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TESTE DE PORTUGUÊS - 8º ANO
Grupo I - Texto A – Leitura
Lê o texto com atenção.
5
10
15
O Amadis de Gaula
Se abundam na literatura medieval portuguesa hoje conhecida as referências à Demanda do Santo
Graal1
, são muito escassas, em compensação, as referências a um outro romance célebre e escrito na
Península Ibérica, o Amadis de Gaula.
Este facto é importante para a discussão do problema da língua em que teria sido escrito o primitivo
original da obra.
Nenhuma prova apareceu até hoje capaz de dirimir a polémica entre os que defendem a tese da
autoria portuguesa e os que defendem a da autoria castelhana.
Em qualquer caso, o Amadis é uma obra peninsular, contemporânea ainda da primeira fase da poesia
de corte medieval (século XIV).
Amadis é o fruto dos amores clandestinos de Elisena e do rei Perion, que o abandonam às águas do
mar. Salvo por uma família que lhe não sabe a origem, vem a ser escolhido para pajem da infanta Oriana,
a quem a rainha apresenta com estas palavras: – «Amiga, este é o donzel que vos servirá». O donzel
guarda tais palavras no coração, e desde aí a sua vida desdobra-se num longo «serviço» inteiramente
consagrado à amada. Durante muito tempo, a timidez inibiu-o de se declarar. Depois, o amor entre os
dois foi um segredo cuidadosamente guardado. Ninguém sabia que era por Oriana que Amadis se
arriscava a combates assombrosos com gigantes ou monstros.
A virtude é premiada com o final feliz com que se encerra obra.
Conhecida apenas no século XV, foi no século seguinte que a obra deu origem a todo um ciclo,
constituído por nada menos de doze novelas.
António José Saraiva, Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, Porto Editora, 2017 (texto adaptado)
Vocabulário: 1. Ciclo de obras literárias da Idade Média, que se centram nas lendas do Rei Artur e dos Cavaleiros
da Távola Redonda. Os escritos originais, em francês, datam do século XIII.
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
1. As afirmações de (A) a (F) apresentam informações registadas no texto.
Escreve a sequência de letras que corresponde a cada informação seguindo a organização textual utilizada,
sabendo que a primeira é a D e a última a E.
(A) Estes amores têm um final feliz.
(B) Incontestável é que o Amadis é uma obra nascida na Península Ibérica, por volta do século XIV.
(C) Não há certeza se o original foi escrito em português ou em castelhano.
(D) Atualmente há muitas referências à Demanda do Santo Graal, ciclo de novelas da época medieval.
(E) As aventuras deste cavaleiro deram origem, no século XVI, ao ciclo de Amadis, constituído por doze novelas.
(F) O Amadis de Gaula tem como motivo central os amores de Amadis e Oriana, conforme se constata pelo breve
resumo da obra.
2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.3), a única opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto.
2.1 Não há certeza se o original primitivo do Amadis de Gaula foi escrito em português ou em castelhano porque
(A) há teses que defendem uma e outra opção e apresentam os seus argumentos.
(B) não há nenhum estudo sério sobre o assunto.
(C) não há provas que permitam uma conclusão segura e incontestável.
2.2 O assunto de Amadis de Gaula centra-se
(A) na vida atribulada e infeliz do cavaleiro.
(B) nas aventuras de Amadis e sua relação amorosa com Oriana.
(C) no amor impossível de Amadis e Oriana.
2.3 O Amadis de Gaula é
(A) a primeira obra e única conhecida sobre Amadis.
(B) uma obra que deu origem, muito tempo depois de ser conhecida, a um ciclo de romances em torno de
Amadis.
(C) uma obra da Idade Média sobre a qual muito pouco se sabe atualmente.
3. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto.
(A) Desde que foi escolhido como pajem de Oriana, Amadis só teve uma preocupação – mostrar as suas
qualidades de cavaleiro, digno de uma infanta.
(B) Amadis foi destemido e corajoso, como o devia ser um cavaleiro medieval, para merecer o amor de Oriana.
(C) Amadis nunca teve coragem de declarar o seu amor por Oriana, por isso ambos sofriam sem conhecer os
sentimentos do outro
Texto B - Educação Literária
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Amadis
Quando Amadis entrou no mar Oceano, palpitou-lhe com ânsia o coração.
