O documento discute os principais conceitos da teoria histórico-crítica desenvolvida por Karl Marx, incluindo o materialismo histórico e dialético. A teoria defende que as condições materiais e econômicas de uma sociedade determinam sua estrutura política e social. O documento também aborda conceitos como atividade humana, práxis e interdisciplinaridade de acordo com a perspectiva marxista.
2. METODOLOGIAMETODOLOGIA
Conjunto de métodos que, através de
técnicas adequadas, podem ser empregados
para se chegar ao conhecimento em um
determinado campo científico.
Pode-se também conceituá-la como o
caminho percorrido para chegar ao objetivo.
3. O QUE É MATERIALISMOO QUE É MATERIALISMO
OO materialismomaterialismo designa um conjunto dedesigna um conjunto de
doutrinasdoutrinas filosóficas que, ao rejeitar afilosóficas que, ao rejeitar a
existência de um princípio espiritual ligaexistência de um princípio espiritual liga
toda a realidade à matéria e a suastoda a realidade à matéria e a suas
modificações.modificações.
4. O MATERIALISMOO MATERIALISMO
HISTÓRICOHISTÓRICO
É uma tese do marxismo, segundo a qual oÉ uma tese do marxismo, segundo a qual o
modo de produção da vida materialmodo de produção da vida material
condiciona o conjunto da vida social, políticacondiciona o conjunto da vida social, política
e espiritual.e espiritual.
É um método de compreensão e análise daÉ um método de compreensão e análise da
história, das lutas e das evoluçõeshistória, das lutas e das evoluções
econômicas e políticas.econômicas e políticas.
5. A análise materialista históricaA análise materialista histórica
Parte da questão de que a produção, e aParte da questão de que a produção, e a
troca dos produtos, é pilar de toda a ordemtroca dos produtos, é pilar de toda a ordem
social; existente em todas as sociedadessocial; existente em todas as sociedades
que desfilam pela história.que desfilam pela história.
E a repartição desses produtos, aliada comE a repartição desses produtos, aliada com
a divisão dos homens em classes oua divisão dos homens em classes ou
camadas, é determinada pelocamadas, é determinada pelo o que e comoo que e como
a sociedade produz e pelo que troca asa sociedade produz e pelo que troca as
mercadorias que produz.mercadorias que produz.
6. MATERIALISMO COMOMATERIALISMO COMO
METODOLOGIAMETODOLOGIA
OO materialismo históricomaterialismo histórico é umaé uma
abordagem metodológica ao estudo daabordagem metodológica ao estudo da
sociedade, da economia e da história.sociedade, da economia e da história.
E que tem na dialéticaE que tem na dialética os elementos doos elementos do
esquema básico do método dialético: aesquema básico do método dialético: a
tese, a antítese e a síntesetese, a antítese e a síntese
7. DIALÉTICADIALÉTICA
Diálogo (Grécia antiga);
– Apogeu: Hegel e Marx;
– LEIS:
• Ação recíproca – tudo se relaciona;
• Contradição – luta entre contrários,
gerando inovação.
• Mudança qualitativa – passagem da
quantidade para a qualidade;
• Mudança dialética – tudo se transforma;
8. Três princípios na dialética
1º: tudo se relaciona – Princípio da
Identidade;
2º: tudo se transforma- Princípio da
Negação;
3º: a mudança é qualitativa
9. LÓGICA DIALÉTICALÓGICA DIALÉTICA
TESETESE é uma afirmação ou situaçãoé uma afirmação ou situação
inicialmente dada.inicialmente dada.
AA antíteseantítese é uma oposição à tese.é uma oposição à tese.
DoDo conflitoconflito entre tese e antítese surge aentre tese e antítese surge a
síntesesíntese..
AA síntesesíntese é uma situação nova queé uma situação nova que
carrega dentro de si elementos resultantescarrega dentro de si elementos resultantes
desse embate.desse embate.
