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O ARGUMENTO
AULA 4
Vamos produzir um curta metragem autoral
com duração entre 3 e 6 minutos.
Nosso primeiro passo é formar os grupos
O ARGUMENTO
 A produção de um filme exige a dedicação de uma equipe, e o processo se
dá em várias etapas. A primeira delas é a materialização da ideia em um
texto chamado argumento.
 A criação do argumento é fundamental para direcionar a elaboração do
roteiro e também para apresentar o filme a possíveis patrocinadores.
Geralmente, ele é escrito pelos próprios roteiristas.
 O argumento é um texto curto que apresenta de modo breve e linear a
história que será narrada em um filme.
 Não há regras quanto à linguagem utilizada, podendo ser formal ou
informal. Deve ser uma leitura agradável que instigue o leitor.
 Diferente da sinopse, no argumento são apresentados o começo, o meio e o
fim da história do filme.
 Nele, narra-se brevemente os acontecimentos da história e pode haver
uma pequena descrição das personagens e do cenário no qual a trama
ocorrerá.

VOCÊ É UM ROTEIRISTA
 O argumento é o enredo do seu filme
contado em prosa.
 Prosa é o texto corrido, com
parágrafos, com períodos, não é
poesia. A redação do Enem é escrita
em prosa, uma notícia de jornal
também.
 É o seu filme contado ali, é a primeira
versão do seu filme.
 Para começar um argumento você
precisa ter definidos os seus
personagens, seu tema, sua unidade
de ação, o universo, os atos narrativos
tudo muito claro no momento de
construir seu argumento.
1- O argumento de longa metragem costuma ter entre dez
05 e 10 páginas. (aqui não precisa dessa quantidade).
2- O argumento não tem diálogos, argumento não é conto.
3- Apenas utilizar o tempo presente.
4- O argumento não tem todas as cenas.
5- Deixar claro o tom do filme, se é ação, terror, etc
REUNIÃO DE PRODUÇÃO
Antes da elaboração do argumento, discuta com sua equipe
de produção alguns elementos do filme, como:
Personagens, cenário e enredo.
ESCREVENDO O ARGUMENTO
Agora, a equipe de produção vai elaborar a primeira
versão do argumento do curta.
Considerem que, ao longo do processo de criação, o
argumento poderá sofrer alterações — inclusive porque os
estudos realizados nas aulas seguintes trarão elementos
que deverão ser incorporados na produção.
LEMBRE-SE DE QUE O
ARGUMENTO É UM TEXTO QUE
DEVE:
• contar a história do filme;
• ser escrito em prosa, simples, direto e curto;
• utilizar-se de verbos no tempo presente;
• descrever em ordem cronológica o que acontece na história;
• ter entre 10 e 20 linhas.
*Não se esqueça de colocar o título, ainda que provisório, do
curta-metragem e de indicar o nome de todos os integrantes da
equipe de produção.
Texto digitado, fonte Arial 12 com espaçamento simples.
AVALIAÇÃO
Antes de escrever a versão final do argumento,
observem se ele atende aos seguintes critérios:
Há ao menos uma personagem na história?
São apresentados o começo, o meio e o fim da
narrativa de modo linear?
O texto é curto e objetivo?
O texto está escrito de acordo com a norma-padrão
da Língua Portuguesa?
SINOPSE, ARGUMENTO,
ESCALETA, DECUPAGEM E
STORYBOARDS
Nem sempre o roteirista é a pessoa que concebeu a
história. A ideia ou o argumento podem vir do diretor, do
produtor, de outras figuras, ou do próprio roteirista.
Antes mesmo dessa etapa, é preciso desenvolver sinopse,
argumento, escaleta, perfis de personagens… Essas são
atividades importantes tanto no trabalho criativo do
roteirista como nas burocracias do projeto.
SINOPSE, ARGUMENTO E
ESCALETA
A sinopse pode ser de diferentes tipos. O público está acostumado
àquelas descrições breves sobre o tema de um filme ou seu
personagem principal, mas que evitam spoilers.
*Na sinopse de projeto, a história completa do filme deve ser
contada. Quem investe em um filme não pode ter medo de spoilers.
*O argumento é a etapa seguinte no desenvolvimento de um
projeto. Ele pode variar muito, tendo cinco páginas em alguns
casos e mais de cinquenta em outras. Seu papel é contar a história
do filme em formato de prosa, apenas com as ações, sem os
diálogos.
*Já a escaleta, importante nos longas, mas especialmente
requisitada nas séries, é a divisão de cenas do filme. Determina o
local e o período do dia em que a cena ocorre, além de conter uma
descrição da cena, que pode ser pequena ou mais longa. A escaleta
é uma importante ferramenta para o roteirista compreender o
fluxo da narrativa.
DECUPAGEM
A DECUPAGEM É O PLANEJAMENTO
ESTÉTICO DO FILME PELO DIRETOR,
FEITO SOBRE O ROTEIRO. NA
LEITURA, O DIRETOR COMEÇA A
PENSAR NAS IMAGENS QUE QUER
CRIAR PARA CONTAR AQUELA
HISTÓRIA E TRADUZ SEUS DESEJO
NA DECUPAGEM.
É comum que, nesse processo, um novo roteiro seja
elaborado, incluindo indicações técnicas sobre movimentos
de câmera, planos desejados para cada cena e quais lentes
devem ser usadas. O diretor também define nessa etapa o
que precisa que outros departamentos façam: fotografia,
arte, figurino, maquiagem, som…
STORYBOARDS
 Muitos diretores trabalham com uma etapa além na decupagem, a criação
de storyboards. São desenhos das cenas, dos planos pensados, para ajudar a
visualização da história antes da filmagem.
