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Relato de Caso




Nádia Marchiori Galassi, Ângela Cristina Bortoncello, Renata Viana da
silva, Fábio Rodrigo Proni, Márcia Ribeiro Scolfaro.

           Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
                               2008
“A acidose tubular renal é uma perturbação na qual os tubos do
 rim não extraem adequadamente o ácido do sangue para que seja
                       excretado pela urina”


  A   doença pode ser de causa:
 Hereditária( Forma Primária ) - Defeitos genéticos no mecanismo

  de transporte dos túbulos renais;
 Medicamentos, intoxicações, doenças Auto-imune ( Forma

  Secundária) ;
   Tipo 1 ( Túbulo Distal)
     Caracteriza-se por uma inabilidade dos túbulos distal

      e coletor em promover uma adequada acidificação
      urinária;
     Diminuição da Atividade da H+ ATPase;

     Excreção reduzida de Amônio;

     Nível baixo de potássio no sangue;

     pH urinário maior que 5,5.
   Tipo II ( Túbulo proximal)
     Defeito na reabsorção de Bicarbonato;

     Acidose mais acentuada e de difícil controle;

     Podem está associadas a outras doenças imunes, ou

      genéticas;
     pH urinário alcalino;

     O calculo de fração de excreção do bicarbonato na

      urina é o mais usado para diagnostica ATR tipo II.
   Tipo IV
     Deficiência e resistência a Aldesterona;

     Hipercalemia;

     Acidose metabólica;

     Ocorre quando o transporte dos túbulos de eletrólitos,

      tais como sódio, cloreto e potássio é prejudicada devido
      a uma doença hereditária ou a utilização de certas

      drogas.
Evidenciar a importância em conhecer a
doença, Acidose Tubular Renal, já que o
diagnóstico e tratamento tardios podem
gerar graves repercussões ao paciente.
   Paciente Sexo Feminino;
   30 Anos;
   Atendida no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti;
   Fraqueza muscular progressiva ( inicio há 2 semanas);
   Havia procurado atendimento médico e foi internada sob
    observação , e logo libera com melhora;
   Retornou ao hospital com 3 dias devido ao agravamento
    da fraqueza muscular e com dificuldade para se
    alimentar sem ajuda.
   Exames Inicial




Evidencia de Hipocalemia (Diminuição da concentração do íon potássio no sangue )
   A paciente recebeu reposição endovenosa de potássio , não houve
    melhora em 5 dias;
   Realizaram Gasometria endovenosa:
     Constatou acidose metabólica Hiperclorêmica
      ▪ pH = 7,23
      ▪ pCO= 2 28 mmHg
      ▪ Bic = 11 mmol/L
      ▪ BE:-14mmol/L
      ▪ Na+= 141 mmol/L
      ▪ Cl-= 125 mmol/L
      ▪ AGU= 5mmol/L
*     Sangue Arterial   Sangue Venoso

pH        7.36-7.44        7.31-7.41

pCO2    38-42mmHg         35-40mmHg

pO2    85-100mmHg         35-40mmHg
                          19-25mEq/L
HCO3    19-25mEq/L

                             +2 a -2
BE         +2 a -2

SO2        > 95%         70 -75% da pO2
   Paciente apresentava função renal normal;
   Hipótese de ATR;
   Para confirmação foram dosados pH e AGU.
   Sugeriram ATR tipo II;
   Exame confirmatório : Teste do Bicarbonato.
   Verificaram o funcionamento do Túbulo distal dosando
    Aminoácido, fosfato, ácido úrico e glicose.
   Então constatou –se que a perda de Bicarbonato ocorria de
    forma isolada;
   Tratamento: Uso de Citrato de potássio ;
   Segue a dois anos em acompanhamento;
   Tendo episódios de Hipocalemia Grave.
   Logo necessário caso de internação;
   Por ultimo com base em critérios clínicos e laboratoriais
    ocorreu suspeita de Doença de Hashimoto
     Confirmada com a dosagem de Auto- anticorpos

