SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
SOCIEDADE BRASILEIRA
DE DERMATOLOGIA
www.sbd.org.br
CUIDADOS
COM A PELE DA PESSOA
IDOSA
2	 Sociedade Brasileira de Dermatologia
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
PRESIDENTE:
José Antonio Sanches Junior | SP
VICE-PRESIDENTE:
Sérgio Luiz Lira Palma | PE
SECRETÁRIO-GERAL:
Flávio Barbosa Luz | RJ
TESOUREIRA:
Maria Auxiliadora Jeunon Sousa | RJ
1o
SECRETÁRIO:
Hélio Amante Miot | SP
2a
SECRETÁRIA:
Sílvia Maria Schmidt | SC
DEPARTAMENTO DE DERMATOLOGIA GERIATRICA:
Coordenadora:
Silvia Marcondes Pereira
Assessor:
Luiz Gameiro
Texto:
Luiz Gameiro
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
Sociedade Brasileira de Dermatologia	 3
INTRODUÇÃO
Em algumas regiões como o Rio
Grande do Sul e o Estado do Rio
de Janeiro, o grupo nessa faixa etária
já representa quase um em cada
cinco indivíduos.7
Assim, em virtude
dessas importantes mudanças
no cenário demográfico, grandes
desafios surgem. Um país enorme,
de dimensões continentais como
o Brasil, necessita cada vez mais
de políticas públicas que dêem à
pessoa idosa sua devida relevância
na sociedade. Sugiro uma reflexão:
envelhecer é inexorável, porém
envelhecer com qualidade é uma
dádiva…
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
A pele é considerada o maior órgão do corpo humano,representa cerca de 15% do seu peso
e se divide em três camadas:epiderme,derme e hipoderme.8
A primeira é composta,basicamente,
por células de revestimento e resistência (queratinócitos) e pelos melanócitos, responsáveis pela
produção de melanina (pigmento que dá o tom da pele). Já a derme é caracterizada por um
rico tecido composto de diversas estruturas como os fibroblastos (células produtores das fibras
colágenas e elásticas), vasos sanguíneos, glândulas sebáceas (óleo) e sudoríparas (suor), nervos,
receptores sensoriais (tato, pressão, temperatura) e folículo piloso (pelo/cabelo).8
A camada mais
profunda do tegumento, hipoderme, é constituída por tecido gorduroso (subcutâneo). Além de
ser a estrutura que nos reveste externamente,ela possui inúmeras funções essenciais para a saúde
geral. Serve de barreira (mecânica, física e química) contra os agentes externos e nos protege
contra a invasão de inúmeros microrganismos como bactérias, vírus e fungos.9
Além disso, produz
vitamina D ao se expôr a radiação solar (UVB),regula a temperatura corporal através da produção
de suor e reatividade dos vasos sanguíneos e, ainda, atua como nosso principal órgão sensorial.9
Ademais, convém citar que a pele tem um papel essencial na vida familiar, social e sexual de todas
as pessoas.10,11
Em outras palavras, a fim de transmitirmos uma boa impressão ao relacionarmos
com os outros, exige-se que nossa pele e cabelos estejam não somente agradáveis visualmente,
mas também ao tato e olfato…10
Vários estudos, nesse sentido, enfatizam a importante função
psico-emocional da pele, a qual relaciona, intimamente, as enfermidades cutâneas com as doenças
do sistema nervoso, e vice-versa.9,12
4	 Sociedade Brasileira de Dermatologia
PELE
Sociedade Brasileira de Dermatologia	 5
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
“SE O MÉDICO
TEM CABELO
BRANCO, ENTÃO
JÁ PODEMOS
CONFIAR…!”
As doenças de pele, uma das mais frequentes do ser humano,
acomete de 1/3 a mais de 50% das pessoas e, na faixa etária idosa,
esse índice é ainda maior.13
No total, existem mais de 3.000 diferentes
enfermidades do tegumento, que podem causar uma enorme gama de
alterações como ressecamento, prurido, calosidades, vesículas, bolhas,
úlceras, tumores benignos/malignos, dor e até incapacidades físicas
e morte.14
De uma forma geral, todas as faixas etárias podem ser
acometidas, desde o recém-nascido até o indivíduo centenário.A idade
age como um fator de risco,de tal maneira que as patologias tornam-se
mais comuns com o avançar dos anos.15
Uma relevante pesquisa norte-
americana conduzida por Beauregard,registrou pelo menos uma queixa
dermatológica em quatro a cada cinco octogenários.16
A pele é o local onde primeiro notamos os sinais do
envelhecimento. Surgem os primeiros sinais no rosto… as rugas,
manchas, flacidez, ressecamento, flacidez, cabelos grisalhos e mais
finos, unhas quebradiças, “vasinhos”… enfim, efeito inexorável do
tempo. Geram preocupações com relação a nossa aparência, porém,
indubitavelmente, revelam nossa experiência de vida, “batalhas” e
superações…Vale lembrar um dito popular:“Se o médico tem cabelo
branco, então já podemos confiar…!”
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
6	 Sociedade Brasileira de Dermatologia
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
O envelhecimento da pele pode
ser divido em intrínseco (interno) e
extrínseco (externo).O primeiro,genético
e cronológico,é decorrente do passar dos
anos. Ao passo que o extrínseco resulta
dos danos ambientais, principalmente
da radiação ultravioleta (UV) emitida
pelo sol (fotoenvelhecimento), além de
outros fatores como tabagismo, profissão,
hábitos nutricionais e poluição. Grande
parte das marcas que identificamos numa
pele envelhecida é consequência do
fotoenvelhecimento. Assim, a exposição
crônica a radiação solar por várias décadas
é principal responsável pelas modificações
em nossa cútis. Basta reparar na pele de
umapessoaquetrabalhoupormuitosanos
ao sol sem proteção… A área exposta
ao sol (rosto, pescoço, mãos e braços)
apresenta inúmeros sinais característicos
de uma pele “velha”, ao passo que a
zona protegida da radiação (mamas,
axilas, glúteos, abdome) praticamente
não tem manchas, rugas nem alterações
de textura… Assim, podemos dizer que,
numa mesmo indivíduo, a pele exposta
ao sol envelhece muitas vezes mais que
a não exposta.
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
Sociedade Brasileira de Dermatologia	 7
PELE
Com relação às doenças de
pele mais frequentes em idosos,
um importante estudo realizado
pela Sociedade Brasileira de
Dermatologia, em 2006, investigou
as principais queixas em mais de
50 mil consultas dermatológicas
nas cinco regiões do Brasil.17
Esta
pesquisa revelou que os tumores
cutâneos (benignos, pré-malignos e
malignos), as micoses superficiais e o
ressecamento/espessamento da pele
são os problemas mais comuns nos
brasileiros com 65 anos ou mais.17
Queixas relacionas a manchas,alergias
e psoríase apareceram na sequência.17
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
8	 Sociedade Brasileira de Dermatologia
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
A MESMA RADIAÇÃO
(UVB) NECESSÁRIA
PARA A SÍNTESE DE
VITAMINA D NA
PELE É EXATAMENTE
A PRINCIPAL
RESPONSÁVEL PELO
SURGIMENTO DE
TUMORES MALIGNOS
CUTÂNEOS…
Como manter a pele do idoso
saudável e prevenir doenças
Uma dúvida muito frequente entre
as pessoas idosas e seus familiares está
relacionada a quais cuidados devemos ter para
manter a pele saudável.Assim,enumeramos os
principais pontos a serem observados:
Sol, Vitamina D e Câncer da Pele
Antes de tudo, é inegável reconhecer
que o Sol é essencial à vida na Terra, tanto para
as plantas quanto para os animais. A exposição
rotineira à radiação ultravioleta é necessária para a
produção de vitamina D na pele.A fonte alimentar
isoladamente não é suficiente para suprir as
demandas dos seres humanos. Esta vitamina,
também obtida de alguns alimentos como salmão,
atum e sardinha, tem a propriedade de aumentar a
absorção intestinal de cálcio, sendo essencial para
o bom funcionamento dos ossos e prevenção
da osteoporose. Importante, nesse momento,
enfatizar um conceito fundamental: é no meio do
dia, ao redor da hora do almoço, que a produção
da vitamina D ocorre com mais intensidade (às
custas da radiação UVB). Em outras palavras, tomar
sol no começo ou final do dia não produz vitamina
D eficientemente.
Diante disso, surge a polêmica: não é
justamente nesses horários, ou seja, das 10h às 15h,
que devemos evitar a exposição ao sol devido ao
risco do câncer da pele? Sim, por isso ocorre o
debate…
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
Sociedade Brasileira de Dermatologia	 9
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
A Sociedade Brasileira de Dermatologia,
através do Consenso Brasileiro de
Fotoproteção (2014),18
faz as seguintes recomendações:
1.	A exposição ao Sol, de forma intencional e desprotegida, não deve ser considerada
como fonte para a produção de vitamina D ou para a prevenção de sua deficiência;
2.	O uso de protetores solares com FPS superiores a 30 deve ser recomendado para
todos os pacientes, acima de 6 meses, expostos ao Sol;
3.	Não se deve realizar exposição ao Sol sem o uso adequado de protetores solares;
