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O Auxiliar de Biblioteca: quem é? O que faz?
Na classificação de ocupações brasileiras, do Ministério do Trabalho e
Emprego, o Auxiliar de Biblioteca recebe o código 3711-05, podendo
também ser denominado, Auxiliar de bibliotecário, Auxiliar de serviços
bibliotecários ou Assistente de Biblioteca. Ainda de acordo com o
Ministério do Trabalho e Emprego,
“os Auxiliares de Biblioteca são técnicos de nível médio que
estão no início de carreira, cujo exercício não requer experiência
profissional anterior. Os profissionais sem formação técnica
profissionalizante devem ser classificados como 4151 –
Auxiliares de serviços de documentação, informação e pesquisa.
Pode-se demandar aprendizagem profissional para a(s)
ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional, exceto os
casos previstos na Lei 10.097/2000.”
O Auxiliar de Biblioteca passa a maior parte do tempo em contato direto
com os usuários. Por isso, ele pode ajudar o bibliotecário a identificar as
demandas de serviços, diagnosticar dificuldades de acesso às informações e
ao acervo, observar o uso ou não de espaços da biblioteca e dos recursos de
informação. Seguindo orientações do Ministério do Trabalho e Emprego,
compete ao Auxiliar de Bibliotecas (http://www.mtecbo.gov.br):
BASICÃO DE AUXILIAR DE BIBLIOTECA
1. Bibliotecas: tipos e conceitos;
Definição do Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e
CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): “Coleção de material impresso
ou manuscrito, ordenado e organizado com o propósito de estudo e
pesquisa ou de leitura geral ou ambos. Muitas bibliotecas também incluem
coleções de filmes, microfilmes, discos, vídeos e semelhantes que escapam
à expressão “material manuscrito ou impresso”.
É bom saber que Biblioteca significa algo como “Caixa de livros”, da
junção dos radicais Biblio (Livro) e Thek (caixa). A Biblioteca atual pode
ser chamada de Unidade de Informação, Centro de Informação, Centro de
Documentação, entre outras denominações.
Existem basicamente 5 tipos de bibliotecas: Escolar, Universitária,
Especializada, Pública e Nacional.
A Biblioteca Escolar é aquela que serve à escola, entendendo-se escola
como a instituição de ensino fundamental e médio, destinada a servir a
alunos e professores.
A Biblioteca Universitária, como o nome já indica, é aquela que serve aos
propósitos das universidades e instituições de ensino superior, estando
também por isso ligada ao tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Em
universidades de grande porte, é comum existir a Biblioteca Central e
Bibliotecas Setoriais ligadas à ela, formando assim um Sistema de
Bibliotecas (SIBI).
A Biblioteca Especializada é aquela que foca em alguma área ou público
específico, também chamada de biblioteca especial. Entre os exemplos de
biblioteca especializada, destacam-se as bibliotecas jurídicas e de centros
de pesquisa.
A Biblioteca Pública, aqui entendida como Pública Estadual ou Pública
Municipal, é aquela que tem como objetivo servir à coletividade e é
mantida por recursos públicos. Possui acervos gerais, mais focados em
literatura de lazer e fontes de informação como dicionários e enciclopédias.
As Bibliotecas Públicas Estaduais, em muitos estados brasileiros, são
responsáveis pelo depósito legal estadual.
A Biblioteca Nacional é a biblioteca mais importante de um país e é a
responsável por sua memória bibliográfica. A Fundação Biblioteca
Nacional, é a responsável pelo depósito legal e pela bibliografia brasileira.
Teve origem na biblioteca real, que chegou ao país em 1810 e foi aberta ao
público em 1814. Fica no Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, e é
belíssima. Vale a visita.
2. Estrutura física da biblioteca;
Aqui, entendo estrutura física como a estrutura organizacional, e a
organização funcional como o que cada setor faz. Como exemplo de
estrutura, coloco o organograma abaixo da UFRRJ.
É bastante simples. Uma parte é responsável pelos usuários, e a outra parte,
pelo acervo.
3. Organização funcional da biblioteca;
A biblioteca, como vimos acima, é divida em setores para atender ao
usuário e para atender ao acervo. As principais seções (setores) da
biblioteca são:
Administração – é responsável pela administração geral. Ou seja, recursos
humanos, segurança, finanças, planejamento, controle, correspondências,
etc.
Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo acervo da
biblioteca, ou melhor, pelo desenvolvimento da coleção de documentos da
biblioteca. É dividido em dois (em geral):
1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e documentos que
a biblioteca precisa e deseja para melhorar sua coleção, tanto
qualitativamente quanto quantitativamente.
A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se seleção
positiva. A seleção que busca retirar acervo da biblioteca, ou descartar, é
chamada seleção negativa.
2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou seja, irá
efetivamente adquirir os documentos selecionados pelo setor de seleção. A
aquisição pode ser de 3 formas: compra, que será por assinatura para
periódicos e por licitação no caso de órgãos publicos. Permuta, ou seja,
troca de materiais entre instituições. E doação, ou seja, quando a biblioteca
recebe os documentos gratuitamente. Neste caso, é preciso avaliar
criteriosamente se os livros doados realmente servem para o uso da
biblioteca.
