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PRINCÍPIOS
DE FARMACOLOGIA
Prof. Dr Cleyson Valença Reis
Pharmakon
Estudo
dos
fármacos
Logos
Farmacologia
• Estudo das substâncias químicas capazes
de interagir com organismos vivos
produzindo um efeito benéfico ou maléfico.
• Estudo das propriedades dos medicamentos
e seus efeitos nos seres vivos
RANG, H.P. et al. Rang e Dale : Farmacologia, p. 4, 2016.
Conceitos
Droga: é qualquer substância que apresenta como característica a capacidade de alterar a função dos
organismos vivos, acarretando mudanças fisiológicas e/ou comportamentais.
Droga-tóxico: droga com ação maléfica sobre o organismo. Pode-se também utilizar apenas o termo tóxico.
Fármaco: Substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica.
Sinônimo de princípio ativo.
Medicamento: Produto farmacêutico, uma forma farmacêutica que contém o fármaco, geralmente em
associação com adjuvantes farmacotécnicos.
Segundo a OMS é toda substância ou associação de substâncias utilizadas para modificar o sistema fisiológico para o
benefício do organismo.
Especialidade Farmacêutica: medicamento de fórmula conhecida e de ação terapêutica comprovável
em forma farmacêutica estável, embalado de maneira uniforme e comercializado com o nome convencional.
Remédio: qualquer estratégia medicamentosa ou não, que visa aliviar o mau estar do paciente. Ex. repouso,
fisioterapia, psicoterapia, acupuntura, etc
Princípio Ativo: substância química, com estrutura conhecida e responsável pela ação
farmacológica, terapêutica do medicamento. Um medicamento, um alimento ou uma
planta pode ter diversas substâncias em sua composição, mas somente uma ou algumas
dessas substâncias conseguem ter ação no organismo sendo classificadas como
Princípio(a) Ativo(s).
Pode ser:
– Natural : células, excreções, compostos de extratos ou minerais derivados de animais
ou vegetais, utilizados com fins medicinais.
– Semi-sintético: Estrutura natural, modificada (Química Farmacêutica) para
potencializar o efeito farmacológico e minimizar ou retirar efeitos indesejáveis
– Sintético: Estrutura química do fármaco produzida na Indústria Farmacêutica. Pode ser
a partir de estruturas pré-conhecidas (naturais ou não)
• Medicamento: Conjunto de agentes terapêuticos, às vezes medicamentos e
remédios, para tentar chegar à cura ou ao alívio dos sintomas do paciente.
Conceitos
Medicamento: Associação de um ou mais fármacos em uma forma farmacêutica
(comprimidos, líquido, gel, etc).
• Forma farmacêutica
• Esquema posológico
• Indicação terapêutica
MEDICAMENTO
MEDICAMENTO
•Medicamento de referência (oficial): é o produto inovador, registrado
no Ministério da Saúde, com eficácia e segurança comprovadas, protegido pela Lei de
Patente, não podendo ser produzido, sem permissão do fabricante, por um determinado
período de tempo
•Medicamento genérico: medicamento semelhante ao medicamento de
referência, produzido após o tempo determinado pela patente, ou, em alguns casos, após
quebra dessa patente por órgão governamental. No Brasil, os medicamentos genéricos
seguem legislação específica (Lei nº 9.787/1999 e RDC nº 102/2000).
•Medicamento similar: tem os mesmos princípios ativos do medicamento de
referência, mas apresenta alguma diferença quando comparado (rótulo, forma de
apresentação, prazo de validade, excipientes etc.); portanto, são bioequivalentes.
MEDICAMENTO
• Medicamento oficinal: produzido nas farmácias de manipulação ou
magistrais. Também registrado, mas nas farmacopeias. São fórmulas farmacêuticas
de uso consagrado. Ex: água boricada.
• Medicamento de controle especial: medicamento relacionado pela
Agência de Vigilância Sanitária e que tem a capacidade de causar dependência física
ou química.
• Medicamento de uso contínuo: utilizado no tratamento de doenças
crônicas, continuamente.