Pacientes considerados como sendo de risco para o desenvolvimento de deficiência
de vitamina D devem ser monitorados por exames periódicos e podem utilizar
fontes dietéticas ou suplementação vitamínica para a prevenção de deficiência de
vitamina D;
4.	Por fim, a SBD entende que a política para a prevenção ao câncer de pele, por meio
da fotoproteção consciente, é a medida prioritária em termos de Saúde Pública para
o Brasil, particularmente na área da Dermatologia;
5.	A SBD continua a estimular a população a evitar a exposição ao Sol sem a adequada
proteção, especialmente no período de maior risco, entre 10h e 15h.
	O câncer da pele é considerado o mais comum de todo o organismo e sua incidência
aumenta com a idade. Os idosos, principalmente aqueles de pele clara, que vivem ou
viveram em ambientes com altos índices de radiação ultravioleta (ex.: Brasil) são os
mais sujeitos a sofrerem deste problema. Também são considerados de maior risco
os indivíduos com olhos e cabelos claro/ruivos, histórico de queimaduras solares na
infância/adolescência, história pessoal/familiar de câncer da pele e presença de mais
de 50 “pintas” (nevos melanocíticos).
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
10	 Sociedade Brasileira de Dermatologia
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
Os tumores malignos cutâneos se
dividem basicamente em dois tipos: melanoma
e câncer de pele não-melanoma. O primeiro,
menos freqüente porém muito agressivo, se
apresenta através do surgimento de uma “pinta”
nova (70% dos casos) ou mudança na cor,
contorno, tamanho ou aparecimento de algum
sintoma (dor, prurido ou sangramento) numa
“pinta” já existente (30% dos casos). A pele das
costas e as pernas são os locais mais comuns,
porém, em idosos, o melanoma também podem
ocorrer no rosto, couro cabeludo ou pescoço.
O outro tumor, câncer de pele não-melanoma,
é representado pelos carcinomas basocelular e
espinocelular.Nesses casos,o surgimento habitual
ocorre na forma de uma pequena “espinha”
que não cicatriza após 1-2 meses ou de lesões/
feridas com crescimento rápido e progressivo
associado a escamações e que, eventualmente,
doem ou sangram. As áreas bem expostas ao
sol, principalmente pele do rosto, pescoço,
antebraços ou couro cabeludo de homens calvos
são as mais frequentes.
Importante também citar outra
enfermidade muito comum após os 50 anos de
idade, a queratose solar, actínica ou senil. São
aquelas pequenas manchas avermelhadas com
textura áspera, ressecada, às vezes com escamas
espessas e aderentes, muito frequentes no rosto
e braços de pessoas claras.19
É considerada,
em nosso país, a doença de pele mais comum
na faixa etária dos 65 anos ou mais, conforme
estudo citado anteriormente e realizado pela
Sociedade Brasileira de Dermatologia.17
Além
do desconforto estético, as queratoses solares
também podem causar prurido/dor e, mais
importante, são consideradas pré-malignas.19
Ou seja, existe um risco eventual de, no futuro,
alguma dessas lesões se transformarem em um
câncer da pele.
COMO TODOS
OS OUTROS
TUMORES DO
CORPO HUMANO,
O DIAGNÓSTICO
PRECOCE É O MAIOR
RESPONSÁVEL PELOS
MAIORES ÍNDICES DE
CURA, E PORTANTO,
O SUCESSO DO
TRATAMENTO.
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
Sociedade Brasileira de Dermatologia	 11
Elencamos as principais medidas de prevenção contra o câncer da pele,
especialmente para os idosos em geral:
l 	Realizar frequentemente o auto-exame da pele - inspeção completa e cuidadosa da pele de
todo o corpo, do couro cabeludo à sola dos pés, com a ajuda de espelhos e de um familiar.
Dar especial atenção a cor, tamanho, relevo e formato das pintas e lesões na pele. Se
detectar lesão nova e suspeita ou alteração numa anterior, agendar uma consulta médica.
l	 Exame completo da pele,se possível realizado anualmente,por um médico dermatologista.
l	Evitar a exposição ao Sol sem a adequada proteção, especialmente no período de maior
risco, entre 10h e 15h.
l	 Usar filtro solar nas áreas expostas, roupas com o intuito de fotoproteção, acessórios
como óculos de sol, chapéu/boné/viseiras e guarda-sol/sombrinhas.
Orientar as crianças e adolescentes (filhos,
sobrinhos, netos) sobre a importância dessas
medidas para prevenção do câncer da pele na idade
adulta. Interessante destacar a conclusão de um
estudo recente conduzido na Australia: o uso de
filtro solar na infância reduziu em 40% o risco de
melanoma na idade adulta.
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
12	 Sociedade Brasileira de Dermatologia
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
Cuidado com os pés
As micoses superficiais (pele e unhas)
em idosos são bastante comuns e representam,
no Brasil, a terceira queixa nos consultórios
dermatológicos (SBD). São causadas por
fungos, microrganismos existentes na terra
e pele de animais e humanos. Três condições
são bastante favoráveis para o seu crescimento:
calor, umidade e falta de luz. Assim, costumam
causar infecção, principalmente, na pele e
unhas. As “frieiras” e as micoses nas unhas
dos pés são as mais frequentes. Contagiosas,
podem transmitir para outras pessoas ou afetar
outros locais no mesmo paciente. Dessa forma,
podem contaminar a pele das virilhas, corpo
ou as unhas das mãos. O tratamento tópico
é suficiente na maioria das vezes, realizado
através do uso de antifúngicos, na forma de
cremes ou sprays para a pele ou esmaltes para
as unhas. Medicamentos orais geralmente são
evitados nos maiores de 60 anos, devido ao
fato de serem potencialmente hepatotóxicos
(prejudiciais ao fígado). Frequentemente,
no caso das alterações ungueais, a ajuda de
profissionais da podologia pode acelerar
o resultado, uma vez que os tratamentos
costumam ser longos, estendo-se por vários
meses.
Importante mencionar que,não raro,as micoses nos pés pode ser uma“porta de entrada”para
uma doença mais séria,isso decorrente da fissura que causa na pele infectada.Exemplos desse problema
são: a erisipela e a celulite na perna, que ocorrem principalmente em indivíduos com mais de 60 anos,
muitas vezes também portadores de outras enfermidades, como obesidade, sedentarismo, tabagismo,
diabetes, etilismo ou com insuficiência de algum outro órgão. Esses dois exemplos são infecções
bacterianas da pele e tecido subcutâneo que geralmente necessitam de antibiótico intravenoso em
ambiente hospitalar. Como complicações, podem resultar em trombose venosa profunda ou infecções
mais graves, como a pneumonia.
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
Sociedade Brasileira de Dermatologia	 13
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
l	 Lavar diariamente seus pés com sabonete, esfregando
principalmente as áreas mais abafadas como o vão entre os dedos;
l	 Secar muito bem os pés, logo após o banho. Se tiver
micose, utilizar uma toalha exclusiva para este local ou, até mesmo,
secador de cabelos no modo frio;
l	 Utilizar calçados abertos, sempre que possível, para
facilitar a ventilação e exposição da pele à luz. Se possível, expor a
área acometida pela micose ao sol por 5 a 10 minutos por dia;
l	 Evitar o uso de sapatos apertados ou sandálias
que comprimam os dedos. Com o envelhecimento, alterações
ósteo-articulares são muito comuns e os ossos dos pés também
sofrem diminuição de sua densidade (osteopenia/osteoporose) e
acumulam inflamações nas articulações (artrite/artrose). Como
consequência, os dedos perdem alinhamento, movimento e
flexibilidade habituais. Assim o calçado, não estando adaptado a
essa nova realidade, pode agravar o problema. Portanto, atenção
aos pés! Tanto a sustentação quanto o equilíbrio do nosso corpo
dependem muito desse apoio…
l	 Se houver calos na região plantar, avaliar a necessidade
de colocar uma palmilha de silicone no calçado ou tênis (ajudam no
alívio da dor). Na presença de calosidades na lateral ou topo dos
dedos dos pés, alguns dispositivos que atuam como separadores
dos dedos podem aliviar o desconforto causado pela compressão
entre um osso e outro (separador interdigital de silicone);
l	 Cortar as unhas após o banho (ficam mais amolecidas)
e evite adentrar muito com o alicate nos cantos. Nunca remover
as cutículas (elas atuam como proteção natural contra inflamações
e infecções da pele e unhas); Nunca compartilhar materiais em
manicures ou podólogas;
l	 Inspecionar regularmente seus pés com relação a
vermelhidões, alterações de temperatura na pele (esfriamento ou
“calor” local), cortes (fissuras), calos, verrugas, feridas, úlceras ou
mudanças na circulação (pele azulada ou pálida). Se precisar, peça
que alguém o ajude nesta tarefa (pacientes diabéticos, em especial,
podem ter algum ferimento, não perceberem e isso gerar úlceras
