O documento apresenta o currículo de um professor universitário que pesquisa modalidades de luta. Ele discute a importância da aptidão física e técnica em atletas de elite e apresenta estudos sobre as características temporais de diferentes modalidades de luta, mostrando que se tratam de atividades intermitentes. O documento também aborda a contribuição dos sistemas energéticos aeróbio e anaeróbio nessas modalidades e parâmetros para o treinamento aeróbio de lutadores.
1. Prof. Dr. Fabrício Boscolo Del Vecchio
fabricio_boscolo@uol.com.br
Professor Adjunto – ESEF/UFPel
Membro do:
European College of Sport Science
National Strength and Conditioning Research
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte
Comitê Científico do GTT12 – Treinamento Esportivo
Grupo de Saúde Coletiva, Epidemiologia e Atividade Física – FEF/Unicamp
Grupo de Estudos e Pesquisas em Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate –
EEFE/USP
2. Aptidão Física não é Tudo
Atletas de elite têm mais recursos
técnicos do que os de menor nível
competitivo.
Caso dois atletas de mesmo nível
técnico se enfrentem, há maior
possibilidade do mais apto
fisicamente vencer.
3.
4. E os melhores entre os melhores ?
Melhor atleta – número de medalhas nos
Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos
disputados entre 1995 e 2001 (8 mulheres e 9
homens)
Atletas medalhistas, porém não campeões ou
com mais de três conquistas (8 mulheres e 8
homens)
(Franchini et al., 2008)
6. Grupos Super Elite Elite
Masc (n=9) Fem (n= 8) Masc (n=8) Fem (n= 8)
Variáveis
Número de técnicas diferentes 12 4 11 5 10 3 9 4
aplicadas
Número de ≠s projeções aplicadas*† 10 3 9 4 7 3 6 3
Número de ≠s técnicas de solo 1 1 2 2 2 2 2 2
aplicadas
Direções das Projeções* 3.7 0.7 3.8 0.5 3.1 0.8 2.9 1.0
* group effect (P < 0.05); † sex effect (P < 0.05); a) different from elite female group ( P < 0.05)
(Franchini et al., 2008)
7.
8. Número de técnicas diferentes
aplicadas e número de lutas vencidas
Number of different
techniques applied
25
20
15
10
5
0
0 10 20 30
Number of contests won
9. Síntese dos resultados
Alta variação no número e na direção dos
ataques em tachi-waza
Alta especialização na luta de chão
Apenas duas atletas e dois atletas não
obtiveram pontos atacando para quatro
direções
(Franchini et al., 2008)
14. Característica Temporal - Judô
Autores Atividade (s) Pausa (s)
Castarlenas e Planas (1997) 18 9 12 4
Monteiro (1995)
1o min 25,8 7,8 9,5 3,2
2o min 27,0 9,0 10,4 4,5
3o min 27,0 9,7 13,4 7,6
4o min 22,4 9,3 13,2 7,3
5o min 18,9 10,4 13,9 9,0
Sikorski et al. (1987) 30 13
Sterkowicz e Maslej (1998) 25 10
Van Malderen et al. (2006 )
Feminino 19,9 ± 7,3 7,5 ± 6,2
Masculino 18,8 ± 9,0 9,13 ± 5,1
15. Característica Temporal
Karatê
Relação E:P (2:1) 18 6s : 9 6s
16,3 5,1 ações de alta intensidade por
luta, com durações de 1 a 3s cada
3,4 2,0 ações de alta intensidade por min
Beneke et al. (2004)
16. Estrutura temporal karate
Variável 2-min 3-min
Ação intensa curta (s) 0,3 0,1 0,3 0,1
Ação intensa longa (s) 2,1 1,0 1,8 0,4
T. total ataque na luta (s) 13,3 3,3 19,4 5,5
