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A Contação de Histórias no Desenvolvimento da Educação Infantil
Ana Lúcia Sanches Cardoso1
Prof. Ms. Moacir Alves de Faria2
RESUMO
Este trabalho visa mostrar a importância da contação
de histórias na aprendizagem da Educação Infantil,
propondo técnicas e meios do educador trabalhá-las
em sala de aula. Ao contar uma história, o professor
deve trabalhar de forma descontraída e alegre, onde a
criança possa vivenciar um mundo diferente da sua
realidade utilizando sua criatividade e imaginação e,
assim, possibilitando seu desenvolvimento. As
histórias devem proporcionar a formação do caráter e
dar à criança perspectivas, mostrando um caminho
onde elas possam se posicionar criticamente,
avaliando sua realidade.
ABSTRACT
This work aims to show the importance of storytelling
in learning of early childhood education , proposing
technical educator and media work them in the
classroom . In telling a story , the teacher must work
in a relaxed and cheerful way, where the child can
experience a different world of its reality using your
creativity and imagination and thus enabling their
development. The stories should provide the
formation of character and give the child perspective ,
showing a path where they can position themselves
critically evaluating their reality.
Palavras-chave: Contação de histórias. Educação. Literatura Infantil. Desenvolvimento da
criança.
Keywords: Storytelling. Education. Children’s Literature. Child development.
1
Aluna da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis – FAC/São Roque.
2
Mestre em Educação pela Universidade de Sorocaba. Especialista em Psicopedagogia pela Universidade
Castelo Branco. Licenciado em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ouro Fino.
Coordenador Acadêmico do curso de Pedagogia da FAC SÃO ROQUE. Professor universitário - FAC SÃO
ROQUE e professor da Universidade Nove de Julho. Professor orientador.
INTRODUÇÃO
A contação de histórias na educação infantil desperta a curiosidade, estimula a
imaginação, desenvolve a autonomia e o pensamento, proporciona vivenciar diversas
emoções como medo e angústias, ajudando a criança a resolver seus conflitos emocionais
próprios, aliviando sobrecargas emocionais.
Para Abramovich (1997, p.22) “se é importante para o bebê ouvir a voz amada e para
a criança pequenina escutar uma narrativa curta, simples, repetitiva, cheia de humor e de
calidez (numa relação a dois), para a criança de pré-escola ouvir histórias também é
fundamental (agora numa relação a muitos: um adulto e várias crianças)”.
O ato de contar histórias instrui, socializa e diverte as crianças. É uma ferramenta
que desperta o interesse pela leitura, ajuda no desenvolvimento psicológico e moral,
auxiliando na manutenção da saúde mental das crianças em fase de desenvolvimento, amplia
o vocabulário e o mundo de ideias, desenvolvendo a linguagem e o pensamento, trabalha a
atenção, a memoria e a reflexão, desperta a sensibilidade, a descoberta da identidade, adapta
as crianças ao meio ambiente, assim como desenvolve funções cognitivas para o pensamento
como comparação, raciocínio lógico, pensamento hipotético e convergente e divergente. A
organização geral dos enredos possui um conteúdo moral que colabora para a formação ética
e cidadã das crianças.
Abramovich (1997) ressalta a importância de contar historias para crianças, de forma
que escutá-las é um precedente para a formação de leitor, além de incitar seu imaginário para
responder tantas questões existentes no mundo da criança.
Incluir a narração de historias na rotina da educação infantil, ajuda no
desenvolvimento do trabalho do educador, pois auxilia na aprendizagem da criança, fazendo
uso do lúdico no momento do ensino.
Esse trabalho tem como objetivo mostrar a importância da contação da historia para
o bom desenvolvimento da criança no âmbito escolar.
Durante esse estudo, iremos investigar a importância das historias assim como sua
relação com a aprendizagem e os cuidados que o professor deve ter para preparar o antes, o
momento e o depois da contação de histórias.
O primeiro capítulo trata de mostrar o surgimento e a importância da contação de
historias na educação infantil.
A abordagem do segundo capítulo é para mostrar o que essas histórias provocam no
desenvolvimento das crianças pequenas.
No terceiro, há uma relação de técnicas e recursos para o professor preparar o
momento que antecede a contação de historias e, também, brincadeiras e jogos para entreter e
divertir as crianças, além de recursos e técnicas que devem ser usadas para a escolha das
historias, a faixa etária, a situação, o ambiente e os interesses de sua utilização.
Dessa forma, com esse trabalho, procura-se mostrar a real importância da contação
de historias no desenvolvimento da criança, assim como os diversos recursos para enriquecer
sua narração e optar pelo melhor espaço físico para sua apresentação.
