Aula apresentada durante o Webinar Prevenção de Lesão por Pressão organizado pelo Proqualis em outubro 2016.
Responsáveis:
Enfª Estomaterapeuta Maria Emilia Gaspar Ferreira Del Cistia
Coordenadora do Grupo de Atenção à Estomias e Feridas - GAEFE
Enfª Estomaterapeuta Danivea Bongiovanni Poltronieri
Enfermeira sênior do setor de Treinamento do Hospital Israelita Albert Einstein
Hospital Albert Einstein
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira
Aula sobre assistência ao grande queimado que fez parte do CURSO DE CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUANTO AO ATENDIMENTO DO PACIENTE GRANDE QUEIMADO
Aula preparada pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) onde apresenta Definição, fatores de risco, classificação, medidas preventivas por fator de risco alterado de úlceras por pressão.
Aula apresentada durante o Webinar Prevenção de Lesão por Pressão organizado pelo Proqualis em outubro 2016.
Responsáveis:
Enfª Estomaterapeuta Maria Emilia Gaspar Ferreira Del Cistia
Coordenadora do Grupo de Atenção à Estomias e Feridas - GAEFE
Enfª Estomaterapeuta Danivea Bongiovanni Poltronieri
Enfermeira sênior do setor de Treinamento do Hospital Israelita Albert Einstein
Hospital Albert Einstein
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira
Aula sobre assistência ao grande queimado que fez parte do CURSO DE CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUANTO AO ATENDIMENTO DO PACIENTE GRANDE QUEIMADO
Aula preparada pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) onde apresenta Definição, fatores de risco, classificação, medidas preventivas por fator de risco alterado de úlceras por pressão.
Material para aula da disciplina de Socorros de Urgência I e II da turma de especialização em Educação Física, Musculação e Condicionamento - CER (Vacaria/RS).
É fundamental construir e implementar instruções de trabalho para nortear a prática segura da terapia intravenosa em crianças e recém-nascidos.
Material de 20 de março de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
Material para aula da disciplina de Socorros de Urgência I e II da turma de especialização em Educação Física, Musculação e Condicionamento - CER (Vacaria/RS).
É fundamental construir e implementar instruções de trabalho para nortear a prática segura da terapia intravenosa em crianças e recém-nascidos.
Material de 20 de março de 2021
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
Indicadores para Monitoramento da Qualidade em Saúde - Foco na Segurança do P...Proqualis
Aula produzida por Carla Gouvêa, colaboradora do PROQUALIS. Médica, MPH, PhD, Professora no Instituto de Medicina Social da Universidade de Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ)
A interrupção da continuidade de um tecido corporal, em maior ou em menor extensão, causada por qualquer tipo de trauma físico, químico, mecânico ou desencadeado por uma afeção clínica, que aciona os mecanismos de defesa orgânica
Ferida complexa é uma definição recente para identificar aquelas feridas crónicas ou mesmo algumas feridas agudas que apesar de serem bem conhecidas desafiam equipas multiprofissionais.
Abordagem da ferida complexa no doente critico com recurso ao uso do algoritmo "ABCDE".
A importância de prevenir com a avaliação do risco de desenvolvimento de úlcera por pressão no doente crítico com aplicação da “Escala revista de Cubbin & Jackson”.
A importância de falarmos sobre o diálogo das profissões na prevenção e tratamento de feridas resulta dum conjunto de razões, todas elas óbvias. Contudo, por serem óbvias não são alvo frequente de reflexão nos nossos intensos, e por vezes tensos, contextos profissionais.
A primeira razão deve-se à forma holística com que se pretende olhar a Pessoa com feridas. Entendendo que esta forma defende uma visão integral e um entendimento geral dos fenómenos, e portanto da Pessoa, cremos que não existe nenhuma profissão que, pelo seu conjunto de saberes, competências e funções, possa chamar a si esta responsabilidade inteira. É portanto fundamental assumir a necessidade de OLHAR e ENTENDER a Pessoa com feridas sob vários e diferentes pontos de vista.
A segunda razão resulta do reconhecimento da necessidade do contributo das várias profissões para esta visão integral e entendimento geral da Pessoa. Para que este contributo seja efetivo é necessário transitar de uma prática multidisciplinar ou pluridisciplinar (que diz respeito simultaneamente a várias disciplinas...) para uma prática interdisciplinar (que implica relações entre várias disciplinas ou áreas de conhecimento). A diferença não é subtil, é estrutural.