10. SÍNTESE É UMA NOVA TESESÍNTESE É UMA NOVA TESE
A sínteseA síntese, então, torna-se uma nova tese,, então, torna-se uma nova tese,
que contrasta com uma nova antíteseque contrasta com uma nova antítese
gerando uma nova síntese, em umgerando uma nova síntese, em um
processo em cadeia infinito.processo em cadeia infinito.
11. APLICAÇÃO DO MÉTODOAPLICAÇÃO DO MÉTODO
DIALÉTICODIALÉTICO
Nesse método pressupõe trabalhar com a
contradição e com o conflito.
O materialismo dialético nos mostra a
existência de um luta da unidade e seus
contrários;
12. PRÁXISPRÁXIS
Entendida como ação prática,Entendida como ação prática,
conscientemente, articulada a umaconscientemente, articulada a uma
fundamentação teórica.fundamentação teórica.
Teoria e prática são campos distintos queTeoria e prática são campos distintos que
estabelecem entre si uma relação deestabelecem entre si uma relação de
tensão, a mediação dialética , responsáveltensão, a mediação dialética , responsável
pelo movimento de superação destes pólospelo movimento de superação destes pólos
distintos, gerando, assim, a práxis crítica,distintos, gerando, assim, a práxis crítica,
transformadora do real.transformadora do real.
13. PRÁXISPRÁXIS
Esses pressupostos teóricos valorizam aEsses pressupostos teóricos valorizam a
ação crítica do SER SOCIAL, conferindo-lheação crítica do SER SOCIAL, conferindo-lhe
consciência dessa relação de tensão, bemconsciência dessa relação de tensão, bem
como, a intencionalidade de superá-la: acomo, a intencionalidade de superá-la: a
elaboração da práxis crítica potencializa a oelaboração da práxis crítica potencializa a o
processo à teoria e à prática e vice-versa.processo à teoria e à prática e vice-versa.
Para Lefebvre (1979), a práxis é um ato, é aPara Lefebvre (1979), a práxis é um ato, é a
relação dialética entre a natureza e orelação dialética entre a natureza e o
homem, as coisas e a consciência.homem, as coisas e a consciência.
14. A FORMAÇÃO DOS SUJEITOSA FORMAÇÃO DOS SUJEITOS
Sujeitos, escola e produção deSujeitos, escola e produção de
conhecimento: a pedagogia histórico-críticaconhecimento: a pedagogia histórico-crítica
pode subsidiar a reflexão da questãopode subsidiar a reflexão da questão
cultural na educação escolar.cultural na educação escolar.
AA categoria atividade humanacategoria atividade humana nana
psicologia de Vigotski "é uma unidadepsicologia de Vigotski "é uma unidade
orgânica e recíproca entre teoria e prática,orgânica e recíproca entre teoria e prática,
através da qual o homem foi criando suaatravés da qual o homem foi criando sua
própria essência, histórica e socialmente,própria essência, histórica e socialmente,
criando, portanto, a cultura – o patrimôniocriando, portanto, a cultura – o patrimônio
cultural do gênero humanocultural do gênero humano
15. A CONCEPÇÃO DEA CONCEPÇÃO DE
ATIVIDADEATIVIDADE
.ATIVIDADE é o “princípio que vai contra as.ATIVIDADE é o “princípio que vai contra as
visões pedagógicas adaptativas dovisões pedagógicas adaptativas do
indivíduo ao sistema atual existente, já queindivíduo ao sistema atual existente, já que
"o homem se torna humano transformando"o homem se torna humano transformando
a natureza para adaptá-la a si e não para oa natureza para adaptá-la a si e não para o
homem adaptar-se ao existente."homem adaptar-se ao existente."
Categoria trabalhoCategoria trabalho
16. TEORIA DA ATIVIDADETEORIA DA ATIVIDADE
Vygotsky recebeu influências do marxismoVygotsky recebeu influências do marxismo
e seu pensamento reveste-se dessa teoriae seu pensamento reveste-se dessa teoria
como pano de fundo.como pano de fundo.
