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Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva
Dossiê da disciplina de Práticas de Atividades
Físicas e Desportivas
Pedro Miguel Torres Loureiro
Ano: 10º, Turma: AGD1, N.º17
Ano letivo 2011/2012
2
Índice:
História e curiosidades………………………………………………………..…………………….……5
Recordes Masculinos (estilo livre)………………………………………….…………………….……6
Objetivos deste Módulo: (Parte 1)………………………………………….…………………….……7
No final da Aula de natação tenho de Saber……………………………….………………….……7
Características da natação.……………………………………………………………………….….…8
Provas da Natação Pura Desportiva …………………………………………………………….……9
Local das provas……….………………………………………………………………………………….11
Objetivo das provas.. ……………….…………..……………………………………………………….12
Classificações……..……………………………………………………………………………….………12
Provas individuais…………………………………………………………………………………………12
As partidas……………………………………………………………………………………………….….13
Provas de estafetas…………………………………………….…………………….…………………..13
A aula de natação…………………………………………………………….…………………………..14
As Piscinas……………………………………………………………………………………………….….14
Segurança nas piscinas………………………………………………………………………………….15
Regras da aula de natação…………………………………………………………………………..…15
Alguns aspetos que jamais se deve conseguir……………………..…………………………….15
Higiene na Piscina ………………………………………………………………………………………..16
Equipamento ………………………………………………………………………………………………16
Início da aula………………………………………………………………………………………….…….16
Comportamento ………………………………………………………………………………………….17
Material………………………………………………………………………………………………………17
A matéria- O que é saber nadar……………………………………………………………………….17
Organização da modalidade ………………………………………………………………………….18
Água, utente e saúde……………………………………………………………………………………19
Conforto térmico-utentes………………………………..…………………………………………….19
3
Temperatura da água……………………………………………………………………………………19
Razões que justificam uma adaptação ao meio aquático……………………………………..19
Condicionantes do Homem no Meio aquático……………………………………………………19
Meio terrestre vs Meio aquático………………………………………………………………………20
História da Natação………………………………………………………………………………………21
Conceito de Natação…………………………………………………………………………………….21
Benefícios da Natação………………………………………………………………….……………….22
A Água……………………………………………………………………………………….………………22
Diminuição do risco de doença cardiovascular…………………………………………………..22
Melhoria do processo respiratório……………………………………………………….………….22
Mobilidade articular……………………………………………………………………………………22
Relaxamento mental…………………………………………………………………………….………22
Retarda o envelhecimento…………………………………………………………………….……….23
Em grupos especiais……………………………………………………………………………………..23
Bebés………………………………………………………………………………………………….……..23
Composição de um júri………………………………………………………………………………….24
Funções dos membros do júri……………………………………………………………………..….25
Características de uma Piscina Olímpica…………………………………………………………..28
SW 10 A Prova……………………………………………………………………………………………..30
BL 8 Fatos De Banho………………………………………………………………………..……………31
GR 5 Vestuário………………………………………………………………………………………..……31
SW 4 A Partida……………………………………………………………………………………………..31
SW 4 A Partida (de Costas)…………………………………………………………………………….32
SW 4 A partida………………………………………………………………………………………..……32
SW 11 Cronometragem………………………………………………………………………………….33
Técnica de CROL…………………………………………………………………………………………34
Técnica de Bruços………………………………………………………………………………………44
Técnica de Costas………………………………………………………………………………………52
4
Introdução
Este trabalho está a ser realizado pelo aluno Pedro Miguel Torres Loureiro d0 10º ano
do Curso Profissional de Apoio à Gestão Desportiva no âmbito da disciplina de
Práticas de Atividades Físicas e Desportiva (PAFD).
Neste trabalho vou falar sobre a história da natação, características da natação,
provas existentes na natação pura desportiva, local das provas, objetivo das
provas, as partidas, provas individuais, provas de estafetas, segurança nas
piscinas, regras a ter numa aula de natação, equipamento, higiene na piscina, o
material existente, organização da modalidade, condicionantes do homem no
meio aquático, meio terrestre vs meio aquático, conceito de natação, benefícios
da natação, composição de um júri, funções dos membros do júri, características
de uma piscina olímpica e as vária técnicas de natação crol, bruços e costas e mais
outras coisas que envolvem piscina (natação).
5
História e curiosidades
Já na Civilização Sumérica dizia-se:
“Se não queres ser analfabeto, terás que saber ler, escrever e nadar”.
... E em 19558, um autor de nome Mead afirmava:
“Oxalá não dês movimento à luz até que o menino caminhe ou nade”.
Embora na Antiga Grécia (2500-500 A.C.) saber nadar era tão importante como ler,
escrever, discorrer (pensar) ou ser livre, no entanto não há registo de provas de
Natação nos Jogos Olímpicos Clássicos (2500 A.C.).
Existem registos de provas de natação, realizadas em Portugal na década do séc. XX
(1900-1999), em rios ou cais de embarque náutico.
Em 1896 nos primeiros Jogos Olímpicos (J.O.) da Era Moderna realizadas na cidade de
Atenas a Natação foi uma das modalidades que fizeram parte do calendário da prova.
Desde essa altura e até hoje a natação esteve sempre presente em todos os Jogos
Olímpicos da Era Moderna.
Em 1948 Portugal participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos na modalidade de
natação.
Só em 1948 Portugal participou pela primeira vez numa final de uma prova de
Natação classificando-se o nosso atleta.
Sabias que:
A palavra natação em termos Olímpicos abrange quatro modalidades
desportivas aquáticas: o polo-aquático; a natação pura desportiva; os saltos
para a água e Natação Sincronizada.
O primeiro estilo de nado a aparecer foi a designada técnica de Bruços. E que
até é das todas a mais lenta.
Que estilo de nado designado também por técnicas de Mariposa, foi o ultimo o
surgir.
Que a designada técnica de Crol é de todas aquelas onde se pode ser mais
rápido.
A Natação Sincronizada é a única das modalidades aquáticas englobadas no
termo natação que só é praticado pelo sexo feminino!
Em 1972 nos Jogos Olímpicos de Munique, um atleta de natação pura
desportiva consegui um efeito que até aos nossos dias ainda não foi repetido,
conseguiu conquistar num só Jogos Olímpicos sete medalhas de ouro! Esse
atleta chama-se Mark Spitz.
6
Também em natação pura desportiva, nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988,
um outro nadador consegui um outro feito fantástico, conseguiu conquistar
sete medalhas: cinco de ouro; uma de prata e uma de bronze, chamava-se
Matt Biondi.
A velocidade máxima que um Ser Humano atinge na água é de
aproximadamente de 8Km/h!
O peixe espadarte atinge a velocidade de 108Km/h.
Ian James Thorpe (Australiano), também conhecido por Thorpedo, é um ex-
nadador profissional de estilo livre. Ganhou cinco medalhas de ouro Olímpicas.
Michael Phelps (norte-americano) é reconhecido pela extraordinária marca de
oito medalhas nas Olimpíadas de Atenas 2004, seis delas de ouro e outras duas
de bronze.
Na final de Pequim 2008, Phelps bateu o recorde de maior número de
medalhas de ouro numa só edição das Olimpíadas, conseguindo oito medalhas
de ouro (em todas as provas finais que participou), assim superando o recorde
de sete medalhas de ouro conquistadas por Mark Spitz na e dição de Munique
1972.
Recordes Masculinos (estilo livre)
50 metros – 21.30 segundos – Cesar Filho
100 metros – 47.05 segundos – Eamon Sullivan
200 metros – 1.42.46 segundos – Michael Phelps
400 metros – 3.40.59 segundos – Ian Thorpe
1500 metros – 14.38.92 segundos – Grant Hackets
Cesar Filho Eamon Sullivan Michael Phelps
Ian Thorpe Grant Hackets
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Objetivos deste Módulo: (Parte 1)
O que é desporto natação;
Quais são as suas modalidades;
O que é a NPD?
Onde se realiza?
Quais os diversos estilos de nado?
Qual o seu calendário de provas?
A aula de natação:
Os espaços da aula;
As regras básicas para uma boa frequência e aula de natação:
As regras de higiene a cumprir;
As regras de segurança a cumprir;
As regras de uma aula numa piscina.
No final da Aula de natação tenho de saber:
Que a natação é um conjunto de quatro modalidades desportivas distintas;
Que a natação pura desportiva é uma modalidade desportiva individual;
Em que locais se pratica;
Que a NDP é uma modalidade onde se utilizam quatro tipos de técnicas de
nado;
Saber identificar as técnicas de nado Crol, Costas, Bruços e Mariposa;
Conhecer os diversos grupos de provas que fazem parte do calendário oficial
de provas;
O comportamento a ter durante esta atividade desportiva:
As normas de segurança
As normas de higiene
O regulamento geral das provas de natação pura;
O regulamento de uma piscina.
8
Características da natação
Identificação da Modalidade
Natação é o termo utilizado de uma forma generalizada para:
Quando alguém se quer referir à capacidade que uma dada pessoa tem em
conseguir com à vontade, segurança, eficiência e rapidez ao deslocar-se na
água;
Mas também quando nos referimos a um grupo de atividades desportivas
aquáticas Olímpicas…
… E, finalmente quando nos queremos referir a uma modalidade desportiva
individual, ou seja, onde cada participante procura por si próprio (sozinho)
competir contra os outros atletas.
Pois bem expliquemos melhor tudo isto!
1. Em termos Olímpicos, natação quer dizer o conjunto das quatro seguintes
modalidades desportivas;
Natação Pura Desportiva (NPD);
Pólo-Aquático;
Saltos para a água;
Natação Sincronizada.
Natação Pura Desportiva Pólo-Aquático Saltos para a água
Natação Sincronizada
9
A Natação Pura Desportiva é uma modalidade desportiva individual, ou seja, onde
cada praticante procura por si próprio (sozinho) vencer a prova.
Quanto à Natação Pura Desportiva como modalidade é constituída por um elevado
número de provas diferentes.
Provas estas, que podem ser executadas em quatro diferentes tipos de Técnica de
Nado (diz-se também Estilos).
Provas da Natação Pura Desportiva
Livres – 50 metros, 120 metros, 200 metros, 400 metros, 800 metros, 1500 metros,
4x100 metros, 4x200 metros.
Costas – 50 metros, 100 metros, 200 metros, 400 metros.
Bruços – 50 metros, 100 metros, 200 metros, 400 metros.
Mariposa – 50 metros, 100 metros, 200 metros, 400 metros.
Estilos – 100 metros, 200 metros, 400 metros, 4x100 metros.
Livres Costas Bruços
Mariposa Estilos
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Estas Provas, são classificadas em dois tipos, conforme as suas características, regras
e regulamentos que os definem:
As provas individuais: Nesta prova, o nadador desperta a modalidade sozinho
e pode competir em estilos diferentes e em percursos de 50 metros, 100
metros, 200 metros, 400 metros, 800 metros, 1500 metros.
As provas de estafetas: Disputam-se também provas de estafetas, isto é,
existem quatro modalidades da mesma equipa que assim que terminem o
percurso passam o “testemunho” ao próximo membro da equipa até
terminarem a “corrida”. Há provas de estafetas em 4x100 metros, 4x200
metros para estilo livre, e 4x100 metros para estilos.
11
Local das provas
A natação é praticada fundamentalmente em 2 tipos de piscinas:
Piscinas de 50 metros de comprimento: chamadas também Olímpicas ou
Oficiais, e que podem ser cobertas (tapadas), ou descobertas.
Piscinas de 25 metros de comprimento: também podem ser cobertas ou
descobertas.
Em relação a uma piscina deveria saber:
Uma pista de 25 ou 50 metros de comprimento;
Uma piscina de competição tem oito pistas;
Cada pista tem um bloco de partida de onde se realiza a partida do atleta, este
bloco situa-se num dos topos da piscina e é exterior à zona da água;
As pistas são separadas por cordas chamadas Separadores;
No fundo da piscina de cada pista existe em traço continuo para marcar o meio
da pista.
12
Objetivo das provas
Independentemente de cada desporto ou modalidade, ao praticares Natação terá
sempre como objetivo principal procura fazer o melhor possível:
Nas corridas de Natação Pura Desportiva, seres o mais rápido possível;
Nos jogos, ganhares o mais possível;
Nos saltos, saltares o melhor e mais perfeito possível;
No Bailado seres o melhor perfeito e sincronizado.
Classificações
Ao praticares Natação Pura Desportiva, terás sempre como objetivo principal procurar
fazer o melhor possível, se possível ganhar.
Independentemente de cada tipo de prova e/ou técnica de nado que realizas.
A vitória, sempre que conseguires o melhor resultado de todos os praticantes.
Para tal ser possível e necessário que conheças e cumpras e regulamentos de cada
prova e Estilo ou Técnica de nado em que praticas, assim como saber praticá-las com
perfeição.
Provas Individuais
Definições:
As provas individuais são todos aqueles onde tens como objetivo realizar uma
distância (percurso) a nadar no mínimo de tempo possível, ou seja, o mais depressa
que poderes.
Estas corridas podem ser de distâncias:
Curtas (25 metros – 100 metros) – Corridas de Velocidade
Médias (2oo metros – 400 metros) – Corridas de Meio Fundo
Longas (800 metros – 1500 metros) – Corridas de Fundo
É em formação da distância, técnica de nado de prova e seu regulamento que deves
adaptar.
13
As partidas
O juiz de partidas dará um sinal sonoro, para o atleta subir para o bloco de
partida;
A seguir, o juiz de partida dá uma só voz de partida: “aos seus lugares”;
De seguida o juiz dará o sinal de partida (sinal sonoro);
Os atletas deverão realizar as corridas sempre dentro da sua pista, se não o
fizer, o atleta é desclassificado;
Durante a prova, o atleta pode parar, não pode é deslocar-se de outra forma
que não seja a técnica referente à prova a que está a nadar e desde que não
saia da sua pista.
Os atletas só podem iniciar a corrida depois de ser dado o sinal de partida.
Se um atleta se mexer ou começar a nadar antes de ser dado este sinal, é considerado
uma falta de falsa partida.
Provas de estafetas
As provas de estafetas são as únicas provas da Natação Pura Desportiva que não são
realizadas individuais, mas sim por equipas de quatro atletas.
As provas de estafetas, são provas em que cada um dos quatro atletas corre uma
parte da prova (a distância a realizar por cada um deles e exatamente igual à dos seus
colegas de equipa).
Ao contrário do atletismo, na Natação Pura Desportiva, o atleta não transporta
qualquer tipo de testemunho durante a sua corrida, terá apenas quando chegar ao
final do seu percurso que tocar na parede-testa para que seu colega seja autorizado a
partir.
Partida de Costas Partida de Frente
14
A aula de natação
Como facilmente entendes, as aulas de Natação são totalmente diferentes de todas
as outras aulas, por duas razões:
1. Porque, como sabes uma das principais intensões desta disciplina é que faças o
maior número de experiências com o teu corpo (diz-se vivências motoras)
dentro de um meio a que tu e o teu corpo normalmente não estão habituadas
a utilizar;
2. Porque o espaço onde irás trabalhar é totalmente diferente daquele a que
estás habituado; chama-se a esses espaços- Piscinas;
As Piscinas
Existem dois tipos de piscinas onde se podem realizar as aulas de Natação:
1. As piscinas cobertas:
São as ideais, pois podem ser utilizadas durante o ano inteiro
2. As piscinas ao ar livre ou descobertas
15
Regras da aula de natação
Como já terás percebido, as aulas de Natação é totalmente diferentes das outras,
quer no seu início, meio e fim, e nos espaços que utiliza.
Terá que se ter então, um comportamento ainda mais organizado.
Apresentamos um conjunto de regras (normais) que te vão ajudar a ter uma aula mais
agradável e proveitosa.
Segurança nas piscinas
De todos os locais de aula, a piscina talvez seja a mais perigosa se não for utilizada
corretamente e com sensibilidade.
O professor necessita de estar atento a todos os perigos da piscina e ser capaz de
enfrentar as situações que possam correr.
Alguns aspetos que jamais se deve conseguir:
Profundidade das extremidades da piscina;
Movimentação na piscina;
Entrada e saída da água;
Nível de ruido;
Alarme “falso”;
Uso de joias;
Unhas compridas;
Comer na piscina;
Comer antes da aula de natação;
Empurrar e afundar o colega;
Área de salto;
Ausência de relevos ou degraus nas piscinas;
Utilização incorreta das escadas das piscinas.
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Higiene na Piscina
Usar sempre calçado apropriado;
Usar sempre roupa apropriada;
Utilizar a casa de banho antes da aula;
Assoar o nariz no local certo;
Antes do início da aula passar sempre pelo lava-pés e tomar duche;
Não ingerir rebuçados e pastilhas elásticas antes de entrares na piscina;
Não fazer aula usando curativos e ligaduras;
Não fazer aula se for portador de doenças de pele;
Não realizar a aula quando portador de doenças de distúrbios respiratórios;
Enxugar-se bem após a aula de Natação;
Usar sempre uma touca.
Equipamento
Equipamento de Aula de Natação: Equipamento de banho
Calções de banho; Chinelos;
Touca de banho; Toalha;
Chinelos; Sabonete e champô.
