O documento discute os principais impactos ambientais da mineração no Brasil, como poluição da água e do ar, além de abordar as ações preventivas e corretivas implementadas pelas empresas e regulamentações existentes. Também compara o controle ambiental da mineração no Brasil em relação a outros países, como África do Sul, Austrália, Canadá e Estados Unidos.
O documento discute os impactos ambientais negativos da mineração, incluindo a geração de grandes volumes de resíduos, poluição da água e destruição de habitats. A mineração consome grandes quantidades de água e pode contaminá-la com metais pesados e outros poluentes, afetando ecossistemas aquáticos. Além disso, a atividade mineradora tende a ter compromissos fracos com questões socioambientais e frequentemente transfere seus custos para a sociedade.
O documento discute a degradação ambiental, definindo áreas degradadas como aquelas sem meios de regeneração natural devido a distúrbios intensos, e listando causas como desmatamento, queimadas e uso intensivo do solo. Também aborda erosão, poluição e a importância da recuperação de áreas degradadas.
O documento discute a recuperação de áreas degradadas. Ele define áreas degradadas como aquelas que perderam sua capacidade de regeneração natural devido a distúrbios intensos como desmatamento e uso excessivo do solo. A recuperação envolve fornecer condições para a reestruturação da vida através de técnicas como plantio de espécies e construção de terraços para melhorar o solo e a vegetação.
O documento discute os conceitos de áreas degradadas e passivo ambiental, apresentando vários tipos de degradação ambiental como perda de solo, vegetação e biodiversidade; alterações da paisagem; e riscos à saúde humana. Também aborda os processos de degradação do solo causados por atividades agrícolas, de mineração, obras civis, urbanização e disposição inadequada de resíduos.
O documento discute áreas degradadas e passivos ambientais, definindo-os como locais onde os processos naturais encontram-se desequilibrados ou onde foram removidos componentes essenciais, levando à perda de funções ecológicas e riscos à saúde. Detalha vários tipos e causas de degradação ambiental como agricultura, mineração, obras civis, urbanização e disposição de resíduos, e suas consequências como erosão, assoreamento e poluição. Apresenta também estratégias de prevenção
Teoria e Prática em Recuperação de Áreas Degradadas: Plantando a semente de u...Tainá Bimbati
Teoria e Prática em Recuperação de Áreas Degradadas: Plantando a semente de um mundo melhor.
Apostila da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...Mayara Leão
Este documento apresenta um plano de recuperação de área degradada como condição para a implantação de um hospital no Subúrbio de Salvador, Bahia. O plano descreve a caracterização do local e diagnóstico ambiental, identificando os principais impactos do empreendimento e as ações necessárias para recuperar a área, como plantio de espécies nativas, controle de erosão e enriquecimento de fragmentos florestais remanescentes. O cronograma executivo e técnicas agronômicas também são detalhados
1. O documento discute técnicas para recuperação de áreas degradadas por erosão no meio rural, incluindo o isolamento da área, diagnóstico do nível de degradação, subdivisão da área e ordenamento das águas superficiais.
2. É apresentada uma classificação dos diferentes tipos de erosão e suas características.
3. As técnicas propostas incluem a construção de aceiros, cercas, terraços, canais de drenagem e revegetação para estabilizar o solo e reduzir a vel
O documento discute os impactos ambientais negativos da mineração, incluindo a geração de grandes volumes de resíduos, poluição da água e destruição de habitats. A mineração consome grandes quantidades de água e pode contaminá-la com metais pesados e outros poluentes, afetando ecossistemas aquáticos. Além disso, a atividade mineradora tende a ter compromissos fracos com questões socioambientais e frequentemente transfere seus custos para a sociedade.
O documento discute a degradação ambiental, definindo áreas degradadas como aquelas sem meios de regeneração natural devido a distúrbios intensos, e listando causas como desmatamento, queimadas e uso intensivo do solo. Também aborda erosão, poluição e a importância da recuperação de áreas degradadas.
O documento discute a recuperação de áreas degradadas. Ele define áreas degradadas como aquelas que perderam sua capacidade de regeneração natural devido a distúrbios intensos como desmatamento e uso excessivo do solo. A recuperação envolve fornecer condições para a reestruturação da vida através de técnicas como plantio de espécies e construção de terraços para melhorar o solo e a vegetação.
O documento discute os conceitos de áreas degradadas e passivo ambiental, apresentando vários tipos de degradação ambiental como perda de solo, vegetação e biodiversidade; alterações da paisagem; e riscos à saúde humana. Também aborda os processos de degradação do solo causados por atividades agrícolas, de mineração, obras civis, urbanização e disposição inadequada de resíduos.
O documento discute áreas degradadas e passivos ambientais, definindo-os como locais onde os processos naturais encontram-se desequilibrados ou onde foram removidos componentes essenciais, levando à perda de funções ecológicas e riscos à saúde. Detalha vários tipos e causas de degradação ambiental como agricultura, mineração, obras civis, urbanização e disposição de resíduos, e suas consequências como erosão, assoreamento e poluição. Apresenta também estratégias de prevenção
Teoria e Prática em Recuperação de Áreas Degradadas: Plantando a semente de u...Tainá Bimbati
Teoria e Prática em Recuperação de Áreas Degradadas: Plantando a semente de um mundo melhor.
Apostila da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Plano de Recuperação da Área Degradada como condicionante da Implantação do H...Mayara Leão
Este documento apresenta um plano de recuperação de área degradada como condição para a implantação de um hospital no Subúrbio de Salvador, Bahia. O plano descreve a caracterização do local e diagnóstico ambiental, identificando os principais impactos do empreendimento e as ações necessárias para recuperar a área, como plantio de espécies nativas, controle de erosão e enriquecimento de fragmentos florestais remanescentes. O cronograma executivo e técnicas agronômicas também são detalhados
1. O documento discute técnicas para recuperação de áreas degradadas por erosão no meio rural, incluindo o isolamento da área, diagnóstico do nível de degradação, subdivisão da área e ordenamento das águas superficiais.
2. É apresentada uma classificação dos diferentes tipos de erosão e suas características.
3. As técnicas propostas incluem a construção de aceiros, cercas, terraços, canais de drenagem e revegetação para estabilizar o solo e reduzir a vel
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas Mina de Cascalho na localidade do Ju...Igor Siri
O trabalho tem como base teórica o planejamento de paisagem, o qual possibilita um levantamento da situação atual do empreendimento e um diagnóstico, sugerindo novos cenários de acordo à paisagem.
A proposta baseada em TROPPMAIR (1998), consiste em reconstituir a cobertura vegetal originária para levantar dados ambientais importantes e que foram alterados pelo Homem. Levantou-se características da área a fim de generalizar as várias alterações ocorridas durante um período de 20 anos.
O documento discute a mineração e a recuperação de áreas degradadas. A mineração é importante para a sociedade moderna, mas pode causar impactos ambientais negativos. A recuperação de áreas envolve estabilizar o solo e a química para permitir novos usos, restaurando a biodiversidade e equilíbrio ecológico. Leis brasileiras exigem que as empresas mineiras apresentem planos de recuperação de áreas degradadas.
O documento descreve um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) para um parque eólico. O PRAD tem como objetivos proteger o solo e mananciais de erosão, estabilizar taludes, e recuperar a vegetação nativa. A metodologia inclui identificar áreas a serem recuperadas, produzir mudas em viveiro, e aplicar medidas como drenagem e plantio para recuperar as áreas.
Planta morrem e formam matéria orgânica que é transformada em carvão mineral sob alta pressão e temperatura ao longo de milhões de anos. O carvão é extraído via mineração superficial ou subterrânea e possui impactos ambientais como emissão de poluentes e degradação dos solos e recursos hídricos. Medidas de controle ambiental incluem recuperação de áreas e investimentos em tecnologias limpas.
Recuperação de áreas degradadas aterro sanitárioMarlos Nogueira
O documento discute a recuperação de áreas degradadas por aterros sanitários. Ele explica como os aterros sanitários causam degradação ambiental através da formação de chorume e emissão de gases. Além disso, descreve métodos para recuperar as áreas degradadas, como plantio de gramíneas nos taludes para evitar erosão e deslizamentos de terra.
Prad da nascente e app do córrego do latãoDanielle Rocha
O documento descreve um projeto para recuperar uma nascente degradada em Coimbra, MG, utilizando um Sistema Agroflorestal. O objetivo é elaborar um projeto de recuperação da nascente na propriedade rural Sitio Ribeirão. O projeto inclui cercar a área, plantar aproximadamente 120 mudas nativas, e realizar manejo durante cinco anos para garantir o sucesso da recuperação.
O documento discute lições aprendidas do desastre de Mariana-MG, incluindo a importância da prevenção de riscos e da gestão de emergências por empresas com atividades de alto risco ambiental. Também cobre princípios de políticas ambientais e mineração, além de instrumentos e critérios para recuperação de áreas degradadas.
ATIVIDADE AVALIATIVA DO CURSO DE PÓS‐GRADUAÇÃO
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DAS UNIDADES CURRICULARES
TECNOLOGIAS LIMPAS
E
POLUIÇÃO HÍDRICA, DO SOLO E DO AR
O solo é formado por rochas destruídas e é um sistema vivo que contém diversas formas de vida. Ele é poroso, estratificado e sofre trocas constantes com a atmosfera, hidrosfera e biosfera. O solo desempenha funções vitais como sustentar a vida biológica e ciclar nutrientes, mas pode ser poluído por atividades humanas, causando danos ao meio ambiente.
O documento discute a interferência humana nos subsistemas terrestres e a degradação ambiental resultante. Aborda como a atividade humana afeta a atmosfera, hidrosfera, geosfera e biosfera, levando ao esgotamento de recursos e produção de resíduos. Também apresenta estratégias de preservação ambiental como ordenamento do território, tratamento de resíduos e desenvolvimento sustentável.
O documento discute retrofit de edifícios e reabilitação de áreas urbanas degradadas como alternativas sustentáveis à construção de novos edifícios e à expansão urbana. Apresenta exemplos de projetos de retrofit no Brasil e no exterior e discute objetivos, estratégias, técnicas e legislação relacionadas a esses temas.
Avaliação de uma área degradada e medidas de recuperação com base em diagnost...CEP
O documento descreve um plano para o encerramento de um aterro controlado em Itajubá, Minas Gerais. Ele inclui uma caracterização da área e do meio ambiente, além de sistemas para controlar o chorume, água pluvial e gases produzidos no aterro. O plano objetiva avaliar o comportamento dos resíduos, monitorar impactos ambientais e permitir a recuperação da área após o encerramento.
O documento descreve a história da legislação e da recuperação de áreas degradadas no Brasil desde 1862. Destaca leis importantes como a Constituição Federal de 1988 que estabeleceu o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado e obrigações de recuperação de áreas degradadas. Também menciona a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação em 2000 e do Programa Nacional de Florestas em 2000.
Sim 2014 - Palestra Mineraçao do futuro (Vânia Lúcia)MetsoBrasil
O documento discute os desafios atuais e futuros da mineração, incluindo a necessidade de reduzir custos, impactos ambientais e aumentar a eficiência por meio da inovação tecnológica. A mineração do futuro dependerá de parcerias entre empresas, fornecedores e universidades para desenvolver novas soluções de forma sustentável.
O documento discute a hidrografia e a importância da preservação dos mananciais. Ele explica que a hidrografia estuda as águas do planeta, incluindo rios, oceanos e lençóis freáticos. Também descreve o ciclo da água na natureza e os impactos humanos como a poluição e o desmatamento. Ele enfatiza a necessidade de preservar os mananciais através da proteção das matas ciliares e da adoção de práticas agrícolas sustentáveis.
Este documento descreve um estudo de impacto ambiental para a implantação de um Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) na Chamusca, Portugal. Os principais impactos identificados são os resíduos, a qualidade do ar e a população, emprego e atividades econômicas. O projeto trará benefícios significativos para a gestão adequada de resíduos perigosos e oportunidades de desenvolvimento para a região.
Ppt 16 A Terra, Um Planeta úNico A Proteger IntervecçãO Do Homem CatáSt...Nuno Correia
O documento discute catástrofes naturais e riscos geológicos. Ele analisa desastres naturais em 2004 e 2005, identificando terremotos como a causa que mais vítimas mortais provocou nesses anos. O documento também discute a importância do ordenamento do território para reduzir riscos e promover um desenvolvimento sustentável.
Manual de recuperação de áreas degradadasDiogo Brodt
O documento discute a história da recuperação florestal de áreas degradadas no estado de São Paulo, desde as primeiras décadas do século XX até os dias atuais. Apresenta os principais marcos legais e institucionais que influenciaram as políticas ambientais no Brasil e em São Paulo. Destaca a importância do reflorestamento das matas ciliares e o projeto estadual em andamento para recuperar mais de 1,3 milhão de hectares desses ecossistemas, com apoio de instituições de pesquisa como o Instituto de Bot
Intervenção do Homem nos subsistemas terrestresMarcelo Silva
O documento discute recursos minerais, incluindo sua formação, classificação entre renováveis e não renováveis, usos históricos e atuais, impactos ambientais da extração, e a necessidade de preservação do patrimônio geológico.
O documento discute técnicas de mineração subterrânea no Brasil, incluindo perfuração, desmonte, transporte, contenção e segurança. Aborda métodos como perfuração a jato, ANFO, contenções com telas e cabos, e equipamentos remotos para aumentar a segurança. Também discute tendências de melhoria da higiene e segurança do trabalho visando reduzir acidentes e doenças ocupacionais.
O documento descreve a evolução histórica dos métodos de mineração no Brasil desde os primórdios da colonização até os dias atuais. Inicialmente os métodos eram muito rudimentares, usando ferramentas manuais de madeira e ferro. Ao longo dos séculos, novas técnicas foram introduzidas com a ajuda de engenheiros estrangeiros, como perfuração mecanizada e uso de explosivos. Nas décadas recentes, houve um grande avanço com a adoção de maquinário moderno e técnicas de al
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas Mina de Cascalho na localidade do Ju...Igor Siri
O trabalho tem como base teórica o planejamento de paisagem, o qual possibilita um levantamento da situação atual do empreendimento e um diagnóstico, sugerindo novos cenários de acordo à paisagem.
A proposta baseada em TROPPMAIR (1998), consiste em reconstituir a cobertura vegetal originária para levantar dados ambientais importantes e que foram alterados pelo Homem. Levantou-se características da área a fim de generalizar as várias alterações ocorridas durante um período de 20 anos.
O documento discute a mineração e a recuperação de áreas degradadas. A mineração é importante para a sociedade moderna, mas pode causar impactos ambientais negativos. A recuperação de áreas envolve estabilizar o solo e a química para permitir novos usos, restaurando a biodiversidade e equilíbrio ecológico. Leis brasileiras exigem que as empresas mineiras apresentem planos de recuperação de áreas degradadas.
O documento descreve um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) para um parque eólico. O PRAD tem como objetivos proteger o solo e mananciais de erosão, estabilizar taludes, e recuperar a vegetação nativa. A metodologia inclui identificar áreas a serem recuperadas, produzir mudas em viveiro, e aplicar medidas como drenagem e plantio para recuperar as áreas.
Planta morrem e formam matéria orgânica que é transformada em carvão mineral sob alta pressão e temperatura ao longo de milhões de anos. O carvão é extraído via mineração superficial ou subterrânea e possui impactos ambientais como emissão de poluentes e degradação dos solos e recursos hídricos. Medidas de controle ambiental incluem recuperação de áreas e investimentos em tecnologias limpas.
Recuperação de áreas degradadas aterro sanitárioMarlos Nogueira
O documento discute a recuperação de áreas degradadas por aterros sanitários. Ele explica como os aterros sanitários causam degradação ambiental através da formação de chorume e emissão de gases. Além disso, descreve métodos para recuperar as áreas degradadas, como plantio de gramíneas nos taludes para evitar erosão e deslizamentos de terra.
Prad da nascente e app do córrego do latãoDanielle Rocha
O documento descreve um projeto para recuperar uma nascente degradada em Coimbra, MG, utilizando um Sistema Agroflorestal. O objetivo é elaborar um projeto de recuperação da nascente na propriedade rural Sitio Ribeirão. O projeto inclui cercar a área, plantar aproximadamente 120 mudas nativas, e realizar manejo durante cinco anos para garantir o sucesso da recuperação.
O documento discute lições aprendidas do desastre de Mariana-MG, incluindo a importância da prevenção de riscos e da gestão de emergências por empresas com atividades de alto risco ambiental. Também cobre princípios de políticas ambientais e mineração, além de instrumentos e critérios para recuperação de áreas degradadas.
ATIVIDADE AVALIATIVA DO CURSO DE PÓS‐GRADUAÇÃO
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DAS UNIDADES CURRICULARES
TECNOLOGIAS LIMPAS
E
POLUIÇÃO HÍDRICA, DO SOLO E DO AR
O solo é formado por rochas destruídas e é um sistema vivo que contém diversas formas de vida. Ele é poroso, estratificado e sofre trocas constantes com a atmosfera, hidrosfera e biosfera. O solo desempenha funções vitais como sustentar a vida biológica e ciclar nutrientes, mas pode ser poluído por atividades humanas, causando danos ao meio ambiente.