Iide et al. (2008)
17. Característica Temporal
Taekwondo
Variável Primeiro round Segundo round
Tempo de luta (s) 138,6 26,5 143,3 26,7
Tempo de seqüência (s) 25,5 9,8 24,9 8,8
Tempo sem luta (s) 79,1 19,0 72,1 17,1
Tempo de pausa (s) 34,0 32,0 46,3 37,7
(Heller et al., 1998)
18. Característica Temporal
Taekwondo
Contato: 17-18% do tempo total
Sem contato: 57-50% do tempo total
3-5s de atividade de alta intensidade
Razão E:P – 1:3 a 1:4
(Heller et al., 1998)
19. Característica Temporal
Brazilian Jiu Jitsu
Média ± dp
Luta em pé (s) 25 ± 17
Luta no solo (s) 146 ± 119
Repouso (s) 13 ± 6
(Del Veccho et al., 2007)
24. Característica Temporal
Mixed Martial Arts
Valores são MÉDIA (MIN-MAX)
R1 R2 R3
Descanso 10(3-32) 9(4-25) 6(3-17)
Em Pé Forte 7(1-64) 5(1-33) 5(2-30)
Em Pé Fraco 12(1-96) 15(2-97) 10(2-60)
Solo Forte 9(3-84) 10(2-72) 7(3-49)
Solo Fraco 16(3-86) 23(5-122) 17(4-74)
Intervalo 101(68-173) 103(54-141)
Sequência mais comum:
Em Pé Forte–Solo Forte–Solo Fraco–Em Pé Fraco–Solo Fraco–Solo Forte
25. Característica Temporal
Mixed Martial Arts
Freqüência Tempo N %
Até 10s 12 48
11s-20s 7 28
21s-30s 1 4
Mais 30s 5 20
Total 25 100
26. Exercício Intermitente
Fatores que influenciam as respostas ao
exercício intermitente:
intensidade do esforço e da recuperação
duração do exercício e da recuperação
relação esforço : recuperação
(Ballor & Volovsek, 1992)
27. Participação dos sistemas no
exercício intermitente
10 x 6 s na maior intensidade possível
com 30 s de intervalo
No 10º estímulo, a participação % da CP,
é maior ou menor do que no 1º ?
29. Participação % do metabolismo anaeróbio
no 1º e no 10º estímulos (10 x 6s/30s)
Gaitanos et al. (1993)
30. Implicação para as lutas
Realizar séries de com duração de 10s por 30s
de intervalo pode ser um meio interessante de
estressar o sistema ATP-CP, mas com perda de
potência.
Prolongar muito esta atividade pode resultar
em elevada participação oxidativa
33. Participação dos sistemas no
exercício intermitente
3 x 30s na maior intensidade possível com 4 min
de intervalo
Contribuição nos primeiros 30s:
50-55% glicolítico;
23-28% fosfagênios;
16-28% oxidativo
No 3º estímulo, o exercício é mais aeróbio ou
mais anaeróbio?
34. 3 x (30s / 4 min de intervalo)
Terceiro estímulo
CP: 15%
A glicogenólise/glicólise: 15%
Sistema oxidativo: 70%
Trump et al. (1996)
38. Metabolismos
Aeróbio
Movimentações, Deslocamentos, Esforços
ao final do combate
Anaeróbio Lático
Disputas de Pegadas, Entradas de Golpes
sucessivos e Bloqueios
Anaeróbio Alático
Quebras de pegadas, Golpes únicos
39. Modalidades de Luta
Treinamento Contínuo
Treinamento Intervalado
Velocidade
Força/Potência
Potência Anaeróbia
40. A potência anaeróbia pode ser aprimorada com:
Treinamento intervalado de alta intensidade
Treinamento de potência muscular
Treinamento de força muscular
A potência aeróbia pode ser aprimorada com
Treinamento intervalado
Treinamento contínuo
Como o treinamento intervalado de alta
intensidade contribui para ambos sistemas, deve
ser o principal regime de treinamento dos
lutadores
(Buse, 2009)
41.
