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No mundo ninguém se assemelha a
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vossa mulher!
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morro eu e vós fodeis
vossa mulher!
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A vós, Dona Abadessa,
de mim, Dom Fernand'Esquio,
estas doas vos envio,
porque sei que sodes essa
dona que as merecedes:
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Cancioneiros
Alguns manuscritos, contudo, foram compilados em obras a que damos o nome de
"cancioneiros", quase sempre graças às ordens dos reis. Assim, as cantigas hoje existentes podem ser
encontradas em três cancioneiros:
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cantigas, a maioria de amor;
b) Cancioneiro da Biblioteca Nacional (ou Cancioneiro Colocci-Brancuti): contem 1.647 cantigas,
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c) Cancioneiro da Vaticana: possui 1.205 cantigas de todos os tipos.
Entre os principais trovadores, devemos citar: João Soares Paiva, Paio Soares de Taveirós, dom Dinis
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O trovadorismo na literatura medieval portuguesa

  • 2. Linha do tempo literatura portuguesa e brasileira
  • 3. Contexto Histórico Idade Média Séc V - XV Teocentrismo Cruzadas Feudalismo Educação Caráter militar Honra, lealdade e dignidade
  • 4. Sistema feudal Fim do Império Romano Invasões Bárbaras Feudalismo Suserano = concedia Vassalo = recebia Feudo = PORÇÃO DE TERRA senhor feudal + membros empobrecidos da nobreza + cavaleiros + camponeses livres e servos = unidos por uma relação de depedência = vassalagem. FEUDO VassaloSuseran o
  • 5.
  • 6. Cantiga da Ribeirinha (1189 ou 1198) de Paio Soares de Taveirós é o marco inicial da Literatura Portuguesa. TROVADORISMO NOVELAS DE CAVALARIA (prosa) CANTIGAS (poesia)
  • 7. Novelas de Cavalaria PROSA: longas narrativas em versos As aventuras: Cavaleiros Divulgar os valores: Honra e Lealdade Ideais cristãos
  • 8. Novelas de Cavalaria Rei Arthur e Cavaleiros da Távola Redonda A demanda do Santo Graal Amadis de Gaula Tristão e Isolda
  • 9. Cantigas - Características Língua galego-português Tradição oral Cantada e acompanhada por instrumentos musicais Amor cortês (mesura, “coita”, vasalagem amorosa)
  • 10. Cantigas - Instrumentos Violas de arcos / Cítaras Flautas / Alaúdes Pandeiros / Saltérios Gaitas / Soalhas
  • 11. Cantigas - Artistas Trovador: alta nobreza, músico Segrel: nobre, poeta, cantor Jogral: compositor e cantor Menestrel: cantor Soldadeira: acompanha o jogral
  • 13. Cantiga de amor Paixão infeliz, o amor não correspondido O eu lírico é sempre masculino O homem é o coitado (sofre de uma dor imensa) e a mulher formosa Superioridade da dama Homem (vassalo) x mulher (suserana) - nobres Origem provençal (sul da França)
  • 14. Cantiga da Ribeirinha (Paio Soares de Taveirós) "No mundo nom me sei parelha, mentre me for' como me vai, ca ja moiro por vos - e ai mia senhor branca e vermelha, queredes que vos retraia quando vos eu vi em saia! Mao dia que me levantei, que vos enton nom vi fea! " No mundo ninguém se assemelha a mim / enquanto a minha vida continuar como vai / porque morro por ti e ai / minha senhora de pele alva e faces rosadas, / quereis que eu vos descreva (retrate) / quanto eu vos vi sem manto (saia : roupa