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História
da
LIBRAS
ÁGATHA SOFIA - LETRAS PORTUGUÊS LICENCIATURA
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS LINGUÍSTICOS
“Em síntese, a história dos surdos, contada pelos não-
surdos, é mais ou menos assim: primeiramente os surdos
foram descobertos pelos ouvintes, depois eles foram
isolados da sociedade para serem educados e afinal
conseguirem ser como os ouvintes; quando não mais se
pôde isolá-los, porque eles começaram a formar grupos que
se fortaleciam, tentou-se dispersá-los, para que não criassem
guetos” (Sá, 2004, p. 15, apud Lopes; Agrello, 2017, p. 86-111).
Oralismo X Língua Gestual
O francês Charles-Michel de l'Épée volta seu trabalho para
a educação de surdos por meio dos sinais que aprendeu
com surdos parisienses, fundando assim em 1755 o
Instituto Nacional de Surdos-Mudos da França.
Em 1778, Samuel Heinicke havia fundado a primeira escola
de oralismo puro em Leipzig, tendo inicialmente nove
alunos surdos. O oralismo objetivava a fala dos surdos.
Ernest Huet
Nascido em 1822, em Paris, Ernest Huet pertencia a
uma família da nobreza na França.
Com a idade de apenas 12 anos, Ernest teve sarampo
e, devido a essa enfermidade, acabou ficando surdo.
Começou a estudar no Instituto Nacional de Surdos
de Paris e após anos de dedicação, se tornou
professor. Pouco tempo depois recebeu o cargo de
diretor do Instituto de Surdos de Bourges.
Huet no Brasil
Em 1855 Huet mudou-se para a Corte de Portugal no
Brasil graças a um convite feito pelo Imperador Dom
Pedro II.
Dom Pedro II tinha um neto surdo, filho da princesa
Isabel.
Em 1857, cria-se o Instituto Imperial dos Surdos-Mudos.
Congresso Internacional de
Surdo-Mudez
Aconteceu em Milão, onde educadores de surdos se reuniram
afim de se discutir o futuro e os modelos educacionais a serem
seguidos dali em diante.
Decidiu-se pelo oralismo e abandonando as práticas que
usassem sinais. Ficou proibido o uso da Língua de sinais em
escolas de surdos.
Os surdos então passam por todo um processo de colonização
do corpo surdo, com viés capacitista, de invisibilidade e
repressão linguística.
comunicação total: concepção que nasceu nos Estados Unidos nos anos
1960 e que chegou ao Brasil nos anos 1980, propõe o uso simultâneo de
diversos recursos para a comunicação com os surdos, abrangendo
oralização, sinalização e uso de sinais para tentar uma correspondência
com a língua oral.
Bilinguismo: nasceu na Suécia nos anos 1970 e chegou ao Brasil nos anos
1990. Nesse modelo, língua de sinais e língua oral são usadas em
momentos distintos e não há tentativa de fazer a língua de sinais
corresponder à língua oral. A língua de instrução para as pessoas surdas é a
língua de sinais e a língua oral do país é ensinada na modalidade escrita. A
participação do intérprete é muito importante.
Comunicação total X Bilinguismo
O mesmo Congresso Internacional de Educadores que havia abolido o uso de língua de sinais como
língua para instrução dos surdos, aprovou, cem anos depois, o bilinguismo como sua única forma de
instrução.
Lei nº 10.436
A Lei nº 10.436 reconhece a LIBRAS como língua oficial.
Lei nº 12.319
Essa lei regulamenta a profissão de tradutor e intérprete de
LIBRAS.
Decreto nº 5.626 / 2005
O decreto nº 5.626 / 2005 vai dar garantia à educação para pessoas surdas ou
com deficiência auditiva.
Bibliografia
PEIXOTO, Janaína Aguiar. Surdez, uma vivência visual do mundo. In O
conceito de sagrado em surdos congênitos: um estudo na língua
brasileira de sinais. 2011. 136 f. Dissertação (Mestrado em Ciência das
Religiões) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2011.
Disponível em: O conceito de sagrado em surdos congênitos: um
estudo na língua brasileira de sinais - Janaína Peixoto - arquivo em pdf.
Acesso em 24 set 2020.
SACKS, Oliver. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São
Paulo. Companhia das Letras: 2010.