1. A importância das histórias infantis
A contação de histórias é um instrumento muito importante no estímulo à leitura, ao
desenvolvimento da linguagem, é um passaporte para a escrita, desperta o senso crítico e
principalmente faz a criança sonhar. E os contadores de histórias são os mediadores desse
processo, tendo uma tarefa muito importante que é de envolver a criança na história, dando
vida aos sonhos, o despertar das emoções, transportando para o mundo da fantasia.
Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar
com as situações vividas pelos personagens, com a ideia do conto ou com
jeito de escrever do autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse
momento de humor, de brincadeira, de divertimento... É através da história
que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e
de ser, outra ética, outra ótica... É aprender História, Geografia, Filosofia,
Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos
achar que tem cara de aula... Porque se tiver, deixa de ser literatura, deixa de
ser prazer e passa a ser Didática, que é outro departamento (não tão
preocupado em abrir as portas da compreensão do mundo).
(ABRAMOVICH, 1997, p.17). (adaptado)
Antes mesmo do surgimento da escrita, todo o conhecimento era transmitido através
da fala. Com isso, podemos afirmar que os contadores nasceram com a humanidade, pois lhes
cabia discutir fatos, encadear acontecimentos, perpetuar crenças, manter uma tradição além de
repassar o conhecimento.
A Literatura infantil, em destaque os contos de fadas, passou a influenciar a
formação das pessoas, dividindo as personagens em belas e feias, boas e más, poderosos e
sem poder, ajudando na compreensão dos valores e crenças sociais sustentando os princípios
morais e éticos da sociedade em que vivemos.
As narrativas mostram o mundo, a vida em sociedade através da simbologia.
Segundo Bettelheim (2009, p.67), “o conto de fadas procede de um modo conforme [...] a
criança pensa e experimenta o mundo”.
Nóbrega (2009, p.20) demonstra que os contos partem de uma organização simples e
dinâmica, “mantém uma estrutura fixa, partem de um problema vinculado à realidade que
desequilibra a tranquilidade inicial, buscam soluções no plano da fantasia e necessitam de
elementos mágicos para, enfim, trazer de volta a realidade”, possibilitando à criança interação
com um mundo bem próximo de seu modo de percepção do mundo.
Concluindo, contar histórias é uma atividade lúdica, pois amplia os horizontes e as
possibilidades de uma criança, e a interação que se estabelece cria um vínculo precioso entre
narrador e ouvinte. Através das histórias, podemos construir o aprendizado, além de ajudar os
pequeninos a resolver conflitos no seu cotidiano.
2. A influência da contação de histórias no desenvolvimento e na aprendizagem da
Educação Infantil
Atualmente, a preocupação da educação com a formação de um indivíduo crítico,
responsável e atuante na sociedade inicia-se no ensino infantil onde os primeiros hábitos
começam a surgir e as crianças interagem socialmente para o desenvolvimento de sua
aprendizagem.
A oralidade está presente em todo momento, melhorando a comunicação e expressão
dos pequenos, o que ajuda no convívio social. Nos primeiros anos, as escolas são um lugar no
qual as crianças interagem socialmente, recebem influencias para sua formação. A partir o
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil “a criança como todo ser humano, é
um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma
sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico” (BRASIL,
1998, p. 21-22).
Por isso, contar histórias nos anos iniciais da educação infantil proporciona à criança
despertar a criatividade e ir além de seu tempo e espaço, podendo se imaginar em outros
mundos e situações diversas. Nas palavras de Betty Coelho (1999, p.26), “a criança que ouve
histórias com frequência educa sua atenção, desenvolve a linguagem oral e escrita, amplia seu
vocabulário e principalmente aprende a procurar nos livros novas histórias para o seu
entretenimento”.
A professora Fanny Abramovich (1997, p.16), também salienta essa importância para
a formação do ser humano, onde ouvir histórias ajuda na formação de um bom leitor, na
descoberta e compreensão do mundo.
Sendo uma atividade lúdica e pedagógica, a contação de história é uma ferramenta de
trabalho para o professor em sala de aula que, segundo a autora (1991), podemos descobrir
outros lugares, tempos, jeitos de agir e de ser, outra ética, ótica... e, assim, conhecemos
diversas disciplinas, sem nem precisar conhecer o nome ou para que servem cada uma delas.
Assim, o livro passa a ser um objeto de informação e o professor é o mediador entre
ele e seu aluno, estimulando a imaginação e o desenvolvimento da capacidade cognitiva, pois
a história permanece nas ideias da criança, que a incorpora como um alimento de sua
imaginação criadora, Coelho (1999). O professor deve trabalhar a oralidade, a
espontaneidade, a socialização e a coordenação motora da criança, valorizando os benefícios
que esse trabalho pode proporcionar sendo um aliado no desenvolvimento da fala, da leitura e
da escrita. Desde muito cedo a criança faz a leitura de mundo, não aquela convencional
aprendida na escola, mas a que utiliza seus sentidos, seu toque, seu olhar, o ouvir, ou seja, é
desde muito cedo que a leitura está presente em sua vida, sendo letrada mesmo antes de se
apropriar da leitura da escrita. Freire (2005), diz que, “a leitura de mundo antecede à da
palavra, ou seja, o ser humano é capaz de fazer interpretações das situações cotidianas antes
mesmo de saber ler”.