Vindo de tão longe, lembrava-se que, entrando a navegar naquelas águas, voltava aos caros lugares
onde ficava Oriana. E mais viva se lhe acendia no coração a saudade da bem-amada.
Agora que a idade verde fugira, fazendo o amor mais pensado, apetecia1
Amadis para ele a bênção da
Igreja, que diante de Deus e dos homens juntaria o seu coração ao de Oriana, senhora da Ilha Firme e
futura rainha de Gaula.
Cuidava ele que, não por merecimentos próprios senão porque lho permitira a divina bondade, havia
ganhado Oriana desde aquela manhã de Abril em flor em que abalara2
sem nome a caminho de aventuras,
levando a alma tão cheia de amor tal a sentia agora.
Assim vinha Amadis pensando, enquanto a nau cortava aquelas águas e ele olhava, entrevendo-as a
distância, as costas dos reinos e as areias das praias.
Nas horas de folgança, com o vento a acompanhar nas enxárcias3
as vozes, os marinheiros cantavam,
Quem se embarca? quem se embarca?
quem vem comigo? quem vem?
Quem se embarca no meu peito,
que linda maré que tem!
e, ouvindo-os cantar, acudiam-lhe as lembranças e as saudades cresciam. (…)
Um dia encontraram uma fusta4
e chegaram à fala com uns mercadores da Grã-Bretanha que partiam
a traficar em outras terras. Como lhes pedissem novas do reino e sendo a maior delas o casamento de
Oriana, contaram os mercadores o despacho que el-rei Lisuarte dera à embaixada, contra a vontade de
muitos e, ao que eles tinham ouvido, contra a vontade da infanta. E sabendo Amadis que a Oriana já a
tratavam por Imperatriz de Roma, ficou um tempo sem acordo nos braços de Gandalin.
Vendo desfalecido o mais forte cavaleiro, a quem apenas derrubava o cuidado da bem-amada,
considerava o escudeiro com pranto enternecido aquele maravilhoso amor do seu senhor e amigo.
− Este que vai aqui desacordado - pensava Gandalin - é aquele que venceu Dardan o Soberbo,
30
30
desbaratou Abies de Irlanda, converteu Madarque o gigante, matou o demoníaco Endriago!
Tornando em si, sentiu Amadis crescer-lhe a sanha5
contra el-rei Lisuarte e mais se doeu de ele tão
ingrato haver sido à leal companhia de armas que o servira, dando ouvidos a vozes de traição, nascidas só
da inveja. Recordou que a el-rei fizera serviços tão grandes que deles proviera nova honra e glória à Grã-
Bretanha, e que o próprio rei lhe devia a vida, que lhe ele salvara em arriscado perigo.
E, mais pungente que todas, uma ideia lhe atravessava a mente: − Oriana! Oriana a padecer na pura
fidelidade do seu coração, forçada a dar-se por noiva, calando o amor que lhe tinha, de certo apetecendo
a morte!
E da sua alma, que a angústia agora toda revolvia, ergueu-se prece fervorosíssima: - que o vento lhe
inchasse as velas, para a tempo chegar!
O mar era chão6
, sopravam os ventos fagueiros7
e, ao cabo de alguns dias, gritou um gageiro que subira
ao tope real:
- Alvíssaras, alvíssaras! Já vejo a Ilha Firme!...
Afonso Lopes Vieira, O Romance de Amadis, Porto Editora, 2011
Vocabulário: 1. desejava; 2 partira; 3. conjunto de cabos fixos que prendem os mastros da gávea às amuradas dos navios;
4. embarcação antiga, com vela e remos; 5. fúria; 6. sereno; 7. aprazíveis.
Responde de forma completa e bem estruturada aos itens que se seguem.
4. Considera a situação inicial desta narrativa.
4.1 Em que estado de espírito se encontra Amadis?
5. Amadis, enquanto o tempo passa lento, vai pensando no seu passado próximo e nos projetos futuros. Que
relação estabelece entre um momento e outro?
6. O que veio alterar o estado de espírito de Amadis a ponto de o fazer desmaiar?
7. Assim que recupera a consciência, Amadis revela a sua capacidade de lutar contra os obstáculos. Justifica a
afirmação.
