3. Objetivos de Aprendizagem
Tipos de
Desenvolvimento
Experiência Prévia Primeiros Anos
EstimulaçãoMemóriaPotencial/Limitação
Linguagem Leitura e Escrita Aprendizagem
5. Desenvolvimento
Físico
• De células a feto a recém nascido :
criança/jovem/adulto
• Bem documentado = fácil de ser
medido
• CÉREBRO (Hebb) =“Use ou Perca”
Imagem: https://static.todamateria.com.br/upload/56/a7/56a7d6b00e32e-
desenvolvimento-embrionario-humano-large.jpg
7. Desenvolvimento
cognitivo
“Nem todas as sementes reagem da mesma
maneira às mesmas condições”
Por que não?
diferentes potenciais
diferentes condições (ambientais)
Imagem: www.cleverism.com
8. Desenvolvimento
Linguístico
• Animais X Humanos
“O cérebro humano
da criança é a única
máquina conhecida
capaz de dominar
com eficiência uma
linguagem natural e
desenvolver sistemas
de conhecimento.”
(Dehaene-Lambertz & Spelke, 2015)
Linguagem
Comunicação
Conversação
Colaboração
Co-criação
9. Desenvolvimento
“A linguagem é a mais
complexa e unicamente
humana entre as tarefas
mentais”
(Tokuhama-Espinosa, 2016)
“Nosso resultados apoiam a ideia de que a evolução do aparelho de vocalização dos humanos modernos
é única.”
(Gokhman et al., 2017)
12. Experiência Prévia
Toda aprendizagem passa pelo
filtro da EXPERIÊNCIA PRÉVIA
Cérebro aprende com PADRÃO e
NOVIDADE
Importância de ensinar:
semelhança e diferença
13. Onde começa a experiência prévia?
DiPietro et al., 2002
• Padrões de movimento do feto determinam conexões neurais necessárias para a
aprendizagem na primeira infância.
• Fetos com maior flutuação de ritmo cardíaco durante a gestação desenvolverão
melhor sua linguagem e seu brincar aos 2 anos de idade.
Smotherman & Robinson, 1988
• Ao nascer, os bebês conseguem detectar estímulos sensoriais à sua volta (visão,
sons, cheiros, gostos e texturas) e utilizá-los para guiar sua percepção, atenção e
aprendizagem.
Mampe et al, 2009; Wermke et al., 2017
• Choro do bebê tem o contorno melódico da língua materna.
15. Primeiros Anos de Vida
• Onde há maior e mais rápida
aprendizagem
• MOTIVO: capacidade de adaptação a
novos ambientes, novos materiais e
resolução de problemas.
• “O que vemos no berço é a maior mente
que jamais existiu, a máquina de
aprendizagem mais poderosa no
universo”(Gopnik, Meltzoff, & Kuhl,
1999, p.1).
• Vídeo
17. Examinando o primeiros anos
de vida… (Ostroff, 2012)
• O axônio de cada neurônio
é mielinizado =
conectividade maior e mais
rápida.
• Durante a primeira
infância, o cérebro
continuará a fazer este
processo com a renovação
celular (Cycowicz, 2000).
Fonte: Ramacciotti, M. (2018). Aprender: entendendo o cérebro. Oficina
Digital
19. Estimulação:
Princípio dos Cachinhos
Dourados
(The Goldilocks
Principle)
Muita estimulação :
- falha em desbastar conexões excedentes
- demanda excessiva por algo que não está
no nível apropriado de desenvolvimento
• Fonte: http://mdpofsd.blogspot.com/2014/01/the-goldilocks-law-
of-inverted-u-curve.html
22. Memória de Longo Prazo
Implícita/Procedimento Explícita/ Declarativa
23. Memória
• Aos 3 meses de idade bebês
demonstram ter um memória de
trabalho funcional (Dehaene-Lambertz
et al, 2006). IMPORTANTE para o
processamento da fala e dos estímulos
do ambiente.
