécie à extinção ou ameaçá-las, como alterações climáticas, competições inter e intraespecífica, predação, barreiras geográficas, e a própria evolução, além da ação desenfreada dos seres humanos na natureza. Afinal, um dos maiores efeito nocivos para a biodiversidade é causada pela atividade humana; Consideramos a extinção de espécies o sexto maior evento desde o surgimento da vida no planeta. Considerando o conhecimento dos alunos sobre o que é extinção de espécies verifica-se que a maioria apresenta conhecimento prévio a respeito do assunto, pois responderam a opção correta, e apenas 2% responderam erroneamente ao questionamento. Ao analisar as respostas percebemos que os alunos já possuíam, se não um conhecimento significativo, uma visão ampla de que muitos animais estão sofrendo as consequências dos desastres ambientais. O fato de a maioria dos alunos ter marcado corretamente à pergunta pode ser justificado por conta do conhecimento que os mesmos adquiriram e adquirem na escola e também no meio em que estão inseridos, visto que este tema tem sido amplamente divulgado nos últimos anos nos diversos meios de comunicação. Quando questionados se nas aulas de Biologia a extinção é uma temática abordada pelo (a) professor (a), houve respostas diferenciadas. Verificou-se que 59% dos alunos mostraram que os professores trabalham sempre que possível o conteúdo extinção de espécie na sala de aula (figura 02).
  • 29. 28 FIGURA 02: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Nas aulas de Biologia, a extinção é uma temática abordada pelo (a) professor (a)?”. O professor através dos seus conhecimentos é visto como um mediador e facilitador da aprendizagem para os seus alunos. Diante desse percentual, podemos observar que o conteúdo vem sendo trabalhado pelos professores com os alunos da escola, fato considerado de fundamental importância para a preservação das espécies, uma vez que proporciona aos alunos conhecerem sobre o tema e consequentemente buscarem a preservação das mesmas. As respostas indicam que alguns alunos responderam que o tema extinção de espécies é trabalhado, mas raramente. Enquanto outros afirmaram que os docentes nas suas aulas de Biologia nunca abordam esse tema. Acredita-se que estas respostam divergentes devem-se ao fato dos questionários terem sido aplicados em quatro turmas diferentes e o conteúdo deve ter sido trabalhado em uma turma e não na outra. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), um dos princípios fundamentais para uma sociedade sustentável é respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos. Sendo outro princípio fundamental, e sem dúvida, seria um critério de sustentabilidade, é o de conservar a vitalidade e a diversidade do planeta Terra (DINIZ, 2005).
  • 30. 29 Quando perguntado aos alunos onde eles adquiriram o primeiro contato com o conhecimento sobre extinção das espécies, 50% responderam que obtiveram-no na escola (figura 03). Isso mostra que a entidade escolar continua sendo a principal multiplicadora dos conhecimentos referentes à Educação Ambiental. Mediante resposta dada pelos alunos vimos que a escola exerce um papel fundamental e de grande importância para o crescimento intelectual do aluno. Para este resultado tem-se, também, como contribuição o fato de ser comum a constância dos educandos na comunidade escolar no decorrer da vida e provavelmente a porcentagem não tenha sido maior porque parte desses alunos terem passado alguns anos sem frequentar a escola. 50% 47% 2% 1% Questão: 05.Onde você teve seu primeiro contato com o conhecimento sobre a extinção das espécies? Na escola Na televisão Na internet Com os amigos Figura 03: Respostas dos alunos do CEJA sobre o lugar onde primeiramente tiveram conhecimento com o tema extinção de espécies. Ainda sobre a questão anterior, 47% dos alunos responderam que obtiveram tal conhecimento através da televisão, assim verifica-se que esse meio de comunicação é fundamental para transmitir e disseminar informação sobre questões ambientais. Segundo Santos (2000), a televisão é um meio de comunicação mais utilizado pelas pessoas. Na referida questão os alunos da presente pesquisa responderam e avaliaram os meios de comunicação social como o meio de informação que mais os influenciou em matéria de problemas ambientais.
