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Resíduos de serviço de saúde e lixo hospitalar.pptx
1. Resíduos de serviço de saúde e
lixo hospitalar
Profª Enfª Raquel Olimpio Silva
2. Lixo ou resíduo hospitalar
O lixo hospitalar, também chamado de resíduo hospitalar e de Resíduo de
Serviços de Saúde (RSS), é todo tipo de lixo proveniente do atendimento a
pacientes ou de qualquer estabelecimento de saúde ou unidade que execute
atividades de natureza de atendimento médico, tanto para seres humanos
quanto para animais, assim como também pode ser encontrado em centros de
pesquisa e laboratórios de farmacologia.
Seja qual for a origem ou tipo, o RSS deve ser feito seguindo regras específicas
que evitem a contaminação.
3. Resíduo hospitalar
O resíduo hospitalar pode representar risco à saúde humana e ao meio
ambiente se não houver adoção de procedimentos técnicos adequados no
manejo dos diferentes tipos de lixo gerados. Alguns exemplos de lixo
hospitalar são: materiais biológicos contaminados com sangue ou patógenos,
peças anatômicas, seringas e outros materiais plásticos; além de uma grande
variedade de substâncias tóxicas, inflamáveis e até radioativas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu regras nacionais
sobre acondicionamento e tratamento do lixo hospitalar gerado. O objetivo da
medida é evitar danos ao meio ambiente e prevenir acidentes que atinjam
profissionais que trabalham diretamente nos processos de coleta seletiva do
lixo hospitalar, bem como no armazenamento, transporte, tratamento e
destinação desses resíduos.
4. Resíduo hospitalar
A geração de resíduos esta interligada aos procedimentos desenvolvidos pelas
equipes de enfermagem, como o preparo e a administração de medicamentos e
assistência aos pacientes. Sendo assim, aperfeiçoar o profissional, com vistas a
uma melhor gestão destes resíduos é o melhor caminho para evitar
contaminação do ambiente hospitalar e para a saúde de todos os envolvidos no
processo.
5. Como é feito este descarte
Deve ser feito de maneira adequada, visto a quantidade de bactérias e vírus
(resíduos infectantes) que apresentam os quais podem levar ao contágio de
doenças infecciosas. Além disso, os remédios contêm sustâncias tóxicas e
radioativas que podem contaminar e alterar
A qualidade do solo e a água. Lembrando que, mesmo em casa, não devemos
descartar os medicamentos vencidos, pois segundo a coleta seletiva eles são
levados aos aterros sanitários, o que pode prejudicar a vida das Pessoas que
coletam o lixo, bem como contaminar a área.
Para tanto, seu destino deve ser realizado mediante uma coleta de lixo
hospitalar própria e realizada por caminhões específicos que os levam aos locais
para incineração, ou seja, para serem queimados em altas temperaturas. Além
da incineração, alguns casos são realizados o aterramento e a radiação.
6. Tipos de lixo hospitalar
De acordo com a Resolução RDC nº 33/03, os resíduos hospitalares são
classificados como:
Grupo A (potencialmente infectantes) – que tenham presença de agentes
biológicos que apresentem risco de infecção. Ex.: bolsas de sangue
contaminado;
Grupo B (químicos) – que contenham substâncias químicas capazes de causar
risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas características
inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade. Por exemplo,
medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e
substâncias para revelação de filmes de Raio-X;
7. Tipos de lixo hospitalar
• Grupo C (rejeitos radioativos) – materiais que contenham radioatividade em
carga acima do padrão e que não possam ser reutilizados, como exames de
medicina nuclear;
• Grupo D (resíduos comuns) – qualquer lixo hospitalar que não tenha sido
contaminado ou possa provocar acidentes, como: gesso, luvas, gazes,
materiais passíveis de reciclagem e papéis;
• Grupo E (perfurocortantes) – objetos e instrumentos que possam furar ou
cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro.
8. Os Subgrupos
Os Subgrupos do Grupo A : Infectantes
• Grupo A1: Resíduos provenientes de manipulação de micro-organismos,
inoculação, manipulação genética, ampolas e frascos e todo material
envolvido em vacinação, materiais envolvidos em manipulação laboratorial,
material contendo sangue, bolsas de sangue ou contendo
hernocomponentes. Este resíduo deve ser acondicionado pelo gerador em
saco branco leitoso com símbolo de risco infectante.
• Grupo A2: Corresponde a carcaças, peças anatômicas, vísceras animais e
até mesmo animais que foram submetidos a processo de experimentação
com microrganismos que possam causar epidérmica. Como estes resíduos
possuem um alto grau de risco, devem ser acondicionados em sacos
vermelhos contendo símbolo de risco infectante.