• Medicamento fitoterápico: medicamento cuja composição utiliza,
exclusivamente, vegetais como matéria prima.
MEDICAMENTO
•Placebo: medicamento preparado com substâncias inativas, sem finalidade
terapêutica. Pode ser empregado em pesquisas clínicas ou ainda para satisfazer a
necessidade psicológica do paciente de receber medicamento.
•Farmacopeia: conjunto de medicamentos (drogas) oficializado pelo
Ministério da Saúde, com ação consagrada e resultados eficazes e úteis para a
população.
•Farmacovigilância: é a identificação e a avaliação dos efeitos dos
medicamentos sobre o paciente, incluindo o risco do uso dos medicamentos pela
população ou por grupos de pacientes expostos a determinados tratamentos.
Especialidade farmacêutica: contem um ou mais fármacos fornecidos pela indústria
farmacêutica com fórmulas aprovados e registrados pelo ministério da saúde.
• Adjuvante: substância que reforça a ação do principio ativo.
• Educorante: substância para corrigir sabor (adocicar).
• Veiculado (liquido) ou excipiente (sólidos): meio no qual o principio ativo se dissolve.
Exemplos: xarope, amido.
• Efeito farmacológico (desejável); Modificações orgânicas decorrentes
da interção fármaco-receptor ;
• Efeito indesejável ou adverso, ou reação adversa a medicamentos
(RAM) – é definida como sendo qualquer evento nocivo e não
intencional que ocorreu na vigência do uso de um medicamento,
utilizado com finalidade terapêutica, profilática ou diagnóstica, em
doses normalmente recomendadas;
• Eventos Adversos às Drogas (EAD) ➔ “lesão resultante da
administração de qualquer droga”, inclui erros de administração.
(imprevisíveis e previsíveis).
Classificação de medicamentos
• Medicamentos alopáticos: Alopatia tem como princípio norteador a
cura pelo contrário. Antitérmicos; antiflamatórios; antibióticos, etc
• Medicamentos homeopáticos: O medicamento homeopático é
produzido por meio de diluições sucessivas de uma solução mãe
concentrada até chegar a doses infinitesimais, ou seja, concentrações
muito pequenas. Semelhante cura semelhante.
• Medicamentos fitoterápicos: A base da produção de fitoterápicos são as
plantas medicinais. Esse tipo de medicamento passa por um processo de
industrialização e utiliza a planta ou parte dela como princípio ativo.
Formas farmacêuticas
• Comprimidos: medicamento ou medicamentos em pó, sob compressão
em geral, de forma circular.
• Drágeas: são grânulos com medicamento ou medicamentos revestidos em
camada de açúcar, polidos e coloridos (drageamento) com o objetivo de
mascarar o sabor e em algumas vezes evitar que a absorção comece no
estômago.
• Pílulas: pequenas drágeas.
• Cápsulas: medicamento ou medicamentos em pó ou grânulos, envolvido
em cápsula comestível (geralmente gelatina), que deve ser dissolvida no
intestino.
• Grânulos: são preparações que apresentam formato de grãos ou grânulos
irregulares.
• Pós: são preparações para uso externo e interno. São compostos por uma
mistura de fármacos finamente divididos e secos.
Formas farmacêuticas
• Xaropes: São preparações aquosas com altas concentrações de açúcar ou algum adoçante
substituto, podem conter flavorizantes, que são agentes que conferem um aroma característico à
formulação e o princípio ativo.
• Elixir: São preparações hidroalcóolicas contendo de 20% a 50% de álcool. São menos viscosos e
doces que os xaropes.
• Soluções: Misturas homogêneas líquidas obtidas a partir da dissolução de um sólido ou líquido
em outro líquido (podem ser administradas via oral, aplicadas localmente ou injetadas).
• Suspensões: são preparações líquidas que contém o princípio ativo em partículas finamente
divididas e distribuídas uniformemente em um veículo onde o fármaco apresenta uma mínima
solubilidade.
• Aerosóis: Formas de suspensões de partículas sólidas ou líquidas dispersas em um gás.
• Emulsão: combinação de dois líquidos que não se misturam, devendo ser agitada antes de usar.