  • 31. 30 Observa-se que 2% dos alunos responderam que obtiveram os conhecimentos através da internet, também um meio de comunicação muito usado nos dias atuais, não só pelos estudantes, mas por toda sociedade. Esse meio de informação ganhou espaço na mídia, ocupando o primeiro lugar nas pesquisas e informações em geral. Todavia, obteve-se um percentual mínimo de 1% de alunos que tiveram seu primeiro contato, no tocante à extinção de espécies, com os amigos. Esses dados harmonizam-se com os resultados de pesquisas recentes: A internet é o segundo meio de comunicação usado mais frequentemente pelos brasileiros, atrás da televisão e à frente do rádio, segundo a primeira edição da "Pesquisa Brasileira de Mídia 2014 – Hábitos de Consumo de Mídia pela População Brasileira", divulgada nesta sexta-feira (7) e encomendada ao Ibope pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (BRAGA, 2014). Quando questionados se seus conhecimentos sobre a extinção das espécies era satisfatório, 55% responderam que sim, ou seja, os alunos mostraram familiaridade com o tema dos animais em extinção, como citado anteriormente, esse conhecimento é possível ter sido adquirido no âmbito escolar. (figura 04). Figura 04: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Você considera o seu conhecimento sobre a extinção das espécies satisfatório?”.
  • 32. 31 Pode-se verificar que 45 % dos alunos analisados apesar de possuírem uma trajetória de vida escolar a um bom tempo, julgam possuir conhecimento insatisfatório sobre o tema. Isso monstra que é de extrema importância desenvolver nas escolas uma educação ambiental adequada, no sentido de sensibilizar os educandos para a importância da biodiversidade e desenvolver uma consciência ecológica voltada para a criação de uma sociedade moderna, com valores e atitudes ambientalmente corretas. Ao serem questionados se o tema extinção deveria ser mais trabalhado nas aulas de Biologia, 96% responderam que sim, ou seja, os alunos mostraram-se interessados pelo tema, demonstrando a receptividade deles para trabalhar a EA incluindo a vertente da extinção, favorecendo a realização da palestra (figura 05). FIGURA 05: Respostas dos alunos do CEJA sobre a pergunta “Como aluno você acha que esse tema deveria ser mais trabalhado nas aulas de biologia?”. Partindo da ideia citada por Santos (2001) de que a escola é um espaço definido e significativo, onde as relações ensino/aprendizagem, interpessoais e profissionais necessitam de mudanças. Perceber-se que a sala de aula é um lugar onde o professor deve ser o intermediário de debates, instigando os alunos a se posicionarem frente às questões trabalhadas em sala.
  • 33. 32 É na escola que devemos dar oportunidades aos alunos a fazerem seus questionamentos, suas discussões, possibilitar a troca de conhecimentos e não simplesmente seguir uma lista de conteúdos descontextualizados da realidade do estudante e sim buscar uma ligação entre o que é trabalhado em sala de aula e o que é divulgado fora da sala de aula. (MÜLLER, 2002). No ensino de Ecologia, segundo DINIZ, (2005), a preservação da biodiversidade é capaz de provocar discussão de valores e ética ambiental, incluindo jeitos utilitários e os necessariamente éticos. Observou-se que um percentual de 4% dos estudantes acredita que o tema abordado não precisa ser mais trabalhado em aula. Isso possivelmente esteja relacionado ao fato de que alguns alunos não têm conhecimento do tema. Trabalhando essa temática em sala de aula os alunos poderiam ter outra postura diante dos problemas enfrentados no âmbito da biodiversidade, principalmente quanto à extinção das espécies do Estado do Ceará. Entretanto, verifica-se que a divulgação do tema na escola pesquisada ainda é ineficiente, à medida que os temas relacionados à preservação do meio ambiente apresentam um enfoque maior na Semana do Meio Ambiente (atividade que tem por finalidade apoiar a participação da comunidade nacional na preservação do patrimônio natural do País e efetiva-se na semana do dia 5 de junho, quando é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Nela são trabalhados diversos temas ambientais escolhidos de forma particular pela escola que a realiza), onde são trabalhadas datas comemorativas como dia da árvore entre outros, tornando essa temática com uma representatividade apenas maior nessas datas, não propiciando a continuidade do tema durante todo o ano letivo. Ao ser analisado as respostas dos alunos quanto à pergunta 08 (figura 06), percebemos que eles tinham conhecimento sobre as espécies que encontram- se ameaçadas de extinção no Estado do Ceará.