Registro – é o setor responsável por tornar os livros e documentos
patrimônio da biblioteca. Cada livro/documento ira receber o seu número
de tombo e vários carimbos para assegurar a propriedade do exemplar.
PT (Processos técnicos) - é o setor que irá tratar o documento, aplicando
técnicas da biblioteconomia para classificar, indexar e catalogar.
Preservação, conservação e restauração – é o setor responsável por
periodicamente avaliar o estado físico das obras e retirar da circulação os
exemplares danificados, a fim de restaurá-los ou encaderná-los.
Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o cartão de
visitas da biblioteca. É o primeiro contato do usuário com o a biblioteca.
Circulação – Como o próprio nome indica, é o setor responsável pela
circulação do acervo, ou seja, empréstimo e devolução dos livros.
Normalmente, está ligado ao setor de referência pois faz parte do
atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a retirada do livro pelo
usuário, e da devolução, este setor realiza também a cobrança dos livros em
atraso (por carta, telefone ou mesmo e-mail), reserva dos livros que estão
emprestados e a renovação do empréstimo, ou seja, um novo prazo para
ficar com o livro. De uns tempos pra cá este serviço vem melhorando por
conta dos softwares de automação. Na UFAL, o software usado é o
Pergamum.
4. Acervo:
Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e
CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): Acervo é um “conjunto de
documentos conservados para o atendimento das finalidades de uma
biblioteca: informação, pesquisa, educação e recreação”. Também é
sinônimo de coleção.
Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca (essa
definição é minha mesmo).
4.1. seleção/aquisição: Como vimos mais acima, o acervo é formado
através de um processo de Formação e desenvolvimento de coleção. Esse
processo é formado pela etapa de seleção, que irá dizer quais documentos
devem ser adquiridos de acordo com os desejos e necessidades da
biblioteca, e que é de bom senso estar de acordo com a Política de
Formação e Desenvolvimento e com a Política de Seleção da Biblioteca. E
a etapa de aquisição será responsável por efetivar as escolhas da seleção, ou
seja, adquirir, seja por compra, permuta (troca, que normalmente se dá
entre duplicatas que as bibliotecas possuem) ou doação (que pode ser
solicitada, ou seja, a Biblioteca envia um pedido de doação a uma
instituição, editora, ou mesmo ao próprio autor).
4.2 Tratamento técnico:
Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o
documento com as técnicas da biblioteconomia para representação do
documento (catalogação) e do conteúdo (classificação e indexação).
4.2.1 Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do documento
para a criação de um catálogo. Cada documento será catalogado a partir de
um código de catalogação – o código em vigor e mais utilizado no mundo
inteiro é o AACR2 – Regras de Catalogação Anglo Americanas segunda
edição, que está em edição revista e é publicado aqui no Brasil pela
FEBAB.
Vejamos o exemplo de ficha catalográfica abaixo:
Note que todas as informações são voltadas para descrever o documento.
Então você sabe autor, título, número de páginas, ISBN, e de quais
assuntos, de forma geral, trata, entre outras informações.
O nome do autor sempre será colocado com o último nome na frente, p.ex.:
Silva, João dos Santos.
Mas caso o último nome indique parentesco, a entrada será pelo penúltimo
nome seguido do parentesco (sobrinho, neto, junior, filho, etc.). Exemplo:
João dos Santos Silva Sobrinho terá entrada por:
Silva Sobrinho, João dos Santos.
A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e descrição física.
O acesso irá dizer quais os pontos de acesso para o documento. Existem
dois tipos de entrada: principal e secundárias. O autor lá no alto da ficha é a
entrada principal. E as demais entradas, embaixo da ficha, são as entradas
secundárias.
Antes do nome do autor deverá ir na ficha o número de Cutter
correspondente, que deverá ser retirado da Tabela de Cutter-Sanborn. A
tabela é usada da seguinte forma. A entrada será por Silva, João da.
Devemos então encontrar na tabela o número correspondente a SIL, que é
581. Logo, o número será S581. Após esse número, irá entrar a primeira
letra da primeira palavra do título, exclui-se artigo, em minúscula. Se o
título começar com A Arte de Estudar, o cutter será S581a.
4.4.2 Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro.
E isso é importante numa biblioteca, pois cada livro será classificado sob
um único assunto, ainda que composto por vários assuntos. Para tanto, as
bibliotecas adotam em geral dois esquemas de classificação. A
Classificação Decimal de Dewey e a Classificação Decimal Universal. As
duas tem muito em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais
liberdade ao classificador. Mas o mais importante, como não poderia deixar
de ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 10 classes
principais, por isso são chamadas de classificações decimais. E há apenas
uma pequena diferença entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam
como sempre foram, mas na CDU a classe 4 está vaga enquanto que a 8
abriga além de literatura, linguística.
As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando nos nomes.
Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado em
869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma, 869, mas
o uso das tabelas é diferente para cada caso.
O número da classificação, ou número da notação ou somente notação, irá
aparecer junto ao Cutter e possíveis informações sobre edição, exemplar ou
coleção, no número de chamada. Logo, o número de chamada, utilizando
CDU, para um livro de literatura brasileira, vamos usar no exemplo
Gabriela, cravo e Canela de Jorge Amado, será:
869(81)
A481g
O número de chamada será colocado na etiqueta que fica na lombada do
livro, e é o que permite a identificação do livro na estante.
4.4.3 Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa índice. Índice é
” Lista dos elementos identificadores de um documento, (autor, assunto,
titulo, etc.) dispostos em determinada ordem para possibilitar seu acesso. ”
(Marisa Bräscher Basílio Medeiros) e podem ser também” Produto da
indexação, como instrumento de pesquisa autônomo ou complemento de
outro. “Maria Alexandra Miranda Aparício. Aqui vale dizer a diferença
entre indexação e catalogação. A indexação representa o conteúdo, o tema,
a catalogação representa a parte física, ela descreve.
Em termos práticos, indexar é representar o documento por meio de
palavras. Peguemos como exemplo o livro Português para Concursos, de
Renato Aquino (livro aliás que recomendo toda vida). Quais palavras nós
usaríamos para representar seu conteúdo? Português e Concursos são duas
prováveis. Mas poderíamos utilizar também Língua Portuguesa, Gramática,
Testes, Provas, enfim. O indexador irá decidir quais palavras serão usadas
com base na política de indexação da biblioteca, no público-alvo da
indexação, e nos instrumentos que tiver em mãos (vocabulários
controlados).
4.4.4 Preparação física do livro: Cada livro será devidamente etiquetado
com o número de chamada e carimbado, antes de ir para o acervo. Isso irá
ajudar a identificar a propriedade do livro em caso de extravio. Nas
bibliotecas que possuem sistemas de segurança, cada livro receberá um
alarme.
A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo no
exemplar, em alguns casos, ainda se coloca data de aquisição.
Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados bolso e (não
lembro como chama) uma “folha de devolução”, onde é carimbada a data
em que o livro deve ser entregue. Tanto um quanto outro são mais comuns
em sistemas não automatizados.
Aqui vai um link para um bom material de processamento técnico.
5. Armazenagem da documentação, preservação do acervo;
Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classificação, no
que se chama de ordem relativa. Ou seja, a ordem do livro é relativa ao seu
assunto. É preciso atentar para a correta ordem de arquivamento do sistema
decimal utilizado pela biblioteca.
Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de localização fixa.
Se diz fixa pois cada livro tem o seu lugar garantido e preservado na
estante. Tipo – Corredor X, Estante 3, Prateleira 4, Posição 7 (este é apenas
um exemplo ilustrativo). Quando o livro é retirado do seu local, é colocado
um objeto para guardar o seu lugar. Esse objeto é chamado de “fantasma”.
Outro ponto importante sobre localização fixa é que, em geral, as
bibliotecas que a utilizam trabalham com os acervos fechados ao público.
Apenas os funcionários é que tem acesso ao acervo. Faz sentido pois para
um usuário interessado em um assunto específico é muito mais difícil achar
livros daquele assunto, pois os livros estão agrupados pelo acaso e não pelo
assunto.
Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os livros tenham
longa vida. Evitar comida na biblioteca é um dos mais importantes. Outro
ponto importante é manusear os livros com cuidado. Retirar o livro da
estante com a o polegar e o indicador e não puxando pela lombada. Entre
outros.
6. Catálogos: tipos e referências;
Catálogo é o local onde estão ordenadas as fichas catalográficas. Se for
automatizado, então existirá apenas um. Se for manual, existirá vários, cada
um com um tipo de entrada diferente.
Existem dois tipos de catálogo manual: os do público, ou externos, e os
auxiliares, ou internos. Os primeiros, como o nome indica, servem para o
uso dos usuários da bibliotecas. Os segundos, para fins de uso interno pelo
pessoal da biblioteca.
Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três tipos de
catálogo externo. De nome de autor, de título e de assunto. O catálogo de
autor também pode ser chamado de catálogo onomástico. O de título, de
catálogo didascálico. E o de assunto, catálogo ideográfico.
Esses catálogos podem ser organizados:
Alfabeticamente
Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único
catálogo, chamado de catálogo dicionário.
Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada.
Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas organizadas
pelo número de classificação.
Já os catálogos internos podem ser:
De identidade, organizado pelos nomes dos autores e entidades.
De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros.
Catálogo de número de classificação
Catálogo de séries e títulos uniformes
Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela biblioteca
concernentes à catalogação.
Catálogo topográfico, que é o catálogo utilizado para fins de inventário da
biblioteca, pois é organizado pela número de chamada dos livros.
Catálogo oficial, que é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui
apenas o ponto de acesso principal.
Catálogo de registro, para fins de controle do patrimônimo da biblioteca.
