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Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1


FAMENE
NETTO, Arlindo Ugulino.
BIOQUÍMICA

                                                     AMINOÁCIDOS
                                                 (Profº. Homero Perazzo)

        Para a química, um aminoácido é qualquer molécula
que contém simultaneamente grupos funcionais amina e ácido
carboxílico. Para a bioquímica, esta classificação é usada como
termo curto e geral para referir os aminoácidos alfa: aqueles em
que as funções amino e carboxilato estão ligadas ao mesmo
carbono (ver OBS4).
        Existem cerca de 20 aminoácidos codificados pelo DNA,
possuindo inúmeras funções importantes ao organismo. Os
aminoácidos têm funções relacionadas ao fornecimento de
energia, além de ter função estrutural na formação de proteínas
e outras substâncias (como os hormônios). Os aminoácidos
podem ser metabolizados pela via gliconeogênica para sintetizar
glicose quando necessária ao organismo.
        Os aminoácidos são monômeros das proteínas: a partir
da junção de mais de 100 moléculas de aminoácidos por
ligações peptídicas, tem-se uma proteína.


CLASSIFICAÇÃO
         Os aminoácidos podem ser classificados quanto a sua disposição nutricional, quanto ao radical e quanto ao seu
destino.

CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL
    1. Aminoácidos não-essenciais
        Os aminoácidos não-essenciais são aqueles que o próprio corpo humano pode sintetizar. São eles: alanina,
asparagina,cisteína, glicina, glutamina, hidroxilisina, hidroxiprolina, histidina, prolina, tirosina, ácido aspártico, ácido
glutâmico.

     2. Aminoácidos essenciais
         Os aminoácidos essenciais são aqueles que não podem ser produzidos pelo corpo humano. Dessa forma, são
somente adquiridos pela ingestão de alimentos, vegetais ou animais. São eles: arginina, fenilalanina, isoleucina, leucina,
lisina, metionina, serina, treonina, triptofano e valina.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO RADICAL
      A classificação quanto ao radical pode ser feita em:

    1. Aminoácidos apolares (hidrofóbico): Apresentam radicais de hidrocarbonetos apolares ou hidrocarbonetos
modificados, exceto a glicina. São radicais hidrófobos. Quando esses aminoácidos são utilizados na síntese de uma
proteína, eles ficam voltados para dentro da cadeia fornecendo estabilidade a ela.
      Glicina: H- CH (NH2) - COOH
      Alanina: CH3- CH (NH2) - COOH
      Leucina: CH3(CH2)3-CH2-CH (NH2)- COOH
      Valina: CH3-CH(CH3)-CH (NH2)- COOH
      Isoleucina: CH3-CH2-CH (CH3)-CH (NH2)- COOH
      Prolina:-CH2-CH2-CH2- ligando o grupo amino ao carbono alfa
      Fenilalanina: C6H5-CH2-CH (NH2)- COOH
      Triptofano: R aromático- CH (NH2)- COOH
      Metionina: CH3-S-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH

OBS1: O aminoácido mais simples é a glicina, que possui apenas um H como radical,
mostrando-se apolar por ser um aminoácido pequeno.
    2
OBS : A prolina possui uma estrutura diferenciada dos demais aminoácidos: ela é um
iminoácido (possui o grupo imino: -NH) que, quando entra na cadeia da proteína,
muda a direção da estrutura em 180º devido a configuração dos grupos amino e
carboxila em sua estrutura (ver figura ao lado).
                                                                                                                              1
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   2. Aminoácidos polares neutros (hidrofílicos): Apresentam radicais que tendem a formar pontes de hidrogênio.
     Serina: OH-CH2- CH (NH2)- COOH
     Treonina: OH-CH (CH3)- CH (NH2)- COOH
     Cisteina: SH-CH2- CH (NH2)- COOH
     Tirosina: OH-C6H4-CH2- CH (NH2)- COOH
     Asparagina: NH2-CO-CH2- CH (NH2)- COOH
     Glutamina: NH2-CO-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH

   3. Aminoácidos básicos (R positivo): Apresentam radicais com o grupo amino com caráter básico pois são
capazes de receber eletrons. São hidrófilos.
     Arginina: HN=C(NH2)-NH-CH2-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH
     Lisina: NH2-CH2-CH2-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH
     Histidina: H-(C3H2N2)-CH2- CH (NH2)- COOH

