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Bruno Castro| Sara Monteiro
Regente: Professor Doutor Luís Varandas
Orientadora: Drª Catarina Gouveia
HISTÓRIA CLÍNICA
 IDENTIFICAÇÃO
– ♀, 7 anos, caucasiana, natural e residente em Lisboa
 ANTECEDENTES PESSOAIS
– Vacinas: PNV actualizado. Fez 2 tomas de Prevenar® (2006 e 2007)
– Doenças anteriores: adenoidectomia, amigdalectomia e colocação
de tubos transtimpânicos aos 5 anos. Seguida em ORL.
– Contexto epidemiológico: sem qualquer contacto com familiares
doentes
 ANTECEDENTES FAMILIARES
– Pai: 27 anos, saudável
– Mãe: saudável
HISTÓRIA CLÍNICA
DOENÇA ACTUAL
lesões nodulares
eritematosas nos membros
inferiores, inicialmente em
pequeno número
anorexia

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Febre
Tosse
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×
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Janeiro 2013
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SERVIÇO DE
URGÊNCIA
HISTÓRIA CLÍNICA
HISTÓRIA CLÍNICA
EXAME OBJECTIVO SU
 Bom estado geral, colaborante,
sem sensação de doença
 Pele pálida, mucosas coradas e
hidratadas, anictérica.
 Orofaringe e otoscopia sem
alterações
 ACP sem alterações
 Abdómen sem alterações
 MIs: lesões eritematosas,
nodulares, dolorosas em
ambas as pernas, poupando as
nádegas
ANÁLISES SU
Hemoglobina 13,1
Hematócrito 38%
Leucócitos 9400
Neutrófilos 59,1%
Linfócitos 30%
Plaquetas 359 000
VS 55
PCR 37,3
Phadirect Negativo
TASO 114
Ac AntiDNAse B 100
Lesões
nodulares, e
ritematosas
Anorexia
PROVA
TUBERCULÍNICA
15 mm de induração
com flictenas, após 72 h
Eritema
Nodoso
HISTÓRIA CLÍNICA
HISTÓRIA CLÍNICA
HISTÓRIA CLÍNICA
INTERNAMENTO NA UNIDADE DE INFECCIOLOGIA
EXAME OBJECTIVO  Aparecimento de duas lesões semelhantes
às pré-existentes na face externa do
antebraço direito;
 Restante EO sobreponível.
EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO
 Hemograma (com VS, PCR, função renal e
hepática)
 Ionograma
 Análise sumária à urina
 Pesquisa de BAAR no suco gástrico
 TC tórax
EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO
Eritrócitos 5,09
Hb 13,6
Htc 40,7%
VGM 79,9
HGM 26,7
CHGM 33,4
Leucócitos 7,7
Neutrófilos 73,66%
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PCR 32,3
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Na 137
K 4,3
TASO 114
Ac anti-Dnase B 100
VIH 1 e 2 -
EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO
 EXAME SUMÁRIO DE URINA
Sem alterações
 SUCO GÁSTRICO
Pesquisa BAAR: negativa
 TC TÓRAX
Compatível com TP primária
EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO
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ERITEMA NODOSO NO CONTEXTO DE TP
PRIMÁRIA
HISTÓRIA CLÍNICA ECD’S
TRATAMENTO
Isoniazida
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2 MESES
 Rastreio contactos
 Notificação – Doenças de Declaração Obrigatória
REVISÃO TEÓRICA
ERITEMA NODOSO
DEFINIÇÃO
 Reacção cutânea  lesões nodulares de origem inflamatória.
PANICULITE SEPTAL, Ø VASCULITE
 Clinicamente:
 nódulos subcutâneos eritematosos, firmes, proeminentes, quentes e
dolorosos
 membros inferiores, de predomínio pré-tibial.
ERITEMA NODOSO
ETIOLOGIA
INFECCIOSO
Bactérias
Vírus
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NÃO INFECCIOSO
Imunológicas
Fármacos
Hormonais
Neoplásicas
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ERITEMA NODOSO
ETIOLOGIA
Infeccioso
S. pyogenis
M. tuberculosis
NãoInfeccioso
Imunológicas
D. Inflamatórias
Intestinais
Sarcoidose
Doença de Beçhet
Farmacológicas
Sulfonamidas
Amoxicilina
Anticonceptivos
orais
ERITEMA NODOSO
EPIDEMIOLOGIA
 Raro (1 a 5/100.000 pessoas/ano, nos adultos); muito raro < 2 anos
 + frequente: , 15-40 anos
 Paniculite + frequente em idade pediátrica
FISIOPATOLOGIA
 agentes indutores  resposta de hipersensibilidade
 formação de imunocomplexos  deposição dentro e à volta das vénulas dos
septos do tec. conjuntivo (tecido subcutâneo)
?
ERITEMA NODOSO
 Aparecimento súbito de nódulos (1-5 cm):
 bilaterais e simétricos
 eritematosos
 depressíveis
 dolorosos
 quentes
 Nódulos podem confluir e formar placas eritematosas
 Perda do relevo e a aquisição de tonalidade acastanhada ou arroxeada
 Face anterior dos membros inferiores
Não ocorre ulceração, atrofia ou cicatriz!