42. Por quê a potência e capacidade
aeróbias são relevantes nas lutas?
1) Ajudariam os atletas a manterem uma
intensidade elevada durante toda a luta;
2) Contribuiriam para que eles retardem o
aparecimento de concentrações elevadas de
metabólitos associados à fadiga (H+ e fosfato
inorgânico);
3) Ajudariam na maior recuperação entre os
combates
43. O desenvolvimento da potência
aeróbia tem sido associado com
estratégias de luta que visam à
manutenção da intensidade durante
todo o combate, com definição em
seus momentos finais
(Garriod et al., 1995)
44. Considerações básicas e critérios para a elaboração
do treinamento aeróbio para lutadores
TREINO VISANDO AO AUMENTO DA:
POTÊNCIA OU CAPACIDADE AERÓBIA
**INICIANTES**
incremento na carga do treinamento aeróbio deve ser de
2-3% a cada semana
ACSM:
realização de exercício contínuo (gasto de 2000 kcal/semana)
aumento de 5-10% no VO2máx nas primeiras semanas
Praticado 3x/semana, duração de 20 minutos por sessão,
intensidade de 50% do VO2máx OU 60% da FCmax
(intensidade do limiar de lactato ou 60% da Fcmax)
45. Considerações básicas e critérios para a elaboração
do treinamento aeróbio para lutadores
Critérios comumente utilizados para a prescrição do exercício aeróbio
contínuo e respectivas relações de equivalência (Adap. de Pollock e Wilmore)
VO2máx FC reserva FC máxima PSE
< 30% < 30% < 35% <9
30-49% 30-49% 35-59% 10-11
50-74% 50-74% 60-79% 12-13
75-84% 75-84% 80-89% 14-16
FC = freqüência cardíaca.
Duas pessoas se exercitando em um mesmo
percentual do VO2máx podem estar em velocidades
diferentes em relação ao limiar anaeróbio ([LAC])
46. Considerações básicas e critérios para a elaboração
do treinamento aeróbio para lutadores
SUJEITO 1 – Treinar entre 50 e 74% do VO2máx
Freqüência cardíaca máxima de 200 bpm,
Deve treinar em intensidade entre 60 e 79% da FCmax.
Portanto,
200 x 0,60 = 120 bpm
200 x 0,79 = 158 bpm
indicando que essa pessoa deveria treinar entre 120 e 158 bpm.
47. Considerações básicas e critérios para a elaboração
do treinamento aeróbio para lutadores
SUJEITO 2 – Treinar usando a Fcreserva (50 e 74% do VO2máx)
FC treino = FCrep + [% da FCres x (FCmáx – FCrep)]
Assim, considerando freqüência cardíaca de repouso de 60 bpm e máx de
200:
Assim, para as intensidades de 50-74% do VO2máx, temos que calcular
para 50-74% da FCmáx.
