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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 
AULA 18 – Capítulo 7 – Cisalhamento Transversal 
1
Esforços Internos em Vigas 
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Esforços Internos - Convenção de Sinais 
©2004 by Pearson Education 6-3
Relação Entre M, V e w 
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Relação Entre M, V e w 
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CISALHAMENTO TRANSVERSAL 
O esforço cortante V é o resultado de uma distribuição de 
tensões cisalhantes atuando na seção transversal da viga – 
Figura 7.1 
Princípio da Reciprocidade 
das Tensões Cisalhantes 
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Flexão Pura 
Fibras longitudinais típicas 
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Linha Elástica 
Superfície Neutra 
Plano Longitudinal de 
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Flexão - Viga Deformada 
A linha elástica forma um 
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Seções planas 
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permanecem planas 
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Equação Deformação- Deslocamento 
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r 
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Distribuição de deformação 
Compressão 
Compressão 
(ex negativa) 
Tração 
(ex positiva) 
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Tração 
Hipóteses relativas a tensão atuante 
1. Comportamento do Material: linearmente elástico 
2. Material é isotrópico 
3. Material segue a lei de Hooke 
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tensões de flexão (longitudinais).
Distribuição de tensão 
Superfície 
Compressão 
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M Positivo 
M negativo Tração 
Compressão 
Fórmulas para distribuição de Tensão 
= = - 
x x x 
r 12 
s 
r 
s e e 
y 
y 
E 
E 
x 
= - 
Neutra 
plano (xz)
Relação Momento Curvatura 
Compressão 
acima do EN 
Centróide da 
seção transversal 
Eixo Neutro da 
13 
Tração abaixo 
do EN 
seção transversal 
(eixo z’) 
Superfície 
Neutra 
(plano xz) 
( ) 
∫ 
∫ 
= 
= 
A 
E 
2 
z 
A 
2 
I y dA 
y dA 
ρ 
M x 
= z = 
M z 
EI κ 
EI 
ρ 
My 
z 
σ = - 
x I
Relação Entre Esforço Cortante e Tensão 
Cisalhante 
•O procedimento adotado nos capítulos anteriores para 
estabelecer relações entre os esforços internos e as 
respectivas tensões, parte de uma hipótese sobre a 
deformação. 
•No caso do cisalhamento é difícil estabelecer uma hipótese 
14 
para a deformação cisalhante. 
•Assim sendo a relação entre a tensão cisalhante e o 
esforço cortante será obtida através de considerações de 
equilíbrio partindo das tensões normais oriundas da flexão. 
•Lembrando  sempre que houver variação do momento 
fletor irá existir esforço cortante.
Cisalhamento Longitudinal
Distorção da Seção Transversal 
Hipótese de Bernoulli é violada – Como a distorção da 
seção é em geral muito pequena, ela pode ser desprezada 
e a hipótese das seções planas permanece válida
Fórmula do Cisalhamento
Fórmula do Cisalhamento 
Fe Fazendo-se o equilíbrio das forças na direção x, 
F 0 F F F 0 x d e ¬Σ =  - - = + 
t 
sd se 
Fd 
temos: 
Onde Fd e Fe são as forças resultantes das tensões 
de flexão atuando na área A´, e Ft a força resultante 
das tensões de cisalhamento na seção de corte: 
Fd Fe 
se sd 
∫ ∫ 
= = = × × 
t s s t 
F dA ; F dA ; F t dx 
e e 
F F F 0 
y dA 
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M 
∫ 
= × 
M 
I 
F 
y dA 
I 
F 
d e 
∫ 
A´ 
e 
e 
A´ 
d 
d 
A´ 
A´ 
⇒ - - = 
 
  
 
  
 
= × 
t
Fórmula do Cisalhamento 
Fe Substituindo-se as expressões acima na equação de 
- - = 
F F F 0 
d e 
- ∫ - × × = 
A´ 
M M 
d e 
y dA t dx 0 
I 
t 
t 
sd se 
Fd 
equilíbrio das forças na direção x, temos: 
( ) 
× × = + - 
M dM M 
∫ 
∫ 
= 
A´ 
A´ 
y dA 
1 
dM 
It 
dx 
y dA 
I 
t dx 
t 
t 
Fd Fe 
se sd 
t = × 
V Q´ 
I × 
t
Fórmula do Cisalhamento 
Fe Fórmula do Cisalhamento 
sd se 
Fd 
t = × 
V Q´ 
I × 
t 
Onde: 
Fd Fe 
se sd
Tensão de Cisalhamento em Vigas 
t = × 
V Q´ 
× 
Seção 
Retangular I t 
h 
 = × = - 
h 
 +  
 
  
 
h 
b 
 = - 
 
h 
b 
= - 
  
 
 
h 
1 
 - + ×  
 
 
 
 
 
 
  
  
 
 
 
 
 
2 
2 
y 
4 
2 
Q´ 
y 
2 
y 
2 
2 
Q´ 
y 
2 
2 
y y 
2 
Q´ A´ y´ b
Tensão de Cisalhamento em Vigas 
t = × 
V Q´ 
× 
Seção 
Retangular I t 
 