Vygotsky acreditava que a gênese daVygotsky acreditava que a gênese da
consciência está nas relações que oconsciência está nas relações que o
homem mantêm com o mundo e com suahomem mantêm com o mundo e com sua
cultura (sócio-gênese).cultura (sócio-gênese).
17. TEORIA DA ATIVIDADETEORIA DA ATIVIDADE
Tomando como base o referencial marxista,Tomando como base o referencial marxista,
Vygotsky interessou-se fundamentalmenteVygotsky interessou-se fundamentalmente
por enfatizar o papel da interação social aopor enfatizar o papel da interação social ao
longo do desenvolvimento do homem.longo do desenvolvimento do homem.
Isso significa que o homem é herdeiro deIsso significa que o homem é herdeiro de
toda a evolução filogenética (espécie) etoda a evolução filogenética (espécie) e
cultural e seu desenvolvimento dar-se-á emcultural e seu desenvolvimento dar-se-á em
função de características do meio social emfunção de características do meio social em
que vive. Baseado neste pensamento surgeque vive. Baseado neste pensamento surge
o termo sócio-cultural ou histórico atribuídoo termo sócio-cultural ou histórico atribuído
nesta teorianesta teoria..
18. TEORIA DA ATIVIDADETEORIA DA ATIVIDADE
A principal preocupação de Vygotsky foiA principal preocupação de Vygotsky foi
investigar asinvestigar as funções psicológicasfunções psicológicas
superiores, qsuperiores, que, segundo ele,ue, segundo ele,
caracterizam o funcionamento psicológicocaracterizam o funcionamento psicológico
essencialmente humano.essencialmente humano.
Essas funções foram definidas como sendo:Essas funções foram definidas como sendo:
as ações conscientementeas ações conscientemente
controladascontroladas,, a atenção voluntáriaa atenção voluntária ,, aa
memória ativamemória ativa,, o pensamento abstratoo pensamento abstrato
e finalmentee finalmente o comportamentoo comportamento
intencionalintencional..
19. TEORIA DA ATIVIDADETEORIA DA ATIVIDADE
O referencial sócio-histórico apresenta umaO referencial sócio-histórico apresenta uma
nova maneira de entender a relação entrenova maneira de entender a relação entre
sujeito e objeto no processo de construçãosujeito e objeto no processo de construção
do conhecimento.do conhecimento.
No contexto da Teoria da Atividade, aNo contexto da Teoria da Atividade, a
atividade humana assume o significado deatividade humana assume o significado de
mundo objetivo motivada por um desejo, emundo objetivo motivada por um desejo, e
que resulta em alguma transformação doque resulta em alguma transformação do
mundo e do sujeito que a realiza.mundo e do sujeito que a realiza.
20. INTERDISCIPLINARIDADEINTERDISCIPLINARIDADE
Para Ivani Fazenda, aPara Ivani Fazenda, a
interdisciplinaridadeinterdisciplinaridade surgiu na França esurgiu na França e
na Itália em meados da década de 60, numna Itália em meados da década de 60, num
período marcado pelos movimentosperíodo marcado pelos movimentos
estudantis.estudantis.
Reivindicavam um ensino mais sintonizadoReivindicavam um ensino mais sintonizado
com as grandes questões de ordem social,com as grandes questões de ordem social,
política e econômica da época.política e econômica da época.
O que não poderia ser resolvido por umaO que não poderia ser resolvido por uma
única disciplina ou área do saber.única disciplina ou área do saber.
21. INTERDISCIPLINARIDADEINTERDISCIPLINARIDADE
No final da década de 60, a chega ao BrasilNo final da década de 60, a chega ao Brasil
exercendo influência na elaboração da Leiexercendo influência na elaboração da Lei
de Diretrizes e Bases da Educaçãode Diretrizes e Bases da Educação
Nacional Nº 5.692/71.Nacional Nº 5.692/71.
