2. Tabagismo
O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela
dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco, estando
por isso inserido na Classificação Internacional de Doenças (CID10) da
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nos mercados nacional e internacional há uma variedade de itens
derivados de tabaco que podem ser usados de diversas formas: fumado,
inalado, aspirado, mascado ou absorvido pela mucosa oral. Todos contêm
nicotina, causam dependência e aumentam o risco do desenvolvimento
de doenças crônicas não transmissíveis (DNCT). No Brasil, a forma
predominante do uso do tabaco é o fumado.
3. Doenças relacionadas ao tabagismo
O tabagismo ativo e a exposição passiva à fumaça do tabaco estão relacionados ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 enfermidades, dentre as quais vários
tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite
crônica, asma, infecções respiratórias) e doenças cardiovasculares (angina, infarto
agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral,
tromboses). Há ainda outras doenças relacionadas ao tabagismo: úlcera do
aparelho digestivo; osteoporose; catarata; patologias buco-dentais; impotência
sexual no homem; infertilidade na mulher; menopausa precoce e complicações na
gravidez.
4. Enfisema pulmonar
Descrição: O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa, que
geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos
tecidos do pulmão devido ao cigarro e outras toxinas no ar.
Causa: Fumar cigarro é a causa principal. Acredita-se também que a
exposição à poluição atmosférica e inalação de fumaça de cigarro e
detritos no trabalho sejam fatores que contribuem para enfisema
pulmonar.
5. Enfisema pulmonar
Prevenção: Não fumar.
Sintomas: O principal sintoma de enfisema é a falta de fôlego ou a sensação de não
estar inalando ar suficiente. A pessoa pode visitar o médico inicialmente porque
sentiu falta de ar durante uma atividade, mas à medida que a doença progride esse
sintoma pode ficar presente todo o tempo. Tosse, respiração difícil, e produção
crônica de muco são outros sintomas comuns.
Tratamento: Há várias opções de tratamento que podem ajudar pacientes com
enfisema, porém o passo mais importante é parar de fumar.
6. Bronquite crônica
Definição A bronquite crônica, juntamente com o enfisema pulmonar e a asma
brônquica, faz parte de um grupo de enfermidades conhecido como doenças
pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). O ponto comum entre elas é a obstrução
crônica dos brônquios, com limitação ao livre fluxo de ar pelo pulmão.
7. Bronquite crônica
Causa A bronquite crônica é causada pela inflamação da membrana mucosa (fina camada de
tecido com a característica de produzir uma secreção, chamada muco - conhecido como
catarro) que reveste internamente a chamada árvore brônquica – parte do corpo
correspondente aos brônquios e suas subdivisões. A inflamação induz o aumento na
produção de muco e à conseqüente diminuição no fluxo do ar dos brônquios para os
pulmões. Isso pode ser percebido como um chiado no peito. A expectoração torna-se
abundante, espessa, amarelada ou esverdeada, e fétida. Muitas pessoas estão sujeitas a
breves ataques de bronquite aguda durante os resfriados mais severos. No entanto, a doença
só é caracterizada como crônica quando ocorre tosse produtiva – ou seja, com expectoração
– durante a maioria dos dias do mês, por três meses ao ano, ao longo de pelo menos dois
anos consecutivos. A incidência de bronquite crônica é maior entre homens com mais de 40
anos de idade. Intimamente relacionado ao tabagismo, o mal também pode atingir não-
fumantes que mantenham contato permanente com poeira, fumaça ou poluição intensa –
exposto às mesmas condições, contudo, um tabagista tende a apresentar um quadro clínico
bem mais grave. A doença pode ainda preceder ou acompanhar o enfisema pulmonar.
8. Bronquite crônica
Diagnóstico
Em geral, o diagnóstico se baseia no exame físico e no histórico clínico relatado
pelo paciente. A radiografia simples do tórax e a espirometria (também
conhecida como prova de função pulmonar, ela é realizada com um aparelho
chamado espirômetro, que mede o volume de ar inspirado e expirado pelo
paciente)., constituem exames auxiliares de diagnose. Por meio deles, pode-se
ter uma ideia do grau de comprometimento dos pulmões pela bronquite
crônica.