CLÍNICA
ERITEMA NODOSO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 Vasculite nodular (Eritema induratum/Doença de Bazin)
 Tromboflebite superficial
 Poliartrite nodosa
 Sarcoidose subcutânea
 Púrpura Henoch-Schonlein
 Infecções subcutâneas
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ERITEMA NODOSO
Etiologia muito variada – necessidade de ponderar pedido de ECD’s
EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO
Diagnóstico: Essencialmente clínico!
 Hemograma
 Morfologia do sangue periférico
 Função hepática e função renal
 Electroforese das proteínas
 VS, PCR
 Cultura do exsudado faríngeo
 TASO e anti-DNase B
 Radiografia/TC de tórax
 Teste de Mantoux
 Coproculturas
 Biópsia
ERITEMA NODOSO
TERAPÊUTICA
Tratamento da causa
subjacente
Antibioterapia
Antibacilares
Suspender fármaco
…
Tratamento sintomático
Repouso (restrição exercício físico)
Evitar contacto irritativo nas lesões
AINEs
Evitar corticóides sistémicos
ERITEMA NODOSO
PROGNÓSTICO
 Benigno e auto-limitado;
 Regressão espontânea (3 a 4 semanas; casos mais graves: 6 semanas);
 Recorrência pouco frequente;
 Cronicidade muito rara;
 Complicações muito raras.
BIBLIOGRAFIA
 Eng AM, Aronson IK. Dermatopathology of panniculitis. Semin Dermatol 1984;3:1-13
 Labbe L, Perel Y, Maleville J, Taieb A. Erythema nodosum in children: a study of 27
patients. Pediatr Dermatol 1996;13:447-50
 Requena L, ShánchezYus E. Erythemanodosum. DermatolClin 26 (2008): 425-438.
 Requena L, Sánchez Yus E. Panniculitis. Part I. Mostly septal panniculitis. J Am Acad
Dermatol 2001;45:163-83
 Yi, S etal.ErythemaNodosum: Clinicopathologiccorrelationsandtheir use in diferencial
diagnosis. YonseiMed 48 (2007): 601-608
 http://www.uptodate.com/contents/erythema-nodosum-the-
basics?source=search_result&search=erythema+nodosum+children&selectedTitle=1
~138
 http://www.uptodate.com/contents/erythema-
nodosum?source=search_result&search=erythema+nodosum+children&selectedTitle
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Eritema Nodoso

  • 1. Bruno Castro| Sara Monteiro Regente: Professor Doutor Luís Varandas Orientadora: Drª Catarina Gouveia
  • 2. HISTÓRIA CLÍNICA  IDENTIFICAÇÃO – ♀, 7 anos, caucasiana, natural e residente em Lisboa  ANTECEDENTES PESSOAIS – Vacinas: PNV actualizado. Fez 2 tomas de Prevenar® (2006 e 2007) – Doenças anteriores: adenoidectomia, amigdalectomia e colocação de tubos transtimpânicos aos 5 anos. Seguida em ORL. – Contexto epidemiológico: sem qualquer contacto com familiares doentes  ANTECEDENTES FAMILIARES – Pai: 27 anos, saudável – Mãe: saudável
  • 3. HISTÓRIA CLÍNICA DOENÇA ACTUAL lesões nodulares eritematosas nos membros inferiores, inicialmente em pequeno número anorexia   Febre Tosse Sudorese nocturna Outra sintomatologia × × × × Última semana de Janeiro 2013 2 de Fevereiro 2013 SERVIÇO DE URGÊNCIA
  • 5. HISTÓRIA CLÍNICA EXAME OBJECTIVO SU  Bom estado geral, colaborante, sem sensação de doença  Pele pálida, mucosas coradas e hidratadas, anictérica.  Orofaringe e otoscopia sem alterações  ACP sem alterações  Abdómen sem alterações  MIs: lesões eritematosas, nodulares, dolorosas em ambas as pernas, poupando as nádegas ANÁLISES SU Hemoglobina 13,1 Hematócrito 38% Leucócitos 9400 Neutrófilos 59,1% Linfócitos 30% Plaquetas 359 000 VS 55 PCR 37,3 Phadirect Negativo TASO 114 Ac AntiDNAse B 100
  • 6. Lesões nodulares, e ritematosas Anorexia PROVA TUBERCULÍNICA 15 mm de induração com flictenas, após 72 h Eritema Nodoso HISTÓRIA CLÍNICA
  • 8. HISTÓRIA CLÍNICA INTERNAMENTO NA UNIDADE DE INFECCIOLOGIA EXAME OBJECTIVO  Aparecimento de duas lesões semelhantes às pré-existentes na face externa do antebraço direito;  Restante EO sobreponível.