 Algumas produções podem contar com storyboards de forma bastante extensa,
mesmo sem serem animações. Mad Max – A Estrada da Fúria, por exemplo, tem
um roteiro completamente baseado em storyboards. A descrição puramente textual
da ação desenfreada que atravessa o filme seria tão difícil de entender que George
Miller e sua equipe priorizaram os storyboards para conceber a história.
 Em breve, você e sua equipe vão
começar a escrever o roteiro do
curta-metragem autoral que vão
produzir. Antes, no entanto, vocês
vão ver o exemplo de uma atividade
preparatória: a roteirização das
cenas do fragmento inicial do filme
 Viagem à Lua.
 Título original: Le voyage dans la
Lune
 Ano: 1902
 País: França
 Direção e roteiro: Georges Méliès
 Duração: 14 minutos
 Leia, a seguir, um exemplo de roteirização da
primeira cena de Viagem à Lua.
 1 – INT. DIA – SALA DE UNIVERSIDADE
 Plano geral. Astrônomos discutem a respeito
das possibilidades da viagem à Lua em um
congresso científico. Tom jocoso. Vestimentas
estereotipadas. Cenário recria o interior de uma
universidade, com destaque para a presença de
elementos científicos e de um telescópio.
Confusão. Entrada e saída de personagens,
indicando as discussões a respeito do
planejamento da viagem. Em um momento, os
telescópios que os acadêmicos seguram se
transformam em bancos para que possam se
sentar.
 Astrônomo-chefe, de cabelo branco e barba bem
longa, tenta convencer os colegas a respeito de
seu plano de ir à Lua, desenhando-o na lousa.
Os colegas não concordam. Ele fica nervoso,
atira papéis neles, até que eles se convencem.
Os astrônomos vestem roupas de viagem.
 Fusão para a cena 2.
OFICINA DE PRODUÇÃO
ESCRITA II
Chegou o momento de você e sua
equipe de produção começarem a
escrever o roteiro do curta-
metragem. Antes de começar,
retome algumas características
desse gênero textual.
ETAPA 1
• Iniciem a atividade com a releitura do argumento que vocês
escreveram na aula "Oficina de produção escrita I".
• Em seguida o grupo, realizem um debate com base nas seguintes
questões:
• Como a história do filme será apresentada: em ordem cronológica ou a
sequência temporal será desordenada?
• Juntos, criem um rascunho da sequência das cenas que farão parte do
curta. Então, façam as mudanças que acharem pertinentes e dividam
essa sequência em três partes:
• Início.
• Parte central.
• Parte final.
O roteiro de cinema, ou script, lista todos os elementos (áudio,
vídeo, ações, comportamento e diálogo) que são necessários para
contar a história. Ele deve estar dividido em cenas e conter as
indicações de ações e os diálogos.
Portanto fundamente sua ideia, pois trata-se do momento de
concretizar a sua inspiração para transformá-la num filme:
• Defina o conflito
• Construa personagens
• Desenhe a curva dramática
• Faça a Escaleta
ETAPA 2

Após a escrita, verifiquem se:
• o texto está dividido em cenas;
• há indicações de área externa e interna;
• as personagens são descritas e caracterizadas;
• há elementos de imagem e som;
• há orientações para a realização de movimentos de câmera,
enquadramento e edição;
• Façam uma leitura integral para verificar se há necessidade de
realizar ajustes e correções.
RODA DE CONVERSA
Os grupos devem retomar e compartilhar com toda a turma os
registros feitos em cada atividade. Ouça as considerações dos outros
grupos e faça anotações.
Por fim, pense sobre a pergunta a seguir e anote suas ideias para
conversar com seu grupo durante a criação do curta-metragem.
A produção de um filme é uma atividade coletiva: o
compartilhamento de ideias e a consideração de diferentes pontos
de vista contribuem para a construção de um objeto final
interessante e criativo.
BRAINSTORMING
O brainstorming é uma dinâmica de grupo que é usada em várias
empresas como uma técnica para resolver problemas específicos,
para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar informação e
para estimular o pensamento criativo.
Regras básicas: é proibido debates e críticas às ideias apresentadas,
pois causam inibições, quanto mais ideias melhor; nenhuma ideia
deve ser desprezada, ou seja, as pessoas têm liberdade total para
falarem sobre o que quiserem; para o bom andamento, deve-se
reapresentar uma ideia modificada ou combinação de ideias que já
foram apresentadas; por fim, igualdade de oportunidade - todos
devem ter chance de expor suas ideias.
Nesta aula, vocês vão ouvir a leitura de um roteiro criado por outra
equipe de produção, com a finalidade de colaborar com o
aprimoramento do texto e do curta que será produzido por ela, da
mesma forma que vão receber sugestões a respeito do texto escrito por
vocês.
Alguém da equipe deve anotar os apontamentos feitos pelos
CRITÉRIOS DE ANÁLISE
• Os apontamentos para a filmagem de cada uma das cenas do curta estão claros?
• O texto indica quais são as personagens da trama? Há uma breve caracterização delas?
• As ações a serem realizadas estão bem descritas, assim como as características fundamentais
do cenário?
• Existem indicações, ainda que breves, a respeito da imagem, da edição e da sonorização?
• As conexões entre as cenas estão estabelecidas de acordo com a lógica interna da narrativa?
• Faça comentários e sugestões quanto à construção das cenas.
O QUE FIZEMOS ATÉ AGORA?

História do cinema
História do cinema brasileiro
Argumento
Roteiro
A
CONSTRUÇÃO
DA IMAGEM
FIGURINO
 Ao selecionarem imagens de referência para a
criação do figurino do curta, lembrem-se de que
as vestimentas fazem parte da construção das
personagens, já que podem comunicar ao
espectador a situação econômica e social delas,
aspectos relacionados ao seu estilo e também às
suas características psicológicas.