A terceira razão prende-se com o facto de ser absolutamente necessário, para uma prática que implique relações entre várias disciplinas ou áreas do conhecimento ou profissões, não apenas comunicar (passar ou transmitir de informação...), não apenas informar (esclarecer dados sobre o estado de outrem...), mas sobretudo é necessário DIALOGAR (criar através da comunicação a possibilidade de se perceber a si e aos outros).
Destas três razões, que justificam a importância de refletirmos sobre o diálogo das profissões na prevenção e tratamento de feridas, emerge o conceito de Comunidade de Práticas ou (...) grupo de pessoas que partilham um interesse comum, um problema, ou uma paixão por determinado assunto, e que aprofundam os seus conhecimentos sobre o mesmo interagindo entre si ao longo do tempo (Wenger, McDermott e Snyder, 2002).
Cremos que só a interdisciplinaridade de um conjunto de profissões, que tenha a capacidade para dialogar entre si, permitirá uma visão integral e um entendimento geral da Pessoa com feridas, condição sem a qual muito dificilmente se alcançará a excelência dos cuidados de saúde.
Congratulamo-nos por verificar que este IV Fórum Ibérico de Ulceras e Feridas organizado pela ELCOS mantem e reforça esta tendência, observada desde 2010 aquando da organização do I Fórum em Arronches, de ser um catalisador do Diálogo entre as profissões, um catalisador da constituição de uma efetiva comunidade de práticas centrada no interesse comum que é a excelência dos cuidados à Pessoa com feridas.
Comunicação feita por Elisabete Saunite no VIII Simposio Nacional sobre Úlceras por Presión y Heridas Crónicas que decorreu em Santiago de Compostela de 10 a 12 de Novembro
2. European Pressure Ulcer Advisory Panel
(EPUAP)
National Pressure Ulcer Advisory Panel
(NPUAP)
• Desenvolver recomendações para a prevenção e tratamento de
UP, baseadas em evidência científica, para serem utilizadas pelos
profissionais de saúde de todo o mundo.
3.
4. metodologia
• Nas elaboração das recomendações foi usada metodologia
cientifica para avaliar e identificar a pesquisa disponível.
• Na ausência de evidência definitiva foi usada a opinião de
peritos.
• A cada recomendações foi atribuída uma classificação por
nível de evidência.
• As recomendações foram disponibilizadas para 903
pessoas e 146 associações, de 63 países.
5. evidência
Evidencia A - a recomendação é suportada por evidência
cientifica directa proveniente de ensaios controlados,
adequadamente desenhados e implementados em UP.
Evidencia B - a recomendação é suportada por evidência
cientifica directa proveniente de series clínicas,
adequadamente desenhados e implementados em UP.
Evidencia C - a recomendação é suportada por evidência
cientifica indirecta ou opinião de peritos.
6.
7. uso das guidelines
• As guidelines são declarações, são linhas de orientação
desenvolvidas de forma sistemática para auxiliar o profissional
de saúde na tomada de decisão sobre os cuidados adequados a
situações clínicas específicas.
– Podem não ser adequadas a todas as situações
– Destinam-se unicamente a fins educativos e informacionais
– Não pretendem ser normas
– Não são regulamentação política
8. guidelines de prevenção de UP
As recomendações aplicam-se a todos os indivíduos vulneráveis,
em risco de desenvolver UP, de todos os grupos etários
São direccionadas para profissionais envolvidos nos cuidados a
doentes quer em ambiente hospitalar, quer em cuidados
continuados, quer em lares ou outras instituições.
9. úlcera de pressão (UP)
É uma lesão localizada da pele e/ou tecido adjacente,
normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da
pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção.
Podem estar associados outros factores contribuintes cujo papel
ainda não se encontra totalmente esclarecido.
NPUAP/EPUAP, 2009
10. sistema de classificação de UP
Sistema para descrever o nível de tecidos destruídos
Linguagem comum para os profissionais indicarem a
situação/condição de uma UP
A classificação é uma parte da avaliação total da ferida
Não utilização da classificação inversa.