  • 9. EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO  Hemograma (com VS, PCR, função renal e hepática)  Ionograma  Análise sumária à urina  Pesquisa de BAAR no suco gástrico  TC tórax
  • 10. EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO Eritrócitos 5,09 Hb 13,6 Htc 40,7% VGM 79,9 HGM 26,7 CHGM 33,4 Leucócitos 7,7 Neutrófilos 73,66% Plaquetas 410 000 VS 68 mm/h PCR 32,3 ANÁLISES Ureia 18 Creatinina 0,34 FA 192 Ca 10,2 Fósforo 4,0 Magnésio 2,2 Na 137 K 4,3 TASO 114 Ac anti-Dnase B 100 VIH 1 e 2 -
  • 11. EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO  EXAME SUMÁRIO DE URINA Sem alterações  SUCO GÁSTRICO Pesquisa BAAR: negativa  TC TÓRAX Compatível com TP primária
  • 12. EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO
  • 13. DISCUSSÃO ERITEMA NODOSO NO CONTEXTO DE TP PRIMÁRIA HISTÓRIA CLÍNICA ECD’S
  • 14. TRATAMENTO Isoniazida 200mg Rifampicina 300 mg Pirazinamida 500 mg 2 MESES  Rastreio contactos  Notificação – Doenças de Declaração Obrigatória
  • 16. ERITEMA NODOSO DEFINIÇÃO  Reacção cutânea  lesões nodulares de origem inflamatória. PANICULITE SEPTAL, Ø VASCULITE  Clinicamente:  nódulos subcutâneos eritematosos, firmes, proeminentes, quentes e dolorosos  membros inferiores, de predomínio pré-tibial.
  • 18. ERITEMA NODOSO ETIOLOGIA Infeccioso S. pyogenis M. tuberculosis NãoInfeccioso Imunológicas D. Inflamatórias Intestinais Sarcoidose Doença de Beçhet Farmacológicas Sulfonamidas Amoxicilina Anticonceptivos orais
  • 19. ERITEMA NODOSO EPIDEMIOLOGIA  Raro (1 a 5/100.000 pessoas/ano, nos adultos); muito raro < 2 anos  + frequente: , 15-40 anos  Paniculite + frequente em idade pediátrica FISIOPATOLOGIA  agentes indutores  resposta de hipersensibilidade  formação de imunocomplexos  deposição dentro e à volta das vénulas dos septos do tec. conjuntivo (tecido subcutâneo) ?
  • 20. ERITEMA NODOSO  Aparecimento súbito de nódulos (1-5 cm):  bilaterais e simétricos  eritematosos  depressíveis  dolorosos  quentes  Nódulos podem confluir e formar placas eritematosas  Perda do relevo e a aquisição de tonalidade acastanhada ou arroxeada  Face anterior dos membros inferiores Não ocorre ulceração, atrofia ou cicatriz! CLÍNICA
  • 21. ERITEMA NODOSO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL  Vasculite nodular (Eritema induratum/Doença de Bazin)  Tromboflebite superficial  Poliartrite nodosa  Sarcoidose subcutânea  Púrpura Henoch-Schonlein  Infecções subcutâneas  Picada de insecto
  • 22. ERITEMA NODOSO Etiologia muito variada – necessidade de ponderar pedido de ECD’s EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO Diagnóstico: Essencialmente clínico!  Hemograma  Morfologia do sangue periférico  Função hepática e função renal  Electroforese das proteínas  VS, PCR  Cultura do exsudado faríngeo  TASO e anti-DNase B  Radiografia/TC de tórax  Teste de Mantoux  Coproculturas  Biópsia
  • 23. ERITEMA NODOSO TERAPÊUTICA Tratamento da causa subjacente Antibioterapia Antibacilares Suspender fármaco … Tratamento sintomático Repouso (restrição exercício físico) Evitar contacto irritativo nas lesões AINEs Evitar corticóides sistémicos
  • 24. ERITEMA NODOSO PROGNÓSTICO  Benigno e auto-limitado;  Regressão espontânea (3 a 4 semanas; casos mais graves: 6 semanas);  Recorrência pouco frequente;  Cronicidade muito rara;  Complicações muito raras.
  • 25. BIBLIOGRAFIA  Eng AM, Aronson IK. Dermatopathology of panniculitis. Semin Dermatol 1984;3:1-13  Labbe L, Perel Y, Maleville J, Taieb A. Erythema nodosum in children: a study of 27 patients. Pediatr Dermatol 1996;13:447-50  Requena L, ShánchezYus E. Erythemanodosum. DermatolClin 26 (2008): 425-438.  Requena L, Sánchez Yus E. Panniculitis. Part I. Mostly septal panniculitis. J Am Acad Dermatol 2001;45:163-83  Yi, S etal.ErythemaNodosum: Clinicopathologiccorrelationsandtheir use in diferencial diagnosis. YonseiMed 48 (2007): 601-608  http://www.uptodate.com/contents/erythema-nodosum-the- basics?source=search_result&search=erythema+nodosum+children&selectedTitle=1 ~138  http://www.uptodate.com/contents/erythema- nodosum?source=search_result&search=erythema+nodosum+children&selectedTitle =4~138#H11
  • 27. Bruno Castro| Sara Monteiro