2. EMOÇÕES E COGNIÇÃO
Visão Geral
• Pensar e sentir não são
funções em oposição.
• Não há aprendizagem
cognitiva sem a aprendizagem
afetiva.
Objetivos
o Emoções e Sentimentos
o Emoções e Razão
o Emoções e Tomada de Decisão
o Emoções e Aprendizagem
o Emoções e o Cérebro
o Neurociência afetiva
o Emoções e Atenção
o Estresse e aprendizagem
o Inteligência Emocional
o Afeto e Aprendizagem
4. DESAFIO
• Após aprender os conteúdos e participar das dinâmicas, pense
em como as seguintes palavras – todas importantes e
relacionadas com a neurociência afetiva - podem ser
empregadas em uma única sentença para descrever sua
relação com o cérebro
Emoções
Comportamento
Aprendizagem
Estresse
Cortisol
Sentimentos
10. COMO PROCESSAMOS AS FACES
• Antes mesmo de falar, bebês podem se comunicar ao ‘ler’
as faces
• Esta habilidade é muito útil não apenas para distinguir os
rostos familiares dos estranhos mas também para
distinguir as 06 emoções universalmente percebidas
• Evidências apontam para o processamento emocional de
faces com desenvolvimento no útero e ativado ao nascer
pois as amígdalas começam a funcionar com o nascimento.
(Winston et al., 2002)
12. EMOÇÕES E SENTIMENTOS
• Emoções = do latim emotĭon = o impulso que induz à
ação
• Damásio (2003) faz uma distinção clara entre emoções
e sentimentos
Emoções são do corpo enquanto sentimentos são da mente
Um sentimento é uma representação mental do estado do
corpo
Emoções são automáticas e sentimentos são condicionados
Emoções são reações a estímulos externos ou a sentimentos
• Damásio, A. (2003). Looking for Spinoza: joy, sorrow and the feeling brain.
14. DINÂMICA #2 – ENTENDENDO EMOÇÕES E SENTIMENTOS
• Ache um par para essa dinâmica
• Cada par receberá uma ficha (veja ao lado)
• Decida com seu parceiro como retratar cada
expressão facial
• Faça o desenho
• Decida quais são emoções (vermelho) e quais são
sentimentos (azul)
• Divida com o grupo
16. EMOÇÃO E RAZÃO
• Racionalidade e razão e seu vínculo com a tomada
de decisão não podem ser separados das
emoções e sentimentos e não significam,
necessariamente, uma melhor decisão
• emoções são essenciais e inevitáveis na tomada
de decisão (Heilman et al, 2010)
• Os caminhos neurais para toda nova
aprendizagem pressupõem uma passagem pela
amígdala (primeiro) e depois pelo hipocampo e
lóbulo frontal
• Emoções e funcionamento social estão
intimamente relacionados (Brackett et al, 2006)
18. EMOÇÃO E TOMADA DE DECISÃO
• Pekrun (1992;2008) ; Hascher (2010)
• Emoções são fundamentais para a tomada de decisão
• Não há decisão, não importa o quão pequena ou insignificante, que não seja
influenciada pelas emoções
• Emoções negativas e estresse impedem a nova aprendizagem
20. VOCÊ CONHECE O CASO DE
PHINEAS GAGE?
• Phineas P. Gage (1823-1860) foi um
operário ferroviário que sofreu um
acidente e teve danos em seu CPF
• Passou a ter uma outra personalidade e
uma instabilidade emocional que não
lhe permitia mais tomar decisões
21. DINÂMICA #4 - ANALISANDO A TOMADA DE DECISÃO
(EMOÇÕES E RAZÃO)
• Conheça como funciona uma rotina do pensamento (trabalho
desenvolvido por Ritchhart, Church e Morrison, 2011)
• Pontos cardeais:
• Norte (Necessidades)
• lEste (o que te Entusiasma)
• Oeste (preOcupações)
• Sul (Sugestões)
• Ouça a situação e percorra os
pontos cardeais contribuindo com cada um
Mais em:
http://www.visiblethinkingpz.org/VisibleThinking_html_files/03_ThinkingRoutines/03c_Core_routines/Comp
assPoints/CompassPoints_Routine.html
23. ESTRESSE E APRENDIZAGEM
Estresse (Tóxico) e
Aprendizagem
• Declínio cognitivo (Sapolsky, 1994)
• Diminuição do hipocampo (Goleman,
1998)
Altos níveis de cortisol
(LeDoux, 1998)
• Alta distração