      antitireoperoxidase e antitireoglobulina.
Necessário investigação mais detalhada,
com avaliação de gasometria arterial, perfil
 eletrolítico, cálculo de gap osmolares e,
 principalmente, que seja considerada tal
hipótese diagnóstica frente ao achado de
               hipocalemia.
Apesar de o AGU sugerir o dano proximal e
 de o teste do bicarbonato comprová-lo, não é
possível excluir o acometimento distal, uma vez
     que não foram realizados o teste de
   acidificação urinária, dosagem de citrato
  urinário e gradiente urina-sangue de pCO2.
Os achados de pH urinário elevado (mesmo
  com depleção de bicarbonato sérico) e de
hipercalciúria (Cálcio urinário= 486,45mg/24h),
 ambos encontrados neste caso, sugerem a
  presença do componente distal, mas são
       insuficientes para comprová-la.
O tratamento da ATR deve ser feito com
suplementos alcalinos. Deve-se prescrever uma
 quantidade de álcalis suficiente para titular a
    produção ácida diária, geralmente 0,5 a
2mmol/kg de peso por dia para ATR tipo I e, 5 a
   15mmol/kg de peso por dia para ATR II.
Existem, ainda, relatos de ATR tipo I associada
  à Doença de Graves e Doença de Hashimoto,
   aventando um mecanismo auto-imune para a
                       doença.
  O   tratamento feito por 2 anos com Levotiroxina
não alterou o curso de ATR;
  Diferente   de casos registrados para ATR tipo 1.
Devido a diversidade de apresentação do quadro clínico, para
    o diagnóstico de ATR, devem proceder com exames
  confirmatórios rápidos e breve terapia adequada. Assim
  Implicado melhor qualidade de vida ao paciente. Alguns
pacientes merecem maior atenção quanto a ATR associadas a
     outras doenças como a de colágeno e tireoidites,
  estabelecendo exames de triagem , para procede com a
               conduta terapêutica correta.
Ap.acidose tubular renal em adulto com tireóide de

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Ap.acidose tubular renal em adulto com tireóide de

