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Faculdade Estácio de Sá
  Curso: Farmácia
  Disciplina:Bromatologia
  Semestre : 5º



   •Água nos Alimentos

Profª Msc. Sônia Aparecida Viana Câmara
Água nos Alimentos
•.A molécula de água é formada por dois átomos
de hidrogênio e um átomo de oxigênio (H 2O).


•O conteúdo de água de um alimento é expresso
pelo valor obtido na determinação da água total
contida no alimento.

•Existe moléculas de água com propriedades e
distribuição diferentes num mesmo alimento
Água nos Alimentos
1.Formas de apresentação da água no alimento:
• Água livre -           está presente nos espaços
    intergranulares e entre os poros do material,
    funciona como solvente, permitindo crescimento
    dos microrganismos e reações químicas, e é
    eliminada com relativa facilidade

•   Água de hidratação ou combinada – está ligada
    quimicamente com outras substâncias do alimento e
    não é eliminada na maioria dos métodos de
    determinação de umidade.Não é utilizável como
    solvente, não permite o desenvolvimento de
    microrganismo e retarda reações químicas
2. Atividade de água -Aa
• Definição
É o teor de água livre, que é a relação entre a
    pressão de vapor do alimento e a pressão da
    água pura na mesma temperatura.
        Aa = P soluto (alimento)
              P0 solvente (água)
• Efeitos da variação da Aa no alimento:
1. Crescimento microbiano
2. Deterioração química
3. Deterioração da consistência.
2. Atividade de água -Aa
•          A a de um alimento pode ser
           reduzido aumentando a
           concentração dos solutos. Ex:
           acrescentar sal e açúcar ou
           desidratar o alimento.
•          Não se pode confundir umidade
           com atividade de água, pois um
           alimento muito úmido pode ter A
           a. Ex: uma salmoura com 90% de água
           tem Aa , pois as moléculas de água
           estão ligadas às de cloreto de sódio.
•          Em ambiente sem variação de
2. Atividade de água -Aa
•   Ambiente com umidade relativa correspondendo a uma
    Aa inferior à do alimento, ele tenderá à desidratação
    até atingir o equilíbrio. Ex: queijo na geladeira.

• Em situação inversa, haverá absorção de água pelo
  alimento até atingir o equilíbrio. Ex: leite em pó aberto
  no meio ambiente
• CÁLCULO DA AaEM MISTURA DE DOIS OU +
  COMPONENTES
MÉTODOS:
• Método de Salwin-Slawson
• Método de Grover
•Método de Salwin-Slawson
•   Ao misturar dois componentes com água
    (sistema ternários), há interação entre eles ,
    afetando a Aa do sistema. Pode ocorrer:


•   Aumento da Aa - diminuição da interação
    com água
•   Diminuição da Aa - maior da interação com
    a água
•Método de Grover
•   Utilizado    em    produtos    açucarados,
    apresentam resultados aproximados.
•   O método é baseado na conversão de todos
    os solutos do produto açucarado em seu
    equivalente em sacarose, obtido através da
    multiplicação da concentração por um fator
    S, tabelado
•   Equação de Grover:

Aa = 1,04 – 0,1 (∑ S C) + 0,0045 (∑ S C)2
Umidade
1. Importância da umidade
           • Estabilidade do alimento
            •    Qualidade do alimento
           • Composição do alimento
2. Umidade pode afetar:
• Estocagem- alimentos com alta umidade
    deteriora + rapidamente. Ex: grãos – fungos
    (produtores de aflatoxina).
• Embalagem - permeáveis à luz e ao oxigênio
    altera vegetais e frutas desidratadas
• Processamento -         Umidade de trigo na
    fabricação do pão e produtos de padaria.
Umidade
Definição: é a medida total de água contida no
alimento
4 – Metodologia
Depende do método analítico o tipo de água que
efetivamente será medido.

