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Prof. Dr. Fabrício Boscolo Del Vecchio
        fabricio_boscolo@uol.com.br
                    Professor Adjunto – ESEF/UFPel

                                 Membro do:
                       European College of Sport Science
                  National Strength and Conditioning Research
                    Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte
               Comitê Científico do GTT12 – Treinamento Esportivo
    Grupo de Saúde Coletiva, Epidemiologia e Atividade Física – FEF/Unicamp
Grupo de Estudos e Pesquisas em Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate –
                                      EEFE/USP
Aptidão Física não é Tudo
 Atletas de elite têm mais recursos
  técnicos do que os de menor nível
  competitivo.

 Caso dois atletas de mesmo nível
  técnico se enfrentem, há maior
  possibilidade do mais apto
  fisicamente vencer.
E os melhores entre os melhores ?

Melhor atleta – número de medalhas nos
 Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos
 disputados entre 1995 e 2001 (8 mulheres e 9
 homens)
Atletas medalhistas, porém não campeões ou
 com mais de três conquistas (8 mulheres e 8
 homens)
                                 (Franchini et al., 2008)
RESULTADOS
Grupos            Super Elite                Elite
                                                     Masc (n=9) Fem (n= 8) Masc (n=8) Fem (n= 8)

Variáveis
    Número de técnicas diferentes                       12     4         11    5        10     3        9     4
              aplicadas
Número de ≠s projeções aplicadas*†                      10     3         9     4         7    3         6     3
    Número de ≠s técnicas de solo                        1     1         2     2         2    2         2     2
              aplicadas
         Direções das Projeções*                       3.7     0.7     3.8     0.5 3.1        0.8      2.9    1.0




* group effect (P < 0.05); † sex effect (P < 0.05); a) different from elite female group ( P < 0.05)

                                                                                   (Franchini et al., 2008)
Número de técnicas diferentes
aplicadas e número de lutas vencidas
  Number of different
  techniques applied
                        25
                        20
                        15
                        10
                         5
                         0
                             0        10       20         30
                                 Number of contests won
Síntese dos resultados

Alta variação no número e na direção dos
 ataques em tachi-waza


Alta especialização na luta de chão


Apenas duas atletas e dois atletas não
 obtiveram pontos atacando para quatro
 direções
                                 (Franchini et al., 2008)
As lutas como atividades
      intermitentes
Característica Temporal - Judô
Autores                       Atividade (s)   Pausa (s)
Castarlenas e Planas (1997)     18  9         12  4
Monteiro (1995)
1o min                        25,8  7,8       9,5  3,2
2o min                        27,0  9,0      10,4  4,5
3o min                        27,0  9,7      13,4  7,6
4o min                        22,4  9,3      13,2  7,3
5o min                        18,9  10,4     13,9  9,0
Sikorski et al. (1987)             30             13
Sterkowicz e Maslej (1998)         25             10
Van Malderen et al. (2006 )
Feminino                      19,9 ± 7,3       7,5 ± 6,2
Masculino                     18,8 ± 9,0      9,13 ± 5,1
Característica Temporal
                    Karatê

Relação E:P (2:1)  18        6s : 9   6s
16,3    5,1 ações de alta intensidade por
 luta, com durações de 1 a 3s cada
3,4        2,0 ações de alta intensidade por min




Beneke et al. (2004)
Estrutura temporal karate



Variável                      2-min       3-min
Ação intensa curta (s)      0,3    0,1    0,3     0,1
Ação intensa longa (s)      2,1    1,0    1,8     0,4
T. total ataque na luta (s) 13,3   3,3   19,4     5,5




                                          Iide et al. (2008)
Característica Temporal
                 Taekwondo
Variável                 Primeiro round   Segundo round
Tempo de luta (s)         138,6  26,5      143,3  26,7
Tempo de seqüência (s)     25,5  9,8        24,9  8,8
Tempo sem luta (s)         79,1  19,0       72,1  17,1
Tempo de pausa (s)         34,0  32,0      46,3  37,7




                                          (Heller et al., 1998)
Característica Temporal
          Taekwondo

Contato: 17-18% do tempo total
Sem contato: 57-50% do tempo total
3-5s de atividade de alta intensidade
Razão E:P – 1:3 a 1:4




                             (Heller et al., 1998)
Característica Temporal
               Brazilian Jiu Jitsu

                            Média ± dp
Luta em pé (s)               25 ± 17
Luta no solo (s)            146 ± 119
Repouso (s)                  13 ± 6




(Del Veccho et al., 2007)
Característica Temporal
      Muay Thai
Característica Temporal
      Muay Thai
Característica Temporal:
         Luta Olímpica
Campeonato Mundial 1998   (Nilsson et al., 2002)
Característica Temporal
             Mixed Martial Arts
           Valores são MÉDIA (MIN-MAX)
                    R1           R2                      R3
Descanso         10(3-32)      9(4-25)                 6(3-17)
Em Pé Forte       7(1-64)      5(1-33)                 5(2-30)
Em Pé Fraco      12(1-96)     15(2-97)                10(2-60)
Solo Forte        9(3-84)     10(2-72)                 7(3-49)
Solo Fraco       16(3-86)    23(5-122)                17(4-74)
Intervalo      101(68-173) 103(54-141)

               Sequência mais comum:
Em Pé Forte–Solo Forte–Solo Fraco–Em Pé Fraco–Solo Fraco–Solo Forte
Característica Temporal
     Mixed Martial Arts
Freqüência Tempo   N      %
     Até 10s       12    48
     11s-20s       7     28
     21s-30s       1      4
    Mais 30s       5     20
      Total        25    100
Exercício Intermitente

Fatores que influenciam as respostas ao
 exercício intermitente:
 intensidade do esforço e da recuperação
 duração do exercício e da recuperação
 relação esforço : recuperação



                             (Ballor & Volovsek, 1992)
Participação dos sistemas no
       exercício intermitente

10 x 6 s na maior intensidade possível
 com 30 s de intervalo


No 10º estímulo, a participação % da CP,
 é maior ou menor do que no 1º ?
Delineamento (Gaitanos et al., 1993)
Participação % do metabolismo anaeróbio
  no 1º e no 10º estímulos (10 x 6s/30s)




                            Gaitanos et al. (1993)
Implicação para as lutas

 Realizar séries de com duração de 10s por 30s
 de intervalo pode ser um meio interessante de
 estressar o sistema ATP-CP, mas com perda de
 potência.
 Prolongar muito esta atividade pode resultar
 em elevada participação oxidativa
Recuperação de 60”  >80%

Recuperação de 30”  65%




                       (Glaister, 2005)
Participação dos sistemas no
     exercício intermitente
 3 x 30s na maior intensidade possível com 4 min
  de intervalo
 Contribuição nos primeiros 30s:
     50-55% glicolítico;
     23-28% fosfagênios;
     16-28% oxidativo
 No 3º estímulo, o exercício é mais aeróbio ou
  mais anaeróbio?
3 x (30s / 4 min de intervalo)
Terceiro estímulo
CP: 15%
A glicogenólise/glicólise: 15%
Sistema oxidativo: 70%