MAQUIAGEM Assim como o figurino, a
maquiagem é usada para a
caracterização das personagens.
Além de ser um indicador da
situação econômica e das
características psicológicas, ela
pode ser usada como um recurso de
efeitos especiais.
CENÁRIO
Ao selecionarem as imagens de referência, levem em
consideração que os cenários são montados para
caracterizar os ambientes onde as cenas acontecem.
Assim, elementos como móveis e decoração são
escolhidos com o objetivo de dar vida aos ambientes e
contextualizar as cenas.
OBJETOS DE CENA
Os objetos de cena são aqueles que não
fazem parte da construção do cenário, mas
sim da narrativa, e podem estar em
qualquer ambiente. Ou seja, são objetos
usados nas ações das personagens e que
podem carregar significados dentro da
história.
ATUAÇÃO
 Para as referências de atuação, vocês podem
selecionar frames ou pequenos trechos de filmes que
comuniquem o estilo de atuação que gostariam que
os atores do curta seguissem. As formas de atuar
variam de acordo com a história e as características
psicológicas das personagens.
 Para construí-las, os atores podem utilizar a voz, as
expressões faciais e os gestos, que podem ser
exagerados ou contidos, dependendo da emoção que
o ator pretende evocar.
ENQUADRAM
ENTO
Para as referências de enquadramento,
vocês podem selecionar frames ou
pequenos trechos de filmes que utilizam
planos e ângulos nos quais gostariam de
se inspirar.
Tarantino , utiliza o contra-plongée, o
plano em que a câmera filma o objeto de
baixo para cima – geralmente abaixo do
nível dos olhos do espectador.
 O diretor estadunidense Stanley Kubrick é conhecido por suas escolhas de enquadramento. Uma
marca registrada de seus filmes é o ponto de fuga, técnica de perspectiva usada desde o
Renascimento para criar a ilusão de tridimensionalidade em desenhos e pinturas. No filme O
iluminado (EUA, 1980), Kubrick posicionou a câmera de forma que o olhar do espectador ficasse
abaixo da linha do horizonte, onde os fantasmas das meninas gêmeas estão, causando a sensação
de desconforto e contribuindo para o clima de terror.
PALETA DE CORES
 As cores e os contrastes entre preto e branco
também fazem parte da construção visual dos filmes
e podem ser usados como um recurso para a
construção de sentido das cenas. Assim, podem ser
criadas paletas de cores, ou seja, conjuntos de cores
que devem ser predominantes para o filme como um
todo, para cada personagem ou para cada situação
específica da trama.
 Há também a possibilidade do uso de filtros de cor.
Em filmes que intercalam narrativas do presente
com narrativas do passado, por exemplo, é comum o
uso de filtros preto e branco ou azulados para
demonstrar quais cenas aconteceram no passado.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é um
filme francês de 2001, O filme possui uma paleta
de cores bem específica e, em sua grande
maioria, se passa em verde e vermelho. A escolha
dessas cores, claro, não foi aleatória. Por se
tratar de cores complementares, ou seja, cores
opostas no círculo cromático, tal contraste gera
uma sensação de força e equilíbrio. Todos os
personagens do filme vestem tons de verde ou
vermelho, ou possuem objetos significativos
nessas cores
No filme Moonrise Kingdom (EUA, 2012), que conta a história de um
casal pré-adolescente que se apaixona, o diretor Wes Anderson usou a
paleta de cores para marcar esse processo de amadurecimento das
personagens. O amarelo, predominante no primeiro ato do filme,
retrata a inocência das personagens.
REFERÊNCIAS DE
OUTRAS ARTES
O painel de referências também pode ser
composto de imagens que fazem parte de
outras áreas, como artes visuais, moda e
histórias em quadrinhos. Selecionem imagens
que julguem inspiradoras e que vão auxiliá-
los a construir a visualidade do curta de
vocês.
O
ENQUADRAMENT
O
Campo e Extracampo
O campo de visão da câmera define aquilo que será visto pelo
espectador. Trata-se do chamado “enquadramento”.
Se o enquadramento compreende um recorte do espaço
registrado pela câmera, é importante chamar a atenção também
para o fato de que, por vezes, algo que está fora do campo de
visão da câmera também pode fazer parte da cena.
Na linguagem cinematográfica, o espaço que a câmera mostra
recebe o nome de “Campo” e aquele que ela não mostra chama-
se “Extracampo”.
Uma narrativa audiovisual pode combinar de maneira muito
criativa esses dois espaços. Por exemplo, uma personagem pode
lançar um olhar assustado para o extracampo e indicar a
aproximação de algum perigo; ou ainda, mesmo confinada num
espaço, a personagem pode ouvir barulhos do extracampo.
Assim, elementos sonoros ampliam o espaço que o
enquadramento visual restringe. Dessa forma, o extracampo
revela-se um solo fértil para experimentações.
Talitha Eliana Bateman em cena de 'A hora da sua morte'
PLANOS
A forma de enquadrar uma
imagem depende de dois
elementos: Planos e Ângulos.
A materialidade visual
do plano é resultado da
distância entre a câmera e o
objeto filmado.
Há diferentes tipos de planos
e a depender da obra de
referência, há pequenas
variações na forma de nomear
os planos.
Plano Geral (PG) – plano que mostra uma área de ação
relativamente ampla. A figura humana ocupa espaço reduzido.
