O documento discute as categorias da enunciação e os conceitos de éthos do enunciador e páthos do enunciatário. Trata dos mecanismos de debreagem que instauram pessoas, tempos e espaços no texto e da distinção entre enunciador e narrador. Aborda também a construção dos espaços e atores do Novo Mundo e a definição discursiva de boato.
O documento apresenta vários textos sobre o conceito de texto. São abordados tópicos como:
1) Textos podem ser verbais ou visuais e não são apenas escritos, podendo ser orais também;
2) Para fazer sentido, os textos dependem do contexto e do conhecimento de mundo do leitor;
3) Diferentes gêneros textuais são apresentados como crônica, cartum, poema, tirinha, manual e notícia.
O documento discute as regras de concordância nominal e verbal em português. Apresenta exemplos de concordância verbal com diferentes tipos de sujeito, como coletivos, partitivos, compostos e indefinidos. Também aborda casos em que a flexibilidade na concordância é permitida.
A professora Zenilda ensina sobre pronomes para o Seninha. Ela explica que pronomes substituem nomes e classifica os pronomes pessoais do caso reto, oblíquo, demonstrativos, possessivos, relativos e indefinidos. O Seninha demonstra interesse e compreensão, fazendo perguntas para esclarecer suas dúvidas.
O documento discute os diferentes tipos de predicados e verbos em termos de predicação. Em três frases:
O predicado contém o verbo da oração e pode ser nominal quando inclui um verbo de ligação e um predicativo do sujeito. Existem verbos transitivos que exigem um objeto e verbos intransitivos que não exigem. O objeto pode ser direto ou indireto dependendo da presença ou ausência de preposição.
Este documento discute os principais conceitos da semântica, incluindo sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia e polissemia. Explica como o significado das palavras depende de relações como significados iguais ou semelhantes, significados opostos, estrutura fonética idêntica com significados diferentes, semelhança na escrita e pronúncia e uma palavra com vários significados. Também aborda conotação versus denotação e o valor semântico das preposições.
Concepção de língua e linguagem, signo e fala..pptRosiane Candido
O documento discute conceitos fundamentais sobre linguagem e suas funções. Ele define linguagem como a atividade humana de representação do mundo por meio de signos que revela aspectos históricos, sociais e culturais. A linguagem é usada para interação social entre interlocutores e inclui diferentes sistemas como línguas, pintura, dança e gestos.
Este documento discute as funções da linguagem e como elas se relacionam com os objetivos de um texto. Ele lista as principais funções como emotiva, referencial, apelativa, fática, poética e metalingüística e fornece exemplos de cada uma. Também explica que várias funções podem estar presentes em um texto, embora geralmente uma delas predomine de acordo com o objetivo do emissor.
O documento classifica palavras em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas de acordo com a sílaba tônica, ou seja, a sílaba pronunciada com maior intensidade, e afirma que todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.
O documento apresenta vários textos sobre o conceito de texto. São abordados tópicos como:
1) Textos podem ser verbais ou visuais e não são apenas escritos, podendo ser orais também;
2) Para fazer sentido, os textos dependem do contexto e do conhecimento de mundo do leitor;
3) Diferentes gêneros textuais são apresentados como crônica, cartum, poema, tirinha, manual e notícia.
O documento discute as regras de concordância nominal e verbal em português. Apresenta exemplos de concordância verbal com diferentes tipos de sujeito, como coletivos, partitivos, compostos e indefinidos. Também aborda casos em que a flexibilidade na concordância é permitida.
A professora Zenilda ensina sobre pronomes para o Seninha. Ela explica que pronomes substituem nomes e classifica os pronomes pessoais do caso reto, oblíquo, demonstrativos, possessivos, relativos e indefinidos. O Seninha demonstra interesse e compreensão, fazendo perguntas para esclarecer suas dúvidas.
O documento discute os diferentes tipos de predicados e verbos em termos de predicação. Em três frases:
O predicado contém o verbo da oração e pode ser nominal quando inclui um verbo de ligação e um predicativo do sujeito. Existem verbos transitivos que exigem um objeto e verbos intransitivos que não exigem. O objeto pode ser direto ou indireto dependendo da presença ou ausência de preposição.
Este documento discute os principais conceitos da semântica, incluindo sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia e polissemia. Explica como o significado das palavras depende de relações como significados iguais ou semelhantes, significados opostos, estrutura fonética idêntica com significados diferentes, semelhança na escrita e pronúncia e uma palavra com vários significados. Também aborda conotação versus denotação e o valor semântico das preposições.
Concepção de língua e linguagem, signo e fala..pptRosiane Candido
O documento discute conceitos fundamentais sobre linguagem e suas funções. Ele define linguagem como a atividade humana de representação do mundo por meio de signos que revela aspectos históricos, sociais e culturais. A linguagem é usada para interação social entre interlocutores e inclui diferentes sistemas como línguas, pintura, dança e gestos.
Este documento discute as funções da linguagem e como elas se relacionam com os objetivos de um texto. Ele lista as principais funções como emotiva, referencial, apelativa, fática, poética e metalingüística e fornece exemplos de cada uma. Também explica que várias funções podem estar presentes em um texto, embora geralmente uma delas predomine de acordo com o objetivo do emissor.
O documento classifica palavras em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas de acordo com a sílaba tônica, ou seja, a sílaba pronunciada com maior intensidade, e afirma que todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.
