SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 141
O ESPAÇO AGROPECUÁRIO
BRASILEIRO
MODERNA OU TRADICIONAL
CONFLITOS: MARCA DA TERRA NO BRASIL
HISTÓRICO DA TERRA NO BRASIL
• A partir de 1530, tem início a colonização efetiva, com a
expedição de Martim Afonso de Sousa, cujos efeitos foram o
melhor reconhecimento da terra, a introdução do cultivo da
cana-de-açúcar e a criação dos primeiros engenhos,
instalados na recém-fundada cidade de São Vicente, no litoral
de São Paulo, que no século 16 chegou a ter treze engenhos
de açúcar.
• A economia açucareira, entretanto, vai se concentrar no
Nordeste, principalmente em Pernambuco. Estava baseada
no tripé latifúndio--monocultura--escravidão.
• A cana-de-açúcar, no Nordeste, era cultivada e beneficiada
em grandes propriedades, que empregavam mão-de-obra dos
negros africanos trazidos como escravos, e destinava-se à
exportação.
LEIS QUE REGEM A TERRA NO BRASIL
• 1530  Sesmarias: a terra era doada pelo rei.
• 1850  Lei de terras: a terra era doada pelo império ou
comprada na mão do Império,
• 1964  Estatuto da terra: criado pelos militares (ditadura).
Foram criadas as leis trabalhistas, provocando migração para
as cidades. Ocorreu uma avaliação pelo exército da produção
e do tamanho das propriedades, constatando-se que o Brasil
tinha a pior distribuição de terras do mundo na época. Os
militares também criaram os imóveis rurais, que eram
propriedades ideais, ou seja, a terra no tamanho adequado
para o homem viver com a sua família.
• Neste período surgiu a denominação HECTARE = 10. 000m2
.
CONTINUAÇÃO...
• 1993  Módulo rural: é similar a propriedade ideal (alimentação e
venda de excedente).
• Hoje existem os módulos fiscais, que além das obrigações do
módulo rural tem a capacidade de pagar impostos.
• Imóveis Rurais: criados na ditadura militar (Estatuto da terra).
• Minifúndio  terra inferior ao atual módulo fiscal. A atividade
exercida é a agropecuária de subsistência.
• Latifúndio  é uma propriedade improdutiva. Existem 2 tipos:
• Dimensão  acima de 600 módulos fiscais.
• Exploração  1 a 600 módulos fiscais.
• Empresa Rural  são propriedades produtivas que medem de 1 a
600 módulos fiscais .
• 1988  Lei do Uso Capião: toda e qualquer propriedade ocupada
por mais de cinco anos e que não tenha nenhuma pendência legal,
tal imóvel passa a ser do ocupante.
CONCLUSÃO... A TERRA HOJE..
• Esta lei foi aprovada, pois as terras devolutas (do estado), são
ocupadas por:
• Posseiros  pobres e geralmente associados ao MST
(cientificamente provado que é necessário e tem destaque
mundial).
• Grileiros  são os fazendeiros que se associaram na UDR
(União Democrática Ruralista).
• Reforma Agrária  proporcionar condições de produção e
terra para TODO campo, tanto para os pequenos e médios
quanto para os grandes. Não é questionada por ninguém a
necessidade de fazê-la.
LATIFÚNDIO...
• O termo latifúndio deriva do latim latifundiu.
• Na antiguidade, era o grande domínio privado da
ARISTOCRACIA
• Já no sentido moderno, é um REGIME de
PROPRIEDADE agrária caracterizado pela
concentração desequilibrada de TERRAS pertencentes
a poucos proprietários com ou sem aproveitamento
físico destas.
• Ou seja, os latifúndios são extensas propriedades rurais
onde existe uma grande proporção de terras
CULTIVADAS ou não e são exploradas com tecnologia
obsoleta e de baixa PRODUTIVIDADE com mão-de-
obra de baixo custo.
• No Brasil as terras eram “descartáveis”, ou seja, usou,
procure outra... e assim sucessivamente...
LATIFÚNDIO...
MST... LATIFÚNDIO...
LATIFÚNDIO.... DESCARTABILIDADE
DAS TERRAS...
LATIFÚNDIO MATA ?
TIPOS DE LATIFÚNDIOS...
• latifúndios por dimensão: são as enormes
propriedades agroindustriais, com produção
quase sempre voltada a exportação;
• latifúndios por exploração: tratam-se dos
imóveis rurais improdutivos, voltados a
especulação imobiliária. O proprietário não
adquiriu a terra com a intenção de nela produzir,
gerar emprego e ajudar o país a crescer, mas
para esperar sua valorização imobiliária, vende-
la e ganhar muito dinheiro sem trabalhar;
MONOCULTURA....
• Monocultura é a produção ou cultura de apenas uma
especialidade agrícola. 
• A monocultura geralmente ocorre nos latifúndios
(grandes propriedades agrícolas com baixa produção).
• Exemplo: Numa fazenda ocorre apenas a produção de
soja.
Quando um país é monocultor, não é algo positivo, pois
ele ficará dependente apenas deste produto.
• Quando o preço no mercado internacional cai, a
demanda diminui ou ocorrem alterações climáticas
que prejudicam a produção, a economia do país fica
vulnerável.
• Nos séculos XVI e XVII, período colonial, o Brasil
ficou muito dependente da monocultura da CANA-DE-
AÇÚCAR. Embora ocorresse a produção em pequena
escola de outros gêneros agrícolas, quase toda
produção era voltada para a cana-de-açúcar.
NA MONOCULTURA....
ESCRAVIDÃO...
• A escravidão, também conhecida como escravismo ou escravatura, foi a
forma de relação social de produção adotada, de uma forma geral, no
Brasil desde o período colonial até o final do Império. A escravidão no
Brasil é marcada principalmente pelo uso de escravos vindos do
continente africano, mas é necessário ressaltar que muitos indígenas
foram vítimas desse processo.
• Os escravos foram utilizados principalmente em atividades relacionadas à
agricultura – com destaque para a atividade açucareira – e na mineração,
sendo assim essenciais para a manutenção da economia. Alguns deles
desempenhavam também vários tipos de serviços domésticos e/ou
urbanos.
• Escravidão por divida: trata-se do aliciamento de mão-de-obra através de
promessas mentirosa. Ao entrar na fazenda, o trabalhador é informado de
que está endividado e, como seu salário nunca é suficiente para quitar a
divida, fica aprisionado.
ESCRAVIDÃO NO PASSADO...
ESCRAVIDÃO HOJE...
CARACTERÍSTICAS DA AGRICULTURA BRASILEIRA
• PREDOMÍNIO DA AGRICULTURA
EXTENSIVA
Exploração de grandes extensões de terra,
concentradas nas regiões norte,
nordeste, centro-oeste, com uso
reduzido de capital, tecnologia, muita
mão-de-obra e baixos rendimentos.
SUBAPROVEITAMENTO E DISTRIBUIÇÃO
PREDOMINÂNCIA DE GÊNEROS AGRÍCOLAS VOLTADOS
À EXPORTAÇÃO
• Com as melhores técnicas,
• Melhores solos,
• Mão-de-obra mais especializada
• Produção visa alcançar receitas de
exportação,
• Que são voltadas para pagamento da dívida
externa, em detrimento do melhoramento de
nosso potencial agrícola...
O BRASIL NO MUNDO
O QUE EXPORTAMOS?
IMPORTADORES E EXPORTADORES NO MUNDO...
AS TERRAS NO BRASIL
• Terras em descanso (Chamado de Pousio) - Terras habitualmente utilizadas para
o plantio de lavouras temporárias, que em 31 de dezembro de 1995 se encontravam
em descanso, por prazo não superior a 4 anos em relação ao último ano de sua
utilização.
• Pastagens naturais- Constituídas pelas áreas destinadas ao pastoreio do gado,
sem terem sido formadas mediante plantio, ainda que tenham recebido algum trato.
• Pastagens plantadas- Abrangem as áreas destinadas ao pastoreio e formadas
mediante plantio.
• Matas naturais- Formadas pelas áreas de matas e florestas naturais utilizadas para
extração de produtos ou conservadas como reservas florestais.
• Matas plantadas- Compreendem as áreas plantadas ou em preparo para o plantio
de essências florestais (acácia-negra, eucalipto, pinheiro, etc.), incluindo as áreas
ocupadas com viveiros de mudas de essências florestais.
• Terras produtivas não utilizadas- Constituídas pelas áreas que se prestavam à
formação de culturas, pastos ou matas e não estivessem sendo usadas para tais
finalidades. Foram incluídas as terras não utilizadas por período superior a 4 anos.
• Terras inaproveitáveis- Formadas por áreas imprestáveis para formação de
culturas, pastos e matas, tais como: areais, pântanos, encostas íngremes, pedreiras,
etc., e as formadas pelas áreas ocupadas com estradas, caminhos, construções,
canais de irrigação, açudes, etc.
COMPARAÇÃO ENTRE PAÍSES
A AGRICULTURA NO BRASIL
EXPANSÃO DAS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS
A questão agrária e a questão
agrícola no Brasil
• Problemática agrária no Brasil persiste
desde o início do século XX
• Três primeiras décadas – agroexportadora,
cultivo do café
• Sofreu conseqüências da crise de 1929
• II Guerra Mundial
• Conceituação de Questão Agrícola e
Questão Agrária
A questão agrária e a questão
agrícola no Brasil
• Década de 50
– Governo de Juscelino Kubitschek
– Plano de Metas
– Processo de substituição de importações
• Anos 60
– Internalização do setor produtor de bens de capital
– Intensificação das relações agricultura/indústria e
agricultura/setor externo
– Alterações significativas nas relações sociais
: A questão
agrícola no Brasil
• Anos 60
– Mudança na base técnica da agricultura, com a
consolidação do CAI (Complexo
Agroindustrial)
– Elementos do CAI: dado padrão de
desenvolvimento tecnológico, denominado de
(Revolução Verde), proporcionando a inserção
da agricultura brasileira no mercado
internacional, atuação do Estado.
– Processo de Modernização com ênfase:
•
A questão agrária e a questão
agrícola no Brasil
• Anos 60
– Conjuntura Internacional Favorável
– Sobressaíram-se produtos como: soja, óleos
vegetais, sucos e frutas, carne de aves e de
bovinos
– Concentração no Centro-Sul e entre 10% e 20%
dos estabelecimentos rurais
– Nordeste – Mão-de-obra, Amazônia – zonas de
apropriação capitalista (terras) e exploração da
floresta nativa
A questão agrária e a questão
agrícola no Brasil
• Anos 60
– Centralização e concentração no sistema
produtivo (18,72% em pouco mais de 50
grandes unidades)
– Novo padrão de desenvolvimento rural com a
participação do Estado
• Política de financiamento agrícola
• Crédito Farto
• Política de controle de preços e incentivos fiscais
• Política Tecnológica
• Difusor de Tecnologia
GRAU DE MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA
BRASILEIRA
Principais produtos agrícolas por região
REGIÃO PRODUTO PRODUÇÃO (EM MIL t) TOTAL DA PRODUÇÃO BRASILEIRA (EM MIL t)
SUL
Trigo (1º) 5 770 6 153
Soja (2º) 21 301 51 919
Arroz(1º) 5 925 10 334
Maçã (1º) 839 841
Uva (1º) 633 1 067
Feijão (1º) 1 034 3 302
SUDESTE
Cana-de-
açúcar (1º)
259 788 396 012
Café (1º) 1 540 1 987
Laranja (1º) 14 144 16 917
Feijão (2º) 878 3 302
CENTRO-OESTE
Trigo (2º) 242 6 153
Soja (1º) 23 495 51 919
Cana-de-
açúcar (2º)
36 621 396 012
Arroz (2º) 1 736 10 334
NORDESTE
Cana-de-
açúcar (3º)
65 093 396 012
Cacau (1º) 110 170
Feijão (3º) 848 3 302
NORTE Cacau (2º) 50 170
Mandioca (1º) 6597 21 961
IBGE - 2005
LAVOURAS TEMPORÁRIAS E
PERMANENTES
• Lavouras permanentes- Compreendem a área plantada ou
em preparo para o plantio de culturas de longa duração, que
após a colheita não necessitassem de novo plantio,
produzindo por vários anos sucessivos. Foram incluídas nesta
categoria as áreas ocupadas por viveiros de mudas de
culturas permanentes.
• Lavouras temporárias- Abrangem as áreas plantadas ou em
preparo para o plantio de culturas de curta duração (via de
regra, menor que um ano) e que necessitassem, geralmente
de novo plantio após cada colheita, incluíram-se também
nesta categoria as áreas das plantas forrageiras destinadas ao
corte.
LAVOURAS TEMPORÁRIAS
ALGODÃO
• O algodão, que é considerado a mais importante das fibras têxteis,
naturais ou artificiais, é também a planta de aproveitamento mais
completo e que oferece os mais variados produtos de utilidade.
• No Brasil, desde que começou a tomar aspecto de cultura econômica, o
algodão tem sempre figurado no grupo vanguardeiro das atividades que
carreiam divisas para o País.
• Embora não seja cultivado de modo generalizado em todo o território, o
algodão, até 1980, estava classificado entre as sete primeiras culturas no
tocante ao valor de produção.
• O algodoeiro é muito susceptível à concorrência de ervas daninhas.
• Por essa razão ele deve ser mantido no limpo, isto é, livre das ervas
daninhas desde a semeadura até próximo à colheita.
ALGODÃO
ALGODÃO
CANA DE AÇÚCAR..
• No Brasil, a indústria açucareira remonta a meados do século
XVI. Nascia então o ciclo do açúcar, que durou 150 anos. O
Brasil, embora grande produtor de açúcar desde a Colônia,
expandiu muito a cultura de cana-de-açúcar a partir da
década de 1970, com o advento do Pro-Álcool - programa do
governo que substituiu parte do consumo de gasolina por
etanol, álcool obtido a partir da cana-de-açúcar - sendo
pioneiro no uso, em larga escala, deste álcool como
combustível automotivo.
• O Programa Nacional do Álcool (Pro-Álcool), lançado em 14
de novembro de 1975, deveria suprir o país de um
combustível alternativo e menos poluente que os derivados
do petróleo, mas acabou sendo desativado.
CONTINUAÇÃO...
• A lavoura da cana-de-açúcar, foi a primeira a ser instalada no Brasil, ainda
na primeira metade do século XVI, tendo seu cultivo ampliado da faixa
litorânea para o interior.
• No Nordeste, depois de passar da Mata para o Agreste, migrou para as
manchas úmidas do sertão. Desenvolveu-se em dois tipos de organização
do trabalho: a grande lavoura voltada para a produção e exportação do
açúcar, com o uso extensivo da terra, da mão-de-obra, representando
muito no volume de produção do Brasil até mesmo nos dias atuais; e a
pequena lavoura, empregando mão-de-obra em reduzida escala, voltada
para a subsistência do seu proprietário ou para o pequeno mercado
regional ou local, de volume de produção insignificante se comparado
com a anterior.
• Pode-se dizer que no Brasil a cana-de-açúcar deu sustentação ao seu
processo de colonização, tendo sido a razão de sua prosperidade nos dois
primeiros séculos.
CANA DE AÇÚCAR
SOJA
• Essa cultura tem como centro de origem a região leste da
China, onde sofreu domesticação por volta do século XI a.C.
No Brasil, o primeiro registro da introdução da soja data de
1882, na Bahia, por Gustavo Dutra. Diversos outros registros
históricos indicam que a soja ''amarela'' foi inicialmente
plantada na Estação Agronômica de Campinas, em 1891, para
teste como planta forrageira.
• A partir da década de 70, a cultura da soja evoluiu
significativamente nos estados produtores, não só no Sul, mas
também nos estados do Centro-Oeste do Brasil.
• Com o desenvolvimento de novos cultivares adaptados às
diferentes regiões agroclimáticas do País, o Brasil tornou-se o
segundo maior produtor mundial de soja.
PRODUÇÃO DE SOJA
A SOJA EM 2006..
EVOLUÇÃO ÁREA
PLANTADA/RENDIMENTO
MILHO...
• A produção de milho no Brasil, juntamente com a
soja, contribui com cerca de 80% da produção de
grãos no Brasil. A diferença entre as duas culturas
está no fato que soja tem liquidez imediata, dada as
suas característica de "commodity" no mercado
internacional, enquanto que milho tem sua produção
voltada para abastecimento interno. Apesar disto, o
milho tem evoluído como cultura comercial
apresentando, nos últimos vinte e oito ano, taxas de
crescimento da produção de 3,0% ao ano e da área
cultivada de 0,4% ao ano.
PRODUÇÕES NO BRASIL
Fonte: IBGE
FEIJÃO
• A produção nacional de feijão em 2007 não atendeu às necessidades de consumo do país,
informou nesta quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano
passado, a produção de 3,2 milhões de toneladas foi 4,6% inferior ao consumo interno de
cerca de 3,4 milhões de toneladas. os dados fazem parte da Pesquisa Agrícola Municipal
2007.
• O IBGE atribui esse quadro aos preços baixos praticados que desestimularam os produtores a
ampliarem as zonas de cultivo, além das condições climáticas desfavoráveis nos principais
centros produtores.
• Cultivado em todo o Brasil, 72,4% da produção de feijão é concentrada no Paraná, Minas
Gerais, Bahia, São Paulo, Goiás e Santa Catarina. O Paraná, embora tivesse registrado queda
de 6,3% frente a 2006, mante a principal safra com 766,7 mil toneladas, o equivalente a
23,6% do total. Minas Gerais obteve a segunda maior produção, com 480,8 mil toneladas, ou
14,8% do total. Em relação a 2006, a produção mineira de feijão cresceu 0,9%.
• O município de Unaí (MG) registrou a maior produção, com 99,6 mil toneladas, com
incremento de 31,2% frente ao volume verificado em 2006. Em seguida, vieram Cristalina
(GO), com 69,9 mil toneladas (acréscimo de 8,9% sobre 2006) e Luziânia (GO), com 46,4 mil
toneladas, aumento de 7,5% na comparação com ano precedente.
FEIJÃO
• O feijão é cultivado em praticamente todo o
território nacional, porém grande parte da
produção está concentrada em apenas 10
estados, PR, MG, BA, SP, GO, SC, RS, CE, PE e
PA, responsáveis por praticamente 85% da
produção nacional, atingindo anualmente
cerca de 3,0 milhões de toneladas,
distribuídas em três safras distintas, águas,
seca e inverno.
ARROZ
• O Rio Grande do Sul é o maior produtor
nacional de arroz irrigado.
• Outros estados se destacam na produção
dessa cultura alimentar básica: Santa Catarina,
Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão, Goiás
e São Paulo.
PRODUÇÃO DE ARROZ
TRIGO
PRODUÇÃO DE TRIGO
LAVOURAS PERMANENTES
CAFÉ
• Durante muito tempo, manteve-se circunscrito ao Paraná e a
São Paulo, produzindo pelo regime de parceria.
• Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo conservam a
dianteira da produção.
• Bahia e Rondônia surgiram como novas áreas produtoras,
com uma particularidade: são cultivadas, principalmente, por
paranaenses, antigos produtores do norte do Paraná.
• O Paraná tem aumentado em grande quantidade sua
produção de café nos últimos anos, pela introdução de
espécies novas (café adensado).
PRODUÇÃO DE CAFÉ
LARANJA
• Produto largamente cultivado para atender à
demanda da indústria de sucos, tem no
estado de São Paulo seu principal produtor.
• Paraná e Minas Gerais estão se convertendo
em novas e importantes áreas de produção.
• O Brasil é um grande exportador de suco
concentrado, principalmente para os EUA;
PRODUÇÕES DE LARANJA
PRODUÇÕES DE LARANJA
CACAU
• O cacau se adaptou bem ao clima e solo do Sul da
Bahia, região que produz hoje 95% do cacau
brasileiro, ficando o Espírito Santo com 3,5% e a
Amazônia em 1,5%.
• O Brasil é 5° produtor de cacau do mundo, ao lado
da Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões. Em
1979/80, a produção brasileira de cacau ultrapassou
as 310 mil toneladas.
• Cerca de 90% de todo o cacau brasileiro é exportado,
gerando divisas par o país
I – LARANJA II – ARROZ
I – CANA II – CAFÉ III – SOJA
A PECUÁRIA
• Extensiva
• O gado é criado solto, em grandes áreas.
• Não ocorre controle sanitário.
• Tem baixa produtividade.
• Ocorre a subutilização do produto (grande parte é jogado
fora).
• Trabalho e técnicas arcaicas.
• Intensiva
• gado é criado confinado, alimentando-se por ração.
• Trabalho especializado, como o do agrônomo, veterinário.
• Controle sanitário através de vacinas e vermifugação.
• Pesquisa científica ou zootecnia que estuda a clonagem,
inseminação artificial, hormônios.
• Uso de técnicas modernas industriais.
