AULAS  PRÁTICAS  DE IMUNOLOGIA Universidade Federal da Bahia Instituto de Ciências da Saúde Laboratório de Imunologia
O presente trabalho teve sua primeira versão realizada entre os anos de 2000 e 2001, pelos estudantes  do  curso  de  Medicina (UFBA) Adriana Campos, Nivaldo  Cardozo  Filho,  Sabrina  Oliveira  e  Silvana  Asfora, bolsistas da Fundação  de Apoio a  Pesquisa e Extensão (FAPEX),através de recursos gerados pelo  Laboratório  de  Imunologia do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA. Passo a passo, o desenvolvimento dos  arquivos  foi  acompanhado e  orientado  pelos  professores  Roberto  Meyer,  Ivana  Nasci-mento, Robert Schaer, Cláudia  Brodskyn, Songelí  Freire, e De- nise Lemaire, do laboratório mencionado acima, que continuam atualizando o trabalho Pretende-se apresentar os assuntos abordados nas aulas práticas, especialmente as principais  técnicas de uso  corrente  na Imuno-logia, particularmente  aquelas  que  além  de  utilizadas  na pes-quisa  científica, têm  grande  uso  para  o diagnóstico de  diver-sas doenças e/ou na dosagem de hormônios  e  outras  substâncias.   Salvador, maio de 2003
Os Professores Roberto Meyer Ivana Nascimento Robert Schaer Claudia Brodskyn Songelí Freire Denise Lemaire
O  Laboratório  de  Imunologia desenvolve  uma  atividade  per- manente  de  extensão,  voltada para  o  atendimento  de  pacien- tes do  SUS.  Os  recursos  obti- dos são  reinvestidos  na  melho- ria  desta  atividade,  bem  como na ajuda ao ensino  de  graduação, (como o presente  trabalho), ao en-  sino  de  pós-graduação  e  à  pes- quisa. Deve ser ressaltado o apoio recebido da FAPEX ao longo dos últimos anos. O Laboratório de Imunologia do ICS - UFBA
SISTEMA LINFÓIDE Trabalho realizado pelos acadêmicos de Medicina da UFBA Adriana Campos, Nivaldo Cardozo Filho, Sabrina Carvalho e Silvana Asfora, sob orientação dos Professores Roberto Meyer, Ivana Nascimento, Robert Schaer, Cláudia Brodskyn, Songelí Freire e Denise Lemaire, do Laboratório de Imunologia do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA . Atualizado em  maio  de 2003 Aula 1 : Os Órgãos Linfóides Primários
O sistema linfóide é composto por  linfócitos e células mononucleares fagocíticas / apresentadoras   de antígenos , que se encontram localizadas em órgãos capsulados ou em acúmulos de tecido linfóide  difuso. Os  órgãos linfóides  podem ser classificados em dois grupos:   ÓRGÃOS LINFÓIDES CENTRAIS OU PRIMÁRIOS Medula Óssea Timo Bursa de Fabrícius (aves)   Nesses órgãos os linfócitos se originam,  ficam maduros e são suprimidos ou inativados se reconhecerem auto-antígenos.   ORGÃOS LINFÓIDES PERIFÉRICOS OU SECUNDÁRIOS   Linfonodos  Baço Tecidos linfóides associados à mucosa (MALT) Nesses locais,  os  linfócitos  maduros  respondem  a  antígenos  estranhos,  gerando  células  efetoras  e  de  memória,  havendo  a  participação  de  macrófagos  e  de  células apresentadoras de  antígenos.
Principais órgãos linfóides e suas localizações A  medula óssea  hematogênica no indivíduo adulto é encontrada nas cristas ilíacas, vértebras e  no esterno O timo A medula óssea Linfonodos  Uma cadeia  como exemplo. O baço “ MALT”: apêndice, placas de Peyer,  tonsilas... GRANT, 1993
Como já afirmado, linfócitos (L), macrófagos (M) e células apresentadoras de antígenos [reticulares dendríticas (R)], constituem-se nas principais populações celulares dos órgãos linfóides.