Dessa forma, os contos de fadas provocam vários sentimentos como medo, alegria,
tristeza e angústia, o que nos leva a refletir, num processo desafiador e motivador favorecendo
a formação da personalidade da criança. São as histórias que desenvolvem o gosto pela
leitura, provocando prazer, amor à beleza, a observação, as experiências, o lado artístico e
fazem a ponte entre fantasia e realidade. Nesse momento as crianças são capazes de dar
sequencia lógica aos fatos, a ordem das coisas e acontecimentos, ampliar seu vocabulário e
criar o gosto pela literatura. Segundo Bomtempo (2003, p.33), “a leitura feita pelo professor
em voz alta, em situações que permitem a atenção e a escuta das crianças, fornece-lhes um
repertório rico em expressões e vocabulário facilitando a interação da criança com a
linguagem escrita”.
Cada criança é única, passa por estágios psicológicos que durante seu
desenvolvimento precisam ser observados e respeitados. Essas etapas dependem da idade, do
nível de conhecimento, domínio do mecanismo de leitura e do nível de amadurecimento
psíquico, afetivo e intelectual. Tudo isso deve ser levado em conta no momento da escolha da
história a ser contada, mas podemos perceber que o contato com os livros desde cedo, vai
aumentando gradualmente o prazer e o gosto pela leitura.
A escolha de textos bem selecionados, a teatralidade e a caracterização são condições
importantes e favorecem o momento da contação. Os professores devem manter essa magia,
pois em um mundo tão globalizado e informatizado, o espaço para os livros vai ficando
escasso.
Segundo Villardi (1997, p.110), “A literatura é feita pra encantar, é feita com prazer
para proporcionar prazer, o que vem depois é consequência desse prazer”. Ele nos mostra que
o homem sensível e crítico pode ser mais feliz.
Entender as histórias e sua importância na vida das pessoas é o que a psicologia dos
contos de fadas vem nos mostrar. As personagens se tornam mais próximas e os sentimentos
são personificados como a inveja através da bruxa e a desobediência que pode nos trazer
graves consequências.
Devemos estar cientes de que as historias alimentam a imaginação, permitem a
autoidentificação, ajudam a resolver os conflitos internos e a aceitação de diversas situações
na vida das pessoas.
O poder da escolha certa transforma a história. O contador deve acreditar e se
envolver, vibrando com a ela; deve criar interesse e agir com naturalidade para não haver
dispersão dos seus ouvintes.
São muitas as estratégias e recursos para o momento e preparo da contação de
histórias como veremos a seguir. Entretanto se não houver prazer e entusiasmo por parte do
professor, o aluno não terá curiosidade nem vontade de continuar com o interesse pela
literatura.
Ainda tecendo comentários sobre a importância da literatura, Abramovich (1997, p.
16) salienta que “é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas histórias...
Escutá-las é o início da aprendizagem para ser leitor, é ter um caminho absolutamente infinito
de descobertas e de compreensão do mundo”.
3. A preparação para a contação de histórias
Contar histórias é uma arte, pois envolve vários mecanismos para prender a atenção
dos seus ouvintes. Mas não é somente isso, precisa encantar. E para isso, o educador precisa
estar preparado utilizando-se de técnicas apropriadas para todo tipo de ouvinte, assim como
utilizar recursos, espaço e tempo para atender melhor as suas necessidades. Para Abramovich
(1997), a contação não pode ser feita de qualquer jeito, sem nenhum preparo. Pelo contrário,
corre o risco de no meio desta, empacar ao pronunciar alguma palavra, fazer pausas em
momentos errados ou mesmo perder o seu rumo e, certamente, a criança perceberá.
Deve haver um clima de mistério para envolver e não subestimar o ouvinte, deixando
pairar os questionamentos para uma possível discussão após o momento da contação. O
professor pode, a partir, da história, criar novas propostas de atividades como desenho, teatro,
entre outras.
O educador precisa se dedicar ao contar ou ler um texto, não somente didatizar as
histórias sem a participação dos seus alunos. Deve haver o gosto do contador para despertar
também nos ouvintes o prazer da história.
Na educação infantil há diversos tipos de histórias, mas devem ter uma linguagem
clara e objetiva, direcionada a essa faixa etária das crianças, segundo Coelho (1999). Nos
contos de fadas (o “Era uma vez...”), as crianças entram em contato com a magia e o encanto
e conhecem personagens fantásticos. Nas fábulas, conhecem um mundo de fantasia e da moral
subentendida na narrativa. Há contos com repetições, sons e vozes de animais.