• Crianças antes dos 3 anos têm pouca ou
esparsa memória dos acontecimentos
(episódica)
• MOTIVO: falta de conectividade do
hipocampo com o córtex
• Nessa fase muito é aprendido
procedimentalmente (memória
motora)
Fonte: Ramacciotti, M. (2018). Aprender: entendendo o cérebro. Oficina Digital
25. Potencial & Limitação
(Dehaene-Lambertz & Spelke, 2015)
• Cérebro se desenvolve de forma
estruturalmente complexa e sua
arquitetura funcional segue padrões
específicos e precisos de ativação
neural
26. Potencial & Limitação
(Dehaene-Lambertz & Spelke, 2015)
• A aprendizagem ocorre ao
longo dos estágios de
desenvolvimento e em níveis
com organização múltipla e
hierárquica.
• A aprendizagem é tanto
limitada quanto favorecida
pelas competências,
conectividade e
temporalidade deste órgão
(cérebro).
Fuster, J. M., & Bressler, S. L. (2015). Past makes future: role of pFC
in prediction. Journal of cognitive neuroscience, 27(4), 639-654.
27. Potencial & Limitação
(Dehaene-Lambertz & Spelke, 2015)
• Déficit em tiamina
(Complexo B) por algumas
semanas durante o 1o. ano
de vida causa déficit de
processamento sintático
aos 9 anos sem deficiência
global (Fattal et al, 2011)
30. A linguagem na criança
• Brinca com a vocalização
• Chora
• Discrimina a L1
• Entende gramática complexa
• Estabelece o repertório fonético da L1
• Evita nomes compostos errados
• Faz um hiperregularidade (‘fazi’)
• Flexiona palavras novas
• Identifica o viés de tamanho
• Possui habilidade metalinguística
• Prefere a L1
• Produz a primeira palavra
• Reconhece entonação do contorno melódico da L1
• Reconhece partes separadas dos nomes compostos
• Utiliza mais de 2000 palavras
#1: categorize as
sentenças entre
Compreensão e
Produção
31. A linguagem na criança
• Brinca com a vocalização
• Chora
• Discrimina a L1
• Entende gramática complexa
• Estabelece o repertório fonético da L1
• Evita nomes compostos errados
• Faz um hiperregularidade (‘fazi’)
• Flexiona palavras novas
• Identifica o viés de tamanho
• Possui habilidade metalinguística
• Prefere a L1
• Produz a primeira palavra
• Reconhece entonação do contorno melódico da L1
• Reconhece partes separadas dos nomes compostos
• Utiliza mais de 2000 palavras
32. A linguagem na criança
(Saxton, 2017)
Compreensão Produção
• Brinca com a vocalização
• Chora
• Evita nomes compostos errados
• Faz um hiperregularidade (‘fazi’)
• Flexiona palavras novas
• Produz a primeira palavra
• Utiliza mais de 2000 palavras
• Discrimina a L1
• Entende gramática complexa
• Estabelece o repertório fonético da L1
• Identifica o viés de tamanho
• Possui habilidade metalinguística
• Prefere a L1
• Reconhece entonação do contorno
melódico da L1
• Reconhece partes separadas dos nomes
compostos
#2: Sequencie as
ações
temporalmente
33. A linguagem na criança
(Saxton, 2017)
Compreensão Produção
1. Chora
2. Brinca com a vocalização
3. Produz a primeira palavra
4. Faz um hiperregularidade (‘fazi’)
5. Evita nomes compostos errados
6. Flexiona palavras novas
7. Utiliza mais de 2000 palavras
1. Reconhece entonação do contorno
melódico da L1
2. Discrimina a L1
3. Prefere a L1
4. Estabelece o repertório fonético da L1
5. Identifica o viés de tamanho
6. Reconhece partes separadas dos
nomes compostos
7. Entende gramática complexa
8. Possui habilidade metalinguística
34. O desenvolvimento da linguagem na criança
COMPREENSÃO
• Reconhece entonação do
contorno melódico da L1
• Discrimina a L1
• Prefere a L1
• Estabelece o repertório fonético
da L1
• Identifica o viés de tamanho
• Reconhece partes separadas dos
nomes compostos
• Entende gramática complexa
• Possui habilidade metalinguística
PRODUÇÃO
• Chora
• Brinca com a vocalização
• Produz a primeira palavra
• Faz um hiperregularidade
(‘fazi’)
• Evita nomes compostos errados
• Flexiona palavras novas
• Utiliza mais de 2.000 palavras
35. Capacidade Receptiva da
Linguagem nas Crianças
(Dehaene-Lambertz & Spelke, 2015)
3 características
essenciais:
Sensibilidade a sons
e combinações
vocálicas particulares
de sua L1
Inferência da
estrutura abstrata da
fala
Paridade das
palavras com os
objetos a que se
referem
37. Leitura e escrita
• Criações culturais: o cérebro precisa “aprender”a realizar essas habilidades
• Início precoce PODE ser pernicioso
• MOTIVO: exigência de uma habilidade que ainda não está “pronta” para ser
desenvolvida (consciência fonológica deve vir antes da leitura per se)
• Escrita: fibras longas que ligam o cortex motor às pontas dos dedos levam
tempo para mielinizar. Este tempo é VARIÁVEL (de 3 a 7 anos)
38. Para lembrar
“A aprendizagem é tanto um processo
construtivista quanto de desenvolvimento.”
