O documento descreve diferentes tipos de preparações orais líquidas, incluindo xaropes, elixires, soluções, suspensões e emulsões. Detalha os principais componentes, vantagens e desvantagens de cada tipo de preparação, além de definir termos como excipientes, controle de qualidade e ensaios de estabilidade.
7. XAROPES
• São preparações aquosas à base de açúcar com ou sem
agentes flavorizantes e substâncias medicinais
• Apresentam não menos que 45% (p/v) de sacarose ou outros
açúcares em sua composição
Nos xaropes o açúcar sempre está
presente em quantidades próximas à
saturação, formando uma solução
hipertônica. A proximidade da saturação
evita a preciptação do açúcar utilizado
9. ELIXIRES
• São preparações líquidas hidroalcólicas
límpidas, adocicadas, flavorizadas, com teor
alcóolico entre 20% a 50%
• Veículo adequado para fármacos insolúveis
em água, porém solúveis em misturas
hidroalcóolicas
• Menos doces e viscosos que os Xaropes
• Menos efetivos no mascaramento do sabor
10. VANTAGENS
Restrição para
crianças e adultos
que devem evitar
o uso de álcool,
devido ao seu
teor alcoólico
DESVANTAGENS
Possibilidade da
dissolução tanto de
componentes
ativos
hidrossolúveis
como dos solúveis
em álcool
11.
12. LINCTUS
• Líquidos viscosos indicados para tratamento de tosse
• Devem ser bebidos lentamente
• Contém alta concentração de sacarose, outros açúcares ou um adequado álcool poli-hídrico
ou álcoois
MISTURAS
• Termo genérico utilizado para várias preparações líquidas de uso oral
GOTAS ORAIS
• Preparação líquida na forma de solução ou suspensão (aquosa ou oleosa)
• Contém concentrações de ingredientes ativos superior àquelas usualmente encontradas na
forma de xarope, elixir ou outras soluções destinadas à administração em volumes maiores.
13. SOLUÇÕES SATURADAS
• Solução na qual uma quantidade máxima de soluto é dissolvida
em determinada quantidade de solvente, após a qual não se pode
mais dissolver o soluto
PREPARAÇÕES ORAIS OLEOSAS
• Preparações onde o princípio ativo se encontra dissolvidoou
suspendido em um óleo fixo flavorizado
14. EMULSÕES ORAIS
• Dispersões do tipo óleo/água (O/A)
estabilizadas por um agente emulsificante, nas
quais uma ou ambas as fases podem conter
sólidos dissolvidos
• Em uma emulsão do tipo (O/A) a fase oleosa
está dispersa como gotículas em uma solução
aquosa
15. VANTAGENS
-Permitem a administração
de fármacos líquidos
oleosos e de fármacos
lipofílicos dissolvidos em
óleo
-podem ser flavorizadas
DESVANTAGENS
-Mascaram o sabor
desagradável efetivamente
por conta da fase externa
aquosa
Emulsões são
sistemas
termodinamicamente
instáveis, cujas fases
tendem a separa-se
com o decorrer do
tempo
16. SUSPENSÕES
• Preparação que contém partícula finamente
dividida da substância ativa dispersa de forma
relativamente uniforme em um veículo no
qual essa substância apresenta solubilidade
mínima
• Sistema bifásico (fase sólida dispersa na fase
líquida)
17. VANTAGENS
-Ideal para veicular ingredientes
ativos insolúveis em veículo
normalmente utilizados em
formulações líquidas
-Apresentam maior estabilidade
quando comparadas as soluções
-Esta forma pode ser empregada
para prolongar o efeito do
fármaco
DESVANTAGENS
-Ideal para dispensar f.f sólidas
(comprimidos)devidamente
pulverizadas na forma líquida
para pessoas com problema de
deglutição
-Fármacos potentes
insolúveis empregados
em pequenas doses
não devem ser
veiculados na forma de
suspensão devido ao
maior risco de erro na
sua administração
18. POÇÕES
• Forma farmacêutica aquosa ou hidroalcoólica, edulcorada, contendo um ou mais fármacos em
solução, suspensão ou em emulsão
MELITO
• Forma farmacêutica líquida cuja viscosidade é semelhante a do xarope, contendo uma concentração
significativa de mel em um veículo aquoso.
TISANAS
• Solução aquosa diluída da substância medicamentosa formada por um fitocomplexo, destinada à
administração oral em volumes maiores, como bebida para os pacientes.
LIMONADA
• F.F líquida edulcorada, ligeiramente acidulada e de ação refrescante> classificam- se em: LIMONADAS
À BASE DE ÁCIDOS MINERAIS, À BASE SAIS ORGÂNICOS E LIMONADAS PURGATIVAS
19.
20. DEFINIÇÃO
• Excipiente é qualquer substância
diferente do fármaco, ou do prófármaco, que tem sua segurança
avaliada, e, a partir de então, pode
ser incluída na forma farmacêutica.
(IPEC)
21. Principais adjuvantes
utilizados nas preparações
orais
• Veículos; ex: sorbitol 70%, água, glicerina, etc.
