6. A sequência «Deve recolher as fezes do
seu cão num invólucro de plástico.
Deverá segurar o papel de apoio com a
mão esquerda, enquanto deposita o cocó
no referido saco. Para o efeito, procederá
do seguinte modo: [...]» ilustra bem o tipo
textual
a) expositivo.
b) preditivo.
c) conversacional.
d) instrucional.
7. A sequência «O texto argumentativo tem
como objetivo interferir ou transformar
o ponto de vista do leitor relativamente
ao mundo que o rodeia. Esse ponto de
vista assenta num conjunto de normas
ou valores» é exemplo do tipo textual
a) expositivo.
b) descritivo.
c) narrativo.
d) argumentativo.
8. A forma «tivestes» é
a) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito
Perfeito de «Estar». estivestes
b) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito
Perfeito de «Ter».
c) a 2.ª pessoa do singular do Pretérito
Perfeito de «Ter». tiveste
d) agramatical (um erro, portanto). só
se se destinasse ao singular
9. Além da tradicional 2.ª pessoa (no
singular e no plural), o Imperativo
socorre-se de formas do
a) Presente do Conjuntivo, para a negativa ou
para a 3.ª pessoa e a 1.ª pessoa do plural.
b) Presente do Indicativo (para a negativa) e
do Presente do Conjuntivo (para «você»,
«vocês» e «nós»).
c) Presente do Indicativo (na afirmativa, na 3.ª
pessoa e na 1.ª do plural) e do Presente do
Conjuntivo (na negativa).
d) Presente do Conjuntivo (1.ª pessoa do
singular e do plural).
10. Imperativo
Afirmativo Negativo
come tu não comas
coma você não coma
comamos nós não comamos
comei vós não comais
comam vocês não comam
Formas do Imperativo propriamente dito
Formas emprestadas pelo Presente do Conjuntivo
11. O verso que não tem dez sílabas
métricas é
a) Esta pergunta é difícil, não é?
b) Estejam mais atentos doravante,
c) Meus sacaninhas tão faladores,
d) Que ficarão a saber bem a métrica.
14. O verso que tem obrigatoriamente cinco
sílabas métricas é
a) Mas as flores encostam
b) Andámos por vales
c) Viva o Natal.
d) Pintadas de amarelo
15. An|dá|mos | por | va
1 2 3 4 5
Mas | as | flo|res | en|cos
1 2 3 4 5 6
Vi|va o | Na|tal
1 2 3 4
Pin|ta|das | de a|ma|re
1 2 3 4 5 6
16. O verso que tem seis sílabas métricas é
1 2 3 4
a) Seus energúmenos...
b) Comi as caracoletas.
1 2 3 4 5 6 7
c) Evaristo, tens cá disto?
1 2 3 4 5 6 7
d) Go|lo | de | Por|tu|gal!
1 2 3 4 5 6
17. No trecho «As narrativas têm ação,
personagens, espaço, tempo, narrador
(e este pode ser, quanto à participação
na ação, homodiegético —
autodiegético, se for o herói — ou
heterodiegético). Também há momentos
descritivos», predomina o tipo textual
a) narrativo.
b) expositivo.
c) instrucional.
d) descritivo.
18. Há uma hipérbole em
a) «fumei um cigarro pensativo». (hipálage)
b) «em 1755 boa parte de Lisboa ficou
destruída». (não é figura de estilo)
c) «o Porto goleou por 6-1». (não é figura
de estilo)
d) «este trabalho de gramática será uma
derrocada».
19. Uma apóstrofe é
a) a repetição de uma palavra no início de
vários versos ou frases. anáfora
b) um vocativo [com uso expressivo].
c) a repetição de uma palavra ou expressão
no final de versos ou frases. epífora
d) o sinal usado para marcar sinalefas
(«morr’amor!»). Um apóstrofo [’] marca
elisões (sinalefa).
20. A frase em que não há nenhuma
metáfora é
a) «O blogue é uma gaveta de textos
úteis».
b) «Não havia nuvens na sua alegria».
c) «A tua impertinência funciona como
uma seta que me apontas». (=
comparação)
d) «As dificuldades económicas são
desafios ou espinhos ou faróis».
21. «Perífrase» é dizer
a) de modo alongado o que poderia ser
dito de modo directo e breve.
(Cfr. manuelmachadês.)
b) com palavras mais doces o que,
denotativamente, é cru.
c) com palavras mais cruas o que é,
denotativamente, desagradável.
d) algo de modo antitético.
23. No terceto «É preciso gostar / É preciso
amar / É preciso viver» há a figura de
estilo que se designa
a) eufemismo.
b) metáfora.
c) anáfora.
d) oxímoro.
24. Há rima entre
a) Sporting / ringue -ÓRTINGUE / -INGUE
b) ranho / tenho -[α]NHO / -[α]NHO
c) estúpida / entupida -ÚPIDA / -IDA
d) diligencia / agência -IA / -ÊNCIA
25. Há rima entre
a) credo / Pedro -EDO / -EDRO
b) Benfica / fábrica -ICA / -ÁBRICA
c) estupor / stor -OR / -OR
d) diligencia / agência -IA / -ÊNCIA
melancia / ambulância -IA/ -ÂNCIA
26. Numa quintilha cujos versos
terminassem com –ura, -alta, -alta, -ura,
-once, haveria rima
a) interpolada, emparelhada e um verso
solto.
b) cruzada, interpolada e emparelhada.
c) emparelhada, cruzada e um verso
rosa.
d) cruzada, emparelhada e um verso
branco.