• Supositórios e óvulos: forma alongado, sendo sua base de glicerina, gelatina ou manteiga de
cacau. Os supositórios e os óvulos possuem formato cônicos ou ogivais, para aplicação retal e
vaginal, respectivamente. São usados em substituição à via oral, no caso de lesão na mucosa do
trato gastrointestinal ou quando o paciente apresenta quadro de vômito ou dificuldade de
deglutição.
Formas farmacêuticas
• Pomadas: são preparações de consistência pegajosa e macia, monofásica,
empregadas para uso externo.
• Cremes: são formulações com excipientes emulsivos (óleo/água ou
água/óleo), para uso externo, podendo conter um ou mais princípios
ativos. São chamados também de emulsões de alta viscosidade.
• Pastas: são preparações compostas por pós finamente dispersos numa
proporção que varia de 20% e 60%, sendo mais firmes e espessos que as
pomadas e menos gordurosas também. As pastas são aplicáveis para uso
externo.
• Colutórios: Destinados à aplicação local sobre as estruturas da cavidade
bucal, na forma de bochechos ou irrigações, sem que haja deglutição.
• Vernizes: O fármaco encontra-se misturado ao veículo, que “toma presa”
ao entrar em contato com saliva ou água.
Principais Vias de Administração
- Oral
- Endovenosa
-Intramuscular
Subcutânea
- Respiratória ou inalatória
Sublingual
Percutânea
- Retal
Intradérmica
• Endodôntica: Aplicação do fármaco no sistema de canais radiculares dos dentes.
• Submucosa e subperióstica: Vias mais empregadas em odontologia, por
infiltração de soluções anestésicas locais ou corticosteroides.
• Intra-articular: Injeção de fármaco no interior da cápsula articular. Em
odontologia, mais especificamente na articulação temporomandibular
Principais Vias de Administração
é o ramo da farmacologia que estuda o movimento do
medicamento dentro do organismo nas fases de
absorção, distribuição, biotransformação e
eliminação. Descreve a ação do organismo sobre o
medicamento.
é o ramo da farmacologia que estuda o local e o
mecanismo de ação, e os efeitos do medicamento no
organismo. Descreve a ação do medicamento sobre
o organismo.
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Princípios de farmacologia

  • 1. PRINCÍPIOS DE FARMACOLOGIA Prof. Dr Cleyson Valença Reis
  • 3. Farmacologia • Estudo das substâncias químicas capazes de interagir com organismos vivos produzindo um efeito benéfico ou maléfico. • Estudo das propriedades dos medicamentos e seus efeitos nos seres vivos
  • 4. RANG, H.P. et al. Rang e Dale : Farmacologia, p. 4, 2016.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. Conceitos Droga: é qualquer substância que apresenta como característica a capacidade de alterar a função dos organismos vivos, acarretando mudanças fisiológicas e/ou comportamentais. Droga-tóxico: droga com ação maléfica sobre o organismo. Pode-se também utilizar apenas o termo tóxico. Fármaco: Substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica. Sinônimo de princípio ativo. Medicamento: Produto farmacêutico, uma forma farmacêutica que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos. Segundo a OMS é toda substância ou associação de substâncias utilizadas para modificar o sistema fisiológico para o benefício do organismo. Especialidade Farmacêutica: medicamento de fórmula conhecida e de ação terapêutica comprovável em forma farmacêutica estável, embalado de maneira uniforme e comercializado com o nome convencional. Remédio: qualquer estratégia medicamentosa ou não, que visa aliviar o mau estar do paciente. Ex. repouso, fisioterapia, psicoterapia, acupuntura, etc
  • 9. Princípio Ativo: substância química, com estrutura conhecida e responsável pela ação farmacológica, terapêutica do medicamento. Um medicamento, um alimento ou uma planta pode ter diversas substâncias em sua composição, mas somente uma ou algumas dessas substâncias conseguem ter ação no organismo sendo classificadas como Princípio(a) Ativo(s). Pode ser: – Natural : células, excreções, compostos de extratos ou minerais derivados de animais ou vegetais, utilizados com fins medicinais. – Semi-sintético: Estrutura natural, modificada (Química Farmacêutica) para potencializar o efeito farmacológico e minimizar ou retirar efeitos indesejáveis – Sintético: Estrutura química do fármaco produzida na Indústria Farmacêutica. Pode ser a partir de estruturas pré-conhecidas (naturais ou não)
  • 10. • Medicamento: Conjunto de agentes terapêuticos, às vezes medicamentos e remédios, para tentar chegar à cura ou ao alívio dos sintomas do paciente.