• Menos eficiência da memória de
trabalho
• Mais erros no processamento das
informações (principalmente da
compreensão da leitura)
25. EMOÇÕES E APRENDIZAGEM
Amsterlaw et al. (2009)
• Crianças tem consciência dos efeitos de seus estados emocionais (e
fisiológicos) sobre seu desempenho cognitivo
Vuilleumier et al (2001)
• Estímulo ricos em emoções afetam nossa forma de ver e ouvir (e
não apenas de sentir). O cérebro está processando o estímulo
emocional constantemente
Frederickson & Braingan (2005)
• Emoções positivas aumentam a atenção
Storm & Tecott (2005), Salamone & Correa (2002)
• Emoções positivas contribuem para a MLP, maior foco e atenção à
tarefa e motivação aumentada
26. DINÂMICA # 5 –
MESCLANDO EMOÇÕES
E APRENDIZAGEM
• Dividam-se em 2 grandes grupos
• Proponham um mapa mental que
contenha todas as informações principais
divididas com vocês até agora
• Evitem muitas palavras: concetrem-se no
essencial
28. EMOÇÕES E O CÉREBRO - SISTEMA LÍMBICO
• Centro do processamento emocional
• O tálamo recebe as informações dos sistemas
sensoriais e as envia para a amígdala e o CPF
• Na resposta da amígdala a uma situação de estresse
(lutar ou fugir), há liberação de cortisol
• Efeitos:
• mais energia para o corpo
• coração bate mais rápido
• elevação da pressão arterial
• respiração fica mais rápida
• fígado libera açúcar no sangue para dar mais
energia
29. NEUROCIÊNCIA AFETIVA = ESTUDO DOS
MECANISMOS NEURAIS DAS EMOÇÕES
Evidências de sobreposição dos
‘hubs’de emoções negativas
Barret & Sapture (2013)
30. DINÂMICA #6
Complete a analogia
• O Sistema límbico está para as emoções
assim como…
Complete a analogia
• O cortisol está para o estresse assim
como …
32. EMOÇÕES E ATENÇÃO
Distinguir igual do diferente (saliência)
Fazemos através do reconhecimento de padrões
“humanos buscam pelo padrão para prever os
resultados” (Tokuhama- Espinosa, 2014)
Simultaneamente, o cérebro está e escaneamendo o
ambiente por novidade (que é individualmente
identificada)
Nosso cérebro se adapta ao que faz sempre:
plasticidade negativa (preconceito; medo)
33. CEGUEIRA POR DESATENÇÃO
• É fácil deixar
passer coisas
pelas quais não
estamos
buscando” – é
preciso não
apenas estar
consciente, mas
também em
alerta.
34. ATENÇÃO COMO CONEXÃO
Ted talk – Jeff Klein
• o poder da conexão através da atenção
• Atenção como poder transformador
• RAIN
(Reconhecer/Aceitar/Investigar/aNotar =
perceber)
Entrevista– Victor Frankl
• “entre o estímulo e a resposta há uma espaço”
• A atenção nos permite reconhecer o que está
no ambiente e fazer algo a respeito
35. ATENÇÃO PERIFÉRICA E SELETIVA
Dinâmica # 7
Preste atenção no carro azul!
https://www.youtube.com/watch?v=qpPYdMs97eE
“NOSSOS CÉREBROS NOS PERMITEM FOCAR EM APENAS UMA
COISA POR VEZ”
https://www.youtube.com/watch?v=14Nb45CS9og
36. ATENÇÃO& FOCO
• Seletiva
• Periférica
que tipo de atenção você utiliza?
Como sabe disso?
https://youtu.be/iiEzf3J4iFk
39. SISTEMAS DE ATENÇÃO
• Alerta: CAPTURA DA ATENÇÃO
• Orientação: ATENÇÃO FOCADA NO
ESTÍMULO EXTERNO
• Execução: INIBE PENSAMENTO,
MANTÉM O FOCO E REGULA
NOSSAS EMOÇÕES
40. NOVIDADE
Dispara os sistemas de alerta e
orientação (Posner & Rothbart, 2007)
Ajuda no engajamento mas não na
manutenção (funcionamento executivo)
Em contextos onde não há mudança
visual cria-se a HABITUAÇÃO (= como o
mesmo estímulo apresentado por um
longo período gera a redução do
interesse e até mesmo tédio; mais em
Ariga & Lleras, 2011)
41. DINÂMICA # 8 –
PRESTANDO ATENÇÃO
ÀS EMOÇÕES
1.Assista o trailer
2. Identifique cada um dos 3 emoticons
3. Quais são os 3 emoticons mais
importantes para você?
4. Como os emoticons podem nos ajudar a
prestar atenção às emoções e sentimentos?
