Pct criticos para estudantes de enfermagem voltado a tecnicos em enfermagem, com ênfase em assistência a saúde. Nele é possivel entender como funciona a assistência ao paciente critico, paciente em cuidados paleativos, assistencia com dispositivos e mecanimos utilizados na UTI e CTI nos hospitais de média e alta complexidade seja em serviços privados ou publicos. Inicialmente o tratamento era realizado em salas especiais, adjacentes às salas de cirurgias, sendo o acompanhamento conduzido pelo cirurgião e, posteriormente, pelo anestesista.
Com o passar do tempo, foi atribuído a enfermeiros e à equipe a responsabilidade direta pela observação e tratamento clínico dos pacientes de risco.
É Constituída por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, equipamentos sofisticados e principalmente de pacientes graves. A principal finalidade da UTI é a preservação da vida do paciente.
Nem todo paciente grave necessita ser internado na Terapia Intensiva. O internamento em UTI não está baseado apenas na gravidade do quadro clínico, é preciso que haja possibilidade de reversão da doença apresentada pelo paciente, ou seja não se encontre na fase final da doença.
3. HISTÓRIA E ENFERMAGEM
A enfermagem, enquanto profissão, teve início na Inglaterra, no
século XIX, com o trabalho de Florence Nightingale, recrutando e
treinando um grupo de mulheres para colaborarem nos cuidados e
na higiene dos soldados feridos durante a Guerra da Criméia (1854-
l856).
Nessa época, também com Florence
Nightingale, surgiu a idéia de classificar
os doentes de acordo com o grau de
dependência, dispondo-os nas
enfermarias, de tal maneira que os mais
graves ficassem próximos à área de
trabalho das enfermeiras, para maior
vigilância e melhor atendimento.
4. HISTÓRIA E ENFERMAGEM
Com o avanço dos procedimentos cirúrgicos, a necessidade de
maiores cuidados ao paciente, durante o período pósoperatório
imediato, levou ao desenvolvimento das unidades especiais de
terapia.
Inicialmente o tratamento era realizado em salas especiais,
adjacentes às salas de cirurgias, sendo o acompanhamento
conduzido pelo cirurgião e, posteriormente, pelo anestesista.
Com o passar do tempo, foi atribuído a enfermeiros e à equipe a
responsabilidade direta pela observação e tratamento clínico dos
pacientes de risco.
5. HISTÓRIA E ENFERMAGEM
As Unidades de terapia intensiva (UTI) nasceram da necessidade de
oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes
que porventura possuam chances de sobreviver.
A unidade de terapia intensiva é a área responsável por cuidar dos
pacientes graves que se encontram internados no Hospital.
6. HISTÓRIA E ENFERMAGEM
É Constituída por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem,
fisioterapeutas, equipamentos sofisticados e principalmente de
pacientes graves. A principal finalidade da UTI é a preservação da
vida do paciente.
Nem todo paciente grave necessita ser internado na Terapia
Intensiva. O internamento em UTI não está baseado apenas na
gravidade do quadro clínico, é preciso que haja possibilidade de
reversão da doença apresentada pelo paciente, ou seja não se
encontre na fase final da doença.
7. HISTÓRIA E ENFERMAGEM
Na UTI é comum o paciente estar conectado a vários aparelhos, que
monitorizam ou substituem sistemas orgânicos, todos estes
equipamentos dispõe de indicadores sonoros, para alertar a equipe
da UTI, a respeito das modificações que ocorrem com o paciente.
Embora seja desconfortável é
extremamente importante para
a segurança do paciente.
8. CONCEITO DE UTI
As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) foram criadas a partir da
necessidade de atendimento ao paciente cujo estado crítico exigia
assistência e observação contínua de médicos e enfermeiros.
Tal preocupação teve início com Florence Nightingale, durante a
guerra da Criméia no século XIX, que procurou selecionar indivíduos
mais graves, acomodando-os de forma a favorecer o cuidado
imediato.
A unidade de terapia intensiva é um conjunto de elementos que
funcionam de forma agrupada, que se destina a atender pacientes
graves ou em situação de risco, que necessitam de assistência
médica e de enfermagem continuamente, além de equipamentos e
recursos humanos especializados.
9. CONCEITO DE UTI
A UTI desempenha um papel fundamental para a chance de
sobrevida de pacientes gravemente enfermos, sejam estes vítimas
de traumas ou qualquer outro tipo de doença vital. A incorporação
de tecnologia advinda da informática tem permitido o
desenvolvimento e a modernização de vários equipamentos de
monitorizarão dos diversos sistemas fisiológicos do organismo
humano, desde ventiladores mecânicos com a incorporação de
vários modos de assistência respiratória completa ou parcial, até
bombas de infusão com o controle mais exato da dosagem dos
medicamentos e de seus diluentes.
10. CONCEITO DE UTI
A terapia intensiva é única entre as especialidades médicas. O que a
diferencia das outras especialidades é que, enquanto estas buscam
estreitar o foco de interesse em um único sistema orgânico, em uma
terapia em particular ou mesmo em um grupo etário em particular,
a terapia intensiva está voltada a pacientes com ampla variedade de
doenças, que têm como denominador comum a sua gravidade ou o
potencial para desenvolver graves complicações a partir da própria
moléstia ou do seu tratamento.
11. CONCEITO DE UTI
A multiplicidade de doenças observada em uma população
gravemente enferma requer um conhecimento abrangente das
manifestações e dos mecanismos da doença.
A gravidade da doença exige uma abordagem do paciente,
considerada, ao mesmo tempo, específica e global, e dependente
do acúmulo de dados bem integrados.
12. CONCEITO DE UTI
De modo geral, os ‘intensivistas’, assim chamados os praticantes da
terapia intensiva, são, em sua maioria, especialistas em
pneumologia, cardiologia, nefrologia, anestesiologia, e cirurgia.
Entretanto, a habilidade para praticar uma terapia intensiva efetiva
depende dos princípios do manejo do paciente em medicina interna
e cirurgia. Neste sentido, conforme advogam Bongard; Sue (2005), a
terapia intensiva deve ser considerada não como uma
especialidade, mas como uma filosofia de cuidados ao paciente.
13. CONCEITO DE UTI
Os estudos mostram que os intensivistas em tempo integral
melhoram o desfecho do paciente. Entretanto, é importante
observar que pode haver o argumento de que práticas médicas
locais, interações entre médicos de cuidados básicos,
subespecialistas, intensivistas, fatores relacionados ao paciente,
enfermagem e suporte auxiliar podem desempenhar um papel
muito maior na determinação do desfecho.
Os princípios gerais da terapia intensiva serão apresentados nesta
seção, assim como alguns roteiros para aqueles que são
responsáveis pelas UTIs.
14. IMPORTÂNCIA DA UTI
A terapia intensiva envolve o cuidado de pacientes com doenças
graves e com risco de vida. Então, é esperado que esses indivíduos
apresentem, ou estejam na iminência de apresentar, a disfunção de
um ou mais sistemas orgânicos. São pacientes que têm tendência a
desenvolver, por exemplo, insuficiência renal, respiratória ou
cardíaca mais facilmente do que outros tipos de pacientes.
Além disso, existem relações causais claras entre a falência de um
sistema orgânico e a falência de outros, como a insuficiência
cardíaca, contribuindo para a insuficiência renal, ou a insuficiência
renal associada à acidose metabólica, disfunção plaquetária e
hipocalcemia.
15. IMPORTÂNCIA DA UTI
O tratamento da falência orgânica também tem um papel na
complexa interação entre os sistemas orgânicos. Por exemplo, a
ventilação mecânica de pacientes com insuficiência respiratória
contribui para a diminuição do débito cardíaco e, como
consequência, a disfunção renal, a gastrintestinal e a do sistema
nervoso central.
Múltiplas medicações são prescritas com frequência, cada uma
necessária para o tratamento de um aspecto específico do
problema do paciente, quanto maior o número de drogas.
16. EXTRUTURA FÍSICA DA UTI
Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige
conhecimento das normas dos agentes reguladores, experiência dos
profissionais de terapia intensiva, que estão familiarizados com as
necessidades específicas da população de pacientes.
Revisões periódicas devem ser
consideradas na medida que a
prática da terapia intensiva
evolui.
17. EXTRUTURA FÍSICA DA UTI
O projeto deve ser abordado por um grupo multidisciplinar,
composto de diretor médico, enfermeiro chefe da UTI, arquiteto
principal, administrador hospitalar e engenheiros. Esse grupo deve
avaliar a demanda esperada da UTI baseado na avaliação dos
pontos de fornecimento de seus pacientes, nos critérios de
admissão e alta, e na taxa esperada de ocupação.
É necessária uma análise dos
recursos médicos, de pessoal de
suporte (enfermagem, fisioterapia,
nutricionista, psicólogo e assistente
social) e da disponibilidade dos
serviços de apoio (laboratório,
radiologia, farmácia e outros).
18. EXTRUTURA FÍSICA DA UTI
A UTI dede ser uma área geográfica distinta dentro do hospital.
Quando possível, deve ter acesso controlado, sem trânsito para os
outros departamentos. A sua localização deve ter acesso direto e
ser próxima de: elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico,
sala de recuperação pós-
anestésica, unidades
intermediárias de terapia
e serviços laboratório e
radiologia.
19. NÚMERO DE LEITOS
A população do hospital é quem determina o número de leitos
necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada para
os pacientes gravemente doentes em um hospital. Além deste,
outros fatores tais como: a quantidade de cirurgias, o grau de
compromisso com os cuidados intensivos pela administração do
hospital, médicos e enfermeiros, e os recursos institucionais.
Um método empírico comumente abordado pelos autores é que um
hospital geral deve destinar 10% da sua capacidade de leitos para
UTI.
20. NÚMERO DE LEITOS
Uma UTI deve compor, no mínimo, cinco leitos, em hospitais com
capacidade para cem ou mais leitos. Uma instalação com menos de
cinco leitos se torna impraticável e onerosa, tendo o seu
rendimento insatisfatório no que diz respeito ao atendimento. Do
ponto de vista funcional, o ideal a ser considerado é de oito a doze
leitos por unidade.
21. FORMA DA UNIDADE
Os leitos de UTI podem estar dispostos em área comum (tipo
vigilância), em quartos fechados ou área mista.
• Unidades em área comum:
Este tipo de espaço proporciona a observação contínua do
paciente, no qual é indicada a separação dos leitos por divisórias
laváveis, que proporcionam relativa privacidade.
22. FORMA DA UNIDADE
• Unidades em quarto fechado:
Estas áreas devem ser dotadas de painéis de vidro, de modo a
facilitar a observação dos pacientes, sendo necessária uma central
de monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de
onda eletrocardiógrafa e frequência cardíaca.
Recomendam-se, ainda, em cada instalação de saúde, as salas de
isolamento de compressão positiva e negativa, que irão depender,
principalmente, da população de pacientes e dos requisitos do
departamento de saúde pública.
23. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Áreas de pacientes
De acordo com os especialistas em UTI, nestas áreas, os pacientes
devem ficar localizados de modo que a visualização direta ou
indireta se possível durante todo o tempo, permitindo a
monitorização do seu estado em função das circunstancias de rotina
e de emergência.
O projeto ideal deve ser aquele
que permita uma linha direta
de visão entre o paciente e o
posto de enfermagem.
24. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Áreas de pacientes
Em relação à sobrecarga auditiva nas UTIs, o Conselho Internacional
de Ruído recomenda que o nível de ruído não ultrapasse 45dB(A)
durante o dia, 40dB(A) durante a noite e 20dB(A) durante a
madrugada. Recomenda-se a utilização de pisos que absorvam os
sons, levando-se em conta os aspectos de manutenção do controle
das infecções hospitalares, dos
equipamentos e sua
movimentação. Além disso, as
paredes e tetos devem ser
construídos com material de alta
capacidade de absorção acústica.
25. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Posto de enfermagem
O posto de enfermagem deve ser centralizado, com, no mínimo, um
para cada doze leitos, e prover uma área confortável, de tamanho
suficiente para acomodar todas as funções da equipe de trabalho,
com dimensões mínimas de 8m2.
Cada posto deve ser servido
por uma área de serviços
destinada ao preparo de
medicação, com dimensão
mínima de 8m2, e ser
localizado anexo ao posto de
enfermagem.
26. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Posto de enfermagem
Deve haver iluminação adequada de teto, para tarefas específicas,
energia de emergência, instalação de água fria, balcão, lavabo, um
sistema funcional de estocagem de medicamentos, materiais e
soluções e um relógio de parede.
No caso da utilização de sistemas informatizados, é necessário um
espaço para terminais de computador e impressoras. Deve ser
previsto um espaço para colocar os gráficos de registros médicos e
de enfermagem, que devem ser armazenados em prateleiras ou
armários, de modo que possam ser facilmente acessados por todas
as pessoas que requeiram o seu uso.
27. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Sala de utensílios limpos e sujos
Estas salas devem ser separadas e não interligadas. Seus pisos
devem ser cobertos com materiais sem emendas ou junções, de
modo a facilitar a limpeza. Utiliza-se a sala de utensílios limpos para
armazenar suprimentos
limpos e esterilizados,
podendo, ainda, acondicionar
roupas limpas. As prateleiras
e os armários para
armazenagem devem estar
em locais acima do solo, para
facilitar a limpeza do piso.
28. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Sala de utensílios limpos e sujos
A sala de expurgo (materiais sujos) deve
ser localizada fora da área de circulação da
unidade. Pode ter uma pia e um tanque,
ambos com torneiras misturadoras de água
fria e quente, para desinfecção e preparo de
materiais. Deve ser projetada para abrigar
roupa suja antes de encaminhar ao destino,
dispor de mecanismos para descartar itens
contaminados com substâncias e fluidos
corporais. Recipientes especiais devem ser
providenciados para descartar agulhas e
outros objetos perfurocortantes.
29. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Sala de utensílios limpos e sujos
Para desinfecção dos materiais não descartáveis, são necessários
dois recipientes com tampa, um para materiais de borracha e vidro
e outro para materiais de inox, ou uma máquina processadora.
Banheiro dos pacientes:
O banheiro dos pacientes deve ser localizado na área de internação
da unidade (geral) ou anexo ao quarto (isolamento). Todos os
banheiros e sanitários de pacientes internados devem ter duchas
higiênicas e chuveiro.
30. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Sala de serviços gerais:
Destinada à guarda de materiais e soluções utilizadas na limpeza e
desinfecção da Unidade. Deve ser provida de tanque e prateleiras
suspensas.
Sala de procedimentos especiais:
Sua localização deve ser dentro ou adjacente à UTI, podendo
atender às diversas UTIs próximas. Deve ser de fácil acesso, com
tamanho suficiente para acomodar os equipamentos e as pessoas
necessárias. As capacidades estruturais devem ser compatíveis com
serviços fornecidos pela UTI.
31. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Sala de armazenamento de equipamentos:
É importante que seja planejada uma área para guardar os
equipamentos que não estão em uso ativo, de fácil acesso e espaço
adequado para pronta localização e remoção do equipamento
desejado. Devem ser previstas tomadas elétricas aterradas em
número suficiente para permitir a recarga dos equipamentos que
operam com bateria.
32. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Laboratório:
Todas as UTIs devem ter serviço de laboratório clínico disponível
vinte e quatro horas por dia. Quando o laboratório central do
hospital não puder atender as necessidades da UTI, um laboratório
satélite dentro da UTI (ou adjacente) deve ser capaz de fornecer os
testes químicos e hematológicos mínimos, incluindo análises de
gases do sangue arterial.
33. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Sala de reuniões:
É importante que uma área distinta ou separada, porém próxima de
cada UTI ou grupos de UTIs, seja preparada para reuniões entre os
profissionais de saúde, para que possam observar, armazenar
registos médicos, estudar e discutir os casos dos pacientes. Deve ter
um negatoscópio ou carrossel de tamanho adequado, para permitir
a observação simultânea de uma série de radiografias.
34. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Área de descanso dos funcionários:
Ao planejar uma UTI (ou agrupamento de UTIs), deve-se prever uma
sala de descanso, ligada a esta por um sistema de
intercomunicação. Um local privado, confortável, com ambiente
descontraído, contendo sanitários masculino e feminino, dotados de
chuveiro e armários. Além disto, deve ter uma copa, com
instalações adequadas, utensílios eletrodomésticos.
35. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Conforto médico:
O centro médico deve ser próximo à área de internação, de fácil
acesso, com instalações sanitárias e chuveiro. A sala deve ser ligada
à UTI por telefone e/ou sistema de intercomunicação.
Sala de estudos:
Uma sala de estudos para equipe multidisciplinar da UTI deve ser
planejada para educação continuada, ensino dos funcionários ou
aulas multidisciplinares sobre terapia dos pacientes. Devem estar
previstos também recursos audiovisuais, equipamentos
informatizados interativos para autoaprendizado e referências
médicas, enfermagem e outros.
36. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Recepção da UTI:
Cada UTI ou agrupamento de UTIs deve ter uma área para controlar
o acesso de visitantes. A sua localização deve ser planejada de
modo que os visitantes se identifiquem antes de entrar. Por ser uma
unidade de acesso restrito, é desejável que a entrada para os
profissionais de saúde, seja separada dos visitantes, e que tenha um
sistema de intercomunicação com as áreas da UTI efetivo.
37. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Sala de espera de visitantes:
A sala de espera e visitantes é uma área indispensável e deve ser
localizada próximo de cada UTI ou agrupamento de UTIs. É
destinada aos familiares de pacientes, enquanto aguardam
informações ou são preparados para visita na unidade. O acesso de
visitantes deve ser controlado pela recepção.
Um bebedouro e sanitários devem ser localizados dentro da área ou
próximo a ela. São desejáveis para este ambiente cores vivas,
carpete, janelas, iluminação indireta e suave. Devem ser previstos
telefones públicos, sofás, cadeiras retas e reclináveis, terminais de
circuito interno de TV e materiais educativos.
38. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Rota de transporte de pacientes:
Os corredores utilizados para transportar os pacientes devem ser
separados daqueles utilizados pelos visitantes. O transporte dos
pacientes deve ser rápido e a privacidade preservada. Quando
necessário, o uso de elevadores, deve ser previsto um tamanho
superdimensionado e separado do acesso público.
39. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Corredores de suprimento e serviço:
Em cada UTI deve ser planejado um corredor com 2,4 metros,
portas com abertura no mínimo 0,9 metros, permitindo fácil acesso.
A circulação exclusiva para itens sujos e limpos é uma medida
dispensável.
O transporte de material contaminado pode ser por meio de
quaisquer ambiente e cruzar com material esterilizado ou mesmo
com o paciente, sem risco algum, uma vez que esteja acondicionado
em carros fechados, com tampa e técnica adequada. O
revestimento do piso deve ser resistente a trabalho pesado e
permitir que os equipamentos com rodas se movam sem
dificuldades.
40. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Módulo de pacientes:
Os módulos dos pacientes devem ser projetados para apoiar todas
as funções necessárias de saúde. A área de cada leito deve ser
suficiente para conter todos os equipamentos e permitir livre
movimentação da equipe para atender às necessidades de terapia
do paciente.
41. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Segundo as Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde:
• o quarto fechado para adulto ou adolescente deve ter dimensão
mínima de 12 m2, com distância de 1,0 metro entre paredes e leito,
exceto cabeceira.
• A área coletiva deve ter dimensões mínimas para 10 m2, distância de
1,0 metro entre paredes e 2,0 metros entre leitos. O quarto de
isolamento é recomendável, e deve ser dotado de banheiro privativo e
de área específica para recipientes estanques de roupa limpa e suja e
de lavatório.
• Na ausência de isolamento, o quarto privativo tem flexibilidade para,
sempre que for requerida proteção coletiva, operar como isolamento.
42. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
No projeto da UTI, um ambiente que minimize o stress do paciente
e dos funcionários deve ser planejado, incluindo iluminação natural
e vista externa. As janelas são aspectos importantes de orientação
sensorial e o maior número possível das salas deve ter janelas, para
indicação de dia/noite. Para controlar o nível de iluminação, podem-
se utilizar cortinas, toldos externos, vidros pintados ou reflexivos.
43. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Outros recursos para melhorar a orientação sensorial dos pacientes:
• Provisão de calendário, relógio, rádio, televisão e ramal
telefônico. A instalação de TV deve ficar fora do alcance dos
pacientes e o equipamento deve ser operado por controle
remoto.
• Privacidade dos pacientes. O uso de persianas, cortinas, biombos
e portas controla o contato do paciente com a área ao redor.
• Uma poltrona deve estar disponível à beira do leito para visita de
familiares. A escolha das cores das paredes proporciona descanso
e propicia ambiente tranquilo.
44. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Serviços de utilidade
Uma UTI deve ter recursos que propiciem segurança para os
pacientes e funcionários, sob condições normais e de emergência.
Cada unidade deve ser provida de eletricidade, água, vácuo clínico,
oxigênio, ar comprimido e devem atender as normas mínimas ou os
códigos dos agentes reguladores ou credenciadores.
Quando localizadas adequadamente,
permitem fácil acesso à cabeceira do
paciente, facilitando o atendimento
de urgência. Se o sistema de colunas
não for viável, os serviços de
utilidades podem ser fornecidos no
painel de cabeceira.
45. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Recursos humanos:
Toda UTI, em suas 24 horas de funcionamento, deve dispor de:
• Um médico plantonista para cada dez leitos, responsável pelo
atendimento na UTI e semi-intensiva, quando existente;
• Um enfermeiro para cada turno de trabalho;
• Um técnico de enfermagem para cada dois leitos de UTI adulto ou
pediátrico e um técnico de enfermagem para cada leito de UTI-
neonatal;
• Um fisioterapeuta;
• Um auxiliar de serviços diversos/secretária;
• Um funcionário exclusivo para serviços de limpeza.
46. ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Recursos humanos:
Os plantonistas da UTI que não apresentarem título de especialista
em medicina intensiva devem possuir, no mínimo, estágio ou
experiência profissional comprovada pela Associação de Medicina
Intensiva Brasileira (Amib) de, pelo menos, um ano na área.
47. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
Uma unidade de terapia intensiva tem algumas características
peculiares: a gravidade dos pacientes internados, a ênfase no
conhecimento técnico-científico e na tecnologia, a ansiedade dos
pacientes e familiares, a possibilidade, muitas vezes tão próxima, da
ocorrência da morte, dentre outras.
48. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
Tais características nos levam a refletir acerca dos valores éticos e
humanos que envolvem o cuidar em terapia intensiva, nos
propondo alguns questionamentos:
• Nesse local é possível pensar em formas de participação do
paciente?
• Como é considerado o homem?
• As técnicas invasivas e os recursos tecnológicos respondem a
que necessidades do ser humano?
• E possível humanizar esse serviço de saúde?
• Que direitos podem ser garantidos aos pacientes de terapia
intensiva?
49. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
A bioética pode ser compreendida como o estudo interdisciplinar
dos problemas gerados pelo progresso da tecnologia (em nível de
relação individual, institucional ou de estrutura social), das suas
repercussões e de seus sistemas de valores. A bioética considera o
home como um ser que tem autonomia sobre si e não como um
simples objeto.
AUTONOMIA: capacidade que
tem a racionalidade humana
de fazer leis para si mesma,
podendo se autogovernar,
escolher, dividir, avaliar.
50. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
No Brasil, de forma geral, o usuário do sistema de saúde exerce
minimamente essa autonomia, predominando uma relação na qual
o profissional de saúde, uma vez observado como o dono do saber
técnico-científico, impõe ao cliente as suas receitas, as suas ordens,
cuidados e conselhos.
Essa situação acaba por fortalecer uma cultura profissional que
valoriza o paciente passivo, "o bonzinho", aquele que não reclama,
que não pergunta sobre o tratamento, que não exige ser bem
tratado. Cultura esta que se acentua na medida em que o paciente
torna-se grave, menos capaz de cuidar de si mesmo, ou seja, de se
autogovernar.
51. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
Os pacientes em UTI, muitas vezes,
ficam impedidos de falar, de se
expressar com mais clareza, devido
a presença de tubos, aparelhos de
ventilação artificial, sedação, coma,
dentre outros aspectos, perdendo o
poder de controlar o seu próprio
corpo quanto aos cuidados diários
de higiene, vestimentas,
alimentação, movimentação,
dependendo completamente dos
cuidados dos profissionais de saúde.
dependendo completamente dos
cuidados dos profissionais de saúde.
52. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
Além de monitorização completa e vigilância 24 horas, ainda é
função da UTI amenizar sofrimentos, tais como a dor e a falta de ar.
Independentemente do prognóstico, é importante proporcionar
conforto adequado respeitando a dignidade e autodeterminação de
cada pessoa internada.
É importante observar também o uso dos recursos tecnológicos, tão
necessários à manutenção da vida, porém os profissionais não
devem se esquecer de que jamais a máquina substituirá a essência
humana.
53. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
É possível resgatar a totalidade da
pessoa humana, a partir de outro
olhar para o paciente de UTI, que
ultrapassa a lógica racional, a detecção
de sinais e sintomas que se diferem
dos padrões de normalidade, ou seja,
é preciso mudar a visão pela qual
esses pacientes são reduzidos apenas
à vida biológica, a um corpo a ser
manipulado, pois os procedimentos
executados e os aparelhos utilizados,
respondem a algumas necessidades
biológicas, mas não às necessidades
individuais que cada pessoa tem.
54. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
O cuidar técnico em UTI se
torna complexo em muitos
aspectos. Um banho, uma
mudança de decúbito, uma
higiene oral são procedimentos
razoavelmente simples, mas
que exigem ainda mais
cuidados, principalmente, tendo
em vista a atenção para que
esses procedimentos não lesem
o paciente, por exemplo,
desconectando-o da máquina
que no momento dá
sustentação à vida dele.
55. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
Contudo, durante os procedimentos, devemos dedicar o devido
respeito ao paciente, explicar o procedimento que será realizado,
bem como sua finalidade, mesmo que, aparentemente, ele não
esteja escutando.
O fato de ele não poder naquele
momento, queixar-se da forma
com a qual o profissional de
saúde lhe presta assistência, não
dá este o direito de tratá-lo mal,
ou como se fosse apenas um
trabalho a realizar, ignorando
que ali está um ser humano,
lutando para sobreviver.
56. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
Na literatura de enfermagem, principalmente a partir da década de
80, revelam-se preocupações com respeito à privacidade do
paciente, à assistência psicoespiritual, à presença dos familiares, às
informações acerca da gravidade, dos riscos e prognósticos, entre
outros aspectos.
Entretanto, esses cuidados não devem ser oferecidos como um
cuidado extra, prestados, às vezes, a alguns pacientes. O fato de o
paciente não poder perceber o que está se passando à sua volta,
não dá ao profissional de saúde o direito, por exemplo, de realizar o
banho no leito sem preservar sua privacidade, pois assim estaria
violando um direito do paciente, pelo fato de não poder exercer sua
autonomia naquele momento, além de apresentar uma postura
antiética.
57. ÉTICA, BIOÉTICA EM TERAPIA INTENSIVA
A gravidade, a dependência, o medo da morte e do desconhecido
podem tornar o paciente “desligado” dos seus próprios direitos
enquanto paciente hospitalizado e pessoa humana, tendo o seu
corpo totalmente entregue aos profissionais de saúde. Cabe a estes
zelar por esse corpo como se fosse o próprio, como gostariam que
agissem consigo ou com um
ente querido seu, caso
vivenciasse a mesma situação.
Sendo assim, a ética
profissional é imprescindível
para a qualidade da
assistência ao paciente
gravemente enfermo.
58. HUMANIZAÇÃO EM UTI
Para Terra e Gomes (2015),
humanizar a UTI significa
cuidar do paciente como um
todo, envolvendo o contexto
familiar e social.
Esta é uma prática que deve
incorporar os valores, as
esperanças, os aspectos
culturais e as preocupações
de cada um.
59. HUMANIZAÇÃO EM UTI
Trata-se de um conjunto de medidas englobando o ambiente físico,
o cuidado dos pacientes e seus familiares e as relações entre a
equipe de saúde. Estas intervenções visam, sobretudo, tornar
efetiva a assistência ao indivíduo criticamente doente,
considerando-o como um todo bio-psico-sócio-espiritual.
Entende-se por humanização o ato ou efeito de humanizar. Não se
trata de uma técnica ou de uma arte, como afirmam Terra e Gomes
(2015). É um processo que perpassa todas as atividades de um local
e de pessoas que lidam com o paciente, lhe ofertando o tratamento
merecido, dentro das circunstâncias peculiares nas quais cada um se
encontra naquele momento de sua internação.
60. HUMANIZAÇÃO EM UTI
O paciente internado na UTI necessita
de cuidados de excelência, voltados
não apenas para os problemas
fisiopatológicos, mas também para as
questões psicossociais, ambientais e
familiares que se tornam intimamente
interligadas à doença física.
A essência da enfermagem em unidade de
terapia intensiva não está no ambiente ou
nos equipamentos especiais, mas no
processo de tomada de decisões, baseado
na sólida compreensão das condições
fisiológicas e psicológicas do paciente.
61. HUMANIZAÇÃO EM UTI
Para que haja humanização total em uma UTI, três diferentes
aspectos devem ser considerados:
• O ambiente físico;
• O cuidado com o paciente e seus familiares;
• A atenção ao profissional da equipe.
62. HUMANIZAÇÃO EM UTI
A humanização e o ambiente físico em UTI:
Para que uma unidade de terapia intensiva se apresenta de forma
mais humana, devem ser observados os seguintes aspectos:
• Cores leves nas paredes e portas tornam o ambiente mais
tranquilo.
• Proporcionar ambiente calmo e silencioso, minimizando ao
máximo os ruídos dos equipamentos e da equipe.
• Presença de janelas, que permitam ver o azul do céu, a luz do
sol e o verde das árvores.
63. HUMANIZAÇÃO EM UTI
A humanização e o ambiente físico em UTI:
• Garantir bom espaço entre os leitos, para facilitar o trabalho dos
profissionais, além de maior privacidade para o paciente.
• Separar pacientes mais
graves para que os
conscientes não vejam ou
ouçam as intervenções
que se processam ao seu
redor, gerando menos
ansiedade.
64. HUMANIZAÇÃO EM UTI
O cuidado com o paciente e a família:
Os profissionais que atuam em unidades de terapia intensiva devem
estar atentos aos seguintes cuidados:
• O envolvimento com o paciente e a família é um pré-requisito
essencial para humanizar.
• Adotar comportamento de compaixão, solidariedade e ajuda, no
sentido de promover o bem, visando o bem-estar do paciente, a
sua integridade moral e a sua dignidade como pessoa.
65. HUMANIZAÇÃO EM UTI
• Oferecer informações e
conscientização dos familiares sobre
a doença e o tratamento ao qual o
paciente está sendo submetido,
avaliando suas necessidades e o
grau de satisfação em relação aos
cuidados prestados.
O cuidado com o paciente e a família:
• É a atitude de conversar, ouvir, tocar o paciente, identificá-lo
pelo nome. Reconhecê-lo como uma pessoa que está passando
por uma fase difícil de doença, necessitando de cuidados
humanos, além dos técnicos, com uma dose de sentimento.
66. ATENÇÃO AO PROFISSIONAL DA EQUIPE
A equipe de enfermagem está, provavelmente, exposta a um nível
maior de estresse que qualquer outra do hospital, porque deve lidar
não somente com a assistência a seus pacientes e familiares, mas
também com suas próprias emoções e conflitos.
Neste sentido, “deve-se cuidar de quem cuida”, afirmam os autores,
evitando as manifestações do estresse, como fadiga física e
emocional, tensão e ansiedade, geradas comumente em uma UTI e
como condição necessária para aumentar a qualidade do cuidado
prestado.
67. ATENÇÃO AO PROFISSIONAL DA EQUIPE
É importante que a equipe tenha uma remuneração justa, sala de
descanso para os plantonistas, atendimento psicológico e participe
de palestras educativas.
A solução para a humanização
está na equipe de saúde, que
deve mostrar seu lado humano
a cada procedimento e, acima
de tudo, que tem sentimentos,
que são conscientes dos
desafios a serem enfrentados e
dos limites a serem transpostos.
68. CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA
As indicações para admissão e alta da UTI são atribuições exclusivas
do médico intensivista, que deve observar:
• Paciente grave ou de risco, com probabilidade de sobrevida e
recuperação.
• Paciente em morte cerebral, por tratar-se de potencial doador
de órgãos.
69. CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA
São considerados graves ou de risco os pacientes portadores de:
• Patologias cardiovasculares como: angina instável de alto risco,
infarto agudo do miocárdio, choque, arritmias complexas,
emergências hipertensivas, recuperação pós parada
cardiorrespiratória entre outras.
• Patologias respiratórias como: insuficiência respiratória aguda,
embolia pulmonar com instabilidade, necessidade de
fisioterapia respiratória intensiva, hemoptise maciça entre
outras.
• Patologias neurológicas como: coma, hipertensão intracraniana
com potencial herniação, desordens neuromusculares graves,
acidente vascular cerebral com sensório rebaixado entre outras.
70. CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA
São considerados graves ou de risco os pacientes portadores de:
• Patologias toxicológicas como: instabilidade hemodinâmica,
insuficiência respiratória ou convulsão após uso de drogas.
• Patologias gastrointestinais como: perfuração esofagiana,
hemorragia gastrointestinal complicada, insuficiência hepática
fulminante, pancreatite grave entre outras.
• Patologias endócrinas como: cetoacidose diabética complicada
e crise adrenal instável entre outras.
71. CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA
Pacientes pós-operados requerendo
monitorização contínua, suporte
hemodinâmico, suporte ventilatório
ou cuidados intensivos de
fisioterapia e enfermagem devem
permanecer na UTI.
Alguns indicadores clínicos também
são levados em consideração
durante os critérios de admissão do
paciente. Por exemplO: pulso < 40
ou > 150 bpm, PAS < 80 ou 20
mmhg abaixo do usual PAD > 120
mmhg ou FR > 35 rpm. Balão de Sengstaken-
Blakemore
72. CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA
Grandes queimaduras (maior que 10% do corpo) e indicadores
laboratorias como desequilíbrio hidroeletrolíticos severo também
são situações em que o paciente pode ser admitido na UTI.
O paciente deve ter alta da UTI tão logo cessadas as causas que
justificaram sua internação, podendo, a critério do médico, ser
encaminhado para a unidade de tratamento semi-intensivo.
73. NUTRIÇÃO
O estado nutricional tem um importante papel na recuperação de
paciente crítico. A extensão da perda da massa muscular do peso
são inversamente proporcionais à sobrevida em longo prazo.
Entretanto, já a nutrição parenteral convencional nesse indivíduo
não tem demonstrado produção de anabolismo, a moderação do
estado catabólico pode ser uma estratégia mais efetiva.
