O documento discute a história e conceitos fundamentais da farmacologia. Resume as principais áreas da farmacologia e conceitos como drogas, fármacos, formas farmacêuticas e vias de administração.
2. Histórico
Farmacologia Pharmakon - droga, fármaco ou medicamento; logos
- estudo.
Estudo da interação dos compostos químicos com os
organismos vivos
Ciência experimental que lida com as propriedades das drogas
e seus efeitos nos sistemas vivos
3. Ciência que estuda as alterações provocadas
no organismo pelas drogas ou medicamentos
Estudo dos efeitos das substâncias químicas
sobre a função dos sistemas biológicos
5. As diferentes áreas da farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
6. As diferentes áreas da farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
É o caminho que o medicamento faz no organismo.
Não estuda o mecanismo de ação, mas sim as etapas
que a droga sofre desde a administração até a excreção:
absorção, distribuição, biotransformação e excreção.
etapas simultâneas, divisão apenas didática.
7. As diferentes áreas da farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
Estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos
organismos
Mecanismos de ação
Relação entre concentração do fármaco e efeito
O efeito da droga nos tecidos
8. As diferentes áreas da farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
Estuda o preparo, a manipulação e a conservação dos
medicamentos
O desenvolvimento de novos produtos, relação com o
meio biológico, técnicas de manipulação, doses, formas
farmacêuticas, interações físicas e químicas entre os
princípios ativos
Visando conseguir melhor aproveitamento dos seus
efeitos benéficos no organismo
9. As diferentes áreas da farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
Cuida da obtenção, identificação e isolamento de
princípios ativos a partir de produtos naturais de origem
animal, vegetal ou mineral, passiveis de uso terapêutico
10. As diferentes áreas da farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
Refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das
enfermidades (Farmacologia Clínica)
Terapêutica Envolve não só o uso de medicamentos,
como também outros meios para a prevenção, diagnóstico
e tratamento das enfermidades.
Esses meios envolvem cirurgia, radiação e outros.
11. As diferentes áreas da farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
Área nova que tem se desenvolvido muito graças à
possibilidade de se interferir, através do uso de drogas, na
realização dos transplantes e de se utilizar com fins
terapêuticos substâncias normalmente participantes da
resposta imunológica
12. Conceitos básicos em farmacologia
• Droga: qualquer substância química, exceto alimentos, capaz de produzir
efeitos farmacológicos, ou seja, provocar alterações em um sistema biológico
• Fármaco: sinônimo de droga
• Forma Farmacêutica: forma de apresentação do medicamento
comprimido, drágea, pílula, xarope, colírio, entre outros
13. Conceitos básicos em farmacologia
• Medicamento: droga ou preparação com drogas usadas terapeuticamente
• Remédio: palavra usada pelo leigo como sinônimo de medicamento e
especialidade farmacêutica
• Nome químico: diz respeito à constituição da droga
• Farmacopéia: livro que oficializa as drogas/medicamentos de uso corrente e
consagrada como eficazes
14. Conceitos básicos em farmacologia
• Dose: quantidade a ser administrada de uma vez a fim de produzir efeitos
terapêuticos
• Dose letal: leva o organismo a falência (morte) generalizada
• Dose máxima: maior quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos
terapêuticos
• Dose mínima: menor quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos
terapêuticos (eficácia)
• Dose tóxica: maior quantidade de uma droga que causa efeitos adversos
15. Conceitos básicos em farmacologia
• Posologia: é o estudo das doses
• Pró-droga: substância química que precisa transformar-se no organismo
afim de tornar-se uma droga ativa
• Placebo: “Vou agradar” , (latim)
Em farmacologia significa uma substância inativa administrada para
satisfazer a necessidade psicológica do paciente
16. Conceitos básicos em farmacologia
Reações Adversas qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não
intencional que ocorre com medicamentos para profilaxia, diagnóstico,
tratamento de doença ou modificação de funções fisiológicas
Efeito Colateral efeito diferente daquele considerado como principal por um
fármaco. Esse termo deve ser distinguido de efeito adverso, pois um fármaco
pode causar outros efeitos benéficos além do principal
17. Tipos de medicamentos
Lei nº 9.787/99 – Lei dos Genéricos
• Medicamento de referência
• Genérico contém o mesmo princípio ativo - na mesma dose e forma
farmacêutica - de um medicamento de referência. É administrado pela mesma
via e tem indicação idêntica. E o mais importante: é tão seguro e eficaz quanto
o medicamento de marca, mas em geral custa menos
• Similares vendidos sobre o nome de uma marca comercial. As
embalagens não têm nem terão a frase "medicamento genérico”
18. Farmacologia - defnições
• DOSE: é a quantidade de droga
administrada
• BIODISPONIBILIDADE: é a fração de
um fármaco administrado que é evado
à circulação sistêmica
• BIOEQUIVALÊNCIA: quando um
fármaco pode ser substituído por
outro sem consequências clínicas
adversas.