43. ESTRESSE E APRENDIZAGEM
Schwabe & Wolf (2010) = aprender quando se está
estressado afeta a memória
Pekrun et al (2002) = ansiedade durante provas leva
a altos níveis de cortisol depois da prova enquanto
que estratégias de enfrentamento leva a índices
reduzidos (devido a um maior controle sobre a
ativação fisiológica)
Phillips & Shonkoff (Eds.). (2000) = cérebro na
primeira infância: desamparo aprendido (ausência de
controle sobre eventos ruins repetidos) afeta
negativamente o desempenho
45. EMOÇÕES, EXPRESSÃO E SONO
A importância das emoções
Expressões faciais são um reflexo das emoções
que indicam a motivação do indivíduo
Crianças que sofreram abuso respondem de
forma disproporcional a expressões faciais de
raiva
Sono e emoção
• Hobson (2009)= Teoria do sono REM
como estado protoconsciente onde
sonhos servem para praticarmos as
emoções
• Valli et al (2008) = sonhos são mais
negativos que a vida real, o que leva à
crença de que sonhos ajudam a praticar
nossas reações a situações ruins
• Coutts (2008) = sugere que sonhos
servem como modificadores e testam
nossos esquemas mentais com base em
sua ‘hipótese de seleção emocional”.
47. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
• Habilidade de identificar, acessar e controlar as emoções em si mesmo, nos
outros e em grupos.
• Pode ser ensinada? Modelo de Goleman
• 1. Auto percepção = habilidade de conhecer nossas próprias emoções,
pontos fortes, motivações, valores e objetivos e reconhecer o impacto que
têm sobre os outros utilizando nosso sentimentos primordiais para guiar
nossas decisões
• 2. Auto-regulação = involve o controle ou redirecionamento das emoções e
impulsos disruptivos bem como a adaptação à mudança das circunstâncias
• 3. Habilidades Sociais = gerenciamento de relações para levar as pessoas na
direção desejada
• 4. Empatia = consideração pelos sentimentos alheios especialmente ao tomar
decisões
• 5. Motivação = estar focado em alcançar algo pelo prazer da conquista
• 6. (leva a ) Tomada de decisão melhorada
49. AFETO & APRENDIZAGEM
• Afeto: como & porque
• COMO nos sentimos sobre uma situação de aprendizagem
muda o quanto podemos aprender bem sobre algo novo (Lee &
Siegle, 2012; Savion & Glisczinski, 2012; Pekrum, Goetz, Titz & Perry, 2002; Pekrum, Goetz,
Frenzel, Barchfeld & Perry, 2011; Van Overwalle, 2009; Vul, Harris, Winkielman & Pashler,
2009).
• COMO o cérebro reage a situação desconfortáveis
(ameaçadoras, estressantes ou de ansiedade) e realmente se
torna incapaz de nova aprendizagem (Lovinger, 2010; Puig & Miller,
2012; Stagg, Bachtiar & Jahnsen-Berg, 2011)
• PORQUE meio ambiente de aprendizagem certo pode facilitar a
liberação dos neurotransmissores certos para melhorar a
probabilidade de aprendizagem (Plotnik & Kouyoumdjian, 2013).
(Tokuhama-Espinosa, 2014, p. 22)
51. EMOÇÕES E COGNIÇÃO
Visão Geral
• Pensar e sentir não são
funções em oposição.
• Não há aprendizagem
cognitiva sem a aprendizagem
afetiva.
Objetivos
o Emoções e Sentimentos
o Emoções e Razão
o Emoções e Tomada de Decisão
o Emoções e Aprendizagem
o Emoções e o Cérebro
o Neurociência afetiva
o Emoções e Atenção
o Estresse e aprendizagem
o Inteligência Emocional
o Afeto e Aprendizagem
52. DINÂMICA # 9 - RESPOSTA AO DESAFIO
• Após aprender os conteúdos e participar das dinâmicas, pense
em como as seguintes palavras – todas importantes e
relacionadas com a neurociência afetiva - podem ser
empregadas em uma única sentença para descrever sua
relação com o cérebro
Emoções
Comportamento
Aprendizagem
Estresse
Cortisol
Sentimentos
55. REFERÊNCIAS
• Tokuhama-Espinosa, T. (2014). Making classrooms better: 50 practical applications of mind,
brain, and education science. WW Norton & Company.
56. REFERÊNCIAS
• Amsterlaw, J., Lagattuta, K. H., & Meltzoff, A. N. (2009). Young children’s reasoning about the effects of emotional and physiological states on academic performance. Child Development, 80(1), 115-133.
• Ariga, A., & Lleras, A. (2011). Brief and rare mental “breaks” keep you focused: Deactivation and reactivation of task goals preempt vigilance decrements. Cognition, 118(3), 439-443.
• Brackett, M. A., Rivers, S. E., Shiffman, S., Lerner, N., & Salovey, P. (2006). Relating emotional abilities to social functioning: a comparison of self-report and performance measures of emotional intelligence. Journal
of personality and social psychology, 91(4), 780.