                                  Trump et al. (1996)
Contribuição dos Sistemas
Visão Clássica
                         Visão atualizada




                             Gastin (2001)
McArdle et al., (2003)
Contribuição dos Sistemas




                     Gastin (2001)
Demanda Fisiológica




                  (Arriaza, 2009)
Metabolismos
               Aeróbio
Movimentações, Deslocamentos, Esforços
         ao final do combate

       Anaeróbio Lático
  Disputas de Pegadas, Entradas de Golpes
          sucessivos e Bloqueios

      Anaeróbio Alático
    Quebras de pegadas, Golpes únicos
Modalidades de Luta

 Treinamento Contínuo
 Treinamento Intervalado



 Velocidade
 Força/Potência
 Potência Anaeróbia
A potência anaeróbia pode ser aprimorada com:
  Treinamento intervalado de alta intensidade
  Treinamento de potência muscular
  Treinamento de força muscular

A potência aeróbia pode ser aprimorada com
  Treinamento intervalado
  Treinamento contínuo

     Como o treinamento intervalado de alta
intensidade contribui para ambos sistemas, deve
    ser o principal regime de treinamento dos
                     lutadores
                                         (Buse, 2009)
Por quê a potência e capacidade
aeróbias são relevantes nas lutas?

  1) Ajudariam os atletas a manterem uma
   intensidade elevada durante toda a luta;

  2) Contribuiriam para que eles retardem o
 aparecimento de concentrações elevadas de
 metabólitos associados à fadiga (H+ e fosfato
                  inorgânico);

 3) Ajudariam na maior recuperação entre os
                  combates
O desenvolvimento da potência

 aeróbia tem sido associado com

  estratégias de luta que visam à

manutenção da intensidade durante

todo o combate, com definição em

      seus momentos finais
                          (Garriod et al., 1995)
Considerações básicas e critérios para a elaboração
      do treinamento aeróbio para lutadores

       TREINO VISANDO AO AUMENTO DA:
      POTÊNCIA OU CAPACIDADE AERÓBIA
                   **INICIANTES**
incremento na carga do treinamento aeróbio deve ser de
                 2-3% a cada semana
                             ACSM:
 realização de exercício contínuo (gasto de 2000 kcal/semana)
     aumento de 5-10% no VO2máx nas primeiras semanas

   Praticado 3x/semana, duração de 20 minutos por sessão,
     intensidade de 50% do VO2máx OU 60% da FCmax
         (intensidade do limiar de lactato ou 60% da Fcmax)
Considerações básicas e critérios para a elaboração
       do treinamento aeróbio para lutadores

   Critérios comumente utilizados para a prescrição do exercício aeróbio
 contínuo e respectivas relações de equivalência (Adap. de Pollock e Wilmore)
VO2máx                      FC reserva       FC máxima              PSE
< 30%                         < 30%            < 35%                 <9
30-49%                       30-49%           35-59%                10-11
50-74%                       50-74%           60-79%                12-13
75-84%                       75-84%           80-89%                14-16
FC = freqüência cardíaca.




    Duas pessoas se exercitando em um mesmo
percentual do VO2máx podem estar em velocidades
 diferentes em relação ao limiar anaeróbio ([LAC])
Considerações básicas e critérios para a elaboração
       do treinamento aeróbio para lutadores



        SUJEITO 1 – Treinar entre 50 e 74% do VO2máx

         Freqüência cardíaca máxima de 200 bpm,
   Deve treinar em intensidade entre 60 e 79% da FCmax.

                          Portanto,
                    200 x 0,60 = 120 bpm
                    200 x 0,79 = 158 bpm

indicando que essa pessoa deveria treinar entre 120 e 158 bpm.
Considerações básicas e critérios para a elaboração
        do treinamento aeróbio para lutadores

      SUJEITO 2 – Treinar usando a Fcreserva (50 e 74% do VO2máx)

 FC treino = FCrep + [% da FCres x (FCmáx – FCrep)]

Assim, considerando freqüência cardíaca de repouso de 60 bpm e máx de
200:

Assim, para as intensidades de 50-74% do VO2máx, temos que calcular
para 50-74% da FCmáx.

Portanto,
FC treino1 = 60 + 0,5 (200-60)       FCtreino2 = 60 + 0,74 (200-60)
FC treino1 = 60 + 0,5 (140)          FC treino2 = 60 + 0,74 (140)
FC treino1 = 60 + 70                 FC treino2 = 60 + 104
FC treino1 = 130 bpm                 FC treino2 = 164 bpm
Corridas, Ciclismo,
                   Natação, Pular Corda,
                      “Boxe Sombra”

       1 séries x 15 minutos
80-90% VO2max ou da FC de reserva
Não mais que 2 – 3 sessões semanais
Considerações básicas e critérios para a elaboração
      do treinamento aeróbio para lutadores

     SUJEITO 3 – Treinar usando a PSE(12-13)
          Escala de Percepção Subjetiva de Esforço de Borg

             6               -
             7               Muito fácil
             8               -
             9               Fácil
             10              -
             11              Relativamente fácil
             12              -
             13              Ligeiramente cansativo
             14              -
             15              Cansativo
             16              -
             17              Muito cansativo
             18              -
             19              Exaustivo
             20              -
Atletas bem condicionados
               Assim, a intensidade deve ser mais elevada
         (70-80% do VO2máx entre o limiar de lactato e o limiar anaeróbio)
                      intercalada com dias mais leves

Recomendação:
1-2 sessões acima de 70% do VO2máx por 20’-30’
2 sessões entre 60-70% do VO2máx, 30’-60’ durante a semana

Em intensidades mais elevadas:
1) a duração dos estímulos – 1 a 5 min, com intervalo 30” e 2’ minutos,
respectivamente, com relação esforço:pausa em 1:1, 2:1, 3:1 ou 4:1;
2) A recuperação é ativa (50% do VO2máx ou 65% da FCmáx)
3)     Para durações longas (5 min)  6 estímulos;
       Para durações curtas (1 min)  até 20
Atletas bem condicionados
      Após 6 a 8 meses de exercícios submáximos
             = sem melhorias no VO2max


                 Recomendação:
Incluir de 1 a 2 sessões semanais de alta intensidade
  Acima da intensidade correspondente ao VO2máx

     Intensidade a 100 a 120% VO2máx
 Duração das repetições deve ser de 30” a 5’
     ou a 50-60% do tempo limite (Tlim)
Atletas bem condicionados

Relação E:P deve ser de 1:1 ou 2:1 e a pausa deve ser
             ativa (50-60% do VO2máx)

   A recuperação deve ser de 30”-3’ ou 60% Tlim
                   6-20 séries

         Sessão com duração de 15-20 min.
  Esse tipo de trabalho pode ser feito 1-2 vezes por
                 semana  15-40 min
Grupo Karatê e Grupo HIT  7 semanas de treino