  • 34. 33 FIGURA 06: Respostas dos alunos do CEJA sobre a questão “Marque as alternativas que apresentam espécies ameaçadas de extinção (ou em extinção) no Estado do Ceará”. Avoante foi a alternativa mais marcada pelos educandos, 19%. Essa ave encontra-se ameaçada de extinção, mas ela não é natural da fauna cearense migrando em pontos dentro do Estado para se reproduzir. Em relação ao animal tatu bola, os alunos marcaram 16 % é uma espécie de animal que faz parte da nossa fauna cearense e encontra-se em sério risco de extinção. Todavia esse animal está na mira do desaparecimento, e para os ambientalistas, esse animal, só é encontrado na caatinga e cerrado do Brasil. Podemos através dessa mostrar ao mundo a nossa rica natureza e o nosso compromisso com a biodiversidade, sensibilizando o povo brasileiro para a necessidade de cuidado e proteção da natureza (NASCIMENTO, 2011). Sendo esse animal considerado o menor do Brasil, podendo medir, no máximo, 50 centímetros sendo considerado o mais ameaçado. Sua caça já o fez desaparecer de vários Estados, já que muitos apreciam sua carne, considerados uma iguaria (NASCIMENTO, 2011). Diante do conhecimento dos alunos eles assinalaram com 15% periquito- cara-suja. Essa espécie de ave também faz parte da nossa fauna cearense, que se encontra ameaçada de extinção. Essa espécie é considerada como “Criticamente
  • 35. 34 em Perigo” na lista nacional e internacional da fauna ameaçada (ALBANO e GIRÃO, 2008). A ave acima citada faz parte da nossa fauna cearense. É o periquito mais ameaçado de extinção das Américas. Sendo uma ave exclusivamente nordestina, já foi encontrada em outros Estados da região, porém devido à destruição de seu habitat (as florestas serranas nordestinas) e à captura ilegal para o tráfico de animais silvestres, acredita-se que sua distribuição esteja restrita atualmente ao Estado do Ceará, em apenas duas localidades, Serra de Baturité e Monólitos de Quixadá (LUGARINI, et.al. 2012). Durante análise dos questionários os alunos da escola campo de pesquisa assinalaram tartaruga-de-couro com 14%. É uma das espécies mais ameaçada de extinção no planeta, podendo ser encontrada nos Estados do Piauí e Maranhão, ou seja, na Região Nordeste. É a maior entre todas as espécies de tartarugas e é muito diferente das outras tanto em aparência quanto em fisiologia. Portanto fica evidente que essa espécie não faz parte do Estado do Ceará (MARCOVALDI, et al. 2011). No questionário resolvido pelos alunos, o peixe-boi-marinho foi assinalado com 13% essa espécie faz parte da fauna cearense, sendo que estão protegidas por leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, ele é protegido por lei desde 1967, sua caça com a comercialização de produtos derivados é crime que pode levar o infrator até dois anos de prisão (AGUILAR, 2007). Esses animais possuem hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento são muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados e encontram em risco de extinção (AGUILAR, 2007). Na analise dos alunos, o gato do mato ficou com um percentual de 12%. Essa espécie encontrar-se em extinção e faz parte da fauna cearense. Mediante as respostas dos alunos, verificou-se que os mesmos assinalaram com 11% o soldadinho do Araripe, essa espécie faz parte da fauna e encontra-se ameaçada de extinção no Estado do Ceará. Segundo Girão e Linhares (2011), essa espécie está entre as cem mais ameaçadas do planeta, possui aproximadamente 14 centímetros que vive apenas na Chapada do Araripe, no Ceará. Sua principal ameaça é a destruição do hábitat devido à expansão da agricultura, unidades de recreação e parques aquáticos.