Existem tres populações principais de linfócitos: os linfócitos T, com dois padrões fenotípicos e funcionais básicos:  - o CD4+, conhecido como linfócito T auxiliar – tem papel central na regulação  da resposta imune e funciona através da produção de citocinas (são divididos, com base nas citocinas que produzem, em linfócito T auxiliar 1 e 2). - o CD8+, conhecido como linfócito T citotóxico – tem atividade citolítica espe- cífica para, por exemplo, células infectadas por vírus, células tumorais etc. os linfócitos B, com duas atividades principais: - produção de anticorpos,  particularmente após se diferenciarem em plasmócitos. - apresentação de antígenos. Os linfócitos B endocitam, processam e apresentam antígenos para os linfócitos T. os linfócitos NK (“natural killer”) possuidores de atividade  citolítica inespecífica.
BURSA  (aves) MEDULA ÓSSEA (mamíferos) TIMO SANGUE SANGUE E LINFA MEDULA ÓSSEA ORIGEM  SÍTIO DE DESENVOLVIMENTO  PRINCIPAL DESTINO  Veja a maturação de linfócitos T e B CÉLULA INDIFERENCIADA Linf. B Linf. T LINFONODO MEDULA ÓSSEA BAÇO  MALT R E C I R R C U L A Ç Ã O Acompanhe o caminho seguido pelo linfócito, da medula óssea onde são primariamente gerados, até o órgão linfóide secundário
Linfócitos e plamócitos : As  células mononucleares fagocíticas / apresentadoras de  antí- genos ,  compreendem uma grande variedade de células capazes de, mais  ou  menos  eficientemente, endocitar, processar e  apresentar antígenos  para  os  linfócitos  T. Também  participam  da  regula- ção  do  sistema  imune  através  da produção de citocinas. São ori- ginadas  a  partir  de  monócitos  do sangue (origem  mielóide, por- tanto), apesar de  uma menor  parte ter origem linfóide. linfócito pequeno  linfócito grande  plasmócito Veja algumas das principais células apresentadoras de antígenos: célula reticular macrófago monócito células reticulares:  de Langerhans  dendrítica interdigitante  dendrítica  folicular (os desenhos das células reticulares e do macrófago foram retirados de Roitt, Male and Brostoff, Immunology,  6th ed, Mosby, 2002)
Linfócitos e  os diferentes tipos de fagócitos  mononucleares, aí  incluindo as diversas  populações  de  células  apresentado- ras de antígeno,  estão compondo o  tecido linfóide, que pode ser  frouxo, denso  e  nodular. Veja: frouxo denso mais células mono- nuleares fagocíticas, menos linfócitos bastante linfócitos, menos células mono- nucleares fagocíticas nodular nódulo em formação nódulo bem desenvolvido, evidenciando o manto e o centro germinativo o nodular tem celula- ridade do denso, or- ganizado, porém, em nódulos (= folículos) frouxo denso centro germinativo manto
MEDULA ÓSSEA
Durante a vida fetal a hematopoiese ocorre inicialmente no saco vitelino e depois no fígado e no baço. A medula óssea vai gradualmente assumindo essa função e, por volta da puberdade, a hematopoiese  ocorre principalmente no esterno, vértebras, ossos ilíacos e nas costelas. Nesses ossos é  encontrada a medula vermelha.   A medula é uma estrutura reticular semelhante a uma  esponja, localizada entre  longas trabéculas. TRABÉCULA
O parênquima  nessa estrutura é ocupado por células adiposas e por  precursores de células  sanguíneas, que amadurecem e saem por meio de uma densa rede de seios vasculares. Todas as células do sangue têm origem numa célula indiferenciada comum, que se diferencia  em linhagens eritrocítica, megacariocítica, granulocítica, monocítica e linfocítica . Célula precursora de  célula do sangue Células do sangue
Hemácias Plaquetas Basófilos Eosinófilos Neutrófilos  Monócitos Veja agora, de modo sumário, a formação das diferentes linhagens sanguíneas: para os tecidos Macrófagos + Estímulo CFU = unidade formadora de colônia Célula indiferenciada Progenitora linfóide Progenitora mielóide CFU eritróide Mega- cariócito CFU de basófilos CFU de eosinófilos CFU de granuló  citos e monócitos Linf. T Linf. B Linfoblasto Órgãos linfóides secundários
A proliferação e maturação das células precursoras na medula óssea é estimulada  por  citocinas,  algumas  também  chamadas  fatores estimulantes de colônias (CSF).   As citocinas hematopoiéticas são produzidas por células do estroma e  macrófagos da medula óssea, e por linfócitos T estimulados por antíge- nos.   Na medula óssea são geradas as células precursoras dos linfócitos T que migram para o timo.   Os linfócitos B são gerados e se diferenciam, a partir de células precursoras, na própria medula óssea.
