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Séculos XVI a XVIII
Século XVI – (Surgem os primeiros educadores)
 Educação dos filhos de nobres;
 Pedro Ponce Léon (1520-1584) – desenvolveu um
método de educação de Surdos baseado na datilologia
(representação manual das letras do alfabeto), escrita e
oralização, e criou uma escola para surdos;
 Ensinar os Surdos a falar;
 Direito à herança;
 Juan Pablo Bonet publicou o livro como “o inventor da
arte de ensinar os Surdos a falar” por meio de alfabeto
manual, da escrita e da língua gestual, ensinava a
leitura ao surdo, e através da manipulação dos orgãos
articulatórios, ensinava-os a falar.
Século XVIII (Época de ouro)
 Abade L´Epée criou a primeira escola pública para
surdos.
 Considerou os Surdos como humanos;
 Através do Abade, houve a difusão da Língua Gestual
rancesa para outros países
Juan Pablo Bonet (1573-1633)
O Juan Pablo Bonet foi um padre espanhol, educador e
pioneiro na educação de surdos.
Bonet publicou o primeiro livro sobre a educação dos surdos
em 1620, em Madrid, com o título Redução das Letras e Arte de
Ensinar a Falar os Mudos. Foi educador de Luís Velasco, um
surdo, filho de Juan Fernandez Velasco, Condestável de
Castela, para quem Bonet era secretário particular.
O seu método, ao ensinar surdos, explicava que seria mais fácil
ensinar o surdo a ler, se fosse usado um alfabeto manual
(datilologia). Um desses alfabetos já existia há cerca de 30 anos.
No entanto, apesar do uso do alfabeto manual, Bonet proibia o
uso da língua gestual.
O Livro de Bonet atraiu as atenções de intelectuais europeus
para a causa dos surdos, como por exemplo Jacob Rodrigues
Pereira, Amman e Wallis.
Jacob Rodrigues Pereira (1715-1780)
Jacob Rodrigues Pereira foi educador de surdos, francês,
que embora usasse gestos, defendia que os surdos deveriam
ser oralizados.
Nascido em 1715 nas Berlengas no seio de uma família judia
com raízes em Chacim, Macedo de Cavaleiros, emigrou
ainda criança para Bordeaux levado pelos pais, Magalhães
Rodrigues Pereira e Abigail Ribea Rodrigues, que tentavam
escapar à Inquisição.
Tinha uma irmã surda. Para se comunicar com ela, ele criou
gestos para números e pontuação.
Foi em França que desenvolveu o seu trabalho com surdos.
Usava o alfabeto manual para o ensino da fala.
Nunca publicou seus estudos, sendo que apenas se
conhecem os seus métodos devido ao testemunho de
alguns de seus alunos e alguns documentos que a
família conseguiu preservar - esses métodos
consistiam na crença de que a configuração da mão
designava a posição e o movimentos dos órgãos de
fala aquando da produção do som, além das letras
usadas na escrita para representar o som.
Modificou o alfabeto manual de Juan Pablo Bonet,
fazendo corresponder a cada gesto, um som.
Embora toda a vida tenha defendido que a fala era
necessária ao surdo, nos últimos anos aceitou a ideia
de que a língua Gestual era a melhor forma de
comunicação entre surdos.
Charles-Michel de l'Épée nasceu numa família
abastada em Versailles, que era na altura o mais
poderoso reino da Europa. Estudou para ser padre
católico, mas foi-lhe negada a ordenação, em
resultado da sua recusa em negar o Jansenismo, um
popular movimento de reforma religiosa da época.
Então, estudou direito, mas pouco depois foi
designado abade.
Épée voltou a sua atenção para obras de caridade
para os pobres, e uma altura, numa zona pobre de
Paris, teve oportunidade de encontrar duas jovens
irmãs, surdas, que se comunicavam através da
língua gestual. Épée decidiu, então, dedicar-se à
salvação dos surdos e, em meados na década de
1750, fundou um abrigo, que ele próprio sustentava
a nível particular e privado. Em consequência das
teorias filosóficas que emergiam na época.
O seu método de educação centrava-se no uso de
gestos, baseando-se no princípio de que "ao surdo-
mudo deve ser ensinado através da visão aquilo que às
outras pessoas, é ensinado através da audição".