• Utilização global do produto.
A PECUÁRIA NO BRASIL
CRIAÇÃO BOVINA
• Gado Bovino  no mundo, o maior número
de cabeças é:
• Índia (animal é sagrado).
• Brasil (Centro Oeste; Sudeste; Sul 
Destaques: Mato Grosso do Sul,MT, Minas
Gerais, Goiás)
• EUA  apesar de ter menos cabeças, tem
maior produção de leite e carne.
CARACTERÍSTICAS
• Leite  intensivo. Duas áreas produzem no
Brasil.
• Triângulo Mineiro
• Vale do Paraíba (entre São Paulo e Rio de
Janeiro)
• 80% da produção de derivados são dominados
pelas multinacionais. A maior do Brasil é a
Nestlé (MAIS NOVA FÁBRICA EM FEIRA DE
SANTANA).
CARACTERÍSTICAS
• Carne  abate ou corte feito em sistema
extensivo. Principais áreas:
• Cerrado, no Pantanal
• Campanha Gaúcha, criado em sistema semi-
extensivo
• Oeste paulista: maior exportador
• Agreste, em Feira de Santana
• Ilha de Marajó (Pará), criação de búfalos
BOVINOS
AVICULTURA
• O frango foi o produto que mais cresceu nos últimos
15 anos. Os maiores produtores de aves no Brasil
são:
• Rio Grande do Sul (Avipal e Sadia - maiores
produtores)
• Minas Gerais (Sadia e Perdigão)
• Na Bahia a Avipal se instalou em Feira de Santana,
sendo o maior produtor do Norte Nordeste.
OUTRAS AVES
• Avestruz  A maior produção é em São
Paulo, no Brasil.
• Ganso  aproveitado para travesseiros. São
Paulo também tem a maior produção.
• Pavão  suas penas servem para
ornamentação.
• Codorna  SP
FRANGOS, FRANGAS E PINTOS
SUÍNOS
CAPRINOS
OUTRAS CRIAÇÕES
• Ovinos: Seu objetivo é a produção de lã. O maior
produtor mundial é a Austrália, Uruguai e o Brasil
(Rio Grande do Sul)
• Caprinos: O maior produtor do Brasil é a Bahia e o
leite da cabra diminui a mortalidade infantil no semi-
árido. A cabra fornece leite e carne
Suínos: Os maiores produtores mundiais são a China e
os EUA. No Brasil é o Rio Grande do Sul e está
associado a peixes, que se alimentam das fezes do
porco.
AULA 03
O AGRONEGÓCIO NO BRASIL
CARACTERÍSTICAS
O agronegócio agrupa as atividades econômicas
que mais cresceram no início do século 21 no
Brasil.
Em 2004, empregava a terça parte da população
economicamente ativa (PEA) e contribuiu com
43% das exportações totais do país (US$ 39
bilhões, um recorde, com crescimento de 27%
sobre as exportações de 2003) 34% do PÌB
(Produto Interno Bruto).
CARATERÍSTICAS
• Mas deve-se ressaltar que nessas cifras estão
incluídas, além da produção agrícola, a
extração vegetal (madeira), os insumos e
equipamentos (como sementes, fertilizantes,
defensivos, tratores e máquinas agrícolas em
geral) como também o processamento
industrial, transporte e comercialização, como
pode ser verificado no esquema.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS
• A safra brasileira de grãos bate sucessivos recordes a
cada ano, a pecuária tem a maior fatia do mercado
internacional, o suco de laranja tomou conta de
quase todo o planeta (cerca de 80% do suco
comercializado em todo o mundo). Acrescenta-se
ainda a liderança de outros produtos como a carne
de frango, o açúcar, o café, o tabaco, etc. Em relação
ao conjunto de atividades que formam o
agronegócio, a maior parte do valor do PIB é
agregado nas atividades de industrialização e
distribuição, restando apenas 30% para a
agropecuária.
SISTEMA AGROINDUSTRIAL
AMBIENTE INSTITUCIONAL
CULTURA, TRADIÇÕES, EDUCAÇÃO, COSTUMES
AMBIENTE ORGANIZACIONAL
INFORMAÇÃO, ASSOCIAÇÕES, P&D, FINANÇAS, FIRMAS
INSUMOS
AGRO-
PECUÁRIA INDÚSTRIA
DISTRI-
BUIÇÃO
ATACADO
DISTRI-
BUIÇÃO
VAREJO
Fonte: Zylbersztajn & Farina (1997). Estraído de Waacke Terreran
(1998, p.87)
T=Transações
Típicas entre os
elos do sistema
T1 T5T4T3T2
A RELEVÂNCIA E O
DESEMPENHO DO
AGRONEGÓCIO
PODEM SER MEDIDOS
POR VÁRIOS
INDICADORES
PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO PIB
PIB DO AGRONEGÓCIO – PARTICIPAÇÃO POR
SEGMENTOS
INSUMOS
AGROPE-
CUÁRIOS
6,42%
AGROPE-CUÁRIA
30,35%
INDÚSTRIA
30,38%
DISTRIBUIÇÃO
32,44%
Fonte: Guilhoto, J. (2003)
70% do valor do PIB é agregado fora da agropecuária
38,60%
61,40%
PIB-Agronegócio (2003): R$
508,27 bilhões
PIB-Brasil (2003): R$ 1.314
bilhões
Fonte: IPEA/DATA e Guilhoto, J. (2003)
COMPOSIÇÃO DO PIB DO AGRONEGÓCIO
R$ Milhões de 2002
Maio de 2003
Valores Participação
TOTAL 446.703 100
Insumos não Agropecuários 28.668 6,42
Agropecuária 135.566 30,35
Indústria 137.548 30,79
Distribuição 144.921 32,44
Agricultura 318.007 71,19
Insumos não Agrícolas 18.463 5,81
Agricultura 81.602 25,66
Indústria 116.488 36,63
Distribuição 101.454 31,9
Pecuária 128.697 28,81
Insumos não Pecuária 10.205 7,93
Pecuária 53.964 41,93
Indústria 21.060 16,36
Distribuição 43.467 33,78
Fonte: Guilhoto, J. (2003)
Agronegócio
Na composição do
agronegócio
 71% Agricultura
 29% Pecuária
PARTICIPAÇÃO NA
BALANÇA COMERCIAL
 Em 2003 respondeu por 42,5% das exportações
 Novos mercados como China, Rússia, países do Oriente Médio,
Chile, Indonésia
 Novos produtos como as exportações de carne bovina e suína
15,1 13,7 14,3
10,9
19 20,3
-6,8 -6,6
-1,3
-0,7
21 20
13,1
2,6
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Agronegócio
Saldo TotalFonte: MDIC
Saldo em US$ bilhões (FOB)
(jan-out)
FATORES EXPLICATIVOS DO
SUCESSO DO AGRONEGÓCIO
1. PRIMEIRO FATOR1. PRIMEIRO FATOR
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
Esse aumento da produção se dá
quase que exclusivamente
apoiado no crescimento da
produtividade
POTENCIAL DA PRODUÇÃO DE
GRÃOS NO BRASIL
Safra 2002-03 Potencial
Produção Área Produtividade Produção Área Produtividade
(milhões t) (milhões ha) (t/ha) (milhões t) (milhões ha) (t/ha)
Soja 51,3 18,1 2,8 80,5 23 3,5
Milho 46,3 12,7 3,4 165,9 23,7 7
Arroz 10,3 3,2 3,3 26,4 6,6 4
Feijão 3,4 3,5 0,7 6 4 1,5
Algodão 2,2 0,7 3 5,2 1,5 3,5
Em pluma 0,8 2
Caroço de algodão 1,4 3,2
Trigo 5,3 2,3 2 8 3,5 2,3
Demais 2,3 2,1 1,1 3,2 2,7 1,2
GRÃOS TOTAL 120,8 42,7 2,7 295,3 65 4,5
Cana-de-açúcar (*) 290,2 4,9 70 443,3 4,9 90
Fonte: IBGE e Roberto Rodrigues (2003)
 Uma produção de 295 milhões de toneladas
com a tecnologia recomendada
 Aumento de 22 milhões de Ha
2. SEGUNDO FATOR2. SEGUNDO FATOR
FINANCIAMENTO DO AGRONEGÓCIO
A participação da agroindústria
no financiamento de insumos
representa um dos principais
fatores responsáveis pelo
impulso das atividades do
agronegócio no que se refere ao
crédito de custeio
3. TERCEIRO FATOR3. TERCEIRO FATOR
A ORGANIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO
ELEMENTOS DO AGRICLUSTERS: COMPETIÇÃO E COOPERAÇÃO
CLIENTES E
CANAIS DE
DISTRIBUIÇÃO
UNIVERSIDADES
INDÚSTRIA DE
INSUMOS E
FATORES
ESPECIAIS
ASSOCIAÇÕES
E ENTIDADES
DE APOIO
INSTITUTOS
DE PESQUISAINFRA-ESTRUTURA
ESPECIALIZADA
O SETOR, A
CADEIA
PRODUTIVA
REDE DE
PRESTADORES
DE SERVIÇOS
TREINAMENTO E
CAPACITAÇÃO DA
MÃ0-DE-OBRA
ECONOMIA E MARKETING
ECONOMIA E MARKETING
CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIA
CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIA
DIREITO E SOCIOLOGIA
DIREITO E SOCIOLOGIA
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
 Agricluster: Combinação de cluster e APL
 Combina a metodologia ao agronegócio e dos APL - Fortalece
as localidades
Pesquisa Tecnológica
Instituição com Liderança e
Articulação de atores
Investimento em capital e
qualificação
LIÇÕES DO DESEMPENHO
DO AGRONEGÓCIO
Conjunção
ESTRUTURA DA TERRA NO BRASIL
Estrutura Agrária Brasileira - Comparação internacional
Países Imóveis Área
(milhões de ha)
Média (ha)
EUA (2002) 2.128.982 939,2 441
Argentina (2002) 297.425 174,8 588
Austrália (2002) 135.400 447,0 3.301
Canadá (2001) 246.923 68,0 275
Brasil (1996)
Brasil (2006)
4.290.482
5.204.130
418,5
354,8
98
68
Fonte: IBGE, USDA, FAO, Australian Farming in Brief, Statistics Canada.
A ESTRUTURA FUNDIÁRIA E
CONFLITOS DE TERRAS NO BRASIL
Interpretações Clássicas do
desenvolvimento agrícola brasileiro
• Feudalista
– Alberto Passos Guimarães
– Latifúndio extensivo de baixa produtividade e que
paga baixos salários aos trabalhadores, o que
caracteriza nessa interpretação, duplo monopólio: da
terra e da renda
– Estrutura agrária era limitante ao processo de
industrialização, por ser concentrada
– Estrangulamento na oferta de matéria-prima
– Visava o melhoramento das condições do trabalhador
rural através da evolução da renda no campo
(alteração da propriedade da terra e o não-pagamento
da renda da terra)
Interpretações Clássicas do
desenvolvimento agrícola brasileiro
• Capitalista
– Caio Prado Júnior
– Desconcentração fundiária e a regulamentação
das relações de trabalho
– Problemas agrários: baixas condições de vida
dos trabalhadores e precariedade das relações
trabalhistas
– Solução: melhoria das condições de emprego
– Inexistência do perfil feudalista pela presença
do latifúndio como o grande canal exportador
brasileiro
Interpretações Clássicas do
desenvolvimento agrícola brasileiro
• Estruturalista
– Celso Furtado
– Desenvolvimento agrícola brasileiro é muito específico
– Realização da reforma agrária no Nordeste
– Segue a orientação da análise dos fluxos de gastos na
economia, visando compreender mudanças nos fluxos
macroeconômicos como: renda, investimentos e consumo
– Principal aspecto da questão agrária: problemática do
emprego
– Próximo da interpretação capitalista
Interpretações Clássicas do
desenvolvimento agrícola brasileiro
• Dualista
– Ignácio Rangel
– Coexistência de relações de produção arcaicas com
modernas
– Latifúndio: internamente feudal; externamente,
empresa comercial
– Intervenção: no mercado de mão-de-obra rural, no
mercado de produtos agrícolas, e no mercado de
terras
– Propõe a eliminação de barreiras ao desenvolvimento
capitalista na agricultura sem modificar a estrutura
agrária, que prevalece.
Interpretações Clássicas do
desenvolvimento agrícola brasileiro
• Modernizante
– Homem de Melo e Pastore
– Base para o desenvolvimento da agricultura brasileira nas 3
ultimas décadas
– O aspecto básico é a importância dada à capacidade de o
agricultor ser o agente de transformação econômica
– Pouco enfatiza as questões referentes a mudança na
estrutura agrária
– Ganhou notoriedade no inicio dos anos 70
– Destaca a dependência da criação de novos conhecimentos
e novos insumos para a transformação da agricultura
tradicional
– Ponto fraco: importância dada aos fatores externos,
principalmente em relação a pequenas propriedades
A questão agrária e a questão
agrícola no Brasil
• Anos 70
• Período logo após a constituição do CAI
• Período de forte desenvolvimento do setor agrícola
• Crédito farto com taxas de juros altamente subsidiadas,
privilegiando:
– O produtor (investimento, comercialização e custeio)
– Industrias de bens de capital
– Cooperativas agrícolas
– Industrias processadoras
– Industrias química e petroquímica
A questão agrária e a questão
agrícola no Brasil
• Anos 70
• Fenômenos que marcaram a economia capitalista nesse
período:
– Estagflação
– Desaceleração das taxas de crescimento da produtividade
Isso devido ao tratamento de choque monetário para
reduzir a inflação e a desregulamentação dos mercados
A questão agrária e a questão
agrícola no Brasil
Transformações econômicas a partir da década de 80
Âmbito tecnológico – biotecnologia vegetal e animal;
Crise fiscal e desarticulação do aparato de regulação
estatal – dívida pública elevada, poupança pública
negativa
Crise do modelo de desenvolvimento via CAI – devido
às mudanças de seus elementos de sustentação.
Tecnologia, mercado internacional e estado.
Interpretações recentes do
desenvolvimento agrícola brasileiro
Gorender
Dois modos de produção no período escravista: a
propriedade latifundiária e os pequenos cultivadores
não escravistas
Empresa capitalista dependente da pequena
propriedade camponesa-familiar
Distribuição das terras latifundiárias para
exploração familiar e a transformação das empresas
agrícolas em explorações coletivizadas: cooperativas
ou estatais
TIPOS DE TRABALHADORES NO
CAMPO
• Trabalho familiar: Na agricultura brasileira, predomina a utilização de
mão-de-obra familiar em pequenas e médias propriedades de agriculturas
de subsistência ou jardinagem, espalhadas pelo país. Quando a agricultura
praticada pela família é extensiva, todos os membros se vêem obrigados a
complementar a renda como trabalhadores temporários ou bóias-frias em
épocas de corte, colheita ou plantio nas grandes propriedades
agroindustriais. Ás vezes, buscam subemprego até mesmo nas cidades,
retornando ao campo apenas em épocas necessárias ou propícia ao
trabalho na propriedade familiar.
• Trabalho temporário: são trabalhadores diaristas, temporários e sem
vinculo empregatício. Em outras palavras, recebem por dia segundo a sua
produtividade. Eles têm serviço somente em determinadas épocas do ano
e não possuem carteira de trabalho registrada. Embora completamente
ilegal essa relação de trabalho continua existindo, em função da presença
do “gato”, um empreiteiro que faz a intermediação entre fazendeiro e os
trabalhadores. Por não ser empresário, o “gato” não tem obrigações
trabalhistas, não precisa registrar os funcionários.
OUTROS TIPOS DE TRABALHOS NO
CAMPO
• Trabalho assalariado: representa apenas 10% da mão-de-obra agrícola.
São trabalhadores que possuem registro em carteira, recebendo,
portanto, pelo menos um salário mínimo por mês.
• Parceria e arrendamento: parceiros e arrendatários “alugam” a terra de
alguém para cultivar alimentos ou criar gado. Se o aluguel for pago em
dinheiro, a situação á de arrendamento. Se o aluguel for pago com parte
da produção, combinada entre as partes, a situação é de parceria.
CONSEQUENCIA DA TERRA
CONCENTRADA
ESTRUTURA FUNDIÁRIA NO BRASIL
Tamanho dos
imóveis (área total
em ha)
% dos imóveis
% da área ocupada
por imóveis rurais
Até 10 31,5 1,8
De 10 a 25 26,0 4,5
De 25 a 50 16,1 5,7
De 50 a 100 11,5 8,0
De 100 a 500 11,4 23,8
De 500 a 1000 1,8 12,4
De 1000 a 2000 0,9 12,2
Mais de 2000 0,8 31,6
Total 100,0 100,0
INCRA, cadastro de ago. 2006
Número de famílias assentadas no campo (1995 a 2005)
PERÍODO Nº DE FAMÍLIAS ASSENTADAS
1995-2002 524 380
2003 30 000
2004 115 000
2005 115 000
II Plano Nacional de Reforma Agrária – PNRA - INCRA
OBS.: entre 1995 e 2002, 90% das famílias assentadas não tinham
abastecimento de água e 80% não possuíam energia elétrica e acesso a
estradas.
Evolução da concentração da propriedade fundiária – 1950-1995 (Índice de Gini)
1950 1960 1970 1975 1980 1985 1995
NORTE 0,944 0,944 0,831 0,863 0,841 0,812 0,820
NORDESTE 0,849 0,845 0,854 0,862 0,861 0,869 0,859
CENTRO-OESTE 0,833 0,901 0,876 0,876 0,861 0,857 0,831
SUDESTE 0,763 0,772 0,760 0,761 0,769 0,772 0,767
SUL 0,741 0,725 0,725 0,733 0,743 0,747 0,742
BRASIL 0,840 0,839 0,843 0,854 0,857 0,857 0,856
IBGE – Censo Agropecuário – 1995-1996
O índice de Gini mede o grau de concentração de riqueza (renda, terras etc.) de um país ou
região.
Quanto mais próximo de 1,0, maior a concentração.
REFORMA AGRÁRIA
CONCEITO DE REFORMA AGRÁRIA
• A reforma agrária é um sistema que busca
distribuir terras para pessoas que não possuem
moradia. É um processo que se fez necessário
por causa da grande quantidade de terras
concentradas nas mãos de poucos e isso se
deu desde o período da colonização quando as
terras foram distribuídas de forma injusta e
ainda sem produzir.
PARA QUE REFORMA AGRÁRIA ?
• Além de buscar a distribuição justa de terras, a
reforma agrária busca descentralizar e democratizar
a estrutura fundiária, favorecer a produção de
alimentos e a partir deles obter-se comida e renda,
diversificar o comércio rural, reduzir a migração e
promover a cidadania e a justiça social. O governo
através de desapropriações e compras de terras
tenta erradicar os latifúndios (propriedades
improdutivas) para distribuí-las de forma que se
tornem fonte de sustento e renda.
MOVIMENTOS QUE LUTAM PELA
POSSE DAS TERRAS
• A luta pela posse da terra também ficou
conhecida como luta pela reforma agrária. Na
década de 40, destacou-se um movimento
ligado ao Partido Comunista, conhecido como
Ligas Camponesas, que espalhou-se em todo o
Nordeste, fruto da luta em Pernambuco pela
desapropriação de uma fazenda chamada
Galiléia.
OUTROS MOVIMENTOS QUE LUTAM PELA
POSSE DAS TERRAS
• Na década de 80, outro movimento, o MST,
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra, com o apoio do Partido dos
Trabalhadores e da CUT (Central Única dos
Trabalhadores), ganhou projeção nacional,
impulsionando a ocupação de terras previstas
para serem desapropriadas, pressionando o
governo a agilizar o assentamento de famílias
acampadas.
Intolerância no mundo contemporâneo: as
lutas rurais e urbanas
1 – O pensamento liberal e a problemática da
exploração do trabalho e da terra
2 – O pensamento socialista e as lutas operário-
camponesas
3 – Propostas de superação do problema e o tema
da revolução
4 – As lutas contemporâneas
LEI No
601, DE 18 DE SETEMBRO DE 1850.
Dispõe sobre as terras devolutas do Império.
Dispõe sobre as terras devolutas no Império, e acerca das que são possuídas por
titulo de sesmaria sem preenchimento das condições legais. bem como por simples
titulo de posse mansa e pacifica; e determina que, medidas e demarcadas as
primeiras, sejam elas cedidas a titulo oneroso, assim para empresas particulares,
como para o estabelecimento de colonias de nacionaes e de extrangeiros,
autorizado o Governo a promover a colonisação extrangeira na forma que se
declara D. Pedro II, por Graça de Deus e Unanime Acclamação dos Povos,
Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo do Brasil: Fazemos saber a todos os
Nossos Subditos, que a Assembléa Geral Decretou, e Nós queremos a Lei seguinte:
Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras devolutas por outro titulo que
não seja o de compra.
Exceptuam-se as terras situadas nos limites do Imperio com paizes estrangeiros
em uma zona de 10 leguas, as quaes poderão ser concedidas gratuitamente.
Art. 2º Os que se apossarem de terras devolutas ou de alheias, e nellas derribarem
mattos ou lhes puzerem fogo, serão obrigados a despejo, com perda de
bemfeitorias, e de mais soffrerão a pena de dous a seis mezes do prisão e multa de
100$, além da satisfação do damno causado. Esta pena, porém, não terá logar nos
actos possessorios entre heréos confinantes.
Paragrapho unico. Os Juizes de Direito nas correições que fizerem na forma das leis e
regulamentos, investigarão se as autoridades a quem compete o conhecimento destes
delictos põem todo o cuidado em processal-os o punil-os, e farão effectiva a sua
responsabilidade, impondo no caso de simples negligencia a multa de 50$ a 200$000.
Art. 3º São terras devolutas:
§ 1º As que não se acharem applicadas a algum uso publico nacional, provincial, ou
municipal.
§ 2º As que não se acharem no dominio particular por qualquer titulo legitimo, nem
forem havidas por sesmarias e outras concessões do Governo Geral ou Provincial, não
incursas em commisso por falta do cumprimento das condições de medição, confirmação
e cultura.