O documento discute a interferência humana nos subsistemas terrestres e a degradação ambiental resultante. Aborda como a atividade humana afeta a atmosfera, hidrosfera, geosfera e biosfera, levando ao esgotamento de recursos e produção de resíduos. Também apresenta estratégias de preservação ambiental como ordenamento do território, tratamento de resíduos e desenvolvimento sustentável.
O documento discute retrofit de edifícios e reabilitação de áreas urbanas degradadas como alternativas sustentáveis à construção de novos edifícios e à expansão urbana. Apresenta exemplos de projetos de retrofit no Brasil e no exterior e discute objetivos, estratégias, técnicas e legislação relacionadas a esses temas.
Avaliação de uma área degradada e medidas de recuperação com base em diagnost...CEP
O documento descreve um plano para o encerramento de um aterro controlado em Itajubá, Minas Gerais. Ele inclui uma caracterização da área e do meio ambiente, além de sistemas para controlar o chorume, água pluvial e gases produzidos no aterro. O plano objetiva avaliar o comportamento dos resíduos, monitorar impactos ambientais e permitir a recuperação da área após o encerramento.
O documento descreve a história da legislação e da recuperação de áreas degradadas no Brasil desde 1862. Destaca leis importantes como a Constituição Federal de 1988 que estabeleceu o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado e obrigações de recuperação de áreas degradadas. Também menciona a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação em 2000 e do Programa Nacional de Florestas em 2000.
Sim 2014 - Palestra Mineraçao do futuro (Vânia Lúcia)MetsoBrasil
O documento discute os desafios atuais e futuros da mineração, incluindo a necessidade de reduzir custos, impactos ambientais e aumentar a eficiência por meio da inovação tecnológica. A mineração do futuro dependerá de parcerias entre empresas, fornecedores e universidades para desenvolver novas soluções de forma sustentável.
O documento discute a hidrografia e a importância da preservação dos mananciais. Ele explica que a hidrografia estuda as águas do planeta, incluindo rios, oceanos e lençóis freáticos. Também descreve o ciclo da água na natureza e os impactos humanos como a poluição e o desmatamento. Ele enfatiza a necessidade de preservar os mananciais através da proteção das matas ciliares e da adoção de práticas agrícolas sustentáveis.
Este documento descreve um estudo de impacto ambiental para a implantação de um Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) na Chamusca, Portugal. Os principais impactos identificados são os resíduos, a qualidade do ar e a população, emprego e atividades econômicas. O projeto trará benefícios significativos para a gestão adequada de resíduos perigosos e oportunidades de desenvolvimento para a região.
Ppt 16 A Terra, Um Planeta úNico A Proteger IntervecçãO Do Homem CatáSt...Nuno Correia
O documento discute catástrofes naturais e riscos geológicos. Ele analisa desastres naturais em 2004 e 2005, identificando terremotos como a causa que mais vítimas mortais provocou nesses anos. O documento também discute a importância do ordenamento do território para reduzir riscos e promover um desenvolvimento sustentável.
Manual de recuperação de áreas degradadasDiogo Brodt
O documento discute a história da recuperação florestal de áreas degradadas no estado de São Paulo, desde as primeiras décadas do século XX até os dias atuais. Apresenta os principais marcos legais e institucionais que influenciaram as políticas ambientais no Brasil e em São Paulo. Destaca a importância do reflorestamento das matas ciliares e o projeto estadual em andamento para recuperar mais de 1,3 milhão de hectares desses ecossistemas, com apoio de instituições de pesquisa como o Instituto de Bot
Intervenção do Homem nos subsistemas terrestresMarcelo Silva
O documento discute recursos minerais, incluindo sua formação, classificação entre renováveis e não renováveis, usos históricos e atuais, impactos ambientais da extração, e a necessidade de preservação do patrimônio geológico.
O documento discute técnicas de mineração subterrânea no Brasil, incluindo perfuração, desmonte, transporte, contenção e segurança. Aborda métodos como perfuração a jato, ANFO, contenções com telas e cabos, e equipamentos remotos para aumentar a segurança. Também discute tendências de melhoria da higiene e segurança do trabalho visando reduzir acidentes e doenças ocupacionais.
O documento descreve a evolução histórica dos métodos de mineração no Brasil desde os primórdios da colonização até os dias atuais. Inicialmente os métodos eram muito rudimentares, usando ferramentas manuais de madeira e ferro. Ao longo dos séculos, novas técnicas foram introduzidas com a ajuda de engenheiros estrangeiros, como perfuração mecanizada e uso de explosivos. Nas décadas recentes, houve um grande avanço com a adoção de maquinário moderno e técnicas de al
O documento descreve um curso introdutório sobre planejamento e operação de lavra minerária a céu aberto e subterrânea. O curso aborda tópicos como conceitos de planejamento, fases do planejamento de mina, modelos geológicos e econômicos, determinação dos limites da cava e razão de extração de minério e estéril.
Aula 14 equipamentos para escavação e compactação e transporte lHomero Alves de Lima
O documento fornece definições de termos técnicos relacionados a equipamentos de construção civil e classifica máquinas e equipamentos de acordo com sua finalidade e uso. Também descreve os principais componentes e tipos de motores de combustão interna, explicando a diferença entre motores a diesel e a gasolina.
Aula 11 auxiliar de mineração (beneficiamento de minérios)llHomero Alves de Lima
O documento discute o processo de amostragem em mineração, definindo termos como incremento, lote, amostra primária e final. Explica que uma boa amostragem requer o uso da teoria, considerando erros como de ponderação, integração, periodicidade e fundamental. A amostragem deve ser representativa do todo para a característica de interesse.
Aula 15 equipamentos para escavação e compactação e transporte llHomero Alves de Lima
O documento discute a produção horária de equipamentos de escavação. Ele explica que a produção é determinada pela capacidade volumétrica do equipamento multiplicada pelo número de ciclos por hora, considerando fatores como empolamento, compactação, resistência ao rolamento, resistência de rampa, altitude e eficiência. O documento fornece fórmulas e tabelas para calcular esses fatores e seu impacto na produção real versus a produção teórica.
Aula 12 auxiliar de mineração (beneficiamento de minérios) lllHomero Alves de Lima
Este documento discute a aplicação da flotação em coluna no beneficiamento mineral. Ele explica como a flotação em coluna opera de forma semelhante às células mecânicas convencionais, mas com algumas diferenças principais como a geometria, uso da água de lavagem e ausência de agitação mecânica. Também discute as vantagens da flotação em coluna, como maior recuperação de partículas, seletividade e menor custo em comparação com células convencionais.
Aula 10 auxiliar de mineração (beneficiamento de minérios) lHomero Alves de Lima
Este documento descreve os principais processos de beneficiamento de minérios, incluindo fragmentação, classificação, concentração e suas aplicações em minerais industriais, argila, agregados e gemas. Os processos visam preparar granulometricamente os minérios e separar os minerais úteis dos indesejáveis por métodos físicos e químicos. O beneficiamento deve ser realizado de forma a maximizar a recuperação dos minérios e insumos observando a economicidade e proteção ambiental.
The document contains questions about geology, mineralogy, beneficiation, and mining. It asks the reader to define key concepts in these areas, describe processes like the formation of different rock types and beneficiation steps, and provide examples of specific minerals, equipment, and plate tectonics concepts. The questions cover fundamental aspects of earth sciences as they relate to understanding rock formation and mineral extraction through mining and processing operations.
O documento discute as propriedades físicas e classificação de minerais. Explica que minerais são materiais inorgânicos com estrutura cristalina ordenada e composição química homogênea. Detalha as diferenças entre corpos geológicos, rochas e minerais e como suas propriedades como clivagem, fratura e dureza podem ser usadas para identificação.
Aula 06 auxiliar de mineração mineração e (meio ambiente) llHomero Alves de Lima
O documento descreve as principais políticas e órgãos governamentais relacionados ao setor mineral no Brasil, incluindo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a Agência Nacional de Águas (ANA), o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Também discute os requisitos de licenciamento ambiental para atividades de mineração.
O documento discute a seleção e uso de equipamentos de mineração. É importante escolher máquinas que sejam fáceis de operar, atendam leis ambientais e reduzam custos. Fatores como topografia, volume de produção, distâncias de transporte e custos unitários influenciam na escolha do equipamento adequado.
O documento descreve a história da hotelaria desde suas origens na Grécia Antiga até os dias atuais. A hotelaria surgiu para hospedar visitantes nos Jogos Olímpicos e se desenvolveu ao longo das estradas construídas pelos romanos. Após a queda do Império Romano, a hospedagem passou a ser oferecida por mosteiros. A partir do século XII, as hospedarias se estabeleceram ao longo das estradas europeias e leis passaram a regulamentar a atividade hoteleira
Aula 13 auxiliar de mineração (beneficiamento de minérios) l vHomero Alves de Lima
1) O documento descreve diferentes tipos de equipamentos de peneiramento utilizados em mineração, incluindo grelhas, crivos, telas, peneiras fixas, rotativas e vibratórias.
2) É apresentada uma tabela com escalas granulométricas Tyler e Richards.
3) Fatores como eficiência, dimensionamento, capacidade e seleção de equipamentos de peneiramento são discutidos.
O documento apresenta exemplos de como a matemática é usada em situações do cotidiano, como na compra de pães em uma padaria e na localização de endereços em um mapa de rua. É mostrado como expressões matemáticas podem ser usadas para modelar essas situações e resolver problemas relacionados, como calcular preços e encontrar coordenadas de locais.
O documento discute gráficos e tabelas, meios de comunicação que transmitem grandes volumes de informações de forma concisa e fácil de interpretar. Explica como ler e interpretar dados em tabelas e gráficos, dando exemplos de como extrair informações sobre a Copa do Mundo através de uma tabela. Também mostra como usar tabelas para resolver problemas do dia-a-dia.
Os textos discutem a produção energética no Brasil, abordando a redução da geração hidrelétrica e o aumento das termelétricas poluentes. Isso ocorre porque os leilões de energia privilegiam usinas rápidas de construir, mesmo que poluam mais. Alguns defendem que há alternativas sustentáveis, mas outras visões apontam limites tecnológicos das fontes renováveis hoje.
1) O documento contém 10 exercícios de português com respostas sobre diferentes aspectos linguísticos como discurso direto, indireto, tempo verbal etc.
2) Os exercícios abordam tópicos como a organização sintática de períodos, a transposição de falas para o discurso indireto e as características da narração em obras literárias como o ponto de vista.
3) Há também questões sobre elementos estruturadores da narrativa como lugar, época, personagens e o fato narrado.
O documento discute conceitos estatísticos como probabilidade, amostragem e fenômenos aleatórios versus determinísticos. Exemplos como lançar uma moeda ou dado são usados para explicar esses conceitos e como calcular a probabilidade de resultados possíveis. A importância de selecionar amostras representativas da população total é também discutida.
O documento discute a evolução da teoria da evolução nos últimos 150 anos. A teoria acumulou evidências como o DNA e a correspondência de 90% entre o DNA humano e de chimpanzés, confirmando a sugestão de Darwin de um ancestral comum. Também mostra como o entendimento da evolução ajuda a compreender melhor o funcionamento dos genes.
1. O documento descreve duas áreas degradadas pela mineração de carvão em Santa Catarina, chamadas de Área A e Área B. A Área A está localizada em uma zona urbana densamente povoada, enquanto a Área B fica em uma zona rural. Ambas as áreas contêm pilhas de rejeitos carbonosos e bocas de minas abandonadas.
2. O documento sugere medidas de mitigação para as duas áreas, incluindo a remoção total dos rejeitos com conformação topográfica e revegetação na Área
O documento discute a mineração na Amazônia, seus impactos ambientais e conflitos. A mineração na região é importante para a economia brasileira, porém causa danos como desmatamento e poluição da água. Existem também conflitos em torno da distribuição de recursos para as comunidades locais.
O documento descreve o rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG) em 2015, que liberou rejeitos tóxicos nos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce. Detalha os principais impactos ambientais, como a morte de peixes e alteração da qualidade da água, e as ações de contenção de rejeitos e recuperação ambiental empreendidas desde então pela Fundação Renova.
Aula V - Mineracao e Impactos Amb - Slides.pdfhunt3rxl
1. O documento discute o regime jurídico da mineração no Brasil e seus impactos ambientais. Apresenta os principais riscos da atividade de mineração, como a geração de resíduos sólidos e o uso de barragens para armazenamento.
2. Destaca acidentes com barragens no Brasil e a necessidade de novas tecnologias e métodos construtivos para reduzir riscos e impactos ambientais da atividade, como a filtragem de lamas e o empilhamento de rejeitos.
3. Enfatiza
Este documento discute a viabilidade de usar resíduos de construção e demolição (RCD) reciclados como agregado em compósitos de solo-cimento. Foi realizada uma caracterização química e física do RCD para avaliar seu uso como substituto parcial de solo em misturas com cimento. Os resultados indicaram que misturas com 50%, 75% e 100% de RCD atenderam aos requisitos técnicos para aplicação como solo-cimento.
Problemas e Potencialidades dos Recursos do SubsoloCatarina Castro
O documento discute os problemas e potencialidades da exploração dos recursos do subsolo em Portugal. Entre os principais problemas estão os altos custos de exploração, o baixo valor econômico dos minérios e o impacto ambiental negativo. No entanto, existem perspectivas positivas no aproveitamento sustentável desses recursos para reduzir a dependência externa e tornar Portugal mais competitivo.
O documento descreve a Companhia Riograndense de Mineração (CRM), criada em 1969 no Rio Grande do Sul para explorar e beneficiar carvão mineral. A CRM busca produzir carvão de forma sustentável e socialmente responsável, preservando o meio ambiente e contribuindo para o desenvolvimento do estado. Além disso, a CRM realiza processos de recuperação de áreas mineradas e tratamento de água para minimizar os impactos ambientais de suas operações.
Este documento resume uma audiência pública sobre as operações da mineradora Yamana Gold na cidade de Jacobina, Bahia. A audiência discute os impactos ambientais e sociais causados pela mineração, incluindo a contaminação por arsênio e cianeto, os danos à saúde dos moradores locais, e as propostas de compensação apresentadas pela prefeitura e moradores.
O documento descreve projetos de pesquisa realizados entre 1989-1996 sobre os impactos ambientais do garimpo de ouro no Pantanal, Amazônia e bacia do Rio Teles Pires, incluindo: estudos sobre o ciclo do mercúrio, contaminação de peixes, emissão de mercúrio por diferentes tipos de garimpos e seus impactos físicos e de poluição química. Os projetos envolveram várias instituições e buscaram avaliar os impactos socioambientais da atividade garimpeira nessas regiões
Art estudo de caso da utilização do rcd (resíduos de construção e demolição)...Petiano Camilo Bin
1) O documento descreve um estudo de caso sobre o uso de resíduos de construção e demolição (RCD) na reparação de ruas e avenidas em Piracicaba, São Paulo.
2) O RCD foi analisado e uma metodologia foi proposta para usar a porção mineral do RCD, adicionando cimento, para fechar valas após reparos no sistema de água e esgoto.
3) Isso permite reutilizar o RCD como matéria-prima, contribuindo para a preservação ambiental e atendendo aos requisitos leg
Aula V - Mineracao e Impactos Amb - Slides.pptxAlanyLima
O documento discute o regime jurídico da atividade de mineração no Brasil e os principais impactos ambientais relacionados, como a geração de resíduos sólidos e riscos de barragens de rejeitos. Apresenta também os principais marcos legais sobre mineração e meio ambiente no país.
O documento descreve o projeto Recife Energia, que inclui a implantação de uma usina termoelétrica para geração de energia a partir dos resíduos sólidos urbanos da cidade de Recife. O projeto substitui o antigo aterro sanitário Muribeca e tem como objetivos tratar todo o lixo de forma sustentável, gerar energia limpa e reduzir custos com destinação final dos resíduos.
Centro de certificação_de_destinação _campinaspbjunior
1) A proposta discute a criação de novas capacidades de tratamento de resíduos sólidos urbanos em Campinas para garantir soluções ambientais, sociais e financeiramente corretas no futuro.
2) Os locais de despejo de lixo serão extintos e é necessário encontrar alternativas mais sustentáveis para lidar com o aumento nos custos e na contaminação causada pelo lixo.
3) Existe um plano municipal em andamento em Campinas que pode permitir encontrar a solução correta para este problema.
Este documento resume um estudo sobre a produção de concreto auto-adensável (CAA) utilizando resíduos do processamento de granito e mármore. Os resultados demonstraram que é possível produzir um CAA de boa qualidade usando este resíduo, que atende aos requisitos de espessamento, caixa L e funil V. A resistência à compressão atingiu 43MPa aos 28 dias, mostrando o potencial deste material como substituto parcial em CAA. Mais estudos são necessários sobre a durabilidade e concentração ideal deste resíduo
O documento apresenta uma avaliação da qualidade da água da bacia do Rio das Velhas frente aos empreendimentos industriais e de mineração entre 1997 e 2016. Os índices de qualidade da água, contaminação por tóxicos e estado trófico melhoraram no período, principalmente na região Alto Velhas devido ao tratamento de efluentes. No entanto, há potencial para melhorias no tratamento de esgoto e parâmetros como arsênio, cianeto e nitrogênio na região entre Arrudas e Jaboticatubas. O
1. O documento discute os principais desafios das metrópoles brasileiras, incluindo a dissociação entre localização de empregos e moradia e a dispersão populacional.