Épée reconheceu que já existia uma comunidade surda
em Paris, mas via a sua língua (Antiga Língua Gestual
Francesa) como primitiva, sem gramática.
Embora tenha aconselhado professores ouvintes a
aprender a língua gestual para o uso no ensino aos
estudantes surdos, ele próprio não usava a língua
gestual nas suas aulas. Ao contrário, ele desenvolveu
um método usando algum léxico da língua gestual,
combinado com gestos inventados, que representavam
as terminações verbais, artigos e verbos auxiliares da
língua francesa.
Épée, em menos grau, também usou o oralismo e
a leitura labial com os seus alunos.
O que diferencia l'Épée dos educadores de surdos antes
dele, foi ter permitido que os seus métodos e o acesso às
suas aulas fossem abertos ao público e a outros
educadores. Em resultado desta abertura, tanto quanto
ao seu sucesso, os seus métodos influenciaram toda a
educação de surdos. Épée também estabeleceu
programas de ensino para estrangeiros que pretendiam
levar os métodos de ensino para o seu próprio país, tendo,
deste modo, contribuído para a abertura de imensas
escolas ao redor do mundo. Laurent Clerc, surdo, aluno
na escola de l'Épée, foi co-fundador da primeira escola de
surdos da América do Norte, e levou com ele a língua
gestual que formou as bases ao aparecimento da ASL e,
inclusive, do alfabeto manual da ASL.
 Criação do Instituto nacional de Surdos-mudos, em Paris - a primeira escola de
surdos do mundo.
 Atribuição do estatuto de ser humano, ao surdo.
 Passagem da educação individual para ensino coletivo.
 Tentar ensinar o surdo a falar é perda de tempo - deve--se usar esse tempo
ensinando ao surdo a língua gestual.
 Demonstrações sobre a língua gestual aos nobres, filósofos e educadores da época,
mostrando o valor e a riqueza da mesma.
MITOS SOBRE L´EPÉE
• Abade L´Epée é muitas vezes descrito como o inventor da língua gestual, mas na
verdade, foram os surdos que lhe ensinaram a língua.
• É também citado como o inventor do alfabeto manual, unimanual.

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  • 1.
  • 2. Séculos XVI a XVIII Século XVI – (Surgem os primeiros educadores)  Educação dos filhos de nobres;  Pedro Ponce Léon (1520-1584) – desenvolveu um método de educação de Surdos baseado na datilologia (representação manual das letras do alfabeto), escrita e oralização, e criou uma escola para surdos;  Ensinar os Surdos a falar;  Direito à herança;
  • 3.  Juan Pablo Bonet publicou o livro como “o inventor da arte de ensinar os Surdos a falar” por meio de alfabeto manual, da escrita e da língua gestual, ensinava a leitura ao surdo, e através da manipulação dos orgãos articulatórios, ensinava-os a falar. Século XVIII (Época de ouro)  Abade L´Epée criou a primeira escola pública para surdos.  Considerou os Surdos como humanos;  Através do Abade, houve a difusão da Língua Gestual rancesa para outros países
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  • 7. Juan Pablo Bonet (1573-1633) O Juan Pablo Bonet foi um padre espanhol, educador e pioneiro na educação de surdos. Bonet publicou o primeiro livro sobre a educação dos surdos em 1620, em Madrid, com o título Redução das Letras e Arte de Ensinar a Falar os Mudos. Foi educador de Luís Velasco, um surdo, filho de Juan Fernandez Velasco, Condestável de Castela, para quem Bonet era secretário particular. O seu método, ao ensinar surdos, explicava que seria mais fácil ensinar o surdo a ler, se fosse usado um alfabeto manual (datilologia). Um desses alfabetos já existia há cerca de 30 anos. No entanto, apesar do uso do alfabeto manual, Bonet proibia o uso da língua gestual. O Livro de Bonet atraiu as atenções de intelectuais europeus para a causa dos surdos, como por exemplo Jacob Rodrigues Pereira, Amman e Wallis.
