2. Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir
da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos)
infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com
lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por
meio de mucosas. O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a
transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode
variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a
situações de risco. A doença apresenta elevada incidência em determinadas
áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves.
Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária
e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação
e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
3. Leptospirose
Sintomas
São parecidos com os de outras doenças como gripe, febre amarela,
dengue, malária, hantavirose e hepatites. Os principais são: febre, dor de
cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-
perna). Em 10% dos casos, pode ocorrer a forma grave da doença, com o
aparecimento de icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas) por
insuficiência hepática, manifestações hemorrágicas (equimoses,
sangramentos em nariz, gengivas e pulmões) e comprometimento dos rins.
A evolução para o coma e a morte pode ocorrer em cerca de 10% das
formas graves. Os primeiros sintomas aparecem de dois a 30 dias depois do
contato com a contaminação. Na maior parte dos casos, aparece sete a 14
dias após o contato.
4. Leptospirose
Transmissão
A transmissão ocorre, principalmente, através do contato com a água ou
lama de enchentes contaminadas com urina de animais portadores,
sobretudo os ratos. A penetração da Leptospira no corpo, através da pele,
é facilitada pela presença de algum ferimento ou arranhão. Também pode
ser transmitida por ingestão de água ou alimentos contaminados.
5. Leptospirose
Prevenção
Evitar o contato com água ou lama que possam estar contaminados pela
urina de rato. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e
desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha.
Medidas ligadas ao meio ambiente, tais como o controle de roedores,
obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto) e
melhorias nas habitações humanas também ajudam na prevenção.
6. Amebíase
A infecção começa quando se ingere os cistos. Os cistos se abrem, liberando
os trofozoítos que se multiplicam e provocam úlceras no revestimento
intestinal. Ocasionalmente, eles se espalham para o fígado ou outras partes
do corpo. Alguns trofozoítos se tornam cistos que são excretados nas fezes
juntamente com os trofozoítos. Fora do corpo, os trofozoítos frágeis
morrem. No entanto, os cistos resistentes podem sobreviver.
7. Amebíase
Sintomas
A maioria das pessoas infectadas apresenta poucos ou nenhum sintoma. No entanto,
elas excretam os cistos nas fezes e, dessa forma, podem disseminar a infecção.
Os sintomas de amebíase normalmente se desenvolvem ao longo de uma a três
semanas e podem incluir
Diarreia, às vezes com sangue visível nas fezes
Dor abdominal acompanhada de cólicas
Perda de peso e febre
Em casos graves, o abdômen fica dolorido ao toque, e as pessoas podem desenvolver
diarreia grave com fezes que contêm muco e sangue (chamado disenteria). Algumas
pessoas sofrem cólicas abdominais intensas acompanhadas de febre alta. A diarreia
pode levar à desidratação. Pode haver debilitação progressiva do organismo
(emaciação) e anemia em pessoas com infecção crônica.
9. Hepatite infecciosa
Hepatite A: é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma
pessoa para outra; a doença fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente
não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele
e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta
de apetite, urina com cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas. A detecção se
faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se que o
paciente reaja sozinho contra a doença. Apesar de existir vacina contra o vírus
da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento
básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de
lavar sempre as mãos antes das refeições.
11. Hepatite infecciosa
Tratamento:
Não existe tratamento para a forma aguda. Se necessário, apenas para
sintomas como náuseas e vômitos. O repouso é considerado importante pela
própria condição do paciente.
Prevenção:
A melhor estratégia de prevenção da hepatite A inclui a melhoria das
condições de vida, com adequação do saneamento básico e medidas
educacionais de higiene. A vacina específica contra o vírus A está indicada
conforme preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
12. Cólera
A cólera é uma doença que afeta o intestino delgado e é causada pela
bactéria Vibrio cholerae, que entra no organismo de um indivíduo por meio
do consumo de água e de alimentos que foram previamente contaminados
pelo bacilo.
Essa é uma doença relacionada majoritariamente à higiene e ao saneamento
básico sendo que em regiões onde há uma falta de infraestrutura básica,
como redes de esgoto, é comum ter vários casos de cólera assolando a
população local. A cólera é uma condição relativamente grave, que pode
levar o paciente a óbito.