§ 3º As que não se acharem dadas por sesmarias, ou outras concessões do Governo, que,
apezar de incursas em commisso, forem revalidadas por esta Lei.
§ 4º As que não se acharem occupadas por posses, que, apezar de não se fundarem em
titulo legal, forem legitimadas por esta Lei.
Art. 4º Serão revalidadas as sesmarias, ou outras concessões do Governo Geral ou
Provincial, que se acharem cultivadas, ou com principios de cultura, e morada habitual
do respectivo sesmeiro ou concessionario, ou do quem os represente, embora não tenha
sido cumprida qualquer das outras condições, com que foram concedidas.
Art. 5º Serão legitimadas as posses mansas e pacificas, adquiridas por occupação
primaria, ou havidas do primeiro occupante, que se acharem cultivadas, ou com
principio de cultura, e morada, habitual do respectivo posseiro, ou de quem o
represente, guardadas as regras seguintes:
§ 1º Cada posse em terras de cultura, ou em campos de criação, comprehenderá, além
do terreno aproveitado ou do necessario para pastagem dos animaes que tiver o
posseiro, outrotanto mais de terreno devoluto que houver contiguo, comtanto que em
nenhum caso a extensão total da posse exceda a de uma sesmaria para cultura ou
criação, igual ás ultimas concedidas na mesma comarca ou na mais vizinha.
§ 2º As posses em circumstancias de serem legitimadas, que se acharem em
sesmarias ou outras concessões do Governo, não incursas em commisso ou
revalidadas por esta Lei, só darão direito á indemnização pelas bemfeitorias.
Exceptua-se desta regra o caso do verificar-se a favor da posse qualquer das seguintes
hypotheses: 1ª, o ter sido declarada boa por sentença passada em julgado entre os
sesmeiros ou concessionarios e os posseiros; 2ª, ter sido estabelecida antes da
medição da sesmaria ou concessão, e não perturbada por cinco annos; 3ª, ter sido
estabelecida depois da dita medição, e não perturbada por 10 annos.
§ 3º Dada a excepção do paragrapho antecedente, os posseiros gozarão do favor que
lhes assegura o § 1°, competindo ao respectivo sesmeiro ou concessionario ficar com o
terreno que sobrar da divisão feita entre os ditos posseiros, ou considerar-se tambem
posseiro para entrar em rateio igual com elles.
§ 4º Os campos de uso commum dos moradores de uma ou mais freguezias,
municipios ou comarcas serão conservados em toda a extensão de suas divisas, e
continuarão a prestar o mesmo uso, conforme a pratica actual, emquanto por Lei não
se dispuzer o contrario.
Art. 6º Não se haverá por principio do cultura para a revalidação das sesmarias ou
outras concessões do Governo, nem para a legitimação de qualquer posse, os simples
roçados, derribadas ou queimas de mattos ou campos, levantamentos de ranchos e
outros actos de semelhante natureza, não sendo acompanhados da cultura effectiva e
morada habitual exigidas no artigo antecedente.
Art. 7º O Governo marcará os prazos dentro dos quaes deverão ser medidas as terras
adquiridas por posses ou por sesmarias, ou outras concessões, que estejam por medir,
assim como designará e instruirá as pessoas que devam fazer a medição, attendendo
ás circumstancias de cada Provincia, comarca e municipio, o podendo prorogar os
prazos marcados, quando o julgar conveniente, por medida geral que comprehenda
todos os possuidores da mesma Provincia, comarca e municipio, onde a prorogação
convier.
Art. 8º Os possuidores que deixarem de proceder á medição nos prazos marcados pelo
Governo serão reputados cahidos em commisso, e perderão por isso o direito que
tenham a serem preenchidos das terras concedidas por seus titulos, ou por favor da
presente Lei, conservando-o sómente para serem mantidos na posse do terreno que
occuparem com effectiva cultura, havendo-se por devoluto o que se achar inculto.
Art. 9º Não obstante os prazos que forem marcados, o Governo mandará proceder á
medição das terras devolutas, respeitando-se no acto da medição os limites das
concessões e posses que acharem nas circumstancias dos arts. 4º e 5º.
Qualquer opposição que haja da parte dos possuidores não impedirá a medição; mas,
ultimada esta, se continuará vista aos oppoentes para deduzirem seus embargos em
termo breve.
As questões judiciarias entre os mesmos possuidores não impedirão tão pouco as
diligencias tendentes á execução da presente Lei.
Art. 10. O Governo proverá o modo pratico de extremar o dominio publico do
particular, segundo as regras acima estabelecidas, incumbindo a sua execução ás
autoridades que julgar mais convenientes, ou a commissarios especiaes, os quaes
procederão administrativamente, fazendo decidir por arbitros as questões e duvidas de
facto, e dando de suas proprias decisões recurso para o Presidente da Provincia, do
qual o haverá tambem para o Governo.
Art. 11. Os posseiros serão obrigados a tirar titulos dos terrenos que lhes ficarem
pertencendo por effeito desta Lei, e sem elles não poderão hypothecar os mesmos
terrenos, nem alienal-os por qualquer modo.
Esses titulos serão passados pelas Repartições provinciaes que o Governo designar,
pagando-se 5$ de direitos de Chancellaria pelo terreno que não exceder de um
quadrado de 500 braças por lado, e outrotanto por cada igual quadrado que de mais
contiver a posse; e além disso 4$ de feitio, sem mais emolumentos ou sello.
Art. 12. O Governo reservará das terras devolutas as que julgar necessarias: 1º, para a
colonisação dos indigenas; 2º, para a fundação de povoações, abertura de estradas, e
quaesquer outras servidões, e assento de estabelecimentos publicos: 3º, para a
construção naval.
Art. 13. O mesmo Governo fará organizar por freguezias o registro das terras possuidas,
sobre as declaracões feitas pelos respectivos possuidores, impondo multas e penas
áquelles que deixarem de fazer nos prazos marcados as ditas declarações, ou as fizerem
inexactas.
Art. 14. Fica o Governo autorizado a vender as terras devolutas em hasta publica, ou fóra
della, como e quando julgar mais conveniente, fazendo previamente medir, dividir,
demarcar e descrever a porção das mesmas terras que houver de ser exposta á venda,
guardadas as regras seguintes:
§ 1º A medição e divisão serão feitas, quando o permittirem as circumstancias locaes, por
linhas que corram de norte ao sul, conforme o verdadeiro meridiano, e por outras que as
cortem em angulos rectos, de maneira que formem lotes ou quadrados de 500 braças por
lado demarcados convenientemente.
§ 2º Assim esses lotes, como as sobras de terras, em que se não puder verificar a divisão
acima indicada, serão vendidos separadamente sobre o preço minimo, fixado
antecipadamente e pago á vista, de meio real, um real, real e meio, e dous réis, por braça
quadrada, segundo for a qualidade e situação dos mesmos lotes e sobras.
§ 3º A venda fóra da hasta publica será feita pelo preço que se ajustar, nunca abaixo
do minimo fixado, segundo a qualidade e situação dos respectivos lotes e sobras,
ante o Tribunal do Thesouro Publico, com assistencia do Chefe da Repartição Geral
das Terras, na Provincia do Rio de Janeiro, e ante as Thesourarias, com assistencia
de um delegado do dito Chefe, e com approvação do respectivo Presidente, nas
outras Provincias do Imperio.
Art. 15. Os possuidores de terra de cultura e criação, qualquer que seja o titulo de
sua acquisição, terão preferencia na compra das terras devolutas que lhes forem
contiguas, comtanto que mostrem pelo estado da sua lavoura ou criação, que tem os
meios necessarios para aproveital-as.
Art. 16. As terras devolutas que se venderem ficarão sempre sujeitas aos onus
seguintes:
§ 1º Ceder o terreno preciso para estradas publicas de uma povoação a outra, ou
algum porto de embarque, salvo o direito de indemnização das bemfeitorias e do
terreno occupado.
§ 2º Dar servidão gratuita aos vizinhos quando lhes for indispensavel para sahirem á
uma estrada publica, povoação ou porto de embarque, e com indemnização quando
lhes for proveitosa por incurtamento de um quarto ou mais de caminho.
§ 3º Consentir a tirada de aguas desaproveitadas e a passagem dellas, precedendo a
indemnização das bemfeitorias e terreno occupado.
§ 4º Sujeitar ás disposições das Leis respectivas quaesquer minas que se descobrirem
nas mesmas terras.
Art. 17. Os estrangeiros que comprarem terras, e nellas se estabelecerem, ou vierem
á sua custa exercer qualquer industria no paiz, serão naturalisados querendo, depois
de dous annos de residencia pela fórma por que o foram os da colonia de S, Leopoldo,
e ficarão isentos do serviço militar, menos do da Guarda Nacional dentro do
municipio.
Art. 18. O Governo fica autorizado a mandar vir annualmente á custa do Thesouro
certo numero de colonos livres para serem empregados, pelo tempo que for marcado,
em estabelecimentos agricolas, ou nos trabalhos dirigidos pela Administração
publica, ou na formação de colonias nos logares em que estas mais convierem;
tomando anticipadamente as medidas necessarias para que taes colonos achem
emprego logo que desembarcarem.
Aos colonos assim importados são applicaveis as disposições do artigo antecedente.
Art. 19. O producto dos direitos de Chancellaria e da venda das terras, de que tratam
os arts. 11 e 14 será exclusivamente applicado: 1°, á ulterior medição das terras
devolutas e 2°, a importação de colonos livres, conforme o artigo precedente.
Art. 20. Emquanto o referido producto não for sufficiente para as despezas a que é
destinado, o Governo exigirá annualmento os creditos necessarios para as mesmas
despezas, ás quaes applicará desde já as sobras que existirem dos creditos
anteriormente dados a favor da colonisação, e mais a somma de 200$000.
Art. 21. Fica o Governo autorizado a estabelecer, com o necessario Regulamento, uma
Repartição especial que se denominará - Repartição Geral das Terras Publicas - e será
encarregada de dirigir a medição, divisão, e descripção das terras devolutas, e sua
conservação, de fiscalisar a venda e distribuição dellas, e de promover a colonisação
nacional e estrangeira.
Art. 22. O Governo fica autorizado igualmente a impor nos Regulamentos que fizer para
a execução da presente Lei, penas de prisão até tres mezes, e de multa até 200$000.
Art. 23. Ficam derogadas todas as disposições em contrario.
Mandamos, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento, e execução da referida
Lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir, e guardar tão inteiramente, como nella se
contém. O Secretario de Estado dos Negocios do Imperio a faça imprimir, publicar e correr.
Dada no Palacio do Rio de Janeiro aos 18 dias do mez do Setembro de 1850, 29º da
Independencia e do Imperio.
IMPERADOR com a rubrica e guarda.
Visconde de Mont'alegre.
Carta de lei, pela qual Vossa Magestade Imperial Manda executar o Decreto da Assembléa
Geral, que Houve por bem Sanccionar, sobre terras devolutas, sesmarias, posses e colonisação.
Para Vossa Magestade Imperial Ver.
João Gonçalves de Araujo a fez.
Euzebio de Queiroz Coitiuho Mattoso Camara.
Sellada na Chancellaria do Imperio em 20 de Setembro de 1850. - Josino do Nascimento Silva.
Publicada na Secretaria de Estado dos Negocios do Imperio em 20 de setembro de 1850. - José
de Paiva Magalhães Calvet.
Registrada á fl. 57 do livro 1º do Actos Legislativos. Secretaria d'Estado dos Negocios do
Imperio em 2 de outubro de 1850. - Bernardo José de Castro
Programa de Reforma Agrária
1. Modificar a estrutura da propriedade da terra
2. Subordinar a propriedade da terra à justiça social, às necessidades do povo e aos
objetivos da sociedade
3. Garantir que a produção da agropecuária esteja voltada para a segurança
alimentar, a eliminação da fome e ao desenvolvimento econômico e social dos
trabalhadores
4. Apoiar a produção familiar e cooperativada com preços compensadores, crédito e
seguro agrícola
5. Levar a agroindustria e a industrialização ao interior do país, buscando o
desenvolvimento harmônico das regiões e garantindo geração de empregos
especialmente para a juventude
6. Aplicar um programa especial de desenvolvimento para região do semi-árido
7. Desenvolver tecnologias adequadas à realidade, preservando e recuperando os
recursos naturais, com um modelo de desenvolvimento agrícola auto-sustentável
8. Buscar um desenvolvimento rural que garanta melhores condições de vida,
educação, cultura e lazer para todos.
Compromissos do MST com a terra e com a vida
Os seres humanos são preciosos, pois sua inteligência, trabalho e organização podem
proteger e preservar todas as formas de vida.
1 - Amar e preservar a terra e os seres da natureza.
2 - Aperfeiçoar sempre nossos conhecimentos sobre a natureza e a agricultura.
3 - Produzir alimentos para eliminar a fome na humanidade. Evitar a monocultura e o uso
de agrotóxicos.
4 - Preservar a mata existente e reflorestar novas áreas.
5 - Cuidar das nascentes, rios, açudes e lagos. Lutar contra a privatização da água.
6 - Embelezar os assentamentos e comunidades, plantando flores, ervas medicinais,
hortaliças, árvores...
7 - Tratar adequadamente o lixo e combater qualquer prática de contaminação e agressão
ao meio ambiente.
8 - Praticar a solidariedade e revoltar-se contra qualquer injustiça, agressão e exploração
praticada contra a pessoa, a comunidade e a natureza.
9 - Lutar contra o latifúndio para que todos possam ter terra, pão, estudo e liberdade.
10 - Jamais vender a terra conquistada. A terra é um bem supremo para as gerações
futuras.
Hino do MST
(Letra: Ademar Bogo, Música: Willy C. de Oliveira, 1989)
Vem teçamos a nossa liberdade
braços fortes que rasgam o chão
sob a sombra de nossa valentia
desfraldemos a nossa rebeldia
e plantemos nesta terra como irmãos!
Vem, lutemos
punho erguido
Nossa força nos leva a edificar
Nossa pátria
livre e forte
construída pelo poder popular
Braço erguido ditemos nossa história
sufocando com força os opressores
hasteemos a bandeira colorida
despertemos esta pátria adormecida
o amanhã pertence a nós trabalhadores!
Nossa força resgatada pela chama
da esperança no triunfo que virá
forjaremos desta luta com certeza
pátria livre operária e camponesa
nossa estrela enfim triunfará!
Significado das cores e desenhos que compõem a bandeira:
cor vermelha: representa o sangue que corre em nossas veias e a disposição de
lutar pela Reforma Agrária e pela transformação da sociedade.
cor branca: representa a paz pela qual lutamos e que somente será conquistada
quando houver justiça social para todos
cor verde: representa a esperança de vitória a cada latifúndio que conquistamos
cor preta: representa o nosso luto e a nossa homenagem a todos os trabalhadores e
trabalhadoras que tombaram, lutando pela nova sociedade
mapa do Brasil: representa que o MST está organizado nacionalmente e que a luta
pela Reforma Agrária deve chegar a todo o país
trabalhador e trabalhadora: representa a necessidade da luta ser feita por
mulheres e homens, pelas famílias inteiras.
facão: representa as nossas ferramentas de trabalho, de luta e de resistência.
Reflexão de um aluno
André Borges e Souza
Muitos são contra o MST. Contra esse movimento que une os necessitados em busca de
um ideal, em busca de uma vida melhor. São contra a união que visa enriquecer-nos
com justiça, que visa minimizar nossa desigualdade social, são contra a união dos que
não têm para negociar com os que não usam, enquanto outros não mostram a verdade.
Quando um governo não se importa com os menores, não serão os maiores que se
importarão. Os latifundiários não hão de se importar com o homem do campo. Quando
não é cumprida a Constituição e os grandes proprietários não se virem com vontade de
dividir os bens, não haverá escolha senão lutar. Escolher a luta em vez de ficar
simplesmente calado. Unir-se e lutar. Lutar pelos seus direitos, lutar pelo necessário.
Não há vitória sem luta, não há conquistas sem luta, assim como não há chuva sem
água e vida sem terra. Mesmo assim, há muita gente sem terra e ainda assim, essa gente
vive. Gente que não quer se calar e não aceita ser esquecida e ignorada porque deveria
apoiá-los.
Existe luta. Haverá luta enquanto houver o vermelho do sangue, o branco da paz, o verde
da esperança, o preto do luto em meio a um Brasil desigual. Haverá luta enquanto
houver trabalhadores e trabalhadoras unidos, privados de seus direitos, humilhados,
empunhando facões, não para atacar, mas para se defender. Para colher. Colher os
frutos da luta em luto.
Haverá luta enquanto houver gente ignorada pelo governo, chutada pela mídia, cuspida
pelos maiores, espancada pelas autoridades e morta por não ter terra.
Temos o dever de lutar por direitos, o direito de lutar pelo que queremos. O direito à
justiça, o direito à vida, o direito à terra. E, se quem luta por tudo isso é baderneiro,
terrorista, bandido ou criminoso, então vê-se a prudência em ser um bandido, a riqueza
em ser um terrorista, o progresso em ser um criminoso ou a ordem em ser um
baderneiro.
A bandeira do Brasil, mal dividida com os motivos esquecidos, está sempre erguida em
meio a acampamentos de pessoas que não têm onde dormir, não têm o que comer, que
não têm trabalho. Não têm muitas coisas, mas têm a vontade de melhorar, de progredir e
de tornar o nosso pobre-rico país em um lugar digno, onde possamos viver com honra,
sem o fantasma da fome e o inferno do latifúndio.
Não se pode condenar pessoas que sempre viveram em meio à desgraça. Pessoas sem
oportunidades, mas que têm, em suas veias, a adrenalina da batalha pelo bem-estar, e
em suas mentes com objetivo, e em suas mãos, foices e martelos, e em seus corações a
compaixão, e em seus estômagos... nada.
Não se pode aceitar, calado, tudo o que há de ruim. Quando se está à margem da
sociedade, vivendo na miséria, morando entre paredes de pano, ou protegido pelo
telhado de sapé, não se pode deixar humilhar, não se pode esquecer de que há
sempre como mudar. É!, o poder é de todos. Deve-se mudar. Mudando a si mesmo,
muda-se o mundo.
As meias-verdades, a arrogância e outros fatos mais que repudiam a luta pela
melhoria. A organização dos humildes e a reivindicação de um lugar melhor para
viver, alguma comida para comer, uma cama de verdade para dormir, uma terra para
crescer, trabalhar e poder, assim, ser digno e sentir orgulho de levantar, olhar
fixamente para frente e dizer: " Eu sou gente, sou brasileiro".
Muitos são contra a união desses desfavorecidos, do movimento dos trabalhadores
rurais sem terra. Lembremos quem são eles: um movimento que luta por pessoas
fadadas a morrer na seca do sertão ou ficar esquecidas, nas páginas amareladas da
nossa Constituição.
(André Bogaz e Souza é estudante da 8º série, elaborada a partir de um projeto
desenvolvido no Colégio Módulo, que estimula o aluno a pensar sobre assuntos
polêmicos aos olhos da sociedade. Foi enviado à redação da Revista Caros Amigos, a
pedido da professora Sandra Martins)
Podes?
Nicolás Guillén (CUBA)
 