Portanto,
FC treino1 = 60 + 0,5 (200-60) FCtreino2 = 60 + 0,74 (200-60)
FC treino1 = 60 + 0,5 (140) FC treino2 = 60 + 0,74 (140)
FC treino1 = 60 + 70 FC treino2 = 60 + 104
FC treino1 = 130 bpm FC treino2 = 164 bpm
48. Corridas, Ciclismo,
Natação, Pular Corda,
“Boxe Sombra”
1 séries x 15 minutos
80-90% VO2max ou da FC de reserva
Não mais que 2 – 3 sessões semanais
49. Considerações básicas e critérios para a elaboração
do treinamento aeróbio para lutadores
SUJEITO 3 – Treinar usando a PSE(12-13)
Escala de Percepção Subjetiva de Esforço de Borg
6 -
7 Muito fácil
8 -
9 Fácil
10 -
11 Relativamente fácil
12 -
13 Ligeiramente cansativo
14 -
15 Cansativo
16 -
17 Muito cansativo
18 -
19 Exaustivo
20 -
50. Atletas bem condicionados
Assim, a intensidade deve ser mais elevada
(70-80% do VO2máx entre o limiar de lactato e o limiar anaeróbio)
intercalada com dias mais leves
Recomendação:
1-2 sessões acima de 70% do VO2máx por 20’-30’
2 sessões entre 60-70% do VO2máx, 30’-60’ durante a semana
Em intensidades mais elevadas:
1) a duração dos estímulos – 1 a 5 min, com intervalo 30” e 2’ minutos,
respectivamente, com relação esforço:pausa em 1:1, 2:1, 3:1 ou 4:1;
2) A recuperação é ativa (50% do VO2máx ou 65% da FCmáx)
3) Para durações longas (5 min) 6 estímulos;
Para durações curtas (1 min) até 20
51. Atletas bem condicionados
Após 6 a 8 meses de exercícios submáximos
= sem melhorias no VO2max
Recomendação:
Incluir de 1 a 2 sessões semanais de alta intensidade
Acima da intensidade correspondente ao VO2máx
Intensidade a 100 a 120% VO2máx
Duração das repetições deve ser de 30” a 5’
ou a 50-60% do tempo limite (Tlim)
52. Atletas bem condicionados
Relação E:P deve ser de 1:1 ou 2:1 e a pausa deve ser
ativa (50-60% do VO2máx)
A recuperação deve ser de 30”-3’ ou 60% Tlim
6-20 séries
Sessão com duração de 15-20 min.
Esse tipo de trabalho pode ser feito 1-2 vezes por
semana 15-40 min
53. Grupo Karatê e Grupo HIT 7 semanas de treino
HIT: 5 Treinos de Karatê + 2 HIT de
7-9 séries de 20” de corrida a 140% VO2max com 15” recup.
HIT (n=9) KT (n=8)
Pré Pós Pré Pós
VO2max (mL/kg/min) 58,7±3,1 61,4±2,6* 58,2±3,1 58,1±4,4
Tempo Limite 115,5±20,7 142,8±36,9* 135,7±28,8 128,8±20,9
Intensidade no teste
137,7±7,3 131,6±7,1 138,7±5,6 135,3±6,6
supramáximo (%VO2max)
54. Tabata et al. (1996)
8 séries de 20” : 10” de pausa
Intensidade de 170% do VO2max
Aumentos significativos
no VO2max
na Potência produzida
55. Circuito Específico – Judô
(40”x40”)
RPE dos Adultos (0-10):
Tori 8±1
Uke 4±1
(Baudry; Roux, 2009)
56. 5 rounds x 3 minutos x 1 minuto
“Combat Intervals” 5” de golpes no aparador x 5” de rec
Limitar o número de combinações 2
Direto + Gancho
Uppercut Esquerda + Chute Circular de Direita
76. R5 / = 3º Round:
Aeróbios Mais Pesados e Sem Descanso
77.
78. Atletas bem condicionados
PROBLEMAS:
Treinamento técnico e tático, anaeróbio, de força e potência muscular,
Existe dia em que ele esteja totalmente recuperado?
Possibilidade:
Adaptação do treinamento aeróbio em sessões de técnica e tática
Utilizar o treinamento anaeróbio intermitente
À medida que o atleta melhora seu componente aeróbio, o trabalho
intervalado será o principal modo de continuar a melhorar essa
capacidade física.
Para isso, o uso de projeções ou luta intervalada (mudando os oponentes a
cada 30s com muita movimentação) podem ser utilizados.
79. Cuidados com a execução
Execução
Correta
Execução
Errada
84. PRINCIPAL CARACTERÍSTICA
- CURTA DURAÇÃO
Prolongamento gera: - Participação aeróbia
- Diminuição da intensidade
A SESSÃO DE TREINO ANAERÓBIO É INTERMITENTE:
(1) intensidade e duração da atividade;
(2) intensidade e duração da recuperação;
(3) relação esforço-pausa (E:P).