    4. Aminoácidos ácidos (R negativo): Apresentam radicais com grupo carboxílico e são capazes de doar
prótons.São hidrófilos.
      Ácido aspártico: HCOO-CH2- CH (NH2)- COOH
      Ácido glutâmico: HCOO-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH

OBS3: Um erro na codificação das proteínas pode causar doenças graves. Por exemplo, erros na codificação genética
para a cadeia β-hemoglobina, o glutamato pode deixar de ser produzido, sendo substituido por valina, causando anemia
falsiforme.
OBS4: Aminoácido alfa: São aqueles que apresentam fórmula geral: R - CH (NH2)- COOH na qual R é um radical
orgânico. No aminoácido glicina o radical é o elemento H. O carbono ligado ao radical R é denominado carbono 2 ou
alfa.


NOMENCLATURA E SIMBOLOGIA OFICIAL DOS AMINOÁCIDOS
       Na nomenclatura dos aminoácidos, a numeração dos carbonos da cadeia principal é iniciada a partir do carbono
da carboxila, seguindo a seguinte regra:
  ÁCIDO – 2 – AMINO + nº do carbono onde está o radical + NOME DO RADICAL + CADEIA PRINCIPAL + OICO
    5
OBS : Com o passar dos anos, a necessidade de proteínas diminui, diminuindo a necessidade de aminoácidos também.




                                                                                                                          2
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 Nomenclatura e estruturas retiradas do Wikipédia. Disponível em:

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                                                    <http://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido> Acesso em: 19 de abril de 2008.

TRANSFORMAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS
       Os aminoácidos, diferentemente do que se pensa, não são necessários apenas para a produção de proteínas.
Alguns aminoácidos sofrem transformação por ação de enzimas para participar, por exemplo, na síntese de hormônios e
substâncias necessárias ao corpo, como neurotransmissores.

TRANSFORMAÇÃO DA FENILALANINA

                                                                •    A adrenalina é um neurotransmissor derivado da
                                                                     transformação do aminoácido fenilalanina. Ele
                                                                     estimula a glicogenólise (para disponibilizar uma
                                                                     maior demanda de energia), lipólise e ação do
                                                                     músculo cardíaco da seguinte maneira:
                                                                             Efeito inotrópico positivo: aumenta a força
                                                                             da contração cardíaca.
                                                                             Efeito cronotrópico positivo: aumenta a
                                                                             freqüência dos batimentos.

                                                                •    A fenilcetonúria é uma doença que resulta da
                                                                     deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase
                                                                     (presente no fígado). Esta enzima é responsável
                                                                     por transformar o aminoácido fenilalanina em um
                                                                     outro aminoácido chamado tirosina. A tirosina, por
                                                                     sua     vez,   transforma-se    em    substâncias
                                                                     importantes para o funcionamento cerebral
                                                                     chamadas de neurotransmissores (como a
                                                                     dopamina e a noradrenalina). Em outras palavras,
                                                                     a fenilcetonúria é uma doença resultante da
                                                                     dificuldade para metabolização (“quebra”) do
                                                                     aminoácido       fenilalanina.   Além      desses
                                                                     neurotransmissores, a fenilalanina é convertida
                                                                     em melanina. Por esta razão, indivíduos com
                                                                     fenilcetonúria apresentam distúrbios neurológicos,
                                                                     falta de pigmentação da pele, déficit mental e
                                                                     baixo QI.

                                                                •    Com o defeito da fenilalanina hidroxilase, há um
                                                                     acúmulo de fenilalanina no sangue. Esse excesso
                                                                     faz com que a fenilalanina seja convertida pelas
                                                                     enzimas ALT ou AST em fenilpiruvato, e este em
                                                                     fenilactato e fenilacetato (que dão à urina um
                                                                     “cheiro de rato” característico) e NH2 (que entra no
                                                                     ciclo da uréia).




                                                                                                                                5
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TRANSFORMAÇÃO DO ÁCIDO GLUTÂMICO




                                               GLUTAMATO
                                             DESCARBOXILASE

                     (Ac. GLUTÂMICO / GLUTAMATO)             (Ácido γ -aminobutírico / GABA)

        O GABA é um neurotransmissor de inibição (inclusive, usado como calmante na farmacologia), que permite a
entrada de cloro na célula pós-sináptica, hiperpolarizando a célula e retardando de forma brusca o impulso nervoso.