difíceis de cicatrizar-se, devido a uma alteração na inervação da
pele, decorrente do diabetes).
Orientações para os pés:
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
14	 Sociedade Brasileira de Dermatologia
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
Pele Seca e fragilidade
cutânea
Com o envelhecimento, o
ressecamento da pele do corpo é uma regra,
devido a diminuição da produção de suor e
óleo pelas glândulas. Os braços e as pernas,
principalmente, abaixo dos joelhos, são as
zonas mais secas de todo tegumento. Além
de causarem incômodo pelo aspecto áspero
e envelhecido, podem resultar em prurido
persistente e até gerar alergias (dermatites).
Estas podem ser causadas pelo contato
com substâncias irritantes como sabonete,
cremes cosméticos ou componentes da
própria roupa. Infecções bacterianas podem
complicar esse quadro e necessitarem,
inclusive, de antibióticos por via oral.
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
Sociedade Brasileira de Dermatologia	 15
Para evitar a pele seca, alergias e feridas:
l	 Ingerir água com freqüência (lembre-se que o idoso tem menos sede e,portanto,é mais propenso
a desidratação);
l	 Evitar banhos quentes e demorados (máximo de 5 minutos);
l	 Não usar buchas ou esponjas, pois reduzem a proteção da pele, aumentam o ressecamento e o
risco de alergias;
l	 Usar sabonetes suaves ou neutros (glicerinados);
l	 Após o banho, secar, suavemente, a pele das pernas e braços com a toalha (fricção exagerada,
especialmente nos antebraços, pode gerar manchas roxas, também chamadas de púrpuras senis).
Esse fenômeno se dá pelo fato da pele do idoso ser mais fina e frágil, resultado da diminuição
importante de colágeno, e os vasos ficam mais propensos a romperem e extravasarem sangue.
Essa alteração é conhecida por dermatoporose, isto é, diminuição do tecido que suporta as
estruturas da pele, em paralelo com a osteoporose. Tal problema costuma ocorrer em outras
atividades do dia a dia que podem atritar ou ferir a pele fina, como na jardinagem, limpeza da
casa, esportes, cuidado dos netos… Nessas situações, recomenda-se vestir camisas ou camisetas
de manga longa, pois servem de proteção física para os antebraços, além do uso de cremes
emolientes (hidratantes). Convém lembrar que o uso de medicamentos como aspirina (AAS),
anticoagulantes, corticóides e outros também podem causar e agravar essas manchas roxas.
l	 Hidratar, diariamente, a pele do corpo, principalmente os braços e pernas (áreas mais secas),
com cremes ou loções (sem fragrâncias). O momento mais propício para esse procedimento é
após o banho, pois, assim, a eficácia da hidratação aumenta. Inúmeros produtos de boa qualidade
estão disponíveis nas drogarias para esse objetivo. Outra opção são emolientes à base de ureia,
formulados em farmácias de manipulação.
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
16	 Sociedade Brasileira de Dermatologia
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
Varizes, eczemas
varicoso e úlceras nas
pernas
A insuficiência venosa
crônica, uma das doenças mais
diagnosticadas no mundo, também
aumenta com o passar dos anos.
Acomete principalmente as
pernas e se apresenta de várias
formas: desde a aparência de
pequenos vasos na pele, varizes
(veias dilatadas), inchaço local
(edema), manchas acastanhadas,
até o endurecimento do tecido e
feridas (úlceras). Essa enfermidade,
de forma geral, pode aumentar
o risco de infecções profundas
da pele (erisipelas e celulites) e
tromboses, principalmente se o
paciente for portador de outras
enfermidades como hipertensão
arterial, diabetes, tabagismo ou
outras doenças cardio-vasculares.
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
Sociedade Brasileira de Dermatologia	 17
Recomendações:
l	 Fazer exercícios aeróbicos diariamente (caminhadas,
por exemplo, são excelentes para a circulação das
pernas);
l	 Evitar permanecer em pé ou sentado com as pernas
para baixo, por períodos longos (alterne com uma
breve caminhada a cada hora e/ou eleve os membros,
por exemplo);
l	 Ingerir água com frequência durante o dia, se não
houver alguma contra-indicação (a desidratação pode
aumentar o risco de trombose);
l	 Inspecionar suas pernas regularmente (vermelhidões,
aparência das veias, assimetrias, mudanças locais de
temperatura, endurecimento muscular e feridas);
l	 Atenção se houver dor,inchaço (edema),formigamento
ou sensação de peso nas pernas ao caminhar;
l	 Se houver varizes, avaliar, junto ao seu médico, se há
necessidade de utilizar meias de compressão (facilitam
a drenagem venosa dos membros inferiores e previnem
complicações);
l	 Consultar regularmente seu médico.
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
18	 Sociedade Brasileira de Dermatologia
DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
CONCLUSÃO
Diante de tantas alterações na pele do
idoso, muitas benignas, mas algumas malignas ou
potencialmente graves, o cuidado é essencial. Ter
acesso à informação correta pode ser um importante
diferencial no atendimento dessa população cada
vez maior e mais atuante em nossa sociedade.
CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA
Sociedade Brasileira de Dermatologia	 19
REFERÊNCIAS
1.	http://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WPA2015_Report.pdf
[Acesso 2018 nov 4].
2.	http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-08/ibge-expectativa-de-vida-dos-brasileiros-
aumentou-mais-de-75-anos-em-11 [Acesso 2018 out 15].
3.	http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-08/ibge-expectativa-de-vida-dos-brasileiros-
aumentou-mais-de-75-anos-em-11 [Acesso 2018 out 15].
4.	https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/18469-
expectativa-de-vida-do-brasileiro-sobe-para-75-8-anos. [Acesso 2018 nov 4].
5.	http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-04/populacao-com-60-anos-ou-mais-cresce-
quase-19-em-cinco-anos [Acesso 2018 out 15].
6.	http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2017/08/populacao-brasileira-passa-de-207-7-milhoes-
em-2017 [Acesso 2018 ago 10].
7.	https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-
numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017 [Acesso 2018 out 15].
8.	Yannas I.Tissue and organ regeneration in adults. NewYork: Springer-Verlag, 2001.
9. 	Tobin, DJ. Biochemistry of human skin—our brain on the outside. Desmond J.Tobin - Chem. Soc. Rev.,
2006, 35, 52–67 - DOI: 10.1039/b505793k
10. 	Rook’s Textbook of Dermatology, 7th Edition Tony Burns (Editor), Stephen Breathnach (Editor), Neil
Cox (Editor), Christopher Griffiths (Editor) ISBN: 978-1-405-14104-8 Apr 2008,Wiley-Blackwell
11. 	Arthur K. Balin.Albert M. Kligman.Aging and the skin. Raven Press. NewYork. 1989.
12.	Slominski A,Wortsman J. Neuroendocrinology of the skin. Endocrine Reviews 2000;21:457-87
13.	Hay RJ, Johns NE,Williams HC, Bollinger IW, Dellavalle RP, Margolis DJ, Naldi L,Weinstock MA,Wulf
SK, Michaud C, Murray CJL, Naghavi M.The global burden of skin disease in 2010. An analysis of the
prevalence and impact of skin conditions. Journal of Investigative Dermatology 2014;134:1527–1534.
14.	Bickers DR, Lim HW, Margolis D, Weinstock MA, Goodman C, Faulkner E, Gemmen E, Dall T. The
burden of skin diseases: 2004 a joint project of the American Academy of Dermatology Association
and the Society for Investigative Dermatology. J Am Acad Dermatol 2006;55(3):490–500.
15.	Johnson MLT, Roberts J. Skin conditions and related need for medical care among persons 1-74 years.
United States, 1971-1974.Vital Health Stat 11. 1978 Nov;(212):i-v, 1-72.
16.	Beauregard S, Gilchrest BA. A survey of skin problems and skin care regimens in the elderly. Arch
Dermatol 1987;123:1638-43)
17.	Sociedade Brasileira de Dermatologia. Perfil nosológico das consultas dermatológicas no Brasil. An
Bras Dermatol. 2006;81(6):549-58.
18.	Schalka S, Steiner D, Ravelli FN, Steiner T, Terena AC, Marçon CR, et al. Consenso Brasileiro de
Fotoproteção.An Bras Dermatol. 2014;89(6 Supl 1):S6-75.
19.	Gameiro L, Tovo LFR, Sanches JA, Aprahamian I. Tratamento de queratoses actínicas e campo de
cancerização da face e couro cabeludo com o gel de mebutato de ingenol a 0,015% em indivíduos
brasileiros: segurança clínica, tolerabilidade e perspectivas do paciente. An Bras Dermatol. 2018
[in press].
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
www.sbd.org.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Primeiros Socorros - Emergências Pediátricas e Geriátricas
Primeiros Socorros - Emergências Pediátricas e GeriátricasPrimeiros Socorros - Emergências Pediátricas e Geriátricas
Primeiros Socorros - Emergências Pediátricas e GeriátricasWelisson Porto
 
