O documento apresenta uma introdução à cineantropometria, abordando sua história e evolução, conceitos básicos, relação com avaliação e planejamento, e aplicações. Discorre sobre a evolução histórica da antropometria desde a antiguidade até a era moderna, conceituando cineantropometria, sistemas de medidas, percepção do corpo humano, testes, medidas, avaliação, qualidades físicas e objetivos da cineantropometria na educação física.
2. UNIDADE I: INTRODUÇÃO À
CINEANTROPOMETRIA
História e Evolução
Conceitos Básicos
Relação entre Avaliação e Planejamento
Aplicação da Cineantropometria e das Medidas e
Avaliação Física
4. VISÃO GERAL: O QUE É?
Antropometria
Athropos (Antropo/Antropía) = Homem
Metron (Metrys/Metría) = Medida
Medida do Homem (Ser Humano)
Cineantropometria
Kinein (Cine) = Movimento
Anthropo = Homem
Metron = Medida
Medida do Ser Humano e Seu Movimento
5. VISÃO GERAL: SISTEMAS DE MEDIDAS
Sistema (Padrão) Internacional
Sistema Métrico-Decimal
Utilizado no Brasil
metro, decímetro, centrímetro, grama, quilograma, milig
rama, litro, mililitro, metro-quadrado, metro por
segundo, quilômetro por hora…
Sistema (Padrão) Imperial
Utilizado nos EUA e alguns países da Europa
jarda, milha, pé, polegada…
6. PERCEPÇÃO DO CORPO HUMANO
Confecção de
ferramentas e
vestimentas
Corpo humano como
referência de medida
8. ANTIGUIDADE
Egípcios: dedo médio como referência ou
dimensão padrão. (altura de homem adulto bem
formado: 19 dedos de medida)
Gregos: cabeça como referência ou padrão de
medida. (8 cabeças)
Cerca de 15 d.C. Vitruvius, arquiteto e teorista
romano escreveu tratado sobre a proporção
humana – Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci
12. RENASCENÇA
“Four Books of Human
Proportions” de Albrecht
Durer (1452-1519) –
início da Antropometria
Johann Sigismund
Elsholtz –
alemão, inventou o termo
Antropometria em sua
tese de graduação em
1654
13. BIOMETRIA X ANTROPOMETRIA X
CINEANTROPOMETRIA
Bio = Vida
Metron = Medida
O termo “Cineantropometria” teve sua primeira
conceituação no Congresso Internacional de
Ciências da Atividade Física em Montreal no ano de
1972, em um artigo escrito por Ross e Col.,
substituindo o termo “Biometria” por
“Cineantropometria”
15. RESUMO DA ERA MODERNA
Final do século XIX:
precursores da Somatotipia: escola
Francesa, Italiana e Alemã.
Século XX
Após 1920 – começou o uso de testes, medidas e
instrumentos de avaliação;
1921 – fracionamento da Composição Corporal
(P.G, P.O, P.R, P. M);
1930 - 1º Compasso para verificar gordura
1940 – Sheldon, criou o Somatotipo –
Endomorfia, Mesomorfia e Ectomorfia.
17. TESTES
“É o principal veículo para se obter
informação, quer seja numa situação complexa ou
simples...” (MATHEWS, 1980)
“Um teste é um instrumento ou procedimento que
traz à tona uma resposta observável a fim de
fornecer informação sobre um atributo específico
de uma ou mais pessoas.” (TRITSCHLER, 2003)
“É o método empregado para medir.”
(POMPEU, 2004)
Como você definiria então o que é Teste?
18. TESTES
OS TESTES SÃO OS MEIOS PELOS QUAIS
OBTEMOS AS INFORMAÇÕES SOBRE UM
DETERMINADO OBJETO OU INDIVÍDUO. NO
CASO DA AVALIAÇÃO FÍSICA, UM TESTE É O
MEIO (INSTRUMENTO) QUE FORNECE AO
AVALIADOR AS INFORMAÇÕES (DADOS) SOBRE
O AVALIADO.
19. MEDIDAS
“É o processo de se determinar sistematicamente
valores numéricos para um atributo de interesse.”
(TRITSCHLER, 2003)
“É uma grandeza determinada que serve de padrão
(modelo) para a comparação com outras.”
(POMPEU, 2004)
Como então você definiria agora o que é Medida?
20. MEDIDAS
AS MEDIDAS SÃO AS RESPOSTAS (DADOS)
OBTIDAS POR INTERMÉDIO DOS TESTES E
OBSERVAÇÕES. ESTAS MEDIDAS PODEM SER
NUMÉRICAS OU NÃO.
21. AVALIAÇÃO
“A avaliação implica
julgamento, estimativa, classificação e interpretação...