Ex: uma UP categoria IV, não se torna categoria III.
11. sistema de classificação das UP
• Categoria I – eritema não branqueável em pele intacta
– Pele intacta com eritema não branqueável de uma área
localizada, normalmente numa proeminência óssea,
descoloração da pele, calor, edema, tumefacção ou dor
podem também estar presentes.
• Descrição adicional: difícil de identificar em indivíduos de
pele escura
12. eritema branqueável
Área avermelhada que fica temporariamente branca ou
pálida quando é aplicada pressão com a extremidade do
dedo. O eritema branqueável num local sobre pressão é
habitualmente devida a uma resposta hiperémica reactiva
normal.
GTU - ULSM
13. sistema de classificação das UP
• Categoria II – perda parcial da espessura da pele ou flictena
– Perda parcial da espessura da derme que se apresenta como uma
ferida superficial (rasa) com leito vermelho e sem crosta. Pode
também apresentar-se como flictena fechada ou aberta preenchida
por líquido seroso ou sero-hemático
• Descrição adicional: Esta categoria não deve ser usada para
descrever fissuras da pele, lesões por adesivo, dermatite associada
a incontinência, maceração ou escoriação.
14.
15. sistema de classificação das UP
• Categoria III - Perda total da espessura da pele ( tecido subcutâneo visível)
– Perda total da espessura da pele. Pode estar visível o tecido adiposo
subcutâneo, mas não estão expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode
estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina húmida). Pode incluir lesão
cavitária.
• Descrição adicional: A profundidade de UP de categoria III varia com a
localização anatómica:
– Pode ser rasa (superficial) - a asa do nariz, orelhas, região occipital e
maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo)
– em zonas com adiposidade significativa podem desenvolver-se UP de
categoria III extremamente profundas.
16.
17. sistema de classificação das UP
• Categoria IV - Perda total da espessura dos tecidos (músculos
e ossos visíveis)
– Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos tendões e
músculos. Pode estar presente tecido desvitalizado (fibrina húmida) e/
ou necrótico. Frequentemente são cavitários e fistuladas.
– Descrição adicional: A profundidade de uma úlcera de pressão de
categoria IV varia com a localização anatómica:
• A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido
subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser superficiais.
• Uma úlcera de categoria IV pode atingir as estruturas de suporte
(ex. fascia, tendão ou cápsula articular)
• Existe osso/músculo exposto visível ou directamente palpável.
18.
19. UP categoria IV
• ÚLCERA DE PRESSÃO
– Uma crosta necrótica preta numa
proeminência óssea é uma úlcera de
pressão de cat. III ou IV.
– A necrose pode ser considerada presente
no calcanhar quando a pele está intacta e
se vislumbra uma mancha preta/azul por
baixo da pele (a lesão irá provavelmente
evoluir para uma crosta necrótica).
20. recomendações para a prevenção de UP
Avaliação e cuidados com a
Nutrição
pele
Avaliação risco
Alternância de decúbitos Superfícies de apoio
21. avaliação de risco
• Política de avaliação de risco
– Estabelecer uma política de avaliação de risco em todas as
instituições de saúde. (nível de evidência = C)
– Documentar todas as avaliações de risco. (nível de evidência = C)
• Prática de avaliação de risco
– Usar uma abordagem estruturada para avalição de risco para
identificar indivíduos em risco de desenvolver UP. (nível de
evidência = C)
– Na admissão do doente usar uma avaliação de risco e repeti-la tão
regular e frequente quanto a necessidade do indivíduo. (nível de
evidência = C)
– Desenvolver e implementar um plano de intervenção quando o
individuo é identificado como estando em risco de desenvolver UP
(nível de evidência = C)
22. avaliação da pele
• Inspeccionar regularmente a pele quanto a zonas de rubor.
(nível de evidência = B)
• A inspecção da pele deve incluir a avaliação do calor localizado,
edema e tumefacção (rigidez).
(nível de evidência = C)
• Documentar todas as avaliações da pele.
