O documento descreve a história da educação de surdos desde a antiguidade até o século XIX. Os surdos eram maltratados e considerados incompetentes em muitas sociedades antigas. No século XVI, a primeira escola para surdos foi estabelecida na Espanha. No século XVIII, métodos orais e de linguagem de sinais foram desenvolvidos. No Congresso de Milão em 1880, o método oral foi adotado oficialmente, banindo a linguagem de sinais.
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
História dos surdos e oralismo
1. Universidade Estadual de Goiás - UnUCET
Ciências Biológicas - Licenciatura
HISTÓRICO DOS SURDOS (PRÉ –
CONGRESSO DE MILÃO) E ORALISMO
Acadêmicos: Kamila Souto Leichtweis
Núbia Carla S.Silva
Vinícius Costa e Silva
Disciplina:LIBRAS
Prof.: Kilber Siqueira Gomes
Anápolis
2014
2. História dos Surdos
Segundo Eriksson (1998), existem várias histórias que
explicam o surgimento e o desenvolvimento do conceito de
surdo no mundo.
A história da educação de surdos permite constatar que
são diferentes as concepções de surdez e de sujeito surdo
permearam a escolha das abordagens usadas na educação
do surdo.
3. A SURDEZ NA HISTÓRIA
Antiguidade
Os gauleses os
sacrificavam ao deus
Teutates por ocasião da
Festa do Agárico.
Em Esparta os surdos
eram jogados do alto
dos rochedos.
Em Atenas eram
rejeitados e
abandonados nas
praças públicas ou nos
campos.
Os surdos não eram
considerados seres
humanos competentes.
Diziam que sem a fala
não se desenvolveria o
pensamento.
Aristóteles falava que a
linguagem era o que
dava condição de
humano ao indivíduo.
4. A SURDEZ NA HISTÓRIA
Antiguidade
Na Grécia, os surdos
eram tratados como
incompetentes, os
romanos tinham idéias
semelhantes
Na Turquia serviam
como bobos e a Igreja
Católica, através de
Santo Agostinho,
apontava que era uma
forma de punição aos
pais terem filhos surdos.
Na Idade Média, a
Igreja afirmava que os
surdos não possuíam
alma por não falarem os
sacramentos.
5. A SURDEZ NA HISTÓRIA
Antiguidade
Os surdos foram
maltratados ao longo da
história. Foram vítimas
de extermínio e
segregação pois eram
olhados como uma
aberração.
No Egito os surdos
eram adorados mas na
China, por exemplo,
eram atirados ao mar.
Os surdos, nas
sociedades antigas não
possuíam direitos pelo
fato de não conseguirem
exprimir suas vontades.
6. A SURDEZ NA HISTÓRIA
Antiguidade Sec. XVI
A surdez foi por muito
tempo vista como um
problema filosófico,
social e religioso.
Somente na Idade
Moderna que surgiram
as primeiras
preocupações com a
educação do surdo.
Pedro Ponce de Leon
Monge beneditino católico,
estabeleceu a primeira
escola do Mundo para
pessoas surdas perto de
Madrid.
Ensinou aos surdos
primeiro a escrever
mostrando-lhes o objecto,
depois vocalizavam as
palavras a que
correspondiam.
7. A SURDEZ NA HISTÓRIA
Sec. XVIII
Carlos Michel de L´Epee, ficou
famoso na Europa devido ao seu
trabalho com os surdos.
Reconheceu o valor da Língua
Gestual dos surdos.
Samuel Heinicke, os seus
métodos eram estritamente orais.
Opôs-se fortemente à utilização
da linguagem de signos.
Na segunda metade do século XVIII,
se deu a criação da primeira Escola
Pública para Surdos em Paris.
No convívio com os surdos, o abade
L’Epée percebe que os gestos
cumpriam as mesmas funções das
línguas faladas e, portanto,
permitiam uma comunicação efetiva
entre eles.
(SILVA, 2006)
8. A SURDEZ NA HISTÓRIA
Idade Conteporânea Sec. XIX
Thomas Hopkins Gallaudet , juntamente com
Laurent Clerc, fundou a primeira escola de
surdos na América. Depois de ter aprendido os
métodos de ensino com Sicard.