Desde então, sua presença no cenárioDesde então, sua presença no cenário
educacional brasileiro tem se intensificadoeducacional brasileiro tem se intensificado
Recentemente, mais ainda, com a novaRecentemente, mais ainda, com a nova
LDB Nº 9.394/96 e com os ParâmetrosLDB Nº 9.394/96 e com os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN).Curriculares Nacionais (PCN).
22. INTERDISCIPLINARIDADEINTERDISCIPLINARIDADE
É uma espécie de interação entre asÉ uma espécie de interação entre as
disciplinas ou áreas do saber.disciplinas ou áreas do saber.
Todavia, essa interação pode acontecer emTodavia, essa interação pode acontecer em
níveis de complexidade diferentes.níveis de complexidade diferentes.
Daí a necessidade de distinguirmosDaí a necessidade de distinguirmos
multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade,multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade,
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
23. MULTIDISCIPLINARIDADEMULTIDISCIPLINARIDADE : é a: é a
organização dos conteúdos tradicionais. Osorganização dos conteúdos tradicionais. Os
conteúdos apresentam-se por matériasconteúdos apresentam-se por matérias
independentes umas das outras. As cadeirasindependentes umas das outras. As cadeiras
ou disciplinas são propostas simultaneamenteou disciplinas são propostas simultaneamente
sem que se manifestem explicitamente assem que se manifestem explicitamente as
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS
PORTUGUÊS
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
24. Multidisciplinaridade. ExemploMultidisciplinaridade. Exemplo
Multidiscipliariedade refere-se a umMultidiscipliariedade refere-se a um
conjunto de disciplinar dentro de umconjunto de disciplinar dentro de um
mesmo ramo do conhecimento.mesmo ramo do conhecimento.
Exemplo: um trabalho que envolva váriasExemplo: um trabalho que envolva várias
disciplinas de Direito (como o Direito Civil, odisciplinas de Direito (como o Direito Civil, o
Direito do Trabalho, o Direito Penal, etc.) éDireito do Trabalho, o Direito Penal, etc.) é
um trabalho multidisciplinar.um trabalho multidisciplinar.
25. PLURIDISCIPLINARIDADEPLURIDISCIPLINARIDADE
É a existência de relações complementaresÉ a existência de relações complementares
entre disciplinas mais ou menos afins. É oentre disciplinas mais ou menos afins. É o
caso das contribuições das diferentescaso das contribuições das diferentes
“histórias” (da ciência, da arte, da“histórias” (da ciência, da arte, da
literatura ...) ou das relações entre diferentesliteratura ...) ou das relações entre diferentes
disciplinas das ciências experimentais. Adisciplinas das ciências experimentais. A
constituição dos diferentes departamentosconstituição dos diferentes departamentos
do ensino médio em um possível exemplodo ensino médio em um possível exemplo
de pluridisciplinaridadede pluridisciplinaridade
Ciências Matemática
História
Português
26. PLURIDISCIPLINARIDADEPLURIDISCIPLINARIDADE
Na pluridisciplinaridade, apresenta deNa pluridisciplinaridade, apresenta de
algum tipo de interação entre osalgum tipo de interação entre os
conhecimentos interdisciplinares, emboraconhecimentos interdisciplinares, embora
eles ainda se situem num mesmo níveleles ainda se situem num mesmo nível
hierárquico, não havendo ainda nenhumhierárquico, não havendo ainda nenhum
tipo de coordenação proveniente de umtipo de coordenação proveniente de um
nível hierarquicamente superior.nível hierarquicamente superior.
Alguns estudiosos não chegam aAlguns estudiosos não chegam a
estabelecer nenhuma diferença entre aestabelecer nenhuma diferença entre a
multidisciplinaridade e amultidisciplinaridade e a
pluridisciplinaridade.pluridisciplinaridade.
27. TRANSDISCIPLINARIDADETRANSDISCIPLINARIDADE
É o grau máximo de relações entreÉ o grau máximo de relações entre
disciplinas,disciplinas,
Sistema totalizador, buscando o grauSistema totalizador, buscando o grau
máximo de integração em um sómáximo de integração em um só
paradigma.paradigma.