19. Farmacologia- definições
• TEMPO 1/2 VIDA: é o tempo
ncessário para que a concentração
plasmática do fármaco chegue em 50
%. É utilizado para o cálculo da
posologia.
• ESTADO DE EQUILIBRIO ESTÁVEL:
indica quando o fármaco atinge a
concentração terapêutica.
20. Farmacologia
• Especificidade: Recíproca entre
substâncias e ligantes. (subst se liga
somente em determinados alvos e os
alvos só reconhecem determinada
substancia)
• Nenhum fármaco é totalmente
específico: o aumento da dose faz
com que ele atue em outros alvos
diferentes peovocando efeitos
colaterais.
21. Farmacologia
• Agonistas: causam alterações na
função celular, produzindo vários tipos
de efeitos.
• Antagonistas. Substância que se liga
ao receptor sem causar ativação
impedindo consequentemente a
ligação do agonista.
23. Farmacologia
Mecanismos envolvidos
• Alterações nos receptores
• Perda de recepores: exposição
prolongada reduz o número de
receptores expressos na superfície
celular.
• Aumento do metabolismo da
substância. Substâncias como etanol
e barbitúricos quando administradas
repetidamente, aparecem em
concentrações plasmáticas reduzidas.
24. Farmacologia
• Adaptação fisiológica: Pode ocorrer
uma diminuição do efeito de um
fármaco, devido à sua anulação por
uma resposta homeostátia. Ex:
Redução de efeitos colaterias como
náuseas e sonolência de alguns
fármacos quando se dá a
administração contínua.
25. Farmacologia
Fatores relacionados ao
paciente
Estados fisiopatológicos
Idade
Sexo
Tabagismo
Consumo de Alcool
Uso de outros Medicamentos
Anemias
Disfunção hepática
Doenças renais
Insuficiência Cardíaca
Infecção
Queimaduras
Febre
Fatores que podem influenciar os processos farmacocinéticos
26. Natural extraídos de órgãos ou glândulas (extrato de fígado); extraídos de
fonte de minério e princípios ativos de diversas plantas
Sintética substâncias preparadas em laboratórios por processos químicos
Têm composição e ação idênticas aos produtos naturais
Tipos de medicamentos
Quanto à origem
27. Tipos de medicamentos
Quanto à forma farmacêutica
Líquidos soluções, emulsões, xaropes, elixires e loções
Sólidos em pó ou em formatos sob a compressão –
comprimido, drágea, pílula, cápsula e supositório
Pastosos normalmente de uso tópico – geléias, cremes,
pomadas etc
Gasosos recipientes cilíndricos especiais: balas e em
geral são administrados por inalação
28. Vias de administração
Paraenteral
Enteral
Tópica
Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
Vai depender das circunstâncias
Condições do paciente, aceitabilidade, necessidade, doença etc
Dependendo da VA uma mesma droga pode produzir diferentes resultados
29. Vias de administração
Paraenteral
Enteral
Tópica
Epidérmica plicação sobre a pele
Colírios sobre a conjuntiva
Gotas otológicas antibióticos e corticóides para otite externa
Intranasal spray descongestionante nasal
efeito local – aplicação diretamente onde deseja-se sua ação
Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
30. Vias de administração
Paraenteral
Enteral
Tópica
Pela boca drogas na forma de tabletes, cápsulas ou gotas
Por tubo gástrico gastrostomia, diversas drogas e nutrição enteral
Pelo reto em forma de supositório
efeito sistêmico (não-local) – via trato digestivo
Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
31. Vias de administração
Paraenteral
Enteral
Tópica
Injeção intravenosa, intra-arterial, intramuscular, intracardíaca, subcutânea,
intradérmica e intraperitoneal
efeito sistêmico – por outra forma que não pelo trato digestivo
Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
32. Formas Farmacêuticas
Estado físico no qual se
apresenta um
medicamento
Objetivo das diferentes formas : FACILITAR a ...