Para Coelho (1999), os interesses de cada faixa etária é que determina a escolha dos
tipos de histórias. A fase pré-mágica vai até os três anos de idade, onde o enredo deve ser
simples, com ritmo e repetições e conter situações próximas à vida afetiva, social e doméstica
da criança. Dos três aos seis anos, na fase mágica, deve prevalecer o encanto e as crianças
solicitam a repetição constante da mesma história.
Para que a história seja realmente relevante e envolvente para as crianças, o educador
precisa considerar alguns aspectos como não ter vícios de vocabulário, ser criativo, saber
utilizar expressão corporal e facial, a entonação de voz e a criatividade e imaginação.
O livro é um componente imprescindível no momento da contação, devendo ficar à
altura dos olhos das crianças. Edmir Perrotti, citado por Maricato (2006, p.18), diz, “primeiro
a criança escuta a história lida pelo adulto, depois conhece o livro como um objeto tátil, que
ela toca, vê e tenta compreender as imagens que enxerga”.
Além deste, outros recursos podem ser utilizados como: fantoches, teatrinhos,
máscaras, desenhos, dobraduras, instrumentos musicais, materiais reciclados entre outros.
Não é necessário saber tocar nenhum instrumento, conforme Garcia et.al. (2003). Somente o
toque pode remeter a algum som da natureza ou de um animal. Entretanto, é preciso saber
fazê-lo com cuidado, sem exageros, sendo inseridos de forma gradativa durante a narração.
Para o momento da contação de histórias, o ambiente onde o evento será realizado,
deve ser analisado com cautela. Se ocorrer em local aberto, deve haver sombra e não ter
ruídos; em fechados, ser amplo, arejado, mas o importante é o conforto, a tranquilidade e o
silêncio para a concentração de todos.
Assim como no início é interessante fazer uma dinâmica ou um aquecimento, ao
final da narrativa, propor atividades que deem continuidade, enriquecem o evento com
atividades como desenhos, rodas de conversas, cantigas, dramatizações, entre outras.
Para que a história realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e
despertar a sua curiosidade. Contudo, para enriquecer a sua vida, deve
estimular-lhe a imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar
claras suas emoções; estar em harmonia com suas ansiedades e aspirações;
reconhecer plenamente suas dificuldades e, ao mesmo tempo, sugerir
soluções para os problemas que a perturbam. (BETTELHEIM, 2009, p.11)
Na hora de iniciar a história é imprescindível que os ouvintes estejam bem
acomodados e o bordão que a antecede precisa ser bem escolhido como o “Era uma vez...”,
“Há muito tempo atrás...”, entre outros.
Mas seu encerramento, por sua vez, é tão importante, pois é o momento de sair do
mundo imaginário e voltar à vida real.
Com certeza, é o estímulo à leitura é que tornará a criança uma leitora para o resto da
vida. Ter muitos livros não é obrigatoriedade para que a criança se vislumbre com eles, mas
há necessidade de atraí-las para o mundo da leitura, contagiando a paixão da arte de contar
histórias.
Considerações Finais
O desenvolvimento infantil se dá num processo criado pela própria criança a partir
das interações que vivencia, sendo assim, a literatura infantil, em especial, a contação de
histórias na Educação Infantil e Ensino Fundamental I, como atividade interativa e
pedagógica mediada pelo educador contribui para este desenvolvimento.
Além disso, a história permite o contato das crianças com o uso real da escrita,
levando-as a conhecerem novas palavras, a discutirem valores como o amor, família, moral e
trabalho, e a usarem a imaginação, desenvolver a oralidade, a criatividade e o pensamento
crítico, auxiliam na construção de identidade do educando, seja esta pessoal ou cultural,
melhoram seus relacionamentos afetivos interpessoais e abrem espaço para novas
aprendizagens nas diversas disciplinas escolares, pelo caráter motivador da criança.
Com esse trabalho, mostrou-se a grande importância que a contação de histórias tem
no desenvolvimento das crianças desde os primeiros momentos de sua vida educacional. E
espera-se o surgimento do interesse nos professores de contar cada vez mais historias em sala
de aula devido ao grande
Referências Bibliográficas
ABRAMOVICH, Fany. Literatura Infantil: Gostosuras e bobices. 4ª ed., São Paulo:
Scipione, 1997.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e Terra S/A,
2009.
BOMTEMPO, Luzia. Alfabetização com Sucesso. 2ª ed., Contagem: Oficina Editorial, 2003.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1999.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna,
2000.
____________________. O Conto de fadas: símbolos – mitos – arquétipos. São Paulo:
Paulinas, 2008.
____________________. Panorama histórico da Literatura Infantil/Juvenil. São Paulo:
Ática, 1991.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 42ª ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
____________________. A importância do ato de ler. 47ª ed., São Paulo: Cortez, 2005.
GARCIA, Walkiria et al. Baú do Professor. Belo Horizonte: Fapi, 2003.