Integração de conhecimentosIntegração de conhecimentos
proporcionados pelas diferentesproporcionados pelas diferentes
disciplinas ou saberes.disciplinas ou saberes.
28. TRANSDISCIPLINARIDADTRANSDISCIPLINARIDAD
A transdisciplinaridade representa um nívelA transdisciplinaridade representa um nível
de integração disciplinar além dade integração disciplinar além da
interdisciplinaridade. Trata-se de umainterdisciplinaridade. Trata-se de uma
proposta relativamente recente no campoproposta relativamente recente no campo
epistemológico.epistemológico.
Hilton Japiassú a define como sendo umaHilton Japiassú a define como sendo uma
espécie de coordenação de todas asespécie de coordenação de todas as
disciplinas e interdisciplinas do sistema dedisciplinas e interdisciplinas do sistema de
ensino inovado, sobre a base de umaensino inovado, sobre a base de uma
axiomática geral.axiomática geral.
29. INTERDISCIPLINARIDADEINTERDISCIPLINARIDADE
Interdisciplinaridade compreende a buscaInterdisciplinaridade compreende a busca
constante de novos caminhos, outrasconstante de novos caminhos, outras
realidades, novos desafios, a ousadia darealidades, novos desafios, a ousadia da
busca e do construir. É ir além da merabusca e do construir. É ir além da mera
observação.observação.
““NO PROJETO INTERDISCIPLINAR NÃONO PROJETO INTERDISCIPLINAR NÃO
SE ENSINA, NEM SE APRENDE: VIVE-SE,SE ENSINA, NEM SE APRENDE: VIVE-SE,
EXERCE-SE” (FAZENDA, 1991, P.17).EXERCE-SE” (FAZENDA, 1991, P.17).
DEVEMOS ENXERGAR ADEVEMOS ENXERGAR A
INTERDISCIPLINARIEDADE ENQUANTOINTERDISCIPLINARIEDADE ENQUANTO
ATITUDEATITUDE..
30. A interdisciplinaridade, para ser exercidaA interdisciplinaridade, para ser exercida
coletivamente, requer o diálogo abertocoletivamente, requer o diálogo aberto
através do qual cada um reconhece o queatravés do qual cada um reconhece o que
lhe falta e o que deve receber dos demais.lhe falta e o que deve receber dos demais.
(Japiassu, 1976, p. 89).(Japiassu, 1976, p. 89).
A interdisciplinaridade pode ser entendidaA interdisciplinaridade pode ser entendida
como um “convite” à revisão da nossacomo um “convite” à revisão da nossa
relação com o conhecimento.relação com o conhecimento.
31. INTERDISCIPLINARIDADEINTERDISCIPLINARIDADE
Interdisciplinaridade envolve relações deInterdisciplinaridade envolve relações de
interação dinâmica entre as disciplinas.interação dinâmica entre as disciplinas.
As transformações promovidas daAs transformações promovidas da
interdisciplinaridade envolvem tempo.interdisciplinaridade envolvem tempo.
Não é tanto cronológico, mas um “períodoNão é tanto cronológico, mas um “período
de maturação”,de maturação”,
Necessário para que as mudanças sejamNecessário para que as mudanças sejam
processadas, reconhecidas, legitimadas eprocessadas, reconhecidas, legitimadas e
assumidas.assumidas.
32. INTERDISCIPLINARIDADE ÉINTERDISCIPLINARIDADE É
Interdisciplinariedade refere-se à interaçãoInterdisciplinariedade refere-se à interação
de disciplinas de diferentes áreas.de disciplinas de diferentes áreas.
Exemplo: um trabalho que envolvaExemplo: um trabalho que envolva
profissionais da saúde, da área jurídica, doprofissionais da saúde, da área jurídica, do
serviço social, etc., é um trabalhoserviço social, etc., é um trabalho
interdisciplinar.interdisciplinar.