14. Cólera
Sintomas
A cólera nem sempre apresenta sintomas claros e, muitas vezes, tudo o que o paciente
pode apresentar é uma forma de diarreia leve. No entanto, certos casos de maior
gravidade de cólera necessitam de tratamento médico para evitar que eles evoluam e
causem complicações ao paciente. Entre os principais sintomas de cólera, podemos
destacar: diarreia volumosa, fezes líquidas e acinzentadas, náuseas e vômitos, febre
leve, dores e cólicas abdominais, desidratação, letargia, pele seca e sede excessiva,
baixa da pressão arterial, e Cãibra musculares
Tratamento da cólera
Para tratar a cólera, o tratamento consiste na reposição dos líquidos e minerais que são
perdidos na diarreia. Além disso, o paciente pode tomar antibióticos com o objetivo de
matar a bactéria causadora da cólera.
15. Giardíase
A Giardíase é uma infecção do aparelho digestivo causada pelo parasita
Giardia intestinalis.
A sua transmissão é feita através do consumo de alimentos ou ingestão
de água contaminadas por fezes contendo cistos do parasita, sendo
uma doença infecciosa que pode ser transmitida entre pessoas.
Principais Sintomas: dor abdominal, diarreia, febre, náusea, fraqueza
ou perda de peso.
Como é o Tratamento: o tratamento é feito com medicamentos que
combatem o parasita, como Metronidazol ou Tinidazol, indicados pelo
médico.
17. Tracoma
Também chamado de tracoma ocular, tracoma é um tipo de
conjuntivite, ou seja, é uma inflamação da córnea e da conjuntiva,
parte dos olhos.
O tracoma costuma ser crônico, sendo que o olho passa por momentos
de crise aguda, com infecção ativa, e momentos sem sintomas ou
sinais. Essa repetição nas inflamações pode fazer com que cicatrizes se
formem na parte interna da pálpebra. Se essas lesões não forem
tratadas, elas podem causar marcas na córnea e levar o indivíduo
infectado com a doença à cegueira.
19. Tracoma
Sintomas de tracoma
Entre os sintomas de tracoma, podemos destacar: coceira nos olhos,
sensação de que há algo nos olhos, irritação e ardência nos olhos,
lacrimejamento, vermelhidão nos olhos, sensibilidade à luz, olhos
avermelhados e inchados, e pupila dilatada.
Tratamento do tracoma
O tratamento do tracoma é feito por meio de uso de antibióticos
tópicos e orais, que devem ser seguidos à risca para evitar o
fortalecimento da bactéria que causa a doença. A atenção médica é
necessária porque o tracoma é uma condição grave, capaz de causar a
cegueira.
21. Esquistossomose
Período de incubação
Em média, é de duas a seis semanas após a infecção, período que corresponde desde
a fase de penetração e desenvolvimento das cercarias, até a instalação dos vermes
adultos no interior do hospedeiro definitivo.
Período de transmissibilidade
A transmissão da esquistossomose não ocorre por meio do contato direto, homem→
doente→ homem suscetível. Também não ocorre “auto-infecção. O homem
infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir de 5 semanas após a
infecção e por um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos.
Os hospedeiros intermediários começam a eliminar cercarias após 4 a 7 semanas da
infecção pelos miracídios. Os caramujos infectados eliminam cercarias por toda a
vida, que é aproximadamente de um ano.
22. Esquistossomose
Sintomas
A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma
mansoni, cujas formas adultas habitam os vasos mesentéricos do hospedeiro
definitivo (homem) e as formas intermediárias se desenvolvem em caramujos
gastrópodes aquáticos do gênero Biomphalaria. Trata-se de uma doença,
inicialmente assintomática, que pode evoluir para formas clínicas extremamente
graves e levar o paciente a óbito. A magnitude de sua prevalência, associada à
severidade das formas clínicas e a sua evolução, conferem a esquistossomose uma
grande relevância como problema de saúde pública.
A maioria dos portadores são assintomáticos. No entanto, na fase aguda, o paciente
infectado por esquistossomose pode apresentar diversos sintomas, como: Febre,
Dor de cabeça, Calafrios, Suores, Fraqueza, Falta de apetite, Dor muscular, Tosse,
Diarreia.