(dos dados)” (MATHEWS, 1980)
“É o
julgamento, interpretação, correlação, compreensão, or
ganização, classificação e aplicação dos resultados
obtidos baseados na medida ou em algum critério pré-
determinado; ela orienta e verifica se os propósitos e
objetivos do programa estão sendo alcançados.”
(FERNANDES FILHO, 1999)
“É o processo de descrever subjetivamente , de forma
qualitativa ou quantitativa, um atributo de interesse.
Também pode se referir coletivamente tanto para
medida como para avaliação.” (TRITSCHLER, 2003)
Então Avaliação é...
22. AVALIAÇÃO
A AVALIAÇÃO É O VERDADEIRO OBJETIVO DA
REALIZAÇÃO DA OBTENÇÃO DE MEDIDAS
FEITAS ATRAVÉS DE UM TESTE, POIS ATRAVÉS
DA INTERPRETAÇÃO E JULGAMENTO DO
AVALIADOR SERÃO OBTIDOS OS RESULTADOS E
CONCLUSÕES ACERCA DE UM ATRIBUTO OU
OBJETO.
23. BATERIA DE TESTES
A BATERIA DE TESTES É UM AGRUPAMENTO
DE TESTES ORGANIZADOS
SISTEMATICAMENTE VISANDO UM OBJETIVO
COMUM, SEJA NA EDUCAÇÃO, SAÚDE, LAZER
OU DESEMPENHO ESPORTIVO.
24. APTIDÃO FÍSICA E CONDICIONAMENTO FÍSICO
“A capacidade de um indivíduo de desempenhar
tarefas físicas dadas envolvendo esforço
muscular.” (MATHEWS, 1980)
“A aptidão física geral é composta por fatores
biológicos e psicossociais que por sua vez são
constituídos por diferentes características.”
(MATSUDO, 1998)
“(Condicionamento total) ... qualidade de vida
ótima, incluindo componentes
sociais, mentais, espirituais e físicos. Também
chamado de bem-estar ou saúde positiva.”
(HOWLEY; FRANKS, 2000)
25. QUALIDADES FÍSICAS
Variáveis Metabólicas Resistência Anaeróbia Alática (ATP-CP)
(Bioenergética) Lática (Glicolítica
Resistência Aeróbia Oxidativa
Força Muscular Força Estática
Força Dinâmica
Variáveis Musculoesqueléticas Força Potente ou Explosiva
Resistência Muscular Resistência Muscular
Localizada (RML)
Flexibilidade Total
Localizada
Habilidades Específicas Velocidade Velocidade de Reação
Velocidade Segmentar
Velocidade de Deslocamento
Agilidade -
Equilíbrio Estático
Dinâmico
Recuperado
Descontração Total
Diferencial
Ritmo -
Coordenação -
Outras Variáveis Composição Corporal
Somatotipia
Maturação Biológica
Variáveis Psicossociais
27. PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
A avaliação física dentro de um planejamento de aula
ou treinamento é utilizado com meio de informações
sobre diversos aspectos da aula ou treino, como por
exemplo, as condições físicas atualizadas do
aluno/atleta (diagnóstico), o rendimento e verificar se
as metas foram alcançadas.
28. OBJETIVOS DO ESTUDO DA
CINEANTROPOMETRIA NA EF
Avaliar o estado do indivíduo ao iniciar um programa de
treinamento;
Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido
de superá-las;
Auxiliar o indivíduo na escolha de uma atividade física que,
além de motivá-lo possa desenvolver suas aptidões;
Impedir que a atividade física seja um fator de agressão;
Acompanhar o progresso do indivíduo;
Selecionar elementos de alto nível para integrar equipes de
competição;
Estabelecer e reciclar o programa de treinamento;
Desenvolver pesquisa em EF;
Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento
dos alunos.
29. O PAPEL DO AVALIADOR FÍSICO
Segundo a resolução 46 de 2002 do CONFEF –
Documento de Intervenção do Profissional de
Educação Física.
Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar,
executar, dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescre
ver, orientar, identificar necessidades, desenvolver coleta
de dados, entrevistas, aplicar métodos e técnicas de
medidas e avaliação
cineantropmétrica, biomecânica, motora, funcional, psicofi
siológica e de composição corporal, em laboratórios ou no
campo prático de intervenção, com o objetivo de avaliar o
condicionamento físico, os componentes funcionais e
morfológicos e a execução técnica de
movimentos, objetivando orientar, prevenir e reabilitar o
condicionamento, o rendimento físico, técnico e artístico
dos beneficiários.