• Solventes: álcool, óleo mineral, álcool isopropilico,
etc.
• Flavorizantes, aromatizantes, corantes
• Agentes de tonicidade: tampão citrato, tampão
fosfato, etc.
• Edulcorantes: manitol, sorbitol, sacarina, açúcar, etc.
22. Flavorizantes usados para
mascarar alguns
sabores primários:
• Doce: baunilha, morango, hortelã, etc
• Acido/azedo: limão, laranja, cereja.
• Amargo: chocolate, café, menta, xarope de
cacau, xarope de alcaçuz, etc.
• Metálico: morango, framboesa, cereja.
24. Reações adversas dos adjuvantes
farmacêuticos presente
em medicamentos pediátrico
• Das formulações analisadas continham:
metilparabeno, propilparabeno, sorbitol, etc.
• Concluiu-se que os excipientes tem um papel
importante no aparecimentos dos efeitos
adversos, especialmente na Pediatria.
•
(TONAZIO, Leticia. Reações adversas dos adjuvantes farmacêuticos presentes em medicamentos
para uso pediátrico HU Revista, Juiz de Fora, v. 37, n. 1, p. 63-68, jan./mar. 2011 )
26. Controle de Qualidade
A seleção de metodologia analítica específica a serem
aplicadas no Controle de Qualidade de Medicamentos,
quanto aos aspectos físicos, físico-químicos e
microbiológicos das amostras dos medicamentos, seguem
a monografia oficial de formas farmacêuticas e
metodologias gerais , inscritas na Farmacopéia Brasileira,
no caso de ausência desta, poderá ser adotada a última
edição dos compêndios internacionais:
· Farmacopéia Americana e seu Formulário Nacional;
· Farmacopéia Britânica;
· Farmacopéia Francesa;
· Farmacopéia Internacional.
27. Controle de Qualidade
ENSAIOS DE ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS
São aqueles ensaios que analisam a degradação dos princípios ativos de uma preparação
farmacêutica, com objetivos de:
· Analisar os fenômenos de degradação do fármaco, utilizando métodos analíticos normais e
acelerados.
· Determinar o tempo de utilização do medicamento (prazo de validade).
As alterações, na estabilidade dos medicamentos são provocadas por fatores, como:
· Temperatura;
· Luz;
· Umidade;
· Gases que compõem o ar atmosférico;
· Interações entre fármacos;
· Interações dos fármacos com os excipientes ou adjuvantes;
· Alterações de pH;
· Qualidade das embalagens;
· Impurezas.
28. Controle de Qualidade
ENSAIOS DE ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS
Estes fenômenos se dão, geralmente, por processos químicos de hidrólise, oxi-redução,
fotólise, ou racemização.
A estabilidade pode ser feita pelos métodos tradicionais, com a realização de testes
laboratoriais, sob diversas condições. Estes testes devem ser realizados mensalmente e
após um certo número de ensaios, determina-se o grau de estabilidade dos princípios
ativos.
Os instrumentos e aparelhos utilizados para realizar os testes de estabilidade, são os
mesmos utilizados para os ensaios de desenvolvimento do medicamento.
Os testes de estabilidade, a que os medicamentos são submetidos, devem ser realizados
sempre em suas embalagens originais, com o objetivo de retratar fielmente, os parâmetros
de especificação do produto.
29. Controle de Qualidade
EMULSÕES
Os ensaios das emulsões visam:
· Teor de água – Karl-Fisher;
· Gordura total – Soxhlet;
· Determinação do pH - métodos colorimétricos e
potenciométricos;
· Viscosidade - viscosímetros do tipo rotativos;
· Avaliação da estabilidade;
· Diâmetros das partículas dispersas;
· Determinação do tipo de emulsão - Ensaio de diluição.
· Doseamento do princípio ativo;
· Controle Microbiológico;
· Características organolépticas.
30. Controle de Qualidade
XAROPES
O ensaio dos xaropes consiste em verificar os seus caracteres organolépticos, físicos e
químicos. Características organolépticos – os xaropes devem apresentar-se límpidos ,
viscosos e com sabor agradável.
Ensaios físicos dos xaropes
- viscosidade;
- Propriedade polarimétrica;
- Densidade.
Ensaios químicos dos xaropes
- Teor de sacarose – Método de Fehling;
- Determinação de Volumes;
- Doseamento do princípio ativo.
Análise microbiológica
31. Controle de Qualidade
SUSPENSÕES
O controle de qualidade de suspensões é realizado a partir da análise:
• das características organolépticas;
• Do doseamento do princípio ativo;
• De pH, densidade e viscosidade;
• Do grau de floculação;
• De Redispersibilidade;
• Do volume de sedimentação;
• Do controle microbiológico e da verificação de volume.
32. Controle de Qualidade
Soluções orais, misturas e gotas orais
Os ensaios realizados para estas formas
são:
• Densidade relativa – picnômetro;
• Determinação de volume nominal;
• Ensaio de gotejamento;
• Doseamento e análise microbiológica.