  
 
b h 
 
h 
b 
= - 
  
 
= × 
2 
2 
3 
y 
4 
2 
Q´ 
12 
I 
y 
2 
b 
 
h 
V 
2 
  
 
  
 
× - 
b 
4 
2 
3 
× × 
b h 
12 
 
 
 
t = 
 
  
 
h 
 
× - 
6V 
= 2 
  
 
× 
2 
3 y 
4 
b h 
t 
3 V 
máx 3 × × 
2 b h 
6V h 
2 
4 
b h 
× = × 
× 
t =
Tensão de Cisalhamento em Vigas 
Seção 
 
Retangular   
 
h 
 
× - 
6V 
= 2 
  
 
× 
2 
3 y 
4 
b h 
t 
Distribuição de tensões variando 
com o quadrado da distância y 
(distribuição parabólica com a 
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b h 
× = × 
× 
t = 
V 
2 
A 
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máx t = 
altura)
Tensão de Cisalhamento em Vigas 
V 
2 
A 
3 
t máx = 
Integrando-se a distribuição das tensões cisalhantes com a altura obtém-se
Tensão de Cisalhamento em Vigas 
Seção I – Abas 
Largas
Limitações da Fórmula do Cisalhamento 
Hipóteses: 
• A tensão de cisalhamento se distribui uniformemente 
ao longo da espessura 
A Teoria da Elasticidade mostra qquuee ppaarraa sseeççõõeess 
t 
= ⇒ máx = ⇒ 
1,03 3% 
´ 
0,5 
b 
h 
t 
fórmula 
t 
= ⇒ máx = ⇒ 
1,40 40% 
´ 
2 
b 
h 
t 
fórmula
Limitações da Fórmula do Cisalhamento 
A tensão de cisalhamento não é bem representada na 
união aba-alma. 
• transição brusca da aba para a alma 
• superfície livre com tensão diferente de zero
Limitações da Fórmula do Cisalhamento
Exemplo 1
Exemplo 1 
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Momento Estático do ponto P 
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Exemplo 1 
Máxima tensão cisalhante irá ocorrer onde a razão 
entre o momento estático Q´ e a espessura for 
máxima. Nesse caso como a espessura é constante, a 
máxima razão ocorre para o máximo momento 
estático(no eixo neutro) 
t = × 
V Q´ 
I × 
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Tensão cisalhante no ponto B 
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Tensão cisalhante no ponto C
Exemplo 2 
Força cortante atuante na alma: 
Tensão cisalhante atuante na alma:
Exemplo 2 
Integrando-se a distribuição de tensões 
cisalhantes na alma temos: 
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS - Cisalhamento Transversal em Vigas