              HIT: 5 Treinos de Karatê + 2 HIT de
 7-9 séries de 20” de corrida a 140% VO2max com 15” recup.
                                 HIT (n=9)                    KT (n=8)
                           Pré               Pós        Pré              Pós
VO2max (mL/kg/min)       58,7±3,1       61,4±2,6*     58,2±3,1      58,1±4,4
Tempo Limite            115,5±20,7     142,8±36,9*   135,7±28,8    128,8±20,9
Intensidade no teste
                        137,7±7,3       131,6±7,1    138,7±5,6      135,3±6,6
supramáximo (%VO2max)
Tabata et al. (1996)

 8 séries de 20” : 10” de pausa
 Intensidade de 170% do VO2max

 Aumentos significativos
  no VO2max
  na Potência produzida
Circuito Específico – Judô
                    (40”x40”)




 RPE dos Adultos (0-10):
      Tori  8±1
      Uke  4±1

(Baudry; Roux, 2009)
5 rounds x 3 minutos x 1 minuto
“Combat Intervals”  5” de golpes no aparador x 5” de rec
      Limitar o número de combinações  2
            Direto + Gancho
            Uppercut Esquerda + Chute Circular de Direita
Circuito Específico – Sanshou
            (2’x1’)




                         (Villani; Distaso)
[La] e PSE no MMA

Sujeito [LAC] REP   [LAC] Bike   PSE Bike   [LAC] MMA-EX   PSE MMA-EX   [LAC] TREINO   PSE TREINO   [LAC] Pós Luta   PSE Pós-Luta

  1       4.3          8.1       18-19         17.7           18           16.1          17-18          10,5             13

  2       3.5         16.3         17          15.6           17           18.0           18            12.2             15

  3       2.4                                  13.0           19           13.3           17            20.7             19

  4       4.8         13.8         19          19.7           17           14.5           15            18.7             18
                    8 repetições                 Sombra                  2 rounds de 4’ x
                                                                          1’ de intervalo
                    ou 4 minutos                  Percussão
                    20” (max) x                    Wrestling
                    10” (submax)                 Flexões
                                                 Abdominais
                                                 Ponte
                                                 Avanços...
(Amtman et al., 2008)
Treino Aeróbio
  Resistência
 Brock Lesnar
R1 / E1: Flexão de Braço Spiderman
            (60 segundos)
R1 / E2: Flexão de Braço Pliométrica
            (60 segundos)
R1 / E3 : Socar o Saco com elásticos
            (60 segundos)
R1 / E4 : Empurrar o Pneu
      (60 segundos)
R1 / E5: Flexão de Braços Alternadas
            (60 segundos)
R2 / E1: Puxada na Barra
      (60 segundos)
R2 / E2: Subida-Descida na Corda
          (60 segundos)
R2 / E4: Barra Fixa
  (60 segundos)
R2 / E5: Manipulação do boneco
         (60 segundos)
R2 / E3: Puxada do Pneu
      (60 segundos)
R3 / E1-5: Aeróbio
 (60 segundos)
R4 / E1: Soco na Jammer Machine
          (60 segundos)
R4 / E2: Marretadas no Pneu
       (60 segundos)
R4 / E3: Arrasto em 4 apoios com elástico
              (60 segundos)
R4 / E4: Medicinebol + Burpee
        (60 segundos)
R4 / E5: Ground & Pound
      (60 segundos)
R5 / = 3º Round:
Aeróbios Mais Pesados e Sem Descanso
Atletas bem condicionados
                           PROBLEMAS:
    Treinamento técnico e tático, anaeróbio, de força e potência muscular,
           Existe dia em que ele esteja totalmente recuperado?

                             Possibilidade:
   Adaptação do treinamento aeróbio em sessões de técnica e tática
            Utilizar o treinamento anaeróbio intermitente

 À medida que o atleta melhora seu componente aeróbio, o trabalho
 intervalado será o principal modo de continuar a melhorar essa
                        capacidade física.

Para isso, o uso de projeções ou luta intervalada (mudando os oponentes a
          cada 30s com muita movimentação) podem ser utilizados.
Cuidados com a execução

                    Execução
                     Correta

                    Execução
                     Errada
Execução
 Correta
 30”x30”
Cuidados com a execução  Luta
PRINCIPAL CARACTERÍSTICA
           - CURTA DURAÇÃO

           Prolongamento gera: - Participação aeróbia
                               - Diminuição da intensidade

  A SESSÃO DE TREINO ANAERÓBIO É INTERMITENTE:

           (1) intensidade e duração da atividade;
         (2) intensidade e duração da recuperação;
                (3) relação esforço-pausa (E:P).


                  ASPECTOS BÁSICOS:

(1) a intensidade deve ser maior do que a correspondente ao VO2máx
          (2) o exercício deve ter duração menor do que 65-75s
Esforço : Pausa (Por fase e em %) - JUDO




         Preparação   Pegada    Entrada em pé   Solo*             Intervalo
Luta 1   12 ± 4       49 ± 15   4±1             18 ± 13 (7 ± 5)   19 ± 3
Luta 2   13 ± 7       56 ± 9    3±1             11 ± 5 (4 ± 2)    16 ± 6
Luta 3   13 ± 3       49 ± 10   5±2             14 ± 7 (5 ± 1)    19 ± 3
VALE LEMBRAR:

   Estas características temporais trazem importantes implicações
                             fisiológicas

    Curtos períodos de atividade intensa com intervalos
pequenos (10s) são insuficientes para a ressíntese total de CP

 Estão associados à ativação principalmente do metabolismo
anaeróbio lático nos estágios iniciais e do metabolismo aeróbio
                  nos estágios finais da luta.
BASES PARA PRESCRIÇÃO DO TREINO ANAERÓBIO



 A ativação dos sistemas de transferência de
energia ocorre em um ritmo mais acelerado do
   que aqueles representados em modelos
clássicos presentes em inúmeros livros-texto


 a ativação do metabolismo aeróbio ocorre
  mais rapidamente do que se acreditava
               anteriormente
Contribuição dos Sistemas




                     Gastin (2001)
[Lactato]
   “Treino é treino, jogo é jogo?”
Luta em competição: 13,0 ± 2,1 mM
Simulação de luta: 9,8 ± 2,1 mM
Sem oposição (25-30 min): 5,2 ± 2,3 mM
Leve oposição (15 min): 9,4 ± 2,5 mM
(Sikorski, 1985)

1 h: 8,9 ± 0,5 mM
(Callister et al., 1990)

3-7x3min/30s: 9,1 ± 1,1 mM
(Callister et al., 1991)
Karatê
    Contribuição dos sistemas


Aeróbio: 77,8   5,8%
Anaeróbio alático: 16,0   4,6%
Anaeróbio lático: 6,2   2,4%
Gasto energético por luta: 341,0  81,9 kJ
 (81,4  19,6 kcal)
Consideração importante


Predomínio da via oxidativa
Momentos decisivos da luta, movimentos
 rápidos de alta intensidade: sistema ATP-CP
Baixa solicitação da via glicolítica nas
 atividades típicas do karate
Cálculo das contribuições dos sistemas energéticos
       DETERMINANTE versus PREDOMINANTE


                    6%


              16%
                                      Aeróbico

                                      Anaeróbico alático

                                      Anaeróbio Lático
                         78%




              Lutas de Campeonato Mundial
              [LAC] = 11,1 mmol.l-1 (8.7 – 12,7)
Contribuição lática e ações por minuto
Contribuição alática e ações por minuto
Contribuição lática e número da luta
[La] durante competição
 (Lehman, 1997).