Atualmente, a maioria das bibliotecas utiliza o livro de tombo para isso.
7. Serviços aos usuários:
Serviços aos usuários são os serviços prestados pela bibliotecas às pessoas
que usam a biblioteca, os usuários. Os usuários são basicamente de 2 tipos:
os reais, que efetivamente usam a biblioteca e seus serviços; e os
potenciais, que podem vir a usar a biblioteca. Cabe a biblioteca atender as
demandas tanto dos usuários reais quanto dos potenciais. Para isso, ela
oferece vários serviços, a saber.
7.1 Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário chega à
biblioteca, principalmente aqui no Brasil, é um alumbramento, um espanto.
Ainda tem muita gente, mesmo em cidades grandes, que nunca foi em uma
biblioteca. Por isso, a maior parte da atenção de treinamento, orientação e
consulta é voltada para ensinar essas pessoas a utilizar os recursos e
serviços da biblioteca da forma mais completa possível. Isso vai desde de
ensinar como encontrar um dicionário na organização das estantes da
biblioteca até ensinar como fazer uma busca por ordem alfabética de uma
palavra em um dicionário.
Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade constante de
treinar e orientar os usuários, especialmente os calouros (muitos dos quais
estão indo pela primeira vez em uma biblioteca na universidade), no uso do
sistema de gerenciamento de livros (como fazer uma busca por título, por
autor, por assunto, como identificar a data, como saber se o livro está
disponível, etc.) e depois de encontrar o livro no sistema, como encontrá-lo
nas estantes.
É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma ambientação
inicial com os novos alunos.
Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o treinamento
para o uso do catálogo é essencial.
7.2 referência (ou serviço de referência): é o intermediário entre o acervo e
o usuário. O usuário quando se depara com a biblioteca precisa de
referência, por isso esse nome. (Para alguns autores, e eu concordo com
essa linha de pensamento, todos os serviços voltados para os usuários estão
dentro do serviço de referência. Mas isso é apenas a minha visão.) Afinal
de contas, como encontrar a informação que você quer diante de um mundo
de documentos? É preciso de ajuda.
O serviço de referência tem por base a 4ª lei de Ranganathan, e aproveito
para colocar todas aqui:
1 – Os livros são para usar
2 – A cada leitor o seu livro
3 – A cada livro o seu leitor
4 – Poupe o tempo do leitor
5 – A biblioteca é um organismo em crescimento
Por poupar o tempo do leitor, entende-se se esforçar para que o tempo entre
a solicitação do usuário ao sistema e a sua resposta seja mínimo. Para tanto,
as bibliotecas cada vez mais investem em sistemas automatizados, por um
lado, e em treinamento de pessoal, por outro.
O serviço de referência também pode ser feito à distância. O que dá mais
comodidade ao usuário. Em geral, as bibliotecas oferecem telefone, para
receber críticas e sugestões e tirar dúvidas, e e-mail ou formulários web
para solicitações mais detalhadas. Neste caso, pode ser chamado de serviço
de referência virtual ou digital.
7.3 Clipping (ou clipagem): É uma atividade que consiste em fazer leituras
de jornais, revistas e periódicos em geral a fim de selecionar matérias de
interesse para a instituição ou para os usuários individualmente.
7.4 Pesquisas e levantamentos bibliográficos: É uma das atribuições mais
importantes da biblioteca e, mais nas bibliotecas especializadas, constitui
boa parte das solicitações. Consiste em executar pesquisas para os usuários
sobre temas específicos nas fontes de informação disponíveis às
bibliotecas. Levantamento bibliográfico é um sinônimo para “o que tem
sobre determinado assunto” ou “o que tem de determinado autor” na
biblioteca. Isso é muito comum. O que tem sobre história do Brasil? Então
será feito um levantamento bibliográfico a fim de identificar a bibliografia
disponível na biblioteca sobre o tema, incluindo não apenas livros, mas
artigos de periódicos e demais documentos.
7.5 DSI (disseminação seletiva da informação): É o serviço que leva a
informação ao usuário, ou seja, dissemina a informação selecionada para a
pessoa que precisa/deseja receber a informação.
Em geral, o usuário tem um cadastro na biblioteca em que indica seus
interesses, e a biblioteca envia informações selecionadas para ele.
7.6 Empréstimo(Circulação).: É o serviço de circulação dos exemplares
(documentos) do acervo. Em geral, toda biblioteca tem um balcão de
empréstimo/devolução, com sistema automatizado ou não, em que o
usuário leva o livro que quer levar, preenche as informações necessárias, e
leva o livro para casa durante o período permitido de empréstimo. Caso o
usuário deseja ficar mais tempo com o livro, poderá renová-lo caso não
esteja reservado, no caso de sistemas automatizados é possível fazer isso
sem ir presencialmente na biblioteca. E caso o usuário queira pegar um
livro que está emprestado, poderá fazer a reserva do livro. Também aqui,
em caso de sistema automatizado, a reserva pode ser feita pelo próprio
sistema.
