1. Hume investiga a origem, possibilidade e limites do conhecimento humano, distinguindo impressões e ideias como os conteúdos da mente. 2. As impressões são dados da experiência sensível enquanto as ideias são representações enfraquecidas das impressões. 3. Hume distingue relações de ideias, cuja verdade depende do significado dos termos, e conhecimentos de facto, cuja verdade depende da experiência empírica.
Filosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade CognoscitivaRafael Cristino
Powerpoint explicativo/síntese do tema "Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva" de filosofia do 11º ano, referente ao conhecimento, aos seus problemas, e às teorias abordadas (o racionalismo de René Descartes e o empirismo de Hume).
Filosofia 11 - Descrição e Interpretação da Atividade CognoscitivaRafael Cristino
Powerpoint explicativo/síntese do tema "Descrição e Interpretação da Atividade Cognoscitiva" de filosofia do 11º ano, referente ao conhecimento, aos seus problemas, e às teorias abordadas (o racionalismo de René Descartes e o empirismo de Hume).
Os pontos mais importantes da sua teoria.
Para ele (Descartes) a fonte de todo o conhecimento baseia-se na razão/ pensamento, pois, unicamente com ele podemos obter conhecimento sem recorrer " à priori " ou "experiência".
Rejeita tudo o que tem por base os sentidos, visto que eles são enganadores e variam de pessoa para pessoa, "não aceitando", por isso, a teoria empirista.
As ideias inatas são fundamentais para existir conhecimento, visto que não são fruto de experiência ou sentidos, e são as únicas que nos permitem alcançar conhecimento.
Os pontos mais importantes da sua teoria.
Para ele (Descartes) a fonte de todo o conhecimento baseia-se na razão/ pensamento, pois, unicamente com ele podemos obter conhecimento sem recorrer " à priori " ou "experiência".
Rejeita tudo o que tem por base os sentidos, visto que eles são enganadores e variam de pessoa para pessoa, "não aceitando", por isso, a teoria empirista.
As ideias inatas são fundamentais para existir conhecimento, visto que não são fruto de experiência ou sentidos, e são as únicas que nos permitem alcançar conhecimento.
1. DAVID HUME
• INVESTIGAÇÃO SOBRE A ORIGEM, POSSIBILIDADE E LIMITES DO CONHECIMENTO
: IMPRESSÕES E IDEIAS
• CONTEÚDOS DO PENSAMENTO
• RELAÇÕES DE IDEIAS
• CONHECIMENTOS DE FACTO
O CETICISMO DE HUME
2. David Hume (1711-1756)
Herdeiro da revolução científica
e filosófica de Descartes, Kepler
e Newton, afirmou-se como um
cético moderado.
Hume procurou mostrar que as
nossas crenças acerca do mundo
não são racionalmente
justificadas.
3. CONTEÚDO DO PENSAMENTO: IMPRESSÕES E IDEIAS
“ Todas as percepções da mente humana se reduzem a dois tipos diferentes
que denominarei impressões e ideias. A diferença entre ambas consiste no grau
de força e da vivacidade com que incidem na mente e abrem caminho no nosso
pensamento e na nossa consciência…” David Hume
TODO O CONHECIMENTO COMEÇA COM A EXPERIÊNCIA.
OS CONTEÚDOS DA NOSSA MENTE SÃO AS PERCEÇÕES.
HÁ DUAS ESPÉCIES DE PERCEÇÕES:
- AS IMPRESSÕES – DADOS DA EXPERIÊNCIA, SENSAÇÕES
EXTERNAS E SENTIMENTOS
- IDEIAS – REPRESENTAÇÕES OU IMAGENS ENFRAQUECIDAS
DAS IMPRESSÕES NO PENSAMENTO
4. Conteúdo
do
Pensamento
Ideias
Impressões
Cópias das impressões:
Intensas e vivas
Menos vivas e intensas
Sensações Simples
Externas Sentimentos Complexas
(memória:
Internos (imaginação:
(visuais, Ideia de cavalo,
(emoções, ideia de cavalo
auditivas…) ideia de asas…)
desejos…) alado…)
5. TIPOS DE CONHECIMENTO
“Todos os objetos da razão ou investigação humanas podem naturalmente dividir-se
em duas classes, a saber, relações de ideias e conhecimentos de facto… “David Hume
RELAÇÃO ENTRE IDEIAS SÃO CONHECIMENTOS A PRIORI –
CONSISTEM EM ANALISAR OS TERMOS DE UMA
PROPOSIÇÃO, ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE AS IDEIAS QUE
ELA CONTÉM
CONHECIMENTO DE QUESTÕES DE FACTO – CONFRONTO DE
PROPOSIÇÕES COM A EXPERIÊNCIA
6. RELAÇÕES DE IDEIAS E CONHECIMENTOS DE FACTO
RELAÇÕES DE IDEIAS CONHECIMENTOS DE FACTO
São conhecimentos a priori. São conhecimentos a posteriori
A verdade das proposições e a A verdade das proposições que
validade dos argumentos não se referem a factos depende do
dependem da experiência exame empírico
As relações de ideias são A verdade das proposições de
verdades necessárias facto é contingente
É logicamente impossível a sua
negação
As proposições que exprimem e As proposições que se referem
combinam relações de ideias a factos visam descobrir coisas
não nos dão conhecimento sobre o mundo e dar
sobre o que se passa no mundo conhecimento sobre o que nele
existe ou acontece.