Esta seção discute o uso do suporte nutricional convencional e o
papel das novas técnicas nutricionais utilizados o UTI.
74. NUTRIÇÃO
Suporte Nutricional ao Paciente Crítico
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) inclui o paciente cujo
organismo se encontra em intensa atividade metabólica devido à
mobilização de proteínas para reparo de tecidos lesados e
fornecimento de energia para a recuperação dos sistemas afetados,
entre outras alterações que causam intenso catabolismo, levando à
redução dos nutrientes e sendo, portanto, necessário o correto
suporte nutricional ao paciente grave.
75. NUTRIÇÃO
Ao ser hospitalizado, o paciente geralmente apresenta algum grau
de desnutrição proteico-calórica, que normalmente se acentua no
transcorrer da internação, como consequência de diferentes
fatores.
Para pacientes admitidos em UTI, o processo de desnutrição é o
mais frequente e agravado no decurso da internação, pois
geralmente evolui para o quadro de hipermetabolismo.
76. NUTRIÇÃO
O suporte nutricional de pacientes em tratamento intensivo tem
objetivos específicos, tais como atingir o equilíbrio nitrogenado e
conseguir um aumento ou normalidade na síntese proteica
hepática, sem exceder a oferta de calorias e nutrientes.
Dessa forma, tenta-se, com o suporte nutricional, evitar a má
nutrição e diminuir a perda de peso. Tendo em vista o risco
nutricional do paciente em UTI, é fundamental que haja o
estabelecimento de uma oferta nutricional adequada para o
controle da desnutrição e suas consequências.
77. NUTRIÇÃO
As implicações da desnutrição sobre a evolução das doenças em
pacientes hospitalizados são relatadas como fatores que contribuem
para a morbidade e a mortalidade.
Estudos demonstram que a perda de peso em seus diferentes graus,
eleva o risco de infecção, e diminui o processo de cicatrização. Ao
avaliar risco e o benefício do suporte nutricional, conclui-se que ele
sempre tem sido um fator benéfico.
Assim, nos dias atuais é inaceitável deixar um paciente sem tal
suporte, tornando obrigatória a sua introdução precoce.
78. NUTRIÇÃO
A terapia nutricional deve ser iniciada entre 24 e 48 horas após
admissão em pacientes hemodinamicamente estáveis, ou seja,
precocemente. A ingestão por via oral raramente ocorre nesses
pacientes, sendo mais comum a nutrição por via enteral.
A nutrição enteral consiste na administração de nutrientes por meio
de sondas nasogástrica (introduzida pelo nariz, com posicionamento
no estômago) ou (nasoenteral) introduzida pelo nariz, com
posicionamento no duodeno ou jejuno ou por gastrostomia ou
jejunostomia.
79. NUTRIÇÃO
A terapia nutricional deve ser iniciada entre 24 e 48 horas após
admissão em pacientes hemodinamicamente estáveis, ou seja,
precocemente. A ingestão por via oral raramente ocorre nesses
pacientes, sendo mais comum a nutrição por via enteral.
A nutrição enteral consiste na administração de nutrientes por meio
de sondas nasogástrica (introduzida pelo nariz, com posicionamento
no estômago) ou (nasoenteral) introduzida pelo nariz, com
posicionamento no duodeno ou jejuno ou por gastrostomia ou
jejunostomia.
80. NUTRIÇÃO
A nutrição enteral (NE) é indicada nos casos em que o paciente
esteja impossibilitado de alimentar-se espontaneamente por meio
de refeições normais.
Por outro lado, a nutrição parenteral pode ser usada para
complementar a enteral ou como único meio de aporte de
nutrientes, especialmente quando não há o funcionamento
adequado do trato digestório e seu uso não é seguro.
81. NUTRIÇÃO
É oportuno lembrar que a nutrição parenteral não é um método
substitutivo das outras medidas terapêuticas que devem ser
utilizadas no tratamento da doença básica ou complicações
associadas. Ela deve ser interrompida tão logo seja possível a
realimentação adequada do doente pela via digestiva.
A nutrição parenteral pode ser central, que é aquela administrada
por veia de grande calibre, geralmente a subclávia ou jugular
interna, que chega diretamente ao coração, e periférica, quando
administrada por meio de uma veia menor, geralmente da mão ou
antebraço.
82. NUTRIÇÃO
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta Enteral
Observam-se a seguir os cuidados necessários, relativos à
enfermagem na administração da dieta enteral.
• Verificar rótulo observando: nome do paciente, composição da
solução e gotejamento;
• Orientar o paciente;
• Lavar as mãos antes e depois da administração da dieta;
• Testar a sonda para verificar a localização correta;
• Elevar o decúbito do cliente ao administrar dieta por sonda de
30 a 60min após o término da alimentação;
• Fixar a sonda corretamente;
83. NUTRIÇÃO
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta Enteral
• Testar o refluxo. Se houver refluxo menor ou igual à metade do
volume da dieta, deve-se desprezar o refluxo e infundir a dieta. Se
houver refluxo maior ou igual à metade do volume da dieta, deve-
se devolver o refluxo e infundir a dieta, descontando esse volume.
Se houver refluxo maior ou igual ao volume total da dieta, não se
deve infundir o refluxo e fazer uma pausa;
• Infundir a dieta no tempo prescrito, calculando o gotejamento;
• Administrar a dieta a uma temperatura morna ou temperatura
ambiente;
• Após o término da administração de dietas, deve-se sempre lavar
a sonda com no mínimo 20 ml de água filtrada em push ou sob
infusão;
84. NUTRIÇÃO
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta Enteral
• Em caso de gastrostomia e jejunostomia, atentar para os
cuidados com as sondas e seus respectivos curativos;
• Manter a inserção da sonda limpa e seca, trocando a cobertura
diariamente e cada vez que estiver suja ou molhada, limpando a
pele ao redor da sonda com água e sabão;
• Lavar diariamente a região da inserção com água e sabão.
85. NUTRIÇÃO
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta Parenteral
Os cuidados necessários à enfermagem na administração da dieta
parenteral são observados a seguir.
• Verificar rótulo observando: nome do paciente, composição da
solução e gotejamento;
• Orientar o paciente;
• Proceder à inspeção visual da Nutrição Parenteral antes de sua
administração, atentando para mudança na coloração, ou
presença de corpo estranho.
• Manter a nutrição parenteral sob refrigeração entre 2 a 8 graus
em refrigerador específico para medicamentos.
86. NUTRIÇÃO
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta Parenteral
• Atentar para validade da nutrição parenteral
• Avaliar e assegurar a instalação da Nutrição Parenteral
observando as informações contidas no rótulo, confrontando-as
com a prescrição médica.
• Lavar as mãos antes e depois da administração da dieta;
• Assegurar a infusão do volume prescrito, através do controle
rigoroso do gotejamento, de preferência com uso de bomba de
infusão.
• Manter a via venosa central exclusiva para a infusão de NPT,
mantendo a permeabilidade;
87. NUTRIÇÃO
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta Parenteral
• Detectar, registrar e comunicar à enfermeira ou o médico
responsável pelo paciente as intercorrências de qualquer ordem
técnica e/ou administrativa.
• Garantir o registro claro e preciso de informações relacionadas à
administração e à evolução do paciente, quanto ao: peso, sinais
vitais, balanço hídrico e glicemia, entre outros.
• Observar o máximo de rigor para com as técnicas de assepsia e
antissepsia, no manuseio do instrumental e frascaria quando do
preparo das soluções nutritivas finais;
88. NUTRIÇÃO
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta Parenteral
• Administrar a nutrição parenteral por meio de uma veia de
grande diâmetro, geralmente subclávia ou jugular interna, que
chega diretamente ao coração quando possui uma osmolaridade
maior que 800 mOm/L.
• Administrar a nutrição parenteral por uma veia menor,
geralmente na mão ou no antebraço, quando a concentração da
osmolaridade e menor que 800 mOm/L.
• Realizar curativo com técnica asséptica a cada 24 horas ou de
acordo a necessidade utilizando solução estabelecida pelo
protocolo da unidade no acesso central;
89. NUTRIÇÃO
Cuidados de Enfermagem na Administração da Dieta Parenteral
• Observar o local da inserção quanto à fixação do cateter, edema,
dor, rubor, hiperemia e presença de secreção;
• Confirmar a localização central do cateter (RX) antes de iniciar a NP.
• Assegurar que qualquer outra droga e/ou nutriente prescritos, não
sejam infundidos na mesma via de administração da Nutrição
Parenteral, sem a autorização formal do médico responsável pelo
paciente.
90. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS
NECESSIDADES DO PACIENTE CRÍTICO
Nesta seção serão observadas a mensuração da pressão venosa
central (PVC), a intubação endotraqueal, a aspiração traqueal, troca
e fixação do cadarço da cânula endotraqueal, troca e conjunto de
cânula de traqueostomia de metal, heparinização de cateteres,
coleta de amostra de sangue arterial, e o curativo de acesso venoso
central.
91. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
A mensuração da pressão venosa central (PVC) é um método
acurado da estimação da pressão de enchimento do ventrículo
direito, de grande relevância na interpretação de sua função.
O método de mensuração da PVC com coluna de água, devido à sua
extrema simplicidade e baixo custo, é bastante popular e
largamente utilizado, dispensando transdutores eletrônicos
sofisticados.
92. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Uma vez utilizada de maneira criteriosa e, sempre que possível,
associada a outros parâmetros clínico e hemodinâmico, a PVC é
um dado extremamente útil na avaliação das condições
cardiocirculatórias de pacientes em estado crítico.
93. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Para a mensuração da PVC, deve ser observado o posicionamento
de um cateter em veia central (veia cava superior), comumente
utilizando-se de punção percutânea de veia subclávia ou veia
jugular interna.
Este procedimento é realizado
pelo médico. É checado
radiologicamente para se
certificar de que o cateter
esteja bem posicionado.
94. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Para a mensuração da PVC, pode ser utilizado um manômetro de
água graduado em cm ou um transdutor eletrônico calibrado em
mmHg. Espera-se que haja oscilação da coluna d'água ou do gráfico
no monitor, acompanhando os movimentos respiratórios do
paciente.
95. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Materiais necessários para monitorar uma PVC em coluna de água:
• 01 equipo de monitorização de PVC;
• 01 frasco de solução fisiológica (100 ou 250 ml);
• Fita adesiva;
• Régua de nível.
96. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Para montar o sistema de água, observam-se os seguintes
procedimentos:
• Separar o material e levá-lo até o paciente.
• Abrir o equipo e conectá-lo à solução fisiológica, retirando todo
o ar do equipo (das duas vias). Colocá-lo em um suporte para
soluções e aguardar.
• Com a régua de nível, encontrar a linha "zero" de referência e
marcar no suporte de soluções a altura encontrada na linha
"zero".
• Fixar a fita graduada (vem junto ao equipo), começando no nº. -
10-, deixando-a completamente estendida.
97. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Para montar o sistema de água, observam-se os seguintes
procedimentos:
• Pegar o equipo e fixa-lo
junto ao nº. -10- a região do
equipo em que ele se divide
em duas vias.
• A via mais longa irá ser
conectada no paciente. A via
curta deve ser fixada junto à
fita graduada, de modo que
fiquem juntos: essa via, o
prolongamento simples do
equipo e a fita graduada.
98. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Encontrando o ‘zero’ de referência da PVC:
São utilizados 03 pontos de referência para se medir pressões
intravasculares. 05 cm abaixo do ângulo esternal, o próprio ângulo
esternal, e a linha axilar média (a mais utilizada).
As equipes devem estabelecer
uma rotina padronizada,
quando vão realizar as
mensurações de pressão
intravascular, para que sejam
mais precisas e confiáveis as
medidas da PVC.
99. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Encontrando o ‘zero’ de referência da PVC:
Coloca-se o paciente em decúbito dorsal horizontal. Encontra-se a
linha "zero" a partir da linha axilar média, observando em que
número se encontra diante à escala do equipo de PVC. Soares
(2013) afirma que é importante encontrar o "zero" todas as vezes
em que se forem realizar as medidas, pois existem algumas camas
que têm regulagem de altura, e pode ter sido alterada).
100. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Encontrando e registrando o valor da PVC:
Para encontrar e registrar o valor da PVC devem ser observados os
seguintes procedimentos.
• Seguir todos os passos para se encontrar o valor "zero" da PVC.
• Abrir o equipo para que se preencha a via da coluna graduada
com solução fisiológica. Abrir a via do paciente, fazendo descer
a solução da coluna graduada, observando até que entre em
equilíbrio com a pressão venosa central, anotando-se esse valor.
• Diminuir o valor com o valor do "zero" de referência e se tem o
valor da PVC.
101. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Encontrando e registrando o valor da PVC:
102. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Cuidados importantes:
Verifique se existem outras soluções correndo no mesmo acesso
venoso central. Caso ocorra, feche todas, deixando apenas a via do
equipo da PVC. Ao término da aferição, retorne o gotejamento
normal das outras infusões (caso existam). Outras infusões alteram
o valor real da PVC.
103. MENSURAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA
CENTRAL (PVC)
Cuidados importantes:
Fique atento aos valores da PVC. Valores muito baixos podem
indicar baixa volemia, e valores muito altos, sobrecarga hídrica. De
forma geral, a coluna d'água ou as curvas em monitor oscilam de
acordo com a respiração do paciente.
Caso isso não ocorra, investigue a possibilidade de o cateter estar
dobrado ou não totalmente pérvio. O balanço hídrico é importante.
Registre a cada 24 horas na folha de controle hídrico, o volume de
solução infundido nas aferições da PVC.
104. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
Este procedimento é realizado por médicos. Entretanto, é papel da
enfermagem auxiliar o profissional médico com a organização do
material e durante o procedimento. Para tanto, o conhecimento
acerca do método se faz necessário.
A intubação endotraqueal
consiste em substituir, durante
certo tempo, as vias
respiratórias superiores do
paciente por um tubo flexível
provido de um balão próximo a
sua extremidade, que se insufla
a partir do exterior, até ocupar a
região traqueal correspondente.
105. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
Este procedimento este os seguintes materiais:
• Fonte de oxigênio, conexão, manômetro-fluxômetro com água
bidestilada pelo nível indicado pelo recipiente.
• Máscara de oxigênio corretamente insuflada, tapando o nariz e
a boca do paciente para o ventilar antes de proceder à
intubação endotraqueal.
• Ventilador manual tipo ambu, dispositivo de ventilação ou
reservatório de oxigênio, permitindo ventilar o paciente até
concentrações de 100% de oxigênio.
• Laringoscópio com lâminas de diferentes tamanhos.
• Ponto de vácuo, conexões, aspirador, sondas de aspiração de
diferentes calibres.
106. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
Este procedimento este os seguintes materiais:
• Tubo oral ou nasal de calibre adequado ao paciente.
• Fio guia para facilitar a introdução do tubo.
• Pinças de Magyll, para dirigir facilmente o tubo nasotraqueal até
a traqueia ou se a intubação oral se mostrar difícil.
• Lubrificante hidrossolúvel.
• Tubo de Guedel (ou de Mayo, ou cânula orofaríngea), para evitar
que o paciente morda o tubo uma vez intubado oralmente, ou
como meio de aspirar as secreções bucais. O paciente apresenta
hipersecreção salivar.
• Seringas descartáveis para administrar medicação, testar o balão
do tubo e enchê-lo.
107. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
Este procedimento este os seguintes materiais:
• Luvas estéreis e de procedimento.
• Medicação: sedativos, relaxantes de ação rápida que favorecem
a ação rápida do tubo.
• Ventilador: verificando as conexões e tendo programados os
parâmetros ventilatórios.
• Carro de urgência, com tábua de massagem cardíaca.
108. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
Para a execução do procedimento, devem ser executados os passos
listados a seguir.
1) Explicar o procedimento ao paciente, segundo o seu nível de
consciência e capacidade de compreensão.
2) Verificar o funcionamento de todo o material: a integridade do
tubo, não permitindo escapes de ar.
3) Baixar a cama do paciente, para deixar espaço à pessoa que vai
fazer o procedimento.
4) Posicionar o paciente, cama na horizontal, em decúbito dorsal.
5) Introduzir o laringoscópio na boca do paciente e realizar a aspiração
das secreções orais.
109. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
6) O médico deve visualizar a glote e introduzir o tubo até a traqueia,
com ou sem ajuda do fio-guia, conforme a dificuldade que se
apresente.
7) Uma vez no local, e desde o exterior, deve-se insuflar o balão para
isolar a via respiratória.
8) Verificar a correta localização do tubo mediante a ausculta de
ambos os campos pulmonares com o estetoscópio, para despistar uma
intubação seletiva do brônquio direito.
9) Fixar bem o tubo.
10) Conectar o paciente ao ventilador, verificando as conexões, os
alarmes e a melhoria ventilatória.
11) Proceder as aspiração de secreções sempre que necessário.
110. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Este tipo de procedimento é realizado por fisioterapeutas, enfermeiros
e técnicos em enfermagem. Tem como finalidade técnica, manter as
vias áreas livres e permeáveis, garantir a ventilação e oxigenação
adequadas e prevenir complicações no quadro clínico geral do
paciente, provocadas por acúmulo de secreções nos pulmões.
111. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
A aspiração traqueal exige os materiais listados a seguir.
• Bandeja auxiliar contendo: - 2 pares de luvas estéreis;
• Sonda de aspiração (nº4 a 10 para crianças e nº10 a 14 para
adultos);
• Ampola de água destilada; Máscara facial;
• Seringa de 20ml com proteção; Gazes;
• Ambu conectado à rede de oxigênio com extensão de látex;
• Um frasco com água comum;
• Um saco plástico pequeno (tipo bolsa de colostomia);
• Rede de gases testada (vácuo, ar comprimido e oxigênio);
• Frasco coletor de secreções com extensão de látex estéril;
• Aspirador elétrico e Óculos (apenas se necessário, para ambos);
112. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Os procedimentos para a aspiração traqueal devem levar em conta
os passos descritos a seguir.
1- Lavar as mãos.
2- Explicar o procedimento e finalidade ao paciente.
3- Reunir o material
4- Colocar máscara a óculos se necessário.
5- Verificar tipo de característica da respiração e condições dos
batimentos cardíacos. Observar o paciente encontra-se em ventilação
mecânica (assistida ou controlada) ou espontânea.
6- Utilizar sonda de aspiração compatível com o número da sonda
endotraqueal do paciente.
7- Abrir a embalagem da sonda de aspiração esterilizada e conecta-la
à extremidade do látex.
113. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Os procedimentos para a aspiração traqueal devem levar em conta
os passos descritos a seguir.
8- Ventilar o paciente três vezes consecutivas, utilizando o próprio
respirador mecânico, caso trate-se de respirador a volume, com uma
FIO2 de 100; ou com ambu e oxigênio a 100% (cinco litros), caso se
trate de respirador à pressão.
9- Calçar luvas
10- Desconectar o respirador com a mão esquerda ou solicitar que um
segundo elemento o faça.
11- Apanha a sonda de aspiração e ligar o aspirador.
12- Introduzir a sonda de aspiração com a mão direita no tubo
endotraqueal na FASE INSPIRATORIA mantendo o látex pressionando
com a mão esquerda.
114. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Os procedimentos para a aspiração traqueal devem levar em conta
os passos descritos a seguir.
13- Despressionar o látex para criação de sucção; e simultaneamente,
com a mão direita, fazer movimentos circulares lentos na sonda de
aspiração, trazendo-a para fora do tubo endotraqueal:
Fazer a aspiração de três a cinco segundos na fase expiratória
até no máximo cinco vezes, utilizando a mesma sonda.
Não ultrapassar 15 segundos no total de sucção (incluindo as
cinco vezes).
Para a sucção do brônquio direito, voltar a cabeça do paciente
para o lado esquerdo. Para a sucção do brônquio esquerdo,
voltar a cabeça do paciente para o lado direito.
115. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Os procedimentos para a aspiração traqueal devem levar em conta
os passos descritos a seguir.
14- Suspender a aspiração e ventilar o paciente quando ocorrer
arritmias, cianose e sangramento.
15-Repetir as operações dos itens 13 e 14 vezes necessárias e de
acordo com as condições clínicas do paciente.
16- Religar o respirador mecânico ou o nebulizador no paciente,
desligar o aspirador de secreções, com a mão esquerda e desprezar a
sonda de aspiração.
17- Lavar a extensão do látex no final do ciclo de aspirações, aspirando
a água do frasco.
116. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Os procedimentos para a aspiração traqueal devem levar em conta
os passos descritos a seguir.
18- Realizar aspiração orofaríngea, com uma nova sonda, procedendo
da seguinte forma: Introduzir a sonda alternadamente em cada narina
e na boca até a faringe, mantendo o látex sob sucção; e
simultaneamente, fazer movimentos circulares com a sonda de
aspiração.
19- Desprezar a sonda de aspiração e desligar o aspirador de
secreções.
20- Retirar a luva e lavar as mãos.
21- Auscultar os pulmões do paciente após a aspiração.
22- Lavar as mãos.
117. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Os procedimentos para a aspiração traqueal devem levar em conta
os passos descritos a seguir.
23- Recompor a unidade e recolher o material.
24- Deixar o paciente em ordem.
25- Anotar no prontuário o procedimento feito e eventuais
anormalidades.
118. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas
para o procedimento.
1- Prevenir infecção.
2- Assegurar a tranquilidade do paciente.
3- Economizar tempo e poupar o funcionário.
4- Evitar contaminação do paciente e promover proteção do próprio
funcionário.
5- Conforme o padrão respiratório do paciente, estar muito atento ao
tempo de aspiração, o qual terá que ser inferior ao padronizado.
6- Sondas de aspiração muito calibrosas podem produzir excessivas
pressão negativa, lesar a mucosa traqueal, além de piorar a hipóxia
que a aspiração normalmente já provoca.
119. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas
para o procedimento.
7- Não retirar a sonda da embalagem antes do momento da
aspiração, para não contaminá-la.
8. Prevenir hipóxia, uma vez que a aspiração traqueal reduz a pressão
arterial de oxigênio cerca de 35mmhg; prevenir atelectasia, bronca-
constrição, hipotensão e aumento da pressão intracraniana, arritmias
cardíacas, parada cardíaca e morte. Cada hiperinsuflação deve durar
cerca de 5 segundos.
9- Prevenir contaminação, seguindo técnica asséptica: usar uma das
mãos para manipular a sonda de aspiração.
120. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas
para o procedimento.
10- Observar simultaneamente o padrão respiratório e monitorização
cardíaca:
Garantir que o cuff da sonda endotraqueal esteja insuflado.
Não contaminar as conexões, a cânula endotraqueal e a
extremidade do respirador ao desconectá-lo.
A segunda pessoa que auxiliar precisa utilizar máscara também.
11-Para apanhar a sonda e ligar o aspirador sem contaminar o
sistema e a mão direita, proceder da seguinte forma:
12- A sucção não deve ocorrer neste momento da introdução para
aspirar o ar. A sonda de aspiração deve ser introduzida em toda a sua
extensão.
121. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas
para o procedimento.
13- Os movimentos lentos são para permitir que haja uma sucção:
Evitar hipóxia prolongada.