TIMO
O timo é um órgão bilobado,  situado no mediastino anterior. Cada lobo é dividido em  múltiplos lóbulos por septos fibrosos. Cada lóbulo consiste de um córtex e uma medula. Localização e estrutura do timo
O timo tem uma rica irrigação vascular e vasos linfáticos eferentes que drenam para os linfonodos mediastinais. A circulação de células para dentro  do timo se dá pelas vênulas de endotélio alto . Dispersas por todo o timo, além dos linfócitos T, estão células reticulares epiteliais, células dendríticas interdigitantes (IDC) e macrófagos. Na medula, encontramos os corpúsculos de Hassall, que são compostos de espirais de células reticulares epiteliais.   O córtex contém uma coleção densa de linfócitos T . A medula, de coloração mais clara, é mais  escassamente povoada por linfócitos. As vênulas de endotélio alto estão presentes no timo e em alguns órgãos linfóides secun- dários. Elas são a principal via de chegada de linfócitos endereçados  para esses órgãos.
Veja imagens de microscopia de varredura do córtex do timo, onde se observa a riqueza de linfócitos e a ligação de algumas destas células aos macrófagos (M), possivelmente para posterior  fagocitose.  Kessel, R., Histologia Médica Básica, 1a. ed., Ed Guanabara Koogan, 2001.
Veja a estrutura histológica do timo com mais detalhes: - novamente o lóbulo tímico córtex  medula córtex medula córtex: tecido linfóide denso medula: tecido linfóide frouxo corpúsculo de Hassall células reticulares epiteliais  linfócitos
Nos mamíferos o timo atrofia com a idade, quando também, o tecido linfóide é substituído por tecido adiposo.  A atrofia tímica, no homem, inicia-se na puberdade e continua ao longo da vida do indivíduo através de um processo que se inicia no córtex. Essa atrofia está associada a ação de cortcoesteróides. T. Adiposo Podemos encontrar no adulto remanescentes medulares. TIMO ADULTO TIMO JOVEM Corpúsculo de Hassall Medula Córtex
No Timo, a maioria dos timócitos nos  vários estágios de maturação, sofre seleção positiva e negativa entre o  córtex e a medula de cada lóbulo.  MEDULA ÓSSEA Precursores de   células T Lóbulo tímico - No caminho do córtex para a medula, os linfócitos  amadurecem e expressam receptores para antígenos (TCR) e marcadores de superfície (CD4 ou CD8). - Este processo envolve a seleção positiva e negativa mencionada. As células T  maduras saem da região medular tímica para  os órgãos linfóides secundários,  via circulação sangüínea.  Entram S a e m Córtex Medula Timócitos imaturos Linfócitos T maduros
Depois de maduros, os linfócitos T deixam o timo e migram para outros tecidos. Acompanhe de novo o  trajeto, a partir da medula óssea: medula óssea (esterno) timo tonsila linfonodos baço placas de Peyer apêndice cecal medula  timo timo  órg. secundários
BURSA DE FABRICIUS
VISÃO HISTOLÓGICA DA BURSA DE FABRICIUS A Bursa de Fabricius está  presente  nas aves. Está localizada na parede do intes- tino  grosso,  na  cloaca. É  responsável pela maturação dos linfócitos B. A Bursa de Fabricius possui estrutura histológica semelhante ao Timo. Tam- bém é dividida em  lóbulos  (nódulos,  para alguns autores). ZOOM Luz intestinal Epitélio intestinal Lóbulo Córtex Medula
FIM

Ap1 - Sistema LinfóIde os orgãos linfóIdes primários

  • 1.