7. Tipos de
conhecimento
Sobre relações de ideias
Sobre relações de facto
Nenhum triângulo tem
O calor dilata os metais
quatro ângulos
Verdades Conhecimentos Verdades Conhecimentos
apriori a posteriori
necessárias contingentes
(conhecidos pelo (Conhecidos
(não podem pensamento) (podem ser pela
ser falsas) falsas) experiência)
8. OS CONHECIMENTOS DE FACTO E A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
“Em que consiste a nossa ideia de necessidade quando dizemos que dois
objetos estão necessariamente ligados entre si…” David Hume
OS CONHECIMENTOS DE FACTO BASEIAM-SE NO RACIOCÍNIO
INDUTIVO E NA RELAÇÃO CAUSA - EFEITO
POR RELAÇÃO CAUSAL ENTENDEMOS UMA CONEXÃO OU
LIGAÇÃO NECESSÁRIA ENTRE CONHECiMENTOS
9. OS CONHECIMENTOS DE FACTO E A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
“Em que consiste a nossa ideia de necessidade quando dizemos que dois
objetos estão necessariamente ligados entre si…” David Hume
Não há nenhuma impressão sensível da qual
derive a ideia de causa
CONTUDO OBSERVAMOS:
1. A SUCESSÃO TEMPORAL
2. A CONJUNÇÃO CONSTANTE ENTRE DOIS FENÓMENOS E
CHAMAMOS CAUSA AO QUE PRECEDE E EFEITO AO QUE
SUCEDE
10. OS CONHECIMENTOS DE FACTO E A RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
“Em que consiste a nossa ideia de necessidade quando dizemos que dois
objetos estão necessariamente ligados entre si…” David Hume
CONTUDO OBSERVAMOS:
3. AO OBSERVAR QUE ALGUM EVENTO A TEM ATÉ AGORA
SIDO SEMPRE SEGUIDO DO EVENTO B, ACREDITAMOS QUE,
DA PRÓXIMA VEZ QUE OCORRER A, SUCEDERÁ B.
ACREDITAMOS QUE O FUTURO SERÁ IGUAL AO PASSADO.
4. DA OBSERVAÇÃO DESTA CONSTANTE CONJUGAÇÃO,
FORMAMOS A IDEIA DE CAUSA.
5. A IDEIA DE CAUSA NÃO DERIVA DA OBSERVAÇÃO DE UM
FENÓMENO MAS DO DESENVOLVIMENTO DE UM COSTUME
(O HÁBITO DE ESPERAR QUE B ACONTEÇA MAL VEMOS A
ACONTECER).
11. O PROBLEMA DA EXISTÊNCIA DO MUNDO EXTERIOR
- É a aparente constância das coisas que nos leva a acreditar
que têm existência independentemente das nossas
percepções.
- Mas o facto de não se justificar racionalmente a existência
do mundo, não significa que ele não exista.
- Não há forma de saber se as impressões ou ideias da nossa
mente correspondem a alguma realidade fora de nós.