ASPECTOS BÁSICOS:
(1) a intensidade deve ser maior do que a correspondente ao VO2máx
(2) o exercício deve ter duração menor do que 65-75s
86. VALE LEMBRAR:
Estas características temporais trazem importantes implicações
fisiológicas
Curtos períodos de atividade intensa com intervalos
pequenos (10s) são insuficientes para a ressíntese total de CP
Estão associados à ativação principalmente do metabolismo
anaeróbio lático nos estágios iniciais e do metabolismo aeróbio
nos estágios finais da luta.
87. BASES PARA PRESCRIÇÃO DO TREINO ANAERÓBIO
A ativação dos sistemas de transferência de
energia ocorre em um ritmo mais acelerado do
que aqueles representados em modelos
clássicos presentes em inúmeros livros-texto
a ativação do metabolismo aeróbio ocorre
mais rapidamente do que se acreditava
anteriormente
89. [Lactato]
“Treino é treino, jogo é jogo?”
Luta em competição: 13,0 ± 2,1 mM
Simulação de luta: 9,8 ± 2,1 mM
Sem oposição (25-30 min): 5,2 ± 2,3 mM
Leve oposição (15 min): 9,4 ± 2,5 mM
(Sikorski, 1985)
1 h: 8,9 ± 0,5 mM
(Callister et al., 1990)
3-7x3min/30s: 9,1 ± 1,1 mM
(Callister et al., 1991)
91. Consideração importante
Predomínio da via oxidativa
Momentos decisivos da luta, movimentos
rápidos de alta intensidade: sistema ATP-CP
Baixa solicitação da via glicolítica nas
atividades típicas do karate
92. Cálculo das contribuições dos sistemas energéticos
DETERMINANTE versus PREDOMINANTE
6%
16%
Aeróbico
Anaeróbico alático
Anaeróbio Lático
78%
Lutas de Campeonato Mundial
[LAC] = 11,1 mmol.l-1 (8.7 – 12,7)
96. [La] durante competição
(Lehman, 1997).
Campeonato Nacional Austríaco de 1995
9 atletas masculinos
28 combates: 8,17 2,59 mmol.l-1
4 atletas do sexo feminino
15 combates: 8,38 2,53 mmol.l-1
97. [La] durante o treino de
karate - Homens
4,5 * *
4,0
3,5
[LA] (mmol.l -1)
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
in
in
D
ta
ep
E
D
S
m
m
K-
K-
A-
Ka
R
30
5
ec
ec
R
R
Mom ento da Mensuração
* Diferente do repouso
98. [La] durante o treino de
karate - Mulheres
4,0
* * baixa solicitação
[LA] (mmol.l )
-1
3,0 da via glicolítica
2,0
1,0
0,0
D
in
ta
E
in
ep
D
S
K-
A-
m
K-
m
Ka
R
30
5
ec
ec
R
R
Momento da mensuração
* diferente do repouso
99. Potência e Capacidade Anaeróbias
Aspectos Anaeróbios:
Metabolismo do Lactato:
Exercícios máximos de curta duração
Determinação da capacidade aeróbia
Perfil metabólico do atleta
Um dos fatores a determinar a vitória
nas competições
As adaptações passam a ser notadas após
aproximadamente 8 semanas
104. BASES PARA PRESCRIÇÃO DO TREINO ANAERÓBIO
A realização de exercícios com:
1) duração ligeiramente superior a um minuto ou
2) a repetição de algumas séries de exercícios com
duração de 30-40s,
freqüentemente utilizados no treinamento “anaeróbio”,
podem não ter predominância desse metabolismo
105. Potência e Capacidade Anaeróbias
Sistema de treinamento anaeróbio (Freitas, 1989)
Maior quantidade possível de entradas de golpes durante
10 s, com intervalos de 30 s 10 séries
60 dias (superior a 8 semanas):
Evolução para 30 séries sem apresentar sinais de fadiga.