4.1. Tipos de métodos:
4.1.1. Métodos por secagem
4.1.2.Métodos por destilação
4.1.3. Métodos químicos
4.1.4. Métodos físicos
4 -Metodologia
4.1.1. Métodos por secagem
Tipos: A- Secagem em estufa
        B- Secagem por radiação infravermelho
        C-Secagem em fornos de microondas

A- Secagem em estufa: + utilizado
•Princípio: remoção da água por aquecimento, o ar quente
absorvido por uma camada muito fina do alimento, que é
conduzido para o interior por condução, levando muito
tempo para atingir as porções mais internas do alimento.
•Temperatura de 100 a 105ºC até peso constante.
•Pode ocorrer superestimação da umidade por perda de
substâncias voláteis ou por reações em decomposição.
A - Secagem na estufa
• Limitações do método:

1. Temperatura de secagem
2. Umidade relativa e movimentação do ar dentro da
   estufa
3. Vácuo da estufa
4. Tamanho das partículas e espessura da amostra;
5. Construção da estufa;
6. Número e posição das amostras na estufa;
7. Formação de crosta seca na superfície da amostra;
8. Material e tipo de cadinhos;
9. Pesagem da amostra quente
A - Secagem na estufa
• Tipos de estufas:

1. Simples
2. Simples com ventilador
3. A vácuo

•    Tipos de Cadinhos:
1.   Porcelana
2.   Alumínio
3.   Vidro
A - Secagem na estufa
• Procedimento

1. Pesar o cadinho tarado sem amostra
2. Pesar uma quantidade da amostra em cadinho seco e
   tarado
3. Transportar o cadinho com pinça
4. Colocar o cadinho na estufa até peso constante
5. Retirar o cadinho da estufa e colocar em dessecador
   para esfriar
6. Pesar o cadinho
7. O cálculo é feito pela diferença entre o peso do
   cadinho com amostra e o peso do cadinho com
   amostra seca
A - Secagem na estufa
• Preparo da Amostra

1. Amostras líquidas: evaporadas em banho-maria até
   consistência pastosa, para serem colocadas na amostra.

2. Amostras açucaradas: formam uma crosta dura na
   superfície, que impede a saída da água do interior.
   Adiciona-se areia misturada com amostra para
   aumentar a superfície da evaporação
B -Secagem por radiação infravermelho
•Princípio do método
Consiste numa lâmpada de radiação infravermelho com
 250 a 500watts,       cujo filamento desenvolve uma
 temperatura de 700ºC.
A distância entre a lâmpada e a amostra deve ser de 10 cm
A espessura da amostra deve ser entre 10 a 15 mm.
O tempo de secagem varia com amostra ( 20min. Para
 produtos cárneos e 10 min para grãos.
O peso da amostra varia entre 2,5 a 10 g., dependendo do
 conteúdo de água.
Possui uma balança que faz leitura direta
Seca uma amostra de cada vez
C-Secagem em fornos de microondas
Novo, rápido, não é método padrão. USA
•Princípio:
•A      amostra úmida quando exposta à radiação de
 microondas, as moléculas bipolares(H2O), giram na
 tentativa de alinhar seus bipolos, a fricção resultante cria
 calor, que é transferido para as moléculas vizinhas tanto
 na superfície como internamente, evaporando sem formar
 crosta na superfície.
•A amostra é misturada com cloreto de sódio e óxido de
 ferro, o primeiro evita que seja espirrada para fora do
 cadinho, e o segundo absorve fortemente a radiação,
 acelerando a secagem.
4.1. Métodos de Secagem
4.1.2 Método por destilação – não é muito usado
4.1.3. Método químicos:
•Karl Fischer - usa o reagente de Karl Fischer (iodo+
 dióxido de enxofre+ piridina+ metanol).
•2 maneiras: titulação visual e medida eletrométrica com
 eletrodo de platina(amostras coloridas)
•Princípio:
Titulação visual, onde o I2 é reduzido para I na presença de
 água. Quando toda água for consumida, a reação cessa, e
 cor da solução passa de amarelo canário para amarelo
 escuro com um ponto final em amarelo marrom,
 característico do excesso de iodo
4.1. Métodos de Secagem
4.1.4.Métodos físicos:
1. Absorção de radiação infravermelha
2. Cromatografia gasosa
3. Ressonância nuclear magnética
4. Índice de Refração – refratômetro. Menos preciso
5. Densidade - pouco preciso
6. Condutividade elétrica - rápido e pouco preciso
7. Constante dielétrica
Os métodos 4, 5, 6 e7 são muito usados para avaliação de
    matéria- prima e durante o processamento.
Referências Bibliográficas
 •   BOBBIO, F. O.;BOBBIO, P. A. Introdução à
     Química de Alimentos. 2ª.ed. São Paulo: Varela,
     1995.
 •   BOBBIO, F. O.;BOBBIO, P. A. Química do
     Processamento de Alimentos. 3ª.ed. São Paulo:
     Varela,1992.
 •   IAL. Instituto Adolfo Lutz. Normas analíticas do
     Instituto Adolfo Lutz. 4ª.ed. Brasília: Ministério da
     Saúde, 2005.
 •   CECCHI, H. M. Fundamentos teóricos e
     práticos em análise de alimentos. 2ªed.rev.
     Campinas,SP: Unicamp,2003.