Evitar hipóxia
Evitar possível parada cardiorrespiratória.
14-Para corrigir a hipóxia provocada pela sucção devido à pressão
negativa do aspirador.
15-Lembrar sempre que a cada cinco aspiração (15 segundos), o
paciente deverá ser ventilado, para depois reiniciar a aspiração.
16-Certificar-se de que o respirador ou nebulizador estejam com os
parâmetros anteriores sob controle.
122. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas
para o procedimento.
17- Nunca lavar a sonda de aspiração, durante as aspirações, na água
do frasco.
Para lavar a extensão de látex, aspirar uma boa quantidade de
água, para que toda a secreção seja eliminada do sistema, e
não permitir que a secreção do látex retorne ao frasco de água.
18-Não se esquecer de aspiraro orifício da cânula de Guedel,
introduzindo completamente a sonda de aspiração.
19-Não se esquecer de aspirar o orifício da cânula de Guedel,
introduzindo completamente a sonda de aspiração.
20- Para evitar contaminação de estetoscópio que será utilizado na
etapa seguinte.
123. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Observam-se a seguir alguns pontos importantes e justificativas
para o procedimento.
21- Avaliar a eficácia da aspiração e se houve melhora da ventilação
pulmonar.
22- Prevenir infecção.
23- manter o ambiente em ordem, colaborando com a equipe.
24- Proporcionar conforto ao paciente.
25- Descrever característica, aspecto das secreções e quantidade.
Anotar reações do paciente e intercorrências, como: sangramento,
cianose, alterações eletrocardiográficas, etc.
124. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Observações relativas ao procedimento:
1 - Manter a extremidade do látex, quando em desuso, protegido em
saco plástico (bolsa de colostomia), fixado na lateral do painel de
gases.
2 - Em caso de secreção espessa, rolhas ou mesmo grande
quantidade de secreção, pode ser instilada água destilada estéril no
tubo endotraqueal (cerca de 3ml); após a instilação, ventilar os
pulmões com o ambu e em seguida fazer aspiração traqueal.
3 - Aspirar o tubo endotraqueal somente quando necessário e nunca
como rotina. Portanto, o enfermeiro deverá avaliar o paciente, e de
acordo com a característica e quantidade da secreção, prescrever o
número de vezes que será feita à aspiração.
125. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Observações relativas ao procedimento:
4 - Durante a aspiração, caso haja diminuição de frequência cardíaca ou
arritmias, parar imediatamente o procedimento e oferecer oxigênio a
100%, através de ambu ou do próprio respirador.
5 - O cateter de sucção deve ter um diâmetro externo menor que o
diâmetro interno na cânula endotraqueal ou traqueostomia. Para adultos,
utilizar de preferência sondas de aspiração nº12/ ou nº14.
6 - Testar sempre o aspirador de secreções, antes de utilizá-lo.
7- A técnica de aspiração traqueal deve ser feita de preferência sem
desconectar o respirador; para isso, utilizar na conexão paciente/
respirador a válvula tipo “unidirecional”, a qual permite que se faça
aspiração sem desconectar o paciente do respirador. A grande vantagem
desta válvula, além de reduzir o risco de contaminação, é a não utilização
de outra pessoa para auxiliar na técnica.
126. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Observações relativas ao procedimento:
8 - A técnica de aspiração traqueal deve ser feita de preferência por
duas pessoas, para evitar a contaminação do sistema tubo/circuito.
9 - O aspirador de secreções mais indicado é o aspirador a vácuo, pois
sua pressão de sucção é controlada. Assim, evita-se utilizar
aspiradores elétricos, cuja pressão de sucção é muito forte.
10 -Utilizar sempre o frasco coletor intermediário para evitar que
entre secreção na rede de gases do painel.
11 -Caso o elemento que estiver realizado a aspiração for canhoto, a
descrição deverá ser invertida, ou seja, onde diz mão direita
considerar esquerda e vice-versa.
127. TROCA E FIXAÇÃO DO CADARÇO DA
CÂNULA ENDOTRAQUEAL
Este procedimento é realizado pela equipe de enfermagem, com a
finalidade de fixar a cânula endotraqueal, evitar a formação de
escaras e avaliar o desconforto do paciente. Este procedimento
exige bandeja auxiliar, contendo os seguintes materiais:
• Material para aspiração traqueal
(sondas, gazes e luvas);
• Um metro de cadarço;
• Uma lâmina de bisturi ou tesoura;
• Uma seringa de 5ml para insuflar
o cuff, se necessário;
• Um par de luvas;
• Aspirador montado.
128. TROCA E FIXAÇÃO DO CADARÇO DA
CÂNULA ENDOTRAQUEAL
Devem ser observados, para este procedimento, os passos
descritos a seguir.
1- Lavar as mãos.
2- Explicar o procedimento e finalidade ao paciente.
3- Reunir o material
4- Colocar o paciente e decúbito dorsal, elevado a 45º.
5- Calçar luvas.
6- Aspirar a cânula endotraqueal e a boca do paciente.
7- Desinsuflar o cuff da cânula endotraqueal e posicioná-la no
meio da boca.
8- Insuflar o cuff da cânula endotraqueal, com auxílio de uma
seringa. 30
129. TROCA E FIXAÇÃO DO CADARÇO DA
CÂNULA ENDOTRAQUEAL
Devem ser observados, para este procedimento, os passos
descritos a seguir.
9- Iniciar amarração do cadarço, passando-o pela região occipital,
acima das orelhas, continuando pela face até a metade do lábio
superior, onde se dá uma laçada e em seguida três nós, tipo
“trança”.
10-Passar o cadarço em seguida na parte inferior da cânula
endotraqueal, amarrando-a por baixo e a seguir por cima, duas ou
mais vezes, até que a cânula esteja realmente fixa.
11- Cotar o cadarço que sobrou com a lâmina de bisturi ou a
tesoura.
12- Retirar as luvas
130. TROCA E FIXAÇÃO DO CADARÇO DA
CÂNULA ENDOTRAQUEAL
Devem ser observados, para este procedimento, os passos
descritos a seguir.
13- lavas as mãos.
14- recompor a unidade e recolher o material.
15- Deixar o paciente em ordem.
16- Anotar no prontuário o procedimento feito.
131. TROCA E FIXAÇÃO DO CADARÇO DA
CÂNULA ENDOTRAQUEAL
Este procedimento leva em conta alguns pontos
importantes/justificativas, conforme descrito a seguir.
1-Prevenir infecção
2- Assegurar a tranquilidade do paciente.
3- Economizar tempo e poupar o funcionário.
4- facilitar o procedimento ao executante e proporcionar maior
conforto ao paciente.
5- Assegurar salubridade do funcionário e evitar contaminação.
6- Evitar a entrada de secreção da cavidade oral na traqueia, quando
dor desinsuflar o cuff.
7- Evitar a formação de escaras na rima bucal.
8- Evitar aspiração brônquica do conteúdo gástrico.
132. TROCA E FIXAÇÃO DO CADARÇO DA
CÂNULA ENDOTRAQUEAL
Este procedimento leva em conta alguns pontos
importantes/justificativas, conforme descrito a seguir.
9-Dar distância necessária entre o lábio superior e o tubo
endotraqueal, evitando assim a formação de escara neste local.
10-Garantir que a cânula fique realmente presa. Não amarrar
a cânula demasiadamente apertada para não obstruí-la.
11- Evitar incômodos ao paciente.
12- Facilitar os próximos passos.
13- Prevenir infecção.
14- Manter o ambiente em ordem colaborando com a equipe.
15- Proporcionar conforto ao paciente.
16- registrar possíveis intercorrências.
133. TROCA E FIXAÇÃO DO CADARÇO DA
CÂNULA ENDOTRAQUEAL
Observações:
1 - Remover o cadarço antigo, preferencialmente após a fixação do
novo; caso não seja possível, proceder à técnica com duas
pessoas, a fim de que uma delas segure firmemente a cânula,
evitando que a mesma se desloque do local certo.
2 - Ao utilizar lâmina de bisturi para cortar o cadarço antigo, tomar
o cuidado para não cortar a cânula endotraqueal.
3 - Fazer a troca do cadarço da sonda endotraqueal sempre com o
aspirador de secreções montado e ligado, pois poderá ocorrer
vômito.
134. TROCA E FIXAÇÃO DO CADARÇO DA
CÂNULA ENDOTRAQUEAL
Observações:
4 - Para pacientes conscientes, não se deve fixar a cânula
endotraqueal no meio da boca, pois causa desconforto, acúmulo
de salivação e dificuldade para paciente deglutir. Neste caso, fixá-
la na lateral da boca.
5 - A cânula de Guedel, de preferência, não deve ser fixada junto
com o tubo endotraqueal, para pacientes conscientes, pois
provoca intenso desconforto e vômitos. Além disso, estando solta
na boca, facilita a deglutição e a retirada para limpeza.
135. TROCA E FIXAÇÃO DO CADARÇO DA
CÂNULA ENDOTRAQUEAL
Observações:
6 - Para pacientes inconscientes, utilizar de preferência cânula de
guedel grande, pois a mesma permite que a sonda de aspiração
chegue mais próximo do cuff da cânula endotraqueal, e se retire
com eficiência toda a secreção mais profunda.
7 - A troca do cadarço do tubo endotraqueal deve ser feita quando
necessário e não de rotina.
136. TROCA E CONJUNTO DE CÂNULA DE
TRAQUEOSTOMIA DE METAL
Este procedimento é realizado pela equipe de enfermagem, com o
objetivo de prevenir infecção e manter a via área desobstruída.
Para tanto, utilizam-se os seguintes materiais, dispostos em uma
bandeja auxiliar:
Um pacote de curativo;
Uma lâmina de bisturi;
Um par de luvas estéreis;
Cadarço;
Soro fisiológico a 0,9%;
137. TROCA E CONJUNTO DE CÂNULA DE
TRAQUEOSTOMIA DE METAL
Para tanto, utilizam-se os seguintes materiais, dispostos em uma
bandeja auxiliar:
Um conjunto de cânula de traqueostomia (cânulas interna e
externa);
Um saco plástico pequeno;
Material para aspiração traqueal;
Um forro;
Máscara;
Óculos, se necessário;
Um biombo.
138. TROCA E CONJUNTO DE CÂNULA DE
TRAQUEOSTOMIA DE METAL
Para este procedimento, devem ser observados os seguintes
passos:
1- Colocar a máscara e óculos, se necessário.
2- Lavar as mãos.
3- Explicar procedimento e finalidade
4- Reunir material.
5- Colocar o paciente em decúbito elevado a 45º, retirar travesseiro
e proteger o tórax do paciente com forro.
6- Colocar biombo.
7- Proteger o tórax do paciente com o forro.
8- Abrir pacote de curativo com técnica asséptica.
139. TROCA E CONJUNTO DE CÂNULA DE
TRAQUEOSTOMIA DE METAL
Para este procedimento, devem ser observados os seguintes
passos:
9- Colocar gaze em quantidade suficiente e o conjunto da cânula
dentro do campo estéril.
10- Remover o curativo antigo com o auxílio da pinça dente de
rato.
11- Desprezar o curativo sujo em saco plástico próprio.
12- Desprezar a pinça dente de rato na extremidade do campo.
13- Calçar luvas.
14- Realizar aspiração traqueal, através da cânula de
traqueostomia.
140. TROCA E CONJUNTO DE CÂNULA DE
TRAQUEOSTOMIA DE METAL
Para este procedimento, devem ser observados os seguintes
passos:
15- Desamarrar o cadarço.
16- Montar a pinça Kelly com gaze, auxiliada com a pinça anatômica.
17- Umedecer a gaze com solução fisiológica.
18- Limpar área ao redor da traqueostomia.
19- Secar área.