7.1. Identifica o recurso expressivo presente na frase abaixo, referindo a sua expressividade.
«− Este que vai aqui desacordado - pensava Gandalin - é aquele que venceu Dardan o Soberbo, desbaratou Abies
de Irlanda, converteu Madarque o gigante, matou o demoníaco Endriago!» (ll.26-27)
Grupo II - Gramática
1. Indica a classe e subclasse dos elementos destacados nas frases abaixo.
a. Durante muito tempo, Amadis inibiu-se de se declarar à amada porque era muito tímido.
b. «Assim vinha Amadis pensando, enquanto a nau cortava aquelas águas»
1.1. Copia e classifica as orações subordinadas presentes nas alíneas anteriores.
1.2. Indica a função sintática que elas exercem em relação à subordinante.
1.3. Reescreve a frases a. substituindo a palavra destacada por uma locução equivalente.
2. Indica a classe e subclasse da palavra «a» nas frases abaixo.
«Nenhuma prova apareceu até hoje capaz de dirimir a (1.) polémica entre os que defendem a tese da autoria
portuguesa e os que defendem a (2.) da autoria castelhana.»
«vem a (3.) ser escolhido para pajem da infanta Oriana»
3. Indica a classe e subclasse da palavra «que» na frase abaixo.
Os autores afirmam que Amadis é o fruto dos amores clandestinos de Elisena e do rei Perion, que o abandonam
às águas do mar.
3.1. Copia e classifica as orações subordinadas presentes na frase anterior.
3.2. Indica a função sintática exercida por cada uma delas.
4. Transforma a frase ativa em frase passiva.
a. «enquanto a nau cortava aquelas águas»
5. Completa as frases abaixo com o presente do indicativo dos verbos entre parênteses.
a. Eu _______________ (ouvir) a argumentação do escritor e _______________ (aderir) à sua tese.
b. Como há muito público presente, eu _______________ (pedir) silêncio aos ouvintes e ___________ (arguir)
que há novidades sobre o Amadis de Gaula.
c. Quando _______________ (prever) confusão, _______________ (gerir) as declarações dos participantes.
III – Escrita
Após alguns dias no mar, Amadis chega à Ilha Firme.
Também tu podes ser protagonista de aventuras.
• Seleciona um lugar de que gostes particularmente para o desenrolar da ação.
• Identifica e descreve esse espaço.
• Narra a aventura aí vivida por ti, mostrando as tuas emoções. (140-260 palavras)
• Não te esqueças de envolveres outras personagens, de as descrever e de inserires momentos de diálogo.

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Amadis de Gaula - 8o ano

  • 1. TESTE DE PORTUGUÊS - 8º ANO Grupo I - Texto A – Leitura Lê o texto com atenção. 5 10 15 O Amadis de Gaula Se abundam na literatura medieval portuguesa hoje conhecida as referências à Demanda do Santo Graal1 , são muito escassas, em compensação, as referências a um outro romance célebre e escrito na Península Ibérica, o Amadis de Gaula. Este facto é importante para a discussão do problema da língua em que teria sido escrito o primitivo original da obra. Nenhuma prova apareceu até hoje capaz de dirimir a polémica entre os que defendem a tese da autoria portuguesa e os que defendem a da autoria castelhana. Em qualquer caso, o Amadis é uma obra peninsular, contemporânea ainda da primeira fase da poesia de corte medieval (século XIV). Amadis é o fruto dos amores clandestinos de Elisena e do rei Perion, que o abandonam às águas do mar. Salvo por uma família que lhe não sabe a origem, vem a ser escolhido para pajem da infanta Oriana, a quem a rainha apresenta com estas palavras: – «Amiga, este é o donzel que vos servirá». O donzel guarda tais palavras no coração, e desde aí a sua vida desdobra-se num longo «serviço» inteiramente consagrado à amada. Durante muito tempo, a timidez inibiu-o de se declarar. Depois, o amor entre os dois foi um segredo cuidadosamente guardado. Ninguém sabia que era por Oriana que Amadis se arriscava a combates assombrosos com gigantes ou monstros. A virtude é premiada com o final feliz com que se encerra obra. Conhecida apenas no século XV, foi no século seguinte que a obra deu origem a todo um ciclo, constituído por nada menos de doze novelas. António José Saraiva, Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, Porto Editora, 2017 (texto adaptado) Vocabulário: 1. Ciclo de obras literárias da Idade Média, que se centram nas lendas do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. Os escritos originais, em francês, datam do século XIII. Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. As afirmações de (A) a (F) apresentam informações registadas no texto. Escreve a sequência de letras que corresponde a cada informação seguindo a organização textual utilizada, sabendo que a primeira é a D e a última a E. (A) Estes amores têm um final feliz. (B) Incontestável é que o Amadis é uma obra nascida na Península Ibérica, por volta do século XIV. (C) Não há certeza se o original foi escrito em português ou em castelhano. (D) Atualmente há muitas referências à Demanda do Santo Graal, ciclo de novelas da época medieval. (E) As aventuras deste cavaleiro deram origem, no século XVI, ao ciclo de Amadis, constituído por doze novelas. (F) O Amadis de Gaula tem como motivo central os amores de Amadis e Oriana, conforme se constata pelo breve resumo da obra. 2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1 a 2.3), a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. 2.1 Não há certeza se o original primitivo do Amadis de Gaula foi escrito em português ou em castelhano porque (A) há teses que defendem uma e outra opção e apresentam os seus argumentos. (B) não há nenhum estudo sério sobre o assunto. (C) não há provas que permitam uma conclusão segura e incontestável.