E, caso necessário, óculos de natação.
Início da aula
Quando se entra para a piscina deve-se:
Esperar sempre pela ordem do professor para entrar na água;
Só entrar na piscina depois de se passar pelos lava-pés e tomar duche nos
chuveiros;
Entrar sempre para a piscina pelos locais próprios e sem (nunca) saltar;
Entra pelas indicações do professor para o início da atividade;
Sem autorização não se deve:
Começar a saltar, brincar ou jogar;
Falar alto e gritar.
Utilizar só o material e equipamento que for destinado.
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Comportamento
Tenta ao longo destas aulas estar ainda mais…
Atento às indicações dos funcionários de apoio às instalações;
Atento às instruções e materiais dadas pelo professor;
Cumprir as tarefas propostas pelo professor.
Material
Deves:
Utilizar apenas o material que te for entregue…
Utilizá-lo apenas com a autorização do professor;
Utilizá-lo apenas para cumprir as tarefas propostas;
No final da aula ajudar a arrumá-lo.
A matéria- O que é saber nadar
Dizem os especialistas que saber nadar é:
… Pois o barulho e a acústica numa Piscina criam mais dificuldades de audição.
É ter resolvido no meio aquático o triplo problema:
Equilíbrio, Respiração, Propulsão, Imersão e Salto.
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Ou seja, que possas vir a:
Seres capaz de não te afogares;
Saber dominar situações imprevistas;
Seres capaz de flutuares…?!;
Seres capaz de dominares a respiração com eficácia;
Estar à vontade na água;
Saber evitar a fadiga ao deslocar-se na água segundo um tempo/distancias;
Ser capaz de dominar as técnicas de nado;
Ser capaz de competir.
Para isto, terás que primeiramente conseguir conquistar algumas “habilidades
motoras” naquilo que se designa pelo domínio:
A imersão;
O equilíbrio;
A respiração;
A propulsão;
O salto.
Organização da modalidade
FINA/LEN/FPN/ASSOC.REG.
Organização de um clube
Seniores
Juniores
Agrupamento 1
Agrupamento 2
Agrupamento 3
Pré-competição
Escolas de Natação
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Água, utente e saúde
Fatores que facilitam a transmissão de infeções patogénicas nas piscinas:
Concentração humana;
Promiscuidade humana;
Saturação do ar;
Atmosférica húmida e quente;
Tipo de revestimentos;
Estado imunitário do utente;
Parâmetros de caracterização e tratamento de água.
Conforto Térmico do utente
De acordo com a “legislação” em vigor (CNQ 23/93).
Temperatura da água
Piscinas desportivas – 25±1º
Piscinas de aprendizagem/recreio – 27±1º
Piscinas infantis – 29±1º
Razões que justificam uma adaptação ao meio
aquático
Atitude habitual do Homem (vertical);
Deslocação;
Membros superiores/membros inferiores;
Rotação da cabeça;
Vias respiratórias.
Condicionantes do Homem no Meio aquático
Proximidade das vias respiratórias (evitar o contacto);
Deslocamento (ausência de apoios fixos);
Respiração (voluntária).
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Meio terrestre vs Meio aquático
Equilíbrio
Vertical Horizontal
Cabeça vertical Cabeça horizontal
Olhar horizontal Olhar vertical
Respiração
Nasal Bucal
Reflexa Voluntária
Inspiração ativa Inspiração automática
Expiração passiva Expiração ativa
Membros Superiores
Equilíbrio Ação propulsiva
Membros Inferiores
Ação propulsiva Equilíbrio
Meio terrestre Meio aquático
Meio aquáticoMeio terrestre
Meio terrestre Meio aquático
Meio terrestre Meio aquático
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História da Natação
A história da natação tem os seus primeiros capítulos no início da história do Homem.
Surgiu inicialmente para suprir as necessidades das populações que viviam à beira de
lagos e rios. Era usual a pesca ser debaixo de água, que era ainda utilizada em refúgio
dos animais selvagens. No Egipto e na Grécia, a natação era já considerada como um
desporto fundamental para o bem-estar do corpo, embora ainda não se realizassem
competições.
Durante a Idade Média a água era encarada com muitos respeitos devido aos espíritos
que as populações acreditavam viver nos cursos de água, mas também pelo receio das
grandes pragas que assolaram a Europa nesse século e que supostamente eram
transmitidas por esse meio.
Depois do século XVII, a natação voltou a ser considerada um desporto saudável em
especial no Japão. Na Europa, a natação competitiva iniciou-se em 1837, em
Londres, quando foram organizadas as cento e noventa e cinco provas nacionais. A
primeira competição internacional só se realizou em 1846 em Sidney e desde então
as provas têm sido introduzidas. A estreia nos Jogos Olímpicos foi logo em 1896 em
Atenas, embora tenha sido apenas reservada para os homens. Inicialmente a
modalidade era praticada em rios, mas em 1908 as provas começaram a ser realizadas
em piscinas onde as condições eram mais facilitadas para a prática, deste desporto.
Em 1912 participam as primeiras nadadoras nos Jogos Olímpicos de Estocolmo.
A participação portuguesa nestas competições está reservada para 1924 para Paris,
onde participa o nadador Mário da Silva Marques na prova dos 200 metros bruços. A
primeira escola de natação no nosso país foi fundada em 1902 na Trafaria, pelo
Ginásio Clube Português. O início da natação associativa em Portugal remonta a 1922
quando é fundada a Liga Portuguesa dos Clubes de Natação, embora a Federação
Nacional tenha sido criada oito anos depois (1930).
Nuno Laurentino regressou à competição em 2005, para retomar uma brilhante
carreira, durante a qual foi detentor de mais de 50% de todos os Recordes Nacionais
existentes.
Considerado o nadador Português mais eclético, foi o primeiro nadador português a
baixar de cinquenta segundos nos 100 metros em piscina curta e o primeiro nadador
Ibérico a baixar de cinquenta segundos nos 100 livres em Piscina Olímpica.
Conceito de Natação
Desporto aquático que consiste na deslocação das pessoas através dos movimentos
de braços e pernas dentro de água.
22
Benefícios da Natação
A natação é um dos desportos mais completos e mais acessíveis a todo o género de
pessoas.
A Água
A água, “matéria-prima” da natação, detém características relaxantes e fautoriza as
funções orgânicas, sendo desprovida de efeitos agressivos.
Quaisquer que sejam as circunstâncias, idade, sexo ou profissão, salvo em situações
de não prescrição médica, toda a gente pode praticar natação, com grandes
benefícios param a saúde entendida como um total bem-estar.
Diminuição do risco de doença cardiovascular
Coração mais forte (formação do músculo);
Eliminação de gordura em torno do coração;
Estimulação da circulação sanguínea;
Redução de frequência cardíaca;
Melhoria do processo respiratório
Fortalece os músculos da parede torácica.
Maior elasticidade dos pulmões (aporta maior quantidade de oxigénio).
Mobilidade articular
Aumento do tamanho das articulações;
Agilidade e lubrificação das articulações;
Alívio das dores resultantes de artroses;
Acalmia dos sintomas dolorosos – fibromialgia, lordoses, cifoses, etc.
Relaxamento mental
Aumento da autoestima (normalmente os indivíduos que praticam desporto
são mais seguros e independentes);
Combate o stress (a enorme concentração necessária para conciliar respiração
e movimentos leva a uma sublimação das tensões e problemas do quotidiano);
Cariz lúdico (coadjutor do relaxamento mental);
A água propícia uma liberdade de movimentos (não comparável a outras
atividades secas).
23
Retarda o envelhecimento
Físico;
Psicológico.
Quem pratica exercício com regularidade tem maior aptidão física do que outra
pessoa 20 anos mais nova que não faça desporto.
Em grupos especiais
Deficientes e/ou pessoas portadores de limitação física.
A natação proporciona ampliação do potencial do seu organismo como um todo, a par
de uma melhoria de autoimagem e uma maior inserção social:
Vertente emocional (abandono das cadeiras de rodas, canadianas, aparelhos
ortopédicos,…)
Autoestima (desfrutas de independência)
Bebés
Concorre para o desenvolvimento de:
Sistema respiratório – maior resistência a doenças e alergias.
Musculatura esquelética – normalmente ao nível da coluna vertebral.
Psicossocial – relacionamento e contacto com os outros.
Cognitivo – música, brincadeira e vocabulário novo.
Neuro – motor.
Cardio – respiratório.
24
A pirâmide representa a Natação como desporto “mãe”, a base de todas as
modalidades e/ou desportos aquáticos e terapias de reabilitação.
Composição de um júri
Nos Jogos Olímpicos e Campeonatos do Mundo, o número mínimo de membro do júri
pela FINA é composto por:
Árbitro (1)
Supervisor da Sala de Controlo (2)
Juízes de Estilos (4)
Juízes de Partidas (2)
Chefe de Juízes de Viragens (2 – 1 em cada topo da piscina).
Para todas as outras competições internacionais, a entidade organizadora pode
designar o mesmo número ou um número menor de elementos.
Quando não existir aparelhagem automática esta será substituída por um Chefe de
Cronometristas, três cronometristas por pistas e dois cronometristas de reforço.
Quando não existir aparelhagem automática e/ou três cronometristas por pista,
deverão atuar um Chefe de Juízes de Chegadas e um Juiz de Chegada.
Lazer
Hidroterapia,
Hidroginástica
Pólo Aquático
Natação
Sincronizada
Saltos para a água
Natação
25
Funções dos membros do júri
Árbitro (Juiz – Árbitro)
Posição: em qualquer lugar que ache mais conveniente.
É o responsável máximo pela prova, decidindo todas as questões relacionadas com ela
ou questões não previstas nas regras.
Faz respeitar todas as Regras e determinações da FINA e regulamento da prova,
intervindo na competição, em qualquer momento.
Tem o total controlo e autoridade sobre todos os elementos do Júri.
Atribuir funções, lugares e dá instruções aos elementos do Júri. Pode nomear
substitutos para os ausentes, incapacitados de atuar ou julgados incompetentes. Pode
aumentar, se necessário, o número de elementos do Júri.
Desclassifica qualquer nadador por toda a infração às regras que observar
pessoalmente, ou que lhe for indicada por outro Juiz autorizado.
No início de cada prova:
1º Apito (serie curta de apitadelas): convida os nadadores a despirem todas as roupas,
exceto a da natação.
2º Apito (apitadela longa): convida os nadadores a subirem para os blocos, ou, para
entrarem imediatamente na água (Costas e Estafeta de Estilos).
3º Apito (apitadela longa): convida os nadadores a colocarem-se imediatamente na
posição de partida.
 Estende o braço: dá indicação ao Juiz de Partidas de que os nadadores passam
a estar debaixo do seu controlo.
 Só baixa o braço depois da partida ser dada.
26
Juiz de Partidas
Posição: num dos lados da piscina, a cerca de cinco metros da parede testa.
Tem controlo total sobre os nadadores a partir do momento em que o Árbitro lhos
entregar até ao início da prova.
Participa ao Árbitro de todo o nadador que:
 Demorar a partida.
 Desobedecer voluntariamente a uma ordem.
 Comportamento menos correto.
Mas só o Árbitro poderá desclassificar um nadador por tal demora, desobediência
voluntária ou comportamento incorreto.
Tem o poder de decidir se a partida foi correta ou não, sujeito apenas à decisão do
Árbitro.
Juiz de Chamadas
Posição: na Câmara de Chamadas.
Reúne os nadadores antes de cada prova e entrega-lhes uma ficha.
Comunica ao Árbitro se um nadador não estiver presente no momento da chamada.
Comunica ao Árbitro qualquer violação relativa a publicidade.
Chefe de Juízes de Viragens
Posição: no cais de viragens ou no cais de partidas.
Assegura que todos os Juízes de Viragens cumprem as suas funções durante a
competição.
Recebe os boletins dos Juízes de Viragens, se ocorrer alguma infração, e entrega-os
imediatamente ao Árbitro.
Pode acumular as funções de Juiz de Viragens.
27
Juízes de Viragem
Posição: um em cada pista, no cais de viragens ou no cais de partidas, sentados,
levantando-se para verem as viragens.
Dão conhecimento ao Chefe de Juízes de Viragens de qualquer violação das Regras,
em boletim assinado, especificando a prova, o número da pista, o nome do nadador e
a infração verificada.
No cais de viragens:
Certificam-se de que os nadadores cumprem as regras estabelecidas para as viragens,
desde o início da última braçada antes do toque e terminando logo que acabou a
primeira braçada após a viragem.
Nas provas de 800 e 1500 metros, registam o número de percursos completados pelo
nadador da sus pista e mantê-lo-á informado do número de percursos que falta
completar, mostrando-lhe e devida placa numerada.
Certificam-se de que os nadadores cumprem as regras em vigor, desde a partida até à
finalização da primeira braçada.
Certificam-se de que os nadadores cumprem as regras estabelecidas para as viragens,
desde o início da última braçada antes do toque e terminando logo que acabar a
primeira braçada após a viragem.
Nas provas de 800 e 1500 metros dão um sinal de aviso quando o nadador da sua pista
tiver a nadar dois percursos mais de cinco metros até terminar a sua prova. Este sinal
deverá ser repetido após a viragem até uma distância de cinco metros. O sinal poderá
ser dado por apito ou cometida.
Juízes de Estilos
Posição: em cada lado da piscina.
Asseguram que as Regras relativas ao estilo a ser nadado em determinada prova são
respeitadas e observam as Viragens em colaboração com os Juízes de Viragens.
Dão conhecimento de qualquer infração ao Árbitro, em boletim assinado,
especificando a prova, número da pista, nome do nadador e infração cometida.
Nota: não esquecer de observar nos estilos Livre, Costas e Mariposa, após a partida
e viragens, se o nadador ultrapassa a distância de quinze metros da parede,
totalmente submerso, sem romper a superfície da água com a cabeça.
28
Características de uma Piscina Olímpica
Comprimento: 50 metros todas as piscinas olímpicas têm que ter a distância de 50
metros, entre as placas eletrónicas da Aparelhagem Automática.
Largura: 25 metros
Profundidade (mínima): 2 metros
Número de Pistas: 8 pistas. Cada pista terá uma largura de 2,5 metros. Existem dois
espaços fora das pistas 1 e 8, com 2,5 metros. Ao todo serão 10 pistas de 2,5 metros.
Divisórias: estão estendidos, firmemente esticados, ao longo do comprimento da
pista, preso no gancho das paredes, colocados de forma à divisória ficar na superfície
da água.
Cores das pistas: duas verdes nas pistas 1 e 8; quatro azuis nas pistas 2,3,6 e 7; três
amarelas nas pistas 4 e 5; a quinze metros do cais de partida, os flutuadores devem ter
uma cor diferente dos restantes – vermelha. Os flutuadores devem ser de cor
diferente aos vinte e cinco metros.
29
Numeração das pistas: o bloco de partida deve estar numerado nos quatro lados,
bem visível. A pista número 1 será a da direita quando se olha para a piscina do cais de
partida, com exceção nas provas de 50 metros que têm início no lado oposto. Os
painéis eletrónicos podem ser numerados na parte superior.
Temperatura da água: entre 25º a 28º.
Bloco de Partida: devem estar firmes e sem efeito mola. Altura em relação à água:
0,5 a 0,75 metros. Medida: largura: 50cm; comprimento: 60cm. Coberto com material
antiderrapante. A inclinação não deve ser superior a 10º.
Festão de falsas partidas: deve estar suspenso transversalmente sobre a piscina, pelo
menos a 1,2 metros acima da superfície da água, em postes colocados a 15 metros à
frente do cais de partida. Deve estar preso aos postes por um sistema de
desprendimento rápido. O festão deve abranger todas as pistas quando ativado.
30
Indicador de viragem de costas: cabos suspensos transversalmente sobre a piscina,
entre 1,8 e 2,5 metros acima da superfície da água, em postes fixados a 5 metros de
cada extremo da parede.
Placas eletrónicas da Aparelhagem Automática: para uma melhor cronometragem
do tempo, instalam-se placas eletrónicas de aparelhagem automática que têm como
função cronometrar o tempo e atribuir o lugar ao nadador, consoante o tempo.
SW 10 A Prova
SW 10.3 – Um nadador terá que permanecer e terminar a prova na mesma pista em
que partiu.
SW 10.4 – Em todas as provas, um nadador, ao virar terá que contactar fisicamente
com a parede da piscina. A viragem deverá ser feita a partir da parede e não é
permitido dar impulso ou andar sobre o fundo da piscina.
SW 10.13 – Todos os nadadores de uma equipa de estafetas, bem como a respetiva
ordem de entrada em competição devem ser indicados antes da prova. Qualquer
membro de uma equipa só pode competir uma vez numa prova de estafetas. A
composição de uma equipa de estafetas pode ser alterada entre as eliminatórias e as
finais de uma prova, desde que os nadadores constem da lista para a prova em
questão. A alteração da ordem de entrada em competição, dará origem a
desclassificação. Substituições só poderão ser realizadas em situações de emergência
e mediante a apresentação de justificativo médico.