Bibliografia
CUNHA, M.B. da; CAVALCANTI, C.R. Dicionário de biblioteconomia e
arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008.
FONSECA, E.N. da. Introdução à biblioteconomia. 2. ed. Brasília: Briquet
de Lemos, 2007.
MEY, E.S.A. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995.
SILVA, D.A. da; ARAUJO, I.A. Auxiliar de biblioteca: técnicas e práticas
para formação profissional. 5. ed. Brasília: Thesaurus, 2003.

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Auxiliar Biblioteca: funções principais

  • 1. O Auxiliar de Biblioteca: quem é? O que faz? Na classificação de ocupações brasileiras, do Ministério do Trabalho e Emprego, o Auxiliar de Biblioteca recebe o código 3711-05, podendo também ser denominado, Auxiliar de bibliotecário, Auxiliar de serviços bibliotecários ou Assistente de Biblioteca. Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, “os Auxiliares de Biblioteca são técnicos de nível médio que estão no início de carreira, cujo exercício não requer experiência profissional anterior. Os profissionais sem formação técnica profissionalizante devem ser classificados como 4151 – Auxiliares de serviços de documentação, informação e pesquisa. Pode-se demandar aprendizagem profissional para a(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta família ocupacional, exceto os casos previstos na Lei 10.097/2000.” O Auxiliar de Biblioteca passa a maior parte do tempo em contato direto com os usuários. Por isso, ele pode ajudar o bibliotecário a identificar as demandas de serviços, diagnosticar dificuldades de acesso às informações e ao acervo, observar o uso ou não de espaços da biblioteca e dos recursos de informação. Seguindo orientações do Ministério do Trabalho e Emprego, compete ao Auxiliar de Bibliotecas (http://www.mtecbo.gov.br): BASICÃO DE AUXILIAR DE BIBLIOTECA 1. Bibliotecas: tipos e conceitos; Definição do Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): “Coleção de material impresso ou manuscrito, ordenado e organizado com o propósito de estudo e pesquisa ou de leitura geral ou ambos. Muitas bibliotecas também incluem coleções de filmes, microfilmes, discos, vídeos e semelhantes que escapam à expressão “material manuscrito ou impresso”. É bom saber que Biblioteca significa algo como “Caixa de livros”, da junção dos radicais Biblio (Livro) e Thek (caixa). A Biblioteca atual pode ser chamada de Unidade de Informação, Centro de Informação, Centro de Documentação, entre outras denominações. Existem basicamente 5 tipos de bibliotecas: Escolar, Universitária, Especializada, Pública e Nacional. A Biblioteca Escolar é aquela que serve à escola, entendendo-se escola como a instituição de ensino fundamental e médio, destinada a servir a alunos e professores.
  • 2. A Biblioteca Universitária, como o nome já indica, é aquela que serve aos propósitos das universidades e instituições de ensino superior, estando também por isso ligada ao tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Em universidades de grande porte, é comum existir a Biblioteca Central e Bibliotecas Setoriais ligadas à ela, formando assim um Sistema de Bibliotecas (SIBI). A Biblioteca Especializada é aquela que foca em alguma área ou público específico, também chamada de biblioteca especial. Entre os exemplos de biblioteca especializada, destacam-se as bibliotecas jurídicas e de centros de pesquisa. A Biblioteca Pública, aqui entendida como Pública Estadual ou Pública Municipal, é aquela que tem como objetivo servir à coletividade e é mantida por recursos públicos. Possui acervos gerais, mais focados em literatura de lazer e fontes de informação como dicionários e enciclopédias. As Bibliotecas Públicas Estaduais, em muitos estados brasileiros, são responsáveis pelo depósito legal estadual. A Biblioteca Nacional é a biblioteca mais importante de um país e é a responsável por sua memória bibliográfica. A Fundação Biblioteca Nacional, é a responsável pelo depósito legal e pela bibliografia brasileira. Teve origem na biblioteca real, que chegou ao país em 1810 e foi aberta ao público em 1814. Fica no Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, e é belíssima. Vale a visita. 2. Estrutura física da biblioteca; Aqui, entendo estrutura física como a estrutura organizacional, e a organização funcional como o que cada setor faz. Como exemplo de estrutura, coloco o organograma abaixo da UFRRJ. É bastante simples. Uma parte é responsável pelos usuários, e a outra parte, pelo acervo. 3. Organização funcional da biblioteca; A biblioteca, como vimos acima, é divida em setores para atender ao usuário e para atender ao acervo. As principais seções (setores) da biblioteca são:
  • 3. Administração – é responsável pela administração geral. Ou seja, recursos humanos, segurança, finanças, planejamento, controle, correspondências, etc. Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo acervo da biblioteca, ou melhor, pelo desenvolvimento da coleção de documentos da biblioteca. É dividido em dois (em geral): 1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e documentos que a biblioteca precisa e deseja para melhorar sua coleção, tanto qualitativamente quanto quantitativamente. A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se seleção positiva. A seleção que busca retirar acervo da biblioteca, ou descartar, é chamada seleção negativa. 