Feridas e Curativos
Feridas e CurativosFeridas e Curativos
Feridas e CurativosElayne Nunes
 
Política nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPolítica nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPriscila Tenório
 
Apresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaApresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaCarla Couto
 
Ética e legislação em enfermagem
Ética e legislação em enfermagemÉtica e legislação em enfermagem
Ética e legislação em enfermagemluzienne moraes
 
Lei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissionalLei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissionalFernando Dias
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia Stefane Rayane
 
Fisiologia do envelhecimento
Fisiologia do envelhecimentoFisiologia do envelhecimento
Fisiologia do envelhecimentoAndré Fidelis
 
Úlcera por Pressão: Prevenção
Úlcera por Pressão: PrevençãoÚlcera por Pressão: Prevenção
Úlcera por Pressão: PrevençãoProqualis
 
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.luzienne moraes
 
Aula saude do idoso
Aula saude do idosoAula saude do idoso
Aula saude do idosomorgausesp
 
Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)
Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)
Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)Joseir Saturnino
 
A humanização do ambiente hospitalar
A humanização do ambiente hospitalarA humanização do ambiente hospitalar
A humanização do ambiente hospitalarEugenio Rocha
 
Úlcera Por Pressão
Úlcera Por PressãoÚlcera Por Pressão
Úlcera Por PressãoCíntia Costa
 
Ética Profissional de enfermagem
Ética Profissional de enfermagemÉtica Profissional de enfermagem
Ética Profissional de enfermagemfnanda
 

Mais procurados (20)

Primeiros Socorros - Emergências Pediátricas e Geriátricas
Primeiros Socorros - Emergências Pediátricas e GeriátricasPrimeiros Socorros - Emergências Pediátricas e Geriátricas
Primeiros Socorros - Emergências Pediátricas e Geriátricas
 
Feridas e Curativos
Feridas e CurativosFeridas e Curativos
Feridas e Curativos
 
Processo de Enfermagem
Processo de Enfermagem Processo de Enfermagem
Processo de Enfermagem
 
Política nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPolítica nacional de humanização
Política nacional de humanização
 
Apresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaApresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletiva
 
Ética e legislação em enfermagem
Ética e legislação em enfermagemÉtica e legislação em enfermagem
Ética e legislação em enfermagem
 
Lei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissionalLei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissional
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 
Fisiologia do envelhecimento
Fisiologia do envelhecimentoFisiologia do envelhecimento
Fisiologia do envelhecimento
 
A Pele
A PeleA Pele
A Pele
 
Úlcera por Pressão: Prevenção
Úlcera por Pressão: PrevençãoÚlcera por Pressão: Prevenção
Úlcera por Pressão: Prevenção
 
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
Saúde do Idoso - Disciplina Processo Saúde Doença e Educação em Saúde.
 
Aula saude do idoso
Aula saude do idosoAula saude do idoso
Aula saude do idoso
 
Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)
Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)
Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)
 
A humanização do ambiente hospitalar
A humanização do ambiente hospitalarA humanização do ambiente hospitalar
A humanização do ambiente hospitalar
 
Úlcera Por Pressão
Úlcera Por PressãoÚlcera Por Pressão
Úlcera Por Pressão
 
Ética Profissional de enfermagem
Ética Profissional de enfermagemÉtica Profissional de enfermagem
Ética Profissional de enfermagem
 
O cuidador
O cuidadorO cuidador
O cuidador
 
Aula feridas e curativos
Aula feridas e curativosAula feridas e curativos
Aula feridas e curativos
 
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICABIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
 

Semelhante a CUIDADOS COM A PELE DOS IDOSOS

CANCER DE PELE EM SERVIÇO, CONTIDIANO E DE ROTINA.pdf
CANCER DE PELE EM SERVIÇO, CONTIDIANO E DE ROTINA.pdfCANCER DE PELE EM SERVIÇO, CONTIDIANO E DE ROTINA.pdf
CANCER DE PELE EM SERVIÇO, CONTIDIANO E DE ROTINA.pdfElenilsonCabraldosSa
 
Eb (epidermólise bolhosa)
Eb (epidermólise bolhosa)Eb (epidermólise bolhosa)
Eb (epidermólise bolhosa)Sompo Seguros
 
Cuidados com a pele da criança
Cuidados com a pele da criançaCuidados com a pele da criança
Cuidados com a pele da criançablogped1
 
Alterações Psicopatológicas Associadas à 3ª Idade.pptx
Alterações Psicopatológicas Associadas à 3ª Idade.pptxAlterações Psicopatológicas Associadas à 3ª Idade.pptx
Alterações Psicopatológicas Associadas à 3ª Idade.pptxSilviaLouro2
 
Ciências da natureza
Ciências da naturezaCiências da natureza
Ciências da naturezaPAFB
 
2017 65 14109 (1) cancer de pele 7
2017 65 14109 (1) cancer de pele 72017 65 14109 (1) cancer de pele 7
2017 65 14109 (1) cancer de pele 7Dany Guedes
 
Bronzeamento artificial e o risco do melanoma cutâneo
Bronzeamento artificial e o risco do melanoma cutâneoBronzeamento artificial e o risco do melanoma cutâneo
Bronzeamento artificial e o risco do melanoma cutâneofenixinformatica
 
Dúvidas existenciais
Dúvidas existenciaisDúvidas existenciais
Dúvidas existenciaisanabela
 
Acontece agora ed332
Acontece agora ed332Acontece agora ed332
Acontece agora ed332Divaldo Rosa
 
Acontece agora ed332
Acontece agora ed332Acontece agora ed332
Acontece agora ed332grupoacontece
 
Molusco contagioso e seu tratamento efetivo com o uso de óleos essenciais
Molusco contagioso e seu tratamento efetivo com o uso de óleos essenciaisMolusco contagioso e seu tratamento efetivo com o uso de óleos essenciais
Molusco contagioso e seu tratamento efetivo com o uso de óleos essenciaisMatheus Sampaio
 