  Campeonato Nacional Austríaco de 1995
 9 atletas masculinos
28 combates: 8,17  2,59 mmol.l-1


 4 atletas do sexo feminino
15 combates: 8,38  2,53 mmol.l-1
[La] durante o treino de
    karate - Homens
                   4,5                      *       *
                   4,0
                   3,5
[LA] (mmol.l -1)




                   3,0
                   2,5
                   2,0
                   1,5
                   1,0
                   0,5
                   0,0




                                                                                       in
                                                                            in
                                        D




                                                                 ta
                         ep



                                 E




                                                           D
                                                S




                                                                                      m
                                                                           m
                              K-


                                     K-




                                                        A-


                                                               Ka
                         R




                                                                                  30
                                                                          5
                                                                      ec


                                                                                 ec
                                                                      R


                                                                              R
                                            Mom ento da Mensuração

    * Diferente do repouso
[La] durante o treino de
   karate - Mulheres
                  4,0
                                          *       *                     baixa solicitação
 [LA] (mmol.l )
            -1




                  3,0                                                   da via glicolítica

                  2,0

                  1,0

                  0,0

                                                        D




                                                                              in
                                                              ta
                               E




                                                                       in
                        ep




                                      D

                                              S
                             K-




                                                      A-




                                                                             m
                                    K-




                                                                    m
                                                            Ka
                    R




                                                                            30
                                                                   5
                                                               ec

                                                                       ec
                                                              R

                                                                       R
                                   Momento da mensuração
* diferente do repouso
Potência e Capacidade Anaeróbias
Aspectos Anaeróbios:
      Metabolismo do Lactato:
             Exercícios máximos de curta duração
             Determinação da capacidade aeróbia
             Perfil metabólico do atleta




 Um dos fatores a determinar a vitória
          nas competições

  As adaptações passam a ser notadas após
        aproximadamente 8 semanas
Potência e Capacidade Anaeróbias
COMPONENTE ANAERÓBIO - Avaliação
                                                           7

                                                           6

                                                           5

            Wingate:                                       4

Potência de Pico e Potência Média                          3

                                                           2
             Mulheres                      Homens
Judocas                      Juvenis         Seniores      1

PotMedAbs       215 (53)        304 (67)       404 (41)    0
                                                               1   3   5   7   9   11 13 15 17 19 21 23 25 27 29
PotMedRel    3,19 (0,47)     4,69 (0,79)      5,47 (0,7)
PotPicoAbs      268 (88)        368 (85)       510 (79)
PotPicoRel   3,79 (0,60)     5,69 (1,11)      6,9 (1,27)
IF (%)       33,1 (10,7)      37,4 (9,7)     37,5 (11,4)


                         LUTA OLÍMPICA:
             Diferenças entre atletas de elite e não elite

        Nível        PotMedAbs PotMedRel PotPicoAbs PotPicoRel
        Elite              376 (21)         5,9 (0,1)      472 (27)                7,48 (0,42)
        Não Elite          331 (23)         5,2 (0,2)      405 (28)                6,39 (0,45)
BASES PARA PRESCRIÇÃO DO TREINO ANAERÓBIO

          A realização de exercícios com:
 1) duração ligeiramente superior a um minuto ou
2) a repetição de algumas séries de exercícios com
                  duração de 30-40s,
freqüentemente utilizados no treinamento “anaeróbio”,
   podem não ter predominância desse metabolismo
Potência e Capacidade Anaeróbias
 Sistema de treinamento anaeróbio (Freitas, 1989)

Maior quantidade possível de entradas de golpes durante
        10 s, com intervalos de 30 s  10 séries

            60 dias (superior a 8 semanas):

Evolução para 30 séries sem apresentar sinais de fadiga.
Potência e Capacidade Anaeróbias
  Sistema de treinamento anaeróbio:
            (Yanagisawa et al., 1994)

                  3-4 séries
                    5 tiros
              8 segundos cada
 cicloergômetro  maior intensidade possível,

   Intervalos de 45 s entre eles - recuperação
      Freqüência de 2-3 vezes por semana
         60 dias (superior a 8 semanas):

Intermediários: Aumento de 21,1% na potência de pico
                       anaeróbia
    Alto Nível: Melhora de 8,1% na potência de pico
Freqüência do Estímulo
Recuperação de 72h (+18%) melhor comparada à de 24h (-3%)
                No máximo 3 sessões semanais


        Duração do Estímulo
                Curta: Até 10 segundos
                      (+ miosina quinase)


           Intermediária: 15-45 segundos
                       (+ creatina quinase)
                      (+ fosfofrutoquinase)


Duração superior (65-75”) – contribuição aeróbia
      (+ lactato desidrogenase) e (+ glicogênio fosforilase)
Efeito na Aptidão Aeróbia

     Aumento na atividade da SDH e da CS
             CICLO DE KREBS

Treinamento intervalado de alta intensidade (30s)
  e intervalos de 1-2 min tem sido associado ao
               aumento do VO2máx.

          Tiros mais longos (45-60”)
       - % fibras do tipo IIa e + % fibras I
HIPERTROFIA MUSCULAR
   PROVENIENTE DO TREINAMENTO ANAERÓBIO

Não aumenta o tamanho da fibra muscular durante
um período de 6-7 semanas, embora o desempenho
                    melhore

Quando o treinamento se prolonga por período de 2
a 8 meses, ocorre hipertrofia tanto das fibras tipo I,
               quanto das fibras II
TESTES ESPECÍFICOS DO JUDÔ
                                        SÉRIES MÁXIMAS EM
                                           20” - 30” - 40”

                         45
                                                                                            41 42
Quantidade de entradas




                         40

                         35                                                 34
                                                                                 33
                                                                       31
                                                                  30                                Suj01
                         30
                                                    27 27                                           Suj02
                         25
                                            21 21
                              18 18
                         20

                         15
                                A            D        A                D         A           D

                                      20s                   30s                       40s
Prescrição
    A partir de séries máximas
Entradas de golpes - 1ª Avaliação --> Pré-12 semanas de treino
 Tempo       100%         90%          80%       70%         60%
    20"        18          16           14        13          11
    30"        27          24           22        19          16
    40"        33          30           26        23          20


Entradas de golpes - 2ª Avaliação --> Pós-12 semanas de treino
 Tempo       100%         90%          80%      70%         60%
    20"        21          19           17       15          13
    30"        31          28           25       22          19
    40"        42          38           34       29          25
Estímulo Anaeróbio
Estímulos Submáximos com intervalos longos (1:3)
15” a 160% do VO2max com 45” de recup passiva


Estímulos Máximos curtos c/ intervalos longos (1:8)
     30” máximos por 4’ de recuperação passiva (?)