2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou seja, irá efetivamente adquirir os documentos selecionados pelo setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas: compra, que será por assinatura para periódicos e por licitação no caso de órgãos publicos. Permuta, ou seja, troca de materiais entre instituições. E doação, ou seja, quando a biblioteca recebe os documentos gratuitamente. Neste caso, é preciso avaliar criteriosamente se os livros doados realmente servem para o uso da biblioteca. Registro – é o setor responsável por tornar os livros e documentos patrimônio da biblioteca. Cada livro/documento ira receber o seu número de tombo e vários carimbos para assegurar a propriedade do exemplar. PT (Processos técnicos) - é o setor que irá tratar o documento, aplicando técnicas da biblioteconomia para classificar, indexar e catalogar. Preservação, conservação e restauração – é o setor responsável por periodicamente avaliar o estado físico das obras e retirar da circulação os exemplares danificados, a fim de restaurá-los ou encaderná-los. Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o cartão de visitas da biblioteca. É o primeiro contato do usuário com o a biblioteca. Circulação – Como o próprio nome indica, é o setor responsável pela circulação do acervo, ou seja, empréstimo e devolução dos livros. Normalmente, está ligado ao setor de referência pois faz parte do atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a retirada do livro pelo usuário, e da devolução, este setor realiza também a cobrança dos livros em
  • 4. atraso (por carta, telefone ou mesmo e-mail), reserva dos livros que estão emprestados e a renovação do empréstimo, ou seja, um novo prazo para ficar com o livro. De uns tempos pra cá este serviço vem melhorando por conta dos softwares de automação. Na UFAL, o software usado é o Pergamum. 4. Acervo: Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): Acervo é um “conjunto de documentos conservados para o atendimento das finalidades de uma biblioteca: informação, pesquisa, educação e recreação”. Também é sinônimo de coleção. Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca (essa definição é minha mesmo). 4.1. seleção/aquisição: Como vimos mais acima, o acervo é formado através de um processo de Formação e desenvolvimento de coleção. Esse processo é formado pela etapa de seleção, que irá dizer quais documentos devem ser adquiridos de acordo com os desejos e necessidades da biblioteca, e que é de bom senso estar de acordo com a Política de Formação e Desenvolvimento e com a Política de Seleção da Biblioteca. E a etapa de aquisição será responsável por efetivar as escolhas da seleção, ou seja, adquirir, seja por compra, permuta (troca, que normalmente se dá entre duplicatas que as bibliotecas possuem) ou doação (que pode ser solicitada, ou seja, a Biblioteca envia um pedido de doação a uma instituição, editora, ou mesmo ao próprio autor). 4.2 Tratamento técnico: Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o documento com as técnicas da biblioteconomia para representação do documento (catalogação) e do conteúdo (classificação e indexação). 4.2.1 Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do documento para a criação de um catálogo. Cada documento será catalogado a partir de um código de catalogação – o código em vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras de Catalogação Anglo Americanas segunda edição, que está em edição revista e é publicado aqui no Brasil pela FEBAB. Vejamos o exemplo de ficha catalográfica abaixo:
  • 5. Note que todas as informações são voltadas para descrever o documento. Então você sabe autor, título, número de páginas, ISBN, e de quais assuntos, de forma geral, trata, entre outras informações. O nome do autor sempre será colocado com o último nome na frente, p.ex.: Silva, João dos Santos. Mas caso o último nome indique parentesco, a entrada será pelo penúltimo nome seguido do parentesco (sobrinho, neto, junior, filho, etc.). Exemplo: João dos Santos Silva Sobrinho terá entrada por: Silva Sobrinho, João dos Santos. A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e descrição física. O acesso irá dizer quais os pontos de acesso para o documento. Existem dois tipos de entrada: principal e secundárias. O autor lá no alto da ficha é a entrada principal. E as demais entradas, embaixo da ficha, são as entradas secundárias. Antes do nome do autor deverá ir na ficha o número de Cutter correspondente, que deverá ser retirado da Tabela de Cutter-Sanborn. A tabela é usada da seguinte forma. A entrada será por Silva, João da. Devemos então encontrar na tabela o número correspondente a SIL, que é 581. Logo, o número será S581. Após esse número, irá entrar a primeira letra da primeira palavra do título, exclui-se artigo, em minúscula. Se o título começar com A Arte de Estudar, o cutter será S581a. 4.4.2 Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro. E isso é importante numa biblioteca, pois cada livro será classificado sob um único assunto, ainda que composto por vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral dois esquemas de classificação. A Classificação Decimal de Dewey e a Classificação Decimal Universal. As duas tem muito em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais liberdade ao classificador. Mas o mais importante, como não poderia deixar de ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 10 classes principais, por isso são chamadas de classificações decimais. E há apenas uma pequena diferença entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como sempre foram, mas na CDU a classe 4 está vaga enquanto que a 8 abriga além de literatura, linguística. As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando nos nomes.