TRANSFORMAÇÃO DO TRIPTOFANO
                                             •   A serotonina é um neurotransmissor derivado de transformações do
                                                 triptofano. Ela exerce múltiplas funções em nosso organismo como:
                                                 regulação do humor, trânsito intestinal, ansiedade, ritmo sono/vigília. Além
                                                 disso, as plaquetas produzem serotonina para regular a homeostase.

                                             •   O excesso de fenilalanina bloqueia a enzima 5-OH-triptofano
                                                 descarboxilase, gerando carência de serotonina. A falta desse transmissor
                                                 causa depressão, irritabilidade, hiperatividade. A esses sintomas, associam-
                                                 se os da carência da fenilalanina hidroxilase.

                                             •   A melatonina é um neuro-hormônio que controla os ciclos circadianos
                                                 (apresenta como função regular o sono). Este hormônio aumenta de
                                                 concentração na falta de luz, sendo produzido pela retina e pela glândula
                                                 pineal (localizada no epitálamo). Na presença de luz, entretanto, é enviada
                                                 uma mensagem neuro-endócrina que bloqueia sua formação. Portanto, a
                                                 secreção dessa substância é quase que exclusivamente determinada por
                                                 estruturas fotossensíveis (principalmente à noite). Logo, a pouca
                                                 luminosidade, a grande exposição ao Sol, banhos quentes e dietas ricas
                                                 em carboidratos estimulam a produção de melatonina. Assim como
                                                 acontece com a serotonina, a Melatonina também é produzida a partir de
                                                 um aminoácido chamado Triptofano, normalmente obtido por uma
                                                 alimentação equilibrada. Dessa forma a sequência seria o Triptofano se
                                                 transformar em Serotonina, e esta em Melatonina. É por isso que a
                                                 concentração de Serotonina fica aumentada na glândula pineal durante o
                                                 dia, enquanto há luz, inversamente ao que ocorre com a Melatonina.

                                             •   Uma pessoa sob estresse produz normalmente mais adrenalina e cortisol.
                                                 Para cada molécula de adrenalina formada, quatro moléculas de Radicais
                                                 Livres irão ser produzidas e, com isto, aumentam as probabilidades de
                                                 lesão celular. Além disso, a adrenalina e o cortisol induzem a formação de
                                                 uma enzima – a Triptofano pirolase – capaz de destruir o Triptofano antes
                                                 que este atinja a Glândula Pineal. Com isto, nem a Melatonina é fabricada
                                                 e nem a Serotonina (o que pode gerar compulsão ao hidrato de carbono,
                                                 com tendência a aumento de peso e depressão).

                                             •   A melatonina é uma substância anti-radical livre, portanto, antioxidante. Ela
                                                 é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica (membrana que protege
                                                 o cérebro), portanto, capaz de desempenhar funções em nível neuronal.
                                                 Essa ação é de fundamental importância na proteção dos neurônios contra
                                                 as lesões dos radicais livres. O tecido cerebral é muito mais suscetível à
                                                 ação dos radicais livres que qualquer outra parte do organismo e, na
                                                 medida em que os níveis de Melatonina vão caindo, pode haver um
                                                 concomitante declínio na função cerebral. As desordens do sono podem
                                                 ser também um dos efeitos do decréscimo da Melatonina. Com o
                                                 envelhecimento a glândula pineal funcionaria menos e haveria uma queda
                                                 na produção da Melatonina. Isso acaba fazendo com que alguns pacientes
                                                 idosos reclamem da qualidade do sono ou de insônia, porém, pode ser que
                                                 durmam com facilidade quando não deveriam, durante o dia, assistindo
                                                 televisão, por exemplo.




                                                                                                                                 6
Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1




                                             Concentração de Melatonina (mg/dl)
                                                        FASE DIURNA NOTURNA
                                       Faixa etária
                                       Pré-pubedade               21,5       97,5
                                       Audulta                    18,2       77,2
                                       Senil                      16,2       36,2

    6
OBS : As proteínas da dieta são degradadas na digestão, somando
cerca de 25% de aminoácidos do pool (concentração total) do
organismo, enquanto o restante (75%) é produzido por proteínas
endógenas. Quando o aminoácido não é utilizado pelo organismo,
ele não é armazenado (diferente do que ocorre com a glicose
glicogênio; e os lipídios    tecido adiposo). Ele será catabolizado de
tal forma que a cadeia de carbonos é separada do grupo amino
(NH2). Esse grupo amino pode ser excretado entrando no ciclo da
uréia, bem como pode produzir quitina, glicosaminoglicanos, bases
nitrogenadas, glicolipidios, etc.