  • 36. 35 Mediante levantamento de dados, feito através dos questionários, resolvidos pelos alunos na referida escola, observou-se que os docentes apresentavam um bom conhecimento, sobre o tema abordado. Segundo analise dos alunos fica evidente que os mesmos demostraram que tinham conhecimentos sobre a lista de animais que estão em extinção no contexto do Estado do Ceará. Depois dos dados coletados através dos questionários foi organizada uma palestra, para falar e mostrar os animais ameaçados de extinção no Ceará. Essa palestra aconteceu no estabelecimento de ensino campo de pesquisa. Nessa atividade usou-se uma metodologia expositiva através do data show, na qual foram comentadas, divulgadas e mostradas imagens coloridas dos animais que se encontram em extinção no nosso Estado, para alunos e professores. A palestra foi ministrada por um professor da rede municipal (figura 07), sendo esse evento um dos momentos mais atrativos para eles, pois alunos e professores participaram efetivamente da palestra com alguns deles relatando experiências pessoais ou conhecimentos relacionados ao tema. A discussão foi sempre incentivada, para aumentar o interesse a respeito do tema abordado.
  • 37. 36 FIGURA 07: Imagens da palestra realizada no CEJA sobre animais ameaçados de extinção no Estado do Ceará.. 5.2 QUESTIONÁRIO DOS PROFESSORES Em relação ao questionário aplicado aos professores verificou-se que os cinco moram na cidade de Iguatu. Os mesmos são professores da rede pública estadual e municipal da referida cidade. Quando os professores foram indagados sobre a sua formação 60% disseram que são Licenciados em Ciências Biológicas. Enquanto 20% são Bacharéis em Ciências Biológicas e 20% são Licenciados em Matemática e Física (figura 08). Com isso, percebe-se que a maioria dos professores são formados dentro da área da Biologia, eliminando a falta de afinidade na área como uma das causas de falha no desenvolvimento da temática ambiental em sala.
  • 38. 37 FIGURA 08: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Qual é a sua formação?”. O fato da maioria dos docentes serem formados em Biologia é um fator que contribui para que o tema da extinção de espécies seja trabalhado em sala de aula, visto que esse tema é estudado nos cursos de Biologia, assim os professores formados nessa área apresentam um maior domínio do assunto. Quando questionados sobre o tempo que ministram a disciplina Biologia, 60% dos professores responderam que ministram a mais de cinco anos, 20% trabalham a menos de um ano, e 20% trabalham de dois a cinco anos na sala de aula (figura 09). Isso mostra que os professores possuem uma boa experiência, dentro da sala de aula e, portanto já tiveram mais contato com a disciplina e Biologia e consequentemente com a educação ambiental, o que favorece o bom andamento dos trabalhos e aulas dentro desta temática.
  • 39. 38 FIGURA 09: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Há quando tempo você ministra a disciplina de Biologia?”. Com relação à temática Educação Ambiental, a maioria dos professores responderam que se identificaram com a mesma. Destes, 80% afirmaram se identificar com a temática e 20% não se identificam (figura 10). Para os docentes esse tema é de grande importância para conscientizar uma comunidade escolar sobre a importância da educação ambiental na melhoria da qualidade de vida. Provavelmente, os professores que não se identificam com a EA sentem- se dessa forma por não serem da área das Ciências Biologicas não tendo estudado melhor a temática, ou por preferirem as Ciências Exatas já que são licenciados em Matemática e Física.
  • 40. 39 FIGURA 10: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Você se identifica com a temática Educação Ambiental?”. Quando foram questionados se trabalham sobre a extinção de espécies nas suas aulas, 80% (figura 11) disseram que sim, sempre que possível. Pois trabalhando essa temática em sala de aula muito contribuirá a preservação do meio ambiente. Esse resultado mostra que a maioria dos professores ministra o tema nas suas aulas, assim têm a possibilidade de desenvolver trabalhos e projetos juntos a comunidade escolar dentro das áreas de ciências da natureza adquirindo conhecimentos e enriquecendo suas aulas. Contudo, pode-se observar (figura 11), que 20% dos professores trabalham raramente esse tema, isso mostra que, provavelmente, eles dão preferência aos conteúdos dos livros didáticos para serem trabalhados durante o ano letivo, desta forma acabam abordando menos a questão ambiental que é de grande importância para a preservação do meio ambiente. Segundo Barbosa (2008), é no sentido de promover a articulação das ações educativas voltadas às atividades de proteção, recuperação e melhoria sócio ambiental, e de potencializar a função da educação para as mudanças culturais e sociais, que se insere a Educação Ambiental no planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável.