33. Exercer a interdisciplinariedade é “tecer” umExercer a interdisciplinariedade é “tecer” um
ambiente interativo,ambiente interativo,
Os participantes estão “entrelaçados” pelosOs participantes estão “entrelaçados” pelos
saberes que são capazes de produzirsaberes que são capazes de produzir
coletivamente.coletivamente.
Algo muito mais complexoAlgo muito mais complexo : existe: existe
interdisciplinaridade quando se trata deinterdisciplinaridade quando se trata de
mudança de atitude, de diálogo, demudança de atitude, de diálogo, de
parceria, que se constitui exatamente naparceria, que se constitui exatamente na
diferença, na especificidade da ação dediferença, na especificidade da ação de
equipes que querem alcançar objetivosequipes que querem alcançar objetivos
comuns, que participam em posiçõescomuns, que participam em posições
diferentes num mesmo grupo dedicado adiferentes num mesmo grupo dedicado a
atingir uma meta.atingir uma meta.
34. A busca daA busca da
interdisciplinaridadeinterdisciplinaridade
Para que o professor consiga dar aulasPara que o professor consiga dar aulas
interdisciplinares,interdisciplinares,
Sua formação deve ser interdisciplinar, sejaSua formação deve ser interdisciplinar, seja
na graduação, ou seja em cursos quena graduação, ou seja em cursos que
realiza ao longo de sua carreira.realiza ao longo de sua carreira.
Tornar a sala de aula um espaço dialético eTornar a sala de aula um espaço dialético e
dialógico – um instrumento através do qualdialógico – um instrumento através do qual
todas as disciplinas se questionam,todas as disciplinas se questionam,
buscando respostas umas nas outras.buscando respostas umas nas outras.
35. O professor deve ter uma “noção” do queO professor deve ter uma “noção” do que
sejam as outras áreas,sejam as outras áreas,
Não apenas da suaNão apenas da sua
Que domine com segurança os conceitosQue domine com segurança os conceitos
que possam estar relacionados à suaque possam estar relacionados à sua
disciplinadisciplina..
O SEGREDO para isso está na busca pelaO SEGREDO para isso está na busca pela
formação, na vontade de saber o que seformação, na vontade de saber o que se
passa além do nosso universo depassa além do nosso universo de
conhecimentos, na humildade emconhecimentos, na humildade em
reconhecer que há muito o que aprender.reconhecer que há muito o que aprender.
36. TRABALHO COM PROJETOSTRABALHO COM PROJETOS
O trabalho com projetos interdisciplinares temO trabalho com projetos interdisciplinares tem
que abordar um assunto temático como umque abordar um assunto temático como um
todo;todo;
Devem ser organizados por meio deDevem ser organizados por meio de
planejamento comum de diversas matériasplanejamento comum de diversas matérias
disciplinares, estabelecendo:disciplinares, estabelecendo:
•• um só objetivo a ser almejado;um só objetivo a ser almejado;
•• partilha de tarefas a serem realizadas empartilha de tarefas a serem realizadas em
vista desse objetivo;vista desse objetivo;
•• caminhos de exploração diferentes, decaminhos de exploração diferentes, de
acordo com as disciplinas;acordo com as disciplinas;
•• conceitos múltiplos a partir do enfoque deconceitos múltiplos a partir do enfoque de
cada disciplina.cada disciplina.
37. Dessa forma, os conhecimentos sobre oDessa forma, os conhecimentos sobre o
tema escolhido não serãotema escolhido não serão
compartimentalizados,compartimentalizados,
mas interligados, dando uma dimensãomas interligados, dando uma dimensão
ampliada e socializada ao assunto que é oampliada e socializada ao assunto que é o
objeto do estudo.objeto do estudo.