•Administração
•Absorção
•Fracionamento
•Posologia
•Conservação
34. • COMPRIMIDOS: PRINCÍPIO ATIVO + EXCIPIENTE SÃO
SUBMETIDOS À COMPRESSÃO EM UM MOLDE GERALMENTE
CILÍNDRICO.
USO: VIA ORAL (ingeridos ou sublingual)
• IMPLANTES (subcutâneo) para ação prolongada
• DRÁGEAS: SÃO COMPRIMIDOS REVESTIDOS POR UMA
CAMADA DE SUBSTÂNCIA AÇUCARADA COM OU SEM
PRINCIPAIS FORMAS FARMACÊUTICAS CORANTE.
UTILIDADE: EVITAR A DESAGREGAÇÃO, PROTEÇÃO,
MASCARAR PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS.
USO: VIA ORAL (NÃO PODEM SER PARTIDOS)
• PÍLULAS: GERALMENTE SÃO PEQUNOS COMPRIMIOS EM
FORMA ESFÉRICA (podendo ser ou não revestida de substância
35. • CÁPSULAS: medicamentos em pó, grânulos ou líquido, envolvido
em gelatina solúvel, que deve ser dissolvido no intestino.
USO: via oral (não podem ser abertas)
• SUPOSITÓRIOS: forma alongado, sendo sua base de glicerina,
gelatina ou manteiga de cacau.
• XAROPE: medicamento + açúcar + água.
• ELIXIR: medicamento + açúcar + álcool.
• EMULSÃO/SUSPENSÃO: medicamento obtido pela associação de
dois componentes que não se misturam. Deve ser agitado antes de
usar
37. Quantidade a ser administrada
• Dose: representa a quantidade de medicamento no local de ação (biofase)
, necessária para produzir o efeito desejado .
• Posologia: Descreve a quantidade de um medicamento, que deve ser
administrado de uma só vez ou de modo fracionado num intervalo de
tempo determinado (em geral por dia) para que a dose seja alcançada.
39. Nomenclaturas
OS MEDICAMENTOS TÊM NOMENCLATURA ESPECÍFICA PARA
SER IDENTIFICADO :
• NOME QUÍMICO: é um nome cientifico que descreve sua estrutura atômica
e molecular (não é empregado no dia a dia da clínica)
• MEDICAMENTO GENÉRICO: uma forma simples de identificar o
medicamento
• NOME COMERCIAL: Nome de Marca ou Fantasia
- NOME DE MARCA É SELECIONADO PELO FABRICANTE E, O NOME
SEGUIDO DO SÍMBOLO - INDICA QUE O NOME ESTÁ REGISTRADO E
PERTENCE AO FABRICANTE DO MEDICAMENTO.