  • 41. 40 FIGURA 11: Respostas dos professores do CEJA sobre a pergunta “Você trabalha sobre a extinção de espécie as suas aulas?”. Ao serem indagados se a escola em que trabalham incentiva os mesmos a desenvolver projetos de Educação Ambiental, todos responderam que sim. Esse resultado expressa a importância dada pelos gestores da escola para a realização de projetos voltados para Educação Ambiental na escola. Esses projetos são especialmente importantes porque a população mais jovem precisa saber da importância de serem trabalhados conteúdos voltados para o meio ambiente e também estar ciente de como as suas ações podem contribuir para a extinção das espécies. Perante tais situações, torna-se urgente criar condições para preservar o que ainda pode ser salvo. Portanto é necessário mobilizar conhecimentos científicos, sensibilizar políticos e despertar o interesse da população e de grandes lideranças. O contato com a natureza é uma experiência viva e será ingrediente essencial em tempos de crise. Mas de nada valeria se esse incentivo não atingisse também os professores, que são os verdadeiros multiplicadores no âmbito da Educação Ambiental formal (DELAZZERI, 2009). Ao providenciarmos atividades educacionais, nós não só estaremos educando as próximas gerações sobre o nosso planeta, mas nós também estaremos assegurando a sobrevivência dessas espécies que se encontram ameaçadas de
  • 42. 41 extinção. Portanto a educação é a maneira de dar uma voz a esses animais incríveis e lutar por eles (DULLEY, 2004). Quando indagados se projetos de Educação Ambiental desenvolvidos na escola podem contribuir para motivar os alunos a preservarem a extinção de espécies, 100% dos professores responderam que sim. Isso mostra que os professores tem consciência de que uma das formas de conscientizar os alunos sobre a preservação ambiental é através do desenvolvimento de projetos nas escolas. Para estes professores a aplicação de projetos de Educação Ambiental e o cuidado com o meio ambiente podem contribuir para a disseminação de conceitos que venham a priorizar o cuidado com o meio ambiente. Neste contexto, a Educação Ambiental vem viabilizar a compreensão e a sensibilidade da sociedade com a natureza, com o objetivo de minimizar a problemática sócio-ambiental, criando alternativas para melhorar a qualidade de vida e promover a sustentabilidade, procurando sensibilizá-la para os problemas ambientais existentes no nosso cotidiano. Assim, mais do que uma simples forma de transmitir informações e conhecimento sobre os recursos naturais, a Educação Ambiental é uma ferramenta indispensável à construção de novos valores e atitudes, voltados ao desenvolvimento de uma sociedade comprometida com a solução de seus problemas ambientais, proporcionando condições adequadas de sobrevivência para as atuais e futuras gerações (DULLEY, 2004). Verificou-se como resultado do presente trabalho que a maioria dos professores pesquisados trabalham sobre extinção das espécies em suas aulas e que se interessam pela temática. Quanto ao alunos, observou-se que eles possuem um conhecimento considerável sobre o tema e que desejam trabalhar mais a respeito da extinção. Tal interesse comprovou-se na efetivação da palestra realizada com as turmas, pois eles participaram efetivamente do momento fazendo perguntas e dando suas opiniões.
  • 43. 42 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o desenvolvimento dessa pesquisa ficou claro que tanto alunos como professores da Escola de Ensino Médio Centro de Educação de Jovens e Adultos Governador Luiz Gonzaga da Fonseca Mota (CEJA) possuem certo conhecimento a cerca do tema “Extinção das Espécies ameaçadas de extinção no Ceará”, porém, mediante as respostas obtidas nos questionários e no momento da palestra, observou-se que um parte dos pesquisados mostraram uma visão limitada sobre o tema, deixando clara a necessidade de envolver a comunidade escolar, a comunidade como um todo e a sociedade em projetos que visem a preservação das espécies bem como mais esclarecimentos sobre a importância da conservação do meio ambiente.