9. Bronquite crônica
Sintomas A doença não começa de uma hora para outra, mas é resultado de
um processo. Surge inicialmente como um "resfriado mal curado": a pessoa
continua a tossir e a produzir grandes quantidades de muco ao longo de várias
semanas. Esse problema costuma ser atribuído apenas ao cigarro, já que, em
sua maioria, os portadores de bronquite crônica fumam. Conforme o tempo
passa, os tais "resfriados" passam a prejudicar cada vez mais os pulmões. Aos
poucos, os períodos de tosse e expectoração tornam-se mais longos até que,
sem perceber, a pessoa passa a ter tosse produtiva constante – antes, durante e
depois dos "resfriados". Tais sintomas se manifestam com mais freqüência no
período da manhã e durante o inverno.
10. Bronquite crônica
Prevenção
Evitar o tabagismo é a medida número um para qualquer pessoa manter-se
afastada da bronquite crônica. Quanto aos profissionais que desenvolvem seu
trabalho em ambientes inadequados, com poeira e fumaça, a única prevenção
possível está no uso de equipamentos de proteção, como máscaras com filtros
especiais. Nos casos de trabalhadores já afetados pela doença, o afastamento do
serviço pode ser imperativo. A vacinação contra os vírus da gripe e da pneumonia
pneumocócica pode auxiliar na prevenção das infecções pulmonares. Vale a pena
também adotar uma rotina saudável, com dieta equilibrada, ingestão adequada de
líquidos e a prática de exercícios físicos regulares.
11. Bronquite crônica
Tratamento
A primeira providência consiste em reduzir ou eliminar fatores que possam causar
irritação das vias aéreas. Deixar o tabagismo é indispensável: o quadro clínico e
funcional do paciente apresenta acentuada melhora quando ele abandona o vício.
Convém, ainda, evitar ambientes com altos índices de poluição.
12. Asma
O cigarro é considerado um dos principais gatilhos para a asma, ou
seja: pode piorar e muito o problema ou despertar os sintomas.
Segundo a SBPT, alguns gatilhos apenas pioram os sintomas, outros
pioram também a inflamação dos brônquios. E o cigarro é capaz de
fazer as duas coisas. Para se ter uma ideia do potencial de risco, uma
pessoa asmática não precisa sequer fumar para sentir os efeitos do
tabaco. Basta estar no mesmo ambiente que um ou mais fumantes. A
asma (também conhecida como “bronquite asmática” ou como
“bronquite alérgica”) é uma doença que acomete os pulmões,
acompanhada de uma inflamação crônica dos brônquios (tubos que
levam o ar para dentro dos pulmões).
13. Asma
Sintomas:
Caracteriza-se por um processo que afeta todo o organismo e não
somente as vias aéreas inferiores, que aumentam a produção de
secreções e prejudicam a passagem de ar. O asmático tem tosse
freqüente, prolongada, geralmente durante a noite, nem sempre com
catarro; chiado, cansaço, opressão no peito com dificuldade para
respirar. Esses sintomas podem aparecer juntos ou ocorrer
isoladamente. A existência de tosse crônica ou falta de ar ao praticar
exercícios físicos podem ser sintomas de asma.
14. Asma
Diagnóstico:
Pela história que o paciente conta para o médico e por observações
feitas durante o exame clínico, tais como: chiado, tórax
exageradamente cheio de ar, presença de rinite alérgica (espirros
repetidos, nariz escorrendo, entupimento e coceira do nariz, que pode
ser intensa) e existência de familiares com doenças alérgicas e asma.
Exames para alergia e provas de função respiratória auxiliam no
diagnóstico.
15. Asma
Tratamento:
Baseia-se nas medidas de higiene do ambiente, uso de medicamentos
e vacinas para alergia. A maioria dos pacientes com asma é tratada com
dois tipos de medicação: (1) medicação chamada controladora ou de
manutenção, que serve para prevenir o aparecimento dos sintomas e
evitar as crises de asma e, (2) medicação de alívio ou de resgate, que
serve para aliviar os sintomas quando houver piora da asma. As
medicações controladoras reduzem a inflamação dos brônquios,
diminuem o risco de crises de asma e evitam a perda futura
da capacidade respiratória. O uso correto da medicação controladora
diminui muito ou até elimina a necessidade da medicação de alívio.