MARICATO, Adriana. O prazer da leitura se ensina. DF: Revista Criança: O professor da
educação infantil, 2006.
NÓBREGA, Lyéde Ruggero de Barros. Educar com Contos de Fadas: Vinculo entre a
realidade e fantasia. São Paulo: Mundo Mirim, 2009.
VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler: formando leitores para a vida inteira. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 1997.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/56729/contacao-de-historias-na-
educacao-infantil#ixzz3fmkpzieu.

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  • 1. A Contação de Histórias no Desenvolvimento da Educação Infantil Ana Lúcia Sanches Cardoso1 Prof. Ms. Moacir Alves de Faria2 RESUMO Este trabalho visa mostrar a importância da contação de histórias na aprendizagem da Educação Infantil, propondo técnicas e meios do educador trabalhá-las em sala de aula. Ao contar uma história, o professor deve trabalhar de forma descontraída e alegre, onde a criança possa vivenciar um mundo diferente da sua realidade utilizando sua criatividade e imaginação e, assim, possibilitando seu desenvolvimento. As histórias devem proporcionar a formação do caráter e dar à criança perspectivas, mostrando um caminho onde elas possam se posicionar criticamente, avaliando sua realidade. ABSTRACT This work aims to show the importance of storytelling in learning of early childhood education , proposing technical educator and media work them in the classroom . In telling a story , the teacher must work in a relaxed and cheerful way, where the child can experience a different world of its reality using your creativity and imagination and thus enabling their development. The stories should provide the formation of character and give the child perspective , showing a path where they can position themselves critically evaluating their reality. Palavras-chave: Contação de histórias. Educação. Literatura Infantil. Desenvolvimento da criança. Keywords: Storytelling. Education. Children’s Literature. Child development. 1 Aluna da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis – FAC/São Roque. 2 Mestre em Educação pela Universidade de Sorocaba. Especialista em Psicopedagogia pela Universidade Castelo Branco. Licenciado em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ouro Fino. Coordenador Acadêmico do curso de Pedagogia da FAC SÃO ROQUE. Professor universitário - FAC SÃO ROQUE e professor da Universidade Nove de Julho. Professor orientador.
  • 2. INTRODUÇÃO A contação de histórias na educação infantil desperta a curiosidade, estimula a imaginação, desenvolve a autonomia e o pensamento, proporciona vivenciar diversas emoções como medo e angústias, ajudando a criança a resolver seus conflitos emocionais próprios, aliviando sobrecargas emocionais. Para Abramovich (1997, p.22) “se é importante para o bebê ouvir a voz amada e para a criança pequenina escutar uma narrativa curta, simples, repetitiva, cheia de humor e de calidez (numa relação a dois), para a criança de pré-escola ouvir histórias também é fundamental (agora numa relação a muitos: um adulto e várias crianças)”. O ato de contar histórias instrui, socializa e diverte as crianças. É uma ferramenta que desperta o interesse pela leitura, ajuda no desenvolvimento psicológico e moral, auxiliando na manutenção da saúde mental das crianças em fase de desenvolvimento, amplia o vocabulário e o mundo de ideias, desenvolvendo a linguagem e o pensamento, trabalha a atenção, a memoria e a reflexão, desperta a sensibilidade, a descoberta da identidade, adapta as crianças ao meio ambiente, assim como desenvolve funções cognitivas para o pensamento como comparação, raciocínio lógico, pensamento hipotético e convergente e divergente. A organização geral dos enredos possui um conteúdo moral que colabora para a formação ética e cidadã das crianças. Abramovich (1997) ressalta a importância de contar historias para crianças, de forma que escutá-las é um precedente para a formação de leitor, além de incitar seu imaginário para responder tantas questões existentes no mundo da criança. Incluir a narração de historias na rotina da educação infantil, ajuda no desenvolvimento do trabalho do educador, pois auxilia na aprendizagem da criança, fazendo uso do lúdico no momento do ensino. Esse trabalho tem como objetivo mostrar a importância da contação da historia para o bom desenvolvimento da criança no âmbito escolar. Durante esse estudo, iremos investigar a importância das historias assim como sua relação com a aprendizagem e os cuidados que o professor deve ter para preparar o antes, o momento e o depois da contação de histórias. O primeiro capítulo trata de mostrar o surgimento e a importância da contação de historias na educação infantil. A abordagem do segundo capítulo é para mostrar o que essas histórias provocam no desenvolvimento das crianças pequenas.