  • 44. 43 REFERÊNCIAS AGUILAR, C. V. C. Etnoconhecimento do peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis): uso tradicional por ribeirinhos na Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns e Floresta Nacional do Tapajós, Pará. 16 de mar de 2007. 86 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Pará, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Belém, 2007. ALBANO, C.; GIRÃO, W. Aves das matas úmidas das serras de Aratanha, Baturité e Maranguape, Ceará. Revista Brasileira de Ornitologia 16 (2): 142-154, junho de 2008. Aquasis – Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos. Colônia SESC Iparana, Caucaia. ARAGUAIA, M. Escola kids. Animais ameaçados de extinção. 2010. Disponível em: <www.escolakids.com/animais-em-extincao.htm>. Acesso em 24 de maio de 2013. BARBOSA.G.S; O Desafio do Desenvolvimento Sustentável, Revista Visões 4ª Edição, Nº4, Volume 1 - Jan/Jun 2008, Mestre pelo PROURB/ FAU/ Universidade Federal do Rio de Janeiro. BIGNARDI, A.C.F. Reflexões sobre a Pesquisa Qualitativa & Quantitativa: Maneiras complementares de apreender a Realidade, 2012. BRAGA, J. Segundo meio de comunicação mais usado é internet, aponta pesquisa: 26% usam internet diariamente, e 65% veem TV todos os dias, indica Ibope. Governo encomendou pesquisa que revela hábitos de consumo de mídia. G1. Brasília, 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/midia-e- marketing/noticia/2014/03/segundo-meio-de-comunicacao-mais-usado-e-internet- aponta-pesquisa.html>. Acesso em 09 de mar de 2014. BRASIL. Ministério da Educação. Educação como elemento indispensável para a transformação da Educação Ambiental. In: Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente: saúde, 3ª ed., Brasília: A secretária, 2001. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Análise das variações da Biodiversidade do bioma caatinga: suporte a estratégias regionais de conservação. Brasília/DF, 2005.
  • 45. 44 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. V.1. Brasília/DF, 2010. BRASIL. Secretaria da Educação Básica. Projeto Político Pedagógico. Iguatu/CE. 2012. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais/ Secretaria de Educação fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. CAPOBIANCO, J.P.R. Artigo base sobre os biomas brasileiros. In: CAMARGO, A.; CAPOBIANCO, J.P.R; OLIVEIRA, J.A.P. (Orgs.). Meio ambiente Brasil: avanços e obstáculos pós-Rio-92.Estação Liberdade/Instituto Socioambiental/Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2002. CARDOSO, Z.Z. A ligação histórica entre os Biomas Amazônia e Mata Atlântica através da Caatinga: Brejos e Altitudes. Monografia apresentada para obtenção do grau de Licenciatura em Ciências Biológicas Universidade de Brasília Instituto de Ciências Biológicas-IB, 2011. DELAZZERI. S; Educação Ambiental na Perspectiva dos Educandos do PROEJA do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Educação Especialização em Integração da Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Rio Grande do Sul – Campus Bento Gonçalves, 2009. DESTRO,G,F,G; PIMENTEL,L,T; SABAINI,M,R; BARRETO,R; Esforços para o combate ao tráfico de animais silvestres no Brasil (Publicação traduzida do original “Efforts to Combat Wild Animals Trafficking in Brazil. Biodiversity, Book 1, chapter XX, 2012” - ISBN 980-953-307-201-7) DIEGUES, A. C.; ARUDA, R. S. V. Saberes tradicionais e biodiversidades no Brasil. Brasília: Ministério do Meio Ambiente; São Paulo: USP, 2001. DINIZ. E.M; TOMAZELLO. M.G. C; Crenças e Concepções de Alunos do Ensino Médio sobre Biodiversidade: Um Estudo de Caso, 2005. Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP – PPGE – edna.diniz@ig.com.br -Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP – PPGE.