    7
OBS : Destino dos produtos dos aminoácidos: os aminoácidos ainda podem ser classificados em dois grupos,
dependendo do destino tomado pelo aminoácido quando o grupo amina é excretado do corpo na forma de uréia
(mamíferos), amônia (peixes) e ácido úrico (Aves e répteis).
   • Destino cetogênico. Ocorre quando o álcool resultante da quebra dos aminoácidos vai para qualquer fase do
       Ciclo de Krebs na forma de Acetil coenzima A ou outra substância. Os aminoácidos que são degradados a
       acetil-CoA ou acetoacetil-CoA são chamados de cetogênicos porque dão origem aos corpos cetônicos. A sua
       capacidade de formação de corpos cetônicos fica mais evidente quando o paciente tem a diabetes melitus, o que
       faz com que o fígado produza grande quantidade dos mesmos.
   • Destino glicogênico. Ocorre quando o álcool restante da quebra dos aminoácidos vai para a via glicolítica. Os
       aminoácidos que são degradados a piruvato, α-cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato ou oxaloacetato são
       denominados glicogênicos. A partir desses aminoácidos é possível fazer a síntese de glicose, porque esses
       intermediários e o piruvato podem ser convertidos em fosfoenolpiruvato e depois em glicose ou glicogênio. Do
       conjunto básico dos 20 aminoácidos, os únicos que são exclusivamente cetogênicos são a leucina e a lisina. A
       fenilalanina, triptofano, isoleucina e tirosina são tanto cetogênicos quanto glicogênicos. E os aminoácidos
       restantes (14) são estritamente glicogênicos.


TRANSAMINAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS
        Transaminação consiste na transferência do grupo amino
de um aminoácido para o α-cetoglutarato (proveniente do Ciclo
de Krebs) por meio da ação de uma enzima transaminase,
formando assim, um novo aminoácido e um α-ceto-ácido (como o
piruvato).
    8
OBS : O glutamato é o principal receptor do grupo amino dos
aminoácidos.




                                                                                                                              7
Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1




  1
Ex : Transaminação da alanina.                             Ex²: Transaminação do Glutamato.




       Alanina
                                                             Glutamato                                 Oxaloacetato
                                          -Cetoglutarato
                                                                                  Transaminase
                        Transaminase                                           Glutâmico Oxalacética
                     Glutâmico Pirúvica                                               (TGO)
                        (TGP ou ALT)




                                                            Aspartato
      Glutamato                                                                                          -Cetoglutarato

OBS8: As mesmas transaminases que transformam um aminoácido em glutamato, convertem este em aspartato,
enquanto a glutamato desidrogenase retira o grupo amino do glutamato para ser excretado.
    9
OBS : Essas transaminações ocorrem em diversos tecidos, porém, acontecem com maior frequência no fígado. Por isso
que a ALT (TGP) e AST (TGO) são considerados marcadores hepáticos, pois qualquer lesão que acometa as células
hepáticas, faz com que essas enzimas não funcionem adequadamente e passem a se concentrar no sangue, sendo
assim, de fácil identificação laboratorial.
OBS10: Enquanto que a ALT e a AST medem a função da bateria enzimática hepática, a medição sanguínea da
albumina e o tempo de protrombina são responsáveis por avaliar a função hepática. A fosfatase alcalina e gama-
GT, por sua vez, são marcadores que indicam lesão canalicular (geralmente estão aumentadas em causas obstrutivas).

DESAMINAÇÃO DO GLUTAMATO
        O glutamato é importante por ser o principal receptor do grupo amônia dos aminoácidos degradados ou
transaminados. Por isso que ele é tido como um reservatório de amônia que cederá o grupo amino para ser
transformado em uréia, produto mais excretável pelo corpo.