23. Esquistossomose
A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo
trematódeo Schistosoma mansoni, cujas formas adultas habitam os
vasos mesentéricos do hospedeiro definitivo (homem) e as formas
intermediárias se desenvolvem em caramujos gastrópodes aquáticos
do gênero Biomphalaria. Trata-se de uma doença, inicialmente
assintomática, que pode evoluir para formas clínicas extremamente
graves e levar o paciente a óbito. A magnitude de sua prevalência,
associada à severidade das formas clínicas e a sua evolução, conferem
a esquistossomose uma grande relevância como problema de saúde
pública.
24. Malária
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por
protozoários do gênero Plasmodium transmitidos pela picada da fêmea
infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como
mosquito-prego. É uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz,
simples e gratuito. Entretanto, a doença pode evoluir para suas formas
graves se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e
adequada. No Brasil, a maioria dos casos de malária concentram-se na
região Amazônica.
26. Malária
Sintomas
Os sintomas da malária são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e
dor de cabeça (que podem ocorrer de forma cíclica). Há pessoas que,
antes de apresentarem tais manifestações, sentem náuseas, vômitos,
cansaço e falta de apetite.
Transmissão
A malária é transmitida por meio da picada de fêmeas do mosquito
Anopheles infectadas pelo protozoário Plasmodium. O período de
incubação da malária varia de acordo com a espécie de plasmódio. A
malária não pode ser transmitida pela água.
27. Febre Amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por
um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de
transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de
floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos
transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a
pessoa. A febre amarela tem importância epidemiológica por sua
gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas
infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.
29. Febre Amarela
Sintomas
As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor
de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da
doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias),
quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados),
manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem
e adquire imunização permanente contra a febre amarela.
Tratamento
Para eliminar o mosquito adulto, em caso de epidemia de dengue ou febre amarela, deve-
se fazer a aplicação de inseticida através do "fumacê”. Além disso, devem ser tomadas
medidas de proteção individual, como a vacinação contra a febre amarela, especialmente
para aqueles que moram ou vão viajar para áreas com indícios da doença. Outras medidas
preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o
corpo.
30. Elefantíase
A elefantíase é uma condição também chamada de filariose linfática, causada
por um parasita transmitido pela picada de um mosquito, levando a uma
inflamação no sistema linfático, fazendo com que o paciente desenvolva um
grande inchaço (também conhecido como edema) em seus membros e em
pontos como os seios e a bolsa escrotal.
O inchaço causado pela elefantíase é tão grande que pode ser incapacitante e
impedir que o paciente viva uma vida normal, já que seus movimentos acabam
sendo limitados.
A principal causa da elefantíase é a exposição a diferentes tipos de vermes,
dentre os quais podemos destacar o Wuchereria. Esse verme é encontrado em
um mosquito e, uma vez que ele pica um indivíduo, é capaz de invadir sua
corrente sanguínea, chegando aos diferentes pontos do corpo humano.
32. Elefantíase
Sintomas
Acúmulo anormal de líquido nas pernas e nos braços, além de pontos como os
testículos e seios, aumento de tamanho anormal e acelerado nos seios e nos
testículos, febre, dor de cabeça, dor muscular, calor e vermelhidão nos
membros inferiores, coceira na pele, mal-estar generalizado.
Tratamento
A elefantíase tem cura. Essa condição é tratada por meio de medicamentos que
matam o verme que a causa. Também podem ser usados analgésicos, além de
técnicas que melhoram a drenagem do corpo, como o aumento do consumo de
água e o uso de meias de compressão, além da aplicação de gelo. No entanto,
caso o tratamento demore para ser aplicado no paciente, ele pode acabar por
desenvolver sequelas permanentes da elefantíase em seu corpo.
33. Poliomielite
A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma
doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar
crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com
secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não
paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias
musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
Os sinais e sintomas da poliomielite variam conforme as formas
clínicas, desde ausência de sintomas até manifestações neurológicas
mais graves. A poliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte,
mas a maioria das pessoas infectadas não fica doente e não manifesta
sintomas, deixando a doença passar despercebida.
34. Poliomielite
Os sintomas mais frequentes são:
Febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e no corpo, vômitos, diarreia,
constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca, meningite
Na forma paralítica ocorre:
Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre, assimetria
acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais frequência os
inferiores, flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na
área paralisada, Sensibilidade conservada, persistência de paralisia residual
(sequela) após 60 dias do início da doença.
Tratamento
Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser
hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro
clínico do paciente.