• ATENÇÃO: DEPOIS de 10 ANOS O PRODUTO É LIBERADO E
QUALQUER FABRICANTE PODERÁ PRODUZÍ-LO E PASSA A
SER IDENTIFICADO POR UM NOME DE FANTASIA
42. Interações medicamentosas
• Evento clínico em que os efeitos de um fármaco são
alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida
ou algum agente químico ambiental. Constitui causa comum
de efeitos adversos.
• Quando dois medicamentos são administrados,
concomitantemente, a um paciente, eles podem agir de
forma independente ou interagirem entre si, com aumento
ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de
outro.
43. Exemplo de Medicações de uso comum e interações
Medicamento Interage com Efeito Clinico Recomendação
Furosemida Fenitoína Reduz Diurese Monitorar diurese.
Furosemida Amicacina /
Gentamicina
↑ nefrotoxicidade e ototoxicidade
dos Aminoglicosídeos
Monitorar fç renal e audição
Hidroclorotiazida Fenoterol/
Salbutamol
↑ hipercalemia e problemas de
condução cardíaca
Monitorar níveis séricos de potássio
e problemas na
condução cardíaca.
Hidroclorotiazida Insulina Hiperglicemia, intolerância à glicose,
diabetes mellitus de início recente,
e / ou exacerbação de diabetes pré
existente.
Monitorar glicemia. Paciente deve
ser monitorado devido a possíveis
sinais de
acidose láctica (como mal-estar,
mialgias, dificuldade
respiratória, hiperventilação, lenta
ou batimentos
cardíacos irregulares, sonolência,
mal-estar abdominal)
Hidrocortisona/
Dexametasona/
Metilprednisolona/
Betametasona/
Prednisona
AAS ↑ ulcerações e sangramentos
gastrintestinais.
↓ filtração glomerular
↑metabolismo do AAS
Monitorar terapia. Redução
gradativa da dose do AAS
juntamente com a redução gradativa
dos
corticosteróides.
44. Vias de administração
• Via Oral /Enteral
- Absorção intestinal (VO)
- Absorção sublingual (SL)
• Via Retal
• Via Injetável (Parenteral)
- Via intradérmica (ID)
- Via subcutânea (SC)
- Via intramuscular (IM)
- Via endovenosa (EV/IV)
45. Outras Vias
• Inalatória
- ex: gases utilizados em anestesia e medicamentos
contra asma
• Ocular
• Intranasal (SUBARACNOIDE)
• Dérmica
• Vaginal (ex: droga para induzir o trabalho de parto)
49. Enfermagem e medicação
• A enfermagem atua na última etapa do
processo (preparo e administração dos
medicamentos), ou seja, na ponta final do
sistema de medicação e isso faz com que
muitos erros cometidos não detectados no
início ou no meio do sistema lhe sejam
atribuídos.
50. • Erros de medicação:
são passíveis de prevenção
• Ferramentas para este processo:
emprego pelo profissional dos 9 certos
durante o preparo e administração de
medicamentos.
51. Enfermagem e administração de
medicamentos
• A administração de medicamentos é um
dos deveres de maior responsabilidade da
equipe de enfermagem .
• Requer conhecimentos de farmacologia
e terapêutica no que diz respeito á ação,
dosagem, efeitos colaterais, métodos e
precauções na administração das drogas.
52. “9 certos da medicação”
• Paciente certo
• Droga certa
• Caminho certo (via correta)
• Dose certa
• Hora certa
• Documentação certa (prescrição e checagem)
• Ação certa (garantir que o medicamento seja prescrito
pela razão certa)
• Forma certa (apresentação do medicamento)
• Resposta certa (atentar para melhora do pciente)
53.
54. absorção, distribuição, biotransformação e excreção
Dose do fármaco
administrada
Concentração do fármaco
na circulação sistêmica
Concentração da fármaco
no local de ação
Absorção
Fármaco nos tecidos
de distribuição
Distribuição
Biotransformação e Excreção
Fármaco metabolizado
ou excretado
Efeito farmacológico Resposta
clínica
Toxicidade
Eficácia
FARMACOCINÉTICA
FARMACODINÂMICA
FARMACOCINÉTICA
55. Absorção
Quando o medicamento atravessa barreiras até atingir a circulação sanguínea.