STROBEL, Karin. História da Educação de Surdos. Licenciatura em
Letras-LIBRAS na modalidade à distância. Universidade Federal de
Santa Catarina. Florianópolis, 2009. Disponível em: História da
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  • 1. História da LIBRAS ÁGATHA SOFIA - LETRAS PORTUGUÊS LICENCIATURA INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS LINGUÍSTICOS
  • 2. “Em síntese, a história dos surdos, contada pelos não- surdos, é mais ou menos assim: primeiramente os surdos foram descobertos pelos ouvintes, depois eles foram isolados da sociedade para serem educados e afinal conseguirem ser como os ouvintes; quando não mais se pôde isolá-los, porque eles começaram a formar grupos que se fortaleciam, tentou-se dispersá-los, para que não criassem guetos” (Sá, 2004, p. 15, apud Lopes; Agrello, 2017, p. 86-111).
  • 3. Oralismo X Língua Gestual O francês Charles-Michel de l'Épée volta seu trabalho para a educação de surdos por meio dos sinais que aprendeu com surdos parisienses, fundando assim em 1755 o Instituto Nacional de Surdos-Mudos da França. Em 1778, Samuel Heinicke havia fundado a primeira escola de oralismo puro em Leipzig, tendo inicialmente nove alunos surdos. O oralismo objetivava a fala dos surdos.
  • 4. Ernest Huet Nascido em 1822, em Paris, Ernest Huet pertencia a uma família da nobreza na França. Com a idade de apenas 12 anos, Ernest teve sarampo e, devido a essa enfermidade, acabou ficando surdo. Começou a estudar no Instituto Nacional de Surdos de Paris e após anos de dedicação, se tornou professor. Pouco tempo depois recebeu o cargo de diretor do Instituto de Surdos de Bourges.
  • 5. Huet no Brasil Em 1855 Huet mudou-se para a Corte de Portugal no Brasil graças a um convite feito pelo Imperador Dom Pedro II. Dom Pedro II tinha um neto surdo, filho da princesa Isabel. Em 1857, cria-se o Instituto Imperial dos Surdos-Mudos.
  • 6. Congresso Internacional de Surdo-Mudez Aconteceu em Milão, onde educadores de surdos se reuniram afim de se discutir o futuro e os modelos educacionais a serem seguidos dali em diante. Decidiu-se pelo oralismo e abandonando as práticas que usassem sinais. Ficou proibido o uso da Língua de sinais em escolas de surdos. Os surdos então passam por todo um processo de colonização do corpo surdo, com viés capacitista, de invisibilidade e repressão linguística.
  • 7. comunicação total: concepção que nasceu nos Estados Unidos nos anos 1960 e que chegou ao Brasil nos anos 1980, propõe o uso simultâneo de diversos recursos para a comunicação com os surdos, abrangendo oralização, sinalização e uso de sinais para tentar uma correspondência com a língua oral. Bilinguismo: nasceu na Suécia nos anos 1970 e chegou ao Brasil nos anos 1990. Nesse modelo, língua de sinais e língua oral são usadas em momentos distintos e não há tentativa de fazer a língua de sinais corresponder à língua oral. A língua de instrução para as pessoas surdas é a língua de sinais e a língua oral do país é ensinada na modalidade escrita. A participação do intérprete é muito importante. Comunicação total X Bilinguismo O mesmo Congresso Internacional de Educadores que havia abolido o uso de língua de sinais como língua para instrução dos surdos, aprovou, cem anos depois, o bilinguismo como sua única forma de instrução.
  • 8. Lei nº 10.436 A Lei nº 10.436 reconhece a LIBRAS como língua oficial. Lei nº 12.319 Essa lei regulamenta a profissão de tradutor e intérprete de LIBRAS. Decreto nº 5.626 / 2005 O decreto nº 5.626 / 2005 vai dar garantia à educação para pessoas surdas ou com deficiência auditiva.
  • 9. Bibliografia PEIXOTO, Janaína Aguiar. Surdez, uma vivência visual do mundo. In O conceito de sagrado em surdos congênitos: um estudo na língua brasileira de sinais. 2011. 136 f. Dissertação (Mestrado em Ciência das Religiões) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2011. Disponível em: O conceito de sagrado em surdos congênitos: um estudo na língua brasileira de sinais - Janaína Peixoto - arquivo em pdf. Acesso em 24 set 2020. SACKS, Oliver. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo. Companhia das Letras: 2010. STROBEL, Karin. História da Educação de Surdos. Licenciatura em Letras-LIBRAS na modalidade à distância. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009. Disponível em: História da educação de surdos - Karin Strobel - arquivo em pdf. Acesso em 29 set 2020.