O documento discute o uso de conjunções na construção de textos. Apresenta exemplos de poemas de Carlos Drummond de Andrade e Álvares de Azevedo para ilustrar o uso de conjunções. Explora as funções sintática, morfológica e semântica de conjunções e classifica-as em coordenativas e subordinativas.
Os textos apresentados tratam de intertextualidade, que é a relação entre um texto e outros textos anteriores. Eles discutem exemplos de intertextualidade explícita e implícita entre poemas, músicas, obras de arte, propagandas e outros meios.
O documento explica três tipos de orações subordinadas adjetivas: 1) São introduzidas por pronomes relativos como "quem" e modificam substantivos; 2) O pronome relativo pode vir precedido de preposição se o verbo exigir; 3) Podem ser classificadas como restritivas ou explicativas dependendo se restringem ou acrescentam informação ao termo modificado.
O documento discute os diferentes níveis de linguagem e normas regionais no português brasileiro. Em três frases ou menos:
Existem diferentes níveis de linguagem como o culto, coloquial e grupal, este último subdividido em normas regionais, gírias e técnicas. Dentro do nível coloquial, existem os subníveis popular e familiar. Cada região possui características lexicais e de sotaque próprias.
O documento discute os conceitos de signo, significante, significado, léxico e sintaxe na linguagem. Explica que um signo possui um elemento tangível (significante) e um conceito abstrato (significado) e que os signos só adquirem sentido no contexto social e cultural. Também define o léxico como o vocabulário de uma língua e a sintaxe como o conjunto de regras que organizam os elementos linguísticos.
Coesão é a ligação harmoniosa entre os parágrafos de um texto através de elementos linguísticos como conjunções e pronomes para evitar repetições. Coerência é a relação lógica entre as partes de um texto que garante uma unidade de sentido.
AULA SHOW DE LINGUÍSTICA APLICADA À INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS EM CONCURSOS, ENE...Antônio Fernandes
Esta é uma aula de linguística aplicada à interpretação de textos para concursos, ENEM, Vestibulares. O resultado final ficou muito deem uma conferida e entendam que interpretar está muito além de decorar regras. Interpretar exige de nós o exercício do magnífico ato de pensar.
Professor: Antônio Fernandes Neto.
O documento discute as regras de uso do hífen em palavras compostas por prefixos. Ele explica que o hífen é usado para separar letras iguais e juntar letras diferentes, e fornece exemplos como "anti-inflamatório" e "supra-auricular". O documento também trata de casos especiais com os prefixos que terminam em consoante e a palavra seguinte começa por R ou S, como em "sub-reino", e com os prefixos "ex-", "sota-", "soto-", "vice-", "circum" e "pan".
O documento discute os conceitos de polifonia, dialogismo e marcadores polifônicos segundo Bakhtin e Ducrot. Apresenta que, para esses autores, a linguagem é social e plurivalente, constituída por diferentes vozes. Também explica pressupostos, subentendidos e ironia como marcadores que indicam a presença de outras vozes em um texto.
O documento discute os conceitos-chave da análise de discurso, incluindo: (1) A análise de discurso examina como a linguagem é usada em contextos sociais e históricos; (2) Teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault influenciaram o desenvolvimento da análise de discurso ao entender a linguagem como um ato social e discursivo; (3) A escola francesa da análise de discurso procura entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade
O texto descreve um ambiente escolar no final do período da regência no Brasil, quando havia grande agitação pública. O mestre observava atentamente os alunos durante a aula, em especial seu filho, para repreendê-lo caso necessário. Os alunos, no entanto, mantinham-se concentrados em seus livros para evitar qualquer punição, especialmente com a palmatória que ficava pendurada próxima ao professor.
Linguagem, língua, escrita e oralidadeKaren Olivan
Reconhecer que a língua está em constante mudança e que tais mudanças são fenômenos sociais, regionais, os quais resultam em diferentes formas de registro.
Este documento apresenta uma aula sobre contos de terror, definindo o gênero e discutindo seus elementos característicos, como enredo, personagens, tempo e espaço. Inclui atividades como perguntas, textos para leitura e resumo. O objetivo é preparar os alunos para compreender e analisar contos de terror.
O documento discute os principais conceitos da semântica, incluindo sinonímia, antonímia, hiponímia/hiperonímia, homonímia, paronímia e polissemia. Fornece exemplos de cada um desses conceitos e explica como eles afetam o significado das palavras.
O documento explica três tipos de predicados: 1) Predicado Nominal (PN), onde o núcleo é um nome; 2) Predicado Verbal (PV), onde o núcleo é um verbo; e 3) Predicado Verbo-Nominal (PVN), que possui dois núcleos, um verbo e um nome. O PVN ocorre quando há um verbo significativo mais um Predicativo do Sujeito ou Predicativo do Objeto. Esses Predicativos caracterizam, respectivamente, o Sujeito ou Objeto no momento da ação.
O documento discute os conceitos de coesão e coerência em textos. A coesão refere-se às conexões gramaticais entre palavras e frases em um texto, enquanto a coerência se refere à estrutura lógica e semântica que faz com que as ideias em um texto formem um todo significativo. Embora a coesão não seja essencial, seu uso ajuda a tornar o texto mais legível estabelecendo claramente as relações entre suas partes.
O documento descreve os principais elementos da narrativa, incluindo narrador, enredo, personagens, espaço e tempo. Detalha os tipos de narrador, como onisciente, personagem e observador. Explora também os conceitos de protagonista, co-protagonista, personagem secundária e antagonista.