As barreiras são basicamente constituídas pelas membranas celulares.
Diretamente relacionada com a capacidade das drogas de atravessar as membranas.
Administração intravenosa e intra-arterial pulam essa etapa.
FARMACOCINÉTICA
56. Características das membranas
As membranas compostas por proteínas (45%), fosfolipídios (27%), colesterol (25%) e
uma pequena porção de carboidrato, em alguns tipos de membrana, associados à
superfície externa.
FARMACOCINÉTICA
Absorção
58. Formas de atravessar as membranas
Difusão simples Através da bicamada lipídica
Depende da capacidade da droga de atravessar a camada lipoprotéica.
Coeficiente de Difusão = 1 / √ Peso Molecular
Difusão facilitada Combinação com proteína transportadora
Várias drogas são transportadas desta forma.
Ex: Penicilinas, fluorouracil (antineoplásico semelhante a um metabólito normal).
Normalmente ocorre no trato gastrointestinal, mas também nos túbulos renais e barreira
hematoencefálica.
FARMACOCINÉTICA
Absorção
59. Formas de atravessar as membranas
Pinocitose
É o caso de moléculas grandes que são englobadas e internalizadas
Ex.: Insulina
Passagem através de canais ou poros aquosos filtração
Ocorre principalmente devido à presença de capilares
fenestrados.
Comum para medicamentos hidrossolúveis e de peso molecular
relativamente elevado. Influenciado pelo diâmetro das frenetras.
FARMACOCINÉTICA
Absorção
60. Influenciam na absorção
Tamanho da molécula do fármaco e Ionização
• Molécula grande e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → Difícil absorção
• Molécula pequena e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → Fácil absorção
• Molécula grande e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → Fácil absorção
• Molécula pequena e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → Fácil absorção
“A polaridade/ionização da molécula e a lipossolubidade estão mais correlacionadas
com a capacidade de atravessar as barreiras do que o tamanho ou a massa molecular”
FARMACOCINÉTICA
Absorção
62. Vias de Administração
FARMACOCINÉTICA
Absorção
Sublingual e Oral
Os medicamentos administrados sublingual
possuem absorção mais rápida
Os níveis séricos são mais altos
Não há metabolismo de 1ª passagem
Não passa pelo suco gástrico
Não influencia de outros medicamentos ou
alimentos (aumento, redução ou retardo)
Segue para a circulação sistêmica
Influenciam na absorção
63. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Sublingual e Oral
Alterações gastrointestinais por via oral:
- pH antiácidos, bloqueadores de H2, inibidores da bomba de prótons
- motilidade anticolinéricos e laxantes
- perfusão vasodilatadores
64. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Quando a administração de fármacos por via oral deve ser evitada?