Recuperação:
    Fixa por tempo (3-4’)
    Parâmetro cardiovascular (120 bpm)
 Relação de 1:1 entre esforços e
 pausas, com aproximadamente 8s
 para cada período

 Relação de 1:6 para os movimentos
  de alta intensidade (1-5 segundos) e
  recuperativos
 NÍVEL 1  Observação
 NÍVEL 2  Técnicas preparatórias ou simples
 NÍVEL 3  Interação (trocação)

                    CAMPEONATOS MUNDIAIS
          LUTAS “FÍSICAS”             LUTAS “TÁTICAS”




                                                        (Arriaza, 2009)
KICK-BOXING




              (Buse, 2009)
(1) 7-8 estímulos até a exaustão a uma intensidade
     que seria equivalente a 170% do VO2máx

(2) 3-4 séries de 5 tiros de 8 s na maior intensidade
    possível com intervalos de 45 s entre os tiros

(3) 5 estímulos de exercício supramáximo (all-out) na
maior intensidade possível durante 10s, intercalados
       por 50 s de exercício a 80% do VO2máx
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Aptidão física e técnica em lutas

  • 1. Prof. Dr. Fabrício Boscolo Del Vecchio fabricio_boscolo@uol.com.br Professor Adjunto – ESEF/UFPel Membro do: European College of Sport Science National Strength and Conditioning Research Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte Comitê Científico do GTT12 – Treinamento Esportivo Grupo de Saúde Coletiva, Epidemiologia e Atividade Física – FEF/Unicamp Grupo de Estudos e Pesquisas em Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate – EEFE/USP
  • 2. Aptidão Física não é Tudo  Atletas de elite têm mais recursos técnicos do que os de menor nível competitivo.  Caso dois atletas de mesmo nível técnico se enfrentem, há maior possibilidade do mais apto fisicamente vencer.
  • 3.
  • 4. E os melhores entre os melhores ? Melhor atleta – número de medalhas nos Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos disputados entre 1995 e 2001 (8 mulheres e 9 homens) Atletas medalhistas, porém não campeões ou com mais de três conquistas (8 mulheres e 8 homens) (Franchini et al., 2008)
  • 6. Grupos Super Elite Elite Masc (n=9) Fem (n= 8) Masc (n=8) Fem (n= 8) Variáveis Número de técnicas diferentes 12 4 11 5 10 3 9 4 aplicadas Número de ≠s projeções aplicadas*† 10 3 9 4 7 3 6 3 Número de ≠s técnicas de solo 1 1 2 2 2 2 2 2 aplicadas Direções das Projeções* 3.7 0.7 3.8 0.5 3.1 0.8 2.9 1.0 * group effect (P < 0.05); † sex effect (P < 0.05); a) different from elite female group ( P < 0.05) (Franchini et al., 2008)
  • 7.
  • 8. Número de técnicas diferentes aplicadas e número de lutas vencidas Number of different techniques applied 25 20 15 10 5 0 0 10 20 30 Number of contests won
  • 9. Síntese dos resultados Alta variação no número e na direção dos ataques em tachi-waza Alta especialização na luta de chão Apenas duas atletas e dois atletas não obtiveram pontos atacando para quatro direções (Franchini et al., 2008)
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. As lutas como atividades intermitentes
  • 14. Característica Temporal - Judô Autores Atividade (s) Pausa (s) Castarlenas e Planas (1997) 18  9 12  4 Monteiro (1995) 1o min 25,8  7,8 9,5  3,2 2o min 27,0  9,0 10,4  4,5 3o min 27,0  9,7 13,4  7,6 4o min 22,4  9,3 13,2  7,3 5o min 18,9  10,4 13,9  9,0 Sikorski et al. (1987) 30 13 Sterkowicz e Maslej (1998) 25 10 Van Malderen et al. (2006 ) Feminino 19,9 ± 7,3 7,5 ± 6,2 Masculino 18,8 ± 9,0 9,13 ± 5,1
  • 15. Característica Temporal Karatê Relação E:P (2:1)  18 6s : 9 6s 16,3 5,1 ações de alta intensidade por luta, com durações de 1 a 3s cada 3,4 2,0 ações de alta intensidade por min Beneke et al. (2004)
  • 16. Estrutura temporal karate Variável 2-min 3-min Ação intensa curta (s) 0,3 0,1 0,3 0,1 Ação intensa longa (s) 2,1 1,0 1,8 0,4 T. total ataque na luta (s) 13,3 3,3 19,4 5,5 Iide et al. (2008)
  • 17. Característica Temporal Taekwondo Variável Primeiro round Segundo round Tempo de luta (s) 138,6  26,5 143,3  26,7 Tempo de seqüência (s) 25,5  9,8 24,9  8,8 Tempo sem luta (s) 79,1  19,0 72,1  17,1 Tempo de pausa (s) 34,0  32,0 46,3  37,7 (Heller et al., 1998)
  • 18. Característica Temporal Taekwondo Contato: 17-18% do tempo total Sem contato: 57-50% do tempo total 3-5s de atividade de alta intensidade Razão E:P – 1:3 a 1:4 (Heller et al., 1998)
  • 19. Característica Temporal Brazilian Jiu Jitsu Média ± dp Luta em pé (s) 25 ± 17 Luta no solo (s) 146 ± 119 Repouso (s) 13 ± 6 (Del Veccho et al., 2007)
  • 22.
  • 23. Característica Temporal: Luta Olímpica Campeonato Mundial 1998 (Nilsson et al., 2002)
  • 24. Característica Temporal Mixed Martial Arts Valores são MÉDIA (MIN-MAX) R1 R2 R3 Descanso 10(3-32) 9(4-25) 6(3-17) Em Pé Forte 7(1-64) 5(1-33) 5(2-30) Em Pé Fraco 12(1-96) 15(2-97) 10(2-60) Solo Forte 9(3-84) 10(2-72) 7(3-49) Solo Fraco 16(3-86) 23(5-122) 17(4-74) Intervalo 101(68-173) 103(54-141) Sequência mais comum: Em Pé Forte–Solo Forte–Solo Fraco–Em Pé Fraco–Solo Fraco–Solo Forte
  • 25. Característica Temporal Mixed Martial Arts Freqüência Tempo N % Até 10s 12 48 11s-20s 7 28 21s-30s 1 4 Mais 30s 5 20 Total 25 100
  • 26. Exercício Intermitente Fatores que influenciam as respostas ao exercício intermitente:  intensidade do esforço e da recuperação  duração do exercício e da recuperação  relação esforço : recuperação (Ballor & Volovsek, 1992)
  • 27. Participação dos sistemas no exercício intermitente 10 x 6 s na maior intensidade possível com 30 s de intervalo No 10º estímulo, a participação % da CP, é maior ou menor do que no 1º ?