28. Nas cantigas de amigo, em geral, o
sujeito poético (o «eu») e o «tu» a
quem este se dirige são,
respetivamente,
a) o amigo e um confidente.
b) a amiga e o namorado.
c) a rapariga (a moça) e um confidente.
d) mulher (ou rapariga) e o namorado.
29. Nas cantigas de amigo de paralelística
perfeita, além de haver refrão,
a) o v. 1 da primeira estrofe é adotado como v.
2 da terceira estrofe, sendo a sua rima em i.
b) o v. 2 da terceira estrofe é adotado como v.
1 da quinta estrofe, sendo a sua rima em a.
c) o v. 2 da quinta estrofe é adotado como v. 1
da sétima estrofe, sendo a sua rima em i.
d) o v. 2 da primeira estrofe é adotado como v.
1 da segunda estrofe, sendo a sua rima em i.
30. Os modos narrativo e dramático
integram, respetivamente, textos
a) em prosa e trágicos.
b) com relato de ação e de teatro.
c) épicos e tristes.
d) em prosa narrativa e em prosa
teatral. sim mas não só: também
poesia narrativa e teatro em verso
31. Os textos líricos caracterizam-se por
serem
a) poéticos.
b) centrados na 1.ª pessoa.
c) em verso.
d) em verso rimado.
32. A alínea onde nem todas as formas são
da 2.ª pessoa do plural é
a) ide; falai.
b) comai; amais. comei
c) andareis; sois.
d) bebei; bebeis.
33. A frase correta é
a) Há bocado havia aqui três cocós de
cão.
b) À pouco fui à casa de banho.
c) Há uma sala fechada à três anos.
d) À que tempos que não há sandes de
mortadela no bar!
34. Em «Nas redações dos decimanistas da
ESJGF havia erros incríveis»
a) há um erro (em vez de «*havia erros»
devia ser «haviam erros»).
b) o sujeito é «erros incríveis». complemento
direto
c) não há sujeito nem cocós de cão.
d) o sujeito é «Nas redações dos
decimanistas da ESJGF». modificador do
grupo verbal
35. Houve síncope seguida de crase na
evolução
a) LACUNA > lagona > lagoa. sonorização
+ síncope
b) DOLOR > door > dor.
c) LEGE > lee > lei. síncope + sinérese
d) DOMINA > domna > dona. síncope +
assimilação
36. As evoluções PERSONA > pessoa e
PERSICU > pessicu (que veio a dar
«pêssego») exemplificam uma
a) vocalização.
b) epêntese.
c) assimilação.
d) aférese.
39. Se eu pudesse desamar quem
sempre me desamou e pudesse procurar
algum mal para quem sempre me
procurou o mal! Vingar-me-ia assim, se
pudesse fazer sofrer quem sempre me fez
sofrer.
40. Mas nem mesmo posso enganar o
meu coração que me enganou, por quanto
me fez desejar quem nunca me desejou. E
por isto (isso) não durmo, porque não
posso fazer sofrer quem sempre me fez
sofrer.
41. Mas peço a Deus que desampare
quem assim me desamparou ou que
pudesse eu perturbar quem sempre me
perturbou. E logo dormiria se pudesse
fazer sofrer quem sempre me fez sofrer.
42. Ou que ousasse perguntar a quem
nunca me perguntou por que me fez
preocupar consigo pois nunca se
preocupou comigo. E por isto sofro,
porque não posso fazer sofrer quem
sempre me fez sofrer.
43.
44. a) A coita de amor é
3. um estado de sofrimento e tensão que
invade o trovador, devido à não
correspondência amorosa.
45. b) A mulher é fonte de sofrimento para o
homem,
5. resultante da falta de correspondência
amorosa e da altivez da dona.
46. c) O ideal do amor cortês preconiza que
o mesmo não deve ser concretizado,
1. pois isso mataria o desejo, que se
quer interminável.
47. d) A «senhor» é venerada pelo trovador,
2. que a idealiza, colocando-a num
pedestal de suserana.
48. e) Ao trovador era exigida a «mesura»
pública
4. imposta pelas regras de cortesia, da
qual fazia parte o segredo.
49.
50. «eu»
moça (que percecionamos como do
povo)
homem (nobre, identificável com o
trovador)
Henriqueta Lopes da Silva (com
intervenções de Anselmo)
52. assunto
namoro (e circunstâncias que o
envolvem)
amor (e razões desse amor;
superlativação da «senhor»)
amor (e razões desse amor;
desvalorização de Anselmo)
54. confidencialidade
não se escondem elementos acerca do
namorado
há reserva, a «mesura»; a «senhor» não
é identificada
não há reserva (contra a vontade de
Anselmo, que fica constrangido)
55.
56.
57. Na parte de A história da minha vida
que estivemos a ver, o protagonista (e
narrador) dá a sua teoria para o
surgimento do conceito de «amor», que
situa na Idade Média, em contexto
palaciano, com intervenção de trovadores.
Segundo ele, o amor teria surgido porque
o rei se entusiasmara com uma ficção
elaborada por trovadores (a existência do
amor seria devida ao discurso, à
linguagem, à criação literária). Ora, esta
justificação — absolutamente inventada —
58. até pode relacionar-se com características
das cantigas de amor. Nestas, o amor
também parece ser sobretudo discurso,
mais criação poética do que realidade que
verdadeiramente se perseguisse, menos
sentimento do que vontade de exprimir um
sentimento.
59.
60. TPC — Para estudo, e não para me
entregares, lê as pp. 66 e 67 do Caderno
de atividades (com perguntas sobre uma
cantiga de amigo e sobre uma cantiga de
amor) e as respetivas soluções (p. 100).
(Reproduzo em Gaveta de Nuvens as
páginas em causa, para o caso de não
teres o Caderno de atividades.)