  • 11. Conceitos Medicamento: Associação de um ou mais fármacos em uma forma farmacêutica (comprimidos, líquido, gel, etc). • Forma farmacêutica • Esquema posológico • Indicação terapêutica MEDICAMENTO
  • 12. MEDICAMENTO •Medicamento de referência (oficial): é o produto inovador, registrado no Ministério da Saúde, com eficácia e segurança comprovadas, protegido pela Lei de Patente, não podendo ser produzido, sem permissão do fabricante, por um determinado período de tempo •Medicamento genérico: medicamento semelhante ao medicamento de referência, produzido após o tempo determinado pela patente, ou, em alguns casos, após quebra dessa patente por órgão governamental. No Brasil, os medicamentos genéricos seguem legislação específica (Lei nº 9.787/1999 e RDC nº 102/2000). •Medicamento similar: tem os mesmos princípios ativos do medicamento de referência, mas apresenta alguma diferença quando comparado (rótulo, forma de apresentação, prazo de validade, excipientes etc.); portanto, são bioequivalentes.
  • 13. MEDICAMENTO • Medicamento oficinal: produzido nas farmácias de manipulação ou magistrais. Também registrado, mas nas farmacopeias. São fórmulas farmacêuticas de uso consagrado. Ex: água boricada. • Medicamento de controle especial: medicamento relacionado pela Agência de Vigilância Sanitária e que tem a capacidade de causar dependência física ou química. • Medicamento de uso contínuo: utilizado no tratamento de doenças crônicas, continuamente. • Medicamento fitoterápico: medicamento cuja composição utiliza, exclusivamente, vegetais como matéria prima.
  • 14. MEDICAMENTO •Placebo: medicamento preparado com substâncias inativas, sem finalidade terapêutica. Pode ser empregado em pesquisas clínicas ou ainda para satisfazer a necessidade psicológica do paciente de receber medicamento. •Farmacopeia: conjunto de medicamentos (drogas) oficializado pelo Ministério da Saúde, com ação consagrada e resultados eficazes e úteis para a população. •Farmacovigilância: é a identificação e a avaliação dos efeitos dos medicamentos sobre o paciente, incluindo o risco do uso dos medicamentos pela população ou por grupos de pacientes expostos a determinados tratamentos.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Especialidade farmacêutica: contem um ou mais fármacos fornecidos pela indústria farmacêutica com fórmulas aprovados e registrados pelo ministério da saúde. • Adjuvante: substância que reforça a ação do principio ativo. • Educorante: substância para corrigir sabor (adocicar). • Veiculado (liquido) ou excipiente (sólidos): meio no qual o principio ativo se dissolve. Exemplos: xarope, amido.
  • 18. • Efeito farmacológico (desejável); Modificações orgânicas decorrentes da interção fármaco-receptor ; • Efeito indesejável ou adverso, ou reação adversa a medicamentos (RAM) – é definida como sendo qualquer evento nocivo e não intencional que ocorreu na vigência do uso de um medicamento, utilizado com finalidade terapêutica, profilática ou diagnóstica, em doses normalmente recomendadas; • Eventos Adversos às Drogas (EAD) ➔ “lesão resultante da administração de qualquer droga”, inclui erros de administração. (imprevisíveis e previsíveis).
  • 19. Classificação de medicamentos • Medicamentos alopáticos: Alopatia tem como princípio norteador a cura pelo contrário. Antitérmicos; antiflamatórios; antibióticos, etc • Medicamentos homeopáticos: O medicamento homeopático é produzido por meio de diluições sucessivas de uma solução mãe concentrada até chegar a doses infinitesimais, ou seja, concentrações muito pequenas. Semelhante cura semelhante. • Medicamentos fitoterápicos: A base da produção de fitoterápicos são as plantas medicinais. Esse tipo de medicamento passa por um processo de industrialização e utiliza a planta ou parte dela como princípio ativo.