2. Entre 1990-2010, a mancha urbana de São Paulo cresceu 68% em áreas de proteção ambiental, comprometendo recursos hídricos.
3. O texto propõe a implementação de parques lineares ao longo de rios e córregos para promover a sustentabilidade urbana em São Paulo.
1) A cidade de Ilha de Moçambique planeja processar fertilizantes orgânicos a partir de resíduos sólidos para uso na agricultura. Eles assinarão acordos para fornecer esses fertilizantes e usarão os lucros para pagar jovens e manter equipamentos.
2) Um estudo recomenda reclassificar espécies florestais em Moçambique de acordo com níveis de exploração e demanda para melhor gerenciar os recursos florestais.
3) A aplicação deficiente da lei florestal em Moç
A Mina Rio Pio será uma nova mina de carvão a céu aberto em Treviso, Santa Catarina. A mina terá uma produção de aproximadamente 50.400 toneladas de carvão bruto por mês, dos quais 20.000 toneladas serão processadas em outra instalação para serem usadas na geração de energia. A mina usará o método de câmaras e pilares para extrair o carvão em subsolo através de túneis e galerias.
Semelhante a Aula 09 auxiliar de mineração (métodos de lavra) lll (20)
O documento fornece dicas importantes sobre como aprender de forma efetiva em cursos online, enfatizando a importância de aprender o conteúdo em profundidade em vez de apenas terminar o curso. Também discute a importância de explorar ilustrações, buscar complementar a aprendizagem com leituras extras e aplicar o conteúdo na prática diária.
Os textos discutem a produção energética no Brasil, abordando a redução da geração hidrelétrica em favor das termelétricas poluentes, em desacordo com o desenvolvimento sustentável. Um autor defende que combater hidrelétricas e usinas nucleares na verdade apoia as fontes fósseis, enquanto outro alerta que a alternativa das energias renováveis ainda é insuficiente para o país.
O documento apresenta 30 questões sobre matemática e suas tecnologias, abordando tópicos como geometria, porcentagem, medidas, entre outros. As questões propõem exercícios e problemas para serem resolvidos.
A tribo indígena suruí da Amazônia brasileira está usando tecnologias como a Internet, GPS e Google Earth para proteger sua terra natal contra a destruição da floresta tropical. O cacique Almir Narayamoga Suruí usa o Google Earth para navegar e identificar a área de 2.428 quilômetros quadrados que é o lar de sua tribo de 1.300 membros.
O documento discute a estruturação de parágrafos, incluindo o tamanho ideal, a idéia central e exemplos. Explica que um parágrafo deve ter uma ideia principal apoiada por ideias secundárias, e que o tamanho pode variar de acordo com o assunto e o leitor.
O documento discute diferentes tipologias textuais como descrição, narrativa e dissertação. Ele explica as características de cada tipo textual, incluindo elementos como tempo, espaço e personagens para narrativas, e introdução, desenvolvimento e conclusão para dissertações. Além disso, aborda outros gêneros textuais como crônica, currículo e fábula.
O documento lista diferentes tipos de textos e estruturas textuais como descrição, texto jornalístico, crítica, crônica, currículo e fábula. Também aborda conceitos como discurso direto e indireto, dissertação, redação do ENEM, plano, proposta de redação, estruturação de parágrafos e dicas para elaboração de redações. Por fim, inclui exercícios sobre os tópicos apresentados.
O documento apresenta um caderno de exercícios de matemática para o ENEM, com nove questões sobre números naturais, inteiros, racionais e reais. O objetivo é que os estudantes possam treinar conceitos e habilidades avaliados na prova. As questões abordam temas como medidores, padrões numéricos, situações-problema e probabilidade.
O documento discute a variação de grandezas no dia-a-dia e como a matemática pode ajudar a compreender e resolver problemas relacionados a isso. Ele introduz o conceito de grandezas e como compará-las usando razões e proporcionalidade direta. Exemplos com preço de gasolina e número de pizzas ilustram como calcular valores desconhecidos a partir da relação entre grandezas.
1) O documento discute medidas e sistemas de medidas, incluindo a necessidade de padronização e precisão. 2) Apresenta o Sistema Internacional de Unidades como um padrão global e define unidades como metro, metro quadrado e metro cúbico. 3) Discutem conversões entre unidades e escolha apropriada de unidades para diferentes contextos.
1) O documento discute como conceitos geométricos como retas paralelas, perpendiculares e circunferências são usados intuitivamente para resolver problemas da vida cotidiana e como esses conceitos foram formalizados pela matemática. 2) Exemplos históricos mostram como o Teorema de Pitágoras, relacionando os lados de um triângulo retângulo, já era usado por egípcios há milhares de anos para construir edifícios retos. 3) A geometria pode ser usada para modelar e explicar situações
O documento discute os diferentes tipos de números e como eles são usados no dia a dia. Explica que os números naturais, inteiros, racionais e reais são construídos e ampliados para representar quantidades. Também discute a origem do sistema numérico hindu-arábico e como as frações surgiram para medir quantidades não inteiras.
O documento discute lógica e argumentação, destacando a importância da argumentação na matemática e no dia a dia. Explica como argumentos devem ser claros e ter relação lógica para convencer alguém de uma ideia. Também aborda silogismos, indução, dedução e a necessidade de se ter mais de um exemplo para provar uma propriedade matemática.
O documento discute a matemática como uma construção humana desenvolvida ao longo do tempo para resolver problemas do dia a dia. Explica como os primeiros homens usaram contagem e proporcionalidade para trocar bens e como símbolos e linguagem matemática foram desenvolvidos posteriormente. Também aborda como outros campos como astronomia, agrimensura e física contribuíram para o desenvolvimento da trigonometria.
O documento apresenta o conteúdo programático de um curso de matemática a distância, dividido em 9 aulas que abordam tópicos como a construção histórica da matemática, lógica e argumentação, números, formas geométricas, medidas, grandezas, estatística e aplicações da matemática na vida diária.
Caderno de exercícios de linguagens – códigos e suas tecnologiasHomero Alves de Lima
O documento apresenta um caderno de exercícios com questões sobre línguas, códigos e tecnologias para a Prova do ENEM. As questões abordam competências como aplicar tecnologias da comunicação e informação, reconhecer posições críticas aos usos sociais das linguagens e relacionar informações nos sistemas de comunicação considerando sua função social.
O documento discute as tecnologias de comunicação e informação e sua presença constante em nossas vidas. Explica que aparelhos como telefone, televisão, computador, rádio, cartas, livros e outros permitem transmitir informações ou comunicar-se à distância. Descreve como a escrita revolucionou a capacidade humana de armazenar e transmitir conhecimento de geração em geração.
Este capítulo discute as variedades linguísticas da língua portuguesa e como elas são internalizadas pelos falantes desde cedo. Aprendemos a estrutura da nossa língua materna por meio do contato diário com outros falantes antes mesmo de saber ler e escrever. Na escola, somos introduzidos à variedade culta padrão, mas todas as variedades são igualmente válidas.
O documento discute a importância de se entender diferentes pontos de vista. João inicialmente vê o vizinho como bom, mas depois muda de opinião quando o vizinho pede dinheiro emprestado. O texto argumenta que as opiniões podem mudar dependendo das circunstâncias.
O documento discute a vida em uma sociedade letrada e a importância de compreender os diferentes sistemas simbólicos e linguagens. Explica que vivemos em uma sociedade onde a escrita é fundamental para a cultura, comunicação e transmissão de conhecimento. Também destaca a diferença entre sociedades com e sem escrita e enfatiza que a leitura e escrita estão profundamente presentes em nossas vidas.
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Aula 09 auxiliar de mineração (métodos de lavra) lll
1.
2. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
• Melhoria das relações de vizinhança com os pro-
prietários das terras vizinhas ao empreendimento;
• Planejamento das operações de lavra e de bene-
ficiamento de acordo com as disposições legais que
regulam o uso e ocupação do solo na região.
A solução dos conflitos originados da atividade de mine-
ração, principalmente em APP (áreas de preservação per-
manente), exige uma coordenação dos poderes públicos
que atuam no setor mineral, em conjunto com a socieda-de
civil e com os empresários, de modo que sejam imple-
mentadas normas e procedimentos com critérios claros.
Um grupo de trabalho, atualmente, está estudando a
ela-boração de uma minuta de resolução para ser
submetida ao Plenário do CONAMA, com o objetivo de
possibilitar a mineração em APP dentro dos princípios do
desenvolvi-mento sustentável.
O minerador brasileiro tem feito esforços para acompa-nhar
as demandas atuais em torno da questão ambiental e a
mineração. As empresas estão, em sua maioria, apli-cando
técnicas mais modernas e ambientalmente mais sa-
tisfatórias. Os entrevistados citaram várias empresas que
atuam com excelentes tecnologias ambientais, dentro dos
princípios do desenvolvimento sustentável, das quais se
destacam: Cantareira, CBA, Copelmi, CBNM, Embu, Jun-du,
MBR, Samitri, Samarco, Vigne, Viterbo, dentre outras.
Várias empresas estão promovendo os estudos necessá-
rios à implantação da ISO 14.001, tendo algumas impor-
tantes empresas já implantado essa norma.
Em geral, as empresas de mineração já vêem a necessi-
dade de serem internalizados os custos de recuperação
ambiental e, já reconhecem como legítimas as reivindica-
ções das comunidades, incorporando em suas práticas a
responsabilidade social.
3. PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DA
MINERAÇÃO
No Brasil, os principais problemas oriundos da mineração
podem ser englobados em quatro categorias: poluição da
água, poluição do ar, poluição sonora, e subsidência do
terreno.
Em geral, a mineração provoca um conjunto de efeitos não
desejados que podem ser denominados de externali-
dades.Algumas dessas externalidades são: alterações am-
bientais, conflitos de uso do solo, depreciação de imóveis
circunvizinhos, geração de áreas degradadas e transtor-nos
ao tráfego urbano. Estas externalidades geram con-flitos
com a comunidade, que normalmente têm origem quando
da implantação do empreendimento, pois o em-preendedor
não se informa sobre as expectativas, anseios e
preocupações da comunidade que vive nas proximida-des
da empresa de mineração. (BITAR, 1997).
O Quadro 2 apresenta uma síntese dos principais impac-tos
ambientais na produção brasileira das seguintes subs-
tâncias minerais: ferro, ouro, chumbo, zinco e prata, car-
vão, agregados para construção civil, gipsita e cassiterita.
PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS DA MINERAÇÃO
NO BRASIL
Substância Mineral Estado Principais problemas Ações
Preventivas e ou Corretivas Ferro MG Antigas barragens
de contenção, poluição de águas superficiais, Cadastra-
mento das principais barragens de decantação em ati-
vidade e as abandonadas; Caracterização das barragens
quanto a estabilidade; Preparação de estudos para esta-
bilização
PA
Utilização de mercúrio na concentração do ouro de forma
inadequada; aumento da turbidez, principalmente na re-
gião de Tapajós Divulgação de técnicas menos impactan-
tes; monitoramento de rios impactantes; monitoramento
de rios onde houve maior uso de mercúrio
MG
Rejeitos ricos em arsênio; aumento da
turbidez,Mapeamento e contenção dos rejeitos
abando-nados
Ouro MT
Emissão de mercúrio na queima de amálgama
Divulgação de técnicas menos impactantes Chumbo,
Zinco e Prata São Paulo
Rejeitos ricos em arsênio Mapeamento e contenção dos
rejeitos abandonados
Chumbo BA
Rejeitos ricos em arsênio Mapeamento e contenção dos
rejeitos abandonados
Zinco RJ
Barragem de contenção de rejeito, de antiga metalurgia,
em péssimo estado de conservação
Realização das obras sugeridas no estudo contratado pelo
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Carvão SC
Contaminação das águas superficiais e subterrâneas pela
drenagem ácida provenientes de antigos depósitos de
re-jeitos
Atendimento às sugestões contidas no Projeto Conceitual
para Recuperação da Bacia Carbonífera Sul Catarinense
RJ Produção de areia em Itaguaí/Seropédica: contamina-
ção do lençol freático, uso futuro da terra comprometido
devido a criação desordenada de áreas alagadas
Disciplinamento da atividade; Estudos de alternativas de
abastecimento
SP Produção de areia no Vale do Paraíba acarretando a
3. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
destruição da mata ciliar, turbidez, conflitos com uso e
ocupação do solo acidentes nas rodovias pelo causados
transporte
Disciplinamento da atividade; Estudos de alternativas de
abastecimento e de transporte de alternativas de abaste-
cimento e de transporte Agregados para construção civil
RJ e SP Produção de brita nas Regiões Metropolitanas do
Rio de Janeiro e São Paulo, acarretando: vibração ruído,
emissão de particulado, transporte, conflitos com uso e
ocupação do solo.
Aplicação de técnicas menos impactantes:
Estudos de alternativas de abastecimento
Calcário MG e SP Mineração em áreas de cavernas com
impactos no patrimônio espeleológico Melhor disciplina-
mento da atividade através da revisão da Resolução
Conama n o 5 de 06/08/1987
Gipsita PE Desmatamento da região do
Araripe devido a utilização de lenha nos fornos de
queima da gipsita
Utilização de outros tipos de combustível e incentivo ao
reflorestamento com espécies nativas
Cassiterita RO e AM Destruição de Florestas e leitos de
rios
Racionalização da atividade para minimizar os impactos
A produção de ouro no Brasil remonta ao século 17. As
principais regiões produtoras estavam localizadas nos Es-
tados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e São Paulo. A
partir dos anos 60, a atividade garimpeira migrou para a
Região Amazônica que tornou-se uma grande produto-ra.
Essa atividade deixou um grande passivo ambiental,
devendo serem destacados os passivos ambientais dos
garimpos de Tapajós, Poconé, Rio Madeira, Gurupí, Alta
Floresta, Peixoto de Azevedo e Serra Pelada.
Os principais impactos ambientais decorrentes dessa ati-
vidade são:
a) desmatamentos e queimadas;
b) alteração nos aspectos qualitativos e no
regime hidrológico dos cursos de água;
c) queima de mercúrio metálico ao
ar livre;
d) desencadeamento dos processos erosivos;
e) mortalidade da
ictiofauna;
f) fuga de animais silvestres;
g) poluição química provocada pelo mercúrio metáli-co
na hidrosfera, biosfera e na atmosfera (IPT, 1992).
Os problemas ambientais originados pela mineração de
materiais de uso imediato na construção civil (areia, brita e
argila) e os conflitos com outras formas de uso e ocupa-ção
do solo vêm conduzindo a uma diminuição crescente de
jazidas disponíveis para o atendimento da demanda das
principais regiões metropolitanas. (MACHADO, 1995).
Este fato dificultará os programas e metas para constru-
ção de casas, estradas e obras de saneamento.
Utilizando-se o consumo per capita de cimento como in-
dicador, onde se verifica que o Brasil apresenta um baixo
consumo, conforme a Tabela 1, espera-se um aumento
de demanda expressivo dos agregados para uso
imediato na construção civil. O consumo de cimento no
Brasil passou de 25.000.000 t em 1995, para 40.000.000
em 1998, man-tendo-se relativamente estável esses
consumo até 2001 (SNIC, 2001).
Tabela 1
Consumo per Capita de Cimento Portland em 2000
País Kg/habitante
Argentina 170
Brasil 232
Costa Rica 297
México 307
Estados Unidos 415
Canadá 296
Alemanha 434
Itália 661
Espanha 958
França 350
Portugal 1.048
Turquia 483
Japão 562
China 431
Coréia do Sul 971
Os impactos da mineração em área urbana sobre o meio
antrópico reveste-se de especial importância devido ao
alto grau de ocupação urbana, que são agravados, face à
proximidade entre as áreas mineradas e as áreas habita-
das. É o caso dos impactos visuais, resultantes dos altos
volumes de rocha e solos movimentados e às dimensões
da cava ou da frente de lavra. O desconforto ambiental
pode ser sentido mesmo quando as emissões estiverem
abaixo dos padrões ambientais estabelecidos. Os impac-
tos causados sobre a saúde, por outro lado, dificilmen-te
ocorrem quando estes limites são respeitados. (DIAS,
2001).
A partir da década de 90, a mineração de agregados, prin-
cipalmente a de brita, nas regiões metropolitanas, tem feito
esforços para acompanhar as demandas atuais da le-
gislação ambiental, incorporando ao processo produtivo o
gerenciamento ambiental no planejamento do empreen-
dimento, com a correta aplicação das técnicas de lavra e a
adequação a determinados parâmetros. (SINTONI, 1994).
O carvão catarinense foi descoberto em 1822. Durante o
MétodosdeLavra
4. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
século XIX predominavam as pequenas produções, com
extração totalmente manual, possibilitando uma lavra
se-letiva.