  • 8. Jacob Rodrigues Pereira (1715-1780) Jacob Rodrigues Pereira foi educador de surdos, francês, que embora usasse gestos, defendia que os surdos deveriam ser oralizados. Nascido em 1715 nas Berlengas no seio de uma família judia com raízes em Chacim, Macedo de Cavaleiros, emigrou ainda criança para Bordeaux levado pelos pais, Magalhães Rodrigues Pereira e Abigail Ribea Rodrigues, que tentavam escapar à Inquisição. Tinha uma irmã surda. Para se comunicar com ela, ele criou gestos para números e pontuação. Foi em França que desenvolveu o seu trabalho com surdos. Usava o alfabeto manual para o ensino da fala.
  • 9. Nunca publicou seus estudos, sendo que apenas se conhecem os seus métodos devido ao testemunho de alguns de seus alunos e alguns documentos que a família conseguiu preservar - esses métodos consistiam na crença de que a configuração da mão designava a posição e o movimentos dos órgãos de fala aquando da produção do som, além das letras usadas na escrita para representar o som. Modificou o alfabeto manual de Juan Pablo Bonet, fazendo corresponder a cada gesto, um som. Embora toda a vida tenha defendido que a fala era necessária ao surdo, nos últimos anos aceitou a ideia de que a língua Gestual era a melhor forma de comunicação entre surdos.
  • 10. Charles-Michel de l'Épée nasceu numa família abastada em Versailles, que era na altura o mais poderoso reino da Europa. Estudou para ser padre católico, mas foi-lhe negada a ordenação, em resultado da sua recusa em negar o Jansenismo, um popular movimento de reforma religiosa da época. Então, estudou direito, mas pouco depois foi designado abade. Épée voltou a sua atenção para obras de caridade para os pobres, e uma altura, numa zona pobre de Paris, teve oportunidade de encontrar duas jovens irmãs, surdas, que se comunicavam através da língua gestual. Épée decidiu, então, dedicar-se à salvação dos surdos e, em meados na década de 1750, fundou um abrigo, que ele próprio sustentava a nível particular e privado. Em consequência das teorias filosóficas que emergiam na época.
  • 11. O seu método de educação centrava-se no uso de gestos, baseando-se no princípio de que "ao surdo- mudo deve ser ensinado através da visão aquilo que às outras pessoas, é ensinado através da audição". Épée reconheceu que já existia uma comunidade surda em Paris, mas via a sua língua (Antiga Língua Gestual Francesa) como primitiva, sem gramática. Embora tenha aconselhado professores ouvintes a aprender a língua gestual para o uso no ensino aos estudantes surdos, ele próprio não usava a língua gestual nas suas aulas. Ao contrário, ele desenvolveu um método usando algum léxico da língua gestual, combinado com gestos inventados, que representavam as terminações verbais, artigos e verbos auxiliares da língua francesa. Épée, em menos grau, também usou o oralismo e a leitura labial com os seus alunos.
  • 12. O que diferencia l'Épée dos educadores de surdos antes dele, foi ter permitido que os seus métodos e o acesso às suas aulas fossem abertos ao público e a outros educadores. Em resultado desta abertura, tanto quanto ao seu sucesso, os seus métodos influenciaram toda a educação de surdos. Épée também estabeleceu programas de ensino para estrangeiros que pretendiam levar os métodos de ensino para o seu próprio país, tendo, deste modo, contribuído para a abertura de imensas escolas ao redor do mundo. Laurent Clerc, surdo, aluno na escola de l'Épée, foi co-fundador da primeira escola de surdos da América do Norte, e levou com ele a língua gestual que formou as bases ao aparecimento da ASL e, inclusive, do alfabeto manual da ASL.
  • 13.  Criação do Instituto nacional de Surdos-mudos, em Paris - a primeira escola de surdos do mundo.  Atribuição do estatuto de ser humano, ao surdo.  Passagem da educação individual para ensino coletivo.  Tentar ensinar o surdo a falar é perda de tempo - deve--se usar esse tempo ensinando ao surdo a língua gestual.  Demonstrações sobre a língua gestual aos nobres, filósofos e educadores da época, mostrando o valor e a riqueza da mesma. MITOS SOBRE L´EPÉE • Abade L´Epée é muitas vezes descrito como o inventor da língua gestual, mas na verdade, foram os surdos que lhe ensinaram a língua. • É também citado como o inventor do alfabeto manual, unimanual.

Notas do Editor

  1. http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://audibelrecife.spaceblog.com.br/37588/HISTORICO-DA-EDUCACAO-DE-SURDOS-NO-BRASIL-E-NO-MUNDO/