                                                        FÍGADO
                                                                           +          +
                                                                                    NH4          URÉIA
                   GLUTAMATO
                                    GLUTAMATO
                                                  α−cetoglutarato + NH 3
                                  DESIDROGENASE

                                    +
        Nos outros tecidos, a NH4 (amônia), por ser altamente tóxica ao sangue, é incorporada ao glutamato, formando
glutamina, para que este transporte até o fígado a amônia que será convertida em uréia excretável (o rim também possui
a enzima glutaminase, que separa o glutamato da amônia).
                                                                                            +
       GLUTAMATO +NH+ + ATP
                    4                             GLUTAMINA + ADP GLUTAMINASE GLUTAMATO + NH 4
                                    GLUTAMINA
                                    SINTETASE

OBS11: Hiperamonemia ocasiona encefalopatia. A presença exagerada de amônia faz com que muito glutamato seja
utilizado, o que exige grandes concentrações disponíveis do α-cetoglutarato. Tal fato faz com que o Ciclo de Krebs
realize a função de transportar essa amônia, diminuindo assim o rendimento energético mitocondrial, o que representa
um estado de emergência para o tecido cerebral, principalmente.
OBS12: Além disso, o glutamato é um precursor do neurotransmissor inibidor-GABA, que será produzido em grande
escala. Isso impede a chegada adequada dos impulsos nervosos ao cérebro, podendo causar o coma.



                                                                                                                           8

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Bioquímica ii 06 aminoácidos (arlindo netto)