No início do século XX, principalmente a partir de 1930 e
1940, foram elaboradas as primeiras leis que obrigavam
o consumo, pelas indústrias nacionais, de 10 e 20%, res-
pectivamente, do carvão nacional em substituição ao im-
portado.
A partir de 1961 foi abandonada a mineração seletiva, e o
produto minerado continha de 60 a 65% de estéril,
tornando seu transporte antieconômico ao Lavador Cen-tral
de Capivari. Assim, foram instalados prélavadores nas bocas
das minas para produzir o chamado “carvão pré--lavado”,
com 28 a 32 % de cinzas, o qual era enviado ao Lavador de
Capivari. Os rejeitos xistoso e piritoso produzi-dos nos pré-
lavadores foram sendo depositados, durante décadas,
próximos aos pré-lavadores, causando grande impacto
ambiental, principalmente devido à presença da pirita. As
drenagens ácidas são provenientes dos rejeitos contendo
sulfetos, em forma de pirita, que ao ficarem ex-postos à
água e ao ar, oxidam-se gerando acidez. Este pas-sivo
ambiental até hoje causa danos aos recursos hídricos da
região.
Os Governos Federal e Estadual e o mineradores de car-vão
de Santa Catarina foram condenados em Sentença da
Justiça Federal, em janeiro de 2000, a promover toda a
recuperação ambiental da região afetada pela mineração
carvão no prazo de três anos. Com o objetivo de atender a
sentença citada, os réus criaram um Comitê Gestor que está
desenvolvendo estudos e trabalhos de recuperação
ambiental, que resultou no Projeto Conceitual para Recu-
peração Ambiental da Bacia Carbonífera Catarinense, ela-
borado pelo CETEM, CANMET, órgão do Natural Resour-ces
do Canada e SIECESC Sindicato da Indústria de Carvão do
Estado de Santa Catarina.
4. CONTROLE AMBIENTAL DA MINERAÇÃO NO BRASIL
EM RELAÇÃO A OUTROS PAÍSES
De um modo geral, cada país tem suas peculiaridades no
tratamento das concessões minerais e no gerenciamento
ambiental dessa atividade.
Dentre os países de relevância na produção mineral se
destacam: a África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá e Es-
tados Unidos.
No Brasil e na África do Sul, o Governo Central possui ór-
gãos federais concedentes, enquanto nos demais países
os Estados, Províncias e Territórios têm o controle da ati-
vidade mineral.
Com relação a gestão ambiental na mineração, é bem va-
riada a atuação
governamental. Na África do Sul, o Governo Central es-
tabelece normas gerais através do Departamento de
Negócios Ambientais e Turismo. Os governos provinciais
atuam no detalhamento das normas gerais de interesse
da região.
Na Austrália, o Ministério de Recursos Naturais e o Minis-
tério do Meio Ambiente trabalham em conjunto nas ques-
tões de controle ambiental na mineração: a agência Fe-
deral EPA – Environment Protection Agency trabalha com
Estados e Territórios na avaliação de impactos, cabendo
a estes últimos seu controle e fiscalização. (TEIXEIRA, et.
ali., 1997).
No Brasil, o Governo Federal, através doCONAMA, esta-
belece normas gerais, cabendo aos Estados e Municípios
fixarem procedimentos de seu interesse , bem como li-
cenciar, controlar e fiscalizar.
No Canadá, o Governo Federal atua prioritariamente nas
reservas indígenas e nos parques nacionais; nos parques
e terras provinciais, as regulamentações são de exclusivi-
dade dos governos provinciais.
Nos Estados Unidos, a questão do meio ambiente na mi-
neração é de responsabilidade direta dos Estados,
poden-do a União interferir quando solicitada.
No Quadro 3 é apresentada uma sinopse comparada da
mineração e meio ambiente nos países citados.
SINOPSE COMPARADA DA MINERAÇÃO E MEIO
AMBIEN-TE
PAÍSES África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá e Estados
Unidos.
Domínio:
Os recursos minerais pertencem à sociedade
Os recursos minerais pertencem à Coroa.
Estados e territórios possuem jurisdição sobre seus
recur-sos minerais.
Os recursos minerais são bens da União.
Os minerais exceto ouro, prata, óleo e gás estão incorpo-
rados à terra e pertencem ao proprietário do solo
Os direitos sobre os bens minerais pertencem ao
proprie-tário do solo
Ação do Estado Jurisdição do MMEA – que engloba o
DMEA, órgão concedente.
Estados e Territórios contam com contam com Departa-
mento de Minas ou equivalente.
União legisla sobre recursos minerais.
O controle efetivo da mineração está a cargo das Provín-
cias.
O Governo Federal atua supletivamente, quando a mine-
ração interfere em questões de pesca, direitos indígenas,
negócios e comércio, ferrovias e energia atômica.
A gestão mineral é de responsabilidade dos Estados.
Meio Ambiente
O Governo Central legisla e atua através do
Departamento de Negócios Ambientais e Turismo.
Províncias também atuam nas questões
ambientais. Ministério de Recursos Naturais -
Ministério do Meio Ambiente-
EPA – Environment Protection Agency avalia impac-tos
ambientais Juntamente com Estados eTerritórios.
5. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
União(CONAMA),Estados e Município legislam e atuam
nas questões ambientais; Reservas indígenas são regula-
das pelo Indian Act. Além de tais reservas o governo
Federal tem atuação nos parques nacionais. Nos parques
e terras provinciais as regulamentações são exclusivas
dos governos provinciais.
A gestão do meio ambiente é de responsabilidade dos
Es-tados.
5. PRINCIPAIS PROBLEMAS DAS QUESTÕES AMBIENTAIS
NA MINERAÇÃO BRASILEIRA
De um geral, os mineradores e especialistas entrevista-
dos consideram que a legislação ambiental é extensa e
avançada, porém conflitante, criando dificuldades na sua
aplicação, necessitando uma compatibilização, pois a sua
aplicabilidade deixa muito a desejar por uma série de fa-
tores dos quais podemos destacar os seguintes:
a) A legislação ambiental é relativamente recente, e,
em muitos casos, conflita com a legislação mineral,
que data de 1967, pois estabelece prazos incompatí-
veis com a legislação mineral;
b) O Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONA-
MA – vem estabelecendo várias resoluções que, em
muitos casos, estão aumentando as restrições à ati-
vidade mineral;
c) Melhor estruturação e aparelhamento dos órgãos
federais, envolvidos no licenciamento e na fiscaliza-
ção, agregando um maior número de profissionais
especializados em mineração e meio ambiente. Os
principais órgãos federais envolvidos nessas ativida-
des, DNPM e IBAMA, estão, em suas sedes em Brasí-
lia, relativamente bem aparelhados, e, contam com
um número razoável de pessoal qualificado, fato
este que destoa com suas representações estaduais;
d) Os órgãos estaduais, os principais responsáveis pelo
licenciamento e fiscalização dos empreendimen-tos
minerais, desde a fase de pesquisa até a lavra – LP, LI e
LO, salvo raríssimas exceções, não dispõem de es-
trutura e nem de profissionais qualificados em meio
ambiente/mineração para o desempenho de suas
atribuições.
Ressalte-se que, está havendo um esvaziamento do
quadro de profissionais desses órgãos em face aos
baixíssimos salários praticados. Essa situação é agra-
vada pelo aumento de solicitações de licenças e fis-
calizações;
e) Vários empreendimentos de grande porte,
perten-centes a empresas que dispõem de recursos
técnicos e financeiros para execução dos estudos
ambientais exigidos no licenciamento, muitas vezes
vêm sofren-do atrasos na liberação ou renovação
das competen-tes licenças por falta de estrutura de
análise dos ór-gãos licenciadores e fiscalizadores;
f) Em muitos Estados da Federação e algumas Pre-
feituras verifica-se a existência de mais de um órgão
licenciador da atividade mineral, com legislações e
normas conflitantes entre si, acarretando atrasos e
prejuízos irreparáveis aos empreendedores;
g) O Ministério Público, em vários Estados, vem au-
mentando a sua atuação na área ambiental, devido ao
vazio criado pelas dificuldades de atuação dos órgãos
fiscalizadores, provocando, em muitos casos,
gravíssimos problemas ao minerador. Em alguns dos
mais importantes Estados, o Ministério Público criou
um corpo de assessores técnicos, com boa remunera-
ção, que emitem pareceres que conflitam com aque-
les emitidos pelos órgãos de meio ambiente.
As determinações MP, muitas vezes, sem um bom emba-
samento técnico e a sensibilidade necessária, vem colo-
cando o minerador e os órgãos federais, estaduais e mu-
nicipais em situações de impasse.
Como o minerador está superando os conflitos acima
descritos? O grande minerador, que em geral, dispõe de
corpo técnico e de recursos financeiros, apesar de alguns
atropelos e atrasos, tem conseguido administrar esses
conflitos, que muitas vezes ocasionam prejuízos
irrepará-veis. Com relação ao pequeno minerador resta,
na maio-ria dos casos, o descumprimento da legislação.
O fechamento de mina (internacionalmente designado
decommissioning, mine closure ou cierre de mina), é um
tema recente no Brasil, o qual vem se materializando
gradativamente no ordenamento jurídico nacional, a
par-tir do advento da Constituição Federal de 1988.
(Souza, 2002).
O art. 225, § 2º desta Constituição impõe àquele que ex-
plorar recursos minerais a responsabilidade de recuperar
os danos ambientais causados pela atividade de minera-
ção, consistente na obrigação de recuperar o meio am-
biente degradado, de acordo com a solução técnica
exigi-da pelo órgão público competente, na forma de lei.
A matéria está regulamentada pelo Decreto nº 97.632,
de 10.04.1989, eis que não existe a lei infra-
constitucional específica disciplinando a recuperação de
áreas degrada-das pela mineração.
A peculiaridade da questão do fechamento de uma mina
decorre do processo de mudança de uso da área sendo
fundamental, que sejam observadas as imposições le-
gais que derivam deste fato, relativas ao fechamento da
mina propriamente dita, necessidade de licenciamento
da nova forma de uso, à responsabilidade do minerador
pelo cumprimento da obrigação de executar o plano de
recu-peração de área degrada aprovado pelo órgão
ambiental competente. (Souza, op. cit,).
Portanto, o minerador tem a obrigação de implantar o
plano de recuperação de área degrada pela atividade de
mineração aprovado pelo órgão ambiental competen-te,
que contempla o uso futuro da área de influência da
mina, após o fechamento da mesma.
Na 5ª Conferência dos Ministérios de Minas das Américas
(CAMMA), realizada em Vancouver, Canadá, nos dias 5 e 6
de outubro de 1999, os Ministérios de Minas e Ener-gia das
Américas, respeitando as jurisdições de cada País,
acordaram que as etapas de desativação e fechamento dos
projetos minerais deve ser considerada desde o início do
desenvolvimento do projeto, constituindo o plano de
MétodosdeLavra
6. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
desativação planificado um elemento necessário para
que a mineração contribua para o desenvolvimento
sustentá-vel, facilitando assim a existência de condições
claras e estáveis para alcançar o bem estar econômico,
ambiental e social.
Embora a legislação Brasileira já tenha estabelecido a sis-
temática acordada pelos Ministérios de Minas das Amé-
ricas, como antes demonstrado, muito se tem debatido a
respeito da extensão e abrangência do plano de fecha-
mento de mina. (Souza, op. cit,).
O Diretor Geral do Departamento Nacional da Produção
Mineral - DNPM, editou a Portaria nº 237, de 18.10.2001,
alterada pela Portaria nº 12, de 22.01.2002, instituindo as
Normas Reguladoras de Mi neração (NRM´s), tendo a NRM
nº 20 disciplinado os procedimentos administrativos e
operacionais em caso de fechamento de mina.
Em 21 de agosto de 2002, o Diretor Geral do DNPM
editou a portaria n° 375 criando um grupo de trabalho
GT, com a participação de entidades governamentais e
organizações privadas representativas de diversos
setores da minera-ção, para, no prazo de 120 (cento e
vinte) dias, elaborar uma proposta de diretrizes
governamentais para o Setor Mineral sobre “Desativação
de Empreendimento Minei-ro”, abrangendo:
I. Diagnóstico sobre a situação no Brasil a respeito
de: Minas abandonadas;
Minas suspensas temporariamente;
Minas com pedidos de suspensão temporária ou defini-
tiva;
Minas que já suspenderam definitivamente suas ativida-
des sem terem apresentado plano de fechamento ade-
quado ao porte do empreendimento;
Projetos de fechamento de mina para empreendimentos
em atividade ou em fase de requerimento de lavra;
Sistemas de disposição de rejeito e estéril face ao
projeto de fechamento da mina;
Áreas mineradas reabilitadas, em fase de reabilitação ou
abandonadas;
II. Diretrizes para elaboração de uma proposta de ação
integrada de gerenciamento ambiental, a ser definido e
executado pelas empresas que atuam no Setor Mineral,
através de suas associações e entidades representativas;
III. Elaboração de uma proposta de um Guia Nacional so-
bre “Alternativas tecnológicas aplicadas ao fechamento
de mina” e outro sobre “Gestão de áreas de disposição
de rejeitos e estéril”;
IV. Um estudo preliminar sobre alternativas de uso para
as áreas mineradas, levando-se em conta os aspectos
técni-cos e econômicos envolvidos, bem como o
aproveitamen-to futuro dessas áreas;
V. Um estudo sobre a necessidade de provisionamento de
recursos para fazer face aos compromissos assumidos no
Plano de Fechamento de Mina;
VI. Uma análise das legislação, no âmbito federal e esta-
dual, sobre fechamento de mina e sistemas de disposição
de rejeito e estéril, com sugestões para seu aperfeiçoa-
mento e divulgação;
VII. Sugestões para o estabelecimento de parcerias entre
instituições governamentais, bem como entre as empre-
sas de mineração e suas entidades representativas,
envol-vendo universidades e centros de pesquisa.
No Plano de Fechamento de Mina devem constar:
a) relatório dos trabalhos efetuados;
b) caracterização das reservas remanescentes;
c) plano de desmobilização das instalações e equipa-
mentos que compõem a infra-estrutura do empreen-
dimento mineiro indicando o destino a ser dado aos
mesmos;
d) atualização de todos os levantamentos topográfi-
cos da mina;
e) planta da mina na qual conste as áreas lavradas
recuperadas, áreas impactadas recuperadas e por re-
cuperar, áreas de disposição do solo orgânico,
estéril, minérios e rejeitos, sistemas de disposição,
vias de acesso e outras obras civis;
f) programas de acompanhamento e monitoramento
relativos a: Isistemas de disposição e de contenção;
II- taludes em geral; IIIcomportamento do lençol
freá-tico e IV- drenagem das águas;
g) plano de controle da poluição do solo, atmosfera
e recursos hídricos, com caracterização de
parâmetros controladores;
h) plano de controle de lançamento de efluentes
com caracterização de parâmetros controladores;
i) medidas para impedir o acesso à mina de pesso-as
estranhas e interditar com barreiras os acessos às
áreas perigosas;
j) definição dos impactos ambientais nas áreas de in-
fluência do empreendimento levando em considera-
ção os meios físico, biótico e antrópico;
k) aptidão e intenção de uso futuro da área;
l) conformação topográfica e paisagística levando
em consideração aspectos sobre a estabilidade,
controle de erosões e drenagens;
m) relatório das condições de saúde ocupacional dos
trabalhadores durante a vida útil do empreendimen-
to mineiro;
n) cronograma físico e financeiro das atividades pro-
postas.
Segundo a NRM nº 20, o Plano de Fechamento de Mina
deve estar contemplado no Plano de Aproveitamento
Econômico da jazida – PAE. O Código de Mineração
prevê que, após encerradas as operações de lavra, a
jazida remanescente poderá ser objeto de pedido de nova
autorização de pesquisa ou concessão de lavra, com base
no direito de prioridade assegurado à quem requerer área
considerada livre ou colocada em disponibilidade pelo
DNPM, nos termos dos arts. 11, 18 e 65.
Ainda não existe em nossa legislação dispositivo para se
7. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
evitar seja requerida área com vista a novo
aproveitamen-to mineral da mina a ser fechada.
O art. 55, § único da Lei n° 9.605/98 define como crime e
infração dministrativa, sujeita à penalidade de multa, o
fato de deixar de recuperar a área minerada nos termos
da determinação do órgão ambiental competente.
O fechamento de uma mina pressupõe ampla negociação
entre o minerador e o Poder Público, com o envolvimento
da sociedade, especialmente com a comunidade direta ou
indiretamente atingida pelo empreendimento mineiro, a
qual deve ser implementada com base nos fundamentos e
conhecimentos técnicos científicos e nos conceitos de
desenvolvimento sustentável. (Souza, op. cit,).
De acordo com Villas Bôas e Barreto (2000), é importan-te a
incorporação da questão social, além da ambiental, nos
processos de fechamento de minas, e mesmo o redi-
mensinamento da questão ambiental dentro de uma nova
concepção, que é a do desenvolvimento sustentável.
Chaves (2000), não concorda com a opinião generalizada
de que a prática de recuperação de áreas degradas pela
mineração no Brasil tem sido mal feita.