  • 1. RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULA 18 – Capítulo 7 – Cisalhamento Transversal 1
  • 2. Esforços Internos em Vigas ©2004 by Pearson Education 6-2
  • 3. Esforços Internos - Convenção de Sinais ©2004 by Pearson Education 6-3
  • 4. Relação Entre M, V e w ©2004 by Pearson Education 6-4
  • 5. Relação Entre M, V e w ©2004 by Pearson Education 6-5
  • 6. CISALHAMENTO TRANSVERSAL O esforço cortante V é o resultado de uma distribuição de tensões cisalhantes atuando na seção transversal da viga – Figura 7.1 Princípio da Reciprocidade das Tensões Cisalhantes 6
  • 7. Flexão Pura Fibras longitudinais típicas 7 Linha Elástica Superfície Neutra Plano Longitudinal de Simetria
  • 8. Flexão - Viga Deformada A linha elástica forma um arco circular Seções planas Centro de Curvatura 8 permanecem planas (Bernoulli) Linha Elástica
  • 9. Equação Deformação- Deslocamento y ( x ) ( x ) = raio de curvatura = - r r e x Compressão 9 curvatura 1 = = r k Tração
  • 10. Deformação e Curvatura r decresce, curvatura e deformação crescem 10
  • 11. Distribuição de deformação Compressão Compressão (ex negativa) Tração (ex positiva) 11 Tração Hipóteses relativas a tensão atuante 1. Comportamento do Material: linearmente elástico 2. Material é isotrópico 3. Material segue a lei de Hooke 4. As tensões transversais podem ser desprezadas em relação as tensões de flexão (longitudinais).
  • 12. Distribuição de tensão Superfície Compressão Tração M Positivo M negativo Tração Compressão Fórmulas para distribuição de Tensão = = - x x x r 12 s r s e e y y E E x = - Neutra plano (xz)
  • 13. Relação Momento Curvatura Compressão acima do EN Centróide da seção transversal Eixo Neutro da 13 Tração abaixo do EN seção transversal (eixo z’) Superfície Neutra (plano xz) ( ) ∫ ∫ = = A E 2 z A 2 I y dA y dA ρ M x = z = M z EI κ EI ρ My z σ = - x I
  • 14. Relação Entre Esforço Cortante e Tensão Cisalhante •O procedimento adotado nos capítulos anteriores para estabelecer relações entre os esforços internos e as respectivas tensões, parte de uma hipótese sobre a deformação. •No caso do cisalhamento é difícil estabelecer uma hipótese 14 para a deformação cisalhante. •Assim sendo a relação entre a tensão cisalhante e o esforço cortante será obtida através de considerações de equilíbrio partindo das tensões normais oriundas da flexão. •Lembrando sempre que houver variação do momento fletor irá existir esforço cortante.
  • 16. Distorção da Seção Transversal Hipótese de Bernoulli é violada – Como a distorção da seção é em geral muito pequena, ela pode ser desprezada e a hipótese das seções planas permanece válida
  • 18. Fórmula do Cisalhamento Fe Fazendo-se o equilíbrio das forças na direção x, F 0 F F F 0 x d e ¬Σ = - - = + t sd se Fd temos: Onde Fd e Fe são as forças resultantes das tensões de flexão atuando na área A´, e Ft a força resultante das tensões de cisalhamento na seção de corte: Fd Fe se sd ∫ ∫ = = = × × t s s t F dA ; F dA ; F t dx e e F F F 0 y dA d d M ∫ = × M I F y dA I F d e ∫ A´ e e A´ d d A´ A´ ⇒ - - =        = × t
  • 19. Fórmula do Cisalhamento Fe Substituindo-se as expressões acima na equação de - - = F F F 0 d e - ∫ - × × = A´ M M d e y dA t dx 0 I t t sd se Fd equilíbrio das forças na direção x, temos: ( ) × × = + - M dM M ∫ ∫ = A´ A´ y dA 1 dM It dx y dA I t dx t t Fd Fe se sd t = × V Q´ I × t
  • 20. Fórmula do Cisalhamento Fe Fórmula do Cisalhamento sd se Fd t = × V Q´ I × t Onde: Fd Fe se sd
  • 21. Tensão de Cisalhamento em Vigas t = × V Q´ × Seção Retangular I t h  = × = - h  +      h b  = -  h b = -     h 1  - + ×                 2 2 y 4 2 Q´ y 2 y 2 2 Q´ y 2 2 y y 2 Q´ A´ y´ b
  • 22. Tensão de Cisalhamento em Vigas t = × V Q´ × Seção Retangular I t     b h  h b = -    = × 2 2 3 y 4 2 Q´ 12 I y 2 b  h V 2       × - b 4 2 3 × × b h 12    t =     h  × - 6V = 2    × 2 3 y 4 b h t 3 V máx 3 × × 2 b h 6V h 2 4 b h × = × × t =
  • 23. Tensão de Cisalhamento em Vigas Seção  Retangular    h  × - 6V = 2    × 2 3 y 4 b h t Distribuição de tensões variando com o quadrado da distância y (distribuição parabólica com a 3 V máx 3 × × 2 b h 6V h 2 4 b h × = × × t = V 2 A 3 máx t = altura)
  • 24. Tensão de Cisalhamento em Vigas V 2 A 3 t máx = Integrando-se a distribuição das tensões cisalhantes com a altura obtém-se
  • 25. Tensão de Cisalhamento em Vigas Seção I – Abas Largas
  • 26. Limitações da Fórmula do Cisalhamento Hipóteses: • A tensão de cisalhamento se distribui uniformemente ao longo da espessura A Teoria da Elasticidade mostra qquuee ppaarraa sseeççõõeess t = ⇒ máx = ⇒ 1,03 3% ´ 0,5 b h t fórmula t = ⇒ máx = ⇒ 1,40 40% ´ 2 b h t fórmula
  • 27. Limitações da Fórmula do Cisalhamento A tensão de cisalhamento não é bem representada na união aba-alma. • transição brusca da aba para a alma • superfície livre com tensão diferente de zero
  • 28. Limitações da Fórmula do Cisalhamento
  • 30. Exemplo 1 Momento de Inércia Momento Estático do ponto P Tensão cisalhante no ponto P
  • 31. Exemplo 1 Máxima tensão cisalhante irá ocorrer onde a razão entre o momento estático Q´ e a espessura for máxima. Nesse caso como a espessura é constante, a máxima razão ocorre para o máximo momento estático(no eixo neutro) t = × V Q´ I × t Tensão cisalhante máxima Equivalente a:
  • 33. Exemplo 2 Momento de Inércia Momento Estático do ponto B´ Tensão cisalhante no ponto B´
  • 34. Exemplo 2 Momento Estático do ponto B (QB=QB´) Tensão cisalhante no ponto B Momento Estático do ponto C Tensão cisalhante no ponto C
  • 35. Exemplo 2 Força cortante atuante na alma: Tensão cisalhante atuante na alma:
  • 36. Exemplo 2 Integrando-se a distribuição de tensões cisalhantes na alma temos: Observa-se que a alma rreessiissttee aa 9911%% ddoo esforço cortante total. O restante (9%) é resistido pelas duas abas.