  • 3. No terceiro, há uma relação de técnicas e recursos para o professor preparar o momento que antecede a contação de historias e, também, brincadeiras e jogos para entreter e divertir as crianças, além de recursos e técnicas que devem ser usadas para a escolha das historias, a faixa etária, a situação, o ambiente e os interesses de sua utilização. Dessa forma, com esse trabalho, procura-se mostrar a real importância da contação de historias no desenvolvimento da criança, assim como os diversos recursos para enriquecer sua narração e optar pelo melhor espaço físico para sua apresentação. 1. A importância das histórias infantis A contação de histórias é um instrumento muito importante no estímulo à leitura, ao desenvolvimento da linguagem, é um passaporte para a escrita, desperta o senso crítico e principalmente faz a criança sonhar. E os contadores de histórias são os mediadores desse processo, tendo uma tarefa muito importante que é de envolver a criança na história, dando vida aos sonhos, o despertar das emoções, transportando para o mundo da fantasia. Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a ideia do conto ou com jeito de escrever do autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento... É através da história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É aprender História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... Porque se tiver, deixa de ser literatura, deixa de ser prazer e passa a ser Didática, que é outro departamento (não tão preocupado em abrir as portas da compreensão do mundo). (ABRAMOVICH, 1997, p.17). (adaptado) Antes mesmo do surgimento da escrita, todo o conhecimento era transmitido através da fala. Com isso, podemos afirmar que os contadores nasceram com a humanidade, pois lhes cabia discutir fatos, encadear acontecimentos, perpetuar crenças, manter uma tradição além de repassar o conhecimento. A Literatura infantil, em destaque os contos de fadas, passou a influenciar a formação das pessoas, dividindo as personagens em belas e feias, boas e más, poderosos e sem poder, ajudando na compreensão dos valores e crenças sociais sustentando os princípios morais e éticos da sociedade em que vivemos.
  • 4. As narrativas mostram o mundo, a vida em sociedade através da simbologia. Segundo Bettelheim (2009, p.67), “o conto de fadas procede de um modo conforme [...] a criança pensa e experimenta o mundo”. Nóbrega (2009, p.20) demonstra que os contos partem de uma organização simples e dinâmica, “mantém uma estrutura fixa, partem de um problema vinculado à realidade que desequilibra a tranquilidade inicial, buscam soluções no plano da fantasia e necessitam de elementos mágicos para, enfim, trazer de volta a realidade”, possibilitando à criança interação com um mundo bem próximo de seu modo de percepção do mundo. Concluindo, contar histórias é uma atividade lúdica, pois amplia os horizontes e as possibilidades de uma criança, e a interação que se estabelece cria um vínculo precioso entre narrador e ouvinte. Através das histórias, podemos construir o aprendizado, além de ajudar os pequeninos a resolver conflitos no seu cotidiano. 2. A influência da contação de histórias no desenvolvimento e na aprendizagem da Educação Infantil Atualmente, a preocupação da educação com a formação de um indivíduo crítico, responsável e atuante na sociedade inicia-se no ensino infantil onde os primeiros hábitos começam a surgir e as crianças interagem socialmente para o desenvolvimento de sua aprendizagem. A oralidade está presente em todo momento, melhorando a comunicação e expressão dos pequenos, o que ajuda no convívio social. Nos primeiros anos, as escolas são um lugar no qual as crianças interagem socialmente, recebem influencias para sua formação. A partir o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil “a criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico” (BRASIL, 1998, p. 21-22). Por isso, contar histórias nos anos iniciais da educação infantil proporciona à criança despertar a criatividade e ir além de seu tempo e espaço, podendo se imaginar em outros mundos e situações diversas. Nas palavras de Betty Coelho (1999, p.26), “a criança que ouve histórias com frequência educa sua atenção, desenvolve a linguagem oral e escrita, amplia seu vocabulário e principalmente aprende a procurar nos livros novas histórias para o seu entretenimento”.