Intriga internacional. Alfred Hitchcock. Estados Unidos, 1959
Plano de Conjunto (PC) – plano um pouco mais fechado que o
Plano Geral. Quando há mais de uma pessoa em cena, esse plano
frequentemente enquadra todas essas pessoas, normalmente
usando como critério mostrá-las de corpo inteiro.
Guardiões da galáxia. James Gunn. Estados Unidos, 2014
Plano Americano (PA) – plano que enquadra a pessoa dos
joelhos para cima.
Três homens em conflito. Sergio Leone. Itália, 1966
Plano Médio (PM)– plano que enquadra a pessoa da
cintura para cima.
Coringa. Todd Phillips. Estados Unidos, 2019
Primeiro Plano (PP) ou Close-Up – plano que
enquadra o rosto da pessoa.
O Mestre. Paul Thomas Anderson. Estados Unidos, 2012
Plano Detalhe (PD) – plano que mostra apenas um detalhe
ocupando todo o quadro (por exemplo: mãos, olhos, boca etc.).
Pequena Miss Sunshine. Valerie Faris, Jonathan Dayton. Estados
Unidos, 2006
ÂNGULOS
Além dos planos, há diferentes tipos de ângulos a partir dos quais
se pode filmar algo. Vejamos quais são eles.
Ângulo Normal – a câmera focaliza a pessoa na altura dos olhos, num plano
horizontal.
Corra!. Jordan Peele. Estados Unidos, 2017
Ângulo Alto ou Plongée – a câmera focaliza a pessoa ou
o objeto de cima para baixo.
Um Sonho de liberdade. Frank Darabont. Estados Unidos,
1994
Ângulo Baixo ou Contra-Plongée – a câmera
focaliza a pessoa ou o objeto de baixo para cima.
Bastardos inglórios. Quentin Tarantino. Estados Unidos,
2009
Ângulo Frontal – a câmera filma a personagem ou o
objeto de frente, aproximadamente na altura do nariz.
O Grande Hotel Budapeste. Wes Anderson. Estados Unidos,
2014

Ângulo Lateral – a câmera filma a pessoa de perfil, pode
ser tanto o perfil direito quanto o esquerdo.
Close-up. Abbas Kiarostami. Irã, 1990

Ângulo Traseiro – a câmera filma a pessoa por trás.
Cidade de Deus. Fernando Meirelles e Kátia Lund. Brasil, 2002

CÂMERA SUBJETIVA E
OBJETIVA
Outro importante aspecto que se relaciona com o enquadramento diz
respeito ao uso da câmera objetiva ou subjetiva.
A câmera objetiva filma a cena do ponto de vista de um público
imaginário, enquanto a câmera subjetiva simula o olhar de uma
personagem em cena.
Veja como, num mesmo filme, os dois exemplos de câmera podem ser
utilizados.
Câmera subjetiva: Yance Ford manipula, em cima de uma
mesa, fotografias de família em que aparece seu irmão
assassinado. Aqui, é como se a câmera assumisse o posição
da cabeça e olhos do personagem vendo a fotografia.
Strong island. Yance Ford.Estados Unidos, 2017
Câmera objetiva: Yance Ford é filmado numa ligação telefônica
em que questiona por que o assassino de seu irmão não foi a
julgamento. Nesse caso, a câmera assume a posição de alguém que
vê o personagem em ação.

STORYBOA
RDS
É um guia visual ilustrado, quadro a quadro, que
mostra as principais cenas de um vídeo e oferece
um mapa completo da obra audiovisual, que o texto
não dá conta de representar.
FAÇA UM
STORYBOARD
DA SUA HISTÓRIA
A CONSTRUÇÃO DE IMAGENS
Em breve, as filmagens do curta-metragem de vocês vão
começar. Nesta etapa da produção, em que o roteiro está
pronto e é preciso dar vida a ele, é necessário sistematizar os
elementos visuais que vão compor o filme.
Para isso, você e sua equipe de produção devem elaborar UM
PAINEL DE REFERÊNCIAS que vai guiar as escolhas de
figurino, maquiagem, cenário, paleta de cores e
enquadramento.
Junto com sua equipe, leia as instruções da atividade e se
organizem para finalizar o trabalho até a data de
apresentação.
COMO MONTAR UM PAINEL DE REFERÊNCIAS
O painel de referências é uma ferramenta utilizada na
elaboração de projetos criativos, principalmente os
audiovisuais. É usado para comunicar visualmente a
estética que deve ser seguida no projeto e para delimitar
os elementos visuais que devem ser usados na produção.
Reúna-se com sua equipe de produção e decidam como
vão criar o painel de referências: vocês podem
usar softwares de criação de apresentações gráficas como
o Power Point.
Juntos, escolham quais referências serão usadas no painel e as
organizem em categorias: figurino, maquiagem, cenário, objetos
de cena, atuação, enquadramento e paleta de cores.
Em cada categoria, incluam uma ou mais imagens de referência e
um breve texto justificando suas escolhas, explicando quais
aspectos de cada referência vocês gostariam de usar em seus
curtas e como planejam fazer isso. As imagens podem
ser frames de filmes e videoclipes, pinturas, histórias em
quadrinhos e desfiles de moda, entre outras produções visuais que
julgarem inspiradoras.
ATIVIDADE
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A atividade de apresentação do painel de referências
será avaliada de acordo com os seguintes critérios:
Apresentação do painel de referências pelo grupo.
Presença de textos que justifiquem as escolhas das
imagens que compõem o painel de referências.
RODA DE CONVERSA
Para finalizar a aula, converse com os colegas e
com o professor.
Quais foram os maiores desafios encontrados
durante a criação e a apresentação do painel de
referências?
Os painéis apresentados pelos colegas trouxeram
novas referências e novas ideias para o curta de
vocês? Comentem.
