O documento apresenta uma aula sobre a linguagem forense, destacando elementos como:
1) O uso de pronomes demonstrativos como este, esse e aquele para localizar ou identificar substantivos;
2) O emprego de pronomes indefinidos como um, uma, uns, umas e a necessidade de evitá-los;
3) A função do pronome relativo que e outros para ligar orações e se referir a termos, importante na linguagem jurídica;
4) A forma de escrever numerais como 20 dias do mês de maio na linguagem forense.
Leitura e produ+ç+âo de texto ôçô linguagem forense
1. LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
LINGUAGEM FORENSE
PROFESSORA MESTRA
Cinara Almeida Barcelos
2. LINGUAGEM E PRODUÇÃO DE SENTIDO
TEXTO A Pausa poética TEXTO B
Sujeito sem predicados Sou divorciado – 56
Abjetivo
Sem voz
anos, desejo conhecer
Passivo uma mulher
Já meio pretérito desimpedida, que viva
Vendedor de artigos indefinidos
Procura por subordinada
só, que precise de
Que possua alguns adjetivos alguém muito sério
Nem precisam ser superlativos para juntos sermos
Desde que não venha precedida felizes.
De relativos e transitivos
Para um encontro vocálico 000-800-0031
Com vistas a uma conjugação mais Discretamente falar c/
que
Perfeita
Astrogildo).
E possível caso genitivo.
(Paulo César de Souza)
3. PRODUÇÃO DE SENTIDO OU INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Os textos A e B, apesar de se estruturarem sob perspectivas funcionais
diferentes, exploram temáticas semelhantes. Assinale a incorreta:
a)no texto A, o autor usa de metalinguagem para caracterizar o sujeito e o objeto de sua
procura, ao passo que no texto B, o locutor emprega uma linguagem com
predominância da função referencial.
b) a expressão ‘meio pretérito’, do texto A, fica explicitada cronologicamente na
linguagem referencial do texto B.
c) a expressão ‘Desde que não venha precedida de relativos e transitivos’, no texto
A, tem seu correlato em ‘mulher desimpedida que vive só’, do texto B.
d) comparando os dois textos, pode-se afirmar que ambos expressam a mesma visão
idealizada e poética do amor.
e) no texto A, as palavras extraídas de seu contexto de origem (categorias gramaticais e
funções sintáticas) e ajustadas a um novo contexto criam uma duplicidade de
sentido, produzindo efeitos, ao mesmo tempo lúdicos e poéticos.
4. 2)No texto A está claro que a função da
linguagem ------- e no texto B a função da
linguagem predominante é ------------------
a) Metalinguística e referencial.
b) Poética e referencial.
c) Fática e apelativa.
d) Emotiva e referencial.
6. • Elemento V o uso dos Pronomes Demonstrativos
“são palavras que determinam o substantivo,
dando-lhe ideia de indicação precisa: ora
localizam o substantivam , ora o identificam. Este
diz respeito a localização perto da 1º pessoa;
esse, da 2º pessoa e aquele, da 3º pessoa”
(Nascimento, Dantès Edmundo. Linguagem
Forense, pág. 12).
• Ex: As duas testemunhas, Jõao e Paulo, nada
exclareceram, pois este nem sabe o nome do réu
e aquele não estava presente.
• Ex: Este é o resultado do pleito, porém não era
esse que esperávamos.(pág. 12)
7. ATENÇÃO na linguagem forense podemos
empregar os demonstrativos com o adjetivo
outro.
Ex: estoutro, essouto, aqueloutro (pág. 12)
O uso da palavra mesmo.
“Que varia em gênero e número com os
pronomes eu, tu, nós e vós ( tu mesmo, vós
mesmos (as), nós mesmos” (Nascimento,
Dantès Edmundo. Linguagem Forense, pág.
13).
8. • Elemento VI o uso dos Pronomes Indefinidos
– UMA , UMA, UNS, UMAS – “é a palavra que
dá a idéia de imprecisão, de indeterminação.
• OBS: algum, muito, todo, etc.
Todo tem emprego duvidoso por se crer que
sem o artigo equivale a cada ou a todos e com
o artigo significa inteiro.
EX: Todo dia significa todos os dias venho ao
tribunal. (e cada dia. pág. 13).
9. Todo O dia significa o dia inteiro.
O mais correto é usar todo após o substantivo
neste caso “o dia todo( pronome)” venho ao
tribunal. (pág. 13).
Ex: O Código Civil, no art. 1º estabelece que: “
toda pessoa é capaz de direito e deveres na
ordem Civil”. (pág. 13). Produção de sentido
todas as pessoas sem exceção .
10. ATENÇÃO: Deve-se evitar o emprego dos [...]
indefinidos.
Ex: É admissível um receio de ter a gleba sido
invadida por uma empresa vizinha.
Obs: sem os indefinidos a frase se vernaculiza se
aligeira.
Ex: “É admissível o receio de ter a gleba sido
invadida por - empresa vizinha”
(Nascimento, Dantès Edmundo. Linguagem
Forense, pág. 13).
11. • Elemento VII o uso do Pronome Relativo
É a palavra de dupla função, porque liga orações e
se refere a algum termo da primeira oração. São
que, qual, quem, cujo. Na linguagem do cotidiano
o pronome relativo quase sempre substitui o qual
no entanto na linguagem jurídica, nem sempre é
aconselhável a substituição, porque pode trazer
produção de sentido confusa.
Ex: Vimos a cerca perto do lago que pertence ao
Réu.
Ex: Vimos a cerca perto do lago a qual pertence ao
Réu.
12. • Elemento VIII o uso dos Numerais
Na linguagem forense escreve-se: 20 dias do
mês de maio: fls. Trinta e
dois.(Nascimento, Dantès Edmundo.
Linguagem Forense, páginas 14 e 15).
• Elemento IX o uso dos Pronomes Pessoais
Os pronomes são retos ou subjetivos (eu
tu, ele, nós, vós, eles) e servem de sujeitos;
oblíquos ou complementares
(me, mim, ti, o, a, se, si, lhe, os , as, lhes, te, se
nos) (pág. 15)
13. • Os pronomes eu e tu jamais podem ser
regidos de preposição.
Ex: A mim, a ti, entre mim e ele, entre mim e
ti, entre ele e mim.
Ex: Si e consigo são reflexivos.
Os pronomes de tratamento são sempre da 3º
pessoa. Sua Excelência ou Vossa Excelência
(pág. 15).
14. Vocabulário e terminologia. Pág. 20
Verbos mais usados na linguagem forense que se regem
por em ou por a. Pág. 33
Crase em catorze regras práticas. Pág. 39
Pontuação. Pág. 44
Resumo dos elementos principais no caderno
após o intervalo.
Nascimento, Dantès Edmundo. Linguagem
Forense, 2010)