1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
REABILITAÇÃO
E RECONDICIONAMENTO
2.
3. EQUIPE DE MEDICINA DO EXERCÍCIO
TODOS os membros da equipe de medicina do exercício
são responsáveis pela EDUCAÇÃO de treinadores e atletas.
Riscos de lesão;
Precauções;
Tratamentos.
Diferentes profissionais desempenham importantes papéis
na recuperação e retorno do atleta a prática esportiva.
Prevenção e
Reabilitação da lesão.
4. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE
EQUIPE MÉDICA
Ortopedia, Pediatria, Psiquiatria...
Prescrição de medicamentos, prevenção de lesões,
supervisão, avaliação, diagnóstico e suporte a outros
profissionais.
Embora não tenha responsabilidade sobre a
reabilitação diária, a equipe médica faz a
determinação final da prontidão do atleta para
retorno à competição.
5. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE
FISIOTERAPIA
Ortopedia, Traumatologia, Fisioterapia Esportiva
Modalidades terapêuticas, exercício terapêutico,
redução da dor, recuperação da atividade.
Relação próxima com uma variedade de especialistas
médicos.
6. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE
EDUCADOR FÍSICO
Treinador, Preparador Físico
Tratamento, recondicionamento.
Compreensão da biomecânica e especificidade do
esporte.
15. COMUNICAÇÃO
Compreender o diagnóstico dado à lesão.
* Indicação
** Contra-indicação
Indicação: Forma de tratamento requerida para reabilitação.
Contra-indicação: Prática desaconselhável em função da lesão
ocorrida.
16. TIPO DE LESÃO
Lesão primária:
*Macrotraumática
*Microtraumática
Lesão secundária: Resposta inflamatória ou hipóxica
que ocorre com a lesão primária
25. Lesão muscular: Ruptura de fibras musculares.
Grau 1: Lesão de apenas algumas fibras com
pequeno edema e desconforto. Acompanhada de
nenhuma ou mínima perda de força e restrição de ADM.
Não é possível palpar defeito muscular durante a
contração muscular. Apesar de a dor não causar
incapacidade funcional não é recomendado manter a
atividade devido ao risco de aumentar a lesão.
26. Grau 2: Provocam dano maior ao músculo com
evidente perda da função. É possível palpar um pequeno
defeito muscular no sítio de lesão. Ocorre formação de
hematoma.
Grau 3: Estende-se por toda sessão transversa do
músculo resultando em completa perda de função
muscular e dor intensa. Falha na estrutura muscular é
evidente.
27. TIPO DE LESÃO
MICROTRAUMA: Lesão por uso excessivo.
É resultado do estresse anormal repetido aplicado
no tecido por treinamento contínuo ou com pouco
tempo de recuperação.
Essa lesões podem ocorrer devido a erros no
treinamento, treinamento em superfície subótimas
(irregulares, inadequadas), falhas biomecânicas , controle
motor insuficiente, desalinhamento ósseo...
31. RECUPERAÇÃO TECIDUAL
O processo de retorno ao esporte depois de uma
lesão envolve a cura dos tecidos lesionados e sua
preparação para o retorno à função.
Todos os tecidos seguem um mesmo padrão de
recuperação, embora o cronograma de eventos
ocorridos em cada fase difere para cada tipo de
tecido.
32. FASE DE INFLAMAÇÃO
Lesão – início imediato da cicatrização.
A destruição celular resulta em alteração do
metabolismo e liberação de materiais que
desencadeiam a resposta inflamatória.
- Vemelhidão, edema, sensibilidade e aumento da temperatura.
Essa resposta inicial do organismo é essencial para
todo processo de cicatrização.
Caso essa resposta não atinja seu objetivo ou não
decline, a cicatrização normal não ocorre.
33. FASE DE INFLAMAÇÃO
Durante esse processo, leucócitos e outras células
fagocíticas são liberadas para o tecido lesado.
Essa reação celular em geral é protetora, tendendo a
localizar ou dispor os subprodutos da lesão pela
fagocitose, estabelecendo, assim, o processo de
reparação.
34. FASE DE INFLAMAÇÃO
Ambiente de hipóxia – morte tecidual.
Liberação de Histamina e Bradicinina: Aumentam o fluxo
sanguíneo e permeabilidade capilar - EDEMA
Extravasamento de fluidos ao redor
dos tecidos. Inibe a contração tecidual
e limita as atividades.
35. FASE DE INFLAMAÇÃO
A presença de edema e substâncias inflamatórias
estimulam nocivamente fibras sensoriais, causando
dor e contribuindo para redução na atividade.
Duração de 2 a 3 dias depois de uma lesão aguda
podendo variar de acordo com o dano tecidual.
Apesar da fase inflamatória ser crítica para
recuperação do tecido, se ela não terminar em um
período razoável de tempo retarda o processo de
cicatrização.
36. INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Ocorre quando a resposta inflamatória aguda não
elimina o agente nocivo nem restaura o tecido a seu
estado fisiológico normal.