CRONOGRAMA DE
PRODUÇÃO
O que fizemos até agora?
Estudamos os elementos do discurso cinematográfico:
História do cinema, História do Cinema Brasileiro,
argumento, roteiro, construímos um painel de
referências, enquadramentos e o storyboard do filme.
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  • 2. Vamos produzir um curta metragem autoral com duração entre 3 e 6 minutos. Nosso primeiro passo é formar os grupos
  • 3.
  • 4. O ARGUMENTO  A produção de um filme exige a dedicação de uma equipe, e o processo se dá em várias etapas. A primeira delas é a materialização da ideia em um texto chamado argumento.  A criação do argumento é fundamental para direcionar a elaboração do roteiro e também para apresentar o filme a possíveis patrocinadores. Geralmente, ele é escrito pelos próprios roteiristas.  O argumento é um texto curto que apresenta de modo breve e linear a história que será narrada em um filme.  Não há regras quanto à linguagem utilizada, podendo ser formal ou informal. Deve ser uma leitura agradável que instigue o leitor.  Diferente da sinopse, no argumento são apresentados o começo, o meio e o fim da história do filme.  Nele, narra-se brevemente os acontecimentos da história e pode haver uma pequena descrição das personagens e do cenário no qual a trama ocorrerá. 
  • 5. VOCÊ É UM ROTEIRISTA  O argumento é o enredo do seu filme contado em prosa.  Prosa é o texto corrido, com parágrafos, com períodos, não é poesia. A redação do Enem é escrita em prosa, uma notícia de jornal também.  É o seu filme contado ali, é a primeira versão do seu filme.  Para começar um argumento você precisa ter definidos os seus personagens, seu tema, sua unidade de ação, o universo, os atos narrativos tudo muito claro no momento de construir seu argumento.
  • 6. 1- O argumento de longa metragem costuma ter entre dez 05 e 10 páginas. (aqui não precisa dessa quantidade). 2- O argumento não tem diálogos, argumento não é conto. 3- Apenas utilizar o tempo presente. 4- O argumento não tem todas as cenas. 5- Deixar claro o tom do filme, se é ação, terror, etc
  • 7. REUNIÃO DE PRODUÇÃO Antes da elaboração do argumento, discuta com sua equipe de produção alguns elementos do filme, como: Personagens, cenário e enredo. ESCREVENDO O ARGUMENTO Agora, a equipe de produção vai elaborar a primeira versão do argumento do curta. Considerem que, ao longo do processo de criação, o argumento poderá sofrer alterações — inclusive porque os estudos realizados nas aulas seguintes trarão elementos que deverão ser incorporados na produção.
  • 8. LEMBRE-SE DE QUE O ARGUMENTO É UM TEXTO QUE DEVE: • contar a história do filme; • ser escrito em prosa, simples, direto e curto; • utilizar-se de verbos no tempo presente; • descrever em ordem cronológica o que acontece na história; • ter entre 10 e 20 linhas. *Não se esqueça de colocar o título, ainda que provisório, do curta-metragem e de indicar o nome de todos os integrantes da equipe de produção. Texto digitado, fonte Arial 12 com espaçamento simples.
  • 9. AVALIAÇÃO Antes de escrever a versão final do argumento, observem se ele atende aos seguintes critérios: Há ao menos uma personagem na história? São apresentados o começo, o meio e o fim da narrativa de modo linear? O texto é curto e objetivo? O texto está escrito de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa?
  • 11. Nem sempre o roteirista é a pessoa que concebeu a história. A ideia ou o argumento podem vir do diretor, do produtor, de outras figuras, ou do próprio roteirista. Antes mesmo dessa etapa, é preciso desenvolver sinopse, argumento, escaleta, perfis de personagens… Essas são atividades importantes tanto no trabalho criativo do roteirista como nas burocracias do projeto.
  • 12. SINOPSE, ARGUMENTO E ESCALETA A sinopse pode ser de diferentes tipos. O público está acostumado àquelas descrições breves sobre o tema de um filme ou seu personagem principal, mas que evitam spoilers. *Na sinopse de projeto, a história completa do filme deve ser contada. Quem investe em um filme não pode ter medo de spoilers.
  • 13. *O argumento é a etapa seguinte no desenvolvimento de um projeto. Ele pode variar muito, tendo cinco páginas em alguns casos e mais de cinquenta em outras. Seu papel é contar a história do filme em formato de prosa, apenas com as ações, sem os diálogos. *Já a escaleta, importante nos longas, mas especialmente requisitada nas séries, é a divisão de cenas do filme. Determina o local e o período do dia em que a cena ocorre, além de conter uma descrição da cena, que pode ser pequena ou mais longa. A escaleta é uma importante ferramenta para o roteirista compreender o fluxo da narrativa.
  • 14. DECUPAGEM A DECUPAGEM É O PLANEJAMENTO ESTÉTICO DO FILME PELO DIRETOR, FEITO SOBRE O ROTEIRO. NA LEITURA, O DIRETOR COMEÇA A PENSAR NAS IMAGENS QUE QUER CRIAR PARA CONTAR AQUELA HISTÓRIA E TRADUZ SEUS DESEJO NA DECUPAGEM. É comum que, nesse processo, um novo roteiro seja elaborado, incluindo indicações técnicas sobre movimentos de câmera, planos desejados para cada cena e quais lentes devem ser usadas. O diretor também define nessa etapa o que precisa que outros departamentos façam: fotografia, arte, figurino, maquiagem, som…
  • 15. STORYBOARDS  Muitos diretores trabalham com uma etapa além na decupagem, a criação de storyboards. São desenhos das cenas, dos planos pensados, para ajudar a visualização da história antes da filmagem.  Algumas produções podem contar com storyboards de forma bastante extensa, mesmo sem serem animações. Mad Max – A Estrada da Fúria, por exemplo, tem um roteiro completamente baseado em storyboards. A descrição puramente textual da ação desenfreada que atravessa o filme seria tão difícil de entender que George Miller e sua equipe priorizaram os storyboards para conceber a história.