30. APLICAÇÃO DOS MÉTODOS E TÉCNICAS DE
MEDIDAS E AVALIAÇÃO
Cineantropometria
Avaliação Biomecânica
Avaliação Motora
Avaliação Funcional
Avaliação Psicofisiológica
Composição Corporal
31. LOCAL E OBJETIVOS
Local:
Laboratórios ou Campo Prático de Intervenção
Objetivos:
Avaliar:
O condicionamento físico
Os componentes funcionais
Os componentes morfológicos
Execução Técnica dos Movimentos
32. FINALIDADES
Orientar
Prevenir
Reabilitar o condicionamento
O rendimento físico
O rendimento técnico
O rendimento artístico dos beneficiários
34. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E PROGNÓSTICA
Diagnóstica: Estas avaliações são aquelas
projetadas para identificar fraquezas. Baseados
nesta avaliação, os profissionais de Educação
Física podem recomendar exercícios, atividades de
aprendizagem ou treino de habilidades necessárias
para remediar uma fraqueza identificada.
Prognóstica: São aquelas projetadas pra predizer o
potencial para o desenvolvimento de um atributo
humano. As avaliações prognósticas estão
preocupadas com a capacidade dos examinados
em desenvolver uma habilidade e finalizar o
desenvolvimento dessa habilidade ou aptidão.
35. AVALIAÇÃO SOMATIVA E FORMATIVA
Somativa: São aquelas conduzidas ao término (soma) de
um programa identificado, ocorrendo na conclusão de um
programa ou de unidade de estudo. É a prática comum de
teste quando os resultados da avaliação são utilizados
para a atribuição de notas ou para análise do programa.
Formativa: São aquelas que ocorrem enquanto
habilidades, conhecimentos e/ou atitudes ainda estão
sendo formadas, e não ao final do programa. As
avaliações formativas são oferecidas para se obterem
dados a serem utilizados para classificação, motivação e
diagnóstico. Teste de desempenho para favorecer o
aprendizado é outra forma de avaliação formativa.
36. CLASSIFICAÇÃO DAS AVALIAÇÕES QUANTOS
AO OBJETIVOS
Seleção.
Os treinadores geralmente utilizam testes de
desempenho para acrescentar objetividade às provas.
Os resultados ajudam a identificar os atletas mais aptos
a contribuir com a equipe. De forma similar, os testes
de desempenho são utilizados em provas para líderes
de torcida, equipes de dança, e outras equipes
orientadas para o desempenho.
37. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS OBJETIVOS
Classificação
Motivação
Aprendizagem
Orientação
Adequação Vocacional
Pesquisa
38. CLASSIFICAÇÃO
A classificação resulta no agrupamento de indivíduos para
aumentar as oportunidades da atividade ou instrução. Os
agrupamentos de indivíduos semelhantes são baseados
na suposição de que um grupo homogêneo atende melhor
às necessidades dos participantes do que um
heterogêneo. Agrupamentos heterogêneos também são
criados às vezes para formar equipes de capacidades
levemente diferenciadas ou para melhorar o
relacionamento interpessoal. A classificação é realizada a
partir da aplicação e interpretação dos resultados de
avaliações apropriadas.
39. MOTIVAÇÃO
A importância de se utilizarem os resultados da avaliação
para motivar não deveria ser subestimada. Os seres
humanos frequentemente podem ser motivados a realizar
façanhas em níveis mais elevados por causa do seu
desejo inerente de fazer uma boa exibição e/ou em
resposta a um espírito de competição. As chaves para o
uso eficiente da motivação são a melhora pessoal e a
auto-realização.
40. APRENDIZAGEM
Pesquisadores na área de aprendizagem motora têm
afirmado que o feedback sobre o desempenho é essencial
para a aprendizagem. Com o uso de alvos, cordas e
cones, os testes de habilidades esportivas geralmente
fornecem um feedback sobre o desempenho melhor do
que aqueles obtidos no ambiente natural do esporte.
41. ORIENTAÇÃO
Alguns aspectos da orientação estão interligados com os
domínios da avaliação, que é difícil delimitá-los. Os dados
da avaliação podem ser acumulados com o tempo para
fornecer uma visão completa da mudança do nível de
desempenho de uma pessoa. As avaliações
diagnósticas, prognósticas e de habilidade são
particularmente valiosas para prescrever recomendações
na área da Educação Física e Esporte.
42. ADEQUAÇÃO VOCACIONAL
Cada vez mais os empregadores utilizam testes pré-
contratação para determinar a adequação de um
candidato para emprego em particular, como por
exemplo, a seleção de um corpo policial ou de bombeiros.
43. PESQUISA
Os pesquisadores utilizam os resultados das avaliações
de muitas e variadas maneiras. As variáveis sob
investigação são frequentemente definidas de forma
operacional, de acordo com os resultados gerados por
uma ferramenta específica de avaliação. Dessa forma, os
resultados dos testes fornecem dados que são analisados
para responder os problemas investigados.