(nível de evidência = C)
23. cuidados com a pele
• Se possível, não posicionar o indivíduo sobre uma zona corporal
que ainda se encontre ruborizada
(nível de evidência = C)
• Não utilizar a massagem na prevenção das UP
(nível de evidência = B)
• Usar emolientes para hidratar a pele seca
(nível de evidência = B)
• Proteger a pele da exposição à humidade excessiva através do
uso de produtos barreira
(nível de evidência = C)
24. nutrição para a prevenção de UP
• Rastreio e avaliação do estado nutricional a todos os
indivíduos em risco de desenvolver UP
• Referenciar para o nutricionista todos os indivíduos em risco
nutricional e de desenvolvimento de UP
• Dar suplementos nutricionais, orais ou através de sonda de
alimentação, com alto teor proteico, como suplemento da
dieta habitual, a indivíduos em risco de desenvolver UP
(Nível de evidência: A)
25. alternância de decúbitos
• A alternância de decúbitos deve ser realizada para reduzir a duração e magnitude
da pressão exercida sobre as áreas vulneráveis do corpo.
(nível de evidência = A)
• A frequência dos posicionamentos é determinada pela tolerância dos tecidos, pelo
nível de actividade e mobilidade, pela condição clínica, pelos objectivos do
tratamento e pela avaliação da condição individual da pele.
(nível de evidência = C)
• A frequência dos posicionamentos é influenciada pelas superfícies de apoio em
uso . (nível de evidência = A)
• Registar o posicionamentos: a frequência e a posição adoptada.
(nível de evidência = C)
26. superfícies de apoio
• Usar colchões de espuma altamente específica em vez das espumas padrão
(standar), em todos os indivíduos em risco de desenvolver UP.
(nível de evidência = A)
• Não usar colchões de pressão alternada com células pequenas.
(nível de evidência = C)
• Usar superfícies de apoio para prevenção de UP nos calcâneos, mantendo-os
afastados da superfície da cama.
(nível de evidência = C)
• Evitar o uso de pele de carneiro sintética, dispositivos recortados em forma
de anel ou donut e luvas cheias de água.
(nível de evidência = B)
• Limitar o tempo que o indivíduo passa sentado sem alívio da pressão.
(nível de evidência = B)
27. qual a importância destas guidelines?
• Importância “teórica”:
– Prática baseada na evidência
– Linhas de orientação
• Importância “prática”:
– Qualidade de cuidados
– Satisfação profissional
28.
29. projecto de feridas na ULSM
• Criação do GTU da ULSM (2003)
• Implementação de protocolos de actuação na prevenção e tratamento de
UP (2004):
– Agency for Health Care Policy and Research (AHCPR) Clinical
Practice Guideline
– RNAO - Nursing Best Practice Guidelines
• Informatização dos registos de enfermagem - SAPE (2005)
• Indicadores relacionados com as UP (2006)
• Programa de melhoria continua da qualidade com base em indicadores
de resultado (2006)
• No fim de 2009 – base de dados com mais de 40 mil episódios de
internamento e mais de 25 mil doentes de risco para UP
32. Estudos epidemiológicos - Incidência e Prevalência
• NPUAP- Prevalência
– 3 a 14 % em hospitais Gerais
• ( Dealey, 2001)
• Singapura
– Prevalência 18,1 %
– Incidência 8,1%
• ( Chan EY, 2002)
• Itália
– Prevalência UP 18% ( doentes: 313)
• ( Landi F, 2007)
• Escócia
– Prevalência 12,8 a 20,3% (doentes: 208)
– Hospitalização > 5 dias, hipótese de 1 desenvolver UP é de 6%/semana
• (Schoonhoven L, 2007)
33. Estudos epidemiológicos - Incidência e Prevalência
• Irlanda
– Prevalência 18.5% (672 doentes adultos)
– 77% adquiridas no hospital
• (Gallagher, 2008)
• Alemanha Revisão de 2001-2007 (40247 doentes)
– Prevalência total 10.2%
– Taxas 13.9% (2001) a 7.3% (2007)
– Idade Média: 68
– Cuidados Intensivos: 24.5%
– Geriatria 19.8%
• (Kottner et al, 2009)
34. Para concluir…
• Prática baseada na evidência
• Indicadores de qualidade
• Programas de melhoria continua da qualidade
• Satisfação profissional
• …
35. “Nós somos ou tornamo-nos nas coisas que fazemos repetidamente. Portanto, a
excelência pode deixar de ser só um acontecimento e transformar-se num hábito”
Albert Einstein
Muito obrigado