16. Doenças cardiovasculares
Se não bastasse os estragos aos pulmões e a estreita relação com o
aparecimento de câncer, o tabagismo também figura entre os vilões quando o
assunto é doenças cardiovasculares. O cigarro é um dos maiores agressores do
endotélio – aquela parede de células que recobre os vasos sanguíneos. Essa
ação interfere com a produção de uma substância protetora conhecida como
óxido nítrico e faz como que as artérias fiquem mais vulneráveis ao acúmulo de
gordura. Há também uma interferência no mecanismo de contração e
relaxamento, o que resulta numa maior dificuldade para o sangue circular. A
fumaça do cigarro contrai os vasos capilares dos pés e das pernas e, um único
cigarro, já é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo. A cada
tragada, ocorre um endurecimento das artérias do fumante, fazendo com que o
coração trabalhe mais intensamente
17. Úlcera do aparelho digestivo
A úlcera péptica é uma ferida no revestimento do estômago ou
duodeno - o início do intestino delgado. Menos comumente, uma
úlcera péptica pode desenvolver-se logo acima do estômago, no
esôfago, o tubo que liga a boca ao estômago.
A úlcera péptica no estômago é chamada de úlcera gástrica. Aquela
que ocorre no duodeno chama-se úlcera duodenal. As pessoas podem
ter úlceras gástricas e duodenais, ao mesmo tempo. Também podem
desenvolver úlceras pépticas mais de uma vez em sua vida.
18. Úlcera do aparelho digestivo
Quais são os sintomas da úlcera péptica?
Desconforto abdominal é o sintoma mais comum de úlceras gástricas e
duodenais. Sentida em qualquer lugar entre o umbigo e o esterno, este
desconforto geralmente: é uma dor enjoada ou em queimação ocorre quando o
estômago está vazio - entre as refeições ou durante a noite pode ser aliviada
por pouco tempo com a ingestão de alimentos no caso de úlceras duodenais ou
tomando antiácidos, em ambos os tipos de úlceras dura minutos ou horas vem
e vai por vários dias ou semanas
Podem haver outros sintomas, como: perda de peso, falta de apetite,
estufamento, arrotos, náuseas, vômitos
Algumas pessoas podem não sentir qualquer sintoma ou somente sintomas
leves.
19. Úlcera do aparelho digestivo
Sintomas de Emergência
Uma pessoa que tenha qualquer um dos seguintes sintomas deve chamar um
médico imediatamente: dor de estômago aguda, acentuada, súbita e persistente
fezes sanguinolentas ou pretas vômito com sangue ou que parece com borra de
café.
Estes sintomas “de alarme” podem ser sinais de um problema sério, como:
hemorragia: quando o ácido ou a úlcera péptica rompem um vaso sanguíneo
perfuração: quando a úlcera péptica penetra completamente através do estômago
ou a parede duodenal
obstrução: quando a úlcera péptica bloqueia a passagem da comida para deixar o
estômago
20. Úlcera do aparelho digestivo
Como é tratada a úlcera péptica
A úlcera péptica causada pelo H. pylori é tratada com medicamentos
que matam a bactéria, reduzem a acidez do estômago e protegem o
revestimento do estômago e duodeno.
21. Os seguintes tipos de câncer estão associados ao tabagismo
• Leucemia mieloide aguda
• Câncer de bexiga
• Câncer de pâncreas
• Câncer de fígado
• Câncer do colo do útero
• Câncer de esôfago
• Câncer nos rins
• Câncer de laringe (cordas vocais)
• Câncer de pulmão
• Câncer na cavidade oral (boca)
• Câncer de faringe (pescoço)
• Câncer de estômago
22. Alcoolismo
Embora o consumo de bebidas alcoólicas faça parte da vida social de
muitas pessoas, os excessos podem trazer muitas complicações para a
saúde. Cerca de 10% da população brasileira sofre com esse
problema.O álcool pode trazer consequências físicas e psicológicas, e
muito se engana quem pensa que elas se restringem ao dependente
alcoólico em si.
23. O que é alcoolismo
Uma das principais dúvidas que podem passar pela cabeça de quem
consome bebidas alcoólicas é se o ato de beber representa a definição de
alcoólatra. Para responder a isso, precisamos compreender, antes de mais
nada, o que é alcoolismo.