SW 10.14 – Qualquer nadador que tiver terminado a sua prova ou o seu percurso
numa prova de estafetas deve abandonar a piscina o mais rapidamente possível, sem
obstruir nenhum outro nadador que ainda esteja em prova. De contrário, o nadador
que cometer a falta ou a sua equipa serão desclassificados.
31
BL 8 Fatos De Banho
BL 8.2 – Nas competições de natação o nadador deve usar apenas um fato de banho
de uma ou duas peças. Nenhum artigo adicional tais como ligaduras, bandas elásticas
ou braçadeiras nos braços ou pernas poderão ser considerados como fazendo parte do
fato de banho.
BL 8.3 – A partir de 1 de Janeiro de 2010 os fatos de banho para os homens não devem
passar acima do umbigo ou abaixo do joelho, e para as mulheres, não devem cobrir o
pescoço, nem deve prolongar-se além do ombro e abaixo do joelho. Todos os fatos de
banho devem ser feitos de matérias têxteis.
GR 5 Vestuário
GR 5.1 – O vestuário (fato de banho, toucas e óculos) de todos os nadadores deve
estar de acordo com a moral e ser apropriado para cada uma das disciplinas não
podendo conter qualquer símbolo considerado ofensivo.
SW 4 A Partida
SW 4.1 – A partida nas provas de Livres, Bruços, Mariposa e Estilos será efetuada por
meio de salto. Ao apito prolongado (SW 2.1.5) do Juiz-Árbitro, os nadadores devem
subir para o bloco de partida e aí permanecer. À voz de "aos seus lugares", do Juiz de
Partidas, devem colocar-se imediatamente em posição de partida, com pelo menos
um pé na parte da frente do bloco. A posição das mãos não é relevante. Quando todos
os nadadores estiverem imobilizados, o
Juiz de Partidas deve dar o sinal de
partida.
32
SW 4 A Partida (de Costas)
SW 4.2 – A partida para as provas de Costas e Estafetas de Estilos, será efetuada
dentro de água. À primeira apitadela longa do Juiz-Árbitro (SW 2.1.5), os nadadores
deverão entrar imediatamente na água. À segunda apitadela longa, os nadadores
deverão colocar-se, sem demora indevida, na posição de partida (SW 6.1). Quando
todos os nadadores estiverem na posição de partida, o Juiz de Partidas dará a voz "Aos
seus lugares". Quando todos os nadadores estiverem imóveis, o Juiz de Partidas dará
o sinal de partida.
SW 4 A Partida
SW 4.3 – Nos Jogos Olímpicos, Campeonatos do Mundo e outras provas organizadas
pela FINA, o comando "Aos seus Lugares" terá que ser dito em inglês "Take your
marks" e o sinal de partida difundido por múltiplos altifalantes, um para cada bloco de
partida.
SW 4.4 – Qualquer nadador que parta antes do sinal de partida ser dado será
desclassificado. Se o sinal de partida soar antes da desclassificação ser declarada, a
33
prova continuará e o nadador ou nadadores serão desclassificados após a prova
terminar. Se a desclassificação for assinalada antes do sinal de partida, o sinal não será
dado, os restantes nadadores serão mandados para trás e proceder-se-á a nova
partida. O árbitro repete o procedimento de partida começando com o apito longo (o
segundo de costas), como mencionado em SW 2.1.5.
SW 11 Cronometragem
SW 11.1 – A Aparelhagem Automática deve ser operada sob a supervisão de Juízes
designados. Os tempos registados pela Aparelhagem Automática serão usados para
determinar o vencedor, todas as classificações e o tempo atribuído a cada pista. A
ordem de chegada e os tempos apurados deste modo terão prioridade sobre todas as
decisões dos Cronometristas. No caso de avaria da Aparelhagem Automática, ou se
verificar claramente ter havido uma falha da Aparelhagem, ou que um nadador não
tenha conseguido fazer funcionar a mesma, os registos dos Cronometristas serão
oficiais (SW 13.3).
SW 11.3 – Qualquer aparelho para a medição do tempo, utilizado por um elemento do
Júri será considerado como um cronómetro. Estes tempos manuais deverão ser
tirados por três Cronometristas nomeados ou aprovados pela Federação Nacional do
país onde tem lugar a competição. Os tempos manuais deverão ser registados até ao
1/100 de segundo. Quando não for utilizada qualquer Aparelhagem Automática, os
tempos manuais serão determinados como se segue:
SW 11.3.1 – Se dois dos três cronómetros registarem o mesmo tempo,
diferente do terceiro, os dois tempos iguais são o tempo oficial.
SW 11.3.2 – Se os três tempos forem diferentes, o tempo oficial será o do
cronómetro que registar o tempo intermédio.
SW 11.3.3 – Quando se utilizam três cronómetros e um deles não funcionar, o
tempo oficial será a média dos outros dois.
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As 4 Modalidades da Natação Pura Desportiva (NPD)
1. Técnica de CROL
Regras de nado:
SW 5.1 Estilo Livre significa que numa prova assim designada o nadador pode nadar
em qualquer estilo, exceto nas provas de Estilos ou de estafetas de Estilos, em que
Livres pode ser qualquer estilo que não seja Costas, Bruços ou Mariposa.
SW 5.2 O nadador tem de tocar na parede com qualquer parte do corpo, ao completar
cada percurso e na chegada.
Crol Costas Bruços
Mariposa
35
SW 5.3 Durante toda a prova, alguma parte do corpo do nadador deve romper a
superfície da água, exceto na partida e após as viragens, em que será permitido ao
nadador estar submerso até uma distância de 15 metros da parede depois da partida e
em cada viragem. A esta distância a cabeça deverá ter rompido a superfície da água.
1.1. Posição do corpo
 O Corpo deverá adotar a posição hidrodinâmica: elevado, estendido, alinhado,
descontraído e natural.
 A Cabeça está ligeiramente elevada, com a cara na água e o olhar dirigido para
baixo e para a frente.
 O Tronco, Anca e Pernas estão horizontais enquanto os pés realizam o
batimento.
 Qualquer desnível na posição do corpo, aumenta o atrito com a água; este atrito é
causado pelo abaixamento das pernas provocado pela elevação da cabeça.
 O Rolamento que o nadador faz, aumenta a eficiência do nado e auxilia
diretamente no movimento das pernas e dos braços.
Funções:
 Facilitar a recuperação dos braços;
 Realizar uma tração profunda e eficaz;
 Respirar de maneira natural, sem elevar a cabeça;
 Evitar resistência ao avanço até um 60% (NAVARRO, 1995).
Erros mais comuns:
 Cabeça escondida ou elevada;
 Posição baixa das pernas;
 Posição encolhida;
 Nado plano: oscilações laterais.
1.2. Ação dos M.S:
36
Em cada braçada existem duas fases: fase propulsiva (tração),
abaixo da superfície da água; e fase de recuperação (acima da água).
Os M.S. são responsáveis pela propulsão do nado.
Têm uma ação alternada e contínua.
Entrada; Deslize;
Trajeto propulsivo:
Ação Descendente (AD); Ação Ascendente (AA);
Ação Lateral Inferior (ALI);
Saída;
Recuperação;
37

Entrada:

 À frente da cabeça, entre a linha média do corpo e o ombro;
 Braço ligeiramente fletido com o cotovelo alto;
 Mão firme, dedos juntos, inclinada ligeiramente para fora.
Erros mais comuns:
 Pulso fletido;
 Mão cruza a linha do corpo;
 Mão muito perto da cabeça;
 Mão entra com violência na água.
Deslize:
 À frente da cabeça, entre a linha média do corpo e o ombro;
 Braço ligeiramente fletido com o cotovelo alto;
 Mão firme, dedos juntos, inclinada ligeiramente para fora.
Erros mais comuns:
 Pulso fletido;
 Execução demasiado rápida;
 Extensão insuficiente;
 Trajeto da mão não retilíneo.
Fase Propulsiva - Ação Descendente (Agarre):
 Inicia-se no momento em que o outro braço deixa de exercer pressão na água;
 Pulso flete até aos 40º, palma da mão para baixo e ligeiramente para fora;
38
 Cotovelo flete para estabilizar a mão.
Erros mais comuns:
 Rodar a mão para dentro;
 Trajeto descendente sem flexão do pulso;
 Braço em extensão.
Fase Propulsiva - Ação Lateral Interior (Tração):
 No ponto mais profundo da mão esta muda de descendente e exterior, para
trás, cima e dentro, até atingir a linha média do corpo;
 Flexão do cotovelo a 90º, por baixo do ombro;
 Aceleração da mão;
 Início do rolamento do corpo.
Erros mais comuns:
 Rodar a mão demasiado cedo para dentro,
reduzindo a propulsão;
 Orientação da mão incorreta – “derrapagem”.
Fase Propulsiva - Ação Ascendente (Empurre):
 Aceleração da mão para fora, trás e para cima até
se aproximar da parte lateral da coxa;
 Ação mais propulsiva onde a velocidade da mão é
maior;
 Cotovelo em extensão quase completa para
preparar a saída;
 Descontração do pulso, na parte final.
Erros mais comuns:
 Tentar empurrar água até à superfície - extensão do cotovelo resulta
no afundamento da bacia;
 Tentar empurrar a água diretamente para trás.
Saída:
 Quando as mãos passam a
coxa, o cotovelo inicia a
39
saída, arrastando o antebraço e a mão descontraídos;
 A mão roda para dentro.
Erros mais comuns:
 Mão virada para cima, resulta no afundamento da bacia;
 Braço em extensão, em prejuízo da fase seguinte e afundamento da bacia.
Fase de Recuperação (Aérea):
 Cotovelo sai 1º da água, numa posição alta, ligeira rotação do antebraço para
fora;
 Mão no prolongamento do antebraço, ligeiramente voltada para fora e o mais
perto possível da linha média do corpo, em descontração;
 Recuperação rápida e descontraída, permite alguma recuperação muscular e
facilita o equilíbrio.
Erros mais comuns:
 Demasiado rápida provoca um desperdício de energia e dessincronização da
braçada;
 Cotovelo baixo, compromete a entrada da mão na
água.
Resumo das Fases:
 Entrada da mão na água à frente da cabeça, entre a linha média do corpo e o
ombro, braço ligeiramente fletido com o cotovelo alto, dedos juntos e mão
inclinada ligeiramente para fora;
 Extensão completa do braço debaixo de água;
 Braço inicia a Fase Propulsiva com flexão do cotovelo a 90º, mão dirigida
para trás, até atingir a linha média do corpo;
 Mão passa a dirigir-se para fora, para trás e para cima até se aproximar da
parte lateral da coxa;
 Cotovelo sai em extensão quase completa, numa posição elevada, arrastando
o antebraço e a mão descontraídos, e mão no prolongamento do antebraço;
 É quando o cotovelo está fletido a 90º (fase propulsiva) que a cabeça efetua
uma rotação para esse mesmo lado, para fazer a Respiração!
40
Resumo – Erros mais comuns:
 Mão entra muito perto da cabeça;
 Mão entra com violência na água;
 Extensão insuficiente do M.S na fase do Deslize;
 Trajeto descendente sem flexão do pulso;
 Braço em extensão;
 Na ALI, mão passa linha média do corpo;
 Na ALI, orientação da mão incorreta, reduzindo a propulsão;
 Na AA, tentar empurrar água até à superfície;
 Extensão do cotovelo;
 Cotovelo baixo.
1.3. Ação dos M.S:
Equilíbrio:
 Estabilização da posição do corpo relativamente ao seu alinhamento lateral –
compensação das oscilações provocadas pelos movimentos dos braços e da
cabeça;
 Manutenção dos membros inferiores numa posição alta, manutenção do
alinhamento horizontal.
Propulsão:
1. Ação ascendente:
 Fase de recuperação - extensão da articulação coxo-fémural;
 Movimento realizado mantendo o joelho em extensão;
 O joelho inicia o movimento descendente ainda antes do pé ter acabado a sua
deslocação para cima.
2. Ação descendente:
 Fase mais propulsiva;
 Movimento parte da articulação coxo-fémural;
 O joelho guia o movimento, terminando com uma ação de “chicotada”;
 Pé descontraído em flexão plantar;
 Trajeto oblíquo: efeito equilibrador.
1.4. Respiração:
 Lateral pela boca e pelo nariz;
 Feita para o lado em que o braço recupera;
41
 Cabeça vira na mesma direção do rolamento corporal;
 A velocidade da água cria uma onda e uma cavidade em torno da cabeça que
facilita a respiração;
 Expiração dentro da água e de forma explosiva.
Erros mais comuns:
 Respiração incompleta;
 Elevar a cabeça fora do eixo do corpo para
respirar;
 Respiração adiantada;
 Respiração atrasada.
1.5. Coordenação M.S – M.I:
O número de batimentos por ciclo completo de braços é variável. Geralmente podem
observar-se 3 tipos:
 Batimento de 6 tempos/ciclo de braços. É o tipo de coordenação que se deve
ensinar e aperfeiçoar. Trata-se de cumprir 6 ações descendentes do pontapé
(típica das provas de velocidade).
 Batimento de 4 tempos/ciclo de braços (usada principalmente em provas de
meio fundo).
 Batimento de 2 tempos/ciclo de braços. Emprega-se em provas de fundo
porque economiza esforço físico.
Técnica de Crol- Resumo
42

Viragem:
 Contacto com a parede pode ser com qualquer parte do corpo;
 Aproximação à parede;
 ½ enrolamento e contacto c/ parede;
 Impulso e deslize;
 Retorno à posição de nado.
Aproximação à parede:
 Ultimo ciclo gestual, um braço permanece junto à coxa, outro realiza trajeto
subaquático;
43
 À distância ideal, os 2 braços no alinhamento do corpo, elevação da bacia
através de pequeno
movimento de golfinho.
1/2 enrolamento e contacto:
 Flexão da cabeça/coluna dorso lombar;
 Mãos viradas para baixo;
 Rotação do eixo transversal situado na articulação Coxofemoral;
 Pernas extensão até saírem da água;
 Pernas e pés puxados para fora de água, flexão do joelho;
 Ligeiro desvio relativamente linha média do corpo;
 Contacto com os pés posição dorsal;
 Ligeira torção.
Impulso e deslize:
44
 Pequeno momento de absorção do impacto, inicia-se a extensão explosiva dos
membros inferiores;
 Posição hidrodinâmica fundamental; Rotação do corpo para a posição ventral;
 Perca de velocidade – início do nado; Batimentos de pernas subaquáticos.
2. Técnica de BRUÇOS
Regras de nado:
SW 7.1 Após a partida e cada viragem, o nadador poderá fazer uma braçada
completa até às pernas (braçada subaquática). Uma pernada de golfinho é
permitida durante a primeira braçada, seguida de uma pernada de bruços.
SW 7.2 Não é permitido perder a posição de bruços em qualquer momento. O ciclo
de bruços deve ser uma braçada e uma pernada por esta ordem. Todos os
movimentos dos braços devem ser simultâneos.
SW 7.3 As mãos devem ser levadas para a frente juntas e em simultâneo. Os
cotovelos deverão ser mantidos dentro de água, exceto na última braçada antes
45
da viragem, durante a viragem e na última braçada aquando da chegada. As mãos
não devem ser puxadas atrás da linha das ancas, exceto na braçada subaquática.
SW 7.4 Durante cada ciclo completo, qualquer parte da cabeça do nadador deve
romper a superfície da água. (...) Todos os movimentos das pernas devem ser
simultâneos.
SW 7.5 Os pés devem estar virados para fora durante a impulsão da pernada.
SW 7.6 Em cada viragem e no final da prova, o toque na parede deve ser feito com
ambas as mãos simultaneamente, ao nível, acima ou abaixo da superfície da água.
2.1. Posição do corpo
 O mais próxima possível da posição hidrodinâmica fundamental. Horizontal e
ventral em todo o seu percurso.
 Na fase propulsiva dos M.S, o corpo deve adotar uma posição horizontal:
bacia perto da superfície da água, ombros em pouca profundidade, pernas no
alinhamento do corpo e face debaixo de água até
que a fase propulsiva dos M.S esteja quase
completa, aí a cabeça sobe à superfície para respirar.
 Na recuperação dos M.S, os ombros e a cabeça
elevam-se à superfície e a bacia imerge um pouco.
 Na fase propulsiva dos M.I, os ombros devem
permanecer dentro de água e os braços estendidos.
 Na recuperação dos M.I o tronco inclina-se para
baixo (da cabeça até aos joelhos), a bacia fica em
profundidade e os ombros vão à superfície.
2.2. Ação dos MS:
Trajeto propulsivo:
Ação
Lateral
Exterior
(ALE)
46
Ação Lateral Interior (ALI)
Ação Descendente (AD) Recuperação
Ação dos M.S. - Trajeto Propulsivo:
Ação Lateral Exterior (ALE):
 Fase pouco propulsiva.
 Inicia-se no final da recuperação;
 O trajeto é para fora e ligeiramente para baixo, com afastamento das mãos
uma da outra até que ultrapassem a linha dos ombros.
Ação Descendente
(AD):
 As mãos
continuam a circular para baixo e para fora, com flexão do cotovelo perto da
superfície da água, até as mãos atingirem o ponto mais fundo do seu trajeto.