20- Aplicar a solução antisséptica ao redor da traqueostomia.
21- Retirar todo conjunto e colocá-lo sobre a borda do campo.
22- Retirar as luvas.
141. TROCA E CONJUNTO DE CÂNULA DE
TRAQUEOSTOMIA DE METAL
Para este procedimento, devem ser observados os seguintes
passos:
23- Apanhar o conjunto da cânula estéril pelas laterais e introduzi-
lo lentamente pelo orifício da traqueostomia, girando-o 180º.
24- Retirar o mandril imediatamente após introdução da cânula.
25- Amarrar o cadarço.
26- Adaptar a cânula interna, com auxílio da pinça anatômica ou
comas mãos.
27- Com auxílio das pinça Kelly e anatômica, adaptar a gaze
dobrada sob a cânula.
142. TROCA E CONJUNTO DE CÂNULA DE
TRAQUEOSTOMIA DE METAL
Para este procedimento, devem ser observados os seguintes
passos:
28- Lavar as mãos.
29- Recompor a unidade e recolher o material.
30- Deixar o paciente em ordem.
31- Anotar no prontuário o procedimento feito.
143. HEPARINIZAÇÃO DE CATETERES
Este procedimento é realizado pela equipe de enfermagem, cuja
finalidade técnica é evitar a coagulação sanguínea nos cateteres
(scalps, Abocaths, etc.), evitar punções venosas repetitivas e
manter a permeabilidade da vida.
Como material, deve-se reservar uma bandeja auxiliar contendo:
• Frasco de heparina;
• Seringa de 10ml;
• Agulha 25 x 8;
• Água destilada;
• Cateter (scalp, de preferência);
• Tampinha estéril, se necessário, ou plug adaptador.
144. HEPARINIZAÇÃO DE CATETERES
Os passos para a realização deste procedimento encontram-se
descritos a seguir.
1 - Lavar as mãos.
2 - Explicar o procedimento e finalidade ao paciente.
3 - Preparar a solução heparinizada:
- Aspirar 0,2ml de heparina (5.000 unidades).
- Completar a seringa com água destilada ou soro fisiológico até
atingir 10ml.
- Identificar a seringa corretamente.
4 - Administrar a solução heparinizada no cateter.
5 - Fechar o cateter com a tampinha estéril própria.
145. HEPARINIZAÇÃO DE CATETERES
Os passos para a realização deste procedimento encontram-se
descritos a seguir.
6 - Lavar as mãos.
7 - Recompor a unidade e recolher o material.
8 - Deixar paciente em ordem.
9 - Anotar no prontuário o procedimento feito.
146. HEPARINIZAÇÃO DE CATETERES
Pontos importantes/justificativas.
1- Prevenir infecção.
2- Assegurar a tranquilidade do paciente.
3- A seringa com solução heparinizada deverá ser mantida no balcão
do posto de enfermagem, identificada com o nome do paciente, data
e hora. A solução heparinizada preparada poderá ser mantida em
geladeira, até 72 horas e na seringa, fora da geladeira, durante 24
horas.
4- Administrar a quantidade necessária, para preencher o cateter:
- Para Scalp – cerca de 2,0 ml
- Para Abocaths - cerca de 1,5ml.
147. HEPARINIZAÇÃO DE CATETERES
Pontos importantes/justificativas.
5- Caso se trate de Abocaths, utilizar o equipo tipo polifix tampa. A
cada administração endovenosa, ou abertura do sistema, manter a
tampinha do cateter protegida com agulha estéril.
6- Prevenir infecção.
7- manter o ambiente em ordem, colaborando com a equipe.
8- Proporcionar conforto ao paciente.
9- Observar anormalidade como: infiltração ou trombose na veia.
148. HEPARINIZAÇÃO DE CATETERES
Observações:
1- Trocar a solução heparinizada contida no interior do cateter a cada
oito horas, caso não haja administração de medicamentos de forma
periódica.
2- Heparinizar, de preferência, Scalps e não Abocaths, pois estes
traumatizam a veia e são mais propensos a trombo flebites.
4- O cateter heparinizado, também poderá ser utilizado para coleta
de sangue. Nesse caso, lavar o cateter som soro fisiológico e aspirar à
solução heparinizada no cateter; e em seguida, aspirar o sangue e
heparinizar o cateter novamente.
5- Manter o cateter heparinizado no paciente, durante até 72 horas.
149. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Este procedimento tem como finalidade técnica coletar sangue
arterial para obter-se uma avaliação das alterações ácido-básicas do
paciente. Como material, deve-se utilizar a uma bandeja auxiliar,
contendo:
• Uma seringa de 5ml.
• Uma agulha descartável 25 x 7. 25 x 6
• Algodão com álcool a 70%.
• Heparina.
• Uma tampa pequena de borracha.
• Um forro.
• Luvas.
• Saco plástico.
150. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Para este procedimento devem ser observados os passos descritos
a seguir.
1- Lavar as mãos.
2- Explicar o procedimento e finalidade
3- Calçar luvas
4- Montar a seringa com agulha.
5- Fazer antissepsia do frasco de heparina
6- Aspirar, 0,1ml do frasco de heparina, puxando o êmbolo da seringa
até a porção final da mesma para heparinizá-la corretamente.
7- Trocar a agulha, retirar todo o ar da seringa e proteger a agulha.
151. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Para este procedimento devem ser observados os passos descritos
a seguir.
8- Identificar a seringa com o nome do paciente, leito e número do
registro, horário da coleta.
9- Levar o material na bandeja junto ao paciente.
10- Escolher o local de melhor condição para a punção da artéria
(normalmente a artéria radial).
11- Palpar e sentir a pulsação.
12- Proteger a região a ser puncionada com um forro impermeável.
13- Fazer a antissepsia da pele com algodão e álcool a 70%.
14- Fixar a artéria entre os dedos indicador e médio.
15- Posicionar a seringa e agulha corretamente.
152. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Para este procedimento devem ser observados os passos descritos
a seguir.
16-Puncionar a artéria introduzindo a agulha lentamente, com o bisel
voltado para cima. A agulha fica num ângulo de 45° à 60°.
17- Deixar o êmbolo as seringa subir normalmente logo que o sangue
torne -se visível.
18- Colher 2ml de sangue arterial.
19-Retirar todo o ar da seringa fixando o seu êmbolo através da ponta
da agulha espetada numa tampa de borracha.
20-Pressionar firmemente a artéria por cerca de cinco minutos, ou até
que haja para do completamente o sangramento. Pacientes sob
medicamentos anticoagulantes necessitam de pressão de 10 a 15
minutos.
153. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Para este procedimento devem ser observados os passos descritos
a seguir.
21- Colocar a seringa no saco plástico.
22- Retirar luvas.
23- Lavar as mãos.
24- Recompor a unidade e recolher o material.
25- Deixar o paciente em ordem e confortável.
26- Anotar no prontuário o procedimento feito.
154. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Este procedimento leva em consideração os seguintes pontos
importantes/justificativas.
1- Prevenir infecção.
2- Assegurar a tranquilidade do paciente.
3- Assegurar a salubridade do funcionário durante todo o
procedimento.
4- Usar técnica asséptica durante todo o procedimento.
5- Utilizar técnica asséptica.
6- Umedecer toda a seringa para facilitar a subida do êmbolo, ao
puncionar a artéria. Excesso de heparina altera o PCO2.
7- Evitar a entrada de ar na seringa, consequentemente alteração da
PaO2.
155. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Este procedimento leva em consideração os seguintes pontos
importantes/justificativas.
8- Evitar troca do material.
9- Economizar tempo.
10- Dar preferência às artérias radial ou branquial. A angulação
oblíqua de 30º e 45º favorece a compressão natural para estacar o
sangramento, devido à diferença entre abertura cutânea e a artéria.
11- Diminuir o risco de erro.
- Realizar teste de Allen.
13- Evitar infecção.
14- Evitar a movimentação da artéria. Não confundir o reflexo da
pulsação da artéria com artéria propriamente dita.
156. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Este procedimento leva em consideração os seguintes pontos
importantes/justificativas.
15- Em ângulo de:
- 90º para artéria femoral.
- 30º para artéria radial pediosa.
- 45º para artéria braquial.
16- Evitar a transfixação da artéria.
17- Procurar não puxar o êmbolo manualmente, pois esta manobra
pode provocar entrada de ar na seringa.
18- Manter quantidade suficiente para realização do exame.
19- Evitar deslizamento do êmbolo e consequentemente entrada de ar
na seringa.
157. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Este procedimento leva em consideração os seguintes pontos
importantes/justificativas.
20- Evitar a formação de hematoma trauma da artéria.
21- Assegurar a salubridade do funcionário.
23- Prevenir infecção.
24- manter o ambiente em ordem, colaborando com a equipe.
25- Proporcionar conforto ao paciente.
26- Hora da coleta. Condições do paciente: parâmetro do respirador
158. COLETA DE AMOSTRA DE
SANGUE ARTERIAL
Observações:
• 1- Para colher gasometria, utilizar agulha 25 x 6 ou até agulha de
insulina, e seringa de vidro ou descartável.
• 2- A seringa heparinizada com sangue colhido poderá permanecer
em geladeira até 30 minutos, antes de ser encaminhada.
• 3- Teste de Allen consiste em verificar a permeabilidade das
artérias radial e cubital. Consistem em solicitar ao paciente que
descanse seus braços. Em seguida pressione os polegares sobre as
artérias do paciente e peça-lhe que feche a mão com força.
Comprima firmemente a artéria radial a seguir peça ao paciente
que abra as mãos numa posição relaxada. Observar a cor das
palmas. Em condições normais ficam rosadas prontamente.
Repetir o teste ocluindo a artéria cubital.
160. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
O curativo de acesso venoso central é um procedimento realizado
pela equipe de enfermagem, com a finalidade técnica de manter o
local da inserção do cateter limpo e seco, e prevenir infecção. Deve-
se utilizar uma bandeja auxiliar, contendo os seguintes materiais:
• Um pacote de curativos,
• Solução antisséptica.
• Esparadrapo comum e/ou especial.
• Solução fisiológica 0,9%.
• Água oxigenada, se necessário.
• Um saco plástico para desprezar
os dejetos.
• Éter e/ ou benjoim.
161. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Os passos descritos a seguir devem ser observados durante este
procedimento.
1- Lavaras mãos.
2- Explicar o procedimento e finalidade ao paciente.
3- Reunir o material.
4- Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal, orientando-o
para que permaneça com o rosto voltado para o lado oposto ao
curativo.
5- Expor a área.
6- Abrir ao pacote de curativo com técnica asséptica, fixando o pacote
à mesa auxiliar para evitar dobradura e contaminação do campo, caso
ele seja de papel.
7- Soltar o esparadrapo com as mãos, iniciando-se do canhão da
agulha do cateter venoso central até o termino da capa protetora.
162. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Os passos descritos a seguir devem ser observados durante este
procedimento.
8- Montar a pinça Kelly com gaze, auxiliada pela pinça anatômica.
9- Umedecer a gaze com soro fisiológico ou éter.
10- Remover o esparadrapo com a pinça de dente de rato.
11- Remoer o curativo com a pinça de dente de rato.
12- Desprezar a gaze no saco plástico próprio.
13- Desprezar a pinça dente de rato na borda do campo.
14-Pega a pinça anatômica com uma das mãos para movimentar todo
o material estéril do campo.
15- Montar a pinça Kelly com gaze, umedecendo-a com soro
fisiológico.
163. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Os passos descritos a seguir devem ser observados durante este
procedimento.
16-Proceder à limpeza do local da inserção do cateter, com soro
fisiológico, utilizando movimentos semicirculares, e as duas faces da
gaze.
17- Proceder à limpeza da região ao redor do ponto de inserção com
soro fisiológico.