  • 16.
  • 17.  Em breve, você e sua equipe vão começar a escrever o roteiro do curta-metragem autoral que vão produzir. Antes, no entanto, vocês vão ver o exemplo de uma atividade preparatória: a roteirização das cenas do fragmento inicial do filme  Viagem à Lua.  Título original: Le voyage dans la Lune  Ano: 1902  País: França  Direção e roteiro: Georges Méliès  Duração: 14 minutos  Leia, a seguir, um exemplo de roteirização da primeira cena de Viagem à Lua.  1 – INT. DIA – SALA DE UNIVERSIDADE  Plano geral. Astrônomos discutem a respeito das possibilidades da viagem à Lua em um congresso científico. Tom jocoso. Vestimentas estereotipadas. Cenário recria o interior de uma universidade, com destaque para a presença de elementos científicos e de um telescópio. Confusão. Entrada e saída de personagens, indicando as discussões a respeito do planejamento da viagem. Em um momento, os telescópios que os acadêmicos seguram se transformam em bancos para que possam se sentar.  Astrônomo-chefe, de cabelo branco e barba bem longa, tenta convencer os colegas a respeito de seu plano de ir à Lua, desenhando-o na lousa. Os colegas não concordam. Ele fica nervoso, atira papéis neles, até que eles se convencem. Os astrônomos vestem roupas de viagem.  Fusão para a cena 2.
  • 18. OFICINA DE PRODUÇÃO ESCRITA II Chegou o momento de você e sua equipe de produção começarem a escrever o roteiro do curta- metragem. Antes de começar, retome algumas características desse gênero textual.
  • 19. ETAPA 1 • Iniciem a atividade com a releitura do argumento que vocês escreveram na aula "Oficina de produção escrita I". • Em seguida o grupo, realizem um debate com base nas seguintes questões: • Como a história do filme será apresentada: em ordem cronológica ou a sequência temporal será desordenada? • Juntos, criem um rascunho da sequência das cenas que farão parte do curta. Então, façam as mudanças que acharem pertinentes e dividam essa sequência em três partes: • Início. • Parte central. • Parte final.
  • 20. O roteiro de cinema, ou script, lista todos os elementos (áudio, vídeo, ações, comportamento e diálogo) que são necessários para contar a história. Ele deve estar dividido em cenas e conter as indicações de ações e os diálogos. Portanto fundamente sua ideia, pois trata-se do momento de concretizar a sua inspiração para transformá-la num filme: • Defina o conflito • Construa personagens • Desenhe a curva dramática • Faça a Escaleta
  • 21. ETAPA 2  Após a escrita, verifiquem se: • o texto está dividido em cenas; • há indicações de área externa e interna; • as personagens são descritas e caracterizadas; • há elementos de imagem e som; • há orientações para a realização de movimentos de câmera, enquadramento e edição; • Façam uma leitura integral para verificar se há necessidade de realizar ajustes e correções.
  • 22. RODA DE CONVERSA Os grupos devem retomar e compartilhar com toda a turma os registros feitos em cada atividade. Ouça as considerações dos outros grupos e faça anotações. Por fim, pense sobre a pergunta a seguir e anote suas ideias para conversar com seu grupo durante a criação do curta-metragem. A produção de um filme é uma atividade coletiva: o compartilhamento de ideias e a consideração de diferentes pontos de vista contribuem para a construção de um objeto final interessante e criativo.
  • 23. BRAINSTORMING O brainstorming é uma dinâmica de grupo que é usada em várias empresas como uma técnica para resolver problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar informação e para estimular o pensamento criativo. Regras básicas: é proibido debates e críticas às ideias apresentadas, pois causam inibições, quanto mais ideias melhor; nenhuma ideia deve ser desprezada, ou seja, as pessoas têm liberdade total para falarem sobre o que quiserem; para o bom andamento, deve-se reapresentar uma ideia modificada ou combinação de ideias que já foram apresentadas; por fim, igualdade de oportunidade - todos devem ter chance de expor suas ideias.
  • 24.
  • 25. Nesta aula, vocês vão ouvir a leitura de um roteiro criado por outra equipe de produção, com a finalidade de colaborar com o aprimoramento do texto e do curta que será produzido por ela, da mesma forma que vão receber sugestões a respeito do texto escrito por vocês. Alguém da equipe deve anotar os apontamentos feitos pelos CRITÉRIOS DE ANÁLISE • Os apontamentos para a filmagem de cada uma das cenas do curta estão claros? • O texto indica quais são as personagens da trama? Há uma breve caracterização delas? • As ações a serem realizadas estão bem descritas, assim como as características fundamentais do cenário? • Existem indicações, ainda que breves, a respeito da imagem, da edição e da sonorização? • As conexões entre as cenas estão estabelecidas de acordo com a lógica interna da narrativa? • Faça comentários e sugestões quanto à construção das cenas.
  • 26. O QUE FIZEMOS ATÉ AGORA?  História do cinema História do cinema brasileiro Argumento Roteiro
  • 28. FIGURINO  Ao selecionarem imagens de referência para a criação do figurino do curta, lembrem-se de que as vestimentas fazem parte da construção das personagens, já que podem comunicar ao espectador a situação econômica e social delas, aspectos relacionados ao seu estilo e também às suas características psicológicas. 