Ação Lateral Interior (ALI):
47
 Inicia-se quando as mãos atingem o ponto mais fundo do seu trajeto
propulsivo;
 Termina, com os cotovelos debaixo do peito.
Recuperação:
 Quando as mãos atingem o ponto mais fundo, iniciam o movimento de
recuperação;
 As mãos juntam-se rapidamente em extensão à frente do corpo, assim como
os cotovelos.
Ação dos M.S. - Erros mais comuns:
 Afastamento insuficiente das mãos - leva ao encurtamento da braçada;
 Afastamento exagerado das mãos - provoca atraso no desencadeamento das
fases mais propulsivas da braçada;
 Cotovelo demasiado baixo - perde-se a possibilidade de a mão ter um bom
trajeto para baixo na AD e para dentro e cima na ALI;
 Cotovelos passarem para trás da linha dos ombros – impele a mão para trás
após a ALE, impedindo o trajeto para baixo e fora na AD e depois para dentro e
cima na ALI; retarda o início da recuperação, levando a um trajeto de trás para
a frente demasiado grande.
48
2.3. Ação dos MI:
 Trajeto propulsivo:
 Ação Lateral Exterior (ALE);
 Ação Descendente (AD);
 Ação Lateral Interior (ALI);
 Recuperação
Ação dos M.I. – Trajeto Propulsivo:
Ação Lateral Exterior (ALE):
 Tem início quando as pernas se aproximam da fase final da recuperação;
 Os joelhos deverão estar afastados à largura dos ombros e os calcanhares
perto das nádegas;
 Os pés rodam para fora e para trás, ficando com as plantas orientadas para
cima, para fora e para trás, após o que se realiza a extensão dos joelhos.
Ação Descendente (AD):
 As pernas movem-se para fora, para baixo e para trás, com os pés a apontar
para fora e depois para baixo.
Ação Lateral Interior (ALI):
49
 Após a extensão das pernas os pés ficam com as plantas voltadas uma para a
outra à medida que as pernas se juntam.
Deslize:
 As pernas encontram-se completamente juntas e
alinhadas com o tronco;
 Este curto deslize, facilita a sincronização dos
movimentos M.S/M.I;
 Nesta fase decorre a totalidade do trajeto propulsivo dos
M.S.
Recuperação:
 A recuperação inicia-se quando os braços terminam a ALI;
 Os calcanhares são rapidamente puxados para cima, em direção às nádegas,
através de uma grande flexão dos joelhos.
2.4. R
esp
iraç
ão:
 Cabeça sai da água para cima e para a frente, durante a AD dos braços,
contribuindo para a elevação dos ombros e da cabeça.
 A inspiração deve ocorrer durante a ALI da braçada;
 O afundamento dos ombros e da cabeça deve ser quando a recuperação dos
braços está prestes a terminar (antes da ALE das pernas).
50
2.5. Coordenação MS-MI:
 A velocidade do ciclo da braçada é que determina a velocidade a que se
desenrolam os restantes movimentos;
 As ações propulsivas dos MS decorrem durante o deslize dos MI.
Técnica de BRUÇOS - Resumo
Viragem:
 Rever regras de nado SW 7.6;
Aproximação à parede;
 Rotação e contacto dos pés c/ a parede;
 Impulso e deslize;
 Retorno à posição de nado.
51
A. Aproximação à parede:
 O ciclo gestual deve ser feito
de modo a que o nadador
atinja a parede com os
cotovelos em extensão;
 A cabeça não deve elevar
antes das mãos tocarem na
parede da piscina.
B. Rotação e contacto dos pés com a parede:
 Logo após o contacto com as mãos na parede, o nadador puxa um dos braços
para trás e para baixo, ao mesmo tempo que a cabeça e os ombros se elevam
e os joelhos são puxados para o peito, fletidos;
 Após a rotação do corpo, o braço em contacto com a parede estende-se, os
pés são lançados para a parede e a cabeça juntamente com os ombros entram
na água após a inspiração.
 A mão que fica livre ajuda na rotação do corpo, a outra mão larga a parede
antes dos pés entrarem em apoio, e dirige-se para trás e para cima, por fora de
água.
 Este braço entra de novo para dentro de água, por trás da cabeça no momento
do início de impulsão dos M.I, juntando-se ao outro numa posição
hidrodinâmica.
 O nadador inicia então a rotação em torno do eixo longitudinal, que o colocará
numa posição ventral.
52
C. Impulso e deslize:
 Os pés devem tocar na parede
ligeiramente afastados e bem abaixo
da superfície, os joelhos devem estar
fletidos.
 O ângulo de saída é marcadamente
superior, dirigindo o nadador
obliquamente para baixo, onde de
seguida executa a braçada
subaquática.
D. Braçada Subaquática:
 Rever regras de nado SW7.1;
 O deslize deve ser executado até os nadadores atingirem a sua velocidade de
nado. Se o deslize for demasiado longo, irão perder velocidade e despender
energia para voltar a acelerar o corpo até à velocidade de nado.
3. Técnica de Costas
53
Regras de nado:
SW 6.1 Antes do sinal de partida, os nadadores deverão alinhar dentro de água face
aos blocos de partida, com ambas as mãos nas pegas dos mesmos. Os pés, dedos
incluídos, deverão estar abaixo da superfície da água. É proibido apoiar os pés sobre a
caleira ou curvar os dedos dos pés na sua borda;
SW 6.2 Ao sinal de partida e após as viragens, os nadadores deverão sair da parede e
nadar na posição de costas durante toda a prova, exceto ao executar uma viragem,
segundo se determina em SW 6.4. A posição normal de costas pode incluir um
movimento de rotação do corpo até, mas não incluindo, os 90º em relação à
horizontal. A posição da cabeça é irrelevante;
SW 6.3 Durante toda a prova, alguma parte do corpo do nadador deve romper a
superfície da água, permitido ao nadador estar completamente submerso durante a
viragem, na chegada e até uma distância da parede inferior a 15 metros após a partida
e após cada viragem. A esta distância a cabeça já deverá ter rompido a superfície da
água.
SW 6.4 Durante a viragem, os ombros poderão rodar para além da vertical para
bruços, após o que um movimento contínuo de um braço, ou um movimento contínuo
e simultâneo dos dois braços pode ser utilizado para iniciar a viragem. Uma vez que o
corpo tenha perdido a posição de costas, não poderá haver nenhum movimento de
pernas ou braços, que seja independente do movimento contínuo da viragem. O
nadador terá que retomar a posição de costas logo que deixe a parede. Durante a
viragem, o nadador deverá tocar a parede com qualquer parte do corpo;
SW 6.5 Ao terminar a prova, o nadador deve tocar a parede na posição de costas. O
corpo pode estar submerso no momento do toque.
3.1. Posição do corpo
 O corpo deve manter-se ao longo do ciclo gestual o mais próximo possível da
posição hidrodinâmica fundamental.
54
 As pernas e as coxas deverão permanecer sempre no interior de uma área
delimitada pela projeção da cintura escapular.
 Papel equilibrador é assegurado por:
 batimentos dos pés (lateralizantes
compensatórios);
 rolamento dos ombros.
 O corpo deve estar o mais alinhado possível perto da horizontal, com uma
pequena inclinação de 10 a 15º.
Erros mais comuns:
 Cabeça muito alta;
 Movimento de cabeça para os lados, acompanhando a entrada dos braços na
água;
 Cabeça excessivamente para trás;
 Anca muito baixa.
3.1. Rolamento do corpo
 Rotação natural em volta do eixo longitudinal dos
ombros e da cintura pélvica, em consequência do
movimento dos M.S.
 É mais elevado quando um dos braços passa pela
vertical durante a recuperação, e a mão está a meio do
trajeto propulsivo do lado contrário.
 Indispensável à manutenção do alinhamento;
 Reduz a resistência de forma;
 Facilita a inspiração e a recuperação aérea dos braços.
3.2. Ação dos MS - Entrada:
 Cotovelo em extensão completa;
55
 Braço e antebraço em rotação interna, para facilitar a entrada do dedo
mínimo;
 Palma da mão voltada para fora para permitir entrada pela ponta dos dedos.
Erros mais comuns:
 Mão entra demasiado “dentro” cruzando a linha média do corpo;
 Entrada da mão muito fora da projeção da linha do ombro;
 Mão entra violentamente na água, normalmente pela face dorsal;
 Entrada com o cotovelo fletido;
 Entrada do pulso antes da mão.
3.2. Ação dos MS – trajeto propulsivo:
Ação Descendente Inicial (ADI):
 Fase pouco propulsiva.
 A mão e o antebraço do nadador deslocam-se para baixo e para fora até que o
cotovelo se encontre num plano horizontal mais elevado;
 Após a entrada, o braço e antebraço realizam uma rotação interna até que a
mão fique virada para baixo, para trás e para fora, num trajeto curvilíneo até
uma profundidade de 45 a 60cm, e um afastamento lateral que pode atingir os
60cm.
 Este movimento realiza-se graças à rotação do ombro em torno do eixo
longitudinal do corpo;
 Ao longo desta fase o cotovelo vai fletindo gradualmente, permitindo o
afundamento da mão, que desvia o fluxo de água pela ponta dos dedos até ao
pulso;
56
 No final da ADI o cotovelo deve estar fletido 140 a 150º.
Erros mais comuns:
 Cotovelo caído – consequência da tentativa de puxar a água diretamente para
trás logo após a entrada;
 Deslocar o braço só para baixo e não para baixo e para fora
simultaneamente - pouca ação propulsiva e perturba o alinhamento
horizontal;
 Movimento do braço muito lateral sem deixar afundar o necessário -
provoca um movimento muito lateralizante e pouco propulsivo;
 Mão demasiado horizontal, sem flexão do punho suficiente - provoca um
ângulo de ataque demasiado elevado (resultante orientada para cima);
 Mão demasiado profunda - associada a um rolamento dos ombros demasiado
elevado, promove descontinuidade, dificuldades de sincronização e
aproveitamento propulsivo na fase seguinte.
Ação Ascendente (AA):
Depois de a mão ter atingido o seu ponto mais profundo, executa um trajeto
semicircular para cima e para dentro, até chegar junto da superfície da água. Nesta
altura o antebraço e o braço fazem um ângulo entre si de 90º;
 Durante esta fase a mão roda para cima e para dentro com os dedos
apontados diagonalmente para fora;
 A rotação do ombro permite que a mão permaneça submersa apesar do
alinhamento mão - cotovelo – ombro.
Erros mais comuns:
57
 Mudar a trajetória da mão sem mudar a sua orientação - a mão continuar
virada para baixo no seu percurso ascendente - ângulo de ataque muito
pequeno faz com que a mão "derrape".
 Rodar a mão demasiado para cima e não diagonalmente para cima - ângulo
de ataque demasiado grande, provocando força de arrastamento para cima;
 Cotovelo não flete - trajeto lateral da mão, num plano horizontal
 Flexão exagerada do cotovelo - a mão executa o seu trajeto numa zona
turbulento criada pelo corpo em deslocamento (esteira).
Ação Descendente Final (ADF):
 Consiste no deslocamento da mão para baixo, para trás e para fora através da
extensão do cotovelo, até a mão se encontrar abaixo da bacia;
 Dedos orientados diagonalmente para fora até esta fase terminar;
 No final a palma da mão está apontada para o fundo.
Erros mais comuns:
 Empurrar a água com a mão virada para trás e os dedos apontados para cima;
 Elevação precoce do ombro - diminui o trajeto de aceleração da mão
reduzindo cedo demais a velocidade real da mão, reduzindo a intensidade das
forças criadas;
 Trajeto pouco profundo - pouco aproveitamento propulsivo.
 A mão afunda demasiado - impõe um ponto morto e impede um bom
rolamento dos ombros.
3.2. Ação dos MS:
Ação Ascendente Adicional (AAA):
 Alguns nadadores retiram vantagem, criando força propulsiva suficiente para
aumentar a velocidade de deslocamento do corpo, durante a deslocação do
MS em direção à superfície após a ADF.
3.2. Ação dos MS - Saída:
58
 Redução da pressão da água na palma da mão à medida que esta se aproxima
da coxa;
 A palma da mão roda para dentro, possibilitando o cortar da água com o
polegar voltado para cima reduzindo a resistência;
 A elevação do braço é antecedida pela elevação do ombro respetivo e em
simultâneo com a entrada do braço e ombros contrários (rotação em torno do
eixo longitudinal);
 Esta combinação exige fluidez e continuidade.
Erros mais comuns:
 Saída da mão antes da emersão do ombro – o que bloqueia a normal rotação
do ombro;
 A mão empurra a água para cima - conduz ao afundamento da bacia.
3.2. Ação dos MS – Recuperação aérea:
 A trajetória aérea deve passar por cima do ombro, quaisquer desvios
prejudicam o alinhamento lateral do corpo;
 O cotovelo deve manter-se em extensão, iniciando a rotação interna logo após
a saída da mão da água;
 Quando a mão alcança a vertical (por cima do ombro) a palma da mão deve
estar virada para fora, preparando a entrada da mão na água com
antecedência.
Erros mais comuns:
 Desvios laterais - prejudicam o alinhamento lateral;
 Ausência de rotação interna do braço.
3.3. Ação dos MI:
59
 Estes movimentos são periodicamente lateralizantes, orientam-se
normalmente para dentro ou para fora, acompanhando a rotação do corpo
segundo o eixo longitudinal, buscando a manutenção do alinhamento.
Ação Ascendente (AA):
 Fase mais propulsiva do batimento de pés de Costas;
 Inicia-se pela elevação ativa da coxa para cima em direção à
superfície da água, o joelho flete em consequência da
pressão da água sobre a face anterior deste segmento;
 Segue-se a extensão ativa do joelho quando este está a
atingir o final do seu percurso ascendente. Neste
movimento os pés estão em flexão plantar e rotação
interna, com os dedos apontados para baixo e para dentro;
 Os joelhos não podem ultrapassar a linha de água, por
forma a possibilitar a eficácia do batimento dos pés;
 Esta fase termina com a extensão total e explosiva do
joelho e com a rotação externa do pé.
Erros mais comuns:
 Batimento de pés em “pedalada”, fruto de exagerada flexão da coxa e
extensão incompleta dos M.I;
 Flexão insuficiente do joelho ou da coxa. Movimento rígido com amplitude
reduzida;
 Pé "rígido" em flexão plantar, produz força de arrasto propulsivo dirigida para
baixo, perturba alinhamento horizontal;
 Trajeto do pé cruzado ou em "tesoura” provoca alinhamento lateral deficiente.
Ação Descendente (AD):
 Fase de recuperação;
60
 Membro permanece em extensão;
 Termina com alinhamento na horizontal do joelho com a bacia;
 Fase determinante para a manutenção do equilíbrio horizontal do corpo, e da
bacia alinhada com o tronco, uma vez que cria força de arrastamento
propulsiva orientada para cima.
Erros mais comuns:
 Afundar muito as pernas. Aumenta a resistência ao avanço e prejudica o
alinhamento;
 Flexão do joelho na fase descendente.
3.4. Sincronização dos M.S:
 Permite assegurar a continuidade das ações propulsivas;
 Uma mão entra na água quando a outra está a terminar a
ADF;
 “Quando uma mão está no ponto mais alto da sua
trajetória, a outra terminou a AA, e o cotovelo desta
encontra-se fletido a 90º".
3.5. Sincronização dos M.S e Respiração:
 A colocação permanente dos orifícios respiratórios fora de água facilita a
execução da respiração, no entanto a sua sincronização com o ciclo
respiratório é fundamental para uma boa prestação.
 A inspiração deverá coincidir com a fase de recuperação de um dos braços,
mesmo quando se inspira em cada 2 ou 3 ciclos de braços.
Viragem:
 A técnica de viragem é muito importante, o seu aperfeiçoamento técnico pode
permitir melhorar, em média, 2 segundos por comprimento da piscina, o que
se poderá traduzir em 11.6 s numa prova de 1500m.
 Aproximação à parede;
 Rotação e contacto dos pés c/ a parede;
 Impulso;
 Deslize e reinício do nado.
A. Aproximação à parede:
 Rotação da cabeça e ombros no sentido
do M.S que se encontra mais avançado
até atingir a posição ventral;
 Esta ação deve iniciar-se a uma braçada
61
de distância da parede;
 Recuperação do M.S mais atrasado para iniciar a viragem.
B. Rotação e contacto dos pés com a parede:
 MS propulsionam o corpo para a frente e para baixo,
auxiliados pela ação dos MI que eleva a bacia;
 O corpo executa um rolamento de 180º para a posição
dorsal, devendo encontrar-se numa posição engrupada;
 As mãos juntam-se e mudam a sua direção para realizar
um rápido movimento inverso, para ajudar na rotação;
 O apoio dos MI na parede deverá ser suficientemente
fundo de forma a possibilitar um deslize a uma
profundidade suficiente para evitar a turbulência na
superfície.
C. Impulso:
 M.I fletidos no momento de contacto com a parede, devendo ser a parte
anterior dos pés a contactar e impulsionar a parede;
 O impulso deverá ser forte e rápido, estando o nadador na posição
hidrodinâmica, i. e., com os MS em extensão superior e os restantes
segmentos corporais devidamente alinhados.