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%C1gua nos alimentos

  • 1. Faculdade Estácio de Sá Curso: Farmácia Disciplina:Bromatologia Semestre : 5º •Água nos Alimentos Profª Msc. Sônia Aparecida Viana Câmara
  • 2. Água nos Alimentos •.A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio (H 2O). •O conteúdo de água de um alimento é expresso pelo valor obtido na determinação da água total contida no alimento. •Existe moléculas de água com propriedades e distribuição diferentes num mesmo alimento
  • 3. Água nos Alimentos 1.Formas de apresentação da água no alimento: • Água livre - está presente nos espaços intergranulares e entre os poros do material, funciona como solvente, permitindo crescimento dos microrganismos e reações químicas, e é eliminada com relativa facilidade • Água de hidratação ou combinada – está ligada quimicamente com outras substâncias do alimento e não é eliminada na maioria dos métodos de determinação de umidade.Não é utilizável como solvente, não permite o desenvolvimento de microrganismo e retarda reações químicas
  • 4. 2. Atividade de água -Aa • Definição É o teor de água livre, que é a relação entre a pressão de vapor do alimento e a pressão da água pura na mesma temperatura. Aa = P soluto (alimento) P0 solvente (água) • Efeitos da variação da Aa no alimento: 1. Crescimento microbiano 2. Deterioração química 3. Deterioração da consistência.
  • 5. 2. Atividade de água -Aa • A a de um alimento pode ser reduzido aumentando a concentração dos solutos. Ex: acrescentar sal e açúcar ou desidratar o alimento. • Não se pode confundir umidade com atividade de água, pois um alimento muito úmido pode ter A a. Ex: uma salmoura com 90% de água tem Aa , pois as moléculas de água estão ligadas às de cloreto de sódio. • Em ambiente sem variação de
  • 6. 2. Atividade de água -Aa • Ambiente com umidade relativa correspondendo a uma Aa inferior à do alimento, ele tenderá à desidratação até atingir o equilíbrio. Ex: queijo na geladeira. • Em situação inversa, haverá absorção de água pelo alimento até atingir o equilíbrio. Ex: leite em pó aberto no meio ambiente • CÁLCULO DA AaEM MISTURA DE DOIS OU + COMPONENTES MÉTODOS: • Método de Salwin-Slawson • Método de Grover
  • 7. •Método de Salwin-Slawson • Ao misturar dois componentes com água (sistema ternários), há interação entre eles , afetando a Aa do sistema. Pode ocorrer: • Aumento da Aa - diminuição da interação com água • Diminuição da Aa - maior da interação com a água
  • 8. •Método de Grover • Utilizado em produtos açucarados, apresentam resultados aproximados. • O método é baseado na conversão de todos os solutos do produto açucarado em seu equivalente em sacarose, obtido através da multiplicação da concentração por um fator S, tabelado • Equação de Grover: Aa = 1,04 – 0,1 (∑ S C) + 0,0045 (∑ S C)2
  • 9. Umidade 1. Importância da umidade • Estabilidade do alimento • Qualidade do alimento • Composição do alimento 2. Umidade pode afetar: • Estocagem- alimentos com alta umidade deteriora + rapidamente. Ex: grãos – fungos (produtores de aflatoxina). • Embalagem - permeáveis à luz e ao oxigênio altera vegetais e frutas desidratadas • Processamento - Umidade de trigo na fabricação do pão e produtos de padaria.
  • 10. Umidade Definição: é a medida total de água contida no alimento 4 – Metodologia Depende do método analítico o tipo de água que efetivamente será medido. 4.1. Tipos de métodos: 4.1.1. Métodos por secagem 4.1.2.Métodos por destilação 4.1.3. Métodos químicos 4.1.4. Métodos físicos
  • 11. 4 -Metodologia 4.1.1. Métodos por secagem Tipos: A- Secagem em estufa B- Secagem por radiação infravermelho C-Secagem em fornos de microondas A- Secagem em estufa: + utilizado •Princípio: remoção da água por aquecimento, o ar quente absorvido por uma camada muito fina do alimento, que é conduzido para o interior por condução, levando muito tempo para atingir as porções mais internas do alimento. •Temperatura de 100 a 105ºC até peso constante. •Pode ocorrer superestimação da umidade por perda de substâncias voláteis ou por reações em decomposição.