18- Secar primeiro, a região do ponto de inserção, com uma gaze seca.
19- Secar, a seguir, a região ao redor do ponto de inserção com outra
gaze seca.
20-Aplicar a solução antisséptica na região ao redor do ponto de
inserção, em direção, ao cateter, incluindo a placa protetora.
21- Aplicar a solução antisséptica na região ao redor do ponto de
inserção.
164. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Os passos descritos a seguir devem ser observados durante este
procedimento.
22- Retirar o excesso da solução antisséptica do ponto de inserção, da
placa protetora e da pele ao redor do ponto de inserção com gaze
seca.
23- Colocar a gaze cortada no local da inserção do cateter.
24- Limpar as marcas de esparadrapo com éter e com o auxílio da
pinça Kelly.
25-Fixar a placa protetora com duas tiras de esparadrapo, partindo do
ponto de inserção, até a junção cateter-equipo, unindo suas bordas.
26-Reforçar a fixação do curativo, utilizando-se de duas tiras de
esparadrapo interpostas de modo perpendicular entre o ponto de
inserção e a pele.
165. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
27- Datar e rubricar o curativo.
28- Lavar as mãos.
29- Recompor a unidade e recolher o material.
30- Deixar o paciente em ordem.
31- Anotar no prontuário o procedimento feito.
166. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Pontos importantes/justificativas.
1- Prevenir infecção.
2- Assegurar a tranquilidade do paciente.
3- Economizar tempo e poupar funcionário.
4- Evitar contaminação, impedindo que o paciente respire sobre o
local.
5- Facilitar o procedimento.
6- Colocar as pinças com cabos voltados para bordas do campo.
7- Não puxar o cateter venoso central, ao tracionar o esparadrapo.
Utilizar a pinça dente de rato, caso consiga desprender o esparadrapo
sem soltar o cateter venoso central.
167. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Pontos importantes/justificativas.
8- A pinça anatômica é para movimentar o material estéril do campo
e dobrar as gazes a fim de evitar trazer contaminação de lesão para o
campo.
9- Utilizar as mãos, caso não com siga soltar o esparadrapo.
10- Utilizar as mãos caso não consiga soltar o esparadrapo.
11- Evitar contaminação.
12- Utilizar um saco plástico pequeno para cada curativo, evitando
contaminação.
13- Cuidar para que esta pinça não contamine o resto do material que
está estéril.
14- Evitar trazer a contaminação da lesão para o campo estéril.
168. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Pontos importantes/justificativas.
15- Trocar a gaze sempre que necessário.
16- Trocar a gaze sempre que necessário Utilizar água oxigenada caso
haja presença de sangue vivo ou coágulos ressecados.
17- Trocar a gaze sempre que necessário e não voltá-la.
18- Secar a região se estiver úmida de soro fisiológico, a solução
antisséptica não agirá corretamente.
19- Umidade impede a ação da solução antisséptica.
20- Desprezar a gaze, sempre que necessário.
21- Trocar a gaze sempre que necessário.
22- Evitar a formação de meio de cultura.
23- Prevenir a formação de meio de cultura.
169. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Pontos importantes/justificativas.
24- Assegurar a aderência do esparadrapo.
25- Fixar melhor o cateter, evitando a sua saída acidental.
26- Proteger melhor o ponto de inserção.
27- Manter o controle de data e hora da realização do curativo.
28- Prevenir infecção.
29- Manter o ambiente em ordem, colaborando com a equipe.
30- Proporcionar conforto ao paciente.
31- Aspecto e características da inserção.
170. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Observações:
1- A troca do curativo deve ser feita a cada 24 horas.
2- Ao executar o banho de pacientes com cateter venoso central,
procurar proteger o local, para que não seja necessário abrir o curativo
mais vezes.
3- A troca do curativo de cateter venoso central é uma técnica
rigorosamente asséptica, e deve, portanto, ser sempre um curativo
oclusivo.
4- Proceder à tricotomia da região onde se localiza o cateter venoso
central se necessário, a fim de facilitar a fixação do mesmo.
5- Fixar os equipos dos sobre a pele do paciente, pois as conexões,
como torneirinhas e equipo de duas vias, pesam muito podendo
deslocar o cateter venoso central da posição correta.
171. CURATIVO DE ACESSO VENOSO CENTRAL
Observações:
6- Ao auxilio o médico na instalação do cateter venoso central, nunca
abrir o equipo de soro e manipulá-lo, mas sim, abrir a embalagem com
técnica e colocá-lo no campo estéril.
7- Quando houver presença de hiperemia, mesmo sem secreção
purulenta, significa presença de infecção e contaminação do cateter
venoso central, e isto indica a necessidade de retirar o mesmo.
172. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
A respiração é a principal necessidade do ser humano, uma vez que
sem oxigênio o corpo não realiza suas funções normais.
Utiliza-se, então, a ventilação mecânica (VM) como suporte de vida,
em todos os hospitais do mundo, quando a respiração não se
processa satisfatoriamente.
O ventilador mecânico é um aparelho capaz de administrar oxigênio
em pacientes impossibilitados de respirar ou quando essa atividade
é realizada de forma exaustiva pelo mesmo.
173. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
A VM é um método usual em
unidade de terapia intensiva
(UTI), utilizado em pacientes
com insuficiência respiratória,
dando suporte ao tratamento
da patologia-base pelo tempo
que for necessário para
reversão do quadro, portanto
não constitui um
procedimento curativo.
174. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
A insuficiência respiratória existe quando um paciente não é capaz
de manter as tensões de seus gases sanguíneos dentro de valores
normais. O tipo de insuficiência respiratória encontrada na UTI tem
evolução relativamente rápida, ao contrário da deterioração gradual
das doenças respiratórias crônicas.
A VM pode ser invasiva ou não invasiva. A primeira se dá a partir do
tubo orotraqueal (TOT), traqueostomia e cricotomia. Já a VM não
invasiva se dá com o uso de máscara facial ou máscara nasal.
175. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
A atenção aos pacientes sob uso de ventilação mecânica torna-se
responsabilidade dos profissionais de enfermagem. A evolução positiva
do paciente depende de cuidados contínuos, capazes de fornecer a
identificação de problemas que atinjam diretamente as necessidades
do cliente.
Os ventiladores mecânicos
são classificados em
ventiladores por pressão
negativa e por pressão
positiva, sendo este último
o mais utilizado.
176. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Ventiladores por pressão negativa:
Os ventiladores por pressão negativa sustentam a ventilação
semelhante à espontânea. Agem exercendo uma pressão negativa
externamente no tórax. Tais ventiladores estão indicados em pacientes
com insuficiência respiratória crônica associada à patologias
neuromusculares.
177. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Ventiladores por pressão positiva:
Em virtude da pressão positiva exercida pelo ventilador nas vias aéreas
do paciente, os alvéolos se ampliam no momento da inspiração. Uma
das maiores vantagens da ventilação mecânica por pressão positiva,
além da substituição da atividade mecânica da respiração espontânea,
é a possibilidade de permitir uma oxigenoterapia com frações de O2
variáveis.
Ventilação por pressão positiva pode ser invasiva e não invasiva. A
escolha dependerá das necessidades do paciente, devendo ser feita
pelo médico. A ventilação invasiva fornece oxigênio através de
intubação ou traqueostomia, se destinando a pacientes graves.
178. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Ventiladores por pressão positiva:
A ventilação não invasiva pode ser aplicada por máscaras faciais, nasais
ou por formas que proporcionem a ventilação, sem que haja algum
procedimento invasivo.
Atenção:
Os ventiladores mecânicos possuem alarmes, que assinalam
situações potencialmente perigosas para o paciente, sendo de
fundamental importância que permaneçam ligados.
179. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Cuidados de enfermagem relacionados com ventiladores mecânicos:
Devem ser observados alguns cuidados ao mobilizar o paciente, não
realizando manobras bruscas para evitar pinçamento do circuito e
desconexões do ventilador o que causaria danos ao estado clínico do
doente. É importante estar atento aos alarmes sempre que ocorram.
Vigilância constante:
A vigilância constante de pacientes submetidos à VM é de
responsabilidade dos profissionais de enfermagem que permanecem
perto do paciente 24 horas por dia. O paciente em ventilação mecânica
nunca deve ser deixado sozinho, deve estar em local que permita sua
visualização continuamente, pois alterações súbitas podem ocorrer.
180. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Controle dos sinais vitais e monitorização cardiovascular:
Os sinais vitais refletem o estado geral do paciente, e qualquer
anormalidade na VM refletirá nas suas funções básicas como
respiração, pulso, frequência cardíaca e pressão arterial, que devem ser
periodicamente controladas pela enfermagem.
Várias são as alterações que podem surgir a nível cardiovascular no
paciente em uso de ventilador mecânico. Nesse sentido, é necessário
que este paciente esteja monitorizado de forma invasiva e não invasiva.
181. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Controle dos sinais vitais e monitorização cardiovascular:
Todo paciente de UTI deve estar fazendo uso de um aparelho de
eletrocardiograma para o acompanhamento cardiológico e mensurar a
pressão venosa central (PVC) e a pressão arterial (PA).
Compete à enfermagem a coleta dos parâmetros hemodinâmicos do
paciente, que deve estar conectado ao respirador no final da expiração.
Desconectar o paciente do respirador pode agravar seu estado e saúde.
182. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Cuidados com a função respiratória:
Os cuidados com a função respiratória
evolvem uma observação do padrão
respiratório, amplitude da expansão
torácica, identificar batimentos da asa
do nariz e a sincronia entre o paciente
e o ventilador. A enfermagem também
é responsável pela aspiração das
secreções do paciente. Essa atividade
deve ser executada sempre que
necessário, pois a obstrução das vias
aéreas está relacionada com o
aumento da pressão intrapulmonar.
183. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Observação clínica e ausculta:
A aparência geral, a coloração das mucosas e da pele, além da
temperatura, consistem elementos importantes da observação
rotineira do paciente. A cianose periférica é relacionada à má perfusão.
A sudorese é um sinal de alarme e sua causa deve ser avaliada. É
importante observar a expansibilidade pulmonar e realizar ausculta em
todo o tórax.
A observação inclui os drenos e seu débito. A permeabilidade e o
posicionamento do tubo traqueal devem ser verificados
frequentemente, bem como a quantidade, a coloração e a viscosidade
da secreção traqueal espirada.
184. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Controle da oxigenação (PaCO2 e SaO2):
A gasometria objetiva manter o controle da oxigenação do paciente.
Trata-se de um exame que deve fazer parte da rotina do paciente
ventilado, estando indicado o controle a cada 24 horas.
A gasometria deve ser requisitada após os primeiros trinta minutos de
ventilação. Para sua realização, a enfermagem deve realizar a coleta de
sangue arterial do paciente, para posterior análise do material. Os
valores mínimos considerados para a PaO2 e SaO2 (saturação de
oxigênio) são, respectivamente, 60 mmHg de 90 a 92 %.
185. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Controle da oxigenação (PaCO2 e SaO2):
Outra forma não invasiva da avaliação
contínua da saturação de oxigênio é através
da oximetria de pulso. Esse método é
utilizado através de um sensor, que pode ser
colocado em um dedo ou em crianças na
palma da mão ou do pé.
Oxímetro de pulso
186. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Umidificação e aquecimento dos gases inalados:
O gás seco é extremamente prejudicial para as vias aéreas, posto que
causa ressecamento e inflamação da mucosa. Nos ventiladores que
usam água, a água dos umidificadores deverá ser trocada diariamente.
É importante ressaltar que o nível de água nunca deverá ser
completado, e sim completamente substituído. Caso não seja
diariamente trocada, a água dos ventiladores pode tornar-se um meio
de cultura para micro-organismos resistentes.