Se o fármaco:
- causar vômitos ou diarréia
- for destruído por enzimas digestivas (insulina)
- não é absorvido pela mucosa gástrica (aminoglicosídeos)
- for rapidamente degradado (lidocaína)
Se o paciente:
- está vomitando com frequência
- incapaz de engolir (crianças, pessoas com retardo mental ou inconsciente)
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Sublingual e Oral
65. FARMACOCINÉTICA
Absorção
• Absorção imprevisível – no reto não há microvilosidades
• Útil em pacientes que estão inconscientes, vomitando ou com infecção intestinal
inflamatória
• Evita a o efeito de primeira passagem pelo fígado (circulação portal)
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Retal
66. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Intravenosa via mais rápida (importante em emergências)
imediato na circulação rápida distribuição aos tecidos ação rápida
evita ação gástrica ou efeito de primeira passagem
permite maior precisão na dosagem
viável em pacientes inconscientes
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Parenteral
67. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Intramuscular e subcutânea
afetadas pelo fluxo sanguíneo local
evita ação gástrica ou efeito de primeira passagem
auto administração (insulina)
superdosagem gelo, vasoconstritor ou torniquete
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Parenteral
68. FARMACOCINÉTICA
Absorção
superfície de absorção brônquios e alvéolos inflamados
pouco efeito sistêmico
quanto menores as partículas dos fármacos – mais eficientes
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Inalação
69. FARMACOCINÉTICA
Absorção
pouco efeito sistêmico (corticosteróides e β-bloqueadores)
alguns têm efeito sistêmico
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Mucosa
Tópico
absorção lenta
veiculação lipossolúvel aumenta a eficiência
influenciados pelo fluxo sanguíneo, temperatura e área
efeito local (cortizol) e efeito sistêmico (estrogênio e nicotina)
70. Fatores determinantes da velocidade e absorção
• Fluxo sanguíneo na área de absorção Quanto maior, maior e mais rápida será a
absorção
• Área de superfície absorvente Quanto maior, maior será a sua capacidade de
absorção
• Número de barreiras a serem transpostas É inversamente proporcional à
quantidade absorvida e à velocidade de absorção
FARMACOCINÉTICA
Absorção
71. Distribuição
Processo no qual a substância reversivelmente abandona a corrente sanguínea e passa
para o interstício e/ou células ou tecidos
FARMACOCINÉTICA
72. Distribuição
Volume aparente de distribuição
FARMACOCINÉTICA
Vd = Dose (mg) / Concentração Plasmática (mg/L)
- Permite estimar a quantidade do fármaco disponível no sangue
- Permite estimar a concentração ideal
Fatores q interferem no Vd:
1) Quanto o Vd, significa que a dose para atingir a concentração ideal
2) Fármacos lipossolúveis têm Vd do que os hidrossolúveis
73. • Os medicamentos atingem os diferentes tecidos com velocidades diferentes,
dependendo de sua capacidade de atravessar membranas
• Medicamentos lipossolúveis atravessam as Memb. Cel. com mais rapidez que os
hidrossolúveis
• Os hidrossolúveis tendem a ficar no sangue (aquoso)
• Outras se concentram em tecidos específicos: glândula tireóide, fígado, SNC e rins
FARMACOCINÉTICA
Distribuição
74. • Alguns tecidos funcionam como reservatórios do medicamento, prolongando a
distribuição.
Ex.: medicamentos que se acumulam no tecido adiposo, deixam esses tecidos
lentamente e, em consequência, circulam pela corrente sanguínea durante vários dias
após a administração.
• Alguns ligam-se firmemente a proteínas do sangue
abandonam a corrente sanguínea de forma muito lenta
atingem rapidamente outros tecidos
FARMACOCINÉTICA
Distribuição
75. Interferem na distribuição das drogas
Irrigação dos tecidos
Maior vascularização ↔ maior distribuição.
Tecidos que recebem uma porcentagem maior do débito cardíaco tendem a receber
concentrações maiores de um fármaco que se encontra dissolvido no sangue.
FARMACOCINÉTICA
Distribuição
76. Interferem na distribuição das drogas
Lipossolubilidade
A lipossolubilidade quando excessiva pode prejudicar a distribuição fazendo com que
a droga se restrinja a determinados locais como o tecido adiposo.
Ex.: Anestésicos gerais barbitúricos. O Tiopental - apresenta muito lipossolúvel, de
ação ultracurta que tende a se acumular no tecido adiposo.