D. Deslize e reinício do nado:
 Corpo em extensão, podendo utilizar ação dos MI de mariposa ou de costas
para prolongar o deslize;
62
 O reinício de nado deve ser efetuado próximo da superfície.
Conclusão
63
Com este trabalho fiquei a saber mais coisas sobre a natação como por exemplo a
história da natação, características da natação, provas existentes na natação pura
desportiva, onde se realizam as provas, objetivo das provas, as partidas, provas
individuais, provas de estafetas, segurança nas piscinas, regras a ter numa aula de
natação, equipamento necessário, higiene na piscina, o material existente,
organização da modalidade, condicionantes do homem no meio aquático, as
diferenças entre o meio terrestre vs meio aquático, conceito de natação,
benefícios da natação, composição de um júri, funções dos membros do júri,
características de uma piscina olímpica e as vária técnicas de natação crol, bruços e
costas.

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  • 1. Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva Dossiê da disciplina de Práticas de Atividades Físicas e Desportivas Pedro Miguel Torres Loureiro Ano: 10º, Turma: AGD1, N.º17 Ano letivo 2011/2012
  • 2. 2 Índice: História e curiosidades………………………………………………………..…………………….……5 Recordes Masculinos (estilo livre)………………………………………….…………………….……6 Objetivos deste Módulo: (Parte 1)………………………………………….…………………….……7 No final da Aula de natação tenho de Saber……………………………….………………….……7 Características da natação.……………………………………………………………………….….…8 Provas da Natação Pura Desportiva …………………………………………………………….……9 Local das provas……….………………………………………………………………………………….11 Objetivo das provas.. ……………….…………..……………………………………………………….12 Classificações……..……………………………………………………………………………….………12 Provas individuais…………………………………………………………………………………………12 As partidas……………………………………………………………………………………………….….13 Provas de estafetas…………………………………………….…………………….…………………..13 A aula de natação…………………………………………………………….…………………………..14 As Piscinas……………………………………………………………………………………………….….14 Segurança nas piscinas………………………………………………………………………………….15 Regras da aula de natação…………………………………………………………………………..…15 Alguns aspetos que jamais se deve conseguir……………………..…………………………….15 Higiene na Piscina ………………………………………………………………………………………..16 Equipamento ………………………………………………………………………………………………16 Início da aula………………………………………………………………………………………….…….16 Comportamento ………………………………………………………………………………………….17 Material………………………………………………………………………………………………………17 A matéria- O que é saber nadar……………………………………………………………………….17 Organização da modalidade ………………………………………………………………………….18 Água, utente e saúde……………………………………………………………………………………19 Conforto térmico-utentes………………………………..…………………………………………….19
  • 3. 3 Temperatura da água……………………………………………………………………………………19 Razões que justificam uma adaptação ao meio aquático……………………………………..19 Condicionantes do Homem no Meio aquático……………………………………………………19 Meio terrestre vs Meio aquático………………………………………………………………………20 História da Natação………………………………………………………………………………………21 Conceito de Natação…………………………………………………………………………………….21 Benefícios da Natação………………………………………………………………….……………….22 A Água……………………………………………………………………………………….………………22 Diminuição do risco de doença cardiovascular…………………………………………………..22 Melhoria do processo respiratório……………………………………………………….………….22 Mobilidade articular……………………………………………………………………………………22 Relaxamento mental…………………………………………………………………………….………22 Retarda o envelhecimento…………………………………………………………………….……….23 Em grupos especiais……………………………………………………………………………………..23 Bebés………………………………………………………………………………………………….……..23 Composição de um júri………………………………………………………………………………….24 Funções dos membros do júri……………………………………………………………………..….25 Características de uma Piscina Olímpica…………………………………………………………..28 SW 10 A Prova……………………………………………………………………………………………..30 BL 8 Fatos De Banho………………………………………………………………………..……………31 GR 5 Vestuário………………………………………………………………………………………..……31 SW 4 A Partida……………………………………………………………………………………………..31 SW 4 A Partida (de Costas)…………………………………………………………………………….32 SW 4 A partida………………………………………………………………………………………..……32 SW 11 Cronometragem………………………………………………………………………………….33 Técnica de CROL…………………………………………………………………………………………34 Técnica de Bruços………………………………………………………………………………………44 Técnica de Costas………………………………………………………………………………………52
  • 4. 4 Introdução Este trabalho está a ser realizado pelo aluno Pedro Miguel Torres Loureiro d0 10º ano do Curso Profissional de Apoio à Gestão Desportiva no âmbito da disciplina de Práticas de Atividades Físicas e Desportiva (PAFD). Neste trabalho vou falar sobre a história da natação, características da natação, provas existentes na natação pura desportiva, local das provas, objetivo das provas, as partidas, provas individuais, provas de estafetas, segurança nas piscinas, regras a ter numa aula de natação, equipamento, higiene na piscina, o material existente, organização da modalidade, condicionantes do homem no meio aquático, meio terrestre vs meio aquático, conceito de natação, benefícios da natação, composição de um júri, funções dos membros do júri, características de uma piscina olímpica e as vária técnicas de natação crol, bruços e costas e mais outras coisas que envolvem piscina (natação).
  • 5. 5 História e curiosidades Já na Civilização Sumérica dizia-se: “Se não queres ser analfabeto, terás que saber ler, escrever e nadar”. ... E em 19558, um autor de nome Mead afirmava: “Oxalá não dês movimento à luz até que o menino caminhe ou nade”. Embora na Antiga Grécia (2500-500 A.C.) saber nadar era tão importante como ler, escrever, discorrer (pensar) ou ser livre, no entanto não há registo de provas de Natação nos Jogos Olímpicos Clássicos (2500 A.C.). Existem registos de provas de natação, realizadas em Portugal na década do séc. XX (1900-1999), em rios ou cais de embarque náutico. Em 1896 nos primeiros Jogos Olímpicos (J.O.) da Era Moderna realizadas na cidade de Atenas a Natação foi uma das modalidades que fizeram parte do calendário da prova. Desde essa altura e até hoje a natação esteve sempre presente em todos os Jogos Olímpicos da Era Moderna. Em 1948 Portugal participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos na modalidade de natação. Só em 1948 Portugal participou pela primeira vez numa final de uma prova de Natação classificando-se o nosso atleta. Sabias que: A palavra natação em termos Olímpicos abrange quatro modalidades desportivas aquáticas: o polo-aquático; a natação pura desportiva; os saltos para a água e Natação Sincronizada. O primeiro estilo de nado a aparecer foi a designada técnica de Bruços. E que até é das todas a mais lenta. Que estilo de nado designado também por técnicas de Mariposa, foi o ultimo o surgir. Que a designada técnica de Crol é de todas aquelas onde se pode ser mais rápido. A Natação Sincronizada é a única das modalidades aquáticas englobadas no termo natação que só é praticado pelo sexo feminino! Em 1972 nos Jogos Olímpicos de Munique, um atleta de natação pura desportiva consegui um efeito que até aos nossos dias ainda não foi repetido, conseguiu conquistar num só Jogos Olímpicos sete medalhas de ouro! Esse atleta chama-se Mark Spitz.
  • 6. 6 Também em natação pura desportiva, nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988, um outro nadador consegui um outro feito fantástico, conseguiu conquistar sete medalhas: cinco de ouro; uma de prata e uma de bronze, chamava-se Matt Biondi. A velocidade máxima que um Ser Humano atinge na água é de aproximadamente de 8Km/h! O peixe espadarte atinge a velocidade de 108Km/h. Ian James Thorpe (Australiano), também conhecido por Thorpedo, é um ex- nadador profissional de estilo livre. Ganhou cinco medalhas de ouro Olímpicas. Michael Phelps (norte-americano) é reconhecido pela extraordinária marca de oito medalhas nas Olimpíadas de Atenas 2004, seis delas de ouro e outras duas de bronze. Na final de Pequim 2008, Phelps bateu o recorde de maior número de medalhas de ouro numa só edição das Olimpíadas, conseguindo oito medalhas de ouro (em todas as provas finais que participou), assim superando o recorde de sete medalhas de ouro conquistadas por Mark Spitz na e dição de Munique 1972. Recordes Masculinos (estilo livre) 50 metros – 21.30 segundos – Cesar Filho 100 metros – 47.05 segundos – Eamon Sullivan 200 metros – 1.42.46 segundos – Michael Phelps 400 metros – 3.40.59 segundos – Ian Thorpe 1500 metros – 14.38.92 segundos – Grant Hackets Cesar Filho Eamon Sullivan Michael Phelps Ian Thorpe Grant Hackets
  • 7. 7 Objetivos deste Módulo: (Parte 1) O que é desporto natação; Quais são as suas modalidades; O que é a NPD? Onde se realiza? Quais os diversos estilos de nado? Qual o seu calendário de provas? A aula de natação: Os espaços da aula; As regras básicas para uma boa frequência e aula de natação: As regras de higiene a cumprir; As regras de segurança a cumprir; As regras de uma aula numa piscina. No final da Aula de natação tenho de saber: Que a natação é um conjunto de quatro modalidades desportivas distintas; Que a natação pura desportiva é uma modalidade desportiva individual; Em que locais se pratica; Que a NDP é uma modalidade onde se utilizam quatro tipos de técnicas de nado; Saber identificar as técnicas de nado Crol, Costas, Bruços e Mariposa; Conhecer os diversos grupos de provas que fazem parte do calendário oficial de provas; O comportamento a ter durante esta atividade desportiva: As normas de segurança As normas de higiene O regulamento geral das provas de natação pura; O regulamento de uma piscina.
  • 8. 8 Características da natação Identificação da Modalidade Natação é o termo utilizado de uma forma generalizada para: Quando alguém se quer referir à capacidade que uma dada pessoa tem em conseguir com à vontade, segurança, eficiência e rapidez ao deslocar-se na água; Mas também quando nos referimos a um grupo de atividades desportivas aquáticas Olímpicas… … E, finalmente quando nos queremos referir a uma modalidade desportiva individual, ou seja, onde cada participante procura por si próprio (sozinho) competir contra os outros atletas. Pois bem expliquemos melhor tudo isto! 1. Em termos Olímpicos, natação quer dizer o conjunto das quatro seguintes modalidades desportivas; Natação Pura Desportiva (NPD); Pólo-Aquático; Saltos para a água; Natação Sincronizada. Natação Pura Desportiva Pólo-Aquático Saltos para a água Natação Sincronizada
  • 9. 9 A Natação Pura Desportiva é uma modalidade desportiva individual, ou seja, onde cada praticante procura por si próprio (sozinho) vencer a prova. Quanto à Natação Pura Desportiva como modalidade é constituída por um elevado número de provas diferentes. Provas estas, que podem ser executadas em quatro diferentes tipos de Técnica de Nado (diz-se também Estilos). Provas da Natação Pura Desportiva Livres – 50 metros, 120 metros, 200 metros, 400 metros, 800 metros, 1500 metros, 4x100 metros, 4x200 metros. Costas – 50 metros, 100 metros, 200 metros, 400 metros. Bruços – 50 metros, 100 metros, 200 metros, 400 metros. Mariposa – 50 metros, 100 metros, 200 metros, 400 metros. Estilos – 100 metros, 200 metros, 400 metros, 4x100 metros. Livres Costas Bruços Mariposa Estilos
  • 10. 10 Estas Provas, são classificadas em dois tipos, conforme as suas características, regras e regulamentos que os definem: As provas individuais: Nesta prova, o nadador desperta a modalidade sozinho e pode competir em estilos diferentes e em percursos de 50 metros, 100 metros, 200 metros, 400 metros, 800 metros, 1500 metros. As provas de estafetas: Disputam-se também provas de estafetas, isto é, existem quatro modalidades da mesma equipa que assim que terminem o percurso passam o “testemunho” ao próximo membro da equipa até terminarem a “corrida”. Há provas de estafetas em 4x100 metros, 4x200 metros para estilo livre, e 4x100 metros para estilos.
  • 11. 11 Local das provas A natação é praticada fundamentalmente em 2 tipos de piscinas: Piscinas de 50 metros de comprimento: chamadas também Olímpicas ou Oficiais, e que podem ser cobertas (tapadas), ou descobertas. Piscinas de 25 metros de comprimento: também podem ser cobertas ou descobertas. Em relação a uma piscina deveria saber: Uma pista de 25 ou 50 metros de comprimento; Uma piscina de competição tem oito pistas; Cada pista tem um bloco de partida de onde se realiza a partida do atleta, este bloco situa-se num dos topos da piscina e é exterior à zona da água; As pistas são separadas por cordas chamadas Separadores; No fundo da piscina de cada pista existe em traço continuo para marcar o meio da pista.
  • 12. 12 Objetivo das provas Independentemente de cada desporto ou modalidade, ao praticares Natação terá sempre como objetivo principal procura fazer o melhor possível: Nas corridas de Natação Pura Desportiva, seres o mais rápido possível; Nos jogos, ganhares o mais possível; Nos saltos, saltares o melhor e mais perfeito possível; No Bailado seres o melhor perfeito e sincronizado. Classificações Ao praticares Natação Pura Desportiva, terás sempre como objetivo principal procurar fazer o melhor possível, se possível ganhar. Independentemente de cada tipo de prova e/ou técnica de nado que realizas. A vitória, sempre que conseguires o melhor resultado de todos os praticantes. Para tal ser possível e necessário que conheças e cumpras e regulamentos de cada prova e Estilo ou Técnica de nado em que praticas, assim como saber praticá-las com perfeição. Provas Individuais Definições: As provas individuais são todos aqueles onde tens como objetivo realizar uma distância (percurso) a nadar no mínimo de tempo possível, ou seja, o mais depressa que poderes. Estas corridas podem ser de distâncias: Curtas (25 metros – 100 metros) – Corridas de Velocidade Médias (2oo metros – 400 metros) – Corridas de Meio Fundo Longas (800 metros – 1500 metros) – Corridas de Fundo É em formação da distância, técnica de nado de prova e seu regulamento que deves adaptar.
  • 13. 13 As partidas O juiz de partidas dará um sinal sonoro, para o atleta subir para o bloco de partida; A seguir, o juiz de partida dá uma só voz de partida: “aos seus lugares”; De seguida o juiz dará o sinal de partida (sinal sonoro); Os atletas deverão realizar as corridas sempre dentro da sua pista, se não o fizer, o atleta é desclassificado; Durante a prova, o atleta pode parar, não pode é deslocar-se de outra forma que não seja a técnica referente à prova a que está a nadar e desde que não saia da sua pista. Os atletas só podem iniciar a corrida depois de ser dado o sinal de partida. Se um atleta se mexer ou começar a nadar antes de ser dado este sinal, é considerado uma falta de falsa partida. Provas de estafetas As provas de estafetas são as únicas provas da Natação Pura Desportiva que não são realizadas individuais, mas sim por equipas de quatro atletas. As provas de estafetas, são provas em que cada um dos quatro atletas corre uma parte da prova (a distância a realizar por cada um deles e exatamente igual à dos seus colegas de equipa). Ao contrário do atletismo, na Natação Pura Desportiva, o atleta não transporta qualquer tipo de testemunho durante a sua corrida, terá apenas quando chegar ao final do seu percurso que tocar na parede-testa para que seu colega seja autorizado a partir. Partida de Costas Partida de Frente
  • 14. 14 A aula de natação Como facilmente entendes, as aulas de Natação são totalmente diferentes de todas as outras aulas, por duas razões: 1. Porque, como sabes uma das principais intensões desta disciplina é que faças o maior número de experiências com o teu corpo (diz-se vivências motoras) dentro de um meio a que tu e o teu corpo normalmente não estão habituadas a utilizar; 2. Porque o espaço onde irás trabalhar é totalmente diferente daquele a que estás habituado; chama-se a esses espaços- Piscinas; As Piscinas Existem dois tipos de piscinas onde se podem realizar as aulas de Natação: 1. As piscinas cobertas: São as ideais, pois podem ser utilizadas durante o ano inteiro 2. As piscinas ao ar livre ou descobertas
  • 15. 15 Regras da aula de natação Como já terás percebido, as aulas de Natação é totalmente diferentes das outras, quer no seu início, meio e fim, e nos espaços que utiliza. Terá que se ter então, um comportamento ainda mais organizado. Apresentamos um conjunto de regras (normais) que te vão ajudar a ter uma aula mais agradável e proveitosa. Segurança nas piscinas De todos os locais de aula, a piscina talvez seja a mais perigosa se não for utilizada corretamente e com sensibilidade. O professor necessita de estar atento a todos os perigos da piscina e ser capaz de enfrentar as situações que possam correr. Alguns aspetos que jamais se deve conseguir: Profundidade das extremidades da piscina; Movimentação na piscina; Entrada e saída da água; Nível de ruido; Alarme “falso”; Uso de joias; Unhas compridas; Comer na piscina; Comer antes da aula de natação; Empurrar e afundar o colega; Área de salto; Ausência de relevos ou degraus nas piscinas; Utilização incorreta das escadas das piscinas.
