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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA
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ANATOMIA MACROSCÓPICA DO DIENCÉFALO
O diencéfalo e o telencéfalo formam, juntos, o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo durante a vida embrionária. O
cérebro é a porção mais desenvolvida e importante do encéfalo, ocupando cerca de 80% dele. O telencéfalo se desenvolve
enormemente em sentido lateral e posterior para constituir os hemisférios cerebrais. Deste modo, encobre quase completamente o
diencéfalo, que permanece em situação ímpar e mediana, podendo ser visto apenas na face inferior do cérebro.
O diencéfalo compreende as seguintes estruturas: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, estando todas relacionadas
com o III ventrículo.
III VENTRÍCULO
O III ventrículo representa uma estreita cavidade ímpar e mediana no diencéfalo, comunicando-se com o IV ventrículo por
meio do aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares (forames de Monro). Quando o
cérebro é observado medialmente (através de uma secção no plano sagital), as paredes laterais do III ventrículo são expostas
amplamente. Nelas, nota-se a presença de uma depressão rasa, o sulco hipotalâmico, que liga o forame interventricular ao aqueduto
cerebral, determinando o local de escoamento do líquor a partir dos ventrículos laterais até o IV ventrículo. Esse sulco serve como um
limite: as paredes acima dele pertencem ao tálamo, e as situadas abaixo, ao hipotálamo. Unindo os dois tálamos e, por conseguinte,
atravessando a cavidade ventricular, observa-se frequentemente a aderência intertalâmica.
O assoalho do III ventrículo é composto por, de diante para trás: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos
mamilares, todos pertencentes ao hipotálamo.
A parede posterior do ventrículo, relativamente pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco
hipotalâmico e posteriormente à massa talâmica. Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta das paredes
laterais deste ventrículo, há um feixe ascendente de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo (que seguem desde a área septal
ao trígono das habênulas), nas quais se insere a tela corioide, que forma o tecto do III ventrículo. A partir da tela corioide, invaginam-
se na luz ventricular os plexos corioides do III ventrículo, que se dispõe em duas linhas paralelas e são contínuos através dos
respectivos forames interventriculares com os plexos corioides dos ventrículos laterais.
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal (fina lamina de tecido nervoso que une os dois hemisférios
e se dispõe entre o quiasma óptico e a comissura anterior). A comissura anterior, a lâmina terminal e as partes adjacentes das
paredes laterais do III ventrículos pertencem ao telencéfalo, pois derivam da parte central não evaginada da vesícula telencefálica do
embrião.
A luz do III ventrículo
se evagina para formar quatro
recessos: na região do
infundíbulo, o recesso do
infundíbulo (evidente como um
orifício no túber cinéreo
quando a hipófise é arrancada
das peças anatômicas); outro
acima do quiasma óptico, o
recesso óptico; um terceiro na
haste da glândula pineal, o
recesso pineal; e o recesso
suprapineal, localizado acima
da glândula pineal (impossível
de ser observado nas peças
em que o tecto do III ventrículo
tenha sido removido).
TÁLAMO
Os tálamos são duas massas volumosas de substância cinzenta, com formato ovoide, dispostas uma de cada lado, na
porção laterodorsal do diencéfalo. A extremidade anterior de cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo,
que participa da delimitação do forame interventricular. A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta
uma grande eminência denominada pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial (formações talâmicas já
descritas no estudo do tecto do mesencéfalo). O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva; o lateral, da via óptica, e ambos
são considerados por alguns autores, constituintes de uma divisão do diencéfalo denominada metatálamo.
A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lateral, sendo, por conseguinte, revestido de
epitélio ependimário (denominado, nessa região, de lâmina afixa); a porção medial, por sua vez, constitui, juntamente com o tecto do
III ventrículo, o assoalho da fissura transversa do cérebro, cujo tecto é constituído pelo fórnix e pelo corpo caloso, formações
telencefálicas. A fissura transversa é ocupada por um “fundo-de-saco” de pia-máter, cujo folheto inferior recobre a parte medial da
face superior do tálamo e, a seguir, entra na constituição da tela corioide. Como se sabe, a tela corioide se prende às estrias
medulares do tálamo que marcam o limite da face superior e medial do tálamo (tecto do III ventrículo).
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NEUROANATOMIA 2016
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A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe de fibras que liga o córtex cerebral a
centros nervosos subcorticais. A face inferior do tálamo continua com o hipotálamo e o subtálamo.
HIPOTÁLAMO
O hipotálamo é uma área relativamente pequena do diencéfalo, estando situada logo abaixo do sulco hipotalâmico, que é
responsável por separá-lo do tálamo. Ele está relacionado, principalmente, com o controle da atividade visceral, controle da
homeostase e da temperatura corporal, além do comando de parte do sistema endócrino. O hipotálamo compreende estruturas
situadas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além das seguintes formações do assoalho do III
ventrículo:
 Corpos mamilares: duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes anteriormente à fossa interpeduncular
(mesencéfalo).