  • 1. Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1 FAMENE NETTO, Arlindo Ugulino. BIOQUÍMICA AMINOÁCIDOS (Profº. Homero Perazzo) Para a química, um aminoácido é qualquer molécula que contém simultaneamente grupos funcionais amina e ácido carboxílico. Para a bioquímica, esta classificação é usada como termo curto e geral para referir os aminoácidos alfa: aqueles em que as funções amino e carboxilato estão ligadas ao mesmo carbono (ver OBS4). Existem cerca de 20 aminoácidos codificados pelo DNA, possuindo inúmeras funções importantes ao organismo. Os aminoácidos têm funções relacionadas ao fornecimento de energia, além de ter função estrutural na formação de proteínas e outras substâncias (como os hormônios). Os aminoácidos podem ser metabolizados pela via gliconeogênica para sintetizar glicose quando necessária ao organismo. Os aminoácidos são monômeros das proteínas: a partir da junção de mais de 100 moléculas de aminoácidos por ligações peptídicas, tem-se uma proteína. CLASSIFICAÇÃO Os aminoácidos podem ser classificados quanto a sua disposição nutricional, quanto ao radical e quanto ao seu destino. CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL 1. Aminoácidos não-essenciais Os aminoácidos não-essenciais são aqueles que o próprio corpo humano pode sintetizar. São eles: alanina, asparagina,cisteína, glicina, glutamina, hidroxilisina, hidroxiprolina, histidina, prolina, tirosina, ácido aspártico, ácido glutâmico. 2. Aminoácidos essenciais Os aminoácidos essenciais são aqueles que não podem ser produzidos pelo corpo humano. Dessa forma, são somente adquiridos pela ingestão de alimentos, vegetais ou animais. São eles: arginina, fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, serina, treonina, triptofano e valina. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO RADICAL A classificação quanto ao radical pode ser feita em: 1. Aminoácidos apolares (hidrofóbico): Apresentam radicais de hidrocarbonetos apolares ou hidrocarbonetos modificados, exceto a glicina. São radicais hidrófobos. Quando esses aminoácidos são utilizados na síntese de uma proteína, eles ficam voltados para dentro da cadeia fornecendo estabilidade a ela. Glicina: H- CH (NH2) - COOH Alanina: CH3- CH (NH2) - COOH Leucina: CH3(CH2)3-CH2-CH (NH2)- COOH Valina: CH3-CH(CH3)-CH (NH2)- COOH Isoleucina: CH3-CH2-CH (CH3)-CH (NH2)- COOH Prolina:-CH2-CH2-CH2- ligando o grupo amino ao carbono alfa Fenilalanina: C6H5-CH2-CH (NH2)- COOH Triptofano: R aromático- CH (NH2)- COOH Metionina: CH3-S-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH OBS1: O aminoácido mais simples é a glicina, que possui apenas um H como radical, mostrando-se apolar por ser um aminoácido pequeno. 2 OBS : A prolina possui uma estrutura diferenciada dos demais aminoácidos: ela é um iminoácido (possui o grupo imino: -NH) que, quando entra na cadeia da proteína, muda a direção da estrutura em 180º devido a configuração dos grupos amino e carboxila em sua estrutura (ver figura ao lado). 1
  • 2. Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1 2. Aminoácidos polares neutros (hidrofílicos): Apresentam radicais que tendem a formar pontes de hidrogênio. Serina: OH-CH2- CH (NH2)- COOH Treonina: OH-CH (CH3)- CH (NH2)- COOH Cisteina: SH-CH2- CH (NH2)- COOH Tirosina: OH-C6H4-CH2- CH (NH2)- COOH Asparagina: NH2-CO-CH2- CH (NH2)- COOH Glutamina: NH2-CO-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH 3. Aminoácidos básicos (R positivo): Apresentam radicais com o grupo amino com caráter básico pois são capazes de receber eletrons. São hidrófilos. Arginina: HN=C(NH2)-NH-CH2-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH Lisina: NH2-CH2-CH2-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH Histidina: H-(C3H2N2)-CH2- CH (NH2)- COOH 4. Aminoácidos ácidos (R negativo): Apresentam radicais com grupo carboxílico e são capazes de doar prótons.São hidrófilos. Ácido aspártico: HCOO-CH2- CH (NH2)- COOH Ácido glutâmico: HCOO-CH2-CH2- CH (NH2)- COOH OBS3: Um erro na codificação das proteínas pode causar doenças graves. Por exemplo, erros na codificação genética para a cadeia β-hemoglobina, o glutamato pode deixar de ser produzido, sendo substituido por valina, causando anemia falsiforme. OBS4: Aminoácido alfa: São aqueles que apresentam fórmula geral: R - CH (NH2)- COOH na qual R é um radical orgânico. No aminoácido glicina o radical é o elemento H. O carbono ligado ao radical R é denominado carbono 2 ou alfa. NOMENCLATURA E SIMBOLOGIA OFICIAL DOS AMINOÁCIDOS Na nomenclatura dos aminoácidos, a numeração dos carbonos da cadeia principal é iniciada a partir do carbono da carboxila, seguindo a seguinte regra: ÁCIDO – 2 – AMINO + nº do carbono onde está o radical + NOME DO RADICAL + CADEIA PRINCIPAL + OICO 5 OBS : Com o passar dos anos, a necessidade de proteínas diminui, diminuindo a necessidade de aminoácidos também. 2
  • 3. Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1 3
  • 4. Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1 Nomenclatura e estruturas retiradas do Wikipédia. Disponível em: 4