38. Escolha dos temasEscolha dos temas
OS TEMAS.OS TEMAS. Devem ser selecionadosDevem ser selecionados
entre as unidades escolares a serementre as unidades escolares a serem
estudadas no correr do curso, obedecendoestudadas no correr do curso, obedecendo
a alguns critérios como:a alguns critérios como:
•• que sejam temas atuais para despertaremque sejam temas atuais para despertarem
o interesse dos alunos;o interesse dos alunos;
•• que possibilitem a integração disciplinar;que possibilitem a integração disciplinar;
•• que se relacionem à vida e à realidade dosque se relacionem à vida e à realidade dos
alunos;alunos;
•• que sejam adequados às faixas etáriasque sejam adequados às faixas etárias
dos alunos;dos alunos;
•• que facilitem sua busca nas fontes aoque facilitem sua busca nas fontes ao
alcance dos alunosalcance dos alunos..
39. INTEGRAÇÃO DOSINTEGRAÇÃO DOS
CONTEÚDOSCONTEÚDOS Como integrar e articular entre siComo integrar e articular entre si
diferentes conteúdos.diferentes conteúdos.
Os grupos das disciplinas participantesOs grupos das disciplinas participantes
trabalharão por determinado tempo atrabalharão por determinado tempo a
temática comum de acordo com suatemática comum de acordo com sua
perspectiva.perspectiva.
Depois, reunir-se-ão apresentando oDepois, reunir-se-ão apresentando o
resultados de suas investigações para serresultados de suas investigações para ser
discutido por todos.discutido por todos.
40. BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA
FAZENDA, I. C. A.FAZENDA, I. C. A. Didática eDidática e
interdisciplinaridadeinterdisciplinaridade . Campinas:. Campinas:
Papirus, 1998.Papirus, 1998.
________.________. Dicionário em construçãoDicionário em construção ::
Interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez,Interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez,
2001.2001.
JAPIASSU, Hilton.JAPIASSU, Hilton. InterdisciplinaridadeInterdisciplinaridade
e patologia do sabere patologia do saber . Rio de Janeiro,. Rio de Janeiro,
Imago, 1976.Imago, 1976.
RIOS, T. A.RIOS, T. A. Compreender e ensinarCompreender e ensinar..
São Paulo: Cortez, 2002.São Paulo: Cortez, 2002.
41. MÉTODO INDUTVOMÉTODO INDUTVO
INDUTIVO
• Parte de dados ou observações
particulares constatadas, para chegar a
preposições gerais.
Ex. Os gatos que tenho visto , tem quatro
patas e um rabo. (Lógicaindutiva, posso
afirmar que todos os gatos tem quatro patas
e um rabo)
Dado particular
Preposição geral
42. O MÉTODO INDUTIVOO MÉTODO INDUTIVO
• Parte do estabelecimento de hipóteses
sobre determinados experimentos, que se
confirmadas são generalizadas.
Ex: Cobre conduz energia; Zinco conduz
energia; Cobalto conduz energia. Cobre,
Zinco e Cobalto são metais.
Logo, (todo) metal conduz energia.
43. FASES DO MÉTODOFASES DO MÉTODO
INDUTIVOINDUTIVO
– Observação de fenômenos;
– Descoberta da relação entre eles;
– Generalização da relação.
• CRÍTICAS:
– Generalizações são sempre perigosas;
– Não tem uma justificação “geral”;
– Necessita de uma verdade inicial
(hipótese);
– Sujeita a probabilidades;
– Subjetividade.
44. MÉTODO DEDUTIVOMÉTODO DEDUTIVO
• Oposição à lógica indutiva, partindo das
teorias e leis, na maioria das vezes prediz a
ocorrência dos fenômenos particulares.
Exemplo.
Todos os corpos próximo da terra são
corpos que brilham continuamente.
Todos os planetas são corpos próximo à
terra.
Portanto, Todos os planetas são corpos
que brilham continuamente
45. O MÉTODO DEDUTIVOO MÉTODO DEDUTIVO
Parte de uma generalização para uma
particularidade.
É necessário que a generalização seja
verdadeira para que a hipótese também o
seja.
Ex: Todo mamífero tem coração. Todos os
cães são mamíferos.
Portanto, todos os cães têm coração.