Podes vender-me o ar que passa entre teus dedos
E golpeia teu rosto e desalinha teus cabelos?
Talvez possas vender-me cinco moedas de vento?
Ou mais, talvez uma tormenta?
Acaso me venderias ar fino – não todo –
O ar que percorre teu jardim de flor em flor
E sustenta o vôo dos pássaros?
Dez moedas de ar fino, me venderias?
 
O ar gira e passa na asa da mariposa.
Ninguém o possui. Ninguém!
 
Podes vender-me céu?
Céu azul por vezes, ou cinza, também às vezes,
Uma parte do teu céu, o que comprastes, pensas tu,
Com as árvores do teu sítio, como quem compra o teto com a casa?
Podes vender-me um dólar de céu?
Dois quilômetros de céu, um pedaço,
O que puderes, do “teu” céu?
 
O céu está nas nuvens. Altas passam as nuvens.
Ninguém o possui. Ninguém!
Podes vender-me chuva?
A água que forma tuas lágrimas molha tua língua?
Podes vender-me um dólar de água da fonte?
Um nuvem crespa, me venderias?
Ou, quem sabe, água chovida das montanhas?
Ou água dos charcos, abandonada aos cães?
Ou uma légua de mar, talvez um lago?
 
A água cai e corre. A água corre. Passa.
Ninguém a possui. Ninguém.
 
Podes vender-me terra?
A profunda noite das raízes, dentes de dinossauros,
A cauda espersa de longínquos esqueletos?
Podes vender-me selvas já sepultadas, aves mortas,
Peixes de pedra, enxofre dos vulcões,
Milhões e milhões de anos em espiral crescendo?
Podes vender-me terra?
Podes vender-me?
Podes?
 
A tua terra é terra minha, todos os pés se apóiam nela.
Ninguém a possui. NINGUÉM!
Passarinho és livre mas se estás preso não sei
Ana Cláudia Pessoa
Passarinho meu amigo
se estas preso não sei
tua gailola é de palito
a minha eu nunca toquei
e o teu choro, canto vivo
chorando, eu nunca cantei
passarinho acho que és livre
mas se estás preso não sei
De prisão entendo pouco
pois não posso analisá-la
mas já sei que prende é forca
sei que seca minha alma
e desregra a minha fala,
sei que eneva meus olhos
me transporto a outros olhos
faço viagens sem mala
E o coração, meu amigo
completo nas minhas cores
me vejo na corda bamba
sem ser por samba ou por flores
e fico mesmo pensando
quais podem ser sua dores
Passarinho, meu amigo
não sei tocar violão
e pra cantar, muitas vezes,
sou mesmo desafinada.
mas, saiba o que o coração
tem suas cordas e tocam
batendo a sua toada
isto eu já mais controlei
passarinho, estou presa
perdoe-me se estou errada
passarinho acho e que és livre
mas se estás preso não sei.
Anos Nº Famílias Assentadas Nº Projetos Área (ha)
Antes 1964 1.201 11 879.264
1964-1984 35.235 50 8.898.385
1985-1994 101.444 714 7.329.815
1995 42.912 387 2.544.688
1996 62.044 466 2.451.405
1997 81.944 701 3.455.917
1998 101.094 753 2.802.086
1999 85.226 670 2.109.418
2000 60.521 417 2.158.702
2001 63.477 477 1.837.883
2002 43.486 384 2.501.318
2003 36.301 320 4.573.173
2004 81.254 426 3.511.434
2005 127.506 880 14.193.094
2006 136.358 717 9.402.089
2007 572 8.772.611
Total 1.060.003 7.945 77.421.282
Fonte: SIPRA/Incra.
Famílias e áreas dos Projetos de Assentamentos
SITUAÇÕES DE LOTES DA REFORMA AGRÁRIA EM
SITUAÇÃO IRREGULAR
a) estar abandonado;
b) cujo beneficiário assentado pelo Incra evadiu-se da parcela;
c) ter sido objeto de compra e venda relativa à terra nua e/ou
benfeitorias, sem anuência do Incra;
d) cujo ocupante atual tenha ocupado a parcela sem autorização do
Incra;
e) que esteja ocupada por um preposto do assentado pelo Incra;
f) quando houver comprovação de arrendamento da parcela;
g) quando houver comprovação de reconcentração fundiária;
h) parcelas em que for comprovado o descumprimento de quaisquer
cláusulas estabelecidas no contrato de concessão de uso, (ou
contrato de assentamento para situações anteriores a 30/03/04).
145
397
455
446
502
236
158
103
222
327
221
266
298
0 100 200 300 400 500 600
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Anos
Números de Invasões de Terras
Governo Lula
Média = 259 invasões
Governo FHC
Média = 166 invasões
Antes da MP
Anti Invasão
Média = 389
invasões
AC
AM
RR
PA
MT
MS
GO
DF
TO
MA
PI
BA
MG
SP
PR
RS
SC
AP
CE RN
PB
PE
AL
SE
ES
RJ
RO
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/09/14/pol021.html
BARRIL DE PÓLVORA

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)
O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)
O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)
 
China
ChinaChina
China
 
China
ChinaChina
China
 
Oceania
OceaniaOceania
Oceania
 
Modulo 12 - América Latina - a produção econômica
Modulo 12 - América Latina - a produção econômicaModulo 12 - América Latina - a produção econômica
Modulo 12 - América Latina - a produção econômica
 
América do sul
América do sulAmérica do sul
América do sul
 
Capitalismo
CapitalismoCapitalismo
Capitalismo
 
Agricultura brasileira
Agricultura brasileiraAgricultura brasileira
Agricultura brasileira
 
CONTINENTE AFRICANO
CONTINENTE AFRICANOCONTINENTE AFRICANO
CONTINENTE AFRICANO
 
Industrialização brasil
Industrialização brasilIndustrialização brasil
Industrialização brasil
 
Rede e hierarquia urbana
Rede e hierarquia urbanaRede e hierarquia urbana
Rede e hierarquia urbana
 
Questão agrária no brasil
Questão agrária no brasilQuestão agrária no brasil
Questão agrária no brasil
 
Formação do território brasileiro
Formação do território brasileiroFormação do território brasileiro
Formação do território brasileiro
 
A população da ásia
A população da ásiaA população da ásia
A população da ásia
 
9º ano
9º ano9º ano
9º ano
 
População mundial
População mundialPopulação mundial
População mundial
 
8º Ano - Módulo 04 - Continente Americano
8º Ano - Módulo 04 - Continente Americano8º Ano - Módulo 04 - Continente Americano
8º Ano - Módulo 04 - Continente Americano
 
Geografia Agrária
Geografia Agrária Geografia Agrária
Geografia Agrária
 
Transporte no brasil
Transporte no brasilTransporte no brasil
Transporte no brasil
 
Região sudeste slides
Região sudeste slidesRegião sudeste slides
Região sudeste slides
 

Destaque

Espaço agrário
Espaço agrárioEspaço agrário
Espaço agrárioAlmir
 
Espaço Agrário Brasileiro
Espaço Agrário BrasileiroEspaço Agrário Brasileiro
Espaço Agrário BrasileiroMauricio Martins
 
Cadeias produtivas apresentação Angelo Prochmann
Cadeias produtivas   apresentação Angelo ProchmannCadeias produtivas   apresentação Angelo Prochmann
Cadeias produtivas apresentação Angelo ProchmannAngelo Prochmann
 
14 03 14 brasil (nova versao)
14 03 14 brasil  (nova versao)14 03 14 brasil  (nova versao)
14 03 14 brasil (nova versao)MB Associados
 
I EPA SOLIDÁRIO - SLIDES PALESTRAS - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA DE P...
I EPA SOLIDÁRIO - SLIDES PALESTRAS - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA DE P...I EPA SOLIDÁRIO - SLIDES PALESTRAS - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA DE P...
I EPA SOLIDÁRIO - SLIDES PALESTRAS - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA DE P...Thays J. Perassoli Boiko
 
Sistemas agroindustriais
Sistemas agroindustriaisSistemas agroindustriais
Sistemas agroindustriaisSilene Barreto
 
Avaliação de desempenho - O papel do avaliador
Avaliação de desempenho  - O papel do avaliadorAvaliação de desempenho  - O papel do avaliador
Avaliação de desempenho - O papel do avaliadorAnildo Junior
 
O espaço agrário mundial
O espaço agrário mundialO espaço agrário mundial
O espaço agrário mundialArtur Lara
 
Aula para o Turma de 7 ano iv unidade Problemas Ambientais
Aula para o Turma de 7 ano iv unidade Problemas AmbientaisAula para o Turma de 7 ano iv unidade Problemas Ambientais
Aula para o Turma de 7 ano iv unidade Problemas AmbientaisNazael Araujo Pessoa
 
Classificação dos tipos de indústrias
Classificação dos tipos de indústriasClassificação dos tipos de indústrias
Classificação dos tipos de indústriasmagdacostaa
 
Guerra de Canudos e Contestado
Guerra de Canudos e ContestadoGuerra de Canudos e Contestado
Guerra de Canudos e ContestadoDinho
 
problemas ambientais
problemas ambientaisproblemas ambientais
problemas ambientaisceama.blogs
 

Destaque (20)

Espaço agrário
Espaço agrárioEspaço agrário
Espaço agrário
 
Espaço Agrário Brasileiro
Espaço Agrário BrasileiroEspaço Agrário Brasileiro
Espaço Agrário Brasileiro
 
A questão agrária no brasil
A questão agrária no brasilA questão agrária no brasil
A questão agrária no brasil
 
Cadeias produtivas apresentação Angelo Prochmann
Cadeias produtivas   apresentação Angelo ProchmannCadeias produtivas   apresentação Angelo Prochmann
Cadeias produtivas apresentação Angelo Prochmann
 
14 03 14 brasil (nova versao)
14 03 14 brasil  (nova versao)14 03 14 brasil  (nova versao)
14 03 14 brasil (nova versao)
 
I EPA SOLIDÁRIO - SLIDES PALESTRAS - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA DE P...
I EPA SOLIDÁRIO - SLIDES PALESTRAS - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA DE P...I EPA SOLIDÁRIO - SLIDES PALESTRAS - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA DE P...
I EPA SOLIDÁRIO - SLIDES PALESTRAS - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA DE P...
 