  • 29. MAQUIAGEM Assim como o figurino, a maquiagem é usada para a caracterização das personagens. Além de ser um indicador da situação econômica e das características psicológicas, ela pode ser usada como um recurso de efeitos especiais.
  • 30. CENÁRIO Ao selecionarem as imagens de referência, levem em consideração que os cenários são montados para caracterizar os ambientes onde as cenas acontecem. Assim, elementos como móveis e decoração são escolhidos com o objetivo de dar vida aos ambientes e contextualizar as cenas.
  • 31. OBJETOS DE CENA Os objetos de cena são aqueles que não fazem parte da construção do cenário, mas sim da narrativa, e podem estar em qualquer ambiente. Ou seja, são objetos usados nas ações das personagens e que podem carregar significados dentro da história.
  • 32. ATUAÇÃO  Para as referências de atuação, vocês podem selecionar frames ou pequenos trechos de filmes que comuniquem o estilo de atuação que gostariam que os atores do curta seguissem. As formas de atuar variam de acordo com a história e as características psicológicas das personagens.  Para construí-las, os atores podem utilizar a voz, as expressões faciais e os gestos, que podem ser exagerados ou contidos, dependendo da emoção que o ator pretende evocar.
  • 33. ENQUADRAM ENTO Para as referências de enquadramento, vocês podem selecionar frames ou pequenos trechos de filmes que utilizam planos e ângulos nos quais gostariam de se inspirar. Tarantino , utiliza o contra-plongée, o plano em que a câmera filma o objeto de baixo para cima – geralmente abaixo do nível dos olhos do espectador.
  • 34.  O diretor estadunidense Stanley Kubrick é conhecido por suas escolhas de enquadramento. Uma marca registrada de seus filmes é o ponto de fuga, técnica de perspectiva usada desde o Renascimento para criar a ilusão de tridimensionalidade em desenhos e pinturas. No filme O iluminado (EUA, 1980), Kubrick posicionou a câmera de forma que o olhar do espectador ficasse abaixo da linha do horizonte, onde os fantasmas das meninas gêmeas estão, causando a sensação de desconforto e contribuindo para o clima de terror.
  • 35. PALETA DE CORES  As cores e os contrastes entre preto e branco também fazem parte da construção visual dos filmes e podem ser usados como um recurso para a construção de sentido das cenas. Assim, podem ser criadas paletas de cores, ou seja, conjuntos de cores que devem ser predominantes para o filme como um todo, para cada personagem ou para cada situação específica da trama.  Há também a possibilidade do uso de filtros de cor. Em filmes que intercalam narrativas do presente com narrativas do passado, por exemplo, é comum o uso de filtros preto e branco ou azulados para demonstrar quais cenas aconteceram no passado.
  • 36. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é um filme francês de 2001, O filme possui uma paleta de cores bem específica e, em sua grande maioria, se passa em verde e vermelho. A escolha dessas cores, claro, não foi aleatória. Por se tratar de cores complementares, ou seja, cores opostas no círculo cromático, tal contraste gera uma sensação de força e equilíbrio. Todos os personagens do filme vestem tons de verde ou vermelho, ou possuem objetos significativos nessas cores
  • 37. No filme Moonrise Kingdom (EUA, 2012), que conta a história de um casal pré-adolescente que se apaixona, o diretor Wes Anderson usou a paleta de cores para marcar esse processo de amadurecimento das personagens. O amarelo, predominante no primeiro ato do filme, retrata a inocência das personagens.
  • 38. REFERÊNCIAS DE OUTRAS ARTES O painel de referências também pode ser composto de imagens que fazem parte de outras áreas, como artes visuais, moda e histórias em quadrinhos. Selecionem imagens que julguem inspiradoras e que vão auxiliá- los a construir a visualidade do curta de vocês.
  • 39.
  • 40. O ENQUADRAMENT O Campo e Extracampo O campo de visão da câmera define aquilo que será visto pelo espectador. Trata-se do chamado “enquadramento”. Se o enquadramento compreende um recorte do espaço registrado pela câmera, é importante chamar a atenção também para o fato de que, por vezes, algo que está fora do campo de visão da câmera também pode fazer parte da cena. Na linguagem cinematográfica, o espaço que a câmera mostra recebe o nome de “Campo” e aquele que ela não mostra chama- se “Extracampo”.
  • 41. Uma narrativa audiovisual pode combinar de maneira muito criativa esses dois espaços. Por exemplo, uma personagem pode lançar um olhar assustado para o extracampo e indicar a aproximação de algum perigo; ou ainda, mesmo confinada num espaço, a personagem pode ouvir barulhos do extracampo. Assim, elementos sonoros ampliam o espaço que o enquadramento visual restringe. Dessa forma, o extracampo revela-se um solo fértil para experimentações. Talitha Eliana Bateman em cena de 'A hora da sua morte'
  • 42. PLANOS A forma de enquadrar uma imagem depende de dois elementos: Planos e Ângulos. A materialidade visual do plano é resultado da distância entre a câmera e o objeto filmado. Há diferentes tipos de planos e a depender da obra de referência, há pequenas variações na forma de nomear os planos.