  • 5. Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1 <http://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido> Acesso em: 19 de abril de 2008. TRANSFORMAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Os aminoácidos, diferentemente do que se pensa, não são necessários apenas para a produção de proteínas. Alguns aminoácidos sofrem transformação por ação de enzimas para participar, por exemplo, na síntese de hormônios e substâncias necessárias ao corpo, como neurotransmissores. TRANSFORMAÇÃO DA FENILALANINA • A adrenalina é um neurotransmissor derivado da transformação do aminoácido fenilalanina. Ele estimula a glicogenólise (para disponibilizar uma maior demanda de energia), lipólise e ação do músculo cardíaco da seguinte maneira: Efeito inotrópico positivo: aumenta a força da contração cardíaca. Efeito cronotrópico positivo: aumenta a freqüência dos batimentos. • A fenilcetonúria é uma doença que resulta da deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase (presente no fígado). Esta enzima é responsável por transformar o aminoácido fenilalanina em um outro aminoácido chamado tirosina. A tirosina, por sua vez, transforma-se em substâncias importantes para o funcionamento cerebral chamadas de neurotransmissores (como a dopamina e a noradrenalina). Em outras palavras, a fenilcetonúria é uma doença resultante da dificuldade para metabolização (“quebra”) do aminoácido fenilalanina. Além desses neurotransmissores, a fenilalanina é convertida em melanina. Por esta razão, indivíduos com fenilcetonúria apresentam distúrbios neurológicos, falta de pigmentação da pele, déficit mental e baixo QI. • Com o defeito da fenilalanina hidroxilase, há um acúmulo de fenilalanina no sangue. Esse excesso faz com que a fenilalanina seja convertida pelas enzimas ALT ou AST em fenilpiruvato, e este em fenilactato e fenilacetato (que dão à urina um “cheiro de rato” característico) e NH2 (que entra no ciclo da uréia). 5
  • 6. Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1 TRANSFORMAÇÃO DO ÁCIDO GLUTÂMICO GLUTAMATO DESCARBOXILASE (Ac. GLUTÂMICO / GLUTAMATO) (Ácido γ -aminobutírico / GABA) O GABA é um neurotransmissor de inibição (inclusive, usado como calmante na farmacologia), que permite a entrada de cloro na célula pós-sináptica, hiperpolarizando a célula e retardando de forma brusca o impulso nervoso. TRANSFORMAÇÃO DO TRIPTOFANO • A serotonina é um neurotransmissor derivado de transformações do triptofano. Ela exerce múltiplas funções em nosso organismo como: regulação do humor, trânsito intestinal, ansiedade, ritmo sono/vigília. Além disso, as plaquetas produzem serotonina para regular a homeostase. • O excesso de fenilalanina bloqueia a enzima 5-OH-triptofano descarboxilase, gerando carência de serotonina. A falta desse transmissor causa depressão, irritabilidade, hiperatividade. A esses sintomas, associam- se os da carência da fenilalanina hidroxilase. • A melatonina é um neuro-hormônio que controla os ciclos circadianos (apresenta como função regular o sono). Este hormônio aumenta de concentração na falta de luz, sendo produzido pela retina e pela glândula pineal (localizada no epitálamo). Na presença de luz, entretanto, é enviada uma mensagem neuro-endócrina que bloqueia sua formação. Portanto, a secreção dessa substância é quase que exclusivamente determinada por estruturas fotossensíveis (principalmente à noite). Logo, a pouca luminosidade, a grande exposição ao Sol, banhos quentes e dietas ricas em carboidratos estimulam a produção de melatonina. Assim como acontece com a serotonina, a Melatonina também é produzida a partir de um aminoácido chamado Triptofano, normalmente obtido por uma alimentação equilibrada. Dessa forma a sequência seria o Triptofano se transformar em Serotonina, e esta em Melatonina. É por isso que a concentração de Serotonina fica aumentada na glândula pineal durante o dia, enquanto há luz, inversamente ao que ocorre com a Melatonina. • Uma pessoa sob estresse produz normalmente mais adrenalina e cortisol. Para cada molécula de adrenalina formada, quatro moléculas de Radicais Livres irão ser produzidas e, com isto, aumentam as probabilidades de lesão celular. Além disso, a adrenalina e o cortisol induzem a formação de uma enzima – a Triptofano pirolase – capaz de destruir o Triptofano antes que este atinja a Glândula Pineal. Com isto, nem a Melatonina é fabricada e nem a Serotonina (o que pode gerar compulsão ao hidrato de carbono, com tendência a aumento de peso e depressão). • A melatonina é uma substância anti-radical livre, portanto, antioxidante. Ela é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica (membrana que protege o cérebro), portanto, capaz de desempenhar funções em nível neuronal. Essa ação é de fundamental importância na proteção dos neurônios contra as lesões dos radicais livres. O tecido cerebral é muito mais suscetível à ação dos radicais livres que qualquer outra parte do organismo e, na medida em que os níveis de Melatonina vão caindo, pode haver um concomitante declínio na função cerebral. As desordens do sono podem ser também um dos efeitos do decréscimo da Melatonina. Com o envelhecimento a glândula pineal funcionaria menos e haveria uma queda na produção da Melatonina. Isso acaba fazendo com que alguns pacientes idosos reclamem da qualidade do sono ou de insônia, porém, pode ser que durmam com facilidade quando não deveriam, durante o dia, assistindo televisão, por exemplo. 6