  • 1. Relato de Caso Nádia Marchiori Galassi, Ângela Cristina Bortoncello, Renata Viana da silva, Fábio Rodrigo Proni, Márcia Ribeiro Scolfaro. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP 2008
  • 2. “A acidose tubular renal é uma perturbação na qual os tubos do rim não extraem adequadamente o ácido do sangue para que seja excretado pela urina” A doença pode ser de causa:  Hereditária( Forma Primária ) - Defeitos genéticos no mecanismo de transporte dos túbulos renais;  Medicamentos, intoxicações, doenças Auto-imune ( Forma Secundária) ;
  • 3. Tipo 1 ( Túbulo Distal)  Caracteriza-se por uma inabilidade dos túbulos distal e coletor em promover uma adequada acidificação urinária;  Diminuição da Atividade da H+ ATPase;  Excreção reduzida de Amônio;  Nível baixo de potássio no sangue;  pH urinário maior que 5,5.
  • 4. Tipo II ( Túbulo proximal)  Defeito na reabsorção de Bicarbonato;  Acidose mais acentuada e de difícil controle;  Podem está associadas a outras doenças imunes, ou genéticas;  pH urinário alcalino;  O calculo de fração de excreção do bicarbonato na urina é o mais usado para diagnostica ATR tipo II.
  • 5. Tipo IV  Deficiência e resistência a Aldesterona;  Hipercalemia;  Acidose metabólica;  Ocorre quando o transporte dos túbulos de eletrólitos, tais como sódio, cloreto e potássio é prejudicada devido a uma doença hereditária ou a utilização de certas drogas.
  • 6. Evidenciar a importância em conhecer a doença, Acidose Tubular Renal, já que o diagnóstico e tratamento tardios podem gerar graves repercussões ao paciente.
  • 7. Paciente Sexo Feminino;  30 Anos;  Atendida no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti;  Fraqueza muscular progressiva ( inicio há 2 semanas);  Havia procurado atendimento médico e foi internada sob observação , e logo libera com melhora;  Retornou ao hospital com 3 dias devido ao agravamento da fraqueza muscular e com dificuldade para se alimentar sem ajuda.
  • 8. Exames Inicial Evidencia de Hipocalemia (Diminuição da concentração do íon potássio no sangue )
  • 9. A paciente recebeu reposição endovenosa de potássio , não houve melhora em 5 dias;  Realizaram Gasometria endovenosa:  Constatou acidose metabólica Hiperclorêmica ▪ pH = 7,23 ▪ pCO= 2 28 mmHg ▪ Bic = 11 mmol/L ▪ BE:-14mmol/L ▪ Na+= 141 mmol/L ▪ Cl-= 125 mmol/L ▪ AGU= 5mmol/L
  • 10. * Sangue Arterial Sangue Venoso pH 7.36-7.44 7.31-7.41 pCO2 38-42mmHg 35-40mmHg pO2 85-100mmHg 35-40mmHg 19-25mEq/L HCO3 19-25mEq/L +2 a -2 BE +2 a -2 SO2 > 95% 70 -75% da pO2
  • 11. Paciente apresentava função renal normal;  Hipótese de ATR;  Para confirmação foram dosados pH e AGU.
  • 12. Sugeriram ATR tipo II;  Exame confirmatório : Teste do Bicarbonato.
  • 13.
  • 14. Verificaram o funcionamento do Túbulo distal dosando Aminoácido, fosfato, ácido úrico e glicose.  Então constatou –se que a perda de Bicarbonato ocorria de forma isolada;  Tratamento: Uso de Citrato de potássio ;  Segue a dois anos em acompanhamento;  Tendo episódios de Hipocalemia Grave.
  • 15. Logo necessário caso de internação;  Por ultimo com base em critérios clínicos e laboratoriais ocorreu suspeita de Doença de Hashimoto  Confirmada com a dosagem de Auto- anticorpos antitireoperoxidase e antitireoglobulina.
  • 16. Necessário investigação mais detalhada, com avaliação de gasometria arterial, perfil eletrolítico, cálculo de gap osmolares e, principalmente, que seja considerada tal hipótese diagnóstica frente ao achado de hipocalemia.
  • 17. Apesar de o AGU sugerir o dano proximal e de o teste do bicarbonato comprová-lo, não é possível excluir o acometimento distal, uma vez que não foram realizados o teste de acidificação urinária, dosagem de citrato urinário e gradiente urina-sangue de pCO2.
  • 18. Os achados de pH urinário elevado (mesmo com depleção de bicarbonato sérico) e de hipercalciúria (Cálcio urinário= 486,45mg/24h), ambos encontrados neste caso, sugerem a presença do componente distal, mas são insuficientes para comprová-la.
  • 19. O tratamento da ATR deve ser feito com suplementos alcalinos. Deve-se prescrever uma quantidade de álcalis suficiente para titular a produção ácida diária, geralmente 0,5 a 2mmol/kg de peso por dia para ATR tipo I e, 5 a 15mmol/kg de peso por dia para ATR II.
  • 20. Existem, ainda, relatos de ATR tipo I associada à Doença de Graves e Doença de Hashimoto, aventando um mecanismo auto-imune para a doença. O tratamento feito por 2 anos com Levotiroxina não alterou o curso de ATR; Diferente de casos registrados para ATR tipo 1.
  • 21. Devido a diversidade de apresentação do quadro clínico, para o diagnóstico de ATR, devem proceder com exames confirmatórios rápidos e breve terapia adequada. Assim Implicado melhor qualidade de vida ao paciente. Alguns pacientes merecem maior atenção quanto a ATR associadas a outras doenças como a de colágeno e tireoidites, estabelecendo exames de triagem , para procede com a conduta terapêutica correta.