Deve-se registrar que, o fechamento de minas em áreas
remotas acarreta problemas sociais mais graves e de
difi-cil solução, que nas áreas metropolitanas, cuja
valorização das áreas proporciona a reabilitação, muitas
vezes com lu-cro.
Chaves (op. cit.), cita alguns exemplos significativos de
fe-chamento de mina:
1. Mina de Serra do Navio: é uma mina exaurida de man-
ganes, localizada no Estado do Amapá, fechada em 1998.
O complexo mineiro consistia de usina de beneficiamen-
to, e estrada de ferro.
Esta última ligando o porto à mina, e às vilas existentes no
porto e na mina. O porto que se situa próximo à Capital de
Amapá está, atualmente em operação dando sustentação
econômica à vila portuária. As áreas mineradas e de depó-
sito de rejeitos e estéril de mineração foram reabilitadas e
hoje integradas à florestra. O problema social é a vila da
mina que não tem, até o momento, alternativa econômica
que lhe dê sustentabilidade (SACAMOTO, 2001);
2. Mina de Riacho de Machado: é uma pequena mine-
ração de ouro fechada em 1997, localizada no Estado de
Minas Gerais. Situavase em uma região semi-árida, onde
as atividades econômicas se concentram na agricultura
de subsistência e agropecuária. As atividades de minera-
ção provocou o êxodo rural, desenvolvimento urbano e
aumento da renda da população. Apesar das medidas de
reabilitação ambiental terem sido tomadas, o impacto
so-cial ausado resultou numa redução da população
urbana que migraram de volta às zonas rurais;
3. Mina de Cachoeirinha e Massagana: essas minas de
cassiterita foram fechadas em 1989, localizadas no
Estado de Rondônia.
Devido às alternativas econômicas da região e boa infra-
-estrutura das vilas das áreas de mineração, parte das
ca-sas foi vendida para a população do entorno.
4. Mina da Passagem: mina subterrânea de ouro, explota-
da de 1719 a 1996, localizada no Estado de Minas Gerais.
Transformou-se numa atração turística, onde são realiza-
das visitas às instalações de subsolo. A usina de beneficia-
mento foi transformada em museu. Atualmente as visitas a
essa mina foram uspensas devido a problemas técnicos.
Como podemos observar, é necessário um planejamen-to
efetivo, desde a implantação do projeto, de modo que
quando do seu fechamento os impactos sociais e ambien-
tais sejam minimizados, possibilitando sempre enquadrar a
atividade no conceito de desenvolvimento sustentável.
6. PRINCIPAIS ENTIDADES BRASILEIRAS VINCULADAS A
TECNOLOGIA AMBIENTAL APLICADA À MINERAÇÃO
6.1 Centros de pesquisa e Universidades Os principais
centros de pesquisa e universidades que tratam dotema
em pauta são:
• Departamentos de Engenharia Metalúrgica e de
Mi-nas e Institutos de Geociências da UFRGS;
• Departamento de Engenharia Ambiental da
Univer-sidade Estadual de Santa Catarina;
• Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo –
IPT;
• Departamento de Engenharia de Minas e de Enge-
nharia Metalúrgica e de Materiais da USP;
• Instituto de Geociências da UNESP;
• Instituto de Geociências da UNICAMP;
• Departamento de Engenharia de Minas e Instituto
de Geociências da USP;
• Centro de Tecnologia Mineral – CETEM;
• Departamento de Geoquímica da UFF;
• Centro de Desenvolvimento Mineral da
Companhia Vale do Rio Doce;
• Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (CE-
TEC);
• Departamento de Engenharia Metalúrgica e de
Ma-teriais da PUC-RJ;
• Departamento de Engenharia Metalúrgica da CO-
PPE/UFRJ;
• Departamento de Minas da UFOP;
• Departamentos de Engenharia de Minas e de
Enge-nharia Metalúrgica e de Materiais da UFMG;
• Departamento de Engenharia de Minas e de
Geolo-gia da UFPE;
• Centro de Ciências e Tecnologia da UFPB;
• Instituto de Geociências e Núcleo de Altos Estudos
Amazônicos - NAEA da UFPA;
• Museu Goeldi.
Outras Universidades possuem departamentos que estu-
dam as questões ambientais, porém, sem um enfoque
na área mineral.
6.2 Empresas de consultoria Dentre as empresas de con-
MétodosdeLavra
8. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
sultoria de tecnologia ambiental destacam-se as seguin-
tes:
1. Minas Gerais: Brant Engenharia, Golder Associated;
2. São Paulo: Prominer, MGA, Multigeo, AGRA, Mineral
Engenharia e Consultoria, LPC, Geofocus, J.P. Engenharia,
IRM, CSD – Geoclock Geologia e Engenharia Ambiental;
3. Santa Catarina: ZCS Engenharia e Geológica ;
4. Rio de Janeiro: Minaserv, Promine e Shaft Consultoria;
5. Pará: Terra Geologia e Meio Ambiente e MSL Minerais;
6. Paraíba: Geonam Consultoria e Geologia;
7. Rio Grande do Sul: HAR Engenharia e Meio Ambiente e
ABG Engenharia.
As empresas de consultoria citadas, na sua maioria, atuam
em mais de um estado, além daquele em que está situada a
sua sede. Vale ressaltar, que as empresas do Rio Grande do
Sul e Santa Catarina possuem maior experiência nos
assuntos ambientais vinculados à mineração de carvão.
Alguns grupos empresariais de grande porte elaboram
diretamente os estudos e executam os trabalhos de tec-
nologia ambiental, pois possuem quadros de
profissionais qualificados.
Várias mineradoras multinacionais contratam empresas de
consultoria ambiental localizadas em seus países sede, que
por sua vez, geralmente, se associam à empresas lo-cais
para realização do trabalhos. Em alguns casos, a em-presa
multinacional contratante sugere a sub-contração de
consultoria nacional para realização de atividades es-
peciais. Esses exemplos são de um modo geral positivos,
pois proporcionam a transferência de tecnologia.
De um modo geral as empresas de consultoria estão
capa-citadas a executar trabalhos de boa qualificação na
área de tecnologia ambiental, inclusive, algumas delas já
são credenciadas por órgãos de financiamento
internacionais, como o BID e Banco Mundial.
Devido a descontinuidade de trabalhos, as empresas de
consultoria, geralmente, possuem um pequeno corpo de
profissionais e, contam com a participação de técnicos
autônomos, alguns dos quais professores universitários.
Um fato a ressaltar é que em São Paulo foi criada a As-
sociação Profissional dos Consultores de Meio Ambiente
que congrega inclusive as empresas de consultoria espe-
cializadas.
7. CARACTERÍSTICAS DO PESSOAL TÉCNICO
ESPECIALIZA-DO NA ATIVIDADE DE TECNOLOGIA
AMBIENTAL APLICA-DA À MINERAÇÃO BRASILEIRA
As empresas de consultoria situadas no Sul e Sudeste
pos-suem técnicos de alta qualificação relativa as
questões ambientais ligadas à mineração. O número de
profissio-nais existente nessas empresas atendem à
demanda da mineração dessas regiões. Nas demais
regiões, de modo geral, há uma grande carência de
quadros especializados em meio ambiente/mineração.
Dentre os centros de pesquisa que estão estruturados
com relativa quantidade de pessoal qualificado para
atender as demandas de tecnologia ambiental aplicada a
mineração se destacam o Instituto de Pesquisas Tecno-
lógicas – IPT e o Centro de Tecnologia Mineral – CETEM.
Este último tem demonstrado excelência na execução de
trabalhos práticos e de publicações especializadas.
Normalmente todas as universidades brasileiras estudam
e desenvolvem trabalhos ligados à questão ambiental.
Entretanto, são poucas aquelas que tratam de tecnolo-gia
ambiental/mineração, dentre essas se destacam: USP, UFRJ,
UNESP, UFOP, UFMG, UFRS e UNICAMP. Essas uni-
versidades dispõem de profissionais de alta qualificação e
de reconhecimento internacional pela qualidade dos
trabalhos executados. É necessário a contratação de no-vos
pesquisadores para absorver a capacitação dos atuais
quadros, proporcionando a renovação e continuidade da
qualidade das linhas de pesquisa.
As grandes empresas de mineração dispõem de pessoal
qualificado e em número suficiente para o atendimento
das questões ambientais de seus empreendimentos. As
médias e pequenas empresas de mineração apresentam
um quadro técnico insuficiente e necessitam de uma me-
lhor qualificação na questão meio ambiente/mineração.
8. FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL
8.1 Cursos
A questão ambiental da mineração deve permear todas as
disciplinas curriculares dos cursos de graduação de nível
médio e superior de engenharia de minas, química, meta-
lúrgica e de geologia, não somente concentrando em uma
única disciplina especifica, como é hoje, mas de modo que
se alcance uma maior sustentabilidade da atividade
mineral. Desse modo, sugerimos que sejam realizados se-
minários dirigidos aos docentes desses cursos, visando a
incorporação do viés ambiental nas principais disciplinas.
Deve ser incentivada a criação de cursos de aperfeiçoa-
mento ligados à temática meio ambiente e mineração
em nível de especialização, senso lato e senso strito,
MBA, mestrado e doutorado. A UFRS já implantou um
mestrado em meio ambiente com ênfase em mineração
e possui, atualmente, 28 alunos ligados a empresas de
mineração, de consultoria e a órgãos ambientais.
Sugerimos que seja dada uma maior atenção às Regiões
Norte e Nordeste que apresentam uma grande carência
de técnicos qualificados nesta área.
8.2 Eventos
Sugerimos a realização de eventos visando a equalização
de linguagem entre os vários órgãos de fiscalização, os
mineradores e seus técnicos, bem como, a divulgação e
disponilização de bibliografia especializada em
tecnologia ambiental, em legislação mineral e ambiental,
já editadas por diversas entidades.
Torna-se mandatório também a divulgação dos exemplos
de boas práticas ambientais já aplicadas para os diver-
sos tipos de aproveitamento mineral, dando uma maior
ênfase aos do setor de minerais industriais de aplicação
imediata na construção civil, em especial os localizados
em áreas urbanas, para que os mesmos possam ser com-
preendidos e replicados.
9. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
Os eventos deverão ter como público alvo: os técnicos dos
órgãos estaduais de fiscalização; as representações
estaduais dos órgãos federais envolvidos com mineração e
meio ambiente; os docentes das escolas técnicas e uni-
versidades dos cursos de geologia, engenharia de minas e
metalurgia; os pequenos e médios empresários do setor.
Os tipos eventos que sugerimos são: seminários,
wokshops, cursos de curta duração, conferências, visitas
técnicas, dentre outros, que devem se adequar a especi-
ficidade mineral e ambiental da região na qual serão re-
alizados.
Sugerimos que seja constituído um Fórum Permanente
com a participação dos diversos órgãos dos Ministérios
de Minas e Energia, Meio Ambiente e Ciência e Tecnolo-
gia, das entidades representativas do setor mineral, das
ONGs, Universidades e da sociedade civil organizada.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A História do Brasil tem íntima relação com a busca e o
aproveitamento dos seus recursos minerais, que sempre
contribuíram com importantes insumos para a economia
nacional, fazendo parte da ocupação territorial e da his-
tória nacional.
O perfil do setor mineral brasileiro é composto por 95%
de pequenas e médias minerações.
A indústria extrativa mineral alcançou em 2000 o valor
de US$ 3 bilhões. Quando processado seus produtos,
pela si-derurgia, metalurgia, indústrias do cimento,
indústria de cerâmica, de fertilizantes e outras, alcança o
valor de US$ 43 bilhões, equivalente a 8,5% do PIB.
A mineração brasileira está submetida a um conjunto de
regulamentações, onde os três níveis de poder estatal
possuem atribuições com relação a mineração e o meio
ambiente. Os mineradores e especialistas entrevistados
consideram que a legislação ambiental é extensa, avan-
çada e conflitante, criando dificuldades na sua aplicação,
necessitando de uma compatibilização, pois a sua aplica-
bilidade deixa muito a desejar.
O Ministério Público, em vários Estados, vem aumentan-
do a sua atuação na área ambiental. Suas determinações
MP, muitas vezes, sem um bom embasamento técnico e
a sensibilidade necessária, vem colocando o minerador e
os órgãos federais, estaduais e municipais em situações
de impasse.
O grande minerador apesar de alguns atropelos e
atrasos, tem conseguido administrar esses conflitos, que
muitas vezes ocasionam prejuízos irreparáveis. Com
relação ao pequeno minerador resta, na maioria dos
casos, o des-cumprimento da legislação.
As empresas de consultoria estão capacitadas a executar
trabalhos na área de tecnologia ambiental, sendo algu-
mas delas credenciadas por órgãos internacionais, como
o BID e Banco Mundial.
Dentre os centros de pesquisa se destacam: o Instituto de
Pesquisas Tecnológicas – IPT e o Centro de Tecnologia Mi-
neral – CETEM. Este ultimo tem demonstrado excelência na
execução de trabalhos práticos e de publicações espe-
cializadas.
As universidades brasileiras estudam e desenvolvem tra-
balhos ligados a questão ambiental, destacando-se entre
elas a: USP, UFRJ, UFOP, UFMG, UFRS e UNICAMP. Essas
universidades dispõe de profissionais de alta qualificação
e de reconhecimento internacional.
As grandes empresas de mineração dispõem de pessoal
qualificado e em número suficiente para o atendimento das
questões ambientais de seus empreendimentos. As médias
e pequenas empresas de mineração apresentam um
quadro técnico insuficiente e necessitam de uma me-lhor
qualificação na questão meio ambiente/mineração.
A questão ambiental da mineração deve permear todas
as disciplinas urriculares dos cursos de graduação de
nível médio e superior de engenharia de minas, química,
meta-lúrgica e de geologia, não somente concentrando
em uma única disciplina especifica, de modo que se
alcance uma maior sustentabilidade da atividade
mineral. Sugerimos que sejam realizados seminários
dirigidos aos docentes desses cursos, visando a
incorporação do viés ambiental nas principais disciplinas.
Deve ser incentivada a criação de cursos de aperfeiçoa-
mento ligados a temática meio ambiente e mineração.
Deve ser dada uma maior ênfase às Regiões Norte e Nor-
deste que apresentam uma grande carência de técnicos
qualificados nesta área.
Torna-se necessário um planejamento efetivo, desde a
implantação do projeto da mina, de modo que quando do
seu fechamento os impactos sociais e ambientais sejam
minimizados, possibilitando sempre enquadrar a ativida-de
mineral no conceito do desenvolvimento sustentavel.
Verificamos que há falta de uma real integração intergo-
vernamental, como também um entrosamento com a so-
ciedade civil para a elaboração de uma política mineral no
País, que venha estabelecer parâmetros e critérios para o
desenvolvimento sustentável dessa atividade. Sugerimos
que seja constituído um Fórum Permanente com a parti-
cipação dos diversos órgãos dos Ministérios de Minas e
Energia, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, das en-
tidades representativas do setor mineral, das ONGs, Uni-
versidades e da sociedade civil organizada.
Bibliografia:
Maurílio de Abreu Monteiro Professor e Pesquisador do Núcleo de
Altos Estudos Amazônicos -NAEA da Universidade Federal do Pará –
Belém/PA Normando Telmo de Lima Lins- Diretor da SHAFT Consultoria
Rio de Ja-neiro- RJ
Omar Y. Bitar Geólogo do Instituto de Pesquisa Tecnológica – IPT – São
Paulo/SP
Paulo Lages – Geólogo da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hí-
dricos do Estado do Piauí
Pedro Couto - Consultor do Sindibrita -Rio de Janeiro/RJ
Renato Ciminelli – Consultor – Belo Horizonte- MG
Ronaldo Jorge da Silva Lima – Geólogo da Secretaria Estadual de
Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – SECTAM – Belem/PA
Samir Nahaes – Assessor da Secretaria de Minas e Metalurgia do
MME Sergio Lanna – Eng. de Minas da Mineração Santa Luzia –
Itaguaí - RJ Toni Carlos Dias da Costa Professor da Univeridade
Federal do Pará e Consultor da Terra Meio Ambiente – Belém/PA
Wilfred Brant – Presidente do Grupo Brant Meio Ambiente- Nova Lima
Minas Gerais
MétodosdeLavra
10. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
Recuperação de áreas degradadas pela
mineração
Pode-se considerar que o início da consciência sobre a
proteção do meio ambiente surgiu no começo dos anos
setentas. Naquela época aflorou com nitidez, nos países
tecnologicamente mais avançados, a percepção de que o
bem-estar social, fruto do desenvolvimento econômico,
estava relacionado, em geral, a impactos não desejados
sobre os vários ecossistemas. Desde então, os agentes
responsáveis por tais impactos começaram a ser
discrimi-nados, quando não condenados por um
segmento pen-sante e emergente dessas sociedades,
denominado am-bientalista.