  • 6. Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado em 869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma, 869, mas o uso das tabelas é diferente para cada caso. O número da classificação, ou número da notação ou somente notação, irá aparecer junto ao Cutter e possíveis informações sobre edição, exemplar ou coleção, no número de chamada. Logo, o número de chamada, utilizando CDU, para um livro de literatura brasileira, vamos usar no exemplo Gabriela, cravo e Canela de Jorge Amado, será: 869(81) A481g O número de chamada será colocado na etiqueta que fica na lombada do livro, e é o que permite a identificação do livro na estante. 4.4.3 Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa índice. Índice é ” Lista dos elementos identificadores de um documento, (autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em determinada ordem para possibilitar seu acesso. ” (Marisa Bräscher Basílio Medeiros) e podem ser também” Produto da indexação, como instrumento de pesquisa autônomo ou complemento de outro. “Maria Alexandra Miranda Aparício. Aqui vale dizer a diferença entre indexação e catalogação. A indexação representa o conteúdo, o tema, a catalogação representa a parte física, ela descreve. Em termos práticos, indexar é representar o documento por meio de palavras. Peguemos como exemplo o livro Português para Concursos, de Renato Aquino (livro aliás que recomendo toda vida). Quais palavras nós usaríamos para representar seu conteúdo? Português e Concursos são duas prováveis. Mas poderíamos utilizar também Língua Portuguesa, Gramática, Testes, Provas, enfim. O indexador irá decidir quais palavras serão usadas com base na política de indexação da biblioteca, no público-alvo da indexação, e nos instrumentos que tiver em mãos (vocabulários controlados). 4.4.4 Preparação física do livro: Cada livro será devidamente etiquetado com o número de chamada e carimbado, antes de ir para o acervo. Isso irá ajudar a identificar a propriedade do livro em caso de extravio. Nas bibliotecas que possuem sistemas de segurança, cada livro receberá um alarme.
  • 7. A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo no exemplar, em alguns casos, ainda se coloca data de aquisição. Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados bolso e (não lembro como chama) uma “folha de devolução”, onde é carimbada a data em que o livro deve ser entregue. Tanto um quanto outro são mais comuns em sistemas não automatizados. Aqui vai um link para um bom material de processamento técnico. 5. Armazenagem da documentação, preservação do acervo; Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classificação, no que se chama de ordem relativa. Ou seja, a ordem do livro é relativa ao seu assunto. É preciso atentar para a correta ordem de arquivamento do sistema decimal utilizado pela biblioteca. Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de localização fixa. Se diz fixa pois cada livro tem o seu lugar garantido e preservado na estante. Tipo – Corredor X, Estante 3, Prateleira 4, Posição 7 (este é apenas um exemplo ilustrativo). Quando o livro é retirado do seu local, é colocado um objeto para guardar o seu lugar. Esse objeto é chamado de “fantasma”. Outro ponto importante sobre localização fixa é que, em geral, as bibliotecas que a utilizam trabalham com os acervos fechados ao público. Apenas os funcionários é que tem acesso ao acervo. Faz sentido pois para um usuário interessado em um assunto específico é muito mais difícil achar livros daquele assunto, pois os livros estão agrupados pelo acaso e não pelo assunto. Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os livros tenham longa vida. Evitar comida na biblioteca é um dos mais importantes. Outro ponto importante é manusear os livros com cuidado. Retirar o livro da estante com a o polegar e o indicador e não puxando pela lombada. Entre outros. 6. Catálogos: tipos e referências; Catálogo é o local onde estão ordenadas as fichas catalográficas. Se for automatizado, então existirá apenas um. Se for manual, existirá vários, cada um com um tipo de entrada diferente.
  • 8. Existem dois tipos de catálogo manual: os do público, ou externos, e os auxiliares, ou internos. Os primeiros, como o nome indica, servem para o uso dos usuários da bibliotecas. Os segundos, para fins de uso interno pelo pessoal da biblioteca. Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três tipos de catálogo externo. De nome de autor, de título e de assunto. O catálogo de autor também pode ser chamado de catálogo onomástico. O de título, de catálogo didascálico. E o de assunto, catálogo ideográfico. Esses catálogos podem ser organizados: Alfabeticamente Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único catálogo, chamado de catálogo dicionário. Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada. Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas organizadas pelo número de classificação. Já os catálogos internos podem ser: De identidade, organizado pelos nomes dos autores e entidades. De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros. Catálogo de número de classificação Catálogo de séries e títulos uniformes Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela biblioteca concernentes à catalogação. Catálogo topográfico, que é o catálogo utilizado para fins de inventário da biblioteca, pois é organizado pela número de chamada dos livros. Catálogo oficial, que é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui apenas o ponto de acesso principal. Catálogo de registro, para fins de controle do patrimônimo da biblioteca. Atualmente, a maioria das bibliotecas utiliza o livro de tombo para isso. 7. Serviços aos usuários: Serviços aos usuários são os serviços prestados pela bibliotecas às pessoas que usam a biblioteca, os usuários. Os usuários são basicamente de 2 tipos: os reais, que efetivamente usam a biblioteca e seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar a biblioteca. Cabe a biblioteca atender as demandas tanto dos usuários reais quanto dos potenciais. Para isso, ela oferece vários serviços, a saber.