Informativo condomundo dezembro_2015
Informativo condomundo dezembro_2015Informativo condomundo dezembro_2015
Informativo condomundo dezembro_2015sindiconet
 
2ano cancer pele
2ano cancer pele2ano cancer pele
2ano cancer peleLaura Gomes
 
Melanoma - Ameaça Silenciosa
 Melanoma - Ameaça Silenciosa Melanoma - Ameaça Silenciosa
Melanoma - Ameaça SilenciosaRui Costa
 
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIASTest Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIASCuidar de Idosos
 

Semelhante a CUIDADOS COM A PELE DOS IDOSOS (20)

CANCER DE PELE EM SERVIÇO, CONTIDIANO E DE ROTINA.pdf
CANCER DE PELE EM SERVIÇO, CONTIDIANO E DE ROTINA.pdfCANCER DE PELE EM SERVIÇO, CONTIDIANO E DE ROTINA.pdf
CANCER DE PELE EM SERVIÇO, CONTIDIANO E DE ROTINA.pdf
 
Eb (epidermólise bolhosa)
Eb (epidermólise bolhosa)Eb (epidermólise bolhosa)
Eb (epidermólise bolhosa)
 
cancer de pele.pptx
cancer de pele.pptxcancer de pele.pptx
cancer de pele.pptx
 
Cuidados com a pele da criança
Cuidados com a pele da criançaCuidados com a pele da criança
Cuidados com a pele da criança
 
Alterações Psicopatológicas Associadas à 3ª Idade.pptx
Alterações Psicopatológicas Associadas à 3ª Idade.pptxAlterações Psicopatológicas Associadas à 3ª Idade.pptx
Alterações Psicopatológicas Associadas à 3ª Idade.pptx
 
Ciências da natureza
Ciências da naturezaCiências da natureza
Ciências da natureza
 
2017 65 14109 (1) cancer de pele 7
2017 65 14109 (1) cancer de pele 72017 65 14109 (1) cancer de pele 7
2017 65 14109 (1) cancer de pele 7
 
Bronzeamento artificial e o risco do melanoma cutâneo
Bronzeamento artificial e o risco do melanoma cutâneoBronzeamento artificial e o risco do melanoma cutâneo
Bronzeamento artificial e o risco do melanoma cutâneo
 
Dúvidas existenciais
Dúvidas existenciaisDúvidas existenciais
Dúvidas existenciais
 
Acontece agora ed332
Acontece agora ed332Acontece agora ed332
Acontece agora ed332
 
Acontece agora ed332
Acontece agora ed332Acontece agora ed332
Acontece agora ed332
 
Molusco contagioso e seu tratamento efetivo com o uso de óleos essenciais
Molusco contagioso e seu tratamento efetivo com o uso de óleos essenciaisMolusco contagioso e seu tratamento efetivo com o uso de óleos essenciais
Molusco contagioso e seu tratamento efetivo com o uso de óleos essenciais
 
Informativo condomundo dezembro_2015
Informativo condomundo dezembro_2015Informativo condomundo dezembro_2015
Informativo condomundo dezembro_2015
 
VITAMINA D
VITAMINA DVITAMINA D
VITAMINA D
 
2ano cancer pele
2ano cancer pele2ano cancer pele
2ano cancer pele
 
Melanoma - Ameaça Silenciosa
 Melanoma - Ameaça Silenciosa Melanoma - Ameaça Silenciosa
Melanoma - Ameaça Silenciosa
 
Câncer de pele
Câncer de peleCâncer de pele
Câncer de pele
 
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIASTest Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
Test Drive CURSO DE DEMÊNCIAS
 
Texto sobre a saude
Texto sobre a saudeTexto sobre a saude
Texto sobre a saude
 
A arte de envelhecer com saúde
A arte de envelhecer com saúdeA arte de envelhecer com saúde
A arte de envelhecer com saúde
 

Mais de Martin Henkel

Matéria 60+ SeniorLab Veja sp
Matéria 60+ SeniorLab Veja spMatéria 60+ SeniorLab Veja sp
Matéria 60+ SeniorLab Veja spMartin Henkel
 
Palestra mercado e consumo 60+ martin henkel
Palestra mercado e consumo 60+  martin henkelPalestra mercado e consumo 60+  martin henkel
Palestra mercado e consumo 60+ martin henkelMartin Henkel
 
Revista PANORAMA CDL
Revista PANORAMA CDLRevista PANORAMA CDL
Revista PANORAMA CDLMartin Henkel
 
Internet com Responsa +60
Internet com Responsa +60Internet com Responsa +60
Internet com Responsa +60Martin Henkel
 
Palestras de Martin Henkel fundador SeniorLab
Palestras de Martin Henkel fundador SeniorLabPalestras de Martin Henkel fundador SeniorLab
Palestras de Martin Henkel fundador SeniorLabMartin Henkel
 
O que querem nossos Avós? O perfil dos novos 60+
O que querem nossos Avós? O perfil dos novos 60+O que querem nossos Avós? O perfil dos novos 60+
O que querem nossos Avós? O perfil dos novos 60+Martin Henkel
 
O Gaúcho 60+ e a internet – corte Rio Grande do Sul
O Gaúcho 60+ e a internet – corte Rio Grande do SulO Gaúcho 60+ e a internet – corte Rio Grande do Sul
O Gaúcho 60+ e a internet – corte Rio Grande do SulMartin Henkel
 
Pesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
Pesquisa Nacional Os 60+ e a InternetPesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
Pesquisa Nacional Os 60+ e a InternetMartin Henkel
 
Pesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
Pesquisa Nacional Os 60+ e a InternetPesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
Pesquisa Nacional Os 60+ e a InternetMartin Henkel
 

Mais de Martin Henkel (9)

Matéria 60+ SeniorLab Veja sp
Matéria 60+ SeniorLab Veja spMatéria 60+ SeniorLab Veja sp
Matéria 60+ SeniorLab Veja sp
 
Palestra mercado e consumo 60+ martin henkel
Palestra mercado e consumo 60+  martin henkelPalestra mercado e consumo 60+  martin henkel
Palestra mercado e consumo 60+ martin henkel
 
Revista PANORAMA CDL
Revista PANORAMA CDLRevista PANORAMA CDL
Revista PANORAMA CDL
 
Internet com Responsa +60
Internet com Responsa +60Internet com Responsa +60
Internet com Responsa +60
 
Palestras de Martin Henkel fundador SeniorLab
Palestras de Martin Henkel fundador SeniorLabPalestras de Martin Henkel fundador SeniorLab
Palestras de Martin Henkel fundador SeniorLab
 
O que querem nossos Avós? O perfil dos novos 60+
O que querem nossos Avós? O perfil dos novos 60+O que querem nossos Avós? O perfil dos novos 60+
O que querem nossos Avós? O perfil dos novos 60+
 
O Gaúcho 60+ e a internet – corte Rio Grande do Sul
O Gaúcho 60+ e a internet – corte Rio Grande do SulO Gaúcho 60+ e a internet – corte Rio Grande do Sul
O Gaúcho 60+ e a internet – corte Rio Grande do Sul
 
Pesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
Pesquisa Nacional Os 60+ e a InternetPesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
Pesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
 
Pesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
Pesquisa Nacional Os 60+ e a InternetPesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
Pesquisa Nacional Os 60+ e a Internet
 

Último

PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 

Último (12)

PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 

CUIDADOS COM A PELE DOS IDOSOS

  • 2. 2 Sociedade Brasileira de Dermatologia CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA PRESIDENTE: José Antonio Sanches Junior | SP VICE-PRESIDENTE: Sérgio Luiz Lira Palma | PE SECRETÁRIO-GERAL: Flávio Barbosa Luz | RJ TESOUREIRA: Maria Auxiliadora Jeunon Sousa | RJ 1o SECRETÁRIO: Hélio Amante Miot | SP 2a SECRETÁRIA: Sílvia Maria Schmidt | SC DEPARTAMENTO DE DERMATOLOGIA GERIATRICA: Coordenadora: Silvia Marcondes Pereira Assessor: Luiz Gameiro Texto: Luiz Gameiro
  • 3. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA Sociedade Brasileira de Dermatologia 3 INTRODUÇÃO Em algumas regiões como o Rio Grande do Sul e o Estado do Rio de Janeiro, o grupo nessa faixa etária já representa quase um em cada cinco indivíduos.7 Assim, em virtude dessas importantes mudanças no cenário demográfico, grandes desafios surgem. Um país enorme, de dimensões continentais como o Brasil, necessita cada vez mais de políticas públicas que dêem à pessoa idosa sua devida relevância na sociedade. Sugiro uma reflexão: envelhecer é inexorável, porém envelhecer com qualidade é uma dádiva…
  • 4. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA A pele é considerada o maior órgão do corpo humano,representa cerca de 15% do seu peso e se divide em três camadas:epiderme,derme e hipoderme.8 A primeira é composta,basicamente, por células de revestimento e resistência (queratinócitos) e pelos melanócitos, responsáveis pela produção de melanina (pigmento que dá o tom da pele). Já a derme é caracterizada por um rico tecido composto de diversas estruturas como os fibroblastos (células produtores das fibras colágenas e elásticas), vasos sanguíneos, glândulas sebáceas (óleo) e sudoríparas (suor), nervos, receptores sensoriais (tato, pressão, temperatura) e folículo piloso (pelo/cabelo).8 A camada mais profunda do tegumento, hipoderme, é constituída por tecido gorduroso (subcutâneo). Além de ser a estrutura que nos reveste externamente,ela possui inúmeras funções essenciais para a saúde geral. Serve de barreira (mecânica, física e química) contra os agentes externos e nos protege contra a invasão de inúmeros microrganismos como bactérias, vírus e fungos.9 Além disso, produz vitamina D ao se expôr a radiação solar (UVB),regula a temperatura corporal através da produção de suor e reatividade dos vasos sanguíneos e, ainda, atua como nosso principal órgão sensorial.9 Ademais, convém citar que a pele tem um papel essencial na vida familiar, social e sexual de todas as pessoas.10,11 Em outras palavras, a fim de transmitirmos uma boa impressão ao relacionarmos com os outros, exige-se que nossa pele e cabelos estejam não somente agradáveis visualmente, mas também ao tato e olfato…10 Vários estudos, nesse sentido, enfatizam a importante função psico-emocional da pele, a qual relaciona, intimamente, as enfermidades cutâneas com as doenças do sistema nervoso, e vice-versa.9,12 4 Sociedade Brasileira de Dermatologia PELE
  • 5. Sociedade Brasileira de Dermatologia 5 CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS “SE O MÉDICO TEM CABELO BRANCO, ENTÃO JÁ PODEMOS CONFIAR…!” As doenças de pele, uma das mais frequentes do ser humano, acomete de 1/3 a mais de 50% das pessoas e, na faixa etária idosa, esse índice é ainda maior.13 No total, existem mais de 3.000 diferentes enfermidades do tegumento, que podem causar uma enorme gama de alterações como ressecamento, prurido, calosidades, vesículas, bolhas, úlceras, tumores benignos/malignos, dor e até incapacidades físicas e morte.14 De uma forma geral, todas as faixas etárias podem ser acometidas, desde o recém-nascido até o indivíduo centenário.A idade age como um fator de risco,de tal maneira que as patologias tornam-se mais comuns com o avançar dos anos.15 Uma relevante pesquisa norte- americana conduzida por Beauregard,registrou pelo menos uma queixa dermatológica em quatro a cada cinco octogenários.16 A pele é o local onde primeiro notamos os sinais do envelhecimento. Surgem os primeiros sinais no rosto… as rugas, manchas, flacidez, ressecamento, flacidez, cabelos grisalhos e mais finos, unhas quebradiças, “vasinhos”… enfim, efeito inexorável do tempo. Geram preocupações com relação a nossa aparência, porém, indubitavelmente, revelam nossa experiência de vida, “batalhas” e superações…Vale lembrar um dito popular:“Se o médico tem cabelo branco, então já podemos confiar…!”
  • 6. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA 6 Sociedade Brasileira de Dermatologia DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS O envelhecimento da pele pode ser divido em intrínseco (interno) e extrínseco (externo).O primeiro,genético e cronológico,é decorrente do passar dos anos. Ao passo que o extrínseco resulta dos danos ambientais, principalmente da radiação ultravioleta (UV) emitida pelo sol (fotoenvelhecimento), além de outros fatores como tabagismo, profissão, hábitos nutricionais e poluição. Grande parte das marcas que identificamos numa pele envelhecida é consequência do fotoenvelhecimento. Assim, a exposição crônica a radiação solar por várias décadas é principal responsável pelas modificações em nossa cútis. Basta reparar na pele de umapessoaquetrabalhoupormuitosanos ao sol sem proteção… A área exposta ao sol (rosto, pescoço, mãos e braços) apresenta inúmeros sinais característicos de uma pele “velha”, ao passo que a zona protegida da radiação (mamas, axilas, glúteos, abdome) praticamente não tem manchas, rugas nem alterações de textura… Assim, podemos dizer que, numa mesmo indivíduo, a pele exposta ao sol envelhece muitas vezes mais que a não exposta.
  • 7. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA Sociedade Brasileira de Dermatologia 7 PELE Com relação às doenças de pele mais frequentes em idosos, um importante estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, em 2006, investigou as principais queixas em mais de 50 mil consultas dermatológicas nas cinco regiões do Brasil.17 Esta pesquisa revelou que os tumores cutâneos (benignos, pré-malignos e malignos), as micoses superficiais e o ressecamento/espessamento da pele são os problemas mais comuns nos brasileiros com 65 anos ou mais.17 Queixas relacionas a manchas,alergias e psoríase apareceram na sequência.17
  • 8. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA 8 Sociedade Brasileira de Dermatologia DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS A MESMA RADIAÇÃO (UVB) NECESSÁRIA PARA A SÍNTESE DE VITAMINA D NA PELE É EXATAMENTE A PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELO SURGIMENTO DE TUMORES MALIGNOS CUTÂNEOS… Como manter a pele do idoso saudável e prevenir doenças Uma dúvida muito frequente entre as pessoas idosas e seus familiares está relacionada a quais cuidados devemos ter para manter a pele saudável.Assim,enumeramos os principais pontos a serem observados: Sol, Vitamina D e Câncer da Pele Antes de tudo, é inegável reconhecer que o Sol é essencial à vida na Terra, tanto para as plantas quanto para os animais. A exposição rotineira à radiação ultravioleta é necessária para a produção de vitamina D na pele.A fonte alimentar isoladamente não é suficiente para suprir as demandas dos seres humanos. Esta vitamina, também obtida de alguns alimentos como salmão, atum e sardinha, tem a propriedade de aumentar a absorção intestinal de cálcio, sendo essencial para o bom funcionamento dos ossos e prevenção da osteoporose. Importante, nesse momento, enfatizar um conceito fundamental: é no meio do dia, ao redor da hora do almoço, que a produção da vitamina D ocorre com mais intensidade (às custas da radiação UVB). Em outras palavras, tomar sol no começo ou final do dia não produz vitamina D eficientemente. Diante disso, surge a polêmica: não é justamente nesses horários, ou seja, das 10h às 15h, que devemos evitar a exposição ao sol devido ao risco do câncer da pele? Sim, por isso ocorre o debate…