  • 7. Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1 Concentração de Melatonina (mg/dl) FASE DIURNA NOTURNA Faixa etária Pré-pubedade 21,5 97,5 Audulta 18,2 77,2 Senil 16,2 36,2 6 OBS : As proteínas da dieta são degradadas na digestão, somando cerca de 25% de aminoácidos do pool (concentração total) do organismo, enquanto o restante (75%) é produzido por proteínas endógenas. Quando o aminoácido não é utilizado pelo organismo, ele não é armazenado (diferente do que ocorre com a glicose glicogênio; e os lipídios tecido adiposo). Ele será catabolizado de tal forma que a cadeia de carbonos é separada do grupo amino (NH2). Esse grupo amino pode ser excretado entrando no ciclo da uréia, bem como pode produzir quitina, glicosaminoglicanos, bases nitrogenadas, glicolipidios, etc. 7 OBS : Destino dos produtos dos aminoácidos: os aminoácidos ainda podem ser classificados em dois grupos, dependendo do destino tomado pelo aminoácido quando o grupo amina é excretado do corpo na forma de uréia (mamíferos), amônia (peixes) e ácido úrico (Aves e répteis). • Destino cetogênico. Ocorre quando o álcool resultante da quebra dos aminoácidos vai para qualquer fase do Ciclo de Krebs na forma de Acetil coenzima A ou outra substância. Os aminoácidos que são degradados a acetil-CoA ou acetoacetil-CoA são chamados de cetogênicos porque dão origem aos corpos cetônicos. A sua capacidade de formação de corpos cetônicos fica mais evidente quando o paciente tem a diabetes melitus, o que faz com que o fígado produza grande quantidade dos mesmos. • Destino glicogênico. Ocorre quando o álcool restante da quebra dos aminoácidos vai para a via glicolítica. Os aminoácidos que são degradados a piruvato, α-cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato ou oxaloacetato são denominados glicogênicos. A partir desses aminoácidos é possível fazer a síntese de glicose, porque esses intermediários e o piruvato podem ser convertidos em fosfoenolpiruvato e depois em glicose ou glicogênio. Do conjunto básico dos 20 aminoácidos, os únicos que são exclusivamente cetogênicos são a leucina e a lisina. A fenilalanina, triptofano, isoleucina e tirosina são tanto cetogênicos quanto glicogênicos. E os aminoácidos restantes (14) são estritamente glicogênicos. TRANSAMINAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Transaminação consiste na transferência do grupo amino de um aminoácido para o α-cetoglutarato (proveniente do Ciclo de Krebs) por meio da ação de uma enzima transaminase, formando assim, um novo aminoácido e um α-ceto-ácido (como o piruvato). 8 OBS : O glutamato é o principal receptor do grupo amino dos aminoácidos. 7
  • 8. Arlindo Ugulino Netto – BIOQUÍMICA II – MEDICINA P2 – 2008.1 1 Ex : Transaminação da alanina. Ex²: Transaminação do Glutamato. Alanina Glutamato Oxaloacetato -Cetoglutarato Transaminase Transaminase Glutâmico Oxalacética Glutâmico Pirúvica (TGO) (TGP ou ALT) Aspartato Glutamato -Cetoglutarato OBS8: As mesmas transaminases que transformam um aminoácido em glutamato, convertem este em aspartato, enquanto a glutamato desidrogenase retira o grupo amino do glutamato para ser excretado. 9 OBS : Essas transaminações ocorrem em diversos tecidos, porém, acontecem com maior frequência no fígado. Por isso que a ALT (TGP) e AST (TGO) são considerados marcadores hepáticos, pois qualquer lesão que acometa as células hepáticas, faz com que essas enzimas não funcionem adequadamente e passem a se concentrar no sangue, sendo assim, de fácil identificação laboratorial. OBS10: Enquanto que a ALT e a AST medem a função da bateria enzimática hepática, a medição sanguínea da albumina e o tempo de protrombina são responsáveis por avaliar a função hepática. A fosfatase alcalina e gama- GT, por sua vez, são marcadores que indicam lesão canalicular (geralmente estão aumentadas em causas obstrutivas). DESAMINAÇÃO DO GLUTAMATO O glutamato é importante por ser o principal receptor do grupo amônia dos aminoácidos degradados ou transaminados. Por isso que ele é tido como um reservatório de amônia que cederá o grupo amino para ser transformado em uréia, produto mais excretável pelo corpo. FÍGADO + + NH4 URÉIA GLUTAMATO GLUTAMATO α−cetoglutarato + NH 3 DESIDROGENASE + Nos outros tecidos, a NH4 (amônia), por ser altamente tóxica ao sangue, é incorporada ao glutamato, formando glutamina, para que este transporte até o fígado a amônia que será convertida em uréia excretável (o rim também possui a enzima glutaminase, que separa o glutamato da amônia). + GLUTAMATO +NH+ + ATP 4 GLUTAMINA + ADP GLUTAMINASE GLUTAMATO + NH 4 GLUTAMINA SINTETASE OBS11: Hiperamonemia ocasiona encefalopatia. A presença exagerada de amônia faz com que muito glutamato seja utilizado, o que exige grandes concentrações disponíveis do α-cetoglutarato. Tal fato faz com que o Ciclo de Krebs realize a função de transportar essa amônia, diminuindo assim o rendimento energético mitocondrial, o que representa um estado de emergência para o tecido cerebral, principalmente. OBS12: Além disso, o glutamato é um precursor do neurotransmissor inibidor-GABA, que será produzido em grande escala. Isso impede a chegada adequada dos impulsos nervosos ao cérebro, podendo causar o coma. 8