Grau de ionização
Se a droga permanece em uma grande proporção de formas ionizadas ela pode se
confinar a locais como o plasma ou líquido intersticial
FARMACOCINÉTICA
Distribuição
77. Interferem na distribuição das drogas
Presença de barreiras entre sangue e tecidos
• Barreira hematoencefálica: Presença de capilares não fenestrados
• Barreira placentária: Por ela passam somente drogas lipossolúveis
• Barreira hematotesticular: Por ela só passam substâncias pouco polares
FARMACOCINÉTICA
Distribuição
78. Proteínas Plasmáticas
A capacidade das drogas em se associar às proteínas plasmáticas
influi nas características farmacocinéticas
• Alta ligação a proteínas → Baixa eliminação → Maior duração do efeito
• Baixa ligação a proteínas → Alta eliminação → Menor duração do efeito
• Principais proteínas transportadoras de drogas:
- albumina drogas de ácidas
- β-globulina drogas básicas
- glicoproteína ácida drogas básicas
FARMACOCINÉTICA
Distribuição
79. Interferem na ligação fármaco-proteína plasmáticas
• Concentração do fármaco livre no plasma
• Concentração de proteínas no plasma
• Afinidade pelos locais de ligação nas proteínas
FARMACOCINÉTICA
Distribuição
80. Reservatórios e Volume de Distribuição
As drogas podem ficar temporariamente armazenadas em alguns compartimentos
À medida que vão sendo liberadas vão se distribuindo para os demais tecidos
• Proteínas plasmáticas: Drogas que interagem com as proteínas plasmáticas
• Tecido adiposo: Medicamentos de alta lipossolubilidade.
• Ossos: Drogas que apresentam alta afinidade pelo cálcio.
Ex: Tetraciclinas
• Núcleo dos hepatócitos: Drogas que tem afinidade pelos ácidos nucléicos.
Ex: Mepacrina (droga antimalárica).
FARMACOCINÉTICA
Distribuição
81. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
• Muitas drogas dão origem a metabólitos farmacologicamente ativos
• De modo geral a atividade farmacológica é perdida ou reduzida
− mais polar
− mais hidrofílico
− mais hidrossolúvel
Conjunto de transformações químicas que os fármacos após a absorção
Substâncias mais fáceis de serem excretadas
82. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Velocidades do Metabolismo
• Cinética de ordem-zero
• VM é constante não varia com a Qtd da droga
• Quantidade Fixa é metabolizada a qualquer tempo
• Enzimas saturáveis
Ex.: Álcool
- A enzima álcool desidrogenase é saturável a uma concentração de álcool de 10g/h
- Se 100g de álcool são ingeridas 10h para a metabolização completa
- Se uma dose maior que 10g é ingerida aparecem os efeitos adversos
83. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Velocidades do Metabolismo
• Cinética de primeira ordem
• VM é proporcional à Qtd da droga
• O metabolismo aumenta com a quantidade da droga
• Enzimas não saturáveis
84. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Velocidades do Metabolismo
• Cinética de primeira ordem
• Fração constante de metabolização por unidade de tempo
• o tempo para eliminar 50% do fármaco é constante (tempo de meia vida = t1/2)
t1/2 é constante independente
da dosagem administrada
85. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Reações do Metabolismo dos fármacos
• Isoenzimas microssomais P-450 (CYP)
• têm pouca especificidade
• catalizam o metabolismo da maioria dos fármacos (CYP 1, 2 e 3)
• Reações de Fase I e Fase II
86. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Reações do Metabolismo dos fármacos
• Reações de Fase I Reações não sintéticas
• Reações de oxidação, redução e hidrólise
• Introduzem um grupo funcional mais reativo na molécula
• Produtos mais reativos e mais tóxicos que as moléculas originais
• Preparam para as reações de Fase II
• Reações de Fase II Reações sintéticas
• Reações de conjugação com acido glicurônico, sulfato ou acetato
• Produzem metabólitos menos reativos e menos tóxicos
• Aumentam a polaridade, hidrofília e hidrossolubilidade
“Ocorrem no plasma, pulmão, intestino e principalmente no fígado”
87. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Indução Enzimática
• Algumas drogas, quando administradas repetidamente estimulam a atividade do
sistema microssomal hepático
• Afeta o metabolismo de fármacos metabolizados pelas P-450
• Principal mecanismo de interação medicamentosa
Ex.: Fenitoína (antiepilético) e Haloperidol (antipsicótico)
- Fenitoína induz a isoenzima P-450 (CYP1A2)
- Haloperidol metabolizado pela P-450 (CYP1A2)
- Se administrados juntos Haloperidol será metabolizado mais rápido – menos eficaz
88. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Indução Enzimática
Ex.: Rifampina (antibiótico) e Contraceptivos orais
- Fenitoína induz a isoenzima P-450
- Contraceptivos orais metabolizado pela P-450
- Contraceptivo orail será metabolizado mais rápido – menos eficaz
89. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Inibição Enzimática
• Algumas drogas bloqueiam as P-450
• O fármaco metabolizado por uma P-450 e co-administrado com um bloqueador:
• Aumenta o t1/2
• Vai se acumular nos tecidos
• Será menos excretado
• Pode expressar: reações adversas, colaterais e tóxicos
90. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
• O nível sérico da droga:
• Qdo co-administrado com um inibidor P-450
• Qdo co-administrado com um indutor P-450
• Produtos naturais e fitoterápicos também podem alterar a atividade das isoenzimas
microssomais P-450
Indutor da P-450 Inibidor da P-450
Tabaco Camomila
Brócolis Gengibre
Repolho Cravo-da-índia
91. FARMACOCINÉTICA
Eliminação - Excreção
• Fármaco e metabólitos
• Excreção renal
Substâncias com menos de 60 Da
não ligadas a proteínas
Hidrossolúveis (polares, ionizadas)
Substâncias lipossolúveis são
reabsorvidas
Secreção ativa
Bomba catiônica e aniônica
Competição por sítio de ligação
Gera interações competitivas
92. FARMACOCINÉTICA
Eliminação - Excreção
• Excreção renal
• Substâncias ionizadas tendem a ser eliminadas juntamente com a urina
• Substâncias não-ionizadas tendem a serem reabsorvidas
Substâncias ácidas (pH ) tendem a ser eliminadas com maior facilidade
Substâncias alcalinas (pH ) tendem a ser eliminadas com menor facilidade
93. FARMACOCINÉTICA
Eliminação - Excreção
• Excreção pela bile e circulação enterohepática
• Na formação da bile, o sistema hepatobiliar transfere para a bile uma série de
substâncias que se encontram no plasma, dentre elas, as drogas
• Sistema semelhante e tão importante quanto a secreção renal
• Fármacos não reabsorvidos
(polares) são eliminados nas fezes
• Fármacos reabsorvidos desta
forma têm seu t1/2 aumentado
94. FARMACOCINÉTICA
Eliminação - Excreção
• Excreção pulmonar
• Álcool e anestésicos voláteis
• Excreção cutânea e glândulas lacrimal menor importância
• Excreção mamária fármacos que formam base fraca
95. Qual o nível ideal do fármaco?
• Para atingir o nível ideal de um fármaco é preciso haver um equilíbrio entre a taxa de
absorção e eliminação a cada t1/2 do fármaco
Os níveis séricos sejam relativamente constantes quando a Qtd administrada a cada
t1/2 for igual à quantidade metabolizada e elimina no mesmo intervalo de tempo
Concentração plasmática estável (Cpss)
96.
97.
98. 1. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FARMACOLOGIA.
2. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FARMACOCINÉTICA e
FARMACODINÂMICA.
3. Estabeleça as diferenças entre FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA.
4. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FÁRMACO e
MEDICAMENTO.
5. Estabeleça as diferenças entre REAÇÕES ADVERSAS e EFEITO COLATERAL.
6. O que são vias de administração?
7. Quais as principais vias de administração? Conceitua cada uma delas.
8. O que acontece com os farmacos na biotransformação?
9. Dê um exemplo de indução enzimática que causa interação medicamentosa?
10.Quais características uma substância precisa ter para ser excretada com facilidade
nos rins?
EXERCÍCIO