O agravamento de tais impactos, muitas vezes com resul-
tados deletérios diretos sobre o organismo humano, teve
como conseqüência o envolvimento de outros segmentos
da sociedade. Preocupados com o problema, no final da
década de 80, cientistas, políticos e empresários do se-tor
industrial, dentre outros, adotam a causa. Todos eles
convergiam para a mesma conclusão: a necessidade de uma
política global de gestão ambiental que promovesse a
sustentabilidade dos ecossistemas, como única solução.
Dados recentes
(1) sobre o desempenho ambiental de empresas líderes
de dez setores industriais, no Brasil, apontam as indús-
trias químicas, de papel, celulose e automotivas como as
de melhor performance, embora, como conclusão da
própria fonte, os resultados não sejam os melhores. Essa
avaliação, efetuada com base em questionário proposto
por especialistas dos setores envolvidos, indica que o de-
senvolvimento sustentável vem se tornando realidade no
contexto de cada segmento da indústria, e isso pode ser
observado mediante somatório dos escores obtidos para
cada item avaliado. Dos vinte itens avaliados, em escala
crescente de 1 a 5, com o respectivo total de pontos: 1.
Papel e celulose (82), 2. Automotivo (76), 3. Químico
(74), 4. Siderúrgico (68), 5. Fumo (58), 6. Mineração e
Cerâmi-ca (47), 7. Têxtil (45), 8. Alimentação (38) e 9.
Metalurgia (33).
No contexto, a indústria da mineração atinge um grau
pre-ocupante, o que demonstra a necessidade de séria
avalia-ção de suas relações ambientais.
De maneira geral, o efeito da mineração, considerado
aqui desde a lavra até o tratamento do minério, faz-se
sentir especialmente(2):
a) sobre o meio físico ou sobre a fisiografia da
região. São efeitos visíveis, detectados a curto prazo,
deno-minados de agudos e afetam:
1) a paisagem (desaparecimento de morros; aterros
de depressões; transformações, inclusive por assore-
amento de drenagem);
2) o solo (remoção, decapagem e aterro);
3) a vegetação (desflorestamento).
b) sobre a qualidade do meio. Efeitos não-visíveis, de-
tectados a longo prazo. Esses efeitos são considera-dos
crônicos e sentidos principalmente por:
1) modificação na qualidade da água (efeito na quali-
dade de recursos hídricos);
2) absorção ou assimilação (cutânea, respiratória ou
digestiva) por animais: podem afetar organismos su-
periores (inclusive o homem);
3) modificações da qualidade do ar (emissão de par-
ticulados);
4) modificação do meio físico, inclusive trazendo efei-
tos a curto, médio e longo prazos sobre o clima local.
No caso da Bahia, essa tendência é de favorecer a
de-sertificação.
Dentro desse contexto, a recuperação das área minera-
das e seu monitoramento aparecem como ferramenta
im-portante para a minimização dos impactos citados e,
em alguns casos, podem melhorar a qualidade do
ambiente em relação as condições anteriores ao
empreendimento mineiro.
A recuperação de determinada área degradada por um
determinado empreendimento, neste caso a mineração,
pode ser definida como o conjunto de ações necessárias
para que a área volte a estar apta para algum uso pro-
dutivo em condições de equilíbrio ambiental.
Para que seja possível obter-se novo uso da área, é neces-
sário que ela apresente condições de estabilidade física
(processos erosivos, movimentos de terrenos) e estabi-
lidade química (a área não deve estar sujeita a reações
químicas que possam gerar compostos nocivos à saúde
humana e ao ecossistema, drenagens ácidas de pilhas de
estéril ou rejeitos contendo sulfetos). Dependendo do uso
pós-mineração, pode-se adicionar os requisitos de estabi-
lidade geológica (áreas utilizadas com a finalidade de con-
servação ambiental). No caso do empreendimento minei-ro,
a participação do homem deve iniciar ao se planejar a mina
e finalizar quando as relações fauna, flora e solo esti-verem
em equilíbrio e em condições de sustentabilidade.
Segundo Oliveira Jr.(3), minerar é assegurar, economica-
mente, com mínima perturbação ambiental, justa remu-
neração e segurança, a máxima observância do princípio
da conservação mineral a serviço do social.
Negligenciada ao longo do tempo, embora seja uma exi-
gência inerente a todo o plano de instalação de um em-
preendimento mineiro, a questão ambiental, com relação
à mínima perturbação ambiental, vem sendo imposta, de
forma gradativa e irreversível, como elemento prepon-
derante nas modernas concepções de extração mineral
Sustentável.
Projetos de mineração.
Neste sentido, tem-se observado, nos atuais projetos mi-
neiros, planos de minimização de impactos ambientais,
assim como a adoção de medidas mitigadoras desses
impactos. As medidas podem incluir desde simples alte-
rações operacionais para melhoria dos ambientes de tra-
balhos, como controle de poeira, ruídos e até mesmo al-
terações de processos visando atividades e/ou
operações menos agressivas.
Com relação à recuperação de áreas degradadas pela mi-
11. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
neração, muitos estudos passaram da teoria à prática e, nos
últimos vinte anos, muitos trabalhos têm atingido alto grau
de especificidade visando à redução destes (4-8).
De modo geral, as áreas degradadas pela mineração de-
vem ser objetos de trabalhos de recuperação
envolvendo os seguintes pontos:
• áreas lavradas: incluem cavas (secas e inundadas),
frentes de lavras (bancadas e taludes),
trincheiras, galerias em lavra subterrânea etc;
• áreas de deposição de resíduos sólidos: incluem pi-
lhas ou corpos de bota-fora, solos superficiais,
estéreis, bacias de decantação e sedimentação de
re-jeitos de beneficiamento etc;
• áreas de infra-estrutura: incluem áreas de
funciona-mento de unidades de beneficiamento,
áreas de es-tocagem e expedição de minérios, vias
de circulação, escritórios, oficinas etc.
A recuperação de áreas degradadas pela mineração deve
ser planejada antes da implantação do empreendimento
a fim de prever a desativação das atividades mineiras e a
reabilitação dos terrenos remanescente.
É possível, entretanto, observar que em diversas situ-
ações esta parece não ser a prática adotada, particular-
mente em empreendimentos de médio e pequeno por-
te. Não raramente, essas áreas correspondem a terrenos
manejados como estoque especulativo para fins diversos
(imobiliários, no caso de áreas próximas a centros urba-
nos ou reflorestamento , no caso de áreas rurais).
Nesses casos, em que a intenção dos proprietários dos
terrenos parece ser a de aguardar algum tempo antes de
empre-ender a reabilitação da área, o princípio da
recuperação provisória torna-se recomendável, não
apenas para evitar a intensificação ou aceleração dos
processos de degrada-ção dos solos e as conseqüências
ambientais decorrentes, mas, também, para garantir sua
própria proteção e viabi-lização posterior.
Dois aspectos são destacados, sob o ponto de vista tecno-
lógico, como desafios a serem incorporados ao planeja-
mento das atividades de recuperação, a saber(9):
recuperação executada simultaneamente à mineração,
agregando a recuperação ao cotidiano e não a
restringin-do ao final da empreendimento.
Recuperação orientada de acordo com um plano prévio:
execução com base em decisões expressas em documen-
to previamente discutido e definido entre minerador,
po-der público e comunidade envolvida, apontando para
o aproveitamento das áreas degradadas – PRAD.
Utilizando o amplo conceito de recuperação, o planeja-
mento das atividades que objetivam a estabilidade das
áreas degradadas deverá ter como primeira tarefa a
defi-nição de uma das seguintes metas:
• recuperação provisória: quando o uso final ainda
não estiver definido;
• recuperação definitiva: quando o uso final do solo
já estiver definido.
As técnicas utilizadas para assegurar o uso adequado do
solo são numerosas, mas no geral todas compreendem
as seguintes etapas: desmatamento, remoção e
estocagem do capeamento do solo.
Remodelagem final da área e revegetação.
Este estudo, dentro do contexto descrito e pela relevân-
cia observada com relação às preocupações ambientais,
tem por objetivo global estudar a recuperação de áreas
degradadas pelas atividades relacionadas à extração mi-
neral, com ênfase na pequena e média empresa. O
estudo está orientado `a otimização de operações nos
processos de lavra, processamento mineral e disposição
de resíduos, buscando, durante a vida útil do
empreendimento, mini-mizar ou mesmo reverter os
impactos causados pelas ati-vidades características.
Estudar a recuperação de áreas a fim de evitar a duplici-
dade de operações e prepará-las para uso futuro é o
obje-tivo específico deste trabalho.
Serão avaliados os efeitos operacionais de preparação
de terreno, remoção de fauna e flora durante o
decapea-mento; assim como problemas gerados pela
extração do bem mineral e situação de cavas exauridas.
Também se-rão avaliados os problemas gerados com a
concentração dos minerais de valor e as condições de
disposição dos resíduos gerados.
2 Mineração
2.1 Objetivos
Recuperação de áreas degradadas pela
mineração 1. INTRODUÇÃO
Objetivos
2.2 Impactos ambientais causados pela mineração
2.3 Métodos de controle de poluição na mineração
A mineração, representada pelos produtos por ela gera-
dos, está presente no cotidiano da sociedade de forma
relevante e praticamente indispensável. Segundo James
McDivitt, citado por Alves (11), o ser humano depende,
por ano, de 400 a 500kg de insumos do reino animal e,
de acordo com o nível de desenvolvimento do país onde
vive, consome entre 2 000 e 20 000kg de insumos de
origem mineral. Nos Estados Unidos, considerado um
dos países com melhor padrão de vida, o consumo anual
per capita é de 4 145 kg de brita, 3 890kg de areia e
cascalho, 363kg de cimento, 222kg de argila, 199,5kg de
sal, 140,6kg de rocha fosfática, 485,3kg de outros
minerais não metálicos, 546,6kg de ferro e aço, 24,9kg
de alumínio, 10,4kg de co-bre, 6,3kg de chumbo, 5,4kg
de zinco, 6,3kg de manganês e 8,6kg de outros metais.
No Brasil, em menor escala, por conta de menor nível de
desenvolvimento, a mineração aparece de forma constan-
te no dia a dia dos brasileiros. De simples artigos em vidro
(areia) e cerâmica (argila) a insumos para computadores e
satélites, assim como na fabricação de remédios.
Atuando como base de sustentação para a maioria dos
segmentos industriais, a extração mineral, hoje, desem-
penha papel fundamental na economia brasileira, não só
como geradoras de empregos (cerca um milhão de em-
MétodosdeLavra
12. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
pregos diretos e indiretos) e impostos, como também re-
presenta fator determinante para o desenvolvimento de
elevado número de cidades e microregiões.
A atividade de extração em si é responsável por apenas
3% do Produto Interno Bruto brasileiro, porém, se consi-
derarmos as etapas de transformação de bens minerais
(fases onde o produto é beneficiado para posterior apro-
veitamento industrial), esse valor sobe para aproximada-
mente 26%. Como referência do potencial mineral do Bra-
sil, o país possui: as maiores reservas mundiais de nióbio,
com 85% das jazidas existentes; a terceira maior reserva de
cassiterita do mundo, com 12,2% das jazidas; a terceira
maior reserva de bauxita, com 11,1% das jazidas; a quarta
maior reserva de caulim, com 9,3% e a quinta maior reser-
va de minério de ferro, com 8% do total.
Embora o Nordeste tenha sido pouco influenciado pela
atividade mineral, o Estado da Bahia tem várias cidades
onde a mineração trouxe grandes contribuições para o de-
senvolvimento sócio-econômico. Em Jaguarari, em plena
zona da seca, as instalações da Mineração Caraíba foram
determinantes para a alavancagem regional. O município de
Teofilândia é outro exemplo: as atividades de extra-ção de
ouro, movimentadas pela Companhia Vale do Rio Doce,
serviram como base para o desenvolvimento local. Ainda na
Bahia, a cidade de Jacobina teve grande impulso a partir das
operações das minas da Mineração Morro Ve-lho. No
global, o setor de mineração baiano absorve cerca de 20
000 pessoas em empregos diretos(2). Acrescenta-se ainda a
existência, também na Bahia, de razoável quanti-dade de
projetos em fase de préviabilidade e implantação ou a
espera de melhores condições de mercado. Dentre estes
podemos destacar: Vanádio, em Maracás; Calcário, em
Jacobina; Ouro, em Rio do Pires; Fosfato e Titânio, em
Campo Alegre de Lourdes; Zinco e Fosfato, em Irecê; Gip-
sita, em Camamu; Urânio, em Lagoa Real; Caulim, em Ala-
goinhas e Prado; Ilmenita, Rutilo e Zirconita, em Valença;
Rochas Ornamentais em diversas localidades.
Com relação às demais unidades da Federação, sem a in-
clusão dos produtos energéticos, a Bahia ocupa o sexto
lugar no universo da mineração brasileira, sendo que a
produção destes seis estados (MG, PA, SP, MT, GO e BA)
representa 76% da produção mineral brasileira. Com a in-
clusão dos produtos energéticos, a Bahia passa a ocupar o
quarto lugar; Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pará, nessa
ordem, ocupam os três primeiros lugares. Um empreen-
dimento mineiro pode envolver, em parte ou no todo, ser-
viços compreendidos nas seguintes fases: prospecção, ex-
ploração, desenvolvimento, lavra, processamento mineral e
descomissionamento do empreendimento mineiro.
As fases de prospecção e exploração objetivam a desco-
berta, caracterização e avaliação de uma ocorrência geo-
lógica e distinguem-se como procedimentos de pesquisa
mineral.
O objetivo básico da pesquisa mineral é procurar, encon-
trar e assegurar uma reserva mineral economicamente
viável. Compreende a realização de estudos e análises im-
prescindíveis às decisões sobre porte de projetos, fluxo-
gramas, planos de extração de minérios, processamento
mineral, remoção de estéril e reabilitação ambiental.
Esta fase envolve os serviços necessários à preparação
da jazida para a lavra, com preparação de vias de aces-
so, sondagens, ventilação (no caso de lavra subterrânea),
transporte, obras civis (escritórios, oficinas, refeitórios,
vilas residenciais, áreas de lazer, etc.), estações de trata-
mento de água e esgoto, rede de captação de águas, pre-
paração de barragens etc.
É importante observar que em uma mina em atividade,
podem ocorrer, simultaneamente, todas as fase citadas.
Entende-se por lavra o conjunto de operações para o
aproveitamento econômico de uma jazida. Ë também a
fase de extração dos bens minerais (minério) de seus lo-
cais de origem. Compreende operações de grande,
médio ou pequena escala realizadas na superfície e/ou
no sub-solo.
O conceito de pequena, média ou grande mina depende
do referencial adotado e varia conforme a região ou país.
Minas consideradas de médio porte, em países desenvol-
vidos, podem ser consideradas de grande porte em paí-
ses subdesenvolvidos. O valor da substância lavrada, as
reservas, o grau de mecanização da mina, a tonelagem
produzida, o número de empregados, o capital da
empre-sa, dentre outros parâmetros, podem sem
considerados nesta avaliação.
Sobre esse aspecto, vale ressaltar o fato de que peque-
nas minerações tendem a impactar menos, viabilizam o
aproveitamento de pequenas jazidas, além de servirem
para fixar a mão de obra própria da região. Além disso,
contribuem para a desconcentração de centros urbanos
e favorecem o desenvolvimento da região em que
estiver inserida.
Como principias métodos de lavra a céu aberto, podem ser
citados: lavra a céu aberto. Se por um lado esse tipo de
lavra permite maior aproveitamento do corpo de minério,
por outro produz maior quantidade de estéril, poeiras,
ruídos e poluição das águas. O fato desses fatores serem
melhor observados pode ser um ponto positivo para o seu
controle. Porém este impacto visual pode acarretar confli-
tos com populações vizinhas ao empreendimento e com
órgãos de fiscalização; b. lavra subterrânea. A lavra sub-
terrânea, quando bem executada, causa menor impacto
ambiental, sendo que o material estéril e/ou os rejeitos da
concentração podem ser utilizados como enchimento de
galerias e escavações, minimizando possível passivo am-
biental. Os efluente líquidos, assim como ruídos, poeiras e
vibrações provenientes da mineração estão, geralmente,
confinados, o que torna o controle ambiental mais fácil;
c. dragagem. Remoção de minérios do leito de rios, com
a utilização de dragas. Nesse tipo de lavra, os principais
impactos são a geração de sólidos suspensos, turbidez e
presença de óleos na água;
d. mineração marinha. Extração de minerais por meio de
plataforma continental, com utilização de explosivos,
com posterior sucção através de bombas e/ou
equipamentos especiais.
O minério extraído pode ser qualificado como: conjunto
de minerais, dentre os quais um ou mais destes possuirá
valor econômico, enquanto o restante será considerado
mineral de ganga e será descartado após adequados pro-
cessos de separação.
13. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
Alguns autores (12) definem o processamento mineral
como a capacidade de se fornecer diferente velocidade de
resposta para as espécies presentes em um determinado
sistema e consequentemente poder separá-las.
Em geral, um fluxograma de concentração inclui etapas
de cominuição (britagem e moagem), classificação, a
con-centração propriamente dita e a etapa fina de
desagua-mento.