  • 29. Participação % do metabolismo anaeróbio no 1º e no 10º estímulos (10 x 6s/30s) Gaitanos et al. (1993)
  • 30. Implicação para as lutas  Realizar séries de com duração de 10s por 30s de intervalo pode ser um meio interessante de estressar o sistema ATP-CP, mas com perda de potência.  Prolongar muito esta atividade pode resultar em elevada participação oxidativa
  • 31.
  • 32. Recuperação de 60”  >80% Recuperação de 30”  65% (Glaister, 2005)
  • 33. Participação dos sistemas no exercício intermitente  3 x 30s na maior intensidade possível com 4 min de intervalo  Contribuição nos primeiros 30s:  50-55% glicolítico;  23-28% fosfagênios;  16-28% oxidativo  No 3º estímulo, o exercício é mais aeróbio ou mais anaeróbio?
  • 34. 3 x (30s / 4 min de intervalo) Terceiro estímulo CP: 15% A glicogenólise/glicólise: 15% Sistema oxidativo: 70% Trump et al. (1996)
  • 35. Contribuição dos Sistemas Visão Clássica Visão atualizada Gastin (2001) McArdle et al., (2003)
  • 37. Demanda Fisiológica (Arriaza, 2009)
  • 38. Metabolismos Aeróbio Movimentações, Deslocamentos, Esforços ao final do combate Anaeróbio Lático Disputas de Pegadas, Entradas de Golpes sucessivos e Bloqueios Anaeróbio Alático Quebras de pegadas, Golpes únicos
  • 39. Modalidades de Luta  Treinamento Contínuo  Treinamento Intervalado  Velocidade  Força/Potência  Potência Anaeróbia
  • 40. A potência anaeróbia pode ser aprimorada com: Treinamento intervalado de alta intensidade Treinamento de potência muscular Treinamento de força muscular A potência aeróbia pode ser aprimorada com Treinamento intervalado Treinamento contínuo Como o treinamento intervalado de alta intensidade contribui para ambos sistemas, deve ser o principal regime de treinamento dos lutadores (Buse, 2009)
  • 41.
  • 42. Por quê a potência e capacidade aeróbias são relevantes nas lutas? 1) Ajudariam os atletas a manterem uma intensidade elevada durante toda a luta; 2) Contribuiriam para que eles retardem o aparecimento de concentrações elevadas de metabólitos associados à fadiga (H+ e fosfato inorgânico); 3) Ajudariam na maior recuperação entre os combates
  • 43. O desenvolvimento da potência aeróbia tem sido associado com estratégias de luta que visam à manutenção da intensidade durante todo o combate, com definição em seus momentos finais (Garriod et al., 1995)
  • 44. Considerações básicas e critérios para a elaboração do treinamento aeróbio para lutadores TREINO VISANDO AO AUMENTO DA: POTÊNCIA OU CAPACIDADE AERÓBIA **INICIANTES** incremento na carga do treinamento aeróbio deve ser de 2-3% a cada semana ACSM: realização de exercício contínuo (gasto de 2000 kcal/semana) aumento de 5-10% no VO2máx nas primeiras semanas Praticado 3x/semana, duração de 20 minutos por sessão, intensidade de 50% do VO2máx OU 60% da FCmax (intensidade do limiar de lactato ou 60% da Fcmax)
  • 45. Considerações básicas e critérios para a elaboração do treinamento aeróbio para lutadores Critérios comumente utilizados para a prescrição do exercício aeróbio contínuo e respectivas relações de equivalência (Adap. de Pollock e Wilmore) VO2máx FC reserva FC máxima PSE < 30% < 30% < 35% <9 30-49% 30-49% 35-59% 10-11 50-74% 50-74% 60-79% 12-13 75-84% 75-84% 80-89% 14-16 FC = freqüência cardíaca. Duas pessoas se exercitando em um mesmo percentual do VO2máx podem estar em velocidades diferentes em relação ao limiar anaeróbio ([LAC])
  • 46. Considerações básicas e critérios para a elaboração do treinamento aeróbio para lutadores SUJEITO 1 – Treinar entre 50 e 74% do VO2máx Freqüência cardíaca máxima de 200 bpm, Deve treinar em intensidade entre 60 e 79% da FCmax. Portanto, 200 x 0,60 = 120 bpm 200 x 0,79 = 158 bpm indicando que essa pessoa deveria treinar entre 120 e 158 bpm.
  • 47. Considerações básicas e critérios para a elaboração do treinamento aeróbio para lutadores SUJEITO 2 – Treinar usando a Fcreserva (50 e 74% do VO2máx) FC treino = FCrep + [% da FCres x (FCmáx – FCrep)] Assim, considerando freqüência cardíaca de repouso de 60 bpm e máx de 200: Assim, para as intensidades de 50-74% do VO2máx, temos que calcular para 50-74% da FCmáx. Portanto, FC treino1 = 60 + 0,5 (200-60) FCtreino2 = 60 + 0,74 (200-60) FC treino1 = 60 + 0,5 (140) FC treino2 = 60 + 0,74 (140) FC treino1 = 60 + 70 FC treino2 = 60 + 104 FC treino1 = 130 bpm FC treino2 = 164 bpm
  • 48. Corridas, Ciclismo, Natação, Pular Corda, “Boxe Sombra” 1 séries x 15 minutos 80-90% VO2max ou da FC de reserva Não mais que 2 – 3 sessões semanais
  • 49. Considerações básicas e critérios para a elaboração do treinamento aeróbio para lutadores SUJEITO 3 – Treinar usando a PSE(12-13) Escala de Percepção Subjetiva de Esforço de Borg 6 - 7 Muito fácil 8 - 9 Fácil 10 - 11 Relativamente fácil 12 - 13 Ligeiramente cansativo 14 - 15 Cansativo 16 - 17 Muito cansativo 18 - 19 Exaustivo 20 -
  • 50. Atletas bem condicionados Assim, a intensidade deve ser mais elevada (70-80% do VO2máx entre o limiar de lactato e o limiar anaeróbio) intercalada com dias mais leves Recomendação: 1-2 sessões acima de 70% do VO2máx por 20’-30’ 2 sessões entre 60-70% do VO2máx, 30’-60’ durante a semana Em intensidades mais elevadas: 1) a duração dos estímulos – 1 a 5 min, com intervalo 30” e 2’ minutos, respectivamente, com relação esforço:pausa em 1:1, 2:1, 3:1 ou 4:1; 2) A recuperação é ativa (50% do VO2máx ou 65% da FCmáx) 3) Para durações longas (5 min)  6 estímulos; Para durações curtas (1 min)  até 20