106. Potência e Capacidade Anaeróbias
Sistema de treinamento anaeróbio:
(Yanagisawa et al., 1994)
3-4 séries
5 tiros
8 segundos cada
cicloergômetro maior intensidade possível,
Intervalos de 45 s entre eles - recuperação
Freqüência de 2-3 vezes por semana
60 dias (superior a 8 semanas):
Intermediários: Aumento de 21,1% na potência de pico
anaeróbia
Alto Nível: Melhora de 8,1% na potência de pico
107. Freqüência do Estímulo
Recuperação de 72h (+18%) melhor comparada à de 24h (-3%)
No máximo 3 sessões semanais
Duração do Estímulo
Curta: Até 10 segundos
(+ miosina quinase)
Intermediária: 15-45 segundos
(+ creatina quinase)
(+ fosfofrutoquinase)
Duração superior (65-75”) – contribuição aeróbia
(+ lactato desidrogenase) e (+ glicogênio fosforilase)
108. Efeito na Aptidão Aeróbia
Aumento na atividade da SDH e da CS
CICLO DE KREBS
Treinamento intervalado de alta intensidade (30s)
e intervalos de 1-2 min tem sido associado ao
aumento do VO2máx.
Tiros mais longos (45-60”)
- % fibras do tipo IIa e + % fibras I
109. HIPERTROFIA MUSCULAR
PROVENIENTE DO TREINAMENTO ANAERÓBIO
Não aumenta o tamanho da fibra muscular durante
um período de 6-7 semanas, embora o desempenho
melhore
Quando o treinamento se prolonga por período de 2
a 8 meses, ocorre hipertrofia tanto das fibras tipo I,
quanto das fibras II
110. TESTES ESPECÍFICOS DO JUDÔ
SÉRIES MÁXIMAS EM
20” - 30” - 40”
45
41 42
Quantidade de entradas
40
35 34
33
31
30 Suj01
30
27 27 Suj02
25
21 21
18 18
20
15
A D A D A D
20s 30s 40s
111. Prescrição
A partir de séries máximas
Entradas de golpes - 1ª Avaliação --> Pré-12 semanas de treino
Tempo 100% 90% 80% 70% 60%
20" 18 16 14 13 11
30" 27 24 22 19 16
40" 33 30 26 23 20
Entradas de golpes - 2ª Avaliação --> Pós-12 semanas de treino
Tempo 100% 90% 80% 70% 60%
20" 21 19 17 15 13
30" 31 28 25 22 19
40" 42 38 34 29 25
112. Estímulo Anaeróbio
Estímulos Submáximos com intervalos longos (1:3)
15” a 160% do VO2max com 45” de recup passiva
Estímulos Máximos curtos c/ intervalos longos (1:8)
30” máximos por 4’ de recuperação passiva (?)
Recuperação:
Fixa por tempo (3-4’)
Parâmetro cardiovascular (120 bpm)
113. Relação de 1:1 entre esforços e
pausas, com aproximadamente 8s
para cada período
Relação de 1:6 para os movimentos
de alta intensidade (1-5 segundos) e
recuperativos
114. NÍVEL 1 Observação
NÍVEL 2 Técnicas preparatórias ou simples
NÍVEL 3 Interação (trocação)
CAMPEONATOS MUNDIAIS
LUTAS “FÍSICAS” LUTAS “TÁTICAS”
(Arriaza, 2009)
116. (1) 7-8 estímulos até a exaustão a uma intensidade
que seria equivalente a 170% do VO2máx
(2) 3-4 séries de 5 tiros de 8 s na maior intensidade
possível com intervalos de 45 s entre os tiros
(3) 5 estímulos de exercício supramáximo (all-out) na
maior intensidade possível durante 10s, intercalados
por 50 s de exercício a 80% do VO2máx