  • 46. 45 DULLEY.R.D; Noção de Natureza, Ambiente, Meio Ambiente, Recursos Ambientais e Recursos Naturais, Registrado no CCTC n. ASP-10/2004.Engenheiro Agrônomo, Doutor, Pesquisador Científico do Instituto de Economia Agrícola. Agric. São Paulo, São Paulo, v. 51, n. 2, p. 15-26, jul./dez. 2004. . GIOVANNI, S; Terra Qualidade de Vida, Mobilidade e Segurança nas Cidades Editora Universitária da UFPB: João Pessoa, Paraíba ,2013. LEAL, I.R; TABARELLI, M.; SILVA, J.M.C. Ecologia e Conservação da Caatinga. Universidade Federal de Pernambuco Recife – Ed. Universitária da UFPE, 2003. 822 p.: il., fotos, mapas, gráf., tab. LEEUWESTEIN, L. AQUABIO Diagnóstico Institucional e Legal. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas. Brasília, 2005. LEWINSOHN, T. M.; PRADO, P. I. Síntese do conhecimento atual da biodiversidade brasileira. In: LEWINSOHN, T. M. (coord.). Avaliação do estado do conhecimento da biodiversidade brasileira. Vol. I. Brasília, Ministério do Meio Ambiente. 2006. LUGARINI.C; HORIZONTAL.D. Sumário Executivo do Plano de Ação Nacional Para a Conservação das Aves da Caatinga. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, abril. Fontes dos dados: IBGE, ICMBio, CEMAVE, IAP, FATMA, SEMA-RS. 2012. LUZ, C, F, S.; SOUZA, M, L.; DUARTE, A, C, S.; CHAGAS, R, J. ; As Concepções Sobre a Caatinga em um grupo de Professores da Rede Municipal de Iramaia – Bahia VII. ENPEC Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências Florianópolis, 8 de novembro de 2009. ISSN 21766940 MARCOVALDI. M.A.A.G. D; SANTOS. A.S. D; SALES. G; Plano de Ação Nacional Para Conservação das Tartarugas Marinhas. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Diretoria de Pesquisa, Avaliação e monitoramento da biodiversidade coordenação Geral de manejo para conservação. Brasília, 2011 MARQUES, A. A. B.; FONTANA, C. S.; VÉLEZ, E.; BENCKE, G. A.; SCHNEIDER, M.; REIS, R. E. Lista de referência da fauna ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul. Decreto nº 41.672, de 11 de junho de 2002. Porto Alegre: FZB/MCT-PUCRS/PANGEA, 2002. 52p. MATTOS, L. M. Biotecnologia em reprodução assistida na preservação de animais silvestres em extinção. Brasília, 2011. (Monografia).
  • 47. 46 MÜLLER. L.S; A Interação Professor - Aluno No Processo Educativo, INTEGRAÇÃO ensino – pesquisa – extensão. Novembro/2002. NASCIMENTO. J.L; CAMPOS. I.B. Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada De Extinção Em Unidades De Conservação Federais. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Brasília, 2011. OLIVEIRA, T.P.R.; LIRA, V.F.; ARAÚJO, M.R.; BAPTISTA, R.R.N.; BEZERRA, B.M.; SOUZA, J.R.B.; VASCONCELOS, S.D.; Conhecimento dos bacharelandos em Ciências Biológicas (UFPE) sobre animais ameaçados de extinção do Nordeste do Brasil. ABR./MAI./JUN.2006. ANO XII, Nº45. 125-130 INTEGRAÇÃO, 2006. PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H.; HELLER, H. C. Vida: a ciência da biologia. 6.ed. – Porto Alegre: Artmed, 2005. 3v. ROCHA, M.S.P.; CAVALCANTI, P.C.M.; SOUSA, R.L.; ALVES, R.R.N.; Aspectos da Comercialização Ilegal de Aves nas Feiras Livres de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Revista de Biologia e Ciências da Terra ISSN 1519-5228 Volume 6- Número 2 - 2º Semestre 2006. RODRIGO, C.; NEVES, F.; LIGEIRO, G.; ZANATTA, J. MATERIA JORNALÍSTICA: Projeto extinção e a Libertação Animal. 2011. Disponível em: <projetoextinção.blogspot.com.br>. Acesso em 20 de abr de 2013. RUSCHMANN, D. V. M. Turismo e planejamento sustentável. São Paulo: Papirus, 1997. SANTOS, F. P. JUS navigandi. Meio ambiente e poluição, 2003. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/4753/meio-ambiente-e-poluicao>. Acesso em 05 de mar de 2013. SANTOS, L.C.S; A Tevê Como Meio de Comunicação de Massa de Modelar Crianças. Movendo Ideias, Belém, v. 5, n. 8, p.62 - 66, dez. 2000. SANTOS. S.C; O processo de ensino-aprendizagem e a relação professor- aluno: aplicação dos sete princípios para a boa prática na educação de ensino superior. Caderno de Pesquisas em administração, São Paulo, v.08, nº 1, janeiro/março 2001. SILVA, L. C. B.; CAVALCANTI, G. M. D. Desenvolvendo o olhar crítico-reflexivo dos alunos sobre animais em extinção. VI Colóquio Internacional: educação e contemporaneidade. São Cristovão/SE, 2012.