Apostila7
Apostila7Apostila7
Apostila7
 
Sistemas agroindustriais
Sistemas agroindustriaisSistemas agroindustriais
Sistemas agroindustriais
 
Avaliação de desempenho - O papel do avaliador
Avaliação de desempenho  - O papel do avaliadorAvaliação de desempenho  - O papel do avaliador
Avaliação de desempenho - O papel do avaliador
 
Latifundio figuras
Latifundio figurasLatifundio figuras
Latifundio figuras
 
Industrias
IndustriasIndustrias
Industrias
 
O espaço agrário mundial
O espaço agrário mundialO espaço agrário mundial
O espaço agrário mundial
 
Aula para o Turma de 7 ano iv unidade Problemas Ambientais
Aula para o Turma de 7 ano iv unidade Problemas AmbientaisAula para o Turma de 7 ano iv unidade Problemas Ambientais
Aula para o Turma de 7 ano iv unidade Problemas Ambientais
 
Modulo 08 - Problemas Ambientais Urbanos
Modulo 08 - Problemas Ambientais UrbanosModulo 08 - Problemas Ambientais Urbanos
Modulo 08 - Problemas Ambientais Urbanos
 
Cadeia produtiva da soja
Cadeia produtiva da sojaCadeia produtiva da soja
Cadeia produtiva da soja
 
Classificação dos tipos de indústrias
Classificação dos tipos de indústriasClassificação dos tipos de indústrias
Classificação dos tipos de indústrias
 
Introdução ao Agronegocio
Introdução ao AgronegocioIntrodução ao Agronegocio
Introdução ao Agronegocio
 
TIPOS DE INDÚSTRIAS
TIPOS DE INDÚSTRIASTIPOS DE INDÚSTRIAS
TIPOS DE INDÚSTRIAS
 
Guerra de Canudos e Contestado
Guerra de Canudos e ContestadoGuerra de Canudos e Contestado
Guerra de Canudos e Contestado
 
problemas ambientais
problemas ambientaisproblemas ambientais
problemas ambientais
 

Semelhante a O Espaço Agrário no Brasil

O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro  Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro  Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...ProfMario De Mori
 
O espaço agrário brasileiro aulão enem [salvo automaticamente]
O espaço agrário brasileiro aulão   enem [salvo automaticamente]O espaço agrário brasileiro aulão   enem [salvo automaticamente]
O espaço agrário brasileiro aulão enem [salvo automaticamente]Silmara Vedoveli
 
3ano 2bi geografia_pe2
3ano 2bi geografia_pe23ano 2bi geografia_pe2
3ano 2bi geografia_pe2takahico
 
O Espaço Rural Brasileiro
O Espaço Rural BrasileiroO Espaço Rural Brasileiro
O Espaço Rural Brasileirodantasrdl
 
3ano 2bi geografia_pe2
3ano 2bi geografia_pe23ano 2bi geografia_pe2
3ano 2bi geografia_pe2takahico
 
Produção de alimentos x fome
Produção de alimentos x fomeProdução de alimentos x fome
Produção de alimentos x fomeEdenilson Morais
 
Espaço agrário brasileiro_111418.ppt
Espaço agrário brasileiro_111418.pptEspaço agrário brasileiro_111418.ppt
Espaço agrário brasileiro_111418.pptHedu7
 
O processo de ocupação e de transformação do
O processo de ocupação e de transformação doO processo de ocupação e de transformação do
O processo de ocupação e de transformação dodaniel13515
 
Geografia agricultura mundial e brasileira
Geografia agricultura mundial e brasileiraGeografia agricultura mundial e brasileira
Geografia agricultura mundial e brasileiraPaulo Henrique Netinho
 
agropecuária brasileira geografia
agropecuária brasileira geografiaagropecuária brasileira geografia
agropecuária brasileira geografiaNatanTrindade1
 

Semelhante a O Espaço Agrário no Brasil (20)

O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro  Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro  Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
O EspaçO AgropecuáRio Brasileiro Estrutura FundiáRia E Conflitos De Terra No...
 
O espaço agrário brasileiro aulão enem [salvo automaticamente]
O espaço agrário brasileiro aulão   enem [salvo automaticamente]O espaço agrário brasileiro aulão   enem [salvo automaticamente]
O espaço agrário brasileiro aulão enem [salvo automaticamente]
 
Brasil agricultura e pecuária
Brasil agricultura e pecuáriaBrasil agricultura e pecuária
Brasil agricultura e pecuária
 
3ano 2bi geografia_pe2
3ano 2bi geografia_pe23ano 2bi geografia_pe2
3ano 2bi geografia_pe2
 
Aulas 5 e 6 agricultura e pecuária
Aulas 5 e 6   agricultura e pecuáriaAulas 5 e 6   agricultura e pecuária
Aulas 5 e 6 agricultura e pecuária
 
Estrutura fundiaria no Brasil
Estrutura fundiaria no BrasilEstrutura fundiaria no Brasil
Estrutura fundiaria no Brasil
 
Agropecuaria no brasil
Agropecuaria no brasilAgropecuaria no brasil
Agropecuaria no brasil
 
O Espaço Rural Brasileiro
O Espaço Rural BrasileiroO Espaço Rural Brasileiro
O Espaço Rural Brasileiro
 
3ano 2bi geografia_pe2
3ano 2bi geografia_pe23ano 2bi geografia_pe2
3ano 2bi geografia_pe2
 
Geo23
Geo23Geo23
Geo23
 
Produção de alimentos x fome
Produção de alimentos x fomeProdução de alimentos x fome
Produção de alimentos x fome
 
Agropecuaria
AgropecuariaAgropecuaria
Agropecuaria
 
Espaço agrário brasileiro_111418.ppt
Espaço agrário brasileiro_111418.pptEspaço agrário brasileiro_111418.ppt
Espaço agrário brasileiro_111418.ppt
 
O processo de ocupação e de transformação do
O processo de ocupação e de transformação doO processo de ocupação e de transformação do
O processo de ocupação e de transformação do
 
Agricultura brasileira
Agricultura brasileiraAgricultura brasileira
Agricultura brasileira
 
O campo e as cidades do brasil
O campo e as cidades do brasilO campo e as cidades do brasil
O campo e as cidades do brasil
 
histórico do agronegócio
histórico do agronegóciohistórico do agronegócio
histórico do agronegócio
 
Aulão Brasil CIS
Aulão Brasil CISAulão Brasil CIS
Aulão Brasil CIS
 
Geografia agricultura mundial e brasileira
Geografia agricultura mundial e brasileiraGeografia agricultura mundial e brasileira
Geografia agricultura mundial e brasileira
 
agropecuária brasileira geografia
agropecuária brasileira geografiaagropecuária brasileira geografia
agropecuária brasileira geografia
 

Mais de Eder Liborio

Formação Territorial e Povoamento de Mato Grosso
Formação Territorial e Povoamento de Mato GrossoFormação Territorial e Povoamento de Mato Grosso
Formação Territorial e Povoamento de Mato GrossoEder Liborio
 
Blocos Econômicos Regionais
Blocos Econômicos RegionaisBlocos Econômicos Regionais
Blocos Econômicos RegionaisEder Liborio
 
Regionalização Mundial por Desenvolvimento (IDH)
Regionalização Mundial por Desenvolvimento (IDH)Regionalização Mundial por Desenvolvimento (IDH)
Regionalização Mundial por Desenvolvimento (IDH)Eder Liborio
 
Geografia e Economia dos Estados Unidos
Geografia e Economia dos Estados UnidosGeografia e Economia dos Estados Unidos
Geografia e Economia dos Estados UnidosEder Liborio
 
Informática básica Pró-Funcionário
Informática básica Pró-FuncionárioInformática básica Pró-Funcionário
Informática básica Pró-FuncionárioEder Liborio
 
Materialismo Histórico-Dialético e Interdisciplinaredade
Materialismo Histórico-Dialético e InterdisciplinaredadeMaterialismo Histórico-Dialético e Interdisciplinaredade
Materialismo Histórico-Dialético e InterdisciplinaredadeEder Liborio
 

Mais de Eder Liborio (6)

Formação Territorial e Povoamento de Mato Grosso
Formação Territorial e Povoamento de Mato GrossoFormação Territorial e Povoamento de Mato Grosso
Formação Territorial e Povoamento de Mato Grosso
 
Blocos Econômicos Regionais
Blocos Econômicos RegionaisBlocos Econômicos Regionais
Blocos Econômicos Regionais
 
Regionalização Mundial por Desenvolvimento (IDH)
Regionalização Mundial por Desenvolvimento (IDH)Regionalização Mundial por Desenvolvimento (IDH)
Regionalização Mundial por Desenvolvimento (IDH)
 
Geografia e Economia dos Estados Unidos
Geografia e Economia dos Estados UnidosGeografia e Economia dos Estados Unidos
Geografia e Economia dos Estados Unidos
 
Informática básica Pró-Funcionário
Informática básica Pró-FuncionárioInformática básica Pró-Funcionário
Informática básica Pró-Funcionário
 
Materialismo Histórico-Dialético e Interdisciplinaredade
Materialismo Histórico-Dialético e InterdisciplinaredadeMaterialismo Histórico-Dialético e Interdisciplinaredade
Materialismo Histórico-Dialético e Interdisciplinaredade
 

Último

ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 

Último (20)

ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 

O Espaço Agrário no Brasil

  • 2. CONFLITOS: MARCA DA TERRA NO BRASIL
  • 3. HISTÓRICO DA TERRA NO BRASIL • A partir de 1530, tem início a colonização efetiva, com a expedição de Martim Afonso de Sousa, cujos efeitos foram o melhor reconhecimento da terra, a introdução do cultivo da cana-de-açúcar e a criação dos primeiros engenhos, instalados na recém-fundada cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo, que no século 16 chegou a ter treze engenhos de açúcar. • A economia açucareira, entretanto, vai se concentrar no Nordeste, principalmente em Pernambuco. Estava baseada no tripé latifúndio--monocultura--escravidão. • A cana-de-açúcar, no Nordeste, era cultivada e beneficiada em grandes propriedades, que empregavam mão-de-obra dos negros africanos trazidos como escravos, e destinava-se à exportação.
  • 4. LEIS QUE REGEM A TERRA NO BRASIL • 1530  Sesmarias: a terra era doada pelo rei. • 1850  Lei de terras: a terra era doada pelo império ou comprada na mão do Império, • 1964  Estatuto da terra: criado pelos militares (ditadura). Foram criadas as leis trabalhistas, provocando migração para as cidades. Ocorreu uma avaliação pelo exército da produção e do tamanho das propriedades, constatando-se que o Brasil tinha a pior distribuição de terras do mundo na época. Os militares também criaram os imóveis rurais, que eram propriedades ideais, ou seja, a terra no tamanho adequado para o homem viver com a sua família. • Neste período surgiu a denominação HECTARE = 10. 000m2 .
  • 5. CONTINUAÇÃO... • 1993  Módulo rural: é similar a propriedade ideal (alimentação e venda de excedente). • Hoje existem os módulos fiscais, que além das obrigações do módulo rural tem a capacidade de pagar impostos. • Imóveis Rurais: criados na ditadura militar (Estatuto da terra). • Minifúndio  terra inferior ao atual módulo fiscal. A atividade exercida é a agropecuária de subsistência. • Latifúndio  é uma propriedade improdutiva. Existem 2 tipos: • Dimensão  acima de 600 módulos fiscais. • Exploração  1 a 600 módulos fiscais. • Empresa Rural  são propriedades produtivas que medem de 1 a 600 módulos fiscais . • 1988  Lei do Uso Capião: toda e qualquer propriedade ocupada por mais de cinco anos e que não tenha nenhuma pendência legal, tal imóvel passa a ser do ocupante.
  • 6. CONCLUSÃO... A TERRA HOJE.. • Esta lei foi aprovada, pois as terras devolutas (do estado), são ocupadas por: • Posseiros  pobres e geralmente associados ao MST (cientificamente provado que é necessário e tem destaque mundial). • Grileiros  são os fazendeiros que se associaram na UDR (União Democrática Ruralista). • Reforma Agrária  proporcionar condições de produção e terra para TODO campo, tanto para os pequenos e médios quanto para os grandes. Não é questionada por ninguém a necessidade de fazê-la.
  • 8. • O termo latifúndio deriva do latim latifundiu. • Na antiguidade, era o grande domínio privado da ARISTOCRACIA • Já no sentido moderno, é um REGIME de PROPRIEDADE agrária caracterizado pela concentração desequilibrada de TERRAS pertencentes a poucos proprietários com ou sem aproveitamento físico destas. • Ou seja, os latifúndios são extensas propriedades rurais onde existe uma grande proporção de terras CULTIVADAS ou não e são exploradas com tecnologia obsoleta e de baixa PRODUTIVIDADE com mão-de- obra de baixo custo. • No Brasil as terras eram “descartáveis”, ou seja, usou, procure outra... e assim sucessivamente... LATIFÚNDIO...
  • 12. TIPOS DE LATIFÚNDIOS... • latifúndios por dimensão: são as enormes propriedades agroindustriais, com produção quase sempre voltada a exportação; • latifúndios por exploração: tratam-se dos imóveis rurais improdutivos, voltados a especulação imobiliária. O proprietário não adquiriu a terra com a intenção de nela produzir, gerar emprego e ajudar o país a crescer, mas para esperar sua valorização imobiliária, vende- la e ganhar muito dinheiro sem trabalhar;
  • 13. MONOCULTURA.... • Monocultura é a produção ou cultura de apenas uma especialidade agrícola.  • A monocultura geralmente ocorre nos latifúndios (grandes propriedades agrícolas com baixa produção). • Exemplo: Numa fazenda ocorre apenas a produção de soja. Quando um país é monocultor, não é algo positivo, pois ele ficará dependente apenas deste produto. • Quando o preço no mercado internacional cai, a demanda diminui ou ocorrem alterações climáticas que prejudicam a produção, a economia do país fica vulnerável. • Nos séculos XVI e XVII, período colonial, o Brasil ficou muito dependente da monocultura da CANA-DE- AÇÚCAR. Embora ocorresse a produção em pequena escola de outros gêneros agrícolas, quase toda produção era voltada para a cana-de-açúcar.
  • 15. ESCRAVIDÃO... • A escravidão, também conhecida como escravismo ou escravatura, foi a forma de relação social de produção adotada, de uma forma geral, no Brasil desde o período colonial até o final do Império. A escravidão no Brasil é marcada principalmente pelo uso de escravos vindos do continente africano, mas é necessário ressaltar que muitos indígenas foram vítimas desse processo. • Os escravos foram utilizados principalmente em atividades relacionadas à agricultura – com destaque para a atividade açucareira – e na mineração, sendo assim essenciais para a manutenção da economia. Alguns deles desempenhavam também vários tipos de serviços domésticos e/ou urbanos. • Escravidão por divida: trata-se do aliciamento de mão-de-obra através de promessas mentirosa. Ao entrar na fazenda, o trabalhador é informado de que está endividado e, como seu salário nunca é suficiente para quitar a divida, fica aprisionado.
  • 18. CARACTERÍSTICAS DA AGRICULTURA BRASILEIRA • PREDOMÍNIO DA AGRICULTURA EXTENSIVA Exploração de grandes extensões de terra, concentradas nas regiões norte, nordeste, centro-oeste, com uso reduzido de capital, tecnologia, muita mão-de-obra e baixos rendimentos.
  • 20. PREDOMINÂNCIA DE GÊNEROS AGRÍCOLAS VOLTADOS À EXPORTAÇÃO • Com as melhores técnicas, • Melhores solos, • Mão-de-obra mais especializada • Produção visa alcançar receitas de exportação, • Que são voltadas para pagamento da dívida externa, em detrimento do melhoramento de nosso potencial agrícola...
  • 21. O BRASIL NO MUNDO
  • 24. AS TERRAS NO BRASIL • Terras em descanso (Chamado de Pousio) - Terras habitualmente utilizadas para o plantio de lavouras temporárias, que em 31 de dezembro de 1995 se encontravam em descanso, por prazo não superior a 4 anos em relação ao último ano de sua utilização. • Pastagens naturais- Constituídas pelas áreas destinadas ao pastoreio do gado, sem terem sido formadas mediante plantio, ainda que tenham recebido algum trato. • Pastagens plantadas- Abrangem as áreas destinadas ao pastoreio e formadas mediante plantio. • Matas naturais- Formadas pelas áreas de matas e florestas naturais utilizadas para extração de produtos ou conservadas como reservas florestais. • Matas plantadas- Compreendem as áreas plantadas ou em preparo para o plantio de essências florestais (acácia-negra, eucalipto, pinheiro, etc.), incluindo as áreas ocupadas com viveiros de mudas de essências florestais. • Terras produtivas não utilizadas- Constituídas pelas áreas que se prestavam à formação de culturas, pastos ou matas e não estivessem sendo usadas para tais finalidades. Foram incluídas as terras não utilizadas por período superior a 4 anos. • Terras inaproveitáveis- Formadas por áreas imprestáveis para formação de culturas, pastos e matas, tais como: areais, pântanos, encostas íngremes, pedreiras, etc., e as formadas pelas áreas ocupadas com estradas, caminhos, construções, canais de irrigação, açudes, etc.
  • 28. A questão agrária e a questão agrícola no Brasil • Problemática agrária no Brasil persiste desde o início do século XX • Três primeiras décadas – agroexportadora, cultivo do café • Sofreu conseqüências da crise de 1929 • II Guerra Mundial • Conceituação de Questão Agrícola e Questão Agrária
  • 29. A questão agrária e a questão agrícola no Brasil • Década de 50 – Governo de Juscelino Kubitschek – Plano de Metas – Processo de substituição de importações • Anos 60 – Internalização do setor produtor de bens de capital – Intensificação das relações agricultura/indústria e agricultura/setor externo – Alterações significativas nas relações sociais
  • 30. : A questão agrícola no Brasil • Anos 60 – Mudança na base técnica da agricultura, com a consolidação do CAI (Complexo Agroindustrial) – Elementos do CAI: dado padrão de desenvolvimento tecnológico, denominado de (Revolução Verde), proporcionando a inserção da agricultura brasileira no mercado internacional, atuação do Estado. – Processo de Modernização com ênfase: •
  • 31. A questão agrária e a questão agrícola no Brasil • Anos 60 – Conjuntura Internacional Favorável – Sobressaíram-se produtos como: soja, óleos vegetais, sucos e frutas, carne de aves e de bovinos – Concentração no Centro-Sul e entre 10% e 20% dos estabelecimentos rurais – Nordeste – Mão-de-obra, Amazônia – zonas de apropriação capitalista (terras) e exploração da floresta nativa
  • 32. A questão agrária e a questão agrícola no Brasil • Anos 60 – Centralização e concentração no sistema produtivo (18,72% em pouco mais de 50 grandes unidades) – Novo padrão de desenvolvimento rural com a participação do Estado • Política de financiamento agrícola • Crédito Farto • Política de controle de preços e incentivos fiscais • Política Tecnológica • Difusor de Tecnologia
  • 33. GRAU DE MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA BRASILEIRA
  • 34. Principais produtos agrícolas por região REGIÃO PRODUTO PRODUÇÃO (EM MIL t) TOTAL DA PRODUÇÃO BRASILEIRA (EM MIL t) SUL Trigo (1º) 5 770 6 153 Soja (2º) 21 301 51 919 Arroz(1º) 5 925 10 334 Maçã (1º) 839 841 Uva (1º) 633 1 067 Feijão (1º) 1 034 3 302 SUDESTE Cana-de- açúcar (1º) 259 788 396 012 Café (1º) 1 540 1 987 Laranja (1º) 14 144 16 917 Feijão (2º) 878 3 302 CENTRO-OESTE Trigo (2º) 242 6 153 Soja (1º) 23 495 51 919 Cana-de- açúcar (2º) 36 621 396 012 Arroz (2º) 1 736 10 334
  • 35. NORDESTE Cana-de- açúcar (3º) 65 093 396 012 Cacau (1º) 110 170 Feijão (3º) 848 3 302 NORTE Cacau (2º) 50 170 Mandioca (1º) 6597 21 961 IBGE - 2005
  • 36. LAVOURAS TEMPORÁRIAS E PERMANENTES • Lavouras permanentes- Compreendem a área plantada ou em preparo para o plantio de culturas de longa duração, que após a colheita não necessitassem de novo plantio, produzindo por vários anos sucessivos. Foram incluídas nesta categoria as áreas ocupadas por viveiros de mudas de culturas permanentes. • Lavouras temporárias- Abrangem as áreas plantadas ou em preparo para o plantio de culturas de curta duração (via de regra, menor que um ano) e que necessitassem, geralmente de novo plantio após cada colheita, incluíram-se também nesta categoria as áreas das plantas forrageiras destinadas ao corte.
  • 38. ALGODÃO • O algodão, que é considerado a mais importante das fibras têxteis, naturais ou artificiais, é também a planta de aproveitamento mais completo e que oferece os mais variados produtos de utilidade. • No Brasil, desde que começou a tomar aspecto de cultura econômica, o algodão tem sempre figurado no grupo vanguardeiro das atividades que carreiam divisas para o País. • Embora não seja cultivado de modo generalizado em todo o território, o algodão, até 1980, estava classificado entre as sete primeiras culturas no tocante ao valor de produção. • O algodoeiro é muito susceptível à concorrência de ervas daninhas. • Por essa razão ele deve ser mantido no limpo, isto é, livre das ervas daninhas desde a semeadura até próximo à colheita.
  • 41. CANA DE AÇÚCAR.. • No Brasil, a indústria açucareira remonta a meados do século XVI. Nascia então o ciclo do açúcar, que durou 150 anos. O Brasil, embora grande produtor de açúcar desde a Colônia, expandiu muito a cultura de cana-de-açúcar a partir da década de 1970, com o advento do Pro-Álcool - programa do governo que substituiu parte do consumo de gasolina por etanol, álcool obtido a partir da cana-de-açúcar - sendo pioneiro no uso, em larga escala, deste álcool como combustível automotivo. • O Programa Nacional do Álcool (Pro-Álcool), lançado em 14 de novembro de 1975, deveria suprir o país de um combustível alternativo e menos poluente que os derivados do petróleo, mas acabou sendo desativado.
  • 42. CONTINUAÇÃO... • A lavoura da cana-de-açúcar, foi a primeira a ser instalada no Brasil, ainda na primeira metade do século XVI, tendo seu cultivo ampliado da faixa litorânea para o interior. • No Nordeste, depois de passar da Mata para o Agreste, migrou para as manchas úmidas do sertão. Desenvolveu-se em dois tipos de organização do trabalho: a grande lavoura voltada para a produção e exportação do açúcar, com o uso extensivo da terra, da mão-de-obra, representando muito no volume de produção do Brasil até mesmo nos dias atuais; e a pequena lavoura, empregando mão-de-obra em reduzida escala, voltada para a subsistência do seu proprietário ou para o pequeno mercado regional ou local, de volume de produção insignificante se comparado com a anterior. • Pode-se dizer que no Brasil a cana-de-açúcar deu sustentação ao seu processo de colonização, tendo sido a razão de sua prosperidade nos dois primeiros séculos.
  • 44. SOJA • Essa cultura tem como centro de origem a região leste da China, onde sofreu domesticação por volta do século XI a.C. No Brasil, o primeiro registro da introdução da soja data de 1882, na Bahia, por Gustavo Dutra. Diversos outros registros históricos indicam que a soja ''amarela'' foi inicialmente plantada na Estação Agronômica de Campinas, em 1891, para teste como planta forrageira. • A partir da década de 70, a cultura da soja evoluiu significativamente nos estados produtores, não só no Sul, mas também nos estados do Centro-Oeste do Brasil. • Com o desenvolvimento de novos cultivares adaptados às diferentes regiões agroclimáticas do País, o Brasil tornou-se o segundo maior produtor mundial de soja.
  • 46. A SOJA EM 2006..
  • 48. MILHO... • A produção de milho no Brasil, juntamente com a soja, contribui com cerca de 80% da produção de grãos no Brasil. A diferença entre as duas culturas está no fato que soja tem liquidez imediata, dada as suas característica de "commodity" no mercado internacional, enquanto que milho tem sua produção voltada para abastecimento interno. Apesar disto, o milho tem evoluído como cultura comercial apresentando, nos últimos vinte e oito ano, taxas de crescimento da produção de 3,0% ao ano e da área cultivada de 0,4% ao ano.
  • 50. FEIJÃO • A produção nacional de feijão em 2007 não atendeu às necessidades de consumo do país, informou nesta quinta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano passado, a produção de 3,2 milhões de toneladas foi 4,6% inferior ao consumo interno de cerca de 3,4 milhões de toneladas. os dados fazem parte da Pesquisa Agrícola Municipal 2007. • O IBGE atribui esse quadro aos preços baixos praticados que desestimularam os produtores a ampliarem as zonas de cultivo, além das condições climáticas desfavoráveis nos principais centros produtores. • Cultivado em todo o Brasil, 72,4% da produção de feijão é concentrada no Paraná, Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Goiás e Santa Catarina. O Paraná, embora tivesse registrado queda de 6,3% frente a 2006, mante a principal safra com 766,7 mil toneladas, o equivalente a 23,6% do total. Minas Gerais obteve a segunda maior produção, com 480,8 mil toneladas, ou 14,8% do total. Em relação a 2006, a produção mineira de feijão cresceu 0,9%. • O município de Unaí (MG) registrou a maior produção, com 99,6 mil toneladas, com incremento de 31,2% frente ao volume verificado em 2006. Em seguida, vieram Cristalina (GO), com 69,9 mil toneladas (acréscimo de 8,9% sobre 2006) e Luziânia (GO), com 46,4 mil toneladas, aumento de 7,5% na comparação com ano precedente.
  • 51. FEIJÃO • O feijão é cultivado em praticamente todo o território nacional, porém grande parte da produção está concentrada em apenas 10 estados, PR, MG, BA, SP, GO, SC, RS, CE, PE e PA, responsáveis por praticamente 85% da produção nacional, atingindo anualmente cerca de 3,0 milhões de toneladas, distribuídas em três safras distintas, águas, seca e inverno.
  • 52. ARROZ • O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz irrigado. • Outros estados se destacam na produção dessa cultura alimentar básica: Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão, Goiás e São Paulo.
  • 54. TRIGO
  • 57. CAFÉ • Durante muito tempo, manteve-se circunscrito ao Paraná e a São Paulo, produzindo pelo regime de parceria. • Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo conservam a dianteira da produção. • Bahia e Rondônia surgiram como novas áreas produtoras, com uma particularidade: são cultivadas, principalmente, por paranaenses, antigos produtores do norte do Paraná. • O Paraná tem aumentado em grande quantidade sua produção de café nos últimos anos, pela introdução de espécies novas (café adensado).
  • 59. LARANJA • Produto largamente cultivado para atender à demanda da indústria de sucos, tem no estado de São Paulo seu principal produtor. • Paraná e Minas Gerais estão se convertendo em novas e importantes áreas de produção. • O Brasil é um grande exportador de suco concentrado, principalmente para os EUA;
  • 62. CACAU • O cacau se adaptou bem ao clima e solo do Sul da Bahia, região que produz hoje 95% do cacau brasileiro, ficando o Espírito Santo com 3,5% e a Amazônia em 1,5%. • O Brasil é 5° produtor de cacau do mundo, ao lado da Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões. Em 1979/80, a produção brasileira de cacau ultrapassou as 310 mil toneladas. • Cerca de 90% de todo o cacau brasileiro é exportado, gerando divisas par o país
  • 63. I – LARANJA II – ARROZ
  • 64. I – CANA II – CAFÉ III – SOJA
  • 65. A PECUÁRIA • Extensiva • O gado é criado solto, em grandes áreas. • Não ocorre controle sanitário. • Tem baixa produtividade. • Ocorre a subutilização do produto (grande parte é jogado fora). • Trabalho e técnicas arcaicas. • Intensiva • gado é criado confinado, alimentando-se por ração. • Trabalho especializado, como o do agrônomo, veterinário. • Controle sanitário através de vacinas e vermifugação. • Pesquisa científica ou zootecnia que estuda a clonagem, inseminação artificial, hormônios. • Uso de técnicas modernas industriais. • Utilização global do produto.
  • 66. A PECUÁRIA NO BRASIL
  • 67. CRIAÇÃO BOVINA • Gado Bovino  no mundo, o maior número de cabeças é: • Índia (animal é sagrado). • Brasil (Centro Oeste; Sudeste; Sul  Destaques: Mato Grosso do Sul,MT, Minas Gerais, Goiás) • EUA  apesar de ter menos cabeças, tem maior produção de leite e carne.
  • 68. CARACTERÍSTICAS • Leite  intensivo. Duas áreas produzem no Brasil. • Triângulo Mineiro • Vale do Paraíba (entre São Paulo e Rio de Janeiro) • 80% da produção de derivados são dominados pelas multinacionais. A maior do Brasil é a Nestlé (MAIS NOVA FÁBRICA EM FEIRA DE SANTANA).
  • 69. CARACTERÍSTICAS • Carne  abate ou corte feito em sistema extensivo. Principais áreas: • Cerrado, no Pantanal • Campanha Gaúcha, criado em sistema semi- extensivo • Oeste paulista: maior exportador • Agreste, em Feira de Santana • Ilha de Marajó (Pará), criação de búfalos
  • 71. AVICULTURA • O frango foi o produto que mais cresceu nos últimos 15 anos. Os maiores produtores de aves no Brasil são: • Rio Grande do Sul (Avipal e Sadia - maiores produtores) • Minas Gerais (Sadia e Perdigão) • Na Bahia a Avipal se instalou em Feira de Santana, sendo o maior produtor do Norte Nordeste.
  • 72. OUTRAS AVES • Avestruz  A maior produção é em São Paulo, no Brasil. • Ganso  aproveitado para travesseiros. São Paulo também tem a maior produção. • Pavão  suas penas servem para ornamentação. • Codorna  SP
  • 76. OUTRAS CRIAÇÕES • Ovinos: Seu objetivo é a produção de lã. O maior produtor mundial é a Austrália, Uruguai e o Brasil (Rio Grande do Sul) • Caprinos: O maior produtor do Brasil é a Bahia e o leite da cabra diminui a mortalidade infantil no semi- árido. A cabra fornece leite e carne Suínos: Os maiores produtores mundiais são a China e os EUA. No Brasil é o Rio Grande do Sul e está associado a peixes, que se alimentam das fezes do porco.