• Coutts, R. (2008). Dreams as modifiers and tests of mental schemas: an emotional selection hypothesis. Psychological reports, 102(2), 561-574.
• Goleman, D. (1998). Working with emotional intelligence. Bantam.
• Hascher, T. (2010). Learning and Emotion: perspectives for theory and research. European Educational Research Journal, 9(1), 13-28.
• Heilman, R. M., Crişan, L. G., Houser, D., Miclea, M., & Miu, A. C. (2010). Emotion regulation and decision making under risk and uncertainty. Emotion, 10(2), 257.
• Hobson, J. A. (2009). REM sleep and dreaming: towards a theory of protoconsciousness. Nature Reviews Neuroscience, 10(11), 803-813.
• LeDoux, J. (1998). Fear and the brain: where have we been, and where are we going?. Biological psychiatry, 44(12), 1229-1238.
• Pekrun.R. (1992). The impact of emotions on learning and achievement: Towards a
theory of cognitive motivational mediators. Applied Psychology: An Internayional Review, 320-390.
• Pekrun, R., Goetz, T., Titz, W., & Perry, R. P. (2002). Academic emotions in students' self-regulated learning and achievement: A program of qualitative and quantitative research. Educational psychologist, 37(2),
91-105.
• Phillips, D. A., & Shonkoff, J. P. (Eds.). (2000). From neurons to neighborhoods: The science of early childhood development. National Academies Press.
• Posner, M. I., & Rothbart, M. K. (2007). Research on attention networks as a model for the integration of psychological science. Annu. Rev. Psychol., 58, 1-23.
• Ritchhart, R., Church, M., & Morrison, K. (2011). Making thinking visible: How to promote engagement, understanding, and independence for all learners. John Wiley & Sons.
• Sapolsky, R. M. (1994). Why zebras don't get ulcers. New York: WH Freeman.
• Schwabe, L., Wolf, O. T., & Oitzl, M. S. (2010). Memory formation under stress: quantity and quality. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, 34(4), 584-591.
• Valli, K., Strandholm, T., Sillanmäki, L., & Revonsuo, A. (2008). Dreams are more negative than real life: Implications for the function of dreaming. Cognition and Emotion, 22(5), 833-861.
• Vuilleumier, P., Armony, J. L., Driver, J., & Dolan, R. J. (2001). Effects of attention and emotion on face processing in the human brain: an event-related fMRI study. Neuron, 30(3), 829-841.
• Winston, J. S., Strange, B. A., O'Doherty, J., & Dolan, R. J. (2002). Automatic and intentional brain responses during evaluation of trustworthiness of faces. Nature neuroscience, 5(3), 277-283.
• Mais em www.neuroeducamente.com.br
Notas do Editor
Além do foco seletivo e periférico, a atenção é porganizada em 03 diferentes sistemas, segudno estudos e trabalho do especialista mais respeitado nessa àrea, Michael POSner. Esses sistemas são: alerta, quando um circuito se mobiliza em direção ao estímulo que captará nossa atenção,; o Sistema de orientação que envolve um rede dedicada a selecinoar o estímulo opara o qual prestará a atenção e canalizar nossa atenção para ele e~a função executive ou Sistema de execução que permite com a~sustenção da atenção para a execução da tarefa. Entender eses 03 diferentes sistemas é crucial para compreender transtonnor com o de defecit de atenção que justamente se dá no Sistema de orientação da atenção.
Sabemos que o afeto tem papel enorme no como, porque, e quando uma pessoa consegue aprender: como nos sentimos sobre uma situação de aprendizagem muda o quanto podemos aprender bem sobre algo novo (Lee & Siegle, 2012; Savion & Glisczinski, 2012; Pekrum, Goetz, Titz & Perry, 2002; Pekrum, Goetz, Frenzel, Barchfeld & Perry, 2011; Van Overwalle, 2009; Vul, Harris, Winkielman & PAshler, 2009). Anteriormente, especulava-se que aspectos emocionais e psicológicos da aprendizagem eram medidas não confiáveis sobre como ensinar, mas com a ajuda da tecnologia, podemos agora ver como o cérebro reage a situação desconfortáveis (ameaçadoras, estressantes ou de ansiedade) e realmente se torna incapaz de nova aprendizagem (Lovinger, 2010; Puig & Miller, 2012; Stagg, Bachtiar & Jahnsen-Berg, 2011) ou como o meio ambiente de aprendizagem certo pode facilitar a liberação dos neurotransmissores certos para melhorar a probabilidade de aprendizagem (Plotnik & Kouyoumdjian, 2013).
Tokuhama-Espinosa, 2014, p. 22