O documento descreve os mecanismos de ação e resistência dos antibióticos aminoglicosídeos e sulfas + trimetoprim. Os aminoglicosídeos inibem a síntese de proteínas nas bactérias, enquanto as sulfas e o trimetoprim interferem na síntese do ácido fólico, essencial para o crescimento bacteriano. Os principais usos clínicos incluem infecções do trato urinário, septicemias e meningites.
3. Aminoglicosídios – Mecanismos
de Ação
Função Principal: Inibição da Síntese Protéica:
(JEWETZ, 1989)
Jewetz (1989) define estes em 4 etapas:
1ª etapa: Ligação de um aminoglicosídios a uma
proteína receptora específica, localizada na subunidade
30 S do ribossoma microbiano inibindo a síntese
protéica ou produzindo proteínas defeituosas.
2ª etapa: Bloqueio da atividade da formação do
peptídio.
4. Aminoglicosídios – Mecanismos
de Ação
3ª etapa: O aminoácido “errado” é inserido no
peptídio, resultando em uma proteína não
funcional.
4ª etapa: A ligação do aminoglicosídio resultaria
na quebra dos polissomas e separando em
monossomas incapazes de sintetizar proteínas.
5. Aminoglicosídios – Mecanismos
de Ação
São antibióticos bacteriostáticos.
Nos aminoglicosídios os mecanismos de resistência
bacteriana são: Alteração dos receptores e Alteração
do transporte de antibióticos. (KONEMAN et al.,
2010).
6. Aminoglicosídios – Mecanismos
de Resistência
Brasil (2007) aborda quanto aos mecanismos que
são:
Alteração dos sítios de ligação no ribossomo.
Alteração da Permeabilidade.
Modificação enzimática da droga.
7. Aminoglicosídios – Aplicação
(BRASIL, 2007)
Principais aminoglicosídeos: Estreptomicina,
Gentamicina e Amicacina.
Utilizado via oral para descontaminação da flora
intestinal (neomicina).
Quanto maior a concentração da droga mais rápida e
maior o efeito bactericida, principalmente quando
usado com antimicrobianos beta-lactânicos.
8. Aminoglicosídios – Aplicação
Principais usos:
Septicemias
Infecções do trato urinário
Endocardites
Infecções Respiratórias
Osteomielites
Meningites em recém-nascidos
Efeitos Colaterais:
Potentes agentes nefrotóxicos.
Em casos extremos de altas doses pode causas paralisia
neuromuscular.
10. Sulfas + Trimetropin –
Mecanismos de Ação
Segundo Burton & Engelkirk (2005):
Inibição da Atividade Enzimática / são bacteriostáticos
(inibem o crescimento de um microorganismo) e de
fonte sintética.
Função Antimetabólica: interferem na síntese do ácido
fólico nas bactérias, interrompendo o crescimento
celular e levando a morte bacteriana.
11. Sulfas + Trimetropin –
Mecanismos de Ação
Sulfas: análogos do PABA (ácido paraminobenzóico).
Trimetropim: análogos do ácido fólico.
BRASIL (2007) afirma que as sulfanamidas inibem o
metabolismo de ácido fólico, por mecanismo
competitivo.
12. Sulfas + Trimetropin –
Mecanismos de Resistência
A resistência pode ocorrer por mutação, levando à
produção aumentada de PABA ou à síntese de
diidropteróico sintetase (pouca afinidade pelo
antimicrobiano).
A resistência ao trimetropin pode ocorrer por
alteração da permeabilidade celular através da
alteração na enzima diidrofalato redutase.
13. Sulfas + Trimetropin – Aplicação
Seis principais drogas: Sulfanilamida, Sulfisoxazol,
Sulfacetamida, Ácido para-aminobenzóico (PABA),
saulfadiazina e sulfametoxazol.
Sulfametoxazol: é comumente empregado com
trimetropim. Esta associação é conhecida como
cotrimoxazol.
A ação do cotrimoxazol atua em etapas diferentes da
síntese de ácido tetra-hidrofólico (necessário para a
síntese de ácido nucléico).
14. Sulfas + Trimetropin – Aplicação
O cotrimoxazol é metabolizado pelo fígado e a
excreção é renal.
Indicações: infecções no trato urinário, uretrites e
prostatites (agudas ou crônicas).
Utilizado no tratamento de sinusite e bronquite
crônica para pacientes alérgicos aos beta-
lactânicos.
15. Sulfas + Trimetropin – Aplicação
Efeitos Colaterais:
Sintomas digestivos e farmacodermias (ex:
erupção morbiliforme e prurido cutâneo).
Outras reações são: Febre, cefaleia,
nefrotoxidade, tremores...
Os efeitos de maiores riscos são: Anormalidades
hematológicas e reações cutâneas graves
16. Referências Bibliográficas
JEWETZ, E.; MELNICK, J.L. & ADELBERG, E.A. Microbiologia médica. 18ª
ed. Editora Guanabara.Rio de Janeiro, 1989
KONEMAN, E. W.; ALLEN, S. D.; JANDA, W. M.; SCHRECKENBERGER, P.
C.; WINN, W. C. Diagnóstico Microbiológico. Texto e Atlas Colorido. 6ª
edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008.
BRASIL, Anvisa. Antimicrobianos – Bases Teóricas e Usos Clínicos. 2007.
Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle
/opas_web/modulo 1/ sulfonamidas.htm> e
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle
/opas_web/modulo 1/ aminoglicosídeos.htm>. Acesso em: 22 ago. 2012.