46. O MÉTODO DEDUTIVOO MÉTODO DEDUTIVO
Fases do método dedutivo:
– A conclusão só será falsa se uma das
premissas for falsa (diferentemente do
método indutivo);
– Diferentemente do caso da indução, a
conclusão não valida
as hipóteses, nem acrescenta nada a elas,
por ser uma
particularidade do todo.
•
47. CRÍTICAS AO MÉTODOCRÍTICAS AO MÉTODO
DEDUTIVODEDUTIVO
– Falta ênfase na explicação dos fenômenos;
– Dificuldades para estabelecimento de “leis
universais”;
– Existência de exceções (explicações que
não têm uma lei como premissa);
– Problema da negação (“paradoxo de
Hempel”).
48. INDUÇÃO E DEDUÇÃOINDUÇÃO E DEDUÇÃO
Pontos gerais:
– Utiliza-se, ao mesmo tempo, indução e
dedução;
– Importância da formulação de hipóteses;
– Dialética: Tese; antítese; síntese;
• Contra as críticas apresentadas, surgiu o
falsificacionismo, proposto por Popper
(1975).
49. Falseamento (Falsificacionismo)
Proposto por K. Popper, em 1953;
– Prega que um enunciado científico só tem
valor se for falseável (negável);
– Baseia-se na sequência de etapas:
Problema ⇒ solução proposta ⇒ testes de
falseamento;
– Problema: mesmo após conclusivamente
falseadas,
hipóteses não podem ser consideradas
confirmadas (verdadeiras).
50. LEIS DA DIALÉTICALEIS DA DIALÉTICA
A primeira dessas leis afirma que o ser traz aA primeira dessas leis afirma que o ser traz a
CONTRADIÇÃO em seu âmago. AsCONTRADIÇÃO em seu âmago. As
contradições estão no coração mesmo dascontradições estão no coração mesmo das
coisas. Em tudo há um aspecto conflitante,coisas. Em tudo há um aspecto conflitante,
mas também há união e, há, enfim, o quemas também há união e, há, enfim, o que
chamamos de unidade dialética.chamamos de unidade dialética.
Todo conceito, toda afirmação, todaTodo conceito, toda afirmação, toda
interpretação devem ser entendidos comointerpretação devem ser entendidos como
relação, como limitação, e, num sentido maisrelação, como limitação, e, num sentido mais
amplo, como uma relação entre o todoamplo, como uma relação entre o todo e ase as
partes, entre o geral e o particular.partes, entre o geral e o particular.
51. LEIS DA DIALÉTICALEIS DA DIALÉTICA
A terceira (Da Quantidade à Qualidade) leiA terceira (Da Quantidade à Qualidade) lei
que exprime o fato de que normalmente aque exprime o fato de que normalmente a
natureza dá saltos.natureza dá saltos.
Variações quantitativas sucessivasVariações quantitativas sucessivas
chegaram a um ponto de ruptura dochegaram a um ponto de ruptura do
processo, onde surgem novas fases ouprocesso, onde surgem novas fases ou
qualidades. Corolário imediato dessa lei équalidades. Corolário imediato dessa lei é
que o todo é diferente da soma de suasque o todo é diferente da soma de suas
partes.partes.
52. LEIS DA DIALÉTICALEIS DA DIALÉTICA
Já a LEI DA NEGAÇÃO nada mais é queJá a LEI DA NEGAÇÃO nada mais é que
uma expressão condensada do princípiouma expressão condensada do princípio
hegeliano dehegeliano de tese, antítesetese, antítese ee síntesesíntese..
A NEGAÇÃO DA NEGAÇÃO não é umaA NEGAÇÃO DA NEGAÇÃO não é uma
neutralização. Muito pelo contrário, elaneutralização. Muito pelo contrário, ela
constitui a essência de todoconstitui a essência de todo
desenvolvimento, o movimento imanentedesenvolvimento, o movimento imanente
que impele todo ser finito para além de sique impele todo ser finito para além de si
mesmo.mesmo.