  • 16. 16 Higiene na Piscina Usar sempre calçado apropriado; Usar sempre roupa apropriada; Utilizar a casa de banho antes da aula; Assoar o nariz no local certo; Antes do início da aula passar sempre pelo lava-pés e tomar duche; Não ingerir rebuçados e pastilhas elásticas antes de entrares na piscina; Não fazer aula usando curativos e ligaduras; Não fazer aula se for portador de doenças de pele; Não realizar a aula quando portador de doenças de distúrbios respiratórios; Enxugar-se bem após a aula de Natação; Usar sempre uma touca. Equipamento Equipamento de Aula de Natação: Equipamento de banho Calções de banho; Chinelos; Touca de banho; Toalha; Chinelos; Sabonete e champô. E, caso necessário, óculos de natação. Início da aula Quando se entra para a piscina deve-se: Esperar sempre pela ordem do professor para entrar na água; Só entrar na piscina depois de se passar pelos lava-pés e tomar duche nos chuveiros; Entrar sempre para a piscina pelos locais próprios e sem (nunca) saltar; Entra pelas indicações do professor para o início da atividade; Sem autorização não se deve: Começar a saltar, brincar ou jogar; Falar alto e gritar. Utilizar só o material e equipamento que for destinado.
  • 17. 17 Comportamento Tenta ao longo destas aulas estar ainda mais… Atento às indicações dos funcionários de apoio às instalações; Atento às instruções e materiais dadas pelo professor; Cumprir as tarefas propostas pelo professor. Material Deves: Utilizar apenas o material que te for entregue… Utilizá-lo apenas com a autorização do professor; Utilizá-lo apenas para cumprir as tarefas propostas; No final da aula ajudar a arrumá-lo. A matéria- O que é saber nadar Dizem os especialistas que saber nadar é: … Pois o barulho e a acústica numa Piscina criam mais dificuldades de audição. É ter resolvido no meio aquático o triplo problema: Equilíbrio, Respiração, Propulsão, Imersão e Salto.
  • 18. 18 Ou seja, que possas vir a: Seres capaz de não te afogares; Saber dominar situações imprevistas; Seres capaz de flutuares…?!; Seres capaz de dominares a respiração com eficácia; Estar à vontade na água; Saber evitar a fadiga ao deslocar-se na água segundo um tempo/distancias; Ser capaz de dominar as técnicas de nado; Ser capaz de competir. Para isto, terás que primeiramente conseguir conquistar algumas “habilidades motoras” naquilo que se designa pelo domínio: A imersão; O equilíbrio; A respiração; A propulsão; O salto. Organização da modalidade FINA/LEN/FPN/ASSOC.REG. Organização de um clube Seniores Juniores Agrupamento 1 Agrupamento 2 Agrupamento 3 Pré-competição Escolas de Natação
  • 19. 19 Água, utente e saúde Fatores que facilitam a transmissão de infeções patogénicas nas piscinas: Concentração humana; Promiscuidade humana; Saturação do ar; Atmosférica húmida e quente; Tipo de revestimentos; Estado imunitário do utente; Parâmetros de caracterização e tratamento de água. Conforto Térmico do utente De acordo com a “legislação” em vigor (CNQ 23/93). Temperatura da água Piscinas desportivas – 25±1º Piscinas de aprendizagem/recreio – 27±1º Piscinas infantis – 29±1º Razões que justificam uma adaptação ao meio aquático Atitude habitual do Homem (vertical); Deslocação; Membros superiores/membros inferiores; Rotação da cabeça; Vias respiratórias. Condicionantes do Homem no Meio aquático Proximidade das vias respiratórias (evitar o contacto); Deslocamento (ausência de apoios fixos); Respiração (voluntária).
  • 20. 20 Meio terrestre vs Meio aquático Equilíbrio Vertical Horizontal Cabeça vertical Cabeça horizontal Olhar horizontal Olhar vertical Respiração Nasal Bucal Reflexa Voluntária Inspiração ativa Inspiração automática Expiração passiva Expiração ativa Membros Superiores Equilíbrio Ação propulsiva Membros Inferiores Ação propulsiva Equilíbrio Meio terrestre Meio aquático Meio aquáticoMeio terrestre Meio terrestre Meio aquático Meio terrestre Meio aquático
  • 21. 21 História da Natação A história da natação tem os seus primeiros capítulos no início da história do Homem. Surgiu inicialmente para suprir as necessidades das populações que viviam à beira de lagos e rios. Era usual a pesca ser debaixo de água, que era ainda utilizada em refúgio dos animais selvagens. No Egipto e na Grécia, a natação era já considerada como um desporto fundamental para o bem-estar do corpo, embora ainda não se realizassem competições. Durante a Idade Média a água era encarada com muitos respeitos devido aos espíritos que as populações acreditavam viver nos cursos de água, mas também pelo receio das grandes pragas que assolaram a Europa nesse século e que supostamente eram transmitidas por esse meio. Depois do século XVII, a natação voltou a ser considerada um desporto saudável em especial no Japão. Na Europa, a natação competitiva iniciou-se em 1837, em Londres, quando foram organizadas as cento e noventa e cinco provas nacionais. A primeira competição internacional só se realizou em 1846 em Sidney e desde então as provas têm sido introduzidas. A estreia nos Jogos Olímpicos foi logo em 1896 em Atenas, embora tenha sido apenas reservada para os homens. Inicialmente a modalidade era praticada em rios, mas em 1908 as provas começaram a ser realizadas em piscinas onde as condições eram mais facilitadas para a prática, deste desporto. Em 1912 participam as primeiras nadadoras nos Jogos Olímpicos de Estocolmo. A participação portuguesa nestas competições está reservada para 1924 para Paris, onde participa o nadador Mário da Silva Marques na prova dos 200 metros bruços. A primeira escola de natação no nosso país foi fundada em 1902 na Trafaria, pelo Ginásio Clube Português. O início da natação associativa em Portugal remonta a 1922 quando é fundada a Liga Portuguesa dos Clubes de Natação, embora a Federação Nacional tenha sido criada oito anos depois (1930). Nuno Laurentino regressou à competição em 2005, para retomar uma brilhante carreira, durante a qual foi detentor de mais de 50% de todos os Recordes Nacionais existentes. Considerado o nadador Português mais eclético, foi o primeiro nadador português a baixar de cinquenta segundos nos 100 metros em piscina curta e o primeiro nadador Ibérico a baixar de cinquenta segundos nos 100 livres em Piscina Olímpica. Conceito de Natação Desporto aquático que consiste na deslocação das pessoas através dos movimentos de braços e pernas dentro de água.
  • 22. 22 Benefícios da Natação A natação é um dos desportos mais completos e mais acessíveis a todo o género de pessoas. A Água A água, “matéria-prima” da natação, detém características relaxantes e fautoriza as funções orgânicas, sendo desprovida de efeitos agressivos. Quaisquer que sejam as circunstâncias, idade, sexo ou profissão, salvo em situações de não prescrição médica, toda a gente pode praticar natação, com grandes benefícios param a saúde entendida como um total bem-estar. Diminuição do risco de doença cardiovascular Coração mais forte (formação do músculo); Eliminação de gordura em torno do coração; Estimulação da circulação sanguínea; Redução de frequência cardíaca; Melhoria do processo respiratório Fortalece os músculos da parede torácica. Maior elasticidade dos pulmões (aporta maior quantidade de oxigénio). Mobilidade articular Aumento do tamanho das articulações; Agilidade e lubrificação das articulações; Alívio das dores resultantes de artroses; Acalmia dos sintomas dolorosos – fibromialgia, lordoses, cifoses, etc. Relaxamento mental Aumento da autoestima (normalmente os indivíduos que praticam desporto são mais seguros e independentes); Combate o stress (a enorme concentração necessária para conciliar respiração e movimentos leva a uma sublimação das tensões e problemas do quotidiano); Cariz lúdico (coadjutor do relaxamento mental); A água propícia uma liberdade de movimentos (não comparável a outras atividades secas).
  • 23. 23 Retarda o envelhecimento Físico; Psicológico. Quem pratica exercício com regularidade tem maior aptidão física do que outra pessoa 20 anos mais nova que não faça desporto. Em grupos especiais Deficientes e/ou pessoas portadores de limitação física. A natação proporciona ampliação do potencial do seu organismo como um todo, a par de uma melhoria de autoimagem e uma maior inserção social: Vertente emocional (abandono das cadeiras de rodas, canadianas, aparelhos ortopédicos,…) Autoestima (desfrutas de independência) Bebés Concorre para o desenvolvimento de: Sistema respiratório – maior resistência a doenças e alergias. Musculatura esquelética – normalmente ao nível da coluna vertebral. Psicossocial – relacionamento e contacto com os outros. Cognitivo – música, brincadeira e vocabulário novo. Neuro – motor. Cardio – respiratório.
  • 24. 24 A pirâmide representa a Natação como desporto “mãe”, a base de todas as modalidades e/ou desportos aquáticos e terapias de reabilitação. Composição de um júri Nos Jogos Olímpicos e Campeonatos do Mundo, o número mínimo de membro do júri pela FINA é composto por: Árbitro (1) Supervisor da Sala de Controlo (2) Juízes de Estilos (4) Juízes de Partidas (2) Chefe de Juízes de Viragens (2 – 1 em cada topo da piscina). Para todas as outras competições internacionais, a entidade organizadora pode designar o mesmo número ou um número menor de elementos. Quando não existir aparelhagem automática esta será substituída por um Chefe de Cronometristas, três cronometristas por pistas e dois cronometristas de reforço. Quando não existir aparelhagem automática e/ou três cronometristas por pista, deverão atuar um Chefe de Juízes de Chegadas e um Juiz de Chegada. Lazer Hidroterapia, Hidroginástica Pólo Aquático Natação Sincronizada Saltos para a água Natação
  • 25. 25 Funções dos membros do júri Árbitro (Juiz – Árbitro) Posição: em qualquer lugar que ache mais conveniente. É o responsável máximo pela prova, decidindo todas as questões relacionadas com ela ou questões não previstas nas regras. Faz respeitar todas as Regras e determinações da FINA e regulamento da prova, intervindo na competição, em qualquer momento. Tem o total controlo e autoridade sobre todos os elementos do Júri. Atribuir funções, lugares e dá instruções aos elementos do Júri. Pode nomear substitutos para os ausentes, incapacitados de atuar ou julgados incompetentes. Pode aumentar, se necessário, o número de elementos do Júri. Desclassifica qualquer nadador por toda a infração às regras que observar pessoalmente, ou que lhe for indicada por outro Juiz autorizado. No início de cada prova: 1º Apito (serie curta de apitadelas): convida os nadadores a despirem todas as roupas, exceto a da natação. 2º Apito (apitadela longa): convida os nadadores a subirem para os blocos, ou, para entrarem imediatamente na água (Costas e Estafeta de Estilos). 3º Apito (apitadela longa): convida os nadadores a colocarem-se imediatamente na posição de partida.  Estende o braço: dá indicação ao Juiz de Partidas de que os nadadores passam a estar debaixo do seu controlo.  Só baixa o braço depois da partida ser dada.
  • 26. 26 Juiz de Partidas Posição: num dos lados da piscina, a cerca de cinco metros da parede testa. Tem controlo total sobre os nadadores a partir do momento em que o Árbitro lhos entregar até ao início da prova. Participa ao Árbitro de todo o nadador que:  Demorar a partida.  Desobedecer voluntariamente a uma ordem.  Comportamento menos correto. Mas só o Árbitro poderá desclassificar um nadador por tal demora, desobediência voluntária ou comportamento incorreto. Tem o poder de decidir se a partida foi correta ou não, sujeito apenas à decisão do Árbitro. Juiz de Chamadas Posição: na Câmara de Chamadas. Reúne os nadadores antes de cada prova e entrega-lhes uma ficha. Comunica ao Árbitro se um nadador não estiver presente no momento da chamada. Comunica ao Árbitro qualquer violação relativa a publicidade. Chefe de Juízes de Viragens Posição: no cais de viragens ou no cais de partidas. Assegura que todos os Juízes de Viragens cumprem as suas funções durante a competição. Recebe os boletins dos Juízes de Viragens, se ocorrer alguma infração, e entrega-os imediatamente ao Árbitro. Pode acumular as funções de Juiz de Viragens.
  • 27. 27 Juízes de Viragem Posição: um em cada pista, no cais de viragens ou no cais de partidas, sentados, levantando-se para verem as viragens. Dão conhecimento ao Chefe de Juízes de Viragens de qualquer violação das Regras, em boletim assinado, especificando a prova, o número da pista, o nome do nadador e a infração verificada. No cais de viragens: Certificam-se de que os nadadores cumprem as regras estabelecidas para as viragens, desde o início da última braçada antes do toque e terminando logo que acabou a primeira braçada após a viragem. Nas provas de 800 e 1500 metros, registam o número de percursos completados pelo nadador da sus pista e mantê-lo-á informado do número de percursos que falta completar, mostrando-lhe e devida placa numerada. Certificam-se de que os nadadores cumprem as regras em vigor, desde a partida até à finalização da primeira braçada. Certificam-se de que os nadadores cumprem as regras estabelecidas para as viragens, desde o início da última braçada antes do toque e terminando logo que acabar a primeira braçada após a viragem. Nas provas de 800 e 1500 metros dão um sinal de aviso quando o nadador da sua pista tiver a nadar dois percursos mais de cinco metros até terminar a sua prova. Este sinal deverá ser repetido após a viragem até uma distância de cinco metros. O sinal poderá ser dado por apito ou cometida. Juízes de Estilos Posição: em cada lado da piscina. Asseguram que as Regras relativas ao estilo a ser nadado em determinada prova são respeitadas e observam as Viragens em colaboração com os Juízes de Viragens. Dão conhecimento de qualquer infração ao Árbitro, em boletim assinado, especificando a prova, número da pista, nome do nadador e infração cometida. Nota: não esquecer de observar nos estilos Livre, Costas e Mariposa, após a partida e viragens, se o nadador ultrapassa a distância de quinze metros da parede, totalmente submerso, sem romper a superfície da água com a cabeça.
  • 28. 28 Características de uma Piscina Olímpica Comprimento: 50 metros todas as piscinas olímpicas têm que ter a distância de 50 metros, entre as placas eletrónicas da Aparelhagem Automática. Largura: 25 metros Profundidade (mínima): 2 metros Número de Pistas: 8 pistas. Cada pista terá uma largura de 2,5 metros. Existem dois espaços fora das pistas 1 e 8, com 2,5 metros. Ao todo serão 10 pistas de 2,5 metros. Divisórias: estão estendidos, firmemente esticados, ao longo do comprimento da pista, preso no gancho das paredes, colocados de forma à divisória ficar na superfície da água. Cores das pistas: duas verdes nas pistas 1 e 8; quatro azuis nas pistas 2,3,6 e 7; três amarelas nas pistas 4 e 5; a quinze metros do cais de partida, os flutuadores devem ter uma cor diferente dos restantes – vermelha. Os flutuadores devem ser de cor diferente aos vinte e cinco metros.
  • 29. 29 Numeração das pistas: o bloco de partida deve estar numerado nos quatro lados, bem visível. A pista número 1 será a da direita quando se olha para a piscina do cais de partida, com exceção nas provas de 50 metros que têm início no lado oposto. Os painéis eletrónicos podem ser numerados na parte superior. Temperatura da água: entre 25º a 28º. Bloco de Partida: devem estar firmes e sem efeito mola. Altura em relação à água: 0,5 a 0,75 metros. Medida: largura: 50cm; comprimento: 60cm. Coberto com material antiderrapante. A inclinação não deve ser superior a 10º. Festão de falsas partidas: deve estar suspenso transversalmente sobre a piscina, pelo menos a 1,2 metros acima da superfície da água, em postes colocados a 15 metros à frente do cais de partida. Deve estar preso aos postes por um sistema de desprendimento rápido. O festão deve abranger todas as pistas quando ativado.
  • 30. 30 Indicador de viragem de costas: cabos suspensos transversalmente sobre a piscina, entre 1,8 e 2,5 metros acima da superfície da água, em postes fixados a 5 metros de cada extremo da parede. Placas eletrónicas da Aparelhagem Automática: para uma melhor cronometragem do tempo, instalam-se placas eletrónicas de aparelhagem automática que têm como função cronometrar o tempo e atribuir o lugar ao nadador, consoante o tempo. SW 10 A Prova SW 10.3 – Um nadador terá que permanecer e terminar a prova na mesma pista em que partiu. SW 10.4 – Em todas as provas, um nadador, ao virar terá que contactar fisicamente com a parede da piscina. A viragem deverá ser feita a partir da parede e não é permitido dar impulso ou andar sobre o fundo da piscina. SW 10.13 – Todos os nadadores de uma equipa de estafetas, bem como a respetiva ordem de entrada em competição devem ser indicados antes da prova. Qualquer membro de uma equipa só pode competir uma vez numa prova de estafetas. A composição de uma equipa de estafetas pode ser alterada entre as eliminatórias e as finais de uma prova, desde que os nadadores constem da lista para a prova em questão. A alteração da ordem de entrada em competição, dará origem a desclassificação. Substituições só poderão ser realizadas em situações de emergência e mediante a apresentação de justificativo médico. SW 10.14 – Qualquer nadador que tiver terminado a sua prova ou o seu percurso numa prova de estafetas deve abandonar a piscina o mais rapidamente possível, sem obstruir nenhum outro nadador que ainda esteja em prova. De contrário, o nadador que cometer a falta ou a sua equipa serão desclassificados.