  • 79. CARACTERÍSTICAS O agronegócio agrupa as atividades econômicas que mais cresceram no início do século 21 no Brasil. Em 2004, empregava a terça parte da população economicamente ativa (PEA) e contribuiu com 43% das exportações totais do país (US$ 39 bilhões, um recorde, com crescimento de 27% sobre as exportações de 2003) 34% do PÌB (Produto Interno Bruto).
  • 80. CARATERÍSTICAS • Mas deve-se ressaltar que nessas cifras estão incluídas, além da produção agrícola, a extração vegetal (madeira), os insumos e equipamentos (como sementes, fertilizantes, defensivos, tratores e máquinas agrícolas em geral) como também o processamento industrial, transporte e comercialização, como pode ser verificado no esquema.
  • 81. OUTRAS CARACTERÍSTICAS • A safra brasileira de grãos bate sucessivos recordes a cada ano, a pecuária tem a maior fatia do mercado internacional, o suco de laranja tomou conta de quase todo o planeta (cerca de 80% do suco comercializado em todo o mundo). Acrescenta-se ainda a liderança de outros produtos como a carne de frango, o açúcar, o café, o tabaco, etc. Em relação ao conjunto de atividades que formam o agronegócio, a maior parte do valor do PIB é agregado nas atividades de industrialização e distribuição, restando apenas 30% para a agropecuária.
  • 82. SISTEMA AGROINDUSTRIAL AMBIENTE INSTITUCIONAL CULTURA, TRADIÇÕES, EDUCAÇÃO, COSTUMES AMBIENTE ORGANIZACIONAL INFORMAÇÃO, ASSOCIAÇÕES, P&D, FINANÇAS, FIRMAS INSUMOS AGRO- PECUÁRIA INDÚSTRIA DISTRI- BUIÇÃO ATACADO DISTRI- BUIÇÃO VAREJO Fonte: Zylbersztajn & Farina (1997). Estraído de Waacke Terreran (1998, p.87) T=Transações Típicas entre os elos do sistema T1 T5T4T3T2
  • 83. A RELEVÂNCIA E O DESEMPENHO DO AGRONEGÓCIO PODEM SER MEDIDOS POR VÁRIOS INDICADORES
  • 84. PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO PIB PIB DO AGRONEGÓCIO – PARTICIPAÇÃO POR SEGMENTOS INSUMOS AGROPE- CUÁRIOS 6,42% AGROPE-CUÁRIA 30,35% INDÚSTRIA 30,38% DISTRIBUIÇÃO 32,44% Fonte: Guilhoto, J. (2003) 70% do valor do PIB é agregado fora da agropecuária 38,60% 61,40% PIB-Agronegócio (2003): R$ 508,27 bilhões PIB-Brasil (2003): R$ 1.314 bilhões Fonte: IPEA/DATA e Guilhoto, J. (2003)
  • 85. COMPOSIÇÃO DO PIB DO AGRONEGÓCIO R$ Milhões de 2002 Maio de 2003 Valores Participação TOTAL 446.703 100 Insumos não Agropecuários 28.668 6,42 Agropecuária 135.566 30,35 Indústria 137.548 30,79 Distribuição 144.921 32,44 Agricultura 318.007 71,19 Insumos não Agrícolas 18.463 5,81 Agricultura 81.602 25,66 Indústria 116.488 36,63 Distribuição 101.454 31,9 Pecuária 128.697 28,81 Insumos não Pecuária 10.205 7,93 Pecuária 53.964 41,93 Indústria 21.060 16,36 Distribuição 43.467 33,78 Fonte: Guilhoto, J. (2003) Agronegócio Na composição do agronegócio  71% Agricultura  29% Pecuária
  • 86. PARTICIPAÇÃO NA BALANÇA COMERCIAL  Em 2003 respondeu por 42,5% das exportações  Novos mercados como China, Rússia, países do Oriente Médio, Chile, Indonésia  Novos produtos como as exportações de carne bovina e suína 15,1 13,7 14,3 10,9 19 20,3 -6,8 -6,6 -1,3 -0,7 21 20 13,1 2,6 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Agronegócio Saldo TotalFonte: MDIC Saldo em US$ bilhões (FOB) (jan-out)
  • 87. FATORES EXPLICATIVOS DO SUCESSO DO AGRONEGÓCIO 1. PRIMEIRO FATOR1. PRIMEIRO FATOR PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Esse aumento da produção se dá quase que exclusivamente apoiado no crescimento da produtividade
  • 88. POTENCIAL DA PRODUÇÃO DE GRÃOS NO BRASIL Safra 2002-03 Potencial Produção Área Produtividade Produção Área Produtividade (milhões t) (milhões ha) (t/ha) (milhões t) (milhões ha) (t/ha) Soja 51,3 18,1 2,8 80,5 23 3,5 Milho 46,3 12,7 3,4 165,9 23,7 7 Arroz 10,3 3,2 3,3 26,4 6,6 4 Feijão 3,4 3,5 0,7 6 4 1,5 Algodão 2,2 0,7 3 5,2 1,5 3,5 Em pluma 0,8 2 Caroço de algodão 1,4 3,2 Trigo 5,3 2,3 2 8 3,5 2,3 Demais 2,3 2,1 1,1 3,2 2,7 1,2 GRÃOS TOTAL 120,8 42,7 2,7 295,3 65 4,5 Cana-de-açúcar (*) 290,2 4,9 70 443,3 4,9 90 Fonte: IBGE e Roberto Rodrigues (2003)  Uma produção de 295 milhões de toneladas com a tecnologia recomendada  Aumento de 22 milhões de Ha
  • 89. 2. SEGUNDO FATOR2. SEGUNDO FATOR FINANCIAMENTO DO AGRONEGÓCIO A participação da agroindústria no financiamento de insumos representa um dos principais fatores responsáveis pelo impulso das atividades do agronegócio no que se refere ao crédito de custeio
  • 90. 3. TERCEIRO FATOR3. TERCEIRO FATOR A ORGANIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO ELEMENTOS DO AGRICLUSTERS: COMPETIÇÃO E COOPERAÇÃO CLIENTES E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO UNIVERSIDADES INDÚSTRIA DE INSUMOS E FATORES ESPECIAIS ASSOCIAÇÕES E ENTIDADES DE APOIO INSTITUTOS DE PESQUISAINFRA-ESTRUTURA ESPECIALIZADA O SETOR, A CADEIA PRODUTIVA REDE DE PRESTADORES DE SERVIÇOS TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DA MÃ0-DE-OBRA ECONOMIA E MARKETING ECONOMIA E MARKETING CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIA CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIA DIREITO E SOCIOLOGIA DIREITO E SOCIOLOGIA ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS  Agricluster: Combinação de cluster e APL  Combina a metodologia ao agronegócio e dos APL - Fortalece as localidades
  • 91. Pesquisa Tecnológica Instituição com Liderança e Articulação de atores Investimento em capital e qualificação LIÇÕES DO DESEMPENHO DO AGRONEGÓCIO Conjunção
  • 92. ESTRUTURA DA TERRA NO BRASIL
  • 93. Estrutura Agrária Brasileira - Comparação internacional Países Imóveis Área (milhões de ha) Média (ha) EUA (2002) 2.128.982 939,2 441 Argentina (2002) 297.425 174,8 588 Austrália (2002) 135.400 447,0 3.301 Canadá (2001) 246.923 68,0 275 Brasil (1996) Brasil (2006) 4.290.482 5.204.130 418,5 354,8 98 68 Fonte: IBGE, USDA, FAO, Australian Farming in Brief, Statistics Canada.
  • 94. A ESTRUTURA FUNDIÁRIA E CONFLITOS DE TERRAS NO BRASIL
  • 95. Interpretações Clássicas do desenvolvimento agrícola brasileiro • Feudalista – Alberto Passos Guimarães – Latifúndio extensivo de baixa produtividade e que paga baixos salários aos trabalhadores, o que caracteriza nessa interpretação, duplo monopólio: da terra e da renda – Estrutura agrária era limitante ao processo de industrialização, por ser concentrada – Estrangulamento na oferta de matéria-prima – Visava o melhoramento das condições do trabalhador rural através da evolução da renda no campo (alteração da propriedade da terra e o não-pagamento da renda da terra)
  • 96. Interpretações Clássicas do desenvolvimento agrícola brasileiro • Capitalista – Caio Prado Júnior – Desconcentração fundiária e a regulamentação das relações de trabalho – Problemas agrários: baixas condições de vida dos trabalhadores e precariedade das relações trabalhistas – Solução: melhoria das condições de emprego – Inexistência do perfil feudalista pela presença do latifúndio como o grande canal exportador brasileiro
  • 97. Interpretações Clássicas do desenvolvimento agrícola brasileiro • Estruturalista – Celso Furtado – Desenvolvimento agrícola brasileiro é muito específico – Realização da reforma agrária no Nordeste – Segue a orientação da análise dos fluxos de gastos na economia, visando compreender mudanças nos fluxos macroeconômicos como: renda, investimentos e consumo – Principal aspecto da questão agrária: problemática do emprego – Próximo da interpretação capitalista
  • 98. Interpretações Clássicas do desenvolvimento agrícola brasileiro • Dualista – Ignácio Rangel – Coexistência de relações de produção arcaicas com modernas – Latifúndio: internamente feudal; externamente, empresa comercial – Intervenção: no mercado de mão-de-obra rural, no mercado de produtos agrícolas, e no mercado de terras – Propõe a eliminação de barreiras ao desenvolvimento capitalista na agricultura sem modificar a estrutura agrária, que prevalece.
  • 99. Interpretações Clássicas do desenvolvimento agrícola brasileiro • Modernizante – Homem de Melo e Pastore – Base para o desenvolvimento da agricultura brasileira nas 3 ultimas décadas – O aspecto básico é a importância dada à capacidade de o agricultor ser o agente de transformação econômica – Pouco enfatiza as questões referentes a mudança na estrutura agrária – Ganhou notoriedade no inicio dos anos 70 – Destaca a dependência da criação de novos conhecimentos e novos insumos para a transformação da agricultura tradicional – Ponto fraco: importância dada aos fatores externos, principalmente em relação a pequenas propriedades
  • 100. A questão agrária e a questão agrícola no Brasil • Anos 70 • Período logo após a constituição do CAI • Período de forte desenvolvimento do setor agrícola • Crédito farto com taxas de juros altamente subsidiadas, privilegiando: – O produtor (investimento, comercialização e custeio) – Industrias de bens de capital – Cooperativas agrícolas – Industrias processadoras – Industrias química e petroquímica
  • 101. A questão agrária e a questão agrícola no Brasil • Anos 70 • Fenômenos que marcaram a economia capitalista nesse período: – Estagflação – Desaceleração das taxas de crescimento da produtividade Isso devido ao tratamento de choque monetário para reduzir a inflação e a desregulamentação dos mercados
  • 102. A questão agrária e a questão agrícola no Brasil Transformações econômicas a partir da década de 80 Âmbito tecnológico – biotecnologia vegetal e animal; Crise fiscal e desarticulação do aparato de regulação estatal – dívida pública elevada, poupança pública negativa Crise do modelo de desenvolvimento via CAI – devido às mudanças de seus elementos de sustentação. Tecnologia, mercado internacional e estado.
  • 103. Interpretações recentes do desenvolvimento agrícola brasileiro Gorender Dois modos de produção no período escravista: a propriedade latifundiária e os pequenos cultivadores não escravistas Empresa capitalista dependente da pequena propriedade camponesa-familiar Distribuição das terras latifundiárias para exploração familiar e a transformação das empresas agrícolas em explorações coletivizadas: cooperativas ou estatais
  • 104. TIPOS DE TRABALHADORES NO CAMPO • Trabalho familiar: Na agricultura brasileira, predomina a utilização de mão-de-obra familiar em pequenas e médias propriedades de agriculturas de subsistência ou jardinagem, espalhadas pelo país. Quando a agricultura praticada pela família é extensiva, todos os membros se vêem obrigados a complementar a renda como trabalhadores temporários ou bóias-frias em épocas de corte, colheita ou plantio nas grandes propriedades agroindustriais. Ás vezes, buscam subemprego até mesmo nas cidades, retornando ao campo apenas em épocas necessárias ou propícia ao trabalho na propriedade familiar. • Trabalho temporário: são trabalhadores diaristas, temporários e sem vinculo empregatício. Em outras palavras, recebem por dia segundo a sua produtividade. Eles têm serviço somente em determinadas épocas do ano e não possuem carteira de trabalho registrada. Embora completamente ilegal essa relação de trabalho continua existindo, em função da presença do “gato”, um empreiteiro que faz a intermediação entre fazendeiro e os trabalhadores. Por não ser empresário, o “gato” não tem obrigações trabalhistas, não precisa registrar os funcionários.
  • 105. OUTROS TIPOS DE TRABALHOS NO CAMPO • Trabalho assalariado: representa apenas 10% da mão-de-obra agrícola. São trabalhadores que possuem registro em carteira, recebendo, portanto, pelo menos um salário mínimo por mês. • Parceria e arrendamento: parceiros e arrendatários “alugam” a terra de alguém para cultivar alimentos ou criar gado. Se o aluguel for pago em dinheiro, a situação á de arrendamento. Se o aluguel for pago com parte da produção, combinada entre as partes, a situação é de parceria.
  • 107. ESTRUTURA FUNDIÁRIA NO BRASIL Tamanho dos imóveis (área total em ha) % dos imóveis % da área ocupada por imóveis rurais Até 10 31,5 1,8 De 10 a 25 26,0 4,5 De 25 a 50 16,1 5,7 De 50 a 100 11,5 8,0 De 100 a 500 11,4 23,8 De 500 a 1000 1,8 12,4 De 1000 a 2000 0,9 12,2 Mais de 2000 0,8 31,6 Total 100,0 100,0 INCRA, cadastro de ago. 2006
  • 108. Número de famílias assentadas no campo (1995 a 2005) PERÍODO Nº DE FAMÍLIAS ASSENTADAS 1995-2002 524 380 2003 30 000 2004 115 000 2005 115 000 II Plano Nacional de Reforma Agrária – PNRA - INCRA OBS.: entre 1995 e 2002, 90% das famílias assentadas não tinham abastecimento de água e 80% não possuíam energia elétrica e acesso a estradas.
  • 109. Evolução da concentração da propriedade fundiária – 1950-1995 (Índice de Gini) 1950 1960 1970 1975 1980 1985 1995 NORTE 0,944 0,944 0,831 0,863 0,841 0,812 0,820 NORDESTE 0,849 0,845 0,854 0,862 0,861 0,869 0,859 CENTRO-OESTE 0,833 0,901 0,876 0,876 0,861 0,857 0,831 SUDESTE 0,763 0,772 0,760 0,761 0,769 0,772 0,767 SUL 0,741 0,725 0,725 0,733 0,743 0,747 0,742 BRASIL 0,840 0,839 0,843 0,854 0,857 0,857 0,856 IBGE – Censo Agropecuário – 1995-1996 O índice de Gini mede o grau de concentração de riqueza (renda, terras etc.) de um país ou região. Quanto mais próximo de 1,0, maior a concentração.
  • 111. CONCEITO DE REFORMA AGRÁRIA • A reforma agrária é um sistema que busca distribuir terras para pessoas que não possuem moradia. É um processo que se fez necessário por causa da grande quantidade de terras concentradas nas mãos de poucos e isso se deu desde o período da colonização quando as terras foram distribuídas de forma injusta e ainda sem produzir.
  • 112. PARA QUE REFORMA AGRÁRIA ? • Além de buscar a distribuição justa de terras, a reforma agrária busca descentralizar e democratizar a estrutura fundiária, favorecer a produção de alimentos e a partir deles obter-se comida e renda, diversificar o comércio rural, reduzir a migração e promover a cidadania e a justiça social. O governo através de desapropriações e compras de terras tenta erradicar os latifúndios (propriedades improdutivas) para distribuí-las de forma que se tornem fonte de sustento e renda.
  • 113. MOVIMENTOS QUE LUTAM PELA POSSE DAS TERRAS • A luta pela posse da terra também ficou conhecida como luta pela reforma agrária. Na década de 40, destacou-se um movimento ligado ao Partido Comunista, conhecido como Ligas Camponesas, que espalhou-se em todo o Nordeste, fruto da luta em Pernambuco pela desapropriação de uma fazenda chamada Galiléia.
  • 114. OUTROS MOVIMENTOS QUE LUTAM PELA POSSE DAS TERRAS • Na década de 80, outro movimento, o MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, com o apoio do Partido dos Trabalhadores e da CUT (Central Única dos Trabalhadores), ganhou projeção nacional, impulsionando a ocupação de terras previstas para serem desapropriadas, pressionando o governo a agilizar o assentamento de famílias acampadas.
  • 115.
  • 116. Intolerância no mundo contemporâneo: as lutas rurais e urbanas 1 – O pensamento liberal e a problemática da exploração do trabalho e da terra 2 – O pensamento socialista e as lutas operário- camponesas 3 – Propostas de superação do problema e o tema da revolução 4 – As lutas contemporâneas
  • 117. LEI No 601, DE 18 DE SETEMBRO DE 1850. Dispõe sobre as terras devolutas do Império. Dispõe sobre as terras devolutas no Império, e acerca das que são possuídas por titulo de sesmaria sem preenchimento das condições legais. bem como por simples titulo de posse mansa e pacifica; e determina que, medidas e demarcadas as primeiras, sejam elas cedidas a titulo oneroso, assim para empresas particulares, como para o estabelecimento de colonias de nacionaes e de extrangeiros, autorizado o Governo a promover a colonisação extrangeira na forma que se declara D. Pedro II, por Graça de Deus e Unanime Acclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo do Brasil: Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que a Assembléa Geral Decretou, e Nós queremos a Lei seguinte: Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras devolutas por outro titulo que não seja o de compra. Exceptuam-se as terras situadas nos limites do Imperio com paizes estrangeiros em uma zona de 10 leguas, as quaes poderão ser concedidas gratuitamente. Art. 2º Os que se apossarem de terras devolutas ou de alheias, e nellas derribarem mattos ou lhes puzerem fogo, serão obrigados a despejo, com perda de bemfeitorias, e de mais soffrerão a pena de dous a seis mezes do prisão e multa de 100$, além da satisfação do damno causado. Esta pena, porém, não terá logar nos actos possessorios entre heréos confinantes.
  • 118. Paragrapho unico. Os Juizes de Direito nas correições que fizerem na forma das leis e regulamentos, investigarão se as autoridades a quem compete o conhecimento destes delictos põem todo o cuidado em processal-os o punil-os, e farão effectiva a sua responsabilidade, impondo no caso de simples negligencia a multa de 50$ a 200$000. Art. 3º São terras devolutas: § 1º As que não se acharem applicadas a algum uso publico nacional, provincial, ou municipal. § 2º As que não se acharem no dominio particular por qualquer titulo legitimo, nem forem havidas por sesmarias e outras concessões do Governo Geral ou Provincial, não incursas em commisso por falta do cumprimento das condições de medição, confirmação e cultura. § 3º As que não se acharem dadas por sesmarias, ou outras concessões do Governo, que, apezar de incursas em commisso, forem revalidadas por esta Lei. § 4º As que não se acharem occupadas por posses, que, apezar de não se fundarem em titulo legal, forem legitimadas por esta Lei. Art. 4º Serão revalidadas as sesmarias, ou outras concessões do Governo Geral ou Provincial, que se acharem cultivadas, ou com principios de cultura, e morada habitual do respectivo sesmeiro ou concessionario, ou do quem os represente, embora não tenha sido cumprida qualquer das outras condições, com que foram concedidas.
  • 119. Art. 5º Serão legitimadas as posses mansas e pacificas, adquiridas por occupação primaria, ou havidas do primeiro occupante, que se acharem cultivadas, ou com principio de cultura, e morada, habitual do respectivo posseiro, ou de quem o represente, guardadas as regras seguintes: § 1º Cada posse em terras de cultura, ou em campos de criação, comprehenderá, além do terreno aproveitado ou do necessario para pastagem dos animaes que tiver o posseiro, outrotanto mais de terreno devoluto que houver contiguo, comtanto que em nenhum caso a extensão total da posse exceda a de uma sesmaria para cultura ou criação, igual ás ultimas concedidas na mesma comarca ou na mais vizinha. § 2º As posses em circumstancias de serem legitimadas, que se acharem em sesmarias ou outras concessões do Governo, não incursas em commisso ou revalidadas por esta Lei, só darão direito á indemnização pelas bemfeitorias. Exceptua-se desta regra o caso do verificar-se a favor da posse qualquer das seguintes hypotheses: 1ª, o ter sido declarada boa por sentença passada em julgado entre os sesmeiros ou concessionarios e os posseiros; 2ª, ter sido estabelecida antes da medição da sesmaria ou concessão, e não perturbada por cinco annos; 3ª, ter sido estabelecida depois da dita medição, e não perturbada por 10 annos. § 3º Dada a excepção do paragrapho antecedente, os posseiros gozarão do favor que lhes assegura o § 1°, competindo ao respectivo sesmeiro ou concessionario ficar com o terreno que sobrar da divisão feita entre os ditos posseiros, ou considerar-se tambem posseiro para entrar em rateio igual com elles.