    AULAS PRÁTICAS DE IMUNOLOGIA Universidade Federal da Bahia Instituto de Ciências da Saúde Laboratório de Imunologia
  • 2.
    O presente trabalhoteve sua primeira versão realizada entre os anos de 2000 e 2001, pelos estudantes do curso de Medicina (UFBA) Adriana Campos, Nivaldo Cardozo Filho, Sabrina Oliveira e Silvana Asfora, bolsistas da Fundação de Apoio a Pesquisa e Extensão (FAPEX),através de recursos gerados pelo Laboratório de Imunologia do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA. Passo a passo, o desenvolvimento dos arquivos foi acompanhado e orientado pelos professores Roberto Meyer, Ivana Nasci-mento, Robert Schaer, Cláudia Brodskyn, Songelí Freire, e De- nise Lemaire, do laboratório mencionado acima, que continuam atualizando o trabalho Pretende-se apresentar os assuntos abordados nas aulas práticas, especialmente as principais técnicas de uso corrente na Imuno-logia, particularmente aquelas que além de utilizadas na pes-quisa científica, têm grande uso para o diagnóstico de diver-sas doenças e/ou na dosagem de hormônios e outras substâncias. Salvador, maio de 2003
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    Os Professores RobertoMeyer Ivana Nascimento Robert Schaer Claudia Brodskyn Songelí Freire Denise Lemaire
  • 4.
    O Laboratório de Imunologia desenvolve uma atividade per- manente de extensão, voltada para o atendimento de pacien- tes do SUS. Os recursos obti- dos são reinvestidos na melho- ria desta atividade, bem como na ajuda ao ensino de graduação, (como o presente trabalho), ao en- sino de pós-graduação e à pes- quisa. Deve ser ressaltado o apoio recebido da FAPEX ao longo dos últimos anos. O Laboratório de Imunologia do ICS - UFBA
  • 5.
    SISTEMA LINFÓIDE Trabalhorealizado pelos acadêmicos de Medicina da UFBA Adriana Campos, Nivaldo Cardozo Filho, Sabrina Carvalho e Silvana Asfora, sob orientação dos Professores Roberto Meyer, Ivana Nascimento, Robert Schaer, Cláudia Brodskyn, Songelí Freire e Denise Lemaire, do Laboratório de Imunologia do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA . Atualizado em maio de 2003 Aula 1 : Os Órgãos Linfóides Primários
  • 6.
    O sistema linfóideé composto por linfócitos e células mononucleares fagocíticas / apresentadoras de antígenos , que se encontram localizadas em órgãos capsulados ou em acúmulos de tecido linfóide difuso. Os órgãos linfóides podem ser classificados em dois grupos: ÓRGÃOS LINFÓIDES CENTRAIS OU PRIMÁRIOS Medula Óssea Timo Bursa de Fabrícius (aves) Nesses órgãos os linfócitos se originam, ficam maduros e são suprimidos ou inativados se reconhecerem auto-antígenos. ORGÃOS LINFÓIDES PERIFÉRICOS OU SECUNDÁRIOS Linfonodos Baço Tecidos linfóides associados à mucosa (MALT) Nesses locais, os linfócitos maduros respondem a antígenos estranhos, gerando células efetoras e de memória, havendo a participação de macrófagos e de células apresentadoras de antígenos.
  • 7.
    Principais órgãos linfóidese suas localizações A medula óssea hematogênica no indivíduo adulto é encontrada nas cristas ilíacas, vértebras e no esterno O timo A medula óssea Linfonodos Uma cadeia como exemplo. O baço “ MALT”: apêndice, placas de Peyer, tonsilas... GRANT, 1993
  • 8.
    Como já afirmado,linfócitos (L), macrófagos (M) e células apresentadoras de antígenos [reticulares dendríticas (R)], constituem-se nas principais populações celulares dos órgãos linfóides.
  • 9.