9. Os Subgrupos
• Grupo A4: Kits de linha arteriais, filtros de ar e de gases aspirados de áreas
contaminadas, sobras de laboratório contendo fezes, urina e secreções, tecidos e
materiais utilizados em serviços de assistência å saúde humana ou animal, órgãos e
tecidos humanos, carcaças, peças anatômicas de animais, cadáveres de animais e
outros resíduos que não tenham contaminação ou mesmo suspeita de contaminação
com doença ou microrganismos de importância epidemiológica. Estes resíduos devem
ser acondicionados pelo gerador em sacos branco leitoso com símbolo de risco
• Grupo A5: Órgãos, tecidos, fluidos e todos os materiais envolvidos na saúde de
indivíduos Ou animais com suspeita ou certeza de contaminação por prions lagentes
infecciosos compostos por proteínas modificadas). Estes materiais devem ser
acondicionados pelo gerador em 2 sacos vermelhos (um dentro de outro) contendo
simbolo de risco infectante.
10. Os Cuidados de Enfermagem com os
Resíduos Hospitalares
• O primeiro cuidado que devemos ter no ambiente hospitalar é em relação a lavagem das mãos,
esse deve ser feito de forma rigorosa, pois trata tanto da prevenção da saúde do paciente quanto
do profissional. As mãos devem ser lavadas antes e após qualquer cuidado prestado a um paciente.
Lembrando que o uso da luva não exclui a necessidade de lavagem das mãos.
• Os cuidados com materiais contaminados é de extrema importância, pois visa a proteção do
profissional e auxilia também no controle de infecção hospitalar, devendo ser acondicionados em
locais apropriados.
• E importante o uso de máscaras e protetor ocular quando o paciente possa gerar respingos ou
aerossóis de secreções ou fluidos corporais durante o procedimento prestado.
• O uso do avental é para proteger o profissional da umidade das roupas durante atividades com o
paciente. A equipe de enfermagem também deve ter um cuidado especial com relação ao descarte
do lixo hospitalar, afim de prevenir acidentes e infecção. Lembrando que o lixo deve ser separado de
forma rigorosa, para cada classe existe um tipo de coleta e destinação, e necessário a identificação
com a respectiva simbologia e seu transporte deve ser realizado por profissionais capacitados e
11. Manejo
O manejo dos resíduos de serviços de saúde é o conjunto de ações voltadas ao
gerenciamento dos resíduos gerados. Deve focar os aspectos intra e extra
estabelecimento, indo desde a geração até a disposição final, incluindo as
seguintes etapas:
1 – Segregação Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua
geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado
físico e os riscos envolvidos.
2 – Acondicionamento Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em
sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e
ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível
com a geração diária de cada tipo de resíduo.
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em sacos resistentes à ruptura e
vazamento e impermeáveis, de acordo com a NBR 9191/2000 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
12. Manejo
Deve ser respeitado o limite de peso de cada saco, além de ser proibido o seu
esvaziamento ou reaproveitamento.
Colocar os sacos em coletores de material lavável, resistente ao processo de
descontaminação utilizado pelo laboratório, com tampa provida de sistema de
abertura sem contato manual, e possuir cantos arredondados.
Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes
resistentes à punctura, ruptura e vazamento, e ao processo de
descontaminação utilizado pelo laboratório, com tampa provida de sistema de
abertura sem contato manual, e possuir cantos arredondados.
Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes
resistentes à punctura, ruptura e vazamento, e ao processo de
descontaminação utilizado pelo laboratório.
13. Manejo
3–Identificação
Esta etapa do manejo dos resíduos, permite o reconhecimento dos
resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao
correto manejo dos RSS.
Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta interna e
externa, os recipientes de transporte interno e externo, e os locais de
armazenamento devem ser identificados de tal forma a permitir fácil
visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases,
atendendo aos parâmetros referendados na norma NBR 7.500 da
ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de
conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos.
14. Manejo
4-Transporte Interno
Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado
ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
apresentação para a coleta.
O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente
definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e
medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve
ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes
específicos a cada grupo de resíduos.
Os carros para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável,
impermeável, resistente ao processo de descontaminação determinado pelo
laboratório, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e
bordas arredondados, e identificados com o símbolo correspondente ao risco do
resíduo neles contidos. Devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza
o ruído.
15. Manejo
5-ArmazenamentoTemporário
Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta
dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e
o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não pode ser feito
armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo
obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.
O armazenamento temporário pode ser dispensado nos casos em que a distância
entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem.
16. Manejo
6–Tratamento
O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou
esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em condições de segurança e
eficácia comprovada, no local de geração, a fim de modificar as características
químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e promover a redução, a eliminação ou a
neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente.
7-Armazenamento Externo
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta
externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.
Neste local não é permitido a manutenção dos sacos de resíduos fora dos
recipientes ali estacionados.
17. Manejo
8 – Coleta e Transporte Externos
Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até
a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a
preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores,
da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos
órgãos de limpeza urbana.
9 - Disposição Final
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los,
obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento
ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97.
18. Plano de Gerenciamento (ações e objetivos)
Veja abaixo, modelo básico para a criação de um plano de gerenciamento com ações e objetivos
que o profissional de enfermagem deve desenvolver em seu ambiente de trabalho, juntamente com
todas as partes interessadas no processo.