  • 120. § 4º Os campos de uso commum dos moradores de uma ou mais freguezias, municipios ou comarcas serão conservados em toda a extensão de suas divisas, e continuarão a prestar o mesmo uso, conforme a pratica actual, emquanto por Lei não se dispuzer o contrario. Art. 6º Não se haverá por principio do cultura para a revalidação das sesmarias ou outras concessões do Governo, nem para a legitimação de qualquer posse, os simples roçados, derribadas ou queimas de mattos ou campos, levantamentos de ranchos e outros actos de semelhante natureza, não sendo acompanhados da cultura effectiva e morada habitual exigidas no artigo antecedente. Art. 7º O Governo marcará os prazos dentro dos quaes deverão ser medidas as terras adquiridas por posses ou por sesmarias, ou outras concessões, que estejam por medir, assim como designará e instruirá as pessoas que devam fazer a medição, attendendo ás circumstancias de cada Provincia, comarca e municipio, o podendo prorogar os prazos marcados, quando o julgar conveniente, por medida geral que comprehenda todos os possuidores da mesma Provincia, comarca e municipio, onde a prorogação convier. Art. 8º Os possuidores que deixarem de proceder á medição nos prazos marcados pelo Governo serão reputados cahidos em commisso, e perderão por isso o direito que tenham a serem preenchidos das terras concedidas por seus titulos, ou por favor da presente Lei, conservando-o sómente para serem mantidos na posse do terreno que occuparem com effectiva cultura, havendo-se por devoluto o que se achar inculto.
  • 121. Art. 9º Não obstante os prazos que forem marcados, o Governo mandará proceder á medição das terras devolutas, respeitando-se no acto da medição os limites das concessões e posses que acharem nas circumstancias dos arts. 4º e 5º. Qualquer opposição que haja da parte dos possuidores não impedirá a medição; mas, ultimada esta, se continuará vista aos oppoentes para deduzirem seus embargos em termo breve. As questões judiciarias entre os mesmos possuidores não impedirão tão pouco as diligencias tendentes á execução da presente Lei. Art. 10. O Governo proverá o modo pratico de extremar o dominio publico do particular, segundo as regras acima estabelecidas, incumbindo a sua execução ás autoridades que julgar mais convenientes, ou a commissarios especiaes, os quaes procederão administrativamente, fazendo decidir por arbitros as questões e duvidas de facto, e dando de suas proprias decisões recurso para o Presidente da Provincia, do qual o haverá tambem para o Governo. Art. 11. Os posseiros serão obrigados a tirar titulos dos terrenos que lhes ficarem pertencendo por effeito desta Lei, e sem elles não poderão hypothecar os mesmos terrenos, nem alienal-os por qualquer modo. Esses titulos serão passados pelas Repartições provinciaes que o Governo designar, pagando-se 5$ de direitos de Chancellaria pelo terreno que não exceder de um quadrado de 500 braças por lado, e outrotanto por cada igual quadrado que de mais contiver a posse; e além disso 4$ de feitio, sem mais emolumentos ou sello.
  • 122. Art. 12. O Governo reservará das terras devolutas as que julgar necessarias: 1º, para a colonisação dos indigenas; 2º, para a fundação de povoações, abertura de estradas, e quaesquer outras servidões, e assento de estabelecimentos publicos: 3º, para a construção naval. Art. 13. O mesmo Governo fará organizar por freguezias o registro das terras possuidas, sobre as declaracões feitas pelos respectivos possuidores, impondo multas e penas áquelles que deixarem de fazer nos prazos marcados as ditas declarações, ou as fizerem inexactas. Art. 14. Fica o Governo autorizado a vender as terras devolutas em hasta publica, ou fóra della, como e quando julgar mais conveniente, fazendo previamente medir, dividir, demarcar e descrever a porção das mesmas terras que houver de ser exposta á venda, guardadas as regras seguintes: § 1º A medição e divisão serão feitas, quando o permittirem as circumstancias locaes, por linhas que corram de norte ao sul, conforme o verdadeiro meridiano, e por outras que as cortem em angulos rectos, de maneira que formem lotes ou quadrados de 500 braças por lado demarcados convenientemente. § 2º Assim esses lotes, como as sobras de terras, em que se não puder verificar a divisão acima indicada, serão vendidos separadamente sobre o preço minimo, fixado antecipadamente e pago á vista, de meio real, um real, real e meio, e dous réis, por braça quadrada, segundo for a qualidade e situação dos mesmos lotes e sobras.
  • 123. § 3º A venda fóra da hasta publica será feita pelo preço que se ajustar, nunca abaixo do minimo fixado, segundo a qualidade e situação dos respectivos lotes e sobras, ante o Tribunal do Thesouro Publico, com assistencia do Chefe da Repartição Geral das Terras, na Provincia do Rio de Janeiro, e ante as Thesourarias, com assistencia de um delegado do dito Chefe, e com approvação do respectivo Presidente, nas outras Provincias do Imperio. Art. 15. Os possuidores de terra de cultura e criação, qualquer que seja o titulo de sua acquisição, terão preferencia na compra das terras devolutas que lhes forem contiguas, comtanto que mostrem pelo estado da sua lavoura ou criação, que tem os meios necessarios para aproveital-as. Art. 16. As terras devolutas que se venderem ficarão sempre sujeitas aos onus seguintes: § 1º Ceder o terreno preciso para estradas publicas de uma povoação a outra, ou algum porto de embarque, salvo o direito de indemnização das bemfeitorias e do terreno occupado. § 2º Dar servidão gratuita aos vizinhos quando lhes for indispensavel para sahirem á uma estrada publica, povoação ou porto de embarque, e com indemnização quando lhes for proveitosa por incurtamento de um quarto ou mais de caminho. § 3º Consentir a tirada de aguas desaproveitadas e a passagem dellas, precedendo a indemnização das bemfeitorias e terreno occupado.
  • 124. § 4º Sujeitar ás disposições das Leis respectivas quaesquer minas que se descobrirem nas mesmas terras. Art. 17. Os estrangeiros que comprarem terras, e nellas se estabelecerem, ou vierem á sua custa exercer qualquer industria no paiz, serão naturalisados querendo, depois de dous annos de residencia pela fórma por que o foram os da colonia de S, Leopoldo, e ficarão isentos do serviço militar, menos do da Guarda Nacional dentro do municipio. Art. 18. O Governo fica autorizado a mandar vir annualmente á custa do Thesouro certo numero de colonos livres para serem empregados, pelo tempo que for marcado, em estabelecimentos agricolas, ou nos trabalhos dirigidos pela Administração publica, ou na formação de colonias nos logares em que estas mais convierem; tomando anticipadamente as medidas necessarias para que taes colonos achem emprego logo que desembarcarem. Aos colonos assim importados são applicaveis as disposições do artigo antecedente. Art. 19. O producto dos direitos de Chancellaria e da venda das terras, de que tratam os arts. 11 e 14 será exclusivamente applicado: 1°, á ulterior medição das terras devolutas e 2°, a importação de colonos livres, conforme o artigo precedente. Art. 20. Emquanto o referido producto não for sufficiente para as despezas a que é destinado, o Governo exigirá annualmento os creditos necessarios para as mesmas despezas, ás quaes applicará desde já as sobras que existirem dos creditos anteriormente dados a favor da colonisação, e mais a somma de 200$000.
  • 125. Art. 21. Fica o Governo autorizado a estabelecer, com o necessario Regulamento, uma Repartição especial que se denominará - Repartição Geral das Terras Publicas - e será encarregada de dirigir a medição, divisão, e descripção das terras devolutas, e sua conservação, de fiscalisar a venda e distribuição dellas, e de promover a colonisação nacional e estrangeira. Art. 22. O Governo fica autorizado igualmente a impor nos Regulamentos que fizer para a execução da presente Lei, penas de prisão até tres mezes, e de multa até 200$000. Art. 23. Ficam derogadas todas as disposições em contrario. Mandamos, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento, e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir, e guardar tão inteiramente, como nella se contém. O Secretario de Estado dos Negocios do Imperio a faça imprimir, publicar e correr. Dada no Palacio do Rio de Janeiro aos 18 dias do mez do Setembro de 1850, 29º da Independencia e do Imperio. IMPERADOR com a rubrica e guarda. Visconde de Mont'alegre. Carta de lei, pela qual Vossa Magestade Imperial Manda executar o Decreto da Assembléa Geral, que Houve por bem Sanccionar, sobre terras devolutas, sesmarias, posses e colonisação. Para Vossa Magestade Imperial Ver. João Gonçalves de Araujo a fez. Euzebio de Queiroz Coitiuho Mattoso Camara. Sellada na Chancellaria do Imperio em 20 de Setembro de 1850. - Josino do Nascimento Silva. Publicada na Secretaria de Estado dos Negocios do Imperio em 20 de setembro de 1850. - José de Paiva Magalhães Calvet. Registrada á fl. 57 do livro 1º do Actos Legislativos. Secretaria d'Estado dos Negocios do Imperio em 2 de outubro de 1850. - Bernardo José de Castro
  • 126. Programa de Reforma Agrária 1. Modificar a estrutura da propriedade da terra 2. Subordinar a propriedade da terra à justiça social, às necessidades do povo e aos objetivos da sociedade 3. Garantir que a produção da agropecuária esteja voltada para a segurança alimentar, a eliminação da fome e ao desenvolvimento econômico e social dos trabalhadores 4. Apoiar a produção familiar e cooperativada com preços compensadores, crédito e seguro agrícola 5. Levar a agroindustria e a industrialização ao interior do país, buscando o desenvolvimento harmônico das regiões e garantindo geração de empregos especialmente para a juventude 6. Aplicar um programa especial de desenvolvimento para região do semi-árido 7. Desenvolver tecnologias adequadas à realidade, preservando e recuperando os recursos naturais, com um modelo de desenvolvimento agrícola auto-sustentável 8. Buscar um desenvolvimento rural que garanta melhores condições de vida, educação, cultura e lazer para todos.
  • 127. Compromissos do MST com a terra e com a vida Os seres humanos são preciosos, pois sua inteligência, trabalho e organização podem proteger e preservar todas as formas de vida. 1 - Amar e preservar a terra e os seres da natureza. 2 - Aperfeiçoar sempre nossos conhecimentos sobre a natureza e a agricultura. 3 - Produzir alimentos para eliminar a fome na humanidade. Evitar a monocultura e o uso de agrotóxicos. 4 - Preservar a mata existente e reflorestar novas áreas. 5 - Cuidar das nascentes, rios, açudes e lagos. Lutar contra a privatização da água. 6 - Embelezar os assentamentos e comunidades, plantando flores, ervas medicinais, hortaliças, árvores... 7 - Tratar adequadamente o lixo e combater qualquer prática de contaminação e agressão ao meio ambiente. 8 - Praticar a solidariedade e revoltar-se contra qualquer injustiça, agressão e exploração praticada contra a pessoa, a comunidade e a natureza. 9 - Lutar contra o latifúndio para que todos possam ter terra, pão, estudo e liberdade. 10 - Jamais vender a terra conquistada. A terra é um bem supremo para as gerações futuras.
  • 128. Hino do MST (Letra: Ademar Bogo, Música: Willy C. de Oliveira, 1989) Vem teçamos a nossa liberdade braços fortes que rasgam o chão sob a sombra de nossa valentia desfraldemos a nossa rebeldia e plantemos nesta terra como irmãos! Vem, lutemos punho erguido Nossa força nos leva a edificar Nossa pátria livre e forte construída pelo poder popular Braço erguido ditemos nossa história sufocando com força os opressores hasteemos a bandeira colorida despertemos esta pátria adormecida o amanhã pertence a nós trabalhadores! Nossa força resgatada pela chama da esperança no triunfo que virá forjaremos desta luta com certeza pátria livre operária e camponesa nossa estrela enfim triunfará!
  • 129. Significado das cores e desenhos que compõem a bandeira: cor vermelha: representa o sangue que corre em nossas veias e a disposição de lutar pela Reforma Agrária e pela transformação da sociedade. cor branca: representa a paz pela qual lutamos e que somente será conquistada quando houver justiça social para todos cor verde: representa a esperança de vitória a cada latifúndio que conquistamos cor preta: representa o nosso luto e a nossa homenagem a todos os trabalhadores e trabalhadoras que tombaram, lutando pela nova sociedade mapa do Brasil: representa que o MST está organizado nacionalmente e que a luta pela Reforma Agrária deve chegar a todo o país trabalhador e trabalhadora: representa a necessidade da luta ser feita por mulheres e homens, pelas famílias inteiras. facão: representa as nossas ferramentas de trabalho, de luta e de resistência.
  • 130. Reflexão de um aluno André Borges e Souza Muitos são contra o MST. Contra esse movimento que une os necessitados em busca de um ideal, em busca de uma vida melhor. São contra a união que visa enriquecer-nos com justiça, que visa minimizar nossa desigualdade social, são contra a união dos que não têm para negociar com os que não usam, enquanto outros não mostram a verdade. Quando um governo não se importa com os menores, não serão os maiores que se importarão. Os latifundiários não hão de se importar com o homem do campo. Quando não é cumprida a Constituição e os grandes proprietários não se virem com vontade de dividir os bens, não haverá escolha senão lutar. Escolher a luta em vez de ficar simplesmente calado. Unir-se e lutar. Lutar pelos seus direitos, lutar pelo necessário. Não há vitória sem luta, não há conquistas sem luta, assim como não há chuva sem água e vida sem terra. Mesmo assim, há muita gente sem terra e ainda assim, essa gente vive. Gente que não quer se calar e não aceita ser esquecida e ignorada porque deveria apoiá-los. Existe luta. Haverá luta enquanto houver o vermelho do sangue, o branco da paz, o verde da esperança, o preto do luto em meio a um Brasil desigual. Haverá luta enquanto houver trabalhadores e trabalhadoras unidos, privados de seus direitos, humilhados, empunhando facões, não para atacar, mas para se defender. Para colher. Colher os frutos da luta em luto.
  • 131. Haverá luta enquanto houver gente ignorada pelo governo, chutada pela mídia, cuspida pelos maiores, espancada pelas autoridades e morta por não ter terra. Temos o dever de lutar por direitos, o direito de lutar pelo que queremos. O direito à justiça, o direito à vida, o direito à terra. E, se quem luta por tudo isso é baderneiro, terrorista, bandido ou criminoso, então vê-se a prudência em ser um bandido, a riqueza em ser um terrorista, o progresso em ser um criminoso ou a ordem em ser um baderneiro. A bandeira do Brasil, mal dividida com os motivos esquecidos, está sempre erguida em meio a acampamentos de pessoas que não têm onde dormir, não têm o que comer, que não têm trabalho. Não têm muitas coisas, mas têm a vontade de melhorar, de progredir e de tornar o nosso pobre-rico país em um lugar digno, onde possamos viver com honra, sem o fantasma da fome e o inferno do latifúndio. Não se pode condenar pessoas que sempre viveram em meio à desgraça. Pessoas sem oportunidades, mas que têm, em suas veias, a adrenalina da batalha pelo bem-estar, e em suas mentes com objetivo, e em suas mãos, foices e martelos, e em seus corações a compaixão, e em seus estômagos... nada.
  • 132. Não se pode aceitar, calado, tudo o que há de ruim. Quando se está à margem da sociedade, vivendo na miséria, morando entre paredes de pano, ou protegido pelo telhado de sapé, não se pode deixar humilhar, não se pode esquecer de que há sempre como mudar. É!, o poder é de todos. Deve-se mudar. Mudando a si mesmo, muda-se o mundo. As meias-verdades, a arrogância e outros fatos mais que repudiam a luta pela melhoria. A organização dos humildes e a reivindicação de um lugar melhor para viver, alguma comida para comer, uma cama de verdade para dormir, uma terra para crescer, trabalhar e poder, assim, ser digno e sentir orgulho de levantar, olhar fixamente para frente e dizer: " Eu sou gente, sou brasileiro". Muitos são contra a união desses desfavorecidos, do movimento dos trabalhadores rurais sem terra. Lembremos quem são eles: um movimento que luta por pessoas fadadas a morrer na seca do sertão ou ficar esquecidas, nas páginas amareladas da nossa Constituição. (André Bogaz e Souza é estudante da 8º série, elaborada a partir de um projeto desenvolvido no Colégio Módulo, que estimula o aluno a pensar sobre assuntos polêmicos aos olhos da sociedade. Foi enviado à redação da Revista Caros Amigos, a pedido da professora Sandra Martins)
  • 133. Podes? Nicolás Guillén (CUBA)   Podes vender-me o ar que passa entre teus dedos E golpeia teu rosto e desalinha teus cabelos? Talvez possas vender-me cinco moedas de vento? Ou mais, talvez uma tormenta? Acaso me venderias ar fino – não todo – O ar que percorre teu jardim de flor em flor E sustenta o vôo dos pássaros? Dez moedas de ar fino, me venderias?   O ar gira e passa na asa da mariposa. Ninguém o possui. Ninguém!   Podes vender-me céu? Céu azul por vezes, ou cinza, também às vezes, Uma parte do teu céu, o que comprastes, pensas tu, Com as árvores do teu sítio, como quem compra o teto com a casa? Podes vender-me um dólar de céu? Dois quilômetros de céu, um pedaço, O que puderes, do “teu” céu?   O céu está nas nuvens. Altas passam as nuvens. Ninguém o possui. Ninguém!
  • 134. Podes vender-me chuva? A água que forma tuas lágrimas molha tua língua? Podes vender-me um dólar de água da fonte? Um nuvem crespa, me venderias? Ou, quem sabe, água chovida das montanhas? Ou água dos charcos, abandonada aos cães? Ou uma légua de mar, talvez um lago?   A água cai e corre. A água corre. Passa. Ninguém a possui. Ninguém.   Podes vender-me terra? A profunda noite das raízes, dentes de dinossauros, A cauda espersa de longínquos esqueletos? Podes vender-me selvas já sepultadas, aves mortas, Peixes de pedra, enxofre dos vulcões, Milhões e milhões de anos em espiral crescendo? Podes vender-me terra? Podes vender-me? Podes?   A tua terra é terra minha, todos os pés se apóiam nela. Ninguém a possui. NINGUÉM!
  • 135. Passarinho és livre mas se estás preso não sei Ana Cláudia Pessoa Passarinho meu amigo se estas preso não sei tua gailola é de palito a minha eu nunca toquei e o teu choro, canto vivo chorando, eu nunca cantei passarinho acho que és livre mas se estás preso não sei De prisão entendo pouco pois não posso analisá-la mas já sei que prende é forca sei que seca minha alma e desregra a minha fala, sei que eneva meus olhos me transporto a outros olhos faço viagens sem mala
  • 136. E o coração, meu amigo completo nas minhas cores me vejo na corda bamba sem ser por samba ou por flores e fico mesmo pensando quais podem ser sua dores Passarinho, meu amigo não sei tocar violão e pra cantar, muitas vezes, sou mesmo desafinada. mas, saiba o que o coração tem suas cordas e tocam batendo a sua toada isto eu já mais controlei passarinho, estou presa perdoe-me se estou errada passarinho acho e que és livre mas se estás preso não sei.
  • 137. Anos Nº Famílias Assentadas Nº Projetos Área (ha) Antes 1964 1.201 11 879.264 1964-1984 35.235 50 8.898.385 1985-1994 101.444 714 7.329.815 1995 42.912 387 2.544.688 1996 62.044 466 2.451.405 1997 81.944 701 3.455.917 1998 101.094 753 2.802.086 1999 85.226 670 2.109.418 2000 60.521 417 2.158.702 2001 63.477 477 1.837.883 2002 43.486 384 2.501.318 2003 36.301 320 4.573.173 2004 81.254 426 3.511.434 2005 127.506 880 14.193.094 2006 136.358 717 9.402.089 2007 572 8.772.611 Total 1.060.003 7.945 77.421.282 Fonte: SIPRA/Incra. Famílias e áreas dos Projetos de Assentamentos
  • 138. SITUAÇÕES DE LOTES DA REFORMA AGRÁRIA EM SITUAÇÃO IRREGULAR a) estar abandonado; b) cujo beneficiário assentado pelo Incra evadiu-se da parcela; c) ter sido objeto de compra e venda relativa à terra nua e/ou benfeitorias, sem anuência do Incra; d) cujo ocupante atual tenha ocupado a parcela sem autorização do Incra; e) que esteja ocupada por um preposto do assentado pelo Incra; f) quando houver comprovação de arrendamento da parcela; g) quando houver comprovação de reconcentração fundiária; h) parcelas em que for comprovado o descumprimento de quaisquer cláusulas estabelecidas no contrato de concessão de uso, (ou contrato de assentamento para situações anteriores a 30/03/04).
  • 139.
  • 140. 145 397 455 446 502 236 158 103 222 327 221 266 298 0 100 200 300 400 500 600 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Anos Números de Invasões de Terras Governo Lula Média = 259 invasões Governo FHC Média = 166 invasões Antes da MP Anti Invasão Média = 389 invasões