    Existem tres populaçõesprincipais de linfócitos: os linfócitos T, com dois padrões fenotípicos e funcionais básicos: - o CD4+, conhecido como linfócito T auxiliar – tem papel central na regulação da resposta imune e funciona através da produção de citocinas (são divididos, com base nas citocinas que produzem, em linfócito T auxiliar 1 e 2). - o CD8+, conhecido como linfócito T citotóxico – tem atividade citolítica espe- cífica para, por exemplo, células infectadas por vírus, células tumorais etc. os linfócitos B, com duas atividades principais: - produção de anticorpos, particularmente após se diferenciarem em plasmócitos. - apresentação de antígenos. Os linfócitos B endocitam, processam e apresentam antígenos para os linfócitos T. os linfócitos NK (“natural killer”) possuidores de atividade citolítica inespecífica.
  • 10.
    BURSA (aves)MEDULA ÓSSEA (mamíferos) TIMO SANGUE SANGUE E LINFA MEDULA ÓSSEA ORIGEM SÍTIO DE DESENVOLVIMENTO PRINCIPAL DESTINO Veja a maturação de linfócitos T e B CÉLULA INDIFERENCIADA Linf. B Linf. T LINFONODO MEDULA ÓSSEA BAÇO MALT R E C I R R C U L A Ç Ã O Acompanhe o caminho seguido pelo linfócito, da medula óssea onde são primariamente gerados, até o órgão linfóide secundário
  • 11.
    Linfócitos e plamócitos: As células mononucleares fagocíticas / apresentadoras de antí- genos , compreendem uma grande variedade de células capazes de, mais ou menos eficientemente, endocitar, processar e apresentar antígenos para os linfócitos T. Também participam da regula- ção do sistema imune através da produção de citocinas. São ori- ginadas a partir de monócitos do sangue (origem mielóide, por- tanto), apesar de uma menor parte ter origem linfóide. linfócito pequeno linfócito grande plasmócito Veja algumas das principais células apresentadoras de antígenos: célula reticular macrófago monócito células reticulares: de Langerhans dendrítica interdigitante dendrítica folicular (os desenhos das células reticulares e do macrófago foram retirados de Roitt, Male and Brostoff, Immunology, 6th ed, Mosby, 2002)
  • 12.
    Linfócitos e os diferentes tipos de fagócitos mononucleares, aí incluindo as diversas populações de células apresentado- ras de antígeno, estão compondo o tecido linfóide, que pode ser frouxo, denso e nodular. Veja: frouxo denso mais células mono- nuleares fagocíticas, menos linfócitos bastante linfócitos, menos células mono- nucleares fagocíticas nodular nódulo em formação nódulo bem desenvolvido, evidenciando o manto e o centro germinativo o nodular tem celula- ridade do denso, or- ganizado, porém, em nódulos (= folículos) frouxo denso centro germinativo manto
  • 13.
  • 14.
    Durante a vidafetal a hematopoiese ocorre inicialmente no saco vitelino e depois no fígado e no baço. A medula óssea vai gradualmente assumindo essa função e, por volta da puberdade, a hematopoiese ocorre principalmente no esterno, vértebras, ossos ilíacos e nas costelas. Nesses ossos é encontrada a medula vermelha. A medula é uma estrutura reticular semelhante a uma esponja, localizada entre longas trabéculas. TRABÉCULA
  • 15.
    O parênquima nessa estrutura é ocupado por células adiposas e por precursores de células sanguíneas, que amadurecem e saem por meio de uma densa rede de seios vasculares. Todas as células do sangue têm origem numa célula indiferenciada comum, que se diferencia em linhagens eritrocítica, megacariocítica, granulocítica, monocítica e linfocítica . Célula precursora de célula do sangue Células do sangue
  • 16.
    Hemácias Plaquetas BasófilosEosinófilos Neutrófilos Monócitos Veja agora, de modo sumário, a formação das diferentes linhagens sanguíneas: para os tecidos Macrófagos + Estímulo CFU = unidade formadora de colônia Célula indiferenciada Progenitora linfóide Progenitora mielóide CFU eritróide Mega- cariócito CFU de basófilos CFU de eosinófilos CFU de granuló citos e monócitos Linf. T Linf. B Linfoblasto Órgãos linfóides secundários
  • 17.