  • 48. 47 TOWNSEND, C. R.; BERGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos em ecologia. Tradução MOREIRA, G. R. P. GANADE, G. M. S.; BICCA-MARQUES, J. C.; OLIVEIRA, P. L.; HARTZ, S. M. – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2006. 592 p. ZAGO,D.C. Animais da fauna silvestre mantidos como animais de estimação. (Monografia de Especialização do Programa de Pós Graduação em Educação Ambiental). Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil, 2008.
  • 49. 48 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS GOVERNADOR LUIZ GONZAGA DA FONSECA MOTA (CEJA). UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 01. Qual é a sua idade? ________________________________________________________________ 02. Onde você nasceu? ( ) Iguatu ( ) Outra cidade no Estado do Ceará ____________________________________ ( ) Em um município fora do Estado do Ceará pertencente à região Nordeste do Brasil ( ) Em um munícipio que não pertence à região do nordeste do Brasil 03. Para você, o que é extinção de espécies? ( ) deixar uma determinada espécie de lado, sem cuidados. ( ) é o desaparecimento total de espécies, como animais, plantas, e pode ocorrer por diversas causas. ( ) diferenciar uma espécie das outras. 04. Nas aulas de Biologia, a extinção é uma temática abordada pelo(a) professor(a)? ( ) Nunca ( ) Sim, sempre que possível. ( ) Sim, mas raramente.
  • 50. 49 05. Onde você teve o primeiro contato com o conhecimento sobre a extinção das espécies? ( ) na escola. ( ) na televisão. ( ) na internet. ( ) com os amigos. 06. Você considera o seu conhecimento sobre a extinção das espécies satisfatório? ( ) Sim. ( ) Não. 07. Como aluno você acha que esse tema deveria ser mais trabalhado nas aulas de Biologia? ( ) Sim. ( ) Não. 08. Marque as alternativas que apresentam espécies ameaçadas de extinção (ou em extinção) no Estado do Ceará. ( ) avoante ( ) tatu-bola ( ) soldadinho-do-araripe ( ) gato do mato ( ) peixe-boi marinho ( ) tartaruga-de-couro ( ) periquito-cara-suja
  • 51. 50 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS GOVERNADOR LUIZ GONZAGA DA FONSECA MOTA (CEJA). UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 01. Qual é a sua formação? ( ) Licenciado em Ciências Biológicas ( ) Bacharel em Ciências Biológicas ( ) Licenciado em Pedagogia ( ) Outros/especifique ______________________________________________ 02. Há quanto tempo você ministra a disciplina de Biologia? ( ) Menos de um ano ( ) De dois a cinco anos ( ) Mais de cinco anos 03. Você se identifica com a temática Educação Ambiental? ( ) Sim ( ) Não 04. Você trabalha sobre a extinção de espécies nas suas aulas? ( ) Nunca. ( ) Sim, sempre que possível. ( ) Sim, mas raramente.
  • 52. 51 05. Há incentivo da escola para a temática ambiental ser trabalhada com os alunos? ( ) Sim. ( ) Não. 06. Quando a Educação Ambiental é trabalhada em sala como os alunos reagem? ( ) gostam bastante. ( ) participam mostrando interesse e curiosidades. ( ) não se interessam muito. ( ) não apresentam nenhum interesse. 07. Você acredita que trabalhar o tema extinção das espécies do nosso Estado pode levar os alunos a se preocuparem e se envolverem com o processo de conservação dessas espécies já ameaçadas e das outras no geral? ( ) Sim. ( ) Não.