Em 1872, no Congresso de Veneza, decidiu-se
que o meio humano para a comunicação do
pensamento é a língua oral.
Na Conferência de Milão, em 1880, decidiu-se
que o uso da língua falada, no ensino e
educação dos surdos. Foi abolida a Língua
Gestual. Foi um momento negro na história dos
surdos.
A Idade Contemporânea, por
sua vez, tem inúmeros
educadores que se dedicam a
anali-sar e elaborar métodos
de ensino aos surdos.
9. Oralismo - Filosofia Oralista
• Metodologia defendida em 1880, no “Congresso
Internacional de Educação de Surdos” em
Milão/Itália
• Neste congresso, Alexander Grahan Bell, defendeu
que o ensino dos surdos deve ocorrer,
exclusivamente pelo método oral.
10. Oralismo - Filosofia Oralista
• Desenvolver a fala do surdo, pois a língua falada era
considerada essencial para comunicação e
desenvolvimento integral das crianças surdas.
• Estudiosos acreditam que, para criança surda se
comunicar é necessário que ela saiba oralizar.
(Goldfield, 1997)
11. Oralismo - Filosofia Oralista
• O método permitiria o surdo desenvolver-se
emocional, social e cognitivamente do modo
mais normal possível, integrando-se como um
membro produtivo do mundo dos ouvintes.
(Capovilla, 2000)
12. Oralismo - Filosofia Oralista
• Essa aprendizagem levaria a criança surda a
integrar-se na comunidade ouvinte,
desenvolvendo a sua personalidade como a de
alguém que ouve.
• Reabilitação da criança normalidade.
(Goldfield, 1997)
13. Oralismo - Filosofia Oralista
Para Dorziat (1997), as técnicas mais utilizadas no
método Oralista são:
• Treinamento auditivo;
• Desenvolvimento da fala;
• Leitura labial;
14. Oralismo - Filosofia Oralista
Para obter um bom resultado da
educação oral:
• Envolvimento e dedicação: criança,
família e escola;
• Início da reabilitação o mais precoce
possível;
• Não oferecer outro meio de
comunicação que não seja oral.
15. Oralismo - Filosofia Oralista
• Participação ativa da mãe.
• Profissionais especializados:
fonoaudiólogo e pedagogo.
• Aparelho de amplificação
sonora
16. Oralismo - Filosofia Oralista
• Entretanto, quando a criança nasce surda o fato de
não ouvir impossibilita a assimilação das palavras em
seus cérebros.
• Como o surdo não tem palavra em sua mente,
somente pode aprender por meio de sinais que
assimilam pelo contato visual
17. Oralismo - Filosofia Oralista
• O oralismo, portanto consiste em fazer com
que a criança receba a linguagem oral através
da leitura orofacial e amplificação sonora,
enquanto se expressa através da fala.
• Gestos, Língua de Sinais e alfabeto digital são
expressamente proibidos.
18. CURIOSIDADES
Personalidades
Todo mundo conhece a
Alexander Graham Bell
e sua invenção: o
telefone. O que não se
conhece tão bem são
seus nexos com a
comunidade surda.
19. REFERÊNCIAS
• ANDRADE, A. M. D.; LUCCAS, M.; SPONCHIADO, D. MOURA, M. C. O surdo:
caminhos para uma nova identidade. Rio de Janeiro: Revinter/Fapesp, 2000.
Perspectiva, Erechim. v.34, n.128, dezembro/2010. Disponível em: <
http://www.uricer.edu.br/new/site/pdfs/perspectiva/128_147.pdf>. Acesso em
29 mai. 2014.
• ERIKSSON, Per. The History of Deaf People. Sweden: Daufr, 1998.
• GOLDFELD, M. A criança surda. São Paulo: Pexus, 1997
• MOURA, Maria Cecília de. O surdo: caminhos para uma nova Identidade. Rio de
Janeiro: Revinter, 2000.
• SILVA, V. Educação de surdos: uma releitura da primeira escola Pública para
surdos em Paris e do Congresso de Milão em 1880. In: QUADROS, R. M. D. (Org.).
Estudos surdos I. ed. Arara-Azul LTDA, Petrópolis – RJ 2006, 324 p. Disponível em:
< http://www.editora-arara-azul.com.br/ParteA.pdf>. Acesso em 29 mai. 2014.