12. O CETICISMO DE HUME
OS LIMITES DO CONHECIMENTO
Não podemos conhecer algo de que não tenhamos impressão sensível
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO NÃO É OBJETIVAMENTE JUSTIFICÁVEL
Os conhecimentos de questões de facto consiste em descobrir as causas
de certos efeitos mas a ideia de causa não deriva de uma impressão
sensível, apenas da conjunção e sucessão temporal dos acontecimentos
13. O CETICISMO DE HUME
A IDEIA DE CAUSA É RACIONAL E EMPERICAMENTE INJUSTIFICÁVEL
A ideia de causa é uma crença subjetiva que resulta de um hábito
(quando acontece A, daí resulta necessariamente B)
A IDEIA DE CAUSA É SUBJETIVAMENTE NECESSÁRIA (CETICISMO MITIGADO)
Acreditar que não há causa sem efeito é necessário para a vida que exige
previsibilidade e segurança
TODO O CONHECIMENTO SE LIMITA AO CAMPO DA EXPERIÊNCIA MAS NENHUMA
VERDADE OBJETIVA SE PODE ALCANÇA ACERCA DOS FACTOS
14. 1. Quais são para Hume os conteúdos da
mente e como se distinguem?
2. Como se explicam as ideias que não resultam
da observação como por exemplo cavalo alado?
15. 1. Quais são para Hume os conteúdos da mente e
como se distinguem?
Os conteúdos da mente são as impressões e as ideias.
As impressões correspondem aos dados da experiência ,
referem-se às nossas sensações externas e aos nossos
sentimentos.
As ideias são as representações ou imagens debilitadas,
enfraquecidas, das impressões.
A diferença entre as impressões e as ideias é de grau e não
de natureza; as ideias são cópias das impressões sensíveis.
Para Hume não há ideias inatas
16. 2. Como se explicam as ideias que não resultam
da observação como por exemplo cavalo alado?
Embora não sejam observáveis formam-se a partir da
experiência, a ideia de cavalo deriva de uma impressão e a
ideia de asas também deriva da experiência. A ideia de
cavalo alado deriva de uma combinação de elementos
empíricos.
17. 3. O que são relações entre ideias?
4. O que são conhecimentos de facto?
5. O que distingue essencialmente relações de ideias e
questões de facto?
18. 3. O que são relações entre ideias?
São proposições cuja verdade pode ser conhecida por
simples análise do significado das ideias que a compõem.
Ex: O quadrado tem quatro lados. A verdade desta
proposição determina-se pelo significado de “quadrado” e
“lados”
A verdade das proposições que consistem em relações de
ideias é independente da experiência, a priori.
19. 4. O que são conhecimentos de facto?
São proposições cuja verdade só pode ser conhecida
mediante a experiência, observando os factos para verem
se aquelas são verdadeiras ou falsas.
Estas proposições são verdadeiras ou falsas a posteriori.
20. 5. O que distingue essencialmente relações de
ideias e questões de facto?
Para além da verdade das proposições que expressam relações
de ideias se determinar a priori enquanto a verdade das proposições
que expressam questões de facto se determinar a posteriori…
a verdade das proposições que expressam relações de ideias é
necessária enquanto que a verdade das proposições de facto é
contingente e pode ser negada sem contradição.
21. 6. O que significa a ideia de causalidade ou
conexão necessária entre dois fenómenos?
7. Segundo Hume por que não podemos
comprovar empiricamente a relação causal entre
fenómenos?
8. Como é que inferimos uma relação causal entre
fenómenos?
22. 6. O que significa a ideia de causalidade ou
conexão necessária entre dois fenómenos?
Significa que entre dois fenómenos (A e B) há uma relação
tal que, acontecendo A não pode deixar de acontecer B.
23. 7. Segundo Hume por que não podemos
comprovar empiricamente a relação causal entre
fenómenos?
Não podemos comprovar empiricamente a ideia de uma
conexão necessária porque as ideias derivam da
experiência e esta só nos dá a ideia de sucessão e de
conjunção temporal e espacial, mas não a ideia de que B
depende de A para acontecer. Não temos qualquer
impressão da ideia de causa.
24. 8. Como é que inferimos uma relação
causal entre fenómenos?
Não temos experiência da ideia de causa mas apenas da
conjunção constante entre fenómenos. A ideia de causa
surge do hábito de vermos constantemente associados dois
fenómenos. A ideia de causa tem uma raiz empírica
(psicológica) porque deriva de um hábito mental.
25. 9. O conhecimento é possível?
10. Podemos conhecer a realidade
independentemente da experiência?
26. 9. O conhecimento é possível?
É possível o conhecimento relativo a relação de ideias –
lógica e matemática.
Os conhecimentos de factos, baseados na ideia de causa
não têm justificação racional e empírica.
A ideia de causa resulta do hábito de pensar que não há
efeito sem causa
27. 10. Podemos conhecer a realidade independentemente
da experiência?
Não podemos conhecer a realidade independentemente da
Experiência. Todo o conhecimento do que existe e acontece
no mundo deriva da experiência, embora esta não possa
garantir a objetividade dos conhecimentos