  • 5. A professora Fanny Abramovich (1997, p.16), também salienta essa importância para a formação do ser humano, onde ouvir histórias ajuda na formação de um bom leitor, na descoberta e compreensão do mundo. Sendo uma atividade lúdica e pedagógica, a contação de história é uma ferramenta de trabalho para o professor em sala de aula que, segundo a autora (1991), podemos descobrir outros lugares, tempos, jeitos de agir e de ser, outra ética, ótica... e, assim, conhecemos diversas disciplinas, sem nem precisar conhecer o nome ou para que servem cada uma delas. Assim, o livro passa a ser um objeto de informação e o professor é o mediador entre ele e seu aluno, estimulando a imaginação e o desenvolvimento da capacidade cognitiva, pois a história permanece nas ideias da criança, que a incorpora como um alimento de sua imaginação criadora, Coelho (1999). O professor deve trabalhar a oralidade, a espontaneidade, a socialização e a coordenação motora da criança, valorizando os benefícios que esse trabalho pode proporcionar sendo um aliado no desenvolvimento da fala, da leitura e da escrita. Desde muito cedo a criança faz a leitura de mundo, não aquela convencional aprendida na escola, mas a que utiliza seus sentidos, seu toque, seu olhar, o ouvir, ou seja, é desde muito cedo que a leitura está presente em sua vida, sendo letrada mesmo antes de se apropriar da leitura da escrita. Freire (2005), diz que, “a leitura de mundo antecede à da palavra, ou seja, o ser humano é capaz de fazer interpretações das situações cotidianas antes mesmo de saber ler”. Dessa forma, os contos de fadas provocam vários sentimentos como medo, alegria, tristeza e angústia, o que nos leva a refletir, num processo desafiador e motivador favorecendo a formação da personalidade da criança. São as histórias que desenvolvem o gosto pela leitura, provocando prazer, amor à beleza, a observação, as experiências, o lado artístico e fazem a ponte entre fantasia e realidade. Nesse momento as crianças são capazes de dar sequencia lógica aos fatos, a ordem das coisas e acontecimentos, ampliar seu vocabulário e criar o gosto pela literatura. Segundo Bomtempo (2003, p.33), “a leitura feita pelo professor em voz alta, em situações que permitem a atenção e a escuta das crianças, fornece-lhes um repertório rico em expressões e vocabulário facilitando a interação da criança com a linguagem escrita”. Cada criança é única, passa por estágios psicológicos que durante seu desenvolvimento precisam ser observados e respeitados. Essas etapas dependem da idade, do nível de conhecimento, domínio do mecanismo de leitura e do nível de amadurecimento psíquico, afetivo e intelectual. Tudo isso deve ser levado em conta no momento da escolha da
  • 6. história a ser contada, mas podemos perceber que o contato com os livros desde cedo, vai aumentando gradualmente o prazer e o gosto pela leitura. A escolha de textos bem selecionados, a teatralidade e a caracterização são condições importantes e favorecem o momento da contação. Os professores devem manter essa magia, pois em um mundo tão globalizado e informatizado, o espaço para os livros vai ficando escasso. Segundo Villardi (1997, p.110), “A literatura é feita pra encantar, é feita com prazer para proporcionar prazer, o que vem depois é consequência desse prazer”. Ele nos mostra que o homem sensível e crítico pode ser mais feliz. Entender as histórias e sua importância na vida das pessoas é o que a psicologia dos contos de fadas vem nos mostrar. As personagens se tornam mais próximas e os sentimentos são personificados como a inveja através da bruxa e a desobediência que pode nos trazer graves consequências. Devemos estar cientes de que as historias alimentam a imaginação, permitem a autoidentificação, ajudam a resolver os conflitos internos e a aceitação de diversas situações na vida das pessoas. O poder da escolha certa transforma a história. O contador deve acreditar e se envolver, vibrando com a ela; deve criar interesse e agir com naturalidade para não haver dispersão dos seus ouvintes. São muitas as estratégias e recursos para o momento e preparo da contação de histórias como veremos a seguir. Entretanto se não houver prazer e entusiasmo por parte do professor, o aluno não terá curiosidade nem vontade de continuar com o interesse pela literatura. Ainda tecendo comentários sobre a importância da literatura, Abramovich (1997, p. 16) salienta que “é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser leitor, é ter um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo”. 3. A preparação para a contação de histórias Contar histórias é uma arte, pois envolve vários mecanismos para prender a atenção dos seus ouvintes. Mas não é somente isso, precisa encantar. E para isso, o educador precisa estar preparado utilizando-se de técnicas apropriadas para todo tipo de ouvinte, assim como utilizar recursos, espaço e tempo para atender melhor as suas necessidades. Para Abramovich