  • 2. 2.2 O assunto de Amadis de Gaula centra-se (A) na vida atribulada e infeliz do cavaleiro. (B) nas aventuras de Amadis e sua relação amorosa com Oriana. (C) no amor impossível de Amadis e Oriana. 2.3 O Amadis de Gaula é (A) a primeira obra e única conhecida sobre Amadis. (B) uma obra que deu origem, muito tempo depois de ser conhecida, a um ciclo de romances em torno de Amadis. (C) uma obra da Idade Média sobre a qual muito pouco se sabe atualmente. 3. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto. (A) Desde que foi escolhido como pajem de Oriana, Amadis só teve uma preocupação – mostrar as suas qualidades de cavaleiro, digno de uma infanta. (B) Amadis foi destemido e corajoso, como o devia ser um cavaleiro medieval, para merecer o amor de Oriana. (C) Amadis nunca teve coragem de declarar o seu amor por Oriana, por isso ambos sofriam sem conhecer os sentimentos do outro Texto B - Educação Literária 5 10 15 20 25 Amadis Quando Amadis entrou no mar Oceano, palpitou-lhe com ânsia o coração. Vindo de tão longe, lembrava-se que, entrando a navegar naquelas águas, voltava aos caros lugares onde ficava Oriana. E mais viva se lhe acendia no coração a saudade da bem-amada. Agora que a idade verde fugira, fazendo o amor mais pensado, apetecia1 Amadis para ele a bênção da Igreja, que diante de Deus e dos homens juntaria o seu coração ao de Oriana, senhora da Ilha Firme e futura rainha de Gaula. Cuidava ele que, não por merecimentos próprios senão porque lho permitira a divina bondade, havia ganhado Oriana desde aquela manhã de Abril em flor em que abalara2 sem nome a caminho de aventuras, levando a alma tão cheia de amor tal a sentia agora. Assim vinha Amadis pensando, enquanto a nau cortava aquelas águas e ele olhava, entrevendo-as a distância, as costas dos reinos e as areias das praias. Nas horas de folgança, com o vento a acompanhar nas enxárcias3 as vozes, os marinheiros cantavam, Quem se embarca? quem se embarca? quem vem comigo? quem vem? Quem se embarca no meu peito, que linda maré que tem! e, ouvindo-os cantar, acudiam-lhe as lembranças e as saudades cresciam. (…) Um dia encontraram uma fusta4 e chegaram à fala com uns mercadores da Grã-Bretanha que partiam a traficar em outras terras. Como lhes pedissem novas do reino e sendo a maior delas o casamento de Oriana, contaram os mercadores o despacho que el-rei Lisuarte dera à embaixada, contra a vontade de muitos e, ao que eles tinham ouvido, contra a vontade da infanta. E sabendo Amadis que a Oriana já a tratavam por Imperatriz de Roma, ficou um tempo sem acordo nos braços de Gandalin. Vendo desfalecido o mais forte cavaleiro, a quem apenas derrubava o cuidado da bem-amada, considerava o escudeiro com pranto enternecido aquele maravilhoso amor do seu senhor e amigo. − Este que vai aqui desacordado - pensava Gandalin - é aquele que venceu Dardan o Soberbo,
  • 3. 30 30 desbaratou Abies de Irlanda, converteu Madarque o gigante, matou o demoníaco Endriago! Tornando em si, sentiu Amadis crescer-lhe a sanha5 contra el-rei Lisuarte e mais se doeu de ele tão ingrato haver sido à leal companhia de armas que o servira, dando ouvidos a vozes de traição, nascidas só da inveja. Recordou que a el-rei fizera serviços tão grandes que deles proviera nova honra e glória à Grã- Bretanha, e que o próprio rei lhe devia a vida, que lhe ele salvara em arriscado perigo. E, mais pungente que todas, uma ideia lhe atravessava a mente: − Oriana! Oriana a padecer na pura fidelidade do seu coração, forçada a dar-se