  • 9. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA Sociedade Brasileira de Dermatologia 9 DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS A Sociedade Brasileira de Dermatologia, através do Consenso Brasileiro de Fotoproteção (2014),18 faz as seguintes recomendações: 1. A exposição ao Sol, de forma intencional e desprotegida, não deve ser considerada como fonte para a produção de vitamina D ou para a prevenção de sua deficiência; 2. O uso de protetores solares com FPS superiores a 30 deve ser recomendado para todos os pacientes, acima de 6 meses, expostos ao Sol; 3. Não se deve realizar exposição ao Sol sem o uso adequado de protetores solares; Pacientes considerados como sendo de risco para o desenvolvimento de deficiência de vitamina D devem ser monitorados por exames periódicos e podem utilizar fontes dietéticas ou suplementação vitamínica para a prevenção de deficiência de vitamina D; 4. Por fim, a SBD entende que a política para a prevenção ao câncer de pele, por meio da fotoproteção consciente, é a medida prioritária em termos de Saúde Pública para o Brasil, particularmente na área da Dermatologia; 5. A SBD continua a estimular a população a evitar a exposição ao Sol sem a adequada proteção, especialmente no período de maior risco, entre 10h e 15h. O câncer da pele é considerado o mais comum de todo o organismo e sua incidência aumenta com a idade. Os idosos, principalmente aqueles de pele clara, que vivem ou viveram em ambientes com altos índices de radiação ultravioleta (ex.: Brasil) são os mais sujeitos a sofrerem deste problema. Também são considerados de maior risco os indivíduos com olhos e cabelos claro/ruivos, histórico de queimaduras solares na infância/adolescência, história pessoal/familiar de câncer da pele e presença de mais de 50 “pintas” (nevos melanocíticos).
  • 10. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA 10 Sociedade Brasileira de Dermatologia DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS Os tumores malignos cutâneos se dividem basicamente em dois tipos: melanoma e câncer de pele não-melanoma. O primeiro, menos freqüente porém muito agressivo, se apresenta através do surgimento de uma “pinta” nova (70% dos casos) ou mudança na cor, contorno, tamanho ou aparecimento de algum sintoma (dor, prurido ou sangramento) numa “pinta” já existente (30% dos casos). A pele das costas e as pernas são os locais mais comuns, porém, em idosos, o melanoma também podem ocorrer no rosto, couro cabeludo ou pescoço. O outro tumor, câncer de pele não-melanoma, é representado pelos carcinomas basocelular e espinocelular.Nesses casos,o surgimento habitual ocorre na forma de uma pequena “espinha” que não cicatriza após 1-2 meses ou de lesões/ feridas com crescimento rápido e progressivo associado a escamações e que, eventualmente, doem ou sangram. As áreas bem expostas ao sol, principalmente pele do rosto, pescoço, antebraços ou couro cabeludo de homens calvos são as mais frequentes. Importante também citar outra enfermidade muito comum após os 50 anos de idade, a queratose solar, actínica ou senil. São aquelas pequenas manchas avermelhadas com textura áspera, ressecada, às vezes com escamas espessas e aderentes, muito frequentes no rosto e braços de pessoas claras.19 É considerada, em nosso país, a doença de pele mais comum na faixa etária dos 65 anos ou mais, conforme estudo citado anteriormente e realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.17 Além do desconforto estético, as queratoses solares também podem causar prurido/dor e, mais importante, são consideradas pré-malignas.19 Ou seja, existe um risco eventual de, no futuro, alguma dessas lesões se transformarem em um câncer da pele. COMO TODOS OS OUTROS TUMORES DO CORPO HUMANO, O DIAGNÓSTICO PRECOCE É O MAIOR RESPONSÁVEL PELOS MAIORES ÍNDICES DE CURA, E PORTANTO, O SUCESSO DO TRATAMENTO.
  • 11. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS Sociedade Brasileira de Dermatologia 11 Elencamos as principais medidas de prevenção contra o câncer da pele, especialmente para os idosos em geral: l Realizar frequentemente o auto-exame da pele - inspeção completa e cuidadosa da pele de todo o corpo, do couro cabeludo à sola dos pés, com a ajuda de espelhos e de um familiar. Dar especial atenção a cor, tamanho, relevo e formato das pintas e lesões na pele. Se detectar lesão nova e suspeita ou alteração numa anterior, agendar uma consulta médica. l Exame completo da pele,se possível realizado anualmente,por um médico dermatologista. l Evitar a exposição ao Sol sem a adequada proteção, especialmente no período de maior risco, entre 10h e 15h. l Usar filtro solar nas áreas expostas, roupas com o intuito de fotoproteção, acessórios como óculos de sol, chapéu/boné/viseiras e guarda-sol/sombrinhas. Orientar as crianças e adolescentes (filhos, sobrinhos, netos) sobre a importância dessas medidas para prevenção do câncer da pele na idade adulta. Interessante destacar a conclusão de um estudo recente conduzido na Australia: o uso de filtro solar na infância reduziu em 40% o risco de melanoma na idade adulta.
  • 12. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA 12 Sociedade Brasileira de Dermatologia DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS Cuidado com os pés As micoses superficiais (pele e unhas) em idosos são bastante comuns e representam, no Brasil, a terceira queixa nos consultórios dermatológicos (SBD). São causadas por fungos, microrganismos existentes na terra e pele de animais e humanos. Três condições são bastante favoráveis para o seu crescimento: calor, umidade e falta de luz. Assim, costumam causar infecção, principalmente, na pele e unhas. As “frieiras” e as micoses nas unhas dos pés são as mais frequentes. Contagiosas, podem transmitir para outras pessoas ou afetar outros locais no mesmo paciente. Dessa forma, podem contaminar a pele das virilhas, corpo ou as unhas das mãos. O tratamento tópico é suficiente na maioria das vezes, realizado através do uso de antifúngicos, na forma de cremes ou sprays para a pele ou esmaltes para as unhas. Medicamentos orais geralmente são evitados nos maiores de 60 anos, devido ao fato de serem potencialmente hepatotóxicos (prejudiciais ao fígado). Frequentemente, no caso das alterações ungueais, a ajuda de profissionais da podologia pode acelerar o resultado, uma vez que os tratamentos costumam ser longos, estendo-se por vários meses. Importante mencionar que,não raro,as micoses nos pés pode ser uma“porta de entrada”para uma doença mais séria,isso decorrente da fissura que causa na pele infectada.Exemplos desse problema são: a erisipela e a celulite na perna, que ocorrem principalmente em indivíduos com mais de 60 anos, muitas vezes também portadores de outras enfermidades, como obesidade, sedentarismo, tabagismo, diabetes, etilismo ou com insuficiência de algum outro órgão. Esses dois exemplos são infecções bacterianas da pele e tecido subcutâneo que geralmente necessitam de antibiótico intravenoso em ambiente hospitalar. Como complicações, podem resultar em trombose venosa profunda ou infecções mais graves, como a pneumonia.
  • 13. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA Sociedade Brasileira de Dermatologia 13 DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS l Lavar diariamente seus pés com sabonete, esfregando principalmente as áreas mais abafadas como o vão entre os dedos; l Secar muito bem os pés, logo após o banho. Se tiver micose, utilizar uma toalha exclusiva para este local ou, até mesmo, secador de cabelos no modo frio; l Utilizar calçados abertos, sempre que possível, para facilitar a ventilação e exposição da pele à luz. Se possível, expor a área acometida pela micose ao sol por 5 a 10 minutos por dia; l Evitar o uso de sapatos apertados ou sandálias que comprimam os dedos. Com o envelhecimento, alterações ósteo-articulares são muito comuns e os ossos dos pés também sofrem diminuição de sua densidade (osteopenia/osteoporose) e acumulam inflamações nas articulações (artrite/artrose). Como consequência, os dedos perdem alinhamento, movimento e flexibilidade habituais. Assim o calçado, não estando adaptado a essa nova realidade, pode agravar o problema. Portanto, atenção aos pés! Tanto a sustentação quanto o equilíbrio do nosso corpo dependem muito desse apoio… l Se houver calos na região plantar, avaliar a necessidade de colocar uma palmilha de silicone no calçado ou tênis (ajudam no alívio da dor). Na presença de calosidades na lateral ou topo dos dedos dos pés, alguns dispositivos que atuam como separadores dos dedos podem aliviar o desconforto causado pela compressão entre um osso e outro (separador interdigital de silicone); l Cortar as unhas após o banho (ficam mais amolecidas) e evite adentrar muito com o alicate nos cantos. Nunca remover as cutículas (elas atuam como proteção natural contra inflamações e infecções da pele e unhas); Nunca compartilhar materiais em manicures ou podólogas; l Inspecionar regularmente seus pés com relação a vermelhidões, alterações de temperatura na pele (esfriamento ou “calor” local), cortes (fissuras), calos, verrugas, feridas, úlceras ou mudanças na circulação (pele azulada ou pálida). Se precisar, peça que alguém o ajude nesta tarefa (pacientes diabéticos, em especial, podem ter algum ferimento, não perceberem e isso gerar úlceras difíceis de cicatrizar-se, devido a uma alteração na inervação da pele, decorrente do diabetes). Orientações para os pés:
  • 14. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA 14 Sociedade Brasileira de Dermatologia DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS Pele Seca e fragilidade cutânea Com o envelhecimento, o ressecamento da pele do corpo é uma regra, devido a diminuição da produção de suor e óleo pelas glândulas. Os braços e as pernas, principalmente, abaixo dos joelhos, são as zonas mais secas de todo tegumento. Além de causarem incômodo pelo aspecto áspero e envelhecido, podem resultar em prurido persistente e até gerar alergias (dermatites). Estas podem ser causadas pelo contato com substâncias irritantes como sabonete, cremes cosméticos ou componentes da própria roupa. Infecções bacterianas podem complicar esse quadro e necessitarem, inclusive, de antibióticos por via oral.
  • 15. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA Sociedade Brasileira de Dermatologia 15 Para evitar a pele seca, alergias e feridas: l Ingerir água com freqüência (lembre-se que o idoso tem menos sede e,portanto,é mais propenso a desidratação); l Evitar banhos quentes e demorados (máximo de 5 minutos); l Não usar buchas ou esponjas, pois reduzem a proteção da pele, aumentam o ressecamento e o risco de alergias; l Usar sabonetes suaves ou neutros (glicerinados); l Após o banho, secar, suavemente, a pele das pernas e braços com a toalha (fricção exagerada, especialmente nos antebraços, pode gerar manchas roxas, também chamadas de púrpuras senis). Esse fenômeno se dá pelo fato da pele do idoso ser mais fina e frágil, resultado da diminuição importante de colágeno, e os vasos ficam mais propensos a romperem e extravasarem sangue. Essa alteração é conhecida por dermatoporose, isto é, diminuição do tecido que suporta as estruturas da pele, em paralelo com a osteoporose. Tal problema costuma ocorrer em outras atividades do dia a dia que podem atritar ou ferir a pele fina, como na jardinagem, limpeza da casa, esportes, cuidado dos netos… Nessas situações, recomenda-se vestir camisas ou camisetas de manga longa, pois servem de proteção física para os antebraços, além do uso de cremes emolientes (hidratantes). Convém lembrar que o uso de medicamentos como aspirina (AAS), anticoagulantes, corticóides e outros também podem causar e agravar essas manchas roxas. l Hidratar, diariamente, a pele do corpo, principalmente os braços e pernas (áreas mais secas), com cremes ou loções (sem fragrâncias). O momento mais propício para esse procedimento é após o banho, pois, assim, a eficácia da hidratação aumenta. Inúmeros produtos de boa qualidade estão disponíveis nas drogarias para esse objetivo. Outra opção são emolientes à base de ureia, formulados em farmácias de manipulação. DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS
  • 16. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA 16 Sociedade Brasileira de Dermatologia DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS Varizes, eczemas varicoso e úlceras nas pernas A insuficiência venosa crônica, uma das doenças mais diagnosticadas no mundo, também aumenta com o passar dos anos. Acomete principalmente as pernas e se apresenta de várias formas: desde a aparência de pequenos vasos na pele, varizes (veias dilatadas), inchaço local (edema), manchas acastanhadas, até o endurecimento do tecido e feridas (úlceras). Essa enfermidade, de forma geral, pode aumentar o risco de infecções profundas da pele (erisipelas e celulites) e tromboses, principalmente se o paciente for portador de outras enfermidades como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo ou outras doenças cardio-vasculares.
  • 17. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA Sociedade Brasileira de Dermatologia 17 Recomendações: l Fazer exercícios aeróbicos diariamente (caminhadas, por exemplo, são excelentes para a circulação das pernas); l Evitar permanecer em pé ou sentado com as pernas para baixo, por períodos longos (alterne com uma breve caminhada a cada hora e/ou eleve os membros, por exemplo); l Ingerir água com frequência durante o dia, se não houver alguma contra-indicação (a desidratação pode aumentar o risco de trombose); l Inspecionar suas pernas regularmente (vermelhidões, aparência das veias, assimetrias, mudanças locais de temperatura, endurecimento muscular e feridas); l Atenção se houver dor,inchaço (edema),formigamento ou sensação de peso nas pernas ao caminhar; l Se houver varizes, avaliar, junto ao seu médico, se há necessidade de utilizar meias de compressão (facilitam a drenagem venosa dos membros inferiores e previnem complicações); l Consultar regularmente seu médico.
  • 18. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA 18 Sociedade Brasileira de Dermatologia DOENÇAS DE PELE EM IDOSOS CONCLUSÃO Diante de tantas alterações na pele do idoso, muitas benignas, mas algumas malignas ou potencialmente graves, o cuidado é essencial. Ter acesso à informação correta pode ser um importante diferencial no atendimento dessa população cada vez maior e mais atuante em nossa sociedade.
  • 19. CUIDADOS COM A PELE DA PESSOA IDOSA Sociedade Brasileira de Dermatologia 19 REFERÊNCIAS 1. http://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WPA2015_Report.pdf [Acesso 2018 nov 4]. 2. http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-08/ibge-expectativa-de-vida-dos-brasileiros- aumentou-mais-de-75-anos-em-11 [Acesso 2018 out 15]. 3. http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-08/ibge-expectativa-de-vida-dos-brasileiros- aumentou-mais-de-75-anos-em-11 [Acesso 2018 out 15]. 4. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/18469- expectativa-de-vida-do-brasileiro-sobe-para-75-8-anos. [Acesso 2018 nov 4]. 5. http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-04/populacao-com-60-anos-ou-mais-cresce- quase-19-em-cinco-anos [Acesso 2018 out 15]. 6. http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2017/08/populacao-brasileira-passa-de-207-7-milhoes- em-2017 [Acesso 2018 ago 10]. 7. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980- numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017 [Acesso 2018 out 15]. 8. Yannas I.Tissue and organ regeneration in adults. NewYork: Springer-Verlag, 2001. 9. Tobin, DJ. Biochemistry of human skin—our brain on the outside. Desmond J.Tobin - Chem. Soc. Rev., 2006, 35, 52–67 - DOI: 10.1039/b505793k 10. Rook’s Textbook of Dermatology, 7th Edition Tony Burns (Editor), Stephen Breathnach (Editor), Neil Cox (Editor), Christopher Griffiths (Editor) ISBN: 978-1-405-14104-8 Apr 2008,Wiley-Blackwell 11. Arthur K. Balin.Albert M. Kligman.Aging and the skin. Raven Press. NewYork. 1989. 12. Slominski A,Wortsman J. Neuroendocrinology of the skin. Endocrine Reviews 2000;21:457-87 13. Hay RJ, Johns NE,Williams HC, Bollinger IW, Dellavalle RP, Margolis DJ, Naldi L,Weinstock MA,Wulf SK, Michaud C, Murray CJL, Naghavi M.The global burden of skin disease in 2010. An analysis of the prevalence and impact of skin conditions. Journal of Investigative Dermatology 2014;134:1527–1534. 14. Bickers DR, Lim HW, Margolis D, Weinstock MA, Goodman C, Faulkner E, Gemmen E, Dall T. The burden of skin diseases: 2004 a joint project of the American Academy of Dermatology Association and the Society for Investigative Dermatology. J Am Acad Dermatol 2006;55(3):490–500. 15. Johnson MLT, Roberts J. Skin conditions and related need for medical care among persons 1-74 years. United States, 1971-1974.Vital Health Stat 11. 1978 Nov;(212):i-v, 1-72. 16. Beauregard S, Gilchrest BA. A survey of skin problems and skin care regimens in the elderly. Arch Dermatol 1987;123:1638-43) 17. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Perfil nosológico das consultas dermatológicas no Brasil. An Bras Dermatol. 2006;81(6):549-58. 18. Schalka S, Steiner D, Ravelli FN, Steiner T, Terena AC, Marçon CR, et al. Consenso Brasileiro de Fotoproteção.An Bras Dermatol. 2014;89(6 Supl 1):S6-75. 19. Gameiro L, Tovo LFR, Sanches JA, Aprahamian I. Tratamento de queratoses actínicas e campo de cancerização da face e couro cabeludo com o gel de mebutato de ingenol a 0,015% em indivíduos brasileiros: segurança clínica, tolerabilidade e perspectivas do paciente. An Bras Dermatol. 2018 [in press].
  • 20. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA www.sbd.org.br