  • 20. Formas farmacêuticas • Comprimidos: medicamento ou medicamentos em pó, sob compressão em geral, de forma circular. • Drágeas: são grânulos com medicamento ou medicamentos revestidos em camada de açúcar, polidos e coloridos (drageamento) com o objetivo de mascarar o sabor e em algumas vezes evitar que a absorção comece no estômago. • Pílulas: pequenas drágeas. • Cápsulas: medicamento ou medicamentos em pó ou grânulos, envolvido em cápsula comestível (geralmente gelatina), que deve ser dissolvida no intestino. • Grânulos: são preparações que apresentam formato de grãos ou grânulos irregulares. • Pós: são preparações para uso externo e interno. São compostos por uma mistura de fármacos finamente divididos e secos.
  • 21. Formas farmacêuticas • Xaropes: São preparações aquosas com altas concentrações de açúcar ou algum adoçante substituto, podem conter flavorizantes, que são agentes que conferem um aroma característico à formulação e o princípio ativo. • Elixir: São preparações hidroalcóolicas contendo de 20% a 50% de álcool. São menos viscosos e doces que os xaropes. • Soluções: Misturas homogêneas líquidas obtidas a partir da dissolução de um sólido ou líquido em outro líquido (podem ser administradas via oral, aplicadas localmente ou injetadas). • Suspensões: são preparações líquidas que contém o princípio ativo em partículas finamente divididas e distribuídas uniformemente em um veículo onde o fármaco apresenta uma mínima solubilidade. • Aerosóis: Formas de suspensões de partículas sólidas ou líquidas dispersas em um gás. • Emulsão: combinação de dois líquidos que não se misturam, devendo ser agitada antes de usar. • Supositórios e óvulos: forma alongado, sendo sua base de glicerina, gelatina ou manteiga de cacau. Os supositórios e os óvulos possuem formato cônicos ou ogivais, para aplicação retal e vaginal, respectivamente. São usados em substituição à via oral, no caso de lesão na mucosa do trato gastrointestinal ou quando o paciente apresenta quadro de vômito ou dificuldade de deglutição.
  • 22. Formas farmacêuticas • Pomadas: são preparações de consistência pegajosa e macia, monofásica, empregadas para uso externo. • Cremes: são formulações com excipientes emulsivos (óleo/água ou água/óleo), para uso externo, podendo conter um ou mais princípios ativos. São chamados também de emulsões de alta viscosidade. • Pastas: são preparações compostas por pós finamente dispersos numa proporção que varia de 20% e 60%, sendo mais firmes e espessos que as pomadas e menos gordurosas também. As pastas são aplicáveis para uso externo. • Colutórios: Destinados à aplicação local sobre as estruturas da cavidade bucal, na forma de bochechos ou irrigações, sem que haja deglutição. • Vernizes: O fármaco encontra-se misturado ao veículo, que “toma presa” ao entrar em contato com saliva ou água.
  • 23. Principais Vias de Administração - Oral - Endovenosa -Intramuscular Subcutânea - Respiratória ou inalatória Sublingual Percutânea - Retal Intradérmica
  • 24. • Endodôntica: Aplicação do fármaco no sistema de canais radiculares dos dentes. • Submucosa e subperióstica: Vias mais empregadas em odontologia, por infiltração de soluções anestésicas locais ou corticosteroides. • Intra-articular: Injeção de fármaco no interior da cápsula articular. Em odontologia, mais especificamente na articulação temporomandibular Principais Vias de Administração
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  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32. é o ramo da farmacologia que estuda o movimento do medicamento dentro do organismo nas fases de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação. Descreve a ação do organismo sobre o medicamento. é o ramo da farmacologia que estuda o local e o mecanismo de ação, e os efeitos do medicamento no organismo. Descreve a ação do medicamento sobre o organismo.