  • 9. 7.1 Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário chega à biblioteca, principalmente aqui no Brasil, é um alumbramento, um espanto. Ainda tem muita gente, mesmo em cidades grandes, que nunca foi em uma biblioteca. Por isso, a maior parte da atenção de treinamento, orientação e consulta é voltada para ensinar essas pessoas a utilizar os recursos e serviços da biblioteca da forma mais completa possível. Isso vai desde de ensinar como encontrar um dicionário na organização das estantes da biblioteca até ensinar como fazer uma busca por ordem alfabética de uma palavra em um dicionário. Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade constante de treinar e orientar os usuários, especialmente os calouros (muitos dos quais estão indo pela primeira vez em uma biblioteca na universidade), no uso do sistema de gerenciamento de livros (como fazer uma busca por título, por autor, por assunto, como identificar a data, como saber se o livro está disponível, etc.) e depois de encontrar o livro no sistema, como encontrá-lo nas estantes. É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma ambientação inicial com os novos alunos. Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o treinamento para o uso do catálogo é essencial. 7.2 referência (ou serviço de referência): é o intermediário entre o acervo e o usuário. O usuário quando se depara com a biblioteca precisa de referência, por isso esse nome. (Para alguns autores, e eu concordo com essa linha de pensamento, todos os serviços voltados para os usuários estão dentro do serviço de referência. Mas isso é apenas a minha visão.) Afinal de contas, como encontrar a informação que você quer diante de um mundo de documentos? É preciso de ajuda. O serviço de referência tem por base a 4ª lei de Ranganathan, e aproveito para colocar todas aqui: 1 – Os livros são para usar 2 – A cada leitor o seu livro 3 – A cada livro o seu leitor 4 – Poupe o tempo do leitor 5 – A biblioteca é um organismo em crescimento Por poupar o tempo do leitor, entende-se se esforçar para que o tempo entre a solicitação do usuário ao sistema e a sua resposta seja mínimo. Para tanto,
  • 10. as bibliotecas cada vez mais investem em sistemas automatizados, por um lado, e em treinamento de pessoal, por outro. O serviço de referência também pode ser feito à distância. O que dá mais comodidade ao usuário. Em geral, as bibliotecas oferecem telefone, para receber críticas e sugestões e tirar dúvidas, e e-mail ou formulários web para solicitações mais detalhadas. Neste caso, pode ser chamado de serviço de referência virtual ou digital. 7.3 Clipping (ou clipagem): É uma atividade que consiste em fazer leituras de jornais, revistas e periódicos em geral a fim de selecionar matérias de interesse para a instituição ou para os usuários individualmente. 7.4 Pesquisas e levantamentos bibliográficos: É uma das atribuições mais importantes da biblioteca e, mais nas bibliotecas especializadas, constitui boa parte das solicitações. Consiste em executar pesquisas para os usuários sobre temas específicos nas fontes de informação disponíveis às bibliotecas. Levantamento bibliográfico é um sinônimo para “o que tem sobre determinado assunto” ou “o que tem de determinado autor” na biblioteca. Isso é muito comum. O que tem sobre história do Brasil? Então será feito um levantamento bibliográfico a fim de identificar a bibliografia disponível na biblioteca sobre o tema, incluindo não apenas livros, mas artigos de periódicos e demais documentos. 7.5 DSI (disseminação seletiva da informação): É o serviço que leva a informação ao usuário, ou seja, dissemina a informação selecionada para a pessoa que precisa/deseja receber a informação. Em geral, o usuário tem um cadastro na biblioteca em que indica seus interesses, e a biblioteca envia informações selecionadas para ele. 7.6 Empréstimo(Circulação).: É o serviço de circulação dos exemplares (documentos) do acervo. Em geral, toda biblioteca tem um balcão de empréstimo/devolução, com sistema automatizado ou não, em que o usuário leva o livro que quer levar, preenche as informações necessárias, e leva o livro para casa durante o período permitido de empréstimo. Caso o usuário deseja ficar mais tempo com o livro, poderá renová-lo caso não esteja reservado, no caso de sistemas automatizados é possível fazer isso sem ir presencialmente na biblioteca. E caso o usuário queira pegar um livro que está emprestado, poderá fazer a reserva do livro. Também aqui, em caso de sistema automatizado, a reserva pode ser feita pelo próprio sistema.
  • 11. Bibliografia CUNHA, M.B. da; CAVALCANTI, C.R. Dicionário de biblioteconomia e arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008. FONSECA, E.N. da. Introdução à biblioteconomia. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2007. MEY, E.S.A. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995. SILVA, D.A. da; ARAUJO, I.A. Auxiliar de biblioteca: técnicas e práticas para formação profissional. 5. ed. Brasília: Thesaurus, 2003.