Os processos de concentração buscam diferenças nas es-
pécies presentes para aplicação de determinados princí-
pios. Os principais processos são:
a. gravimétricos/densitários: baseados nas
diferenças de densidade;
b. eletro-estático/dinâmico: baseados na proprieda-
de de escoamento de cargas;
c. magnéticos: baseados na susceptibilidade magné-
tica da espécies;
d. físico-químicos: baseados em características inter-
faciais das partículas minerais;
e. hidrometalúrgicos: baseados na solubilidade das
espécies.
As etapas de beneficiamentos tendem a ser realizadas
em sistemas fechados, com recirculação de água de
processo e confinamento de rejeitos. Entretanto, a falta
de controle de poeira, de ruídos, de reagentes, de águas
de processo e estabilidade de barragens podem levar a
sérios impac-tos ambientais.
A reabilitação ambiental, sem prestígio há pouco tempo,
é uma das ferramentas da desativação de um empreen-
dimento e começa a fazer parte de todos os projetos mi-
neiros tecnicamente bem elaborados, especialmente em
função de exigências legais rigorosas e, por vezes, fora
da realidade.
Atualmente qualquer empreendimento mineiro é prece-
dido de Estudos de Impacto Ambiental (EIAs) Relatório
de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMAs), os quais
são es-tudos envolvendo equipes multidisciplinares (13).
Na mineração, o descomissionamento é parte das ope-
rações de lavra e beneficiamento e representa a mini-
mização de resíduos sólidos e efluentes nocivos ao meio
ambiente. Essa fase é identificada como o cessar das
ope-rações de lavra e a conseqüente paralisação das
demais atividades, seguida da transformação do sítio
mineiro em área útil à comunidade que a cerca.
Tais atividades de desativação programada têm a função
de colocar as obras e instalações resultantes em condi-
ções tais que possam ser removidas, vendidas ou, caso
permaneçam na localidade, não ponham em risco a
saúde e a segurança do público e do meio ambiente.
A área recomposta não será como a de antes das ativida-
des mineiras; mas pode, em certos casos, ser melhorada,
conforme o referencial adotado e os interesses das
comu-nidades da região.
Os impactos advindos da mineração tem sido classifica-
dos da seguinte forma(14,15):
Geralmente, em virtude da extração do minério e disposi-
ção de estéril há um impacto visual que pode ser suaviza-do
com adoção de certas técnicas disponíveis, tais como:
a. cortina arbórea: sistema de vegetação que, se
plan-tado adequadamente, confina a região
minerada e protege o meio ambiente dos fatores
poluentes rela-tivos a poeiras e ruídos;
b. bancos: anteparos artificiais. Na sua construção,
são utilizados materiais provenientes da mina, como
o próprio estéril que, disposto adequadamente, ate-
nua a agressividade da paisagem da área em mine-
ração;
c. perfil topográfico: adequação da linha do horizonte
da cumeada da terra de onde foi extraído o minério a
fim de harmonizá-la com a parte não minerada.
A atividade de mineração é potencialmente poluidora e
contribui para a poluição dos seguintes parâmetros de
qualidade das águas:
a. orgânico: proveniente dos esgotos do sistema de
apoio das atividades, tais como vilas, residências, es-
critórios etc;
b. óleos/detergentes: proveniente das oficinas, má-
quinas, caminhões etc;
c. cianeto/mercúrio: provindos do beneficiamento
dos minérios de ouro;
d. águas ácidas e/ou alcalinas: os efluentes ácidos
são comuns em certos tipos de minerações, como
no caso dos minerais sulfetados e é possível
encontrá-los nas redes de drenagem água com pH
variando de 2 a 6,5. Quanto aos efluentes alcalinos,
mais raros, são encontrados nas minas de calcário,
fábricas de cimen-tos, usinas de concreto;
e. metais pesados: essa categoria abrange cobre,
chumbo, zinco, cádmio, cromo, arsênio, mercúrio, va-
nádio, berilo, bário, manganês etc. As águas que con-
têm esses elementos são provenientes, quase sem-pre,
de sistemas de beneficiamento e concentração de
minerais metálicos e apresentam um agravante
quando contaminadas com efluentes de drenagem
ácida, como as águas das minas decarvão;
f. sólidos dissolvidos: é comum os efluentes das
mine-rações conterem altos níveis de sólidos
dissolvidos, tais como cloretos, nitratos, fosfatos ou
sulfatos de sódio, calcário, magnésio, ferro e manga-
nês. As maiores fontes de dissolução são as próprias
rochas; mas os nitratos podem ser provenientes de
explosivos inativos;
g. reagentes orgânicos: encontrados nos efluentes
do beneficiamento, quando a concentração
emprega processos como a flotação, que utiliza
coletores, mo-dificadores e espumantes;
h. cor: certos elementos têm a característica de alte-
rar a cor da água, o hidróxido de ferro, por exemplo,
que empresta coloração vermelha aos efluentes das
minerações de ferro;
i. sólidos em suspensão: material inerte proveniente
das minerações, e sólidos orgânicos provenientes,
MétodosdeLavra
14. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
por exemplo, das minerações de carvão;
j. turbidez: sstá diretamente relacionada à quantida-
de de sólidos em suspensão, colóides e partículas fi-
nas em suspensão na água;
k. radioatividade: a ocorrência de radioatividade é
ve-rificada principalmente nas barragens de rejeitos
das minas de urânio;
l. eutrofisação: é o processo de enriquecimento arti-
ficial de nutrientes, contidos nos efluentes, fosfatos
e nitratos, provenientes de determinadas minas. Es-
ses efluentes permitem a reprodução de certos or-
ganismos que podem se tornar nocivos, as algas, por
exemplo;
m. desoxigenação: os organismos vivos e aquáticos
requerem oxigênio, dissolvido na água, para sua res-
piração e sobrevivência. São eles:
Þ OD - Oxigênio dissolvido na água.
Þ DBO - Demanda bioquímica de oxigênio, isto é, res-
tos orgânicos consomem o oxigênio dissolvido (OD)
durante sua decomposição.
Þ DQO - Demanda química de oxigênio, é outro pro-
cesso de consumo de oxigênio por causa da oxidação
química, ocorrência comum quando envolve
minerais sulfetados.
Na mineração, existem duas fontes principais de
poluição do ar: São elas:
a. poluição por particulados: produzidos em virtude
da detonação de rochas, movimentação de
caminhões e máquinas, ação de ventos nas frentes
de lavra, britagem e moagem por ocasião da etapa
de beneficiamento dos minérios;
b. poluentes gasosos: os principais poluentes
gasosos são: CO, NOx, SOx, geralmente provenientes
da com-bustão de óleos combustíveis.
As fontes de ruídos existentes nas minerações são vá-
rias: detonações, compressores, britadores, moinhos,
bombas, locomotivas, tratores, caminhões, ventiladores,
exaustores etc.
As principais fontes de vibração são as detonações para
desmonte de rochas. Outras fontes de menor
intensidade são os britadores, máquinas pesadas de
terraplanagem, peneiras vibratórias etc.
Os métodos a serem utilizados relacionam-se com a es-
colha do processo de mineração. Drenagem, desvio de
águas da frente de lavra, controle de erosão (compacta-
ção, drenagem, replantio), controle de infiltrações, recu-
peração de áreas mineradas, selagem das minas subter-
râneas exauridas e sistemas de disposição controlada das
pilhas de rejeito e estéril.
Tratamento da água: sempre que possível a água deve
ser recirculada dentro do sistema. Deve-se buscar a
neutrali-zação de efluentes, decantação e filtragem com
a utiliza-ção de barragens.
a. Enclausuramento da fonte poluidora: no caso de
sistemas de britagem, este poderá ser confinado em
prédio fechado, no sentido de impossibilitar a disse-
minação de pó na atmosfera exterior;
b. Aspersão de água: no sentido de prevenir a forma-
ção de poeiras. Geralmente a água é utilizada nos sis-
temas de britagem e transporte (correias) e pode ser
sob a forma de “spray”, usando agentes que facilitem o
molhamento para reduzir a formação de poeiras.
No caso das vias de transporte, promovese a pavi-
mentação, imprimação, irrigação etc;
c. Coletores: implementação de sistemas para
coletar as partículas. Os métodos que podem ser
utilizados são:
• gravidade (câmaras fechadas);
• força centrífuga (ciclones);
• intersepção (filtragem);
• eletricidade (atração eletrostática).
d. Controle de Gases: a principal fonte de poluição
gasosa, na mineração convencional e não-pontual, é
a combustão espontânea do carvão em pilhas de
rejeitos. O melhor sistema de controle é dispor o
material em camadas compactadas em bancadas. Às
vezes promove-se uma cobertura com uma camada
não-combustível.
Existem alguns métodos para remediar ou atenuar os
efeitos danosos causados pelos ruídos e vibrações. Os
principais são:
• redução do consumo de energia;
• isolamento da fonte de ruído e/ou vibração;
• promoção de anteparo no sentido de absorver os
ruídos, como acontece com o sistema de cortinas ar-
bóreas;
• adoção de um plano de controle adequado contra
fogo.
O monitoramento deve anteceder o início da lavra,
conti-nuar durante os trabalhos na fase de exploração do
em-preendimento. Além de controlar a qualidade dos
efluen-tes também visa medir e conhecer as
modificações produ-zidas nos meio ambiente.
Geralmente a necessidade de recuperação de uma área
minerada está diretamente relacionada à desativação,
to-tal ou parcial, de um empreendimento mineiro .As
princi-pais razões para essa desativação podem ser:
1. exaustão: pode estar relacionada aos custos de
produção e sua ligação negativa com o lucro obtido
pela venda do minério e/ou concentrado;
2. obsolecência: relação com perda de competitivi-
dade e/ou por falta de investimentos em pesquisa
mineral;
3. mercado: flutuação de preços, negativa ao inves-
timento, que pode ocasionar o fechamento tempo-
rário;
4. impactos ambientais: ligado a fatores de ordem
ambiental e relações com as comunidades próximas
aos empreendimentos.
As medidas de recuperação visam corrigir impactos am-
bientais negativos, verificados em determinada atividade
mineira, e exigem soluções especiais adaptadas às con-
dições já estabelecidas. Essas soluções, geralmente uti-
lizadas em mineração, respaldam-se em observações de
campo e literatura técnica e não raramente envolvem as-
pectos do meio físico. Segundo Oliveira Jr.(3), as principais
15. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
áreas de um empreendimento mineiro onde medidas de
recuperação podem ser aplicadas são:
a. áreas lavradas. Algumas das medidas usualmente
empregadas são: retaludamento, revegetação (com
espécies arbóreas nas bermas e herbáceas nos ta-
ludes) e instalação de sistemas de drenagem (com
canaletas de pé de talude, além de murundus - mor-
rotes feitos manualmente) na crista dos taludes) em
frentes de lavra desativadas. A camada de solo
superficial orgânico pode ser retirada, estocada e
reutilizada para as superfícies lavradas ou de depó-
sitos de estéreis e/ou rejeitos. A camada de solo de
alteração pode ser retirada, estocada e reutilizada na
construção de diques, aterros, murundus ou leiras de
isolamento e barragens de terra, remodelamento de
superfícies topográficas e paisagens, contenção ou
retenção de blocos rochosos instáveis, redimensiona-
mento de cargas de detonação em rochas e outras.
b. áreas de disposição de resíduos sólidos. As me-
didas usualmente empregadas são: revegetação dos
taludes de barragens (neste caso somente com
herbáceas) e depósitos de estéreis ou rejeitos, redi-
mensionamento e reforço de barragens de rejeito
(com a compactação e sistemas de drenagens no
topo);instalação, à jusante do sistema de drenagem da
área, de caixas de sedimentação e/ou novas bacias de
decantação de rejeitos; redimensionamento ou
construção de extravazores ou vertedouros em barra-
gens de rejeito; tratamento de efluentes (por exem-
plo: líquidos ou sólidos em suspensão) das bacias de
decantação de rejeitos; tratamento de águas lixivia-das
em pilhas de rejeitos ou estéreis; tratamento de águas
subterrâneas contaminadas.
c. áreas de infra-estrutura e circunvizinhas. Algumas
medidas possíveis são: captação e desvio de águas
pluviais; captação e reutilização das águas utilizadas no
processo produtivo, com sistemas adicionais de
proteção dos cursos de água naturais por meio de ca-
naletas, valetas, murundus ou leiras de isolamento;
coleta (filtros, caixas de brita, etc.) e tratamento de
resíduos (esgotos, óleos, graxas); dragagem de sedi-
mentos em depósitos de assoreamento; implantação
de barreiras vegetais; execução de reparos em áreas
circunvizinhas afetadas pelas atividades de minera-ção,
entre outras.
As estratégias de desativação de uma mineração são
clas-sificadas em:
a. estratégia corretiva: visa remediar um problema
após sua identificação e diagnóstico. É um reconhe-
cimento do problema, caracterizando ou
formulando o mesmo em termos claros e
compreensíveis, pelos interessados. Ação planejada
e sistematizada preven-do intervenções necessárias
para identificar os locais potencialmente poluídos
antes que sejam descober-tos pela população ou
causem danos ambientais sig-nificativos.
b. estratégia preventiva objetiva: eliminar passivos
ambientais quando da desativação de um empre-
endimento industrial; evitar que problemas, como a
contaminação de solos e de aqüíferos se repitam
quando do encerramento das atividades atualmente
existentes. Apesar do acúmulo de passivos durante a
vida útil da mina, estes devem ser reduzidos ou elimi-
nados quando da desativação do empreendimento.
Essa estratégia depende de um plano de desativação,
um plano de recuperação de áreas degradadas e des-
comissionamento das instalações com as respectivas
estimativas de custos.
c. estratégia proativa: evita a acumulação de passivos
ambientais durante a operação da mina e minimiza os
impactos durante o ciclo de vida desta. Prevê a utiliza-
ção temporária do solo pensando em novos usos para
ele. Considera o planejamento do fechamento e cria a
concepção de ciclo de vida de um empreendimen-to o
qual começa na concepção do empreendimento
- Avaliação do Impacto Ambiental - aliado a progra-mas
de gestão ambiental. Planeja medidas gestoras durante
a fase de operação e medidas que deverão ser tomadas
quando da desativação. Também planeja a desativação
no período que antecede a fase de im-plantação e os
revisa periodicamente ou a cada vez que o
empreendimento é modificado ou ampliado.
Esses procedimentos visam caracterizar a situação em que
se encontra o empreendimento mineiro assim como definir
o melhor caminho para a desativação deste, con-siderando
a necessidade de medidas de recuperação am-biental e
monitoramento. De forma genérica, esses pro-cedimentos
podem ser classificados da seguinte forma:
a. objetivos da reutilização da área minerada:
estudos de viabilidade econômica e ambiental.
b. caracterização preliminar do sítio minerado: loca-
lização dos sítios com problemas potenciais e veri-
ficação do entorno do sítio minerado para detectar
potenciais fontes externas de poluição.
c. caracterização detalhada do sítio minerado: obje-
tiva caracterizar os tipos, quantidades de resíduos e
eventuais contaminações presentes. Inventariar ins-
talações, equipamentos e resíduos. Investigar solos
e águas e estabelecer quantitativos para estimativas
dos custos de recuperação ambiental.
d. plano de desmontagem e recuperação ambiental:
desmontar sistemas elétricos e hidráulicos; instalar
sistemas mecânicos; remover resíduos sólidos; des-
montar ou demolir edificações, preencher escava-
ções; aterrar; nivelar e terraplenar e triar resíduos.
e. obtenção de aprovação legal e consulta pública: li-
cença e autorização governamental. Consulta
pública caso as obras causem impactos negativos às
comuni-dades circunvizinhas.
f. licitação e contratação – trabalho realizado por
ter-ceiros: contrato escrito com a intenção de
responsabilizar empreiteiras no caso de não cumpri-
mento do plano de desmontagem e recuperação
am-biental.
g. execução, acompanhamento e fiscalização:
manter estrito controle das atividades durante as
fases de desmontagem e recuperação ambiental.
h. ensaios comprobatórios: análise de águas e solos
para comprovação de descontaminação.
Manutenção de adequado monitoramento.
i. relatório final e documentação: relato dos
trabalhos executados e histórico do uso da área.
MétodosdeLavra
16. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
Em relação à recuperação de áreas degradadas, Gama (7)
informa que a identificação, a avaliação da importância
relativa e o monitoramento dos impactos ambientais, no
sentido de minimizá-los, eliminá-los ou administrá-los de
modo a proteger efetivamente o meio ambiente, devem ter
seus custos incorporados aos estudos de viabilidade
econômica do projeto.Por outro ângulo, Carter (16) en-
fatiza a necessidade de pensar em meio ambiente e suas
correlações econômicas no início dos projetos mineiros,
pois nesse momento as empresas estão capitalizadas e o
meio ainda não foi degradado; além de possíbilitar a exe-
cução de estudos ambientais simultâneos a outros rela-tivos
a atividade em si e suas operações.Esse trabalho se justifica
pelo fato da maioria das empresas, especialmen-te as de
pequeno e médio porte, se preocuparem com a
recuperação das áreas degradadas somente ao final do
empreendimento. Essa prática resulta inevitavelmente na
duplicidade de operações dos trabalhos de recuperação
ambiental. Esses trabalhos poderiam ser realizados du-rante
o período produtivo da mina, mediante um plano de
recuperação simultâneo à lavra. Exemplos desse fato são
alguns trabalhos realizados por Oliveira Jr. (17) em mine-
rações, no Estado da Bahia. Nesses estudos ficou compro-
vado que, durante a recuperação, o maior montante re-cai
sobre operações típicas de lavra (desmonte, limpeza,
terraplenagem e drenagem de cavas e pilhas de estéreis).