  • 12. A - Secagem na estufa • Limitações do método: 1. Temperatura de secagem 2. Umidade relativa e movimentação do ar dentro da estufa 3. Vácuo da estufa 4. Tamanho das partículas e espessura da amostra; 5. Construção da estufa; 6. Número e posição das amostras na estufa; 7. Formação de crosta seca na superfície da amostra; 8. Material e tipo de cadinhos; 9. Pesagem da amostra quente
  • 13. A - Secagem na estufa • Tipos de estufas: 1. Simples 2. Simples com ventilador 3. A vácuo • Tipos de Cadinhos: 1. Porcelana 2. Alumínio 3. Vidro
  • 14. A - Secagem na estufa • Procedimento 1. Pesar o cadinho tarado sem amostra 2. Pesar uma quantidade da amostra em cadinho seco e tarado 3. Transportar o cadinho com pinça 4. Colocar o cadinho na estufa até peso constante 5. Retirar o cadinho da estufa e colocar em dessecador para esfriar 6. Pesar o cadinho 7. O cálculo é feito pela diferença entre o peso do cadinho com amostra e o peso do cadinho com amostra seca
  • 15. A - Secagem na estufa • Preparo da Amostra 1. Amostras líquidas: evaporadas em banho-maria até consistência pastosa, para serem colocadas na amostra. 2. Amostras açucaradas: formam uma crosta dura na superfície, que impede a saída da água do interior. Adiciona-se areia misturada com amostra para aumentar a superfície da evaporação
  • 16. B -Secagem por radiação infravermelho •Princípio do método Consiste numa lâmpada de radiação infravermelho com 250 a 500watts, cujo filamento desenvolve uma temperatura de 700ºC. A distância entre a lâmpada e a amostra deve ser de 10 cm A espessura da amostra deve ser entre 10 a 15 mm. O tempo de secagem varia com amostra ( 20min. Para produtos cárneos e 10 min para grãos. O peso da amostra varia entre 2,5 a 10 g., dependendo do conteúdo de água. Possui uma balança que faz leitura direta Seca uma amostra de cada vez
  • 17. C-Secagem em fornos de microondas Novo, rápido, não é método padrão. USA •Princípio: •A amostra úmida quando exposta à radiação de microondas, as moléculas bipolares(H2O), giram na tentativa de alinhar seus bipolos, a fricção resultante cria calor, que é transferido para as moléculas vizinhas tanto na superfície como internamente, evaporando sem formar crosta na superfície. •A amostra é misturada com cloreto de sódio e óxido de ferro, o primeiro evita que seja espirrada para fora do cadinho, e o segundo absorve fortemente a radiação, acelerando a secagem.
  • 18. 4.1. Métodos de Secagem 4.1.2 Método por destilação – não é muito usado 4.1.3. Método químicos: •Karl Fischer - usa o reagente de Karl Fischer (iodo+ dióxido de enxofre+ piridina+ metanol). •2 maneiras: titulação visual e medida eletrométrica com eletrodo de platina(amostras coloridas) •Princípio: Titulação visual, onde o I2 é reduzido para I na presença de água. Quando toda água for consumida, a reação cessa, e cor da solução passa de amarelo canário para amarelo escuro com um ponto final em amarelo marrom, característico do excesso de iodo
  • 19. 4.1. Métodos de Secagem 4.1.4.Métodos físicos: 1. Absorção de radiação infravermelha 2. Cromatografia gasosa 3. Ressonância nuclear magnética 4. Índice de Refração – refratômetro. Menos preciso 5. Densidade - pouco preciso 6. Condutividade elétrica - rápido e pouco preciso 7. Constante dielétrica Os métodos 4, 5, 6 e7 são muito usados para avaliação de matéria- prima e durante o processamento.
  • 20. Referências Bibliográficas • BOBBIO, F. O.;BOBBIO, P. A. Introdução à Química de Alimentos. 2ª.ed. São Paulo: Varela, 1995. • BOBBIO, F. O.;BOBBIO, P. A. Química do Processamento de Alimentos. 3ª.ed. São Paulo: Varela,1992. • IAL. Instituto Adolfo Lutz. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4ª.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. • CECCHI, H. M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2ªed.rev. Campinas,SP: Unicamp,2003.