  • 51. Atletas bem condicionados Após 6 a 8 meses de exercícios submáximos = sem melhorias no VO2max Recomendação: Incluir de 1 a 2 sessões semanais de alta intensidade Acima da intensidade correspondente ao VO2máx Intensidade a 100 a 120% VO2máx Duração das repetições deve ser de 30” a 5’ ou a 50-60% do tempo limite (Tlim)
  • 52. Atletas bem condicionados Relação E:P deve ser de 1:1 ou 2:1 e a pausa deve ser ativa (50-60% do VO2máx) A recuperação deve ser de 30”-3’ ou 60% Tlim 6-20 séries Sessão com duração de 15-20 min. Esse tipo de trabalho pode ser feito 1-2 vezes por semana  15-40 min
  • 53. Grupo Karatê e Grupo HIT  7 semanas de treino HIT: 5 Treinos de Karatê + 2 HIT de 7-9 séries de 20” de corrida a 140% VO2max com 15” recup. HIT (n=9) KT (n=8) Pré Pós Pré Pós VO2max (mL/kg/min) 58,7±3,1 61,4±2,6* 58,2±3,1 58,1±4,4 Tempo Limite 115,5±20,7 142,8±36,9* 135,7±28,8 128,8±20,9 Intensidade no teste 137,7±7,3 131,6±7,1 138,7±5,6 135,3±6,6 supramáximo (%VO2max)
  • 54. Tabata et al. (1996)  8 séries de 20” : 10” de pausa  Intensidade de 170% do VO2max  Aumentos significativos  no VO2max  na Potência produzida
  • 55. Circuito Específico – Judô (40”x40”) RPE dos Adultos (0-10): Tori  8±1 Uke  4±1 (Baudry; Roux, 2009)
  • 56. 5 rounds x 3 minutos x 1 minuto “Combat Intervals”  5” de golpes no aparador x 5” de rec Limitar o número de combinações  2 Direto + Gancho Uppercut Esquerda + Chute Circular de Direita
  • 57. Circuito Específico – Sanshou (2’x1’) (Villani; Distaso)
  • 58. [La] e PSE no MMA Sujeito [LAC] REP [LAC] Bike PSE Bike [LAC] MMA-EX PSE MMA-EX [LAC] TREINO PSE TREINO [LAC] Pós Luta PSE Pós-Luta 1 4.3 8.1 18-19 17.7 18 16.1 17-18 10,5 13 2 3.5 16.3 17 15.6 17 18.0 18 12.2 15 3 2.4 13.0 19 13.3 17 20.7 19 4 4.8 13.8 19 19.7 17 14.5 15 18.7 18 8 repetições Sombra 2 rounds de 4’ x 1’ de intervalo ou 4 minutos Percussão 20” (max) x Wrestling 10” (submax) Flexões Abdominais Ponte Avanços... (Amtman et al., 2008)
  • 59. Treino Aeróbio Resistência Brock Lesnar
  • 60. R1 / E1: Flexão de Braço Spiderman (60 segundos)
  • 61. R1 / E2: Flexão de Braço Pliométrica (60 segundos)
  • 62. R1 / E3 : Socar o Saco com elásticos (60 segundos)
  • 63. R1 / E4 : Empurrar o Pneu (60 segundos)
  • 64. R1 / E5: Flexão de Braços Alternadas (60 segundos)
  • 65. R2 / E1: Puxada na Barra (60 segundos)
  • 66. R2 / E2: Subida-Descida na Corda (60 segundos)
  • 67. R2 / E4: Barra Fixa (60 segundos)
  • 68. R2 / E5: Manipulação do boneco (60 segundos)
  • 69. R2 / E3: Puxada do Pneu (60 segundos)
  • 70. R3 / E1-5: Aeróbio (60 segundos)
  • 71. R4 / E1: Soco na Jammer Machine (60 segundos)
  • 72. R4 / E2: Marretadas no Pneu (60 segundos)
  • 73. R4 / E3: Arrasto em 4 apoios com elástico (60 segundos)
  • 74. R4 / E4: Medicinebol + Burpee (60 segundos)
  • 75. R4 / E5: Ground & Pound (60 segundos)
  • 76. R5 / = 3º Round: Aeróbios Mais Pesados e Sem Descanso
  • 77.
  • 78. Atletas bem condicionados PROBLEMAS: Treinamento técnico e tático, anaeróbio, de força e potência muscular, Existe dia em que ele esteja totalmente recuperado? Possibilidade: Adaptação do treinamento aeróbio em sessões de técnica e tática Utilizar o treinamento anaeróbio intermitente À medida que o atleta melhora seu componente aeróbio, o trabalho intervalado será o principal modo de continuar a melhorar essa capacidade física. Para isso, o uso de projeções ou luta intervalada (mudando os oponentes a cada 30s com muita movimentação) podem ser utilizados.
  • 79. Cuidados com a execução Execução Correta Execução Errada
  • 80.
  • 82. Cuidados com a execução  Luta
  • 83.
  • 84. PRINCIPAL CARACTERÍSTICA - CURTA DURAÇÃO Prolongamento gera: - Participação aeróbia - Diminuição da intensidade A SESSÃO DE TREINO ANAERÓBIO É INTERMITENTE: (1) intensidade e duração da atividade; (2) intensidade e duração da recuperação; (3) relação esforço-pausa (E:P). ASPECTOS BÁSICOS: (1) a intensidade deve ser maior do que a correspondente ao VO2máx (2) o exercício deve ter duração menor do que 65-75s
  • 85. Esforço : Pausa (Por fase e em %) - JUDO Preparação Pegada Entrada em pé Solo* Intervalo Luta 1 12 ± 4 49 ± 15 4±1 18 ± 13 (7 ± 5) 19 ± 3 Luta 2 13 ± 7 56 ± 9 3±1 11 ± 5 (4 ± 2) 16 ± 6 Luta 3 13 ± 3 49 ± 10 5±2 14 ± 7 (5 ± 1) 19 ± 3
  • 86. VALE LEMBRAR: Estas características temporais trazem importantes implicações fisiológicas  Curtos períodos de atividade intensa com intervalos pequenos (10s) são insuficientes para a ressíntese total de CP  Estão associados à ativação principalmente do metabolismo anaeróbio lático nos estágios iniciais e do metabolismo aeróbio nos estágios finais da luta.
  • 87. BASES PARA PRESCRIÇÃO DO TREINO ANAERÓBIO A ativação dos sistemas de transferência de energia ocorre em um ritmo mais acelerado do que aqueles representados em modelos clássicos presentes em inúmeros livros-texto  a ativação do metabolismo aeróbio ocorre mais rapidamente do que se acreditava anteriormente
  • 89. [Lactato] “Treino é treino, jogo é jogo?” Luta em competição: 13,0 ± 2,1 mM Simulação de luta: 9,8 ± 2,1 mM Sem oposição (25-30 min): 5,2 ± 2,3 mM Leve oposição (15 min): 9,4 ± 2,5 mM (Sikorski, 1985) 1 h: 8,9 ± 0,5 mM (Callister et al., 1990) 3-7x3min/30s: 9,1 ± 1,1 mM (Callister et al., 1991)
  • 90. Karatê Contribuição dos sistemas Aeróbio: 77,8 5,8% Anaeróbio alático: 16,0 4,6% Anaeróbio lático: 6,2 2,4% Gasto energético por luta: 341,0  81,9 kJ (81,4  19,6 kcal)
  • 91. Consideração importante Predomínio da via oxidativa Momentos decisivos da luta, movimentos rápidos de alta intensidade: sistema ATP-CP Baixa solicitação da via glicolítica nas atividades típicas do karate