  • 31. 31 BL 8 Fatos De Banho BL 8.2 – Nas competições de natação o nadador deve usar apenas um fato de banho de uma ou duas peças. Nenhum artigo adicional tais como ligaduras, bandas elásticas ou braçadeiras nos braços ou pernas poderão ser considerados como fazendo parte do fato de banho. BL 8.3 – A partir de 1 de Janeiro de 2010 os fatos de banho para os homens não devem passar acima do umbigo ou abaixo do joelho, e para as mulheres, não devem cobrir o pescoço, nem deve prolongar-se além do ombro e abaixo do joelho. Todos os fatos de banho devem ser feitos de matérias têxteis. GR 5 Vestuário GR 5.1 – O vestuário (fato de banho, toucas e óculos) de todos os nadadores deve estar de acordo com a moral e ser apropriado para cada uma das disciplinas não podendo conter qualquer símbolo considerado ofensivo. SW 4 A Partida SW 4.1 – A partida nas provas de Livres, Bruços, Mariposa e Estilos será efetuada por meio de salto. Ao apito prolongado (SW 2.1.5) do Juiz-Árbitro, os nadadores devem subir para o bloco de partida e aí permanecer. À voz de "aos seus lugares", do Juiz de Partidas, devem colocar-se imediatamente em posição de partida, com pelo menos um pé na parte da frente do bloco. A posição das mãos não é relevante. Quando todos os nadadores estiverem imobilizados, o Juiz de Partidas deve dar o sinal de partida.
  • 32. 32 SW 4 A Partida (de Costas) SW 4.2 – A partida para as provas de Costas e Estafetas de Estilos, será efetuada dentro de água. À primeira apitadela longa do Juiz-Árbitro (SW 2.1.5), os nadadores deverão entrar imediatamente na água. À segunda apitadela longa, os nadadores deverão colocar-se, sem demora indevida, na posição de partida (SW 6.1). Quando todos os nadadores estiverem na posição de partida, o Juiz de Partidas dará a voz "Aos seus lugares". Quando todos os nadadores estiverem imóveis, o Juiz de Partidas dará o sinal de partida. SW 4 A Partida SW 4.3 – Nos Jogos Olímpicos, Campeonatos do Mundo e outras provas organizadas pela FINA, o comando "Aos seus Lugares" terá que ser dito em inglês "Take your marks" e o sinal de partida difundido por múltiplos altifalantes, um para cada bloco de partida. SW 4.4 – Qualquer nadador que parta antes do sinal de partida ser dado será desclassificado. Se o sinal de partida soar antes da desclassificação ser declarada, a
  • 33. 33 prova continuará e o nadador ou nadadores serão desclassificados após a prova terminar. Se a desclassificação for assinalada antes do sinal de partida, o sinal não será dado, os restantes nadadores serão mandados para trás e proceder-se-á a nova partida. O árbitro repete o procedimento de partida começando com o apito longo (o segundo de costas), como mencionado em SW 2.1.5. SW 11 Cronometragem SW 11.1 – A Aparelhagem Automática deve ser operada sob a supervisão de Juízes designados. Os tempos registados pela Aparelhagem Automática serão usados para determinar o vencedor, todas as classificações e o tempo atribuído a cada pista. A ordem de chegada e os tempos apurados deste modo terão prioridade sobre todas as decisões dos Cronometristas. No caso de avaria da Aparelhagem Automática, ou se verificar claramente ter havido uma falha da Aparelhagem, ou que um nadador não tenha conseguido fazer funcionar a mesma, os registos dos Cronometristas serão oficiais (SW 13.3). SW 11.3 – Qualquer aparelho para a medição do tempo, utilizado por um elemento do Júri será considerado como um cronómetro. Estes tempos manuais deverão ser tirados por três Cronometristas nomeados ou aprovados pela Federação Nacional do país onde tem lugar a competição. Os tempos manuais deverão ser registados até ao 1/100 de segundo. Quando não for utilizada qualquer Aparelhagem Automática, os tempos manuais serão determinados como se segue: SW 11.3.1 – Se dois dos três cronómetros registarem o mesmo tempo, diferente do terceiro, os dois tempos iguais são o tempo oficial. SW 11.3.2 – Se os três tempos forem diferentes, o tempo oficial será o do cronómetro que registar o tempo intermédio. SW 11.3.3 – Quando se utilizam três cronómetros e um deles não funcionar, o tempo oficial será a média dos outros dois.
  • 34. 34 As 4 Modalidades da Natação Pura Desportiva (NPD) 1. Técnica de CROL Regras de nado: SW 5.1 Estilo Livre significa que numa prova assim designada o nadador pode nadar em qualquer estilo, exceto nas provas de Estilos ou de estafetas de Estilos, em que Livres pode ser qualquer estilo que não seja Costas, Bruços ou Mariposa. SW 5.2 O nadador tem de tocar na parede com qualquer parte do corpo, ao completar cada percurso e na chegada. Crol Costas Bruços Mariposa
  • 35. 35 SW 5.3 Durante toda a prova, alguma parte do corpo do nadador deve romper a superfície da água, exceto na partida e após as viragens, em que será permitido ao nadador estar submerso até uma distância de 15 metros da parede depois da partida e em cada viragem. A esta distância a cabeça deverá ter rompido a superfície da água. 1.1. Posição do corpo  O Corpo deverá adotar a posição hidrodinâmica: elevado, estendido, alinhado, descontraído e natural.  A Cabeça está ligeiramente elevada, com a cara na água e o olhar dirigido para baixo e para a frente.  O Tronco, Anca e Pernas estão horizontais enquanto os pés realizam o batimento.  Qualquer desnível na posição do corpo, aumenta o atrito com a água; este atrito é causado pelo abaixamento das pernas provocado pela elevação da cabeça.  O Rolamento que o nadador faz, aumenta a eficiência do nado e auxilia diretamente no movimento das pernas e dos braços. Funções:  Facilitar a recuperação dos braços;  Realizar uma tração profunda e eficaz;  Respirar de maneira natural, sem elevar a cabeça;  Evitar resistência ao avanço até um 60% (NAVARRO, 1995). Erros mais comuns:  Cabeça escondida ou elevada;  Posição baixa das pernas;  Posição encolhida;  Nado plano: oscilações laterais. 1.2. Ação dos M.S:
  • 36. 36 Em cada braçada existem duas fases: fase propulsiva (tração), abaixo da superfície da água; e fase de recuperação (acima da água). Os M.S. são responsáveis pela propulsão do nado. Têm uma ação alternada e contínua. Entrada; Deslize; Trajeto propulsivo: Ação Descendente (AD); Ação Ascendente (AA); Ação Lateral Inferior (ALI); Saída; Recuperação;
  • 37. 37  Entrada:   À frente da cabeça, entre a linha média do corpo e o ombro;  Braço ligeiramente fletido com o cotovelo alto;  Mão firme, dedos juntos, inclinada ligeiramente para fora. Erros mais comuns:  Pulso fletido;  Mão cruza a linha do corpo;  Mão muito perto da cabeça;  Mão entra com violência na água. Deslize:  À frente da cabeça, entre a linha média do corpo e o ombro;  Braço ligeiramente fletido com o cotovelo alto;  Mão firme, dedos juntos, inclinada ligeiramente para fora. Erros mais comuns:  Pulso fletido;  Execução demasiado rápida;  Extensão insuficiente;  Trajeto da mão não retilíneo. Fase Propulsiva - Ação Descendente (Agarre):  Inicia-se no momento em que o outro braço deixa de exercer pressão na água;  Pulso flete até aos 40º, palma da mão para baixo e ligeiramente para fora;
  • 38. 38  Cotovelo flete para estabilizar a mão. Erros mais comuns:  Rodar a mão para dentro;  Trajeto descendente sem flexão do pulso;  Braço em extensão. Fase Propulsiva - Ação Lateral Interior (Tração):  No ponto mais profundo da mão esta muda de descendente e exterior, para trás, cima e dentro, até atingir a linha média do corpo;  Flexão do cotovelo a 90º, por baixo do ombro;  Aceleração da mão;  Início do rolamento do corpo. Erros mais comuns:  Rodar a mão demasiado cedo para dentro, reduzindo a propulsão;  Orientação da mão incorreta – “derrapagem”. Fase Propulsiva - Ação Ascendente (Empurre):  Aceleração da mão para fora, trás e para cima até se aproximar da parte lateral da coxa;  Ação mais propulsiva onde a velocidade da mão é maior;  Cotovelo em extensão quase completa para preparar a saída;  Descontração do pulso, na parte final. Erros mais comuns:  Tentar empurrar água até à superfície - extensão do cotovelo resulta no afundamento da bacia;  Tentar empurrar a água diretamente para trás. Saída:  Quando as mãos passam a coxa, o cotovelo inicia a
  • 39. 39 saída, arrastando o antebraço e a mão descontraídos;  A mão roda para dentro. Erros mais comuns:  Mão virada para cima, resulta no afundamento da bacia;  Braço em extensão, em prejuízo da fase seguinte e afundamento da bacia. Fase de Recuperação (Aérea):  Cotovelo sai 1º da água, numa posição alta, ligeira rotação do antebraço para fora;  Mão no prolongamento do antebraço, ligeiramente voltada para fora e o mais perto possível da linha média do corpo, em descontração;  Recuperação rápida e descontraída, permite alguma recuperação muscular e facilita o equilíbrio. Erros mais comuns:  Demasiado rápida provoca um desperdício de energia e dessincronização da braçada;  Cotovelo baixo, compromete a entrada da mão na água. Resumo das Fases:  Entrada da mão na água à frente da cabeça, entre a linha média do corpo e o ombro, braço ligeiramente fletido com o cotovelo alto, dedos juntos e mão inclinada ligeiramente para fora;  Extensão completa do braço debaixo de água;  Braço inicia a Fase Propulsiva com flexão do cotovelo a 90º, mão dirigida para trás, até atingir a linha média do corpo;  Mão passa a dirigir-se para fora, para trás e para cima até se aproximar da parte lateral da coxa;  Cotovelo sai em extensão quase completa, numa posição elevada, arrastando o antebraço e a mão descontraídos, e mão no prolongamento do antebraço;  É quando o cotovelo está fletido a 90º (fase propulsiva) que a cabeça efetua uma rotação para esse mesmo lado, para fazer a Respiração!
  • 40. 40 Resumo – Erros mais comuns:  Mão entra muito perto da cabeça;  Mão entra com violência na água;  Extensão insuficiente do M.S na fase do Deslize;  Trajeto descendente sem flexão do pulso;  Braço em extensão;  Na ALI, mão passa linha média do corpo;  Na ALI, orientação da mão incorreta, reduzindo a propulsão;  Na AA, tentar empurrar água até à superfície;  Extensão do cotovelo;  Cotovelo baixo. 1.3. Ação dos M.S: Equilíbrio:  Estabilização da posição do corpo relativamente ao seu alinhamento lateral – compensação das oscilações provocadas pelos movimentos dos braços e da cabeça;  Manutenção dos membros inferiores numa posição alta, manutenção do alinhamento horizontal. Propulsão: 1. Ação ascendente:  Fase de recuperação - extensão da articulação coxo-fémural;  Movimento realizado mantendo o joelho em extensão;  O joelho inicia o movimento descendente ainda antes do pé ter acabado a sua deslocação para cima. 2. Ação descendente:  Fase mais propulsiva;  Movimento parte da articulação coxo-fémural;  O joelho guia o movimento, terminando com uma ação de “chicotada”;  Pé descontraído em flexão plantar;  Trajeto oblíquo: efeito equilibrador. 1.4. Respiração:  Lateral pela boca e pelo nariz;  Feita para o lado em que o braço recupera;
  • 41. 41  Cabeça vira na mesma direção do rolamento corporal;  A velocidade da água cria uma onda e uma cavidade em torno da cabeça que facilita a respiração;  Expiração dentro da água e de forma explosiva. Erros mais comuns:  Respiração incompleta;  Elevar a cabeça fora do eixo do corpo para respirar;  Respiração adiantada;  Respiração atrasada. 1.5. Coordenação M.S – M.I: O número de batimentos por ciclo completo de braços é variável. Geralmente podem observar-se 3 tipos:  Batimento de 6 tempos/ciclo de braços. É o tipo de coordenação que se deve ensinar e aperfeiçoar. Trata-se de cumprir 6 ações descendentes do pontapé (típica das provas de velocidade).  Batimento de 4 tempos/ciclo de braços (usada principalmente em provas de meio fundo).  Batimento de 2 tempos/ciclo de braços. Emprega-se em provas de fundo porque economiza esforço físico. Técnica de Crol- Resumo
  • 42. 42  Viragem:  Contacto com a parede pode ser com qualquer parte do corpo;  Aproximação à parede;  ½ enrolamento e contacto c/ parede;  Impulso e deslize;  Retorno à posição de nado. Aproximação à parede:  Ultimo ciclo gestual, um braço permanece junto à coxa, outro realiza trajeto subaquático;
  • 43. 43  À distância ideal, os 2 braços no alinhamento do corpo, elevação da bacia através de pequeno movimento de golfinho. 1/2 enrolamento e contacto:  Flexão da cabeça/coluna dorso lombar;  Mãos viradas para baixo;  Rotação do eixo transversal situado na articulação Coxofemoral;  Pernas extensão até saírem da água;  Pernas e pés puxados para fora de água, flexão do joelho;  Ligeiro desvio relativamente linha média do corpo;  Contacto com os pés posição dorsal;  Ligeira torção. Impulso e deslize:
  • 44. 44  Pequeno momento de absorção do impacto, inicia-se a extensão explosiva dos membros inferiores;  Posição hidrodinâmica fundamental; Rotação do corpo para a posição ventral;  Perca de velocidade – início do nado; Batimentos de pernas subaquáticos. 2. Técnica de BRUÇOS Regras de nado: SW 7.1 Após a partida e cada viragem, o nadador poderá fazer uma braçada completa até às pernas (braçada subaquática). Uma pernada de golfinho é permitida durante a primeira braçada, seguida de uma pernada de bruços. SW 7.2 Não é permitido perder a posição de bruços em qualquer momento. O ciclo de bruços deve ser uma braçada e uma pernada por esta ordem. Todos os movimentos dos braços devem ser simultâneos. SW 7.3 As mãos devem ser levadas para a frente juntas e em simultâneo. Os cotovelos deverão ser mantidos dentro de água, exceto na última braçada antes
  • 45. 45 da viragem, durante a viragem e na última braçada aquando da chegada. As mãos não devem ser puxadas atrás da linha das ancas, exceto na braçada subaquática. SW 7.4 Durante cada ciclo completo, qualquer parte da cabeça do nadador deve romper a superfície da água. (...) Todos os movimentos das pernas devem ser simultâneos. SW 7.5 Os pés devem estar virados para fora durante a impulsão da pernada. SW 7.6 Em cada viragem e no final da prova, o toque na parede deve ser feito com ambas as mãos simultaneamente, ao nível, acima ou abaixo da superfície da água. 2.1. Posição do corpo  O mais próxima possível da posição hidrodinâmica fundamental. Horizontal e ventral em todo o seu percurso.  Na fase propulsiva dos M.S, o corpo deve adotar uma posição horizontal: bacia perto da superfície da água, ombros em pouca profundidade, pernas no alinhamento do corpo e face debaixo de água até que a fase propulsiva dos M.S esteja quase completa, aí a cabeça sobe à superfície para respirar.  Na recuperação dos M.S, os ombros e a cabeça elevam-se à superfície e a bacia imerge um pouco.  Na fase propulsiva dos M.I, os ombros devem permanecer dentro de água e os braços estendidos.  Na recuperação dos M.I o tronco inclina-se para baixo (da cabeça até aos joelhos), a bacia fica em profundidade e os ombros vão à superfície. 2.2. Ação dos MS: Trajeto propulsivo: Ação Lateral Exterior (ALE)
  • 46. 46 Ação Lateral Interior (ALI) Ação Descendente (AD) Recuperação Ação dos M.S. - Trajeto Propulsivo: Ação Lateral Exterior (ALE):  Fase pouco propulsiva.  Inicia-se no final da recuperação;  O trajeto é para fora e ligeiramente para baixo, com afastamento das mãos uma da outra até que ultrapassem a linha dos ombros. Ação Descendente (AD):  As mãos continuam a circular para baixo e para fora, com flexão do cotovelo perto da superfície da água, até as mãos atingirem o ponto mais fundo do seu trajeto. Ação Lateral Interior (ALI):
  • 47. 47  Inicia-se quando as mãos atingem o ponto mais fundo do seu trajeto propulsivo;  Termina, com os cotovelos debaixo do peito. Recuperação:  Quando as mãos atingem o ponto mais fundo, iniciam o movimento de recuperação;  As mãos juntam-se rapidamente em extensão à frente do corpo, assim como os cotovelos. Ação dos M.S. - Erros mais comuns:  Afastamento insuficiente das mãos - leva ao encurtamento da braçada;  Afastamento exagerado das mãos - provoca atraso no desencadeamento das fases mais propulsivas da braçada;  Cotovelo demasiado baixo - perde-se a possibilidade de a mão ter um bom trajeto para baixo na AD e para dentro e cima na ALI;  Cotovelos passarem para trás da linha dos ombros – impele a mão para trás após a ALE, impedindo o trajeto para baixo e fora na AD e depois para dentro e cima na ALI; retarda o início da recuperação, levando a um trajeto de trás para a frente demasiado grande.