  • 7. (1997), a contação não pode ser feita de qualquer jeito, sem nenhum preparo. Pelo contrário, corre o risco de no meio desta, empacar ao pronunciar alguma palavra, fazer pausas em momentos errados ou mesmo perder o seu rumo e, certamente, a criança perceberá. Deve haver um clima de mistério para envolver e não subestimar o ouvinte, deixando pairar os questionamentos para uma possível discussão após o momento da contação. O professor pode, a partir, da história, criar novas propostas de atividades como desenho, teatro, entre outras. O educador precisa se dedicar ao contar ou ler um texto, não somente didatizar as histórias sem a participação dos seus alunos. Deve haver o gosto do contador para despertar também nos ouvintes o prazer da história. Na educação infantil há diversos tipos de histórias, mas devem ter uma linguagem clara e objetiva, direcionada a essa faixa etária das crianças, segundo Coelho (1999). Nos contos de fadas (o “Era uma vez...”), as crianças entram em contato com a magia e o encanto e conhecem personagens fantásticos. Nas fábulas, conhecem um mundo de fantasia e da moral subentendida na narrativa. Há contos com repetições, sons e vozes de animais. Para Coelho (1999), os interesses de cada faixa etária é que determina a escolha dos tipos de histórias. A fase pré-mágica vai até os três anos de idade, onde o enredo deve ser simples, com ritmo e repetições e conter situações próximas à vida afetiva, social e doméstica da criança. Dos três aos seis anos, na fase mágica, deve prevalecer o encanto e as crianças solicitam a repetição constante da mesma história. Para que a história seja realmente relevante e envolvente para as crianças, o educador precisa considerar alguns aspectos como não ter vícios de vocabulário, ser criativo, saber utilizar expressão corporal e facial, a entonação de voz e a criatividade e imaginação. O livro é um componente imprescindível no momento da contação, devendo ficar à altura dos olhos das crianças. Edmir Perrotti, citado por Maricato (2006, p.18), diz, “primeiro a criança escuta a história lida pelo adulto, depois conhece o livro como um objeto tátil, que ela toca, vê e tenta compreender as imagens que enxerga”. Além deste, outros recursos podem ser utilizados como: fantoches, teatrinhos, máscaras, desenhos, dobraduras, instrumentos musicais, materiais reciclados entre outros. Não é necessário saber tocar nenhum instrumento, conforme Garcia et.al. (2003). Somente o toque pode remeter a algum som da natureza ou de um animal. Entretanto, é preciso saber fazê-lo com cuidado, sem exageros, sendo inseridos de forma gradativa durante a narração. Para o momento da contação de histórias, o ambiente onde o evento será realizado, deve ser analisado com cautela. Se ocorrer em local aberto, deve haver sombra e não ter
  • 8. ruídos; em fechados, ser amplo, arejado, mas o importante é o conforto, a tranquilidade e o silêncio para a concentração de todos. Assim como no início é interessante fazer uma dinâmica ou um aquecimento, ao final da narrativa, propor atividades que deem continuidade, enriquecem o evento com atividades como desenhos, rodas de conversas, cantigas, dramatizações, entre outras. Para que a história realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar a sua curiosidade. Contudo, para enriquecer a sua vida, deve estimular-lhe a imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas emoções; estar em harmonia com suas ansiedades e aspirações; reconhecer plenamente suas dificuldades e, ao mesmo tempo, sugerir soluções para os problemas que a perturbam. (BETTELHEIM, 2009, p.11) Na hora de iniciar a história é imprescindível que os ouvintes estejam bem acomodados e o bordão que a antecede precisa ser bem escolhido como o “Era uma vez...”, “Há muito tempo atrás...”, entre outros. Mas seu encerramento, por sua vez, é tão importante, pois é o momento de sair do mundo imaginário e voltar à vida real. Com certeza, é o estímulo à leitura é que tornará a criança uma leitora para o resto da vida. Ter muitos livros não é obrigatoriedade para que a criança se vislumbre com eles, mas há necessidade de atraí-las para o mundo da leitura, contagiando a paixão da arte de contar histórias. Considerações Finais O desenvolvimento infantil se dá num processo criado pela própria criança a partir das interações que vivencia, sendo assim, a literatura infantil, em especial, a contação de histórias na Educação Infantil e Ensino Fundamental I, como atividade interativa e pedagógica mediada pelo educador contribui para este desenvolvimento. Além disso, a história permite o contato das crianças com o uso real da escrita, levando-as a conhecerem novas palavras, a discutirem valores como o amor, família, moral e trabalho, e a usarem a imaginação, desenvolver a oralidade, a criatividade e o pensamento crítico, auxiliam na construção de identidade do educando, seja esta pessoal ou cultural, melhoram seus relacionamentos afetivos interpessoais e abrem espaço para novas aprendizagens nas diversas disciplinas escolares, pelo caráter motivador da criança.
  • 9. Com esse trabalho, mostrou-se a grande importância que a contação de histórias tem no desenvolvimento das crianças desde os primeiros momentos de sua vida educacional. E espera-se o surgimento do interesse nos professores de contar cada vez mais historias em sala de aula devido ao grande Referências Bibliográficas ABRAMOVICH, Fany. Literatura Infantil: Gostosuras e bobices. 4ª ed., São Paulo: Scipione, 1997. BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e Terra S/A, 2009. BOMTEMPO, Luzia. Alfabetização com Sucesso. 2ª ed., Contagem: Oficina Editorial, 2003. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1999. COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000. ____________________. O Conto de fadas: símbolos – mitos – arquétipos. São Paulo: Paulinas, 2008. ____________________. Panorama histórico da Literatura Infantil/Juvenil. São Paulo: Ática, 1991. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 42ª ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. ____________________. A importância do ato de ler. 47ª ed., São Paulo: Cortez, 2005. GARCIA, Walkiria et al. Baú do Professor. Belo Horizonte: Fapi, 2003. MARICATO, Adriana. O prazer da leitura se ensina. DF: Revista Criança: O professor da educação infantil, 2006.
  • 10. NÓBREGA, Lyéde Ruggero de Barros. Educar com Contos de Fadas: Vinculo entre a realidade e fantasia. São Paulo: Mundo Mirim, 2009. VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler: formando leitores para a vida inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/56729/contacao-de-historias-na- educacao-infantil#ixzz3fmkpzieu.