(Tokuhama-Espinosa, 2014, p. 27)
Aprendemos com base em experiência prévia
e somos regulados pelos diferentes estágios
de desenvolvimento (físico, emocional,
cognitivo e linguístico)
Ao professor cabe a tarefa de equilibrar as atividades, ações, projetos,
abordagens e métodos de acordo com a idade e com o estágio de
desenvolvimento de seus alunos e com sua experiência prévia.
39. Objetivos de Aprendizagem
Tipos de
Desenvolvimento
Experiência Prévia Primeiros Anos
EstimulaçãoMemóriaPotencial/Limitação
Linguagem Leitura e Escrita Aprendizagem
40. Referências
• Bartzokis, G., Lu, P. H., Tingus, K., Mendez, M. F., Richard, A., Peters, D. G., ... & Thompson, P. M. (2010). Lifespan trajectory of myelin integrity and
maximum motor speed. Neurobiology of aging, 31(9), 1554-1562.
• Cycowicz, Y. M. (2000). Memory development and event-related brain potentials in children. Biological psychology, 54(1-3), 145-174.
• Dehaene-Lambertz, G., Hertz-Pannier, L., Dubois, J., Mériaux, S., Roche, A., Sigman, M., & Dehaene, S. (2006). Functional organization of perisylvian
activation during presentation of sentences in preverbal infants. Proceedings of the National Academy of Sciences, 103(38), 14240-14245.
• Dehaene-Lambertz, G., & Spelke, E. S. (2015). The infancy of the human brain. Neuron, 88(1), 93-109.
• DiPietro, J. A., Bornstein, M. H., Costigan, K. A., Pressman, E. K., Hahn, C. S., Painter, K., ... & Yi, L. J. (2002). What does fetal movement predict about
behavior during the first two years of life?. Developmental psychobiology, 40(4), 358-371.
• Fattal, I., Friedmann, N., & Fattal-Valevski, A. (2011). The crucial role of thiamine in the development of syntax and lexical retrieval: a study of infantile
thiamine deficiency. Brain, 134(6), 1720-1739.
• Fuster, J. M., & Bressler, S. L. (2015). Past makes future: role of pFC in prediction. Journal of cognitive neuroscience, 27(4), 639-654.
• Gokhman, D., Agranat-Tamir, L., Housman, G., García-Pérez, R., Nissim-Rafinia, M., Mallick, S., ... & Gelabert, P. (2017). Recent Regulatory Changes
Shaped Human Facial and Vocal Anatomy.” bioRxiv.
• Gopnik, A., Meltzoff, A. N., & Kuhl, P. K. (1999). The scientist in the crib: Minds, brains, and how children learn. William Morrow & Co.
• Mampe, B., Friederici, A. D., Christophe, A., & Wermke, K. (2009). Newborns' cry melody is shaped by their native language. Current biology, 19(23),
1994-1997.
• Ostroff, W. L. (2012). Understanding how young children learn: bringing the science of child development to the classroom. Ascd.
• Ramacciotti, M. (2018). Aprender: entendendo o cérebro. Oficina Digital.
• Smotherman, W. P., & Robinson, S. R. (1988). Behavior of rat fetuses following chemical or tactile stimulation. Behavioral Neuroscience, 102(1), 24.
• Tokuhama-Espinosa, T. (2014). Making classrooms better: 50 practical applications of mind, brain, and education science. WW Norton & Company.
• Wermke, K., Ruan, Y., Feng, Y., Dobnig, D., Stephan, S., Wermke, P., ... & Shu, H. (2017). Fundamental frequency variation in crying of Mandarin and
German neonates. Journal of Voice, 31(2), 255-e25.