  • 48. 48 2.3. Ação dos MI:  Trajeto propulsivo:  Ação Lateral Exterior (ALE);  Ação Descendente (AD);  Ação Lateral Interior (ALI);  Recuperação Ação dos M.I. – Trajeto Propulsivo: Ação Lateral Exterior (ALE):  Tem início quando as pernas se aproximam da fase final da recuperação;  Os joelhos deverão estar afastados à largura dos ombros e os calcanhares perto das nádegas;  Os pés rodam para fora e para trás, ficando com as plantas orientadas para cima, para fora e para trás, após o que se realiza a extensão dos joelhos. Ação Descendente (AD):  As pernas movem-se para fora, para baixo e para trás, com os pés a apontar para fora e depois para baixo. Ação Lateral Interior (ALI):
  • 49. 49  Após a extensão das pernas os pés ficam com as plantas voltadas uma para a outra à medida que as pernas se juntam. Deslize:  As pernas encontram-se completamente juntas e alinhadas com o tronco;  Este curto deslize, facilita a sincronização dos movimentos M.S/M.I;  Nesta fase decorre a totalidade do trajeto propulsivo dos M.S. Recuperação:  A recuperação inicia-se quando os braços terminam a ALI;  Os calcanhares são rapidamente puxados para cima, em direção às nádegas, através de uma grande flexão dos joelhos. 2.4. R esp iraç ão:  Cabeça sai da água para cima e para a frente, durante a AD dos braços, contribuindo para a elevação dos ombros e da cabeça.  A inspiração deve ocorrer durante a ALI da braçada;  O afundamento dos ombros e da cabeça deve ser quando a recuperação dos braços está prestes a terminar (antes da ALE das pernas).
  • 50. 50 2.5. Coordenação MS-MI:  A velocidade do ciclo da braçada é que determina a velocidade a que se desenrolam os restantes movimentos;  As ações propulsivas dos MS decorrem durante o deslize dos MI. Técnica de BRUÇOS - Resumo Viragem:  Rever regras de nado SW 7.6; Aproximação à parede;  Rotação e contacto dos pés c/ a parede;  Impulso e deslize;  Retorno à posição de nado.
  • 51. 51 A. Aproximação à parede:  O ciclo gestual deve ser feito de modo a que o nadador atinja a parede com os cotovelos em extensão;  A cabeça não deve elevar antes das mãos tocarem na parede da piscina. B. Rotação e contacto dos pés com a parede:  Logo após o contacto com as mãos na parede, o nadador puxa um dos braços para trás e para baixo, ao mesmo tempo que a cabeça e os ombros se elevam e os joelhos são puxados para o peito, fletidos;  Após a rotação do corpo, o braço em contacto com a parede estende-se, os pés são lançados para a parede e a cabeça juntamente com os ombros entram na água após a inspiração.  A mão que fica livre ajuda na rotação do corpo, a outra mão larga a parede antes dos pés entrarem em apoio, e dirige-se para trás e para cima, por fora de água.  Este braço entra de novo para dentro de água, por trás da cabeça no momento do início de impulsão dos M.I, juntando-se ao outro numa posição hidrodinâmica.  O nadador inicia então a rotação em torno do eixo longitudinal, que o colocará numa posição ventral.
  • 52. 52 C. Impulso e deslize:  Os pés devem tocar na parede ligeiramente afastados e bem abaixo da superfície, os joelhos devem estar fletidos.  O ângulo de saída é marcadamente superior, dirigindo o nadador obliquamente para baixo, onde de seguida executa a braçada subaquática. D. Braçada Subaquática:  Rever regras de nado SW7.1;  O deslize deve ser executado até os nadadores atingirem a sua velocidade de nado. Se o deslize for demasiado longo, irão perder velocidade e despender energia para voltar a acelerar o corpo até à velocidade de nado. 3. Técnica de Costas
  • 53. 53 Regras de nado: SW 6.1 Antes do sinal de partida, os nadadores deverão alinhar dentro de água face aos blocos de partida, com ambas as mãos nas pegas dos mesmos. Os pés, dedos incluídos, deverão estar abaixo da superfície da água. É proibido apoiar os pés sobre a caleira ou curvar os dedos dos pés na sua borda; SW 6.2 Ao sinal de partida e após as viragens, os nadadores deverão sair da parede e nadar na posição de costas durante toda a prova, exceto ao executar uma viragem, segundo se determina em SW 6.4. A posição normal de costas pode incluir um movimento de rotação do corpo até, mas não incluindo, os 90º em relação à horizontal. A posição da cabeça é irrelevante; SW 6.3 Durante toda a prova, alguma parte do corpo do nadador deve romper a superfície da água, permitido ao nadador estar completamente submerso durante a viragem, na chegada e até uma distância da parede inferior a 15 metros após a partida e após cada viragem. A esta distância a cabeça já deverá ter rompido a superfície da água. SW 6.4 Durante a viragem, os ombros poderão rodar para além da vertical para bruços, após o que um movimento contínuo de um braço, ou um movimento contínuo e simultâneo dos dois braços pode ser utilizado para iniciar a viragem. Uma vez que o corpo tenha perdido a posição de costas, não poderá haver nenhum movimento de pernas ou braços, que seja independente do movimento contínuo da viragem. O nadador terá que retomar a posição de costas logo que deixe a parede. Durante a viragem, o nadador deverá tocar a parede com qualquer parte do corpo; SW 6.5 Ao terminar a prova, o nadador deve tocar a parede na posição de costas. O corpo pode estar submerso no momento do toque. 3.1. Posição do corpo  O corpo deve manter-se ao longo do ciclo gestual o mais próximo possível da posição hidrodinâmica fundamental.
  • 54. 54  As pernas e as coxas deverão permanecer sempre no interior de uma área delimitada pela projeção da cintura escapular.  Papel equilibrador é assegurado por:  batimentos dos pés (lateralizantes compensatórios);  rolamento dos ombros.  O corpo deve estar o mais alinhado possível perto da horizontal, com uma pequena inclinação de 10 a 15º. Erros mais comuns:  Cabeça muito alta;  Movimento de cabeça para os lados, acompanhando a entrada dos braços na água;  Cabeça excessivamente para trás;  Anca muito baixa. 3.1. Rolamento do corpo  Rotação natural em volta do eixo longitudinal dos ombros e da cintura pélvica, em consequência do movimento dos M.S.  É mais elevado quando um dos braços passa pela vertical durante a recuperação, e a mão está a meio do trajeto propulsivo do lado contrário.  Indispensável à manutenção do alinhamento;  Reduz a resistência de forma;  Facilita a inspiração e a recuperação aérea dos braços. 3.2. Ação dos MS - Entrada:  Cotovelo em extensão completa;
  • 55. 55  Braço e antebraço em rotação interna, para facilitar a entrada do dedo mínimo;  Palma da mão voltada para fora para permitir entrada pela ponta dos dedos. Erros mais comuns:  Mão entra demasiado “dentro” cruzando a linha média do corpo;  Entrada da mão muito fora da projeção da linha do ombro;  Mão entra violentamente na água, normalmente pela face dorsal;  Entrada com o cotovelo fletido;  Entrada do pulso antes da mão. 3.2. Ação dos MS – trajeto propulsivo: Ação Descendente Inicial (ADI):  Fase pouco propulsiva.  A mão e o antebraço do nadador deslocam-se para baixo e para fora até que o cotovelo se encontre num plano horizontal mais elevado;  Após a entrada, o braço e antebraço realizam uma rotação interna até que a mão fique virada para baixo, para trás e para fora, num trajeto curvilíneo até uma profundidade de 45 a 60cm, e um afastamento lateral que pode atingir os 60cm.  Este movimento realiza-se graças à rotação do ombro em torno do eixo longitudinal do corpo;  Ao longo desta fase o cotovelo vai fletindo gradualmente, permitindo o afundamento da mão, que desvia o fluxo de água pela ponta dos dedos até ao pulso;
  • 56. 56  No final da ADI o cotovelo deve estar fletido 140 a 150º. Erros mais comuns:  Cotovelo caído – consequência da tentativa de puxar a água diretamente para trás logo após a entrada;  Deslocar o braço só para baixo e não para baixo e para fora simultaneamente - pouca ação propulsiva e perturba o alinhamento horizontal;  Movimento do braço muito lateral sem deixar afundar o necessário - provoca um movimento muito lateralizante e pouco propulsivo;  Mão demasiado horizontal, sem flexão do punho suficiente - provoca um ângulo de ataque demasiado elevado (resultante orientada para cima);  Mão demasiado profunda - associada a um rolamento dos ombros demasiado elevado, promove descontinuidade, dificuldades de sincronização e aproveitamento propulsivo na fase seguinte. Ação Ascendente (AA): Depois de a mão ter atingido o seu ponto mais profundo, executa um trajeto semicircular para cima e para dentro, até chegar junto da superfície da água. Nesta altura o antebraço e o braço fazem um ângulo entre si de 90º;  Durante esta fase a mão roda para cima e para dentro com os dedos apontados diagonalmente para fora;  A rotação do ombro permite que a mão permaneça submersa apesar do alinhamento mão - cotovelo – ombro. Erros mais comuns:
  • 57. 57  Mudar a trajetória da mão sem mudar a sua orientação - a mão continuar virada para baixo no seu percurso ascendente - ângulo de ataque muito pequeno faz com que a mão "derrape".  Rodar a mão demasiado para cima e não diagonalmente para cima - ângulo de ataque demasiado grande, provocando força de arrastamento para cima;  Cotovelo não flete - trajeto lateral da mão, num plano horizontal  Flexão exagerada do cotovelo - a mão executa o seu trajeto numa zona turbulento criada pelo corpo em deslocamento (esteira). Ação Descendente Final (ADF):  Consiste no deslocamento da mão para baixo, para trás e para fora através da extensão do cotovelo, até a mão se encontrar abaixo da bacia;  Dedos orientados diagonalmente para fora até esta fase terminar;  No final a palma da mão está apontada para o fundo. Erros mais comuns:  Empurrar a água com a mão virada para trás e os dedos apontados para cima;  Elevação precoce do ombro - diminui o trajeto de aceleração da mão reduzindo cedo demais a velocidade real da mão, reduzindo a intensidade das forças criadas;  Trajeto pouco profundo - pouco aproveitamento propulsivo.  A mão afunda demasiado - impõe um ponto morto e impede um bom rolamento dos ombros. 3.2. Ação dos MS: Ação Ascendente Adicional (AAA):  Alguns nadadores retiram vantagem, criando força propulsiva suficiente para aumentar a velocidade de deslocamento do corpo, durante a deslocação do MS em direção à superfície após a ADF. 3.2. Ação dos MS - Saída:
  • 58. 58  Redução da pressão da água na palma da mão à medida que esta se aproxima da coxa;  A palma da mão roda para dentro, possibilitando o cortar da água com o polegar voltado para cima reduzindo a resistência;  A elevação do braço é antecedida pela elevação do ombro respetivo e em simultâneo com a entrada do braço e ombros contrários (rotação em torno do eixo longitudinal);  Esta combinação exige fluidez e continuidade. Erros mais comuns:  Saída da mão antes da emersão do ombro – o que bloqueia a normal rotação do ombro;  A mão empurra a água para cima - conduz ao afundamento da bacia. 3.2. Ação dos MS – Recuperação aérea:  A trajetória aérea deve passar por cima do ombro, quaisquer desvios prejudicam o alinhamento lateral do corpo;  O cotovelo deve manter-se em extensão, iniciando a rotação interna logo após a saída da mão da água;  Quando a mão alcança a vertical (por cima do ombro) a palma da mão deve estar virada para fora, preparando a entrada da mão na água com antecedência. Erros mais comuns:  Desvios laterais - prejudicam o alinhamento lateral;  Ausência de rotação interna do braço. 3.3. Ação dos MI:
  • 59. 59  Estes movimentos são periodicamente lateralizantes, orientam-se normalmente para dentro ou para fora, acompanhando a rotação do corpo segundo o eixo longitudinal, buscando a manutenção do alinhamento. Ação Ascendente (AA):  Fase mais propulsiva do batimento de pés de Costas;  Inicia-se pela elevação ativa da coxa para cima em direção à superfície da água, o joelho flete em consequência da pressão da água sobre a face anterior deste segmento;  Segue-se a extensão ativa do joelho quando este está a atingir o final do seu percurso ascendente. Neste movimento os pés estão em flexão plantar e rotação interna, com os dedos apontados para baixo e para dentro;  Os joelhos não podem ultrapassar a linha de água, por forma a possibilitar a eficácia do batimento dos pés;  Esta fase termina com a extensão total e explosiva do joelho e com a rotação externa do pé. Erros mais comuns:  Batimento de pés em “pedalada”, fruto de exagerada flexão da coxa e extensão incompleta dos M.I;  Flexão insuficiente do joelho ou da coxa. Movimento rígido com amplitude reduzida;  Pé "rígido" em flexão plantar, produz força de arrasto propulsivo dirigida para baixo, perturba alinhamento horizontal;  Trajeto do pé cruzado ou em "tesoura” provoca alinhamento lateral deficiente. Ação Descendente (AD):  Fase de recuperação;
  • 60. 60  Membro permanece em extensão;  Termina com alinhamento na horizontal do joelho com a bacia;  Fase determinante para a manutenção do equilíbrio horizontal do corpo, e da bacia alinhada com o tronco, uma vez que cria força de arrastamento propulsiva orientada para cima. Erros mais comuns:  Afundar muito as pernas. Aumenta a resistência ao avanço e prejudica o alinhamento;  Flexão do joelho na fase descendente. 3.4. Sincronização dos M.S:  Permite assegurar a continuidade das ações propulsivas;  Uma mão entra na água quando a outra está a terminar a ADF;  “Quando uma mão está no ponto mais alto da sua trajetória, a outra terminou a AA, e o cotovelo desta encontra-se fletido a 90º". 3.5. Sincronização dos M.S e Respiração:  A colocação permanente dos orifícios respiratórios fora de água facilita a execução da respiração, no entanto a sua sincronização com o ciclo respiratório é fundamental para uma boa prestação.  A inspiração deverá coincidir com a fase de recuperação de um dos braços, mesmo quando se inspira em cada 2 ou 3 ciclos de braços. Viragem:  A técnica de viragem é muito importante, o seu aperfeiçoamento técnico pode permitir melhorar, em média, 2 segundos por comprimento da piscina, o que se poderá traduzir em 11.6 s numa prova de 1500m.  Aproximação à parede;  Rotação e contacto dos pés c/ a parede;  Impulso;  Deslize e reinício do nado. A. Aproximação à parede:  Rotação da cabeça e ombros no sentido do M.S que se encontra mais avançado até atingir a posição ventral;  Esta ação deve iniciar-se a uma braçada
  • 61. 61 de distância da parede;  Recuperação do M.S mais atrasado para iniciar a viragem. B. Rotação e contacto dos pés com a parede:  MS propulsionam o corpo para a frente e para baixo, auxiliados pela ação dos MI que eleva a bacia;  O corpo executa um rolamento de 180º para a posição dorsal, devendo encontrar-se numa posição engrupada;  As mãos juntam-se e mudam a sua direção para realizar um rápido movimento inverso, para ajudar na rotação;  O apoio dos MI na parede deverá ser suficientemente fundo de forma a possibilitar um deslize a uma profundidade suficiente para evitar a turbulência na superfície. C. Impulso:  M.I fletidos no momento de contacto com a parede, devendo ser a parte anterior dos pés a contactar e impulsionar a parede;  O impulso deverá ser forte e rápido, estando o nadador na posição hidrodinâmica, i. e., com os MS em extensão superior e os restantes segmentos corporais devidamente alinhados. D. Deslize e reinício do nado:  Corpo em extensão, podendo utilizar ação dos MI de mariposa ou de costas para prolongar o deslize;
  • 62. 62  O reinício de nado deve ser efetuado próximo da superfície. Conclusão
  • 63. 63 Com este trabalho fiquei a saber mais coisas sobre a natação como por exemplo a história da natação, características da natação, provas existentes na natação pura desportiva, onde se realizam as provas, objetivo das provas, as partidas, provas individuais, provas de estafetas, segurança nas piscinas, regras a ter numa aula de natação, equipamento necessário, higiene na piscina, o material existente, organização da modalidade, condicionantes do homem no meio aquático, as diferenças entre o meio terrestre vs meio aquático, conceito de natação, benefícios da natação, composição de um júri, funções dos membros do júri, características de uma piscina olímpica e as vária técnicas de natação crol, bruços e costas.