  • 92. Cálculo das contribuições dos sistemas energéticos DETERMINANTE versus PREDOMINANTE 6% 16% Aeróbico Anaeróbico alático Anaeróbio Lático 78% Lutas de Campeonato Mundial  [LAC] = 11,1 mmol.l-1 (8.7 – 12,7)
  • 93. Contribuição lática e ações por minuto
  • 94. Contribuição alática e ações por minuto
  • 95. Contribuição lática e número da luta
  • 96. [La] durante competição (Lehman, 1997). Campeonato Nacional Austríaco de 1995  9 atletas masculinos 28 combates: 8,17  2,59 mmol.l-1  4 atletas do sexo feminino 15 combates: 8,38  2,53 mmol.l-1
  • 97. [La] durante o treino de karate - Homens 4,5 * * 4,0 3,5 [LA] (mmol.l -1) 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 in in D ta ep E D S m m K- K- A- Ka R 30 5 ec ec R R Mom ento da Mensuração * Diferente do repouso
  • 98. [La] durante o treino de karate - Mulheres 4,0 * * baixa solicitação [LA] (mmol.l ) -1 3,0 da via glicolítica 2,0 1,0 0,0 D in ta E in ep D S K- A- m K- m Ka R 30 5 ec ec R R Momento da mensuração * diferente do repouso
  • 99. Potência e Capacidade Anaeróbias Aspectos Anaeróbios: Metabolismo do Lactato: Exercícios máximos de curta duração Determinação da capacidade aeróbia Perfil metabólico do atleta Um dos fatores a determinar a vitória nas competições As adaptações passam a ser notadas após aproximadamente 8 semanas
  • 100. Potência e Capacidade Anaeróbias
  • 101. COMPONENTE ANAERÓBIO - Avaliação 7 6 5 Wingate: 4 Potência de Pico e Potência Média 3 2 Mulheres Homens Judocas Juvenis Seniores 1 PotMedAbs 215 (53) 304 (67) 404 (41) 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 PotMedRel 3,19 (0,47) 4,69 (0,79) 5,47 (0,7) PotPicoAbs 268 (88) 368 (85) 510 (79) PotPicoRel 3,79 (0,60) 5,69 (1,11) 6,9 (1,27) IF (%) 33,1 (10,7) 37,4 (9,7) 37,5 (11,4) LUTA OLÍMPICA: Diferenças entre atletas de elite e não elite Nível PotMedAbs PotMedRel PotPicoAbs PotPicoRel Elite 376 (21) 5,9 (0,1) 472 (27) 7,48 (0,42) Não Elite 331 (23) 5,2 (0,2) 405 (28) 6,39 (0,45)
  • 102.
  • 103.
  • 104. BASES PARA PRESCRIÇÃO DO TREINO ANAERÓBIO A realização de exercícios com: 1) duração ligeiramente superior a um minuto ou 2) a repetição de algumas séries de exercícios com duração de 30-40s, freqüentemente utilizados no treinamento “anaeróbio”, podem não ter predominância desse metabolismo
  • 105. Potência e Capacidade Anaeróbias Sistema de treinamento anaeróbio (Freitas, 1989) Maior quantidade possível de entradas de golpes durante 10 s, com intervalos de 30 s  10 séries 60 dias (superior a 8 semanas): Evolução para 30 séries sem apresentar sinais de fadiga.
  • 106. Potência e Capacidade Anaeróbias Sistema de treinamento anaeróbio: (Yanagisawa et al., 1994) 3-4 séries 5 tiros 8 segundos cada cicloergômetro  maior intensidade possível, Intervalos de 45 s entre eles - recuperação Freqüência de 2-3 vezes por semana 60 dias (superior a 8 semanas): Intermediários: Aumento de 21,1% na potência de pico anaeróbia Alto Nível: Melhora de 8,1% na potência de pico
  • 107. Freqüência do Estímulo Recuperação de 72h (+18%) melhor comparada à de 24h (-3%) No máximo 3 sessões semanais Duração do Estímulo Curta: Até 10 segundos (+ miosina quinase) Intermediária: 15-45 segundos (+ creatina quinase) (+ fosfofrutoquinase) Duração superior (65-75”) – contribuição aeróbia (+ lactato desidrogenase) e (+ glicogênio fosforilase)
  • 108. Efeito na Aptidão Aeróbia Aumento na atividade da SDH e da CS  CICLO DE KREBS Treinamento intervalado de alta intensidade (30s) e intervalos de 1-2 min tem sido associado ao aumento do VO2máx. Tiros mais longos (45-60”)  - % fibras do tipo IIa e + % fibras I
  • 109. HIPERTROFIA MUSCULAR PROVENIENTE DO TREINAMENTO ANAERÓBIO Não aumenta o tamanho da fibra muscular durante um período de 6-7 semanas, embora o desempenho melhore Quando o treinamento se prolonga por período de 2 a 8 meses, ocorre hipertrofia tanto das fibras tipo I, quanto das fibras II
  • 110. TESTES ESPECÍFICOS DO JUDÔ SÉRIES MÁXIMAS EM 20” - 30” - 40” 45 41 42 Quantidade de entradas 40 35 34 33 31 30 Suj01 30 27 27 Suj02 25 21 21 18 18 20 15 A D A D A D 20s 30s 40s
  • 111. Prescrição A partir de séries máximas Entradas de golpes - 1ª Avaliação --> Pré-12 semanas de treino Tempo 100% 90% 80% 70% 60% 20" 18 16 14 13 11 30" 27 24 22 19 16 40" 33 30 26 23 20 Entradas de golpes - 2ª Avaliação --> Pós-12 semanas de treino Tempo 100% 90% 80% 70% 60% 20" 21 19 17 15 13 30" 31 28 25 22 19 40" 42 38 34 29 25
  • 112. Estímulo Anaeróbio Estímulos Submáximos com intervalos longos (1:3) 15” a 160% do VO2max com 45” de recup passiva Estímulos Máximos curtos c/ intervalos longos (1:8) 30” máximos por 4’ de recuperação passiva (?) Recuperação: Fixa por tempo (3-4’) Parâmetro cardiovascular (120 bpm)
  • 113.  Relação de 1:1 entre esforços e pausas, com aproximadamente 8s para cada período  Relação de 1:6 para os movimentos de alta intensidade (1-5 segundos) e recuperativos
  • 114.  NÍVEL 1  Observação  NÍVEL 2  Técnicas preparatórias ou simples  NÍVEL 3  Interação (trocação) CAMPEONATOS MUNDIAIS LUTAS “FÍSICAS” LUTAS “TÁTICAS” (Arriaza, 2009)
  • 115. KICK-BOXING (Buse, 2009)
  • 116. (1) 7-8 estímulos até a exaustão a uma intensidade que seria equivalente a 170% do VO2máx (2) 3-4 séries de 5 tiros de 8 s na maior intensidade possível com intervalos de 45 s entre os tiros (3) 5 estímulos de exercício supramáximo (all-out) na maior intensidade possível durante 10s, intercalados por 50 s de exercício a 80% do VO2máx