por noiva, calando o amor que lhe tinha, de certo apetecendo a morte! E da sua alma, que a angústia agora toda revolvia, ergueu-se prece fervorosíssima: - que o vento lhe inchasse as velas, para a tempo chegar! O mar era chão6 , sopravam os ventos fagueiros7 e, ao cabo de alguns dias, gritou um gageiro que subira ao tope real: - Alvíssaras, alvíssaras! Já vejo a Ilha Firme!... Afonso Lopes Vieira, O Romance de Amadis, Porto Editora, 2011 Vocabulário: 1. desejava; 2 partira; 3. conjunto de cabos fixos que prendem os mastros da gávea às amuradas dos navios; 4. embarcação antiga, com vela e remos; 5. fúria; 6. sereno; 7. aprazíveis. Responde de forma completa e bem estruturada aos itens que se seguem. 4. Considera a situação inicial desta narrativa. 4.1 Em que estado de espírito se encontra Amadis? 5. Amadis, enquanto o tempo passa lento, vai pensando no seu passado próximo e nos projetos futuros. Que relação estabelece entre um momento e outro? 6. O que veio alterar o estado de espírito de Amadis a ponto de o fazer desmaiar? 7. Assim que recupera a consciência, Amadis revela a sua capacidade de lutar contra os obstáculos. Justifica a afirmação. 7.1. Identifica o recurso expressivo presente na frase abaixo, referindo a sua expressividade. «− Este que vai aqui desacordado - pensava Gandalin - é aquele que venceu Dardan o Soberbo, desbaratou Abies de Irlanda, converteu Madarque o gigante, matou o demoníaco Endriago!» (ll.26-27) Grupo II - Gramática 1. Indica a classe e subclasse dos elementos destacados nas frases abaixo. a. Durante muito tempo, Amadis inibiu-se de se declarar à amada porque era muito tímido. b. «Assim vinha Amadis pensando, enquanto a nau cortava aquelas águas» 1.1. Copia e classifica as orações subordinadas presentes nas alíneas anteriores. 1.2. Indica a função sintática que elas exercem em relação à subordinante. 1.3. Reescreve a frases a. substituindo a palavra destacada por uma locução equivalente. 2. Indica a classe e subclasse da palavra «a» nas frases abaixo. «Nenhuma prova apareceu até hoje capaz de dirimir a (1.) polémica entre os que defendem a tese da autoria portuguesa e os que defendem a (2.) da autoria castelhana.» «vem a (3.) ser escolhido para pajem da infanta Oriana»
  • 4. 3. Indica a classe e subclasse da palavra «que» na frase abaixo. Os autores afirmam que Amadis é o fruto dos amores clandestinos de Elisena e do rei Perion, que o abandonam às águas do mar. 3.1. Copia e classifica as orações subordinadas presentes na frase anterior. 3.2. Indica a função sintática exercida por cada uma delas. 4. Transforma a frase ativa em frase passiva. a. «enquanto a nau cortava aquelas águas» 5. Completa as frases abaixo com o presente do indicativo dos verbos entre parênteses. a. Eu _______________ (ouvir) a argumentação do escritor e _______________ (aderir) à sua tese. b. Como há muito público presente, eu _______________ (pedir) silêncio aos ouvintes e ___________ (arguir) que há novidades sobre o Amadis de Gaula. c. Quando _______________ (prever) confusão, _______________ (gerir) as declarações dos participantes. III – Escrita Após alguns dias no mar, Amadis chega à Ilha Firme. Também tu podes ser protagonista de aventuras. • Seleciona um lugar de que gostes particularmente para o desenrolar da ação. • Identifica e descreve esse espaço. • Narra a aventura aí vivida por ti, mostrando as tuas emoções. (140-260 palavras) • Não te esqueças de envolveres outras personagens, de as descrever e de inserires momentos de diálogo.