Esses custos chegam a 30% dos custos totais. Os 70% res-
tantes estão relacionados à revegetação, fechamento de
áreas (cavas), sinalização e monitoramento (pilhas de mi-
nérios, bacias de sedimentação em águas da região).
O mesmo autor conclui que no caso de terceirização das
operações de recuperação de áreas, os custos poderiam ser
triplicados. Com esses trabalhos simultaneamente às
operações da mina, a maioria das áreas já estariam recu-
peradas, e os custos com a recuperação já estariam amor-
tizados ao longo da vida produtiva do empreendimento.
Nesse caso, restaria computar os custos das últimas áre-as
lavradas, áreas de beneficiamento e de estocagem de
resíduos; acrescentado de custos de sinalização e moni-
toramento das últimas áreas. As areias consumidas hoje na
Região Metropolitana de Salvador são originárias, quase
que totalmente, da Formação São Sebastião e da Formação
Marizal, localizadas no município de Camaçari, somente
pequena parcela provém da Formação Barreiras, localizada
ao longo das estradas CIA - Aeroporto e Aero-
porto/Arembepe e de dunas litorâneas. Cabe ressaltar que
as jazidas de areia da formação Barreiras encontram-
-se em fase esgotamento (18). A exaustão dos depósitos de
areia grossa nas proximidades de Salvador têm viabili-zado
a exploração de jazidas de areia de Camaçari, apesar de
problemas com a granulometria e a distância entre os
centros consumidores. Atualmente, o parque produtor é
composto por vinte e sete unidades produtoras de areia,
distribuídas da seguinte forma: duas unidades, no municí-
pio de Simões Filho; quatro, em Lauro de Freitas; quatro,
em Salvador; dezessete, em Camaçari. Dentre as empre-sas
localizadas em Camaçari a Mineração Ottomar Ltda. se
destaca como a maior produtora de areia da região me-
tropolitana de Salvador. Salvador e está em atividade, na
cidade de Camaçari, desde 1980. Sua produção é de cerca
de 600 000m3 de areia por ano, e o material extraído por
ela é composto essencialmente de areia de granulometria
fina a grossa e coloração branca. O principal composto
mineral dessa areia é SiO2 e utilizada “in natura” na
cons-trução civil. Grande parte produção de areias se
destina à Indústria da Construção Civil da Região
Metropolitana de Salvador e pequena parte é
comercializada em Feira de Santana. Atualmente, as
reservas de areia da Ottomar Mi-neração estão
estimadas em cerca de 9 000 000m3(19). O método de
lavra utilizado pela Ottomar Mineração é extração a céu
aberto, em meia encosta. As operações de lavra são:
a. desmatamento: remoção da cobertura vegetal das
áreas a serem lavradas. De forma geral, a vegetação
da região é composta de espécies de pequeno porte.
Nesta etapa,
o plano de lavra buscou a remoção apenas na área
necessária para o desenvolvimento dos trabalhos de
extração e circulação de veículos.
b. decapeamento: retirada do material estéril e do
solo orgânico. O solo orgânico, basicamente areia
com resíduos vegetais, é armazenado em separado
para posterior utilização na fase de revegetação.
c. extração: a extração de areia é realizada em
proces-so de meia encosta, com a utilização de
tratores de esteira e de pás-carregadeiras.
d. carregamento: realizado pelas mesmas pás-carre-
gadeiras.
e. transporte: realizados por caminhões que trans-
portam a areia da frente de lavra até o mercado con-
sumidor.
Nesta última década, a Ottomar Mineração tem
dedicado esforços no sentido de cumprir a legislação
ambiental vi-gente. Segue as normas exigidas pelo CRA,
no intuito de manter seu empreendimento regularizado
no sentido de controle e recuperação ambiental. Com
relação a esse as-pecto, a atual política da empresa tem
colaborado para melhor sua imagem junto à comunidade
e demonstrar que é viável a exploração responsável e
consciente do meio ambiente.
Nos últimos anos, a Ottomar Mineração tem realizado,
por intermédio de especialistas, uma série de trabalhos
de avaliação de impacto ambiental de sua atividade mi-
neira e recuperação de áreas degradadas mantendo seus
trabalhos dentro das solicitação do CRA (20). As áreas
alvo de recuperação, que ainda apresentam trabalhos de
lavra, estão localizadas na BA 512, km 14 (estrada Cama-
çari/Monte Gordo), em uma área denominada Biribeira,
na Fazenda República Mangueira. As áreas possuem os
seguintes Processos no DNPM: 87092191 e 87092291 e
ainda apresentam vida útil de cinco anos.
O início dos trabalhos de recuperação ficarão concentra-dos
em uma área piloto de cerca de 5h. Após encerrados os
trabalhos de lavra, deverão ser avaliadas as condições da
área. Nesse sentido, devem ser analisadas mudan-ças na
cobertura vegetal (recuo da flora), afastamento da fauna da
região, alterações significativas na topogra-fia da região,
formação de taludes acima de uma altura estável, alteração
e/ou assoreamento das drenagens naturais, possíveis
pontos de poluição pelos equipamen-tos utilizados na fase
de extração e seu impacto no meio ambiente, situação das
construções que possam estar lo-calizadas na área. Com
relação a estes últimos deve ser considerada a remoção dos
mesmos, uma vez que na área
17. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
apenas existem construções de pequeno porte, ou mes-mo
a manutenção dos mesmos pelo tempo que possam ser
úteis. Com o auxílio dos tratores de esteiras, as áreas com
grandes irregularidades das áreas lavradas deverão ser
suavizadas. Caso, ao final das atividades, sejam ob-servados
taludes com grandes inclinações e/ou alturas, haverá
deslocamentos de material com utilização dos tratores para
a diminuição de inclinações e/ou alturas. As drenagens da
região podem sofrer algumas modificação de curso e/ou
assoreamento de determinados cursos. A princípio, a
regularização dos terrenos deve restaurar as drenagens
locais. Havendo necessidade, pequenas va-letas poderão
ser providenciadas para regularização de drenagens. As
drenagens de áreas vizinhas deverão servir de guia para
esses trabalhos. Tendo em vista experiências anteriores
(20), pode-se esperar que não seja necessária a
descompactação do solo na região uma vez que do local foi
retirado material não consolidado e ficou apenas areia de
coloração amarela (areia misturada a solo argiloso de-
composto) e poucas intrusões de argila. Existindo o inte-
resse em recuperar velhas vias de acesso, poderá haver a
necessidade da utilização de tratores com escarificadores
para descompactação do solo. Para a revegetação da área
lavrada, deverá ser observada experiência anterior da
empresa. Atualmente a Ottomar Mineração recebe con-
sultoria de um Engenheiro Florestal e mantém um viveiro
de mudas na própria empresa. Assim sendo, o processo de
revegetação deverá proporcionar a recuperação de funções
do ecossistema por meio do plantio de mudas. O processo
de plantio engloba aproximadamente quinze diferentes
espécies com preferência para os grupos eco-lógicos da
pioneiras e secundárias de rápido crescimento: leguminosas
florestais, frutíferas e até exóticas, como o eucalipto As-
sociado a esse sistema, realiza-se a semeadura direta (a
lanço) da leguminosa feijão de porco, como forma de adu-
bação verde e elemento restaurador do solo. A escolha das
espécies a serem utilizadas na revegetação está rela-
cionada à disponibilidade de obtenção de sementes e mu-
das; e a utilização de espécies nativas será reduzida por
uma questão de oferta de mercado. As mudas a serem
utilizadas deverão ser produzidas em viveiros próprios. As
espécies a serem utilizadas, em maior ou menor número,
serão: acácias (cássia sp), jangelim (Jaboranda obovata),
embauba (cecropia sp), pau pombo (Tapiura guionen-sis),
aroeira preta, caju (Anacordium ocidentale), jamelão
(Jambosa sp), mangueira (Mangifera indica), flamboyant
(Delanix regia), amendoeira (Catappa sp), leucena (Leuco-
ema leucocephala), bromélias (Hahenbergia sp), feijão de
porco (Conavalia ensiformes), eucalipto (Eucalyptus solig-
ma) e Pinus elyoti. O plantio deve ser conduzido de forma a
expor certa heterogeneidade entre as espécies selecio-
nadas ou disponíveis para a época do plantio. Como espa-
çamento básico será utilizado o mesmo que foi emprega-do
em outras áreas já revegetadas e que apresentou bons
resultados. Deverá ser utilizado um espaçamento regular,
variando entre 4m x 3m (12m2) e 3,5m x 2,5m (8,8m2).
Espera-se, ao final dessa operação, atingir cerca de 1 000
mudas/ha. Cuidados especiais devem ser dispensados à
qualidade do solo, já que estudos anteriores (20) demons-
traram a necessidade de calagem e adubação orgânica e
mineral. O preparo do solo deverá levar em consideração o
tempo necessário para a efetivação do processo de fer-
tilização do solo e o período adequado para o plantio das
espécies escolhidas. Experiências anteriores mostram a
necessidade de monitoramento contínuo para controle de
problemas como formigas, roubo de mudas, pastoreio e a
própria qualidade do plantio. Vários autores (21-24)
analisam a etapa de monitoramento como crítica para a
finalização dos trabalhos de recuperação de áreas degra-
dadas. A adequada condução desta etapa deve significar o
controle e manutenção de todos os objetivos traçados até o
momento. De forma geral, deverão ser monitorados inícios
de processos erosivos, estabilidade de inclinações e taludes,
assoreamento da drenagem.
Especial cuidado deve ser dado ao monitoramento das
áreas revegetadas, pois após a fase de plantio serão ne-
cessárias observações periódicas da área recuperada a
fim de evitar, se for o caso, que haja retrocesso no pro-
cesso. Os fatores mais importantes a serem monitorados
são os seguintes:
a. condições dos terrenos: monitorar processos ero-
sivos nas áreas recuperadas e/ou revegetadas bus-
cando corrigir essas situações no início do processo
observado, até que esteja estabilizado o processo
erosivo.
b. germinação das sementes: Se ocorrerem falhas na
germinação, providenciar a ressemeadura da área
dentro do menor período possível e atentar para a
época mais adequada para o plantio.
c. cobertura: nos pontos onde houver falhas de co-
bertura, identificar a causa e refazer a semeadura ou
o plantio de mudas.
d. estado nutricional da vegetação: esse controle visa
detectar qualquer carência nutricional junto às espé-
cies selecionadas e corrigir o problema com aduba-
ção adequada, se necessário.
e. controle de pragas e doenças: importante etapa
do monitoramento. O controle pode evitar prejuízo
para toda a área.A etapa de monitoramento deve
perdu-rar pelo tempo necessário para que seja
observada situação de equilíbrio e sustentabilidade
na área re-cuperada.
Um problema observado nas visitas realizadas a Ottomar
Mineração, em Camaçari, foi a presença de lixo doméstico
na área de extração mineral. Segundo explicações obtidas
na região, o lixo vinha junto com os caminhões destina-dos
ao transporte de areia ao mercado consumidor. Ain-da que
a quantidade lixo encontrada fosse pequena, se propõe
maior controle na entrada da mina a fim de evitar o
transporte indesejável de resíduos para a área de ex-tração.
Cabe ressaltar que a falta de controle sobre essa disposição
pode acarretar problemas comuns a aterros clandestinos
(poluição e doenças), assim como proble-mas para a
empresa, junto ao órgão ambiental do estado.
Ainda com relação ao controle da área, está sendo pro-
posto um sistema de sinalização das área já recuperadas e
em fase de recuperação. Também deverão ser melhor
sinalizadas as áreas de extração e vias de acesso. Estas
últimas medidas objetivam maior segurança nas áreas su-
pracitadas. Persistindo o problema de disposição de lixo
doméstico, a empresa poderia optar por cursos de edu-
cação ambiental para seus funcionários, com o objetivo de
conscientizá-los para o problema em questão. Com o
MétodosdeLavra
18. A u x i l i a r t é c n i c o e m M i n e r a ç ã o
objetivo de controle dos custos de recuperação das áreas
mineradas, é sugerido a Ottomar Mineração a confecção de
uma análise de custos para avaliar cada objeto de re-
cuperação (regularização de taludes, revegetação etc.) e
seu impacto e/ou relação com a quantidade de areia
extraída/vendida, assim como o custo por ha recupera-do.
Nos custos referentes a equipamentos, devem ser in-cluídos
a hora/máquina dos tratores, assim como o custo com os
operadores das máquinas. Nos custos com mão de obra,
devem estar incluídos os gastos com salários e encargos
com engenheiros, técnicos agrícolas, ajudantes e outros
profissionais envolvidos. Os custos com mate-riais devem
incluir elementos como: corretivos de solos, adubos,
mudas, sementes, gastos com material para o vi-veiro e
outros Custos operacionais com a recuperação de áreas
degradadas pela mineração de areia. A necessidade de
cuidados ambientais, nas mais diversas atividades in-
dustriais é, nos dias de hoje, uma realidade irreversível, e
desta realidade pode depender o futuro do homem e de
todas as forma de vida na terra. Entretanto, nem sem-pre a
consciência do empreendedor está direcionada para este
cuidado. Além disso, o desaparelhamento dos órgãos de
fiscalização demonstra nítido desinteresse de autori-dades
governamentais, com os problemas ambientais. Neste
panorama, a mineração aparece como atividade
imprescindível para o desenvolvimento e bem-estar dos
seres humanos, ainda que sua imagem esteja, quase que
exclusivamente, relacionada com destruição e impac-tos
ambientais. Sem dúvida, é impossível minerar sem causar
impacto ambiental, seja ele de maior ou menor extensão.
Mas, atividades como construção civil e agri-cultura,
também necessárias à humanidade, são tão ou mais
impactantes que a mineração. Entretanto, seus be-nefícios
são mais facilmente perceptíveis, o que faz com que essas
atividades sejam melhor aceitas pela sociedade e até
mesmo ignorados os impactos ambientais gerados.
A mineração, com o objetivo de melhorar sua imagem e
desenvolver uma consciência de proteção ambiental, vem
procurando, nas últimas décadas, promover sistemas mais
limpos e recuperar situações e passivos ambientais.
Mentalidade essas evidenciadas nos congressos da área.
Nesses eventos, o setor empresarial, universidades e cen-
tros de pesquisas apresentam inúmeros trabalhos relacio-
nado ao tema. Dentre os temas mais abordados, a recu-
peração de áreas degradadas ganha importância pelo im-
pacto visual de uma área minerada e de como este fator
pode influenciar a opinião pública. Em Salvador/BA, não
raro a mineração em pedreiras e areais tem sido acusada de
danosa ao meio ambiente e muitas vezes com razão. Em
outros momentos as acusações tornam-se paradoxais
porque a legislação ambiental, muitas vezes, não é clara
com relação à mineração, pois apresenta excesso de legis-
lação quase que totalmente desconhecida da sociedade.
Nesse sentido, deve-se destacar o trabalho de controle e
recuperação de áreas da Ottomar Mineração, suas áreas
lavradas. A manutenção de consultoria de um Engenhei-ro
Florestal, viveiros na própria empresa, atividades de
monitoramento, entre outras, têm garantido bom resul-
tado ambiental. Esse trabalho buscou seguir determinada
filosofia de recuperação de áreas mineradas. Não propôs
atividades fora da realidade relacionada com a mineração -
problema muitas vezes enfrentado pela atividade minei-ra
em relação a órgãos de fiscalização mal aparelhados.
Limitou-se a apresentar algumas propostas que pudes-sem
ser implementadas de forma viável, como o controle do lixo
doméstico nas áreas lavradas e análises de custos. OBJETO
DE RECUPERAÇÃO CUSTO DE EQUIPAMENTO US$ CUSTO DE
MÃODE-OBRA US$ CUSTO DE MATERIAL US$ CUSTO TOTAL
DA RECUPERAÇÃO US$ HECTARE RECUPE-RADO CUSTO/há
RECUPERADO US$/há AREIA EXTRAÍDA m3 CUSTO DE
RECUPERAÇÃ US$/m3 A B C A+B+C = D E D/E F D/F Por fim,
é necessário que se desenvolva no mi-nerador/empresário
a consciência de que é necessário re-parar/ou minimizar os
danos causados ao meio ambiente, assim como é
necessário que a sociedade entendaque a mineração é
fonte geradora de renda e emprego, auxilian-do de forma
significativa no desenvolvimento de determi-nadas
regiões.Nesse sentido, vale reforçar o pensamento de que é
importante e necessário conciliar desenvolvi-mento
econômico e social com a indústria mineral a fim de buscar
benefícios para todos e preservar o patrimônio ambiental.
Gestão Ambiental. Desempenho de empresas lideres por
setor.
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