    A proliferação ematuração das células precursoras na medula óssea é estimulada por citocinas, algumas também chamadas fatores estimulantes de colônias (CSF). As citocinas hematopoiéticas são produzidas por células do estroma e macrófagos da medula óssea, e por linfócitos T estimulados por antíge- nos. Na medula óssea são geradas as células precursoras dos linfócitos T que migram para o timo. Os linfócitos B são gerados e se diferenciam, a partir de células precursoras, na própria medula óssea.
  • 18.
  • 19.
    O timo éum órgão bilobado, situado no mediastino anterior. Cada lobo é dividido em múltiplos lóbulos por septos fibrosos. Cada lóbulo consiste de um córtex e uma medula. Localização e estrutura do timo
  • 20.
    O timo temuma rica irrigação vascular e vasos linfáticos eferentes que drenam para os linfonodos mediastinais. A circulação de células para dentro do timo se dá pelas vênulas de endotélio alto . Dispersas por todo o timo, além dos linfócitos T, estão células reticulares epiteliais, células dendríticas interdigitantes (IDC) e macrófagos. Na medula, encontramos os corpúsculos de Hassall, que são compostos de espirais de células reticulares epiteliais. O córtex contém uma coleção densa de linfócitos T . A medula, de coloração mais clara, é mais escassamente povoada por linfócitos. As vênulas de endotélio alto estão presentes no timo e em alguns órgãos linfóides secun- dários. Elas são a principal via de chegada de linfócitos endereçados para esses órgãos.
  • 21.
    Veja imagens demicroscopia de varredura do córtex do timo, onde se observa a riqueza de linfócitos e a ligação de algumas destas células aos macrófagos (M), possivelmente para posterior fagocitose. Kessel, R., Histologia Médica Básica, 1a. ed., Ed Guanabara Koogan, 2001.
  • 22.
    Veja a estruturahistológica do timo com mais detalhes: - novamente o lóbulo tímico córtex medula córtex medula córtex: tecido linfóide denso medula: tecido linfóide frouxo corpúsculo de Hassall células reticulares epiteliais linfócitos
  • 23.
    Nos mamíferos otimo atrofia com a idade, quando também, o tecido linfóide é substituído por tecido adiposo. A atrofia tímica, no homem, inicia-se na puberdade e continua ao longo da vida do indivíduo através de um processo que se inicia no córtex. Essa atrofia está associada a ação de cortcoesteróides. T. Adiposo Podemos encontrar no adulto remanescentes medulares. TIMO ADULTO TIMO JOVEM Corpúsculo de Hassall Medula Córtex
  • 24.
    No Timo, amaioria dos timócitos nos vários estágios de maturação, sofre seleção positiva e negativa entre o córtex e a medula de cada lóbulo. MEDULA ÓSSEA Precursores de células T Lóbulo tímico - No caminho do córtex para a medula, os linfócitos amadurecem e expressam receptores para antígenos (TCR) e marcadores de superfície (CD4 ou CD8). - Este processo envolve a seleção positiva e negativa mencionada. As células T maduras saem da região medular tímica para os órgãos linfóides secundários, via circulação sangüínea. Entram S a e m Córtex Medula Timócitos imaturos Linfócitos T maduros
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    Depois de maduros,os linfócitos T deixam o timo e migram para outros tecidos. Acompanhe de novo o trajeto, a partir da medula óssea: medula óssea (esterno) timo tonsila linfonodos baço placas de Peyer apêndice cecal medula timo timo órg. secundários
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    VISÃO HISTOLÓGICA DABURSA DE FABRICIUS A Bursa de Fabricius está presente nas aves. Está localizada na parede do intes- tino grosso, na cloaca. É responsável pela maturação dos linfócitos B. A Bursa de Fabricius possui estrutura histológica semelhante ao Timo. Tam- bém é dividida em lóbulos (nódulos, para alguns autores). ZOOM Luz intestinal Epitélio intestinal Lóbulo Córtex Medula
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