Podemos caracterizar o alcoolismo como a necessidade de ingerir bebidas
alcoólicas e a dificuldade de entender “a hora de parar”. A pessoa alcoólatra
também costuma ter tolerância ao álcool e, por esse motivo, consome
maiores quantidades para experimentar os efeitos das bebidas.
Sendo assim, a diferença entre o consumidor de álcool e o alcoólatra é a
relação com a bebida e a capacidade de se controlar ao beber.
24. Qual a diferença entre etilismo e alcoolismo
Além de entender o que é alcoolismo, é importante saber que essa palavra é um
sinônimo de “etilismo”. Muitas pessoas acreditam que são coisas diferentes, mas
são apenas nomes distintos para a mesma condição.
O etilista — ou alcoólatra — é o indivíduo que possui essa relação de necessidade
do álcool e falta de controle com a bebida. Consequentemente, consome grandes
quantidades de bebidas alcoólicas em um curto espaço de tempo.
Ele poderá ser considerado um etilista social ou crônico, a depender dos seus
sintomas. Mas, independentemente do grau de etilismo ao qual se encontra o
indivíduo, buscar ajuda é fundamental para combater o alcoolismo e os efeitos
negativos que ele provoca na vida do paciente e daqueles que convivem com ele.
25. Doenças causadas pelo alcoolismo
As doenças emocionais também figuram na lista das complicações decorrentes do
alcoolismo. No Brasil, alguns estudos associam esses males ao consumo de álcool,
como também de outras drogas. Entre os distúrbios de ordem psicológicas mais
comuns entre os consumidores de álcool estão a ansiedade e a depressão.
Desnutrição Principalmente na adolescência, o consumo de substância alcoólica
causa à redução da capacidade de absorção e afeta negativamente o
desenvolvimento nutricional. Assim, o alcoolismo na adolescência repercute
bastante no estado alimentar desse grupo, exatamente nessa fase em que as
necessidades nutricionais são mais elevadas. Devido à grande toxicidade, o álcool
tem potencial para lesar órgãos nobres que compõem o trato gastrointestinal e,
consequentemente, comprometer funções do fígado e do estômago, por exemplo.
Como o etanol afeta também a metabolização dos nutrientes, esses prejuízos
nutricionais ocorrem em qualquer idade.
26. Doenças causadas pelo alcoolismo
Hepatite alcoólica
Essa é uma doença inflamatória e que causa severa degeneração no fígado.
Geralmente, esse tipo de hepatite é considerado uma pré-cirrose e se desenvolve
mediante o consumo excessivo de álcool e por longos períodos de tempo.
Cirrose
A cirrose é classificada como uma das piores consequências do alcoolismo, pois ela
pode causar lesões hepáticas irreversíveis. A ingestão frequente de bebidas
alcoólicas afeta diretamente todas as funções do fígado. Com o tempo, a perda
gradativa das funções contribui para a evolução da cirrose para o estado crônico,
que pode levar ao óbito.
27. Doenças causadas pelo alcoolismo
Gastrite A gastrite é caracterizada por uma inflamação que resulta em grande
desconforto, dor e deixa a pessoa com dificuldade para alimentar-se. Ainda que
seja em pequenas quantidades, as bebidas alcoólicas irritam a mucosa do
estômago à medida que tornam o local muito mais ácido.
Com isso, sob a ação da toxicidade do álcool surgem constantes desconfortos na
região superior do abdome. Além disso, outros sintomas como náuseas, vômitos,
cefaleias e diarreias podem estar presentes.
Doenças emocionais
As doenças emocionais também figuram na lista das complicações decorrentes do
alcoolismo. No Brasil, alguns estudos associam esses males ao consumo de álcool,
como também de outras drogas. Entre os distúrbios de ordem psicológicas mais
comuns entre os consumidores de álcool estão a ansiedade e a depressão.
28. Doenças causadas pelo alcoolismo
Comprometimento do cérebro
Um dos sintomas cerebrais mais comuns em pessoas com vício em álcool é a
Demência Alcoólica. Esse quadro é provocado pelo consumo excessivo de álcool e
também figura entre as complicações mais preocupantes em relação ao hábito de
beber.
Entre os principais agravos à saúde destacam-se o comprometimento do raciocínio
e memória, dificuldade de aprendizagem e de outras funções cerebrais. Qualquer
alcoolista que beba quantidades excessivas de álcool por longos períodos de tempo
incorrem no risco de desenvolver esse tipo de demência.