3. Contexto Histórico
Idade Média Séc V - XV
Teocentrismo
Cruzadas
Feudalismo
Educação
Caráter militar
Honra,
lealdade e dignidade
4. Sistema feudal
Fim do Império Romano
Invasões Bárbaras
Feudalismo
Suserano = concedia
Vassalo = recebia
Feudo = PORÇÃO DE TERRA
senhor feudal +
membros empobrecidos
da nobreza + cavaleiros +
camponeses livres e
servos = unidos por uma
relação de depedência =
vassalagem.
FEUDO VassaloSuseran
o
5.
6. Cantiga da
Ribeirinha (1189
ou 1198) de Paio
Soares de
Taveirós é o
marco inicial da
Literatura
Portuguesa.
TROVADORISMO
NOVELAS DE
CAVALARIA
(prosa)
CANTIGAS
(poesia)
7. Novelas de Cavalaria
PROSA: longas narrativas em versos
As aventuras: Cavaleiros
Divulgar os valores: Honra e Lealdade
Ideais cristãos
8. Novelas de Cavalaria
Rei Arthur e Cavaleiros da Távola Redonda
A demanda do Santo Graal
Amadis de Gaula
Tristão e Isolda
9. Cantigas - Características
Língua galego-português
Tradição oral
Cantada e acompanhada por instrumentos
musicais
Amor cortês (mesura, “coita”, vasalagem amorosa)
11. Cantigas - Artistas
Trovador: alta nobreza, músico
Segrel: nobre, poeta, cantor
Jogral: compositor e cantor
Menestrel: cantor
Soldadeira: acompanha o jogral
13. Cantiga de amor
Paixão infeliz, o amor não correspondido
O eu lírico é sempre masculino
O homem é o coitado (sofre de uma dor imensa) e a mulher
formosa
Superioridade da dama
Homem (vassalo) x mulher (suserana) - nobres
Origem provençal (sul da França)
14. Cantiga da Ribeirinha (Paio Soares de
Taveirós)
"No mundo nom me sei parelha,
mentre me for' como me vai,
ca ja moiro por vos - e ai
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia!
Mao dia que me levantei, que vos
enton nom vi fea! "
No mundo ninguém se assemelha a
mim / enquanto a minha vida
continuar como vai / porque morro
por ti e ai / minha senhora de pele
alva e faces rosadas, / quereis que
eu vos descreva (retrate) / quanto eu
vos vi sem manto (saia : roupa
íntima) / Maldito dia! me levantei /
que não vos vi feia (ou seja, viu a
mais bela).
15. Cantiga de amigo
Relação amorosa entre camponeses
O tema central é a saudade
O eu lírico é sempre feminino
Expõe a visão feminina do amor
O amor é real e possível
Amor natural e espontanêo
Paralelismo e Refrão
Origem Ibérica (peninsular)
16. Cantiga de amigo de
Martim Codax
Ondas do mar de Vigo
Se vires meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Ondas do mar revolto,
Se vires o meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Se vires meu namorado,
Aquele por quem eu suspiro!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Se vires meu namorado
Por quem tenho grande temor!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
17. Cantiga de escárnio
Crítica por meio de palavras ambíguas (de duplo sentido) -
INDIRETA
É obtido por meio de ironias, trocadilhos e jogos
semânticos
De modo geral, ridicularizam o comportamento de nobres
ou denunciam as mulheres que não seguem o código do
amor cortês
18. Cantiga de escárnio de
Joan Garcia de Guilhade
Ai, dona fea, fostes-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu
cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Ai, dona feia, foste-vos queixar
que nunca vos louvo em meu cantar;
mas agora quero fazer um cantar
em que vos louvares de qualquer
modo;
e vede como quero vos louvar
dona feia, velha e maluca!
19. Cantiga de maldizer
Crítica de modo direto, explícito, identificando a
pessoa satirazada
Intenção difamatória
Linguagem ofensiva e palavras de baixo calão
Muitas vezes, tratam das indiscrições amorosas de
nobres e membros do clero
20. Cantiga de maldizer
Martim jogral, que defeita,
sempre convosco se deita
vossa mulher!
Vedes-me andar suspirando;
e vós deitado, gozando
vossa mulher!
Do meu mal não vos doeis;
morro eu e vós fodeis
vossa mulher!
João Garcia de Guilhade
A vós, Dona Abadessa,
de mim, Dom Fernand'Esquio,
estas doas vos envio,
porque sei que sodes essa
dona que as merecedes:
quatro caralhos franceses
e dous à Prioressa.
Fernando Esquio
21. Cancioneiros
Alguns manuscritos, contudo, foram compilados em obras a que damos o nome de
"cancioneiros", quase sempre graças às ordens dos reis. Assim, as cantigas hoje existentes podem ser
encontradas em três cancioneiros:
a) Cancioneiro da Ajuda: composto no reinado de Afonso 3º, no final do século 13, tem 310
cantigas, a maioria de amor;
b) Cancioneiro da Biblioteca Nacional (ou Cancioneiro Colocci-Brancuti): contem 1.647 cantigas,
de todos os tipos, elaboradas por trovadores dos reinados de Afonso 3º e dom Dinis.
c) Cancioneiro da Vaticana: possui 1.205 cantigas de todos os tipos.
Entre os principais trovadores, devemos citar: João Soares Paiva, Paio Soares de Taveirós, dom Dinis
(que deixou cerca de 140 cantigas líricas e satíricas), João Garcia de Guilhade e Martim Codax.