Implica a substituição de leucócitos por macrófagos,
linfócitos e plasmócitos. Essas células acumulam em uma
matriz frouxa de tecido conjuntivo altamente
vascularizada e inervada na região lesionada.
Os mecanismos específicos que convertem a inflamação
aguda em crônica são desconhecidos. Parecem estar
associados a situações de esforço repetido ou sobrecarga
com microtraumas cumulativos.
38. FASE DE REPARAÇÃO
Esta fase permite a reposição dos tecidos.
Novos capilares e tecidos conjuntivos, bem como
fibras de colágeno, são colocados aleatoriamente,
servindo como estrutura sob a qual a reparação
acontece.
39. FASE DE REPARAÇÃO
Devido ao posicionamento ocasional, o alinhamento
para obter força máxima ainda não foi obtido.
As fibras de colágeno são mais fortes quando estão
posicionadas longitudinalmente na linha principal
do estresse; mesmo assim, várias fibras novas são
posicionadas transversalmente.
Capacidade de transmitir força limitada.
40. FASE DE REPARAÇÃO
Essa fase inicia em horas ou até 2 dias após a lesão e
pode durar meses.
41. FASE DE REMODELAÇÃO
O tecido cicatricial é fortalecido durante a fase de
remodelação.
A produção de colágeno está diminuída, permitindo
aos novos tecidos formados a oportunidade de
melhorar força, estrutura e função.
Com aumento da sobrecarga as fibras do novo tecido
começam a hipertrofiar e alinhar-se ao longo das
linhas de estresse.
42. FASE DE REMODELAÇÃO
Quanto mais espessa e alinhadas as fibras de
colágeno, mais fortes elas se tornam, permitindo o
retorno a atividade.
Embora a força aumente significativamente, o novo
tecido provavelmente nunca será tão forte como o
tecido que foi reposto.
A remodelação pode durar até 4 meses pós lesão.
43. FATORES QUE IMPEDEM A CICATRIZAÇÃO
Extensão da lesão;
Edema;
Hemorragia;
Irrigação precária;
Espasmo muscular;
Infecção;
Idade;
Estado nutricional.
44.
45. ESTRATÉGIAS PARA REABILITAÇÃO E
RECONDICIONAMENTO
Deve-se considerar:
* Respostas subjetivas do atleta;
* Mecanismos fisiológicos.
Embora o objetivo seja o retorno rápido às atividades
é importante lembrar que cada pessoa responde de
modo diferente a lesão, apresentando, assim,
progressos específicos.
46. OBJETIVOS DA RECUPERAÇÃO
Não forçar excessivamente a cura do tecido;
Otimizar a formação da matriz de colágeno.
ESCOLHER UM NÍVEL CARGA QUE NÃO
SOBRECARREGUE O TECIDO!!!!
47. FASE 1 – LESÃO AGUDA
Processo inflamatório: Organismo “colocando ordem na
confusão”
A maneira como a lesão é tratada no início tem
impacto inquestionável no processo de
recuperação.
48. FASE 1 – LESÃO AGUDA
Objetivo: Proteger contra novas lesões e criar um
ambiente que conduza ao reparo fibroblástico.
• Edema, produtos inflamatórios, dor, redução da contração muscular...
P.R.I.C.E.
+ Mod. Terapêuticas
49. P.R.I.C.E.
Proteção: Impedir que ocorra novas lesões.
Repouso: O período de restrição de atividade é
absolutamente essencial em todos os programas de
tratamento. Se a estrutura não repousa, sendo
submetida a pressões e distensões, o processo de
cicatrização, na verdade, nunca tem oportunidade de
iniciar. Aumenta o tempo de recuperação.
50. P.R.I.C.E.
GELO: Tratamento inicial.
Reduz a dor e promove vasoconstrição de modo a
controlar hemorragia e edema.
Desacelera o metabolismo na região e diminui a
demanda de O2 , reduzindo, assim, a hipóxia.
O frio reduz a defesa muscular espástica que
acompanha a dor.
51. P.R.I.C.E.
Compressão: Controlar o edema inicial.
Elevação: Fator final do controle do edema.
1. Aplicar a bandagem sobre a lesão – Distal para proximal
2. Cobrir com bolsas de gelo (20 a 30 min)
3. Elevação (72h)
4. Repouso por pelo menos 24h.
52. FASE 2 - REPARAÇÃO
Os fibroblastos vão depositando uma matriz de fibras de
colágeno e formando o tecido cicatricial
Lesão sensível ao toque, dor mais fraca.
Modalidades terapêuticas (US, Laser, Eletroestimulação...)
+
- Restaurar a ADM;
- Reduzir a atrofia;
- Cardiorespiratório;
- Força;
- Controle neuromuscular.
53. FASE 3 - REMODELAÇÃO
Otimizar a função tecidual
- Fortalecimento específico;
- Velocidade específica;
- Cardiorespiratório;
- Flexibilidade;
- Cadeias cinéticas aberta e fechada.