David Hume (1711-1766) foi um filósofo e historiador escocês. Ele estudou filosofia, direito e comércio e escreveu obras importantes como Tratado sobre a natureza humana e Ensaios sobre o intelecto humano que apresentaram suas teorias empiristas sobre o conhecimento e a moral. Hume argumentou que todo conhecimento vem da experiência sensorial e que a indução e crenças morais são baseadas em sentimentos e não na razão.
3. Principais obras
• Tratado sobre a natureza humana
(1739) e
• Ensaios sobre o intelecto humano
(1748) rebatizada como Investigação
acerca do entendimento humano
em 1758.
4. TEORIA EMPIRISTA
Hume preconiza o método de
investigação que consiste na
observação e na generalização.
O conhecimento tem início com as
percepções individuais, que podem
ser impressões ou ideias.
5. A cozinha dos Anjos, quadro de Bartolomé
Esteban Murillo (1618-1682)
6. PERCEPÇÕES
IMPRESSÕES
IDEIAS
• Percepções originárias
• Percepções derivadas
são as representações
mentais (memória,
imaginação etc.)
derivadas das
impressões. Cópias
pálidas e, portanto,
mais fracas.
dados fornecidos pelos
sentidos que se
apresentam à
consciência com maior
vivacidade, tais como as
sensações (ouvir, ver,
sentir dor ou prazer
etc.).
7. Toda ideia é uma re(a)presentação
de alguma impressão;
O sentir (impressão) distingue-se do
pensar (ideia) apenas pelo grau de
intensidade;
A impressão é sempre anterior;
A ideia depende da impressão;
Não há ideias inatas.
8. •As ideias podem ser
complexas quando pela
imaginação as
combinamos entre si por
meio de associações.
9. Observe a seguinte tela
denominada Aquiles e o
centauro Quíron do artista
Pompeo Batoni (1746), nela, o
centauro Quíron, preceptor de
Aquiles, herói grego da guerra
de Tróia, ensina o discípulo a
usar a razão e a força.
11. Para refletir:
• Para Hume, um cego de
nascimento jamais poderia
ter uma ideia de cor.
Explique.
12. CRÍTICA HUMIANA AO MÉTODO
INDUTIVO
• A indução, ou raciocínio
indutivo, vai do particular
para
o
geral.
As
conclusões indutivas são
produzidas pelo seguinte
processo
mental:
partindo de percepções
repetidas
que
nos
chegam da experiência
sensorial, saltamos para
uma conclusão geral, da
qual
não
temos
experiência sensorial.
• Para Hume, por maior
que seja o número de
percepções repetidas do
mesmo fato, a conclusão
indutiva
não
possui
fundamento lógico. Será
sempre um salto do
raciocínio impulsionado
pela crença ou hábito.
13. • A imaginação é um feixe de percepções unidas
por associação a partir da semelhança, da
contiguidade (no espaço ou no tempo) e da
relação de causa e efeito. No entanto, essas
relações não podem ser observadas, pois não
pertencem aos objetos. As relações são
apenas modos pelos quais passamos de um
objeto a outro, de uma ideia particular a
outra, simples passagens externas que nos
permitem associar os termos a partir dos
princípios de causalidade, semelhança e
contiguidade. (Filosofando p. 176).
14. •Para Hume, somente o
raciocínio dedutivo
utilizado na matemática
fundamenta-se em uma
logica racional:
15. As proposições deste gênero podem
descobrir-se pela simples operação do
pensamento e não dependem de algo
existente em alguma parte do universo.
Embora nunca tenha havido na natureza
um círculo ou um triângulo, as verdades
demonstradas por Euclides conservarão
sempre sua certeza e evidência. (Investigação
acerca do entendimento humano, p. 77).
16. A
MORAL DO SENTIMENTO
São as paixões que determinam a vontade, e não
a razão: os atos morais dizem respeito aos
sentimentos de aprovação ou desaprovação de
nossos atos e às sensações de agrado e prazer ou
de dor e remorso que deles resultam.
Enquanto a razão se ocupa com o que é
verdadeiro ou falso, fazendo juízos de realidade,
os atos morais requerem juízos de valor, que nos
ajudam a identificar nossas ações como boas ou
más, como virtude ou vício.