  • 43. Plano Geral (PG) – plano que mostra uma área de ação relativamente ampla. A figura humana ocupa espaço reduzido. Intriga internacional. Alfred Hitchcock. Estados Unidos, 1959
  • 44. Plano de Conjunto (PC) – plano um pouco mais fechado que o Plano Geral. Quando há mais de uma pessoa em cena, esse plano frequentemente enquadra todas essas pessoas, normalmente usando como critério mostrá-las de corpo inteiro. Guardiões da galáxia. James Gunn. Estados Unidos, 2014
  • 45. Plano Americano (PA) – plano que enquadra a pessoa dos joelhos para cima. Três homens em conflito. Sergio Leone. Itália, 1966
  • 46. Plano Médio (PM)– plano que enquadra a pessoa da cintura para cima. Coringa. Todd Phillips. Estados Unidos, 2019
  • 47. Primeiro Plano (PP) ou Close-Up – plano que enquadra o rosto da pessoa. O Mestre. Paul Thomas Anderson. Estados Unidos, 2012
  • 48. Plano Detalhe (PD) – plano que mostra apenas um detalhe ocupando todo o quadro (por exemplo: mãos, olhos, boca etc.). Pequena Miss Sunshine. Valerie Faris, Jonathan Dayton. Estados Unidos, 2006
  • 49. ÂNGULOS Além dos planos, há diferentes tipos de ângulos a partir dos quais se pode filmar algo. Vejamos quais são eles. Ângulo Normal – a câmera focaliza a pessoa na altura dos olhos, num plano horizontal. Corra!. Jordan Peele. Estados Unidos, 2017
  • 50. Ângulo Alto ou Plongée – a câmera focaliza a pessoa ou o objeto de cima para baixo. Um Sonho de liberdade. Frank Darabont. Estados Unidos, 1994
  • 51. Ângulo Baixo ou Contra-Plongée – a câmera focaliza a pessoa ou o objeto de baixo para cima. Bastardos inglórios. Quentin Tarantino. Estados Unidos, 2009
  • 52. Ângulo Frontal – a câmera filma a personagem ou o objeto de frente, aproximadamente na altura do nariz. O Grande Hotel Budapeste. Wes Anderson. Estados Unidos, 2014 
  • 53. Ângulo Lateral – a câmera filma a pessoa de perfil, pode ser tanto o perfil direito quanto o esquerdo. Close-up. Abbas Kiarostami. Irã, 1990 
  • 54. Ângulo Traseiro – a câmera filma a pessoa por trás. Cidade de Deus. Fernando Meirelles e Kátia Lund. Brasil, 2002 
  • 55. CÂMERA SUBJETIVA E OBJETIVA Outro importante aspecto que se relaciona com o enquadramento diz respeito ao uso da câmera objetiva ou subjetiva. A câmera objetiva filma a cena do ponto de vista de um público imaginário, enquanto a câmera subjetiva simula o olhar de uma personagem em cena. Veja como, num mesmo filme, os dois exemplos de câmera podem ser utilizados.
  • 56. Câmera subjetiva: Yance Ford manipula, em cima de uma mesa, fotografias de família em que aparece seu irmão assassinado. Aqui, é como se a câmera assumisse o posição da cabeça e olhos do personagem vendo a fotografia. Strong island. Yance Ford.Estados Unidos, 2017
  • 57. Câmera objetiva: Yance Ford é filmado numa ligação telefônica em que questiona por que o assassino de seu irmão não foi a julgamento. Nesse caso, a câmera assume a posição de alguém que vê o personagem em ação. 
  • 58. STORYBOA RDS É um guia visual ilustrado, quadro a quadro, que mostra as principais cenas de um vídeo e oferece um mapa completo da obra audiovisual, que o texto não dá conta de representar. FAÇA UM STORYBOARD DA SUA HISTÓRIA
  • 59. A CONSTRUÇÃO DE IMAGENS Em breve, as filmagens do curta-metragem de vocês vão começar. Nesta etapa da produção, em que o roteiro está pronto e é preciso dar vida a ele, é necessário sistematizar os elementos visuais que vão compor o filme. Para isso, você e sua equipe de produção devem elaborar UM PAINEL DE REFERÊNCIAS que vai guiar as escolhas de figurino, maquiagem, cenário, paleta de cores e enquadramento. Junto com sua equipe, leia as instruções da atividade e se organizem para finalizar o trabalho até a data de apresentação.
  • 60. COMO MONTAR UM PAINEL DE REFERÊNCIAS O painel de referências é uma ferramenta utilizada na elaboração de projetos criativos, principalmente os audiovisuais. É usado para comunicar visualmente a estética que deve ser seguida no projeto e para delimitar os elementos visuais que devem ser usados na produção. Reúna-se com sua equipe de produção e decidam como vão criar o painel de referências: vocês podem usar softwares de criação de apresentações gráficas como o Power Point.
  • 61. Juntos, escolham quais referências serão usadas no painel e as organizem em categorias: figurino, maquiagem, cenário, objetos de cena, atuação, enquadramento e paleta de cores. Em cada categoria, incluam uma ou mais imagens de referência e um breve texto justificando suas escolhas, explicando quais aspectos de cada referência vocês gostariam de usar em seus curtas e como planejam fazer isso. As imagens podem ser frames de filmes e videoclipes, pinturas, histórias em quadrinhos e desfiles de moda, entre outras produções visuais que julgarem inspiradoras.
  • 62. ATIVIDADE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A atividade de apresentação do painel de referências será avaliada de acordo com os seguintes critérios: Apresentação do painel de referências pelo grupo. Presença de textos que justifiquem as escolhas das imagens que compõem o painel de referências.
  • 63. RODA DE CONVERSA Para finalizar a aula, converse com os colegas e com o professor. Quais foram os maiores desafios encontrados durante a criação e a apresentação do painel de referências? Os painéis apresentados pelos colegas trouxeram novas referências e novas ideias para o curta de vocês? Comentem.
  • 64. CRONOGRAMA DE PRODUÇÃO O que fizemos até agora? Estudamos os elementos do discurso cinematográfico: História do cinema, História do Cinema Brasileiro, argumento, roteiro, construímos um painel de referências, enquadramentos e o storyboard do filme.