 Quiasma óptico: localizado na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas dos nervos ópticos, que aí
cruzam em parte (apenas aqueles oriundos da retina medial ou nasal) e continuam nos tractos ópticos que se dirigem aos
corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais.
 Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e dos tractos óticos, entre estes e os
corpos mamilares. No túber cinéreo prendem-se a hipófise por meio do infundíbulo.
 Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de funil que se prende ao túber cinéreo, contendo um pequeno
prolongamento da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para
constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto sua extremidade inferior continua com o processo infundibular, ou
lobo nervoso da neuro-hipófise.
EPITÁLAMO
O epitálamo limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu
elemento mais evidente é a glândula pineal (epífise ou corpo pineal), glândula endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana, que
repousa sobre o tecto mesencefálico (acima dos colículos superiores).
OBS1
: A melatonina é um neuro-hormônio que controla os ritmos circadianos (relacionados com a função de regular o sono). Esse hormônio aumenta
de concentração na falta de luz, sendo produzido pela retina e pela glândula pineal (epitálamo). Na presença de luz, entretanto, é enviada uma
mensagem neuroendócrina bloqueando a sua formação, portanto, a secreção dessa substância é quase exclusivamente determinada por estruturas
fotossensíveis, principalmente à noite. Além da pouca luminosidade, grandes exposições ao Sol (como um mecanismo compensatório), banhos
quentes e dietas ricas em carboidratos estimulam a produção de melatonina. Uma pessoa sob estresse produz normalmente mais adrenalina e cortisol.
Para cada molécula de adrenalina formada, quatro moléculas de Radicais Livres irão ser produzidas e com isto a probabilidade de lesão nas células
aumenta.
A base do corpo pineal prende-se anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano mediano, a
comissura posterior (inferiormente) e a comissura das habênulas (superiormente), entre as quais penetra na glândula pineal um
pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal. A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas
eminências triangulares, os trígonos das habênulas (que continuam anteriormente, de cada lado, com as estrias medulares do
tálamo), situados entre a glândula pineal e o tálamo. A tela corioide do III ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do
tálamo e posteriormente na comissura das habênulas.
SUBTÁLAMO
O subtálamo compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. É de difícil visualização nas
peças de rotina uma vez que não está relacionado diretamente com as paredes do III ventrículo. É mais facilmente observado em
cortes frontais do cérebro. Está localizado abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo
hipotálamo. O elemento mais importante do subtálamo é o núcleo subtalâmico.
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Anatomia do diencéfalo e suas estruturas (III ventrículo, tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo

  • 1. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA 1 www.medresumos.com.br ANATOMIA MACROSCÓPICA DO DIENCÉFALO O diencéfalo e o telencéfalo formam, juntos, o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo durante a vida embrionária. O cérebro é a porção mais desenvolvida e importante do encéfalo, ocupando cerca de 80% dele. O telencéfalo se desenvolve enormemente em sentido lateral e posterior para constituir os hemisférios cerebrais. Deste modo, encobre quase completamente o diencéfalo, que permanece em situação ímpar e mediana, podendo ser visto apenas na face inferior do cérebro. O diencéfalo compreende as seguintes estruturas: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, estando todas relacionadas com o III ventrículo. III VENTRÍCULO O III ventrículo representa uma estreita cavidade ímpar e mediana no diencéfalo, comunicando-se com o IV ventrículo por meio do aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares (forames de Monro). Quando o cérebro é observado medialmente (através de uma secção no plano sagital), as paredes laterais do III ventrículo são expostas amplamente. Nelas, nota-se a presença de uma depressão rasa, o sulco hipotalâmico, que liga o forame interventricular ao aqueduto cerebral, determinando o local de escoamento do líquor a partir dos ventrículos laterais até o IV ventrículo. Esse sulco serve como um limite: as paredes acima dele pertencem ao tálamo, e as situadas abaixo, ao hipotálamo. Unindo os dois tálamos e, por conseguinte, atravessando a cavidade ventricular, observa-se frequentemente a aderência intertalâmica. O assoalho do III ventrículo é composto por, de diante para trás: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, todos pertencentes ao hipotálamo. A parede posterior do ventrículo, relativamente pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico e posteriormente à massa talâmica. Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta das paredes laterais deste ventrículo, há um feixe ascendente de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo (que seguem desde a área septal ao trígono das habênulas), nas quais se insere a tela corioide, que forma o tecto do III ventrículo. A partir da tela corioide, invaginam- se na luz ventricular os plexos corioides do III ventrículo, que se dispõe em duas linhas paralelas e são contínuos através dos respectivos forames interventriculares com os plexos corioides dos ventrículos laterais. A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal (fina lamina de tecido nervoso que une os dois hemisférios e se dispõe entre o quiasma óptico e a comissura anterior). A comissura anterior, a lâmina terminal e as partes adjacentes das paredes laterais do III ventrículos pertencem ao telencéfalo, pois derivam da parte central não evaginada da vesícula telencefálica do embrião. A luz do III ventrículo se evagina para formar quatro recessos: na região do infundíbulo, o recesso do infundíbulo (evidente como um orifício no túber cinéreo quando a hipófise é arrancada das peças anatômicas); outro acima do quiasma óptico, o recesso óptico; um terceiro na haste da glândula pineal, o recesso pineal; e o recesso suprapineal, localizado acima da glândula pineal (impossível de ser observado nas peças em que o tecto do III ventrículo tenha sido removido). TÁLAMO Os tálamos são duas massas volumosas de substância cinzenta, com formato ovoide, dispostas uma de cada lado, na porção laterodorsal do diencéfalo. A extremidade anterior de cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, que participa da delimitação do forame interventricular. A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta uma grande eminência denominada pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial (formações talâmicas já descritas no estudo do tecto do mesencéfalo). O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva; o lateral, da via óptica, e ambos são considerados por alguns autores, constituintes de uma divisão do diencéfalo denominada metatálamo. A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lateral, sendo, por conseguinte, revestido de epitélio ependimário (denominado, nessa região, de lâmina afixa); a porção medial, por sua vez, constitui, juntamente com o tecto do III ventrículo, o assoalho da fissura transversa do cérebro, cujo tecto é constituído pelo fórnix e pelo corpo caloso, formações telencefálicas. A fissura transversa é ocupada por um “fundo-de-saco” de pia-máter, cujo folheto inferior recobre a parte medial da face superior do tálamo e, a seguir, entra na constituição da tela corioide. Como se sabe, a tela corioide se prende às estrias medulares do tálamo que marcam o limite da face superior e medial do tálamo (tecto do III ventrículo). Arlindo Ugulino Netto. NEUROANATOMIA 2016
  • 2. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA 2 www.medresumos.com.br A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe de fibras que liga o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tálamo continua com o hipotálamo e o subtálamo. HIPOTÁLAMO O hipotálamo é uma área relativamente pequena do diencéfalo, estando situada logo abaixo do sulco hipotalâmico, que é responsável por separá-lo do tálamo. Ele está relacionado, principalmente, com o controle da atividade visceral, controle da homeostase e da temperatura corporal, além do comando de parte do sistema endócrino. O hipotálamo compreende estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além das seguintes formações do assoalho do III ventrículo:  Corpos mamilares: duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes anteriormente à fossa interpeduncular (mesencéfalo).  Quiasma óptico: localizado na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas dos nervos ópticos, que aí cruzam em parte (apenas aqueles oriundos da retina medial ou nasal) e continuam nos tractos ópticos que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais.  Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e dos tractos óticos, entre estes e os corpos mamilares. No túber cinéreo prendem-se a hipófise por meio do infundíbulo.  Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de funil que se prende ao túber cinéreo, contendo um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto sua extremidade inferior continua com o processo infundibular, ou lobo nervoso da neuro-hipófise. EPITÁLAMO O epitálamo limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal (epífise ou corpo pineal), glândula endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto mesencefálico (acima dos colículos superiores). OBS1 : A melatonina é um neuro-hormônio que controla os ritmos circadianos (relacionados com a função de regular o sono). Esse hormônio aumenta de concentração na falta de luz, sendo produzido pela retina e pela glândula pineal (epitálamo). Na presença de luz, entretanto, é enviada uma mensagem neuroendócrina bloqueando a sua formação, portanto, a secreção dessa substância é quase exclusivamente determinada por estruturas fotossensíveis, principalmente à noite. Além da pouca luminosidade, grandes exposições ao Sol (como um mecanismo compensatório), banhos quentes e dietas ricas em carboidratos estimulam a produção de melatonina. Uma pessoa sob estresse produz normalmente mais adrenalina e cortisol. Para cada molécula de adrenalina formada, quatro moléculas de Radicais Livres irão ser produzidas e com isto a probabilidade de lesão nas células aumenta. A base do corpo pineal prende-se anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano mediano, a comissura posterior (inferiormente) e a comissura das habênulas (superiormente), entre as quais penetra na glândula pineal um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal. A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas eminências triangulares, os trígonos das habênulas (que continuam anteriormente, de cada lado, com as estrias medulares do tálamo), situados entre a glândula pineal e o tálamo. A tela corioide do III ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do tálamo e posteriormente na comissura das habênulas. SUBTÁLAMO O subtálamo compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. É de difícil visualização nas peças de rotina uma vez que não está relacionado diretamente com as paredes do III ventrículo. É mais facilmente observado em cortes frontais do cérebro. Está localizado abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. O elemento mais importante do subtálamo é o núcleo subtalâmico.
  • 3. Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● NEUROANATOMIA 3 www.medresumos.com.br