O documento discute o uso da vírgula para separar termos e orações dentro de uma frase. A vírgula é usada para separar termos da mesma função, exceto quando unidos por conjunções. Também é usada para isolar apostos, vocativos, datas e termos intercalados.
Este documento resume las propuestas de varios lingüistas sobre el enfoque enunciativo del análisis del discurso. Explica que para Bajtín y Benveniste, el enunciado es la unidad básica de la comunicación y debe estudiarse en su contexto comunicativo y en relación con otros enunciados. También describe las contribuciones de Maingueneau, Kerbrat-Orecchioni y Ducrot sobre conceptos como la competencia lingüística, las relaciones de poder en la comunicación y el análisis pragmático.
O documento discute a interatividade no ciberespaço de acordo com Santaella (2004). A interatividade tem origem na física, sociologia e comunicação e pressupõe influência mútua entre emissor e receptor. No ciberespaço, as mensagens são abertas, dialógicas e mutáveis, exigindo reciprocidade. Tanto Bakhtin quanto Peirce defendiam que a linguagem é social e dialógica, com sentidos emergentes na interação de vozes. A interatividade nas redes externaliza o caráter dialógico da lingu
O documento discute o uso de conjunções na construção de textos. Apresenta exemplos de poemas de Carlos Drummond de Andrade e Álvares de Azevedo para ilustrar o uso de conjunções. Explora as funções sintática, morfológica e semântica de conjunções e classifica-as em coordenativas e subordinativas.
Os textos apresentados tratam de intertextualidade, que é a relação entre um texto e outros textos anteriores. Eles discutem exemplos de intertextualidade explícita e implícita entre poemas, músicas, obras de arte, propagandas e outros meios.
O documento explica três tipos de orações subordinadas adjetivas: 1) São introduzidas por pronomes relativos como "quem" e modificam substantivos; 2) O pronome relativo pode vir precedido de preposição se o verbo exigir; 3) Podem ser classificadas como restritivas ou explicativas dependendo se restringem ou acrescentam informação ao termo modificado.
O documento discute os diferentes níveis de linguagem e normas regionais no português brasileiro. Em três frases ou menos:
Existem diferentes níveis de linguagem como o culto, coloquial e grupal, este último subdividido em normas regionais, gírias e técnicas. Dentro do nível coloquial, existem os subníveis popular e familiar. Cada região possui características lexicais e de sotaque próprias.
O documento discute os conceitos de signo, significante, significado, léxico e sintaxe na linguagem. Explica que um signo possui um elemento tangível (significante) e um conceito abstrato (significado) e que os signos só adquirem sentido no contexto social e cultural. Também define o léxico como o vocabulário de uma língua e a sintaxe como o conjunto de regras que organizam os elementos linguísticos.
Coesão é a ligação harmoniosa entre os parágrafos de um texto através de elementos linguísticos como conjunções e pronomes para evitar repetições. Coerência é a relação lógica entre as partes de um texto que garante uma unidade de sentido.
AULA SHOW DE LINGUÍSTICA APLICADA À INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS EM CONCURSOS, ENE...Antônio Fernandes
Esta é uma aula de linguística aplicada à interpretação de textos para concursos, ENEM, Vestibulares. O resultado final ficou muito deem uma conferida e entendam que interpretar está muito além de decorar regras. Interpretar exige de nós o exercício do magnífico ato de pensar.
Professor: Antônio Fernandes Neto.
O documento discute as regras de uso do hífen em palavras compostas por prefixos. Ele explica que o hífen é usado para separar letras iguais e juntar letras diferentes, e fornece exemplos como "anti-inflamatório" e "supra-auricular". O documento também trata de casos especiais com os prefixos que terminam em consoante e a palavra seguinte começa por R ou S, como em "sub-reino", e com os prefixos "ex-", "sota-", "soto-", "vice-", "circum" e "pan".
O documento discute os conceitos de polifonia, dialogismo e marcadores polifônicos segundo Bakhtin e Ducrot. Apresenta que, para esses autores, a linguagem é social e plurivalente, constituída por diferentes vozes. Também explica pressupostos, subentendidos e ironia como marcadores que indicam a presença de outras vozes em um texto.
O documento discute os conceitos-chave da análise de discurso, incluindo: (1) A análise de discurso examina como a linguagem é usada em contextos sociais e históricos; (2) Teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault influenciaram o desenvolvimento da análise de discurso ao entender a linguagem como um ato social e discursivo; (3) A escola francesa da análise de discurso procura entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade
O texto descreve um ambiente escolar no final do período da regência no Brasil, quando havia grande agitação pública. O mestre observava atentamente os alunos durante a aula, em especial seu filho, para repreendê-lo caso necessário. Os alunos, no entanto, mantinham-se concentrados em seus livros para evitar qualquer punição, especialmente com a palmatória que ficava pendurada próxima ao professor.
Linguagem, língua, escrita e oralidadeKaren Olivan
Reconhecer que a língua está em constante mudança e que tais mudanças são fenômenos sociais, regionais, os quais resultam em diferentes formas de registro.
Este documento apresenta uma aula sobre contos de terror, definindo o gênero e discutindo seus elementos característicos, como enredo, personagens, tempo e espaço. Inclui atividades como perguntas, textos para leitura e resumo. O objetivo é preparar os alunos para compreender e analisar contos de terror.
O documento discute os principais conceitos da semântica, incluindo sinonímia, antonímia, hiponímia/hiperonímia, homonímia, paronímia e polissemia. Fornece exemplos de cada um desses conceitos e explica como eles afetam o significado das palavras.
O documento explica três tipos de predicados: 1) Predicado Nominal (PN), onde o núcleo é um nome; 2) Predicado Verbal (PV), onde o núcleo é um verbo; e 3) Predicado Verbo-Nominal (PVN), que possui dois núcleos, um verbo e um nome. O PVN ocorre quando há um verbo significativo mais um Predicativo do Sujeito ou Predicativo do Objeto. Esses Predicativos caracterizam, respectivamente, o Sujeito ou Objeto no momento da ação.
O documento discute os conceitos de coesão e coerência em textos. A coesão refere-se às conexões gramaticais entre palavras e frases em um texto, enquanto a coerência se refere à estrutura lógica e semântica que faz com que as ideias em um texto formem um todo significativo. Embora a coesão não seja essencial, seu uso ajuda a tornar o texto mais legível estabelecendo claramente as relações entre suas partes.
O documento descreve os principais elementos da narrativa, incluindo narrador, enredo, personagens, espaço e tempo. Detalha os tipos de narrador, como onisciente, personagem e observador. Explora também os conceitos de protagonista, co-protagonista, personagem secundária e antagonista.
O documento discute o uso da vírgula para separar termos e orações dentro de uma frase. A vírgula é usada para separar termos da mesma função, exceto quando unidos por conjunções. Também é usada para isolar apostos, vocativos, datas e termos intercalados.
Este documento resume las propuestas de varios lingüistas sobre el enfoque enunciativo del análisis del discurso. Explica que para Bajtín y Benveniste, el enunciado es la unidad básica de la comunicación y debe estudiarse en su contexto comunicativo y en relación con otros enunciados. También describe las contribuciones de Maingueneau, Kerbrat-Orecchioni y Ducrot sobre conceptos como la competencia lingüística, las relaciones de poder en la comunicación y el análisis pragmático.
O documento discute a interatividade no ciberespaço de acordo com Santaella (2004). A interatividade tem origem na física, sociologia e comunicação e pressupõe influência mútua entre emissor e receptor. No ciberespaço, as mensagens são abertas, dialógicas e mutáveis, exigindo reciprocidade. Tanto Bakhtin quanto Peirce defendiam que a linguagem é social e dialógica, com sentidos emergentes na interação de vozes. A interatividade nas redes externaliza o caráter dialógico da lingu
O documento discute a origem e evolução da intertextualidade e da literatura comparada. Apresenta exemplos de Aristóteles, Platão e outros que já discutiam influências entre textos na antiguidade. Também aborda o desenvolvimento do comparatismo na França entre os séculos XVIII e XIX e como ele contribuiu para a literatura comparada moderna.
O documento discute a intertextualidade em anúncios publicitários da rede Hortifruti que faziam referência a filmes famosos. A análise de um anúncio específico mostra como ele alude implicitamente ao filme "O Diabo Veste Prada" por meio de jogos de palavras e estilização, demonstrando processos de intertextualidade.
Este documento apresenta conceitos fundamentais da linguagem forense como precisão, concisão, pureza e clareza. Discute também classes gramaticais como substantivos, verbos e adjetivos. Explora ainda semântica, ambiguidade, sinônimos e antônimos, importantes para a linguagem jurídica.
Leitura e produ+ç+âo de texto ôçô linguagem forenseAgassis Rodrigues
O documento apresenta uma aula sobre a linguagem forense, destacando elementos como:
1) O uso de pronomes demonstrativos como este, esse e aquele para localizar ou identificar substantivos;
2) O emprego de pronomes indefinidos como um, uma, uns, umas e a necessidade de evitá-los;
3) A função do pronome relativo que e outros para ligar orações e se referir a termos, importante na linguagem jurídica;
4) A forma de escrever numerais como 20 dias do mês de maio na linguagem forense.
O documento discute a linguagem forense e a importância da palavra no Direito. Apresenta os conceitos de Bakhtin sobre o dialogismo e caráter ideológico da linguagem. Segundo Bakhtin, a linguagem é dialógica e reflete as relações sociais, não sendo um mero reflexo da realidade. O discurso jurídico pode ser analisado à luz desses conceitos bakhtinianos.
É por meio da linguagem escrita, falada ou expressada de alguma forma, que se dá a efetividade da comunicação entre os homens. A linguagem jurídica não está imune à incidência dos vícios de linguagem, próprios da linguagem natural.
Este documento discute as linguagens jurídicas e o juridiquês. Ele explica que os profissionais do direito desenvolveram uma linguagem específica com termos técnicos e palavras arcaicas. O excesso de juridiquês pode tornar os textos jurídicos incompreensíveis. Uma linguagem mais equilibrada entre formalidade e acessibilidade beneficiaria tanto os profissionais quanto o público leigo.
O documento apresenta um resumo sobre o pensamento do filósofo Mikhail Bakhtin. Apresenta sua biografia, obras principais e ideias como o dialogismo, que defende que a linguagem é constituída pelo diálogo entre vozes no discurso. Bakhtin argumenta que todo enunciado absorve discursos anteriores e contém mais de uma voz.
O documento descreve um resumo de exercícios sobre linguagem jurídica. Contém comentários sobre termos jurídicos parônimos e suas famílias ideológicas, reescrita de períodos utilizando termos jurídicos específicos e uma lista de pares de palavras jurídicas homônimas/polissêmicas. Respostas são fornecidas para cada exercício proposto.
Este documento apresenta um resumo sobre hermenêutica jurídica em três partes: 1) Discute conceitos e definições de hermenêutica e interpretação jurídica; 2) Apresenta as principais escolas de interpretação como a exegese e objetivismo; 3) Explica o processo de subsunção como a aplicação da norma abstrata ao caso concreto através da crítica e interpretação.
Este documento apresenta um resumo de três frases ou menos do documento fornecido:
O documento discute a diferença entre intertextualidade e interdiscursividade segundo Bakhtin e outros autores. Intertextualidade refere-se à incorporação de um texto em outro, enquanto interdiscursividade se refere à interação com um discurso ou memória discursiva que constitui o contexto da atividade linguística. A obra de Bakhtin mostra que o dialogismo, ou relação entre enunciados, é a forma de funcionamento real da linguagem.
Este documento fornece informações sobre termos e conceitos importantes da língua portuguesa no contexto jurídico. Apresenta exemplos de palavras com sentidos unívocos, equívocos e análogos, e discute conceitos como polissemia, homonímia e parônimas. Também cita trechos da Constituição Federal e do Código de Processo Civil sobre o uso obrigatório do português nos documentos legais.
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochmarimidlej
O documento discute os conceitos de intertextualidade e polifonia. A intertextualidade refere-se às relações entre um texto e outros textos, enquanto a polifonia refere-se às múltiplas vozes e perspectivas representadas em um texto. Embora a intertextualidade implique polifonia, a polifonia pode ocorrer sem a presença explícita de outros textos. Ambos conceitos são importantes para entender como os sentidos são construídos nos textos.
O documento apresenta argumentos jurídicos a favor da alteração do registro civil e documentos de identidade de uma pessoa transgênero para refletir sua identidade de gênero. Apresenta precedentes jurídicos favoráveis e cita autoridades legais que apoiam a tese. Discute também os tipos de argumentos jurídicos usados e aspectos da construção do argumento no direito.
O documento discute as teorias de Bakhtin sobre interdiscursividade e intertextualidade. Resume que a interdiscursividade ocorre quando há relações dialógicas entre enunciados, enquanto a intertextualidade é um tipo particular de interdiscursividade que envolve duas materialidades textuais distintas dentro de um texto. Também diferencia texto de enunciado e explica como Bakhtin via a linguagem de forma dialógica.
O texto descreve o conceito de texto e discurso, explicando que um texto é mais do que uma sequência de frases e requer coesão e coerência. Também define os elementos que compõem a textualidade, como intencionalidade, aceitabilidade e situacionalidade. Por fim, explica o conceito de intertextualidade e como outros textos podem ser incorporados.
O documento discute os aspectos constitutivos da enunciação de acordo com a perspectiva de José Luiz Fiorin. Aborda conceitos como enunciação enunciada versus enunciado, debreagem e embreagem, noção de pessoa, tempo e espaço em enunciação, e como esses elementos são instaurados no enunciado.
A linguagem é o elemento essencial que faz do homem um ser humano. Este documento discute a natureza da linguagem e propõe refletir sobre ela a partir da própria linguagem, sem pressupor conceitos preestabelecidos. A linguagem fala por si mesma e é o abismo no qual a razão se encontra, segundo Hamann. Pensar a linguagem significa alcançar sua fala e habitar em seu modo de ser.
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro) Mabel Teixeira
O documento fornece informações biográficas sobre a autora Freda Indursky e detalhes sobre seu livro, que analisa o discurso presidencial da ditadura militar brasileira (1964-1984) à luz da Análise do Discurso. O livro examina como o sujeito presidencial e o outro são construídos discursivamente e investiga se o discurso presidencial era homogêneo ou heterogêneo. A metodologia inclui análise do corpus discursivo e de como os discursos presidenciais se relacionam com
Este documento apresenta as credenciais da professora Gláuci H. Mora Dias, incluindo sua formação acadêmica em Psicologia e Linguagem. Além disso, discute a importância da linguagem para a constituição do ser humano em sociedade e como a linguagem pode promover a emancipação. Por fim, apresenta diferentes tipos de textos e como a escrita pode ser um instrumento de pensamento reflexivo.
Este documento discute o nível discursivo e a sintaxe discursiva na semiótica. Ele explica como a enunciação projeta elementos como pessoas, tempos e espaços no discurso através de debreagens. Também descreve os procedimentos de actorialização, espacialização e temporalização que constroem as coordenadas do discurso. Finalmente, aborda as relações entre enunciador e enunciatário e os mecanismos persuasivos usados na argumentação.
A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)Francis Paula
O documento discute as teorias da enunciação de Ducrot, Van Dijk e Koch, analisando um diálogo do filme "Estamos Juntos". Apresenta os conceitos de enunciador, enunciatário e enunciado segundo as teorias e explica como elas são aplicadas na análise do diálogo entre duas personagens do filme.
O documento discute os tipos de discurso narrativo e injuntivo. Resume que o discurso narrativo envolve contar histórias sobre eventos, pessoas e lugares, enquanto o discurso injuntivo orienta, instrui ou aconselha sobre o que fazer e como fazer.
O documento discute a interpretação de textos, abordando conceitos como denotação, conotação e polissemia. Explica que a interpretação envolve identificar informações, inferências e a perspectiva ideológica do autor. Também fornece instruções sobre como ler e entender textos em provas.
Retórica, figuras retóricas, figuras de linguagem, figuras de pensamento, tr...Caio Aguiar
O documento descreve os três elementos principais da composição literária: invenção, disposição e elocução. A invenção refere-se à escolha e organização de ideias. A disposição é a distribuição ordenada dos materiais da obra. A elocução é a forma como as ideias são expressas através da linguagem.
O documento discute os conceitos-chave da Análise de Discurso, incluindo suas origens na linguística e desenvolvimento a partir de teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault. A AD busca entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade, considerando fatores linguísticos e extralinguísticos como ideologia e poder.
O documento discute a produção de significado em textos. Afirma que o significado de um texto não está nele mesmo, mas depende do contexto e da interação entre leitor, texto e autor. O contexto e a intertextualidade são fundamentais para a compreensão, já que um mesmo texto pode ter diferentes sentidos dependendo de onde e como é usado. O leitor precisa relacionar o texto com seus conhecimentos prévios para atribuir significado.
Este documento descreve os requisitos para que um trabalho seja considerado científico de acordo com o Manual de Normas da FDV. Ele deve partir de um problema e solucioná-lo por meio de pesquisa e fundamentação teórica, além de ter rigor metodológico e ética intelectual. Também discute aspectos como linguagem, normas da ABNT e características de um bom texto acadêmico.
O documento discute os conceitos de lógica formal e informal, argumentação e retórica. Aborda as estratégias argumentativas de ethos, pathos e logos segundo Aristóteles e apresenta exemplos de demonstração versus argumentação e de argumentos indutivos.
Este documento fornece instruções sobre interpretação de textos para concursos públicos. Resume os principais pontos a serem considerados ao ler e interpretar textos, como identificar palavras-chave, resumir parágrafos e estar atento a armadilhas nas alternativas de resposta. Também diferencia os tipos de texto literário e não-literário e resume os elementos de descrição, narração e dissertação.
Este documento descreve os diferentes recursos retóricos que podem ser utilizados em discursos e textos persuasivos. Em menos de 3 frases, resume:
O documento discute diversos recursos retóricos como figuras de linguagem, figuras de pensamento, operadores argumentativos e marcadores de pressuposição que podem ser empregados para tornar o discurso mais eficaz e persuasivo. É apresentada uma explicação detalhada de cada recurso com exemplos.
Este documento discute noções de texto e aspectos da comunicação. Apresenta definições de texto segundo diferentes autores e discute elementos essenciais para a comunicação como locutor, alocutário, código linguístico e contexto. Também aborda funções da linguagem como emotiva, conativa e referencial.
1) O documento discute as especificidades da produção e recepção do discurso lexicográfico em dicionários.
2) Há arbitrariedades na seleção de palavras-entrada e definições por motivações técnicas e ideológicas.
3) Exemplos e citações produzem efeitos de sentido e realidade, orientando a interpretação do leitor de forma implícita.
O documento descreve três tipos de texto: narrativo, descritivo e dissertativo/argumentativo. Para a narrativa, destaca-se a importância do tempo, espaço, enredo, personagens e narrador. A descrição foca na caracterização estática de objetos e ambientes por meio de adjetivos. Já o texto dissertativo/argumentativo tem como objetivo transmitir conhecimento de forma impessoal ou persuadir o leitor sobre um ponto de vista.
A concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso carmem e chagasMarcos Silvabh
Este documento discute concepções de sujeito na psicanálise, análise do discurso e linguística. Apresenta definições de língua, linguagem e discurso segundo diferentes autores e discute como o sujeito é construído na e pela linguagem. Também faz um paralelo entre as ideias de Freud, Lacan, Foucault e Pêcheux sobre o conceito de sujeito.
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
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Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
2. José Luiz Fiorin
José Luiz Fiorin é um renomado
professor e linguista brasileiro.
Especialista em Pragmática,
Semiótica e Análise do
Discurso, com centenas de
publicações nessas áreas.
3. Enunciação
Benveniste (1995) mostra que a enunciação é a instância do ego, hic et nunc.
O eu realiza o ato de dizer num determinado tempo e num dado espaço;
Aqui é o espaço do eu, a partir do qual todos os espaços são ordenados (aí, lá
etc.);
Agora é o momento em que o eu toma a palavra e, a partir dele, toda a
temporalidade linguística é organizada.
A pessoa a quem o eu se dirige é estabelecida como tu.
O eu e o tu são os actantes da enunciação, os participantes da ação
enunciativa.
4. Enunciação
O mecanismo básico com que se instauram no texto pessoas, tempos e espaços é a
debreagem.
A debreagem pode se de dois tipos: enunciativa e enunciva.
Enunciativa: projeta no enunciado o eu-aqui-agora da enunciação, ou seja, instala no
interior do enunciado os actantes enunciativos (eu/tu), os espaços enunciativos (aqui, aí
etc.) e os tempos enunciativos (presente, pretérito perfeito, futuro do presente). Efeito
subjetividade.
Enunciva: constrói-se com o ele, o alhures e o então, o que significa que, nesse caso,
ocultam-se os actantes, os espaços e os tempos da enunciação. O enunciado é então
construído com os actantes do enunciado (3ª pessoa), os espaços do enunciado (aque-
les que não estão relacionados ao aqui) e os tempos do enunciado. Efeito objetividade.
5. Enunciação
Efeito de sentido: a objetividade é uma criação de mecanismos da linguagem.
Um soldado israelense foi capturado pelos militantes do Hamas.
Um soldado israelense foi sequestrado pelos terroristas do Hamas.
-
Um grupo de sem-teto ocupou um prédio abandonado.
Um grupo de sem-teto invadiu propriedade vazia.
6. Enunciação
A enunciação é a instância linguística logicamente pressuposta pela existência do
enunciado.
Se existe um dito é porque existe alguém que disse esse dito.
Sempre haverá um eu pressuposto.
Isso implica que é preciso distinguir duas instâncias: o eu pressuposto e o eu projetado no
interior do enunciado.
Teoricamente, essas duas instâncias não se confundem: a do eu pressuposto é a do
enunciador e a do eu projetado no interior do enunciado é a do narrador.
Autor diferente de Narrador
3º nível...
7. Enunciação
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale
alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar
insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
Um Apólogo, Machado de Assis
8. Éthos do enunciador
“É o éthos (caráter) que leva à persuasão, quando o discurso é organizado de tal maneira que o
orador inspira confiança. Confiamos sem dificuldade e mais prontamente nos homens de bem,
em todas as questões, mas confiamos neles, de maneira absoluta, nas questões confusas ou que
se prestam a equívocos. No entanto, é preciso que essa confiança seja resultado da força do
discurso e não de uma prevenção favorável a respeito do orador.” Aristóteles
Não são o autor e o leitor reais, de carne e osso, mas o autor e o leitor implícitos. Ou seja, uma
imagem do autor e uma do leitor construídas pelo texto.
A questão é ver como se constrói a imagem do enunciador, isto é, o ator da enunciação;
Éthos não se explicita no enunciado, mas na enunciação.
O éthos é uma imagem do autor, não é o autor real; é um ator discursivo, um autor implícito.
11. Éthos do enunciador
Um orador inspira confiança se seus argumentos são razoáveis, ponderados; se ele argumenta
com honestidade e sinceridade; se ele é solidário e amável com o auditório.
Podemos, então, ter três espécies de éthe (Aristóteles):
a) phrónesis, que significa o bom senso, a prudência, a ponderação, ou seja, que indica se o
orador exprime opiniões competentes e razoáveis;
b) areté, que significa a virtude, mas virtude tomada no seu sentido primeiro de “qualidades
distintivas do homem”, portanto, a coragem, a justiça, a sinceridade; nesse caso, o orador
apresenta-se como alguém simples e sincero, franco ao expor seus pontos de vista;
c) eúnoia, que significa a benevolência e a solidariedade; nesse caso, o orador dá uma imagem
agradável de si, porque mostra simpatia pelo auditório.
13. Éthos do enunciador
Dominique Maingueneau diz que o ethos compreende três componentes:
1. caráter, que é o conjunto de características psíquicas reveladas pelo enunciador (é
que chamaríamos o ethos propriamente dito),
2. corpo, que é o feixe de características físicas que o enunciador apresenta;
3. tom, a dimensão vocal do enunciador, desvelada pelo discurso.
14. Éthos do enunciador
Éthos do enunciador
Éthos do narrador
Éthos do interlocutor
O enunciador tomado como ator da enunciação define-se pela totalidade de sua obra.
15. Num jornal, a imagem do enunciador se
mostra até mesmo no tamanho das letras
utilizadas, no número de colunas ocupadas
pela manchete e assim por diante.
16. O Páthos do enunciatário
O Eu sempre se dirige a um tu;
O enunciatário é também uma construção do discurso;
É preciso considerar que o enunciatário não é um ser passivo, que apenas recebe as
informações produzidas pelo enunciador, mas é um produtor do discurso que constrói,
interpreta, avalia, compartilha ou rejeita significações.
Os argumentos válidos para certos auditórios deixam de sê-lo para outros; os argumentos
válidos em certos momentos não o são em outros; os argumentos válidos em
determinados lugares não atingem o resultado esperado em outros.
17. O Páthos do enunciatário
O orador, portanto, para construir seu discurso, precisa conhecer seu auditório.
Mas conhecer o quê? O páthos ou o estado de espírito do auditório.
O páthos é a disposição do sujeito para ser isto ou aquilo.
Por conseguinte, bem argumentar implica conhecer o que move ou comove o
auditório a que o orador se destina.
19. O Páthos do enunciatário
O páthos não é a disposição real do auditório, mas a de uma imagem que o enunciador
tem do enunciatário.
É diferente falar para um auditório de leigos ou de especialistas, para um adulto ou
uma criança.
O orador precisa saber o que pensam, sentem, opinam e esperam aqueles a quem se
deseja persuadir.
A eficácia do discurso ocorre quando o enunciatário incorpora o éthos do enunciador.
21. O Páthos do enunciatário
A eficácia discursiva está diretamente ligada à questão da adesão do enunciatário ao
discurso.
O enunciatário não adere ao discurso apenas porque ele é apresentado como um
conjunto de ideias que expressam seus possíveis interesses, mas, sim, porque se
identifica com um dado sujeito da enunciação, com um caráter, com um corpo, com um
tom.
Assim, o discurso não é apenas um conteúdo, mas também um modo de dizer, que
constrói os sujeitos da enunciação.
O discurso, ao construir um enunciador, constrói também seu correlato, o enunciatário.
22. Tanto o programa do Ratinho quanto o da Hebe Camargo são discursos eficazes, porque o
enunciatário reconhece neles seu discurso, já que eles foram criados a partir de uma imagem sua
muito bem feita.
Adere a um enunciador, em que se vê. Isso explica a longevidade e a audiência desses programas.
23. A construção dos espaços
e atores do Novo Mundo
Traz uma análise da carta de Caminha e outros documentos da época como
concretizações de uma construção de espaço que toma como modelo o locus amoenus.
A história está marcada pela temporalidade, espacialidade e pela actorialidade.
Propõe uma análise de O Guarani, mostrando que o espaço é construção cultural e
elemento a ser considerado tanto no plano sintático quanto no figurativo, para auxiliar
a contextualizar historicamente uma obra.
24. A construção dos espaços
e atores do Novo Mundo
A Pátria - Olavo Bilac
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
26. Eni Orlandi
Eni Orlandi é uma
pesquisadora brasileira,
introdutora da Análise do
Discurso no Brasil, no
final dos anos 70.
27. Os silêncios
O silêncio tem pelo menos duas formas:
1. Silêncio fundador: aquele que é necessário aos sentidos: sem silêncio não há sentido (haveria o
muito cheio de linguagem);
2. Política do silêncio:
a) Silêncio constitutivo: que indica que para dizer é preciso não dizer, em outras palavras, todo
dizer apaga necessariamente outras palavras produzindo um silêncio sobre os outros sentidos.
b) Silêncio local ou censura: que remete propriamente à interdição: apagamento de sentidos
possíveis mas proibidos, aquilo que é proibido dizer em uma certa conjuntura.
As duas formas de silêncio acompanham qualquer discurso, qualquer processo de produção de
sentidos.
28. Os silêncios
Palavra e Silêncio: a palavra se imprime no contínuo significante do silêncio e ela o marca, o
segmenta, e o divide em sentidos discretos, construindo um tempo no movimento contínuo
dos sentidos em silêncio.
Ritmo marcado: os sentidos têm uma relação necessária com o silêncio, onde o silêncio não é
falta de palavras (há palavras cheias de sentidos a não se dizer, logo cheias de silêncio) e onde o
branco não é ausência de sentidos.
Em princípio o silêncio não fala, ele significa.
Sendo o discurso definido como efeito de sentidos entre locutores (M. Pêcheux, 1969), a
materialidade da forma discursiva implica o funcionamento ideológico da palavra.
Não há transparência na linguagem – “algo fala antes, em outro lugar, independentemente”
(Pêcheux)
29. Dispositivo teórico e
analítico da Interpretação
O analista do discurso trabalha contra a evidência dos sentidos: os sentidos
podem sempre ser outros.
O silêncio significante também está submetido aos mecanismos discursivos de
produção e funcionamento. O silêncio é discurso.
Mas ele tem sua materialidade própria, suas formas próprias de significar,
fazendo significar de seu modo particular a interpretação, logo, a ideologia,
através de mecanismos diferentes dos das palavras.
30. Definição discursiva do boato
O boato é um estado pleno de silêncios que significam
entremeios de sentidos, em que aquilo que não está
dito vale mais do que o dito.
Onde há boato há disputa pelo sentido.
O boato é um fato público da linguagem.
Não há opinião sem dúvida, não há saber sem dúvida,
não há informação sem margem de exploração (gera
especulação de sentidos).
O boato é o grau zero do político. Quem pode mais...
31. Definição discursiva do boato
Na colonização, os boatos foram uma forma de estabelecer o poder – no esforço de
estabelecimento de uma sociedade ao lado do Novo Mundo.
Na colonização do Novo Mundo, a fala é marcada pela retórica dos missionários que
encontram na prática dos boatos uma forma de difundir suas ideias.
O boato faz parte da organização da sociedade, da instalação da vida urbana, espaço
público, lugar comum.
Até o século XVIII no Brasil – história escrita x memória oral.
O boato é uma arma tanto para a dominação como para a resistência.
33. Definição discursiva do boato
No caso do boato, a relação entre o já-dito e o não-dito se apresenta sob a forma do
“diz-se-que”.
A formulação deve produzir o efeito de separação entre o verdadeiro e o não
verdadeiro (burburinho).
O boato produz um efeito de verdade a partir de palavras não confirmadas.
No boato, já texto, mas a função do autor permanece no anonimato.
O boato é um estado pleno de silêncios.
35. Rumor, não-dito
Rumor: é indício de um acontecimento não-significado e de sujeitos que não são
bastante visíveis enquanto autores do dizer.
Não-dito: cercado pelo “diz-se-que”, presença ausente (imaginária) de um já dito
ratificando uma relação plausível entre causas e consequências.
Efeitos sobre os sujeitos:
1. Sabor de dizer e produzir o efeito de verdadeiro acentua o desejo de mantê-lo
funcionando.
2. O impulso de passa-lo à frente. A “coceira na língua”.
36. O falso mapa de livro didático que circula desde o ano
2000 com boato sobre internacionalização da
Amazônia.
Na relação entre poder e o vento, as palavras
assopradas que falam mais são aquelas que o
poder sopra. E, como sabemos, o vento não se
segura com as mãos.
37. Algumas iniciativas monitoram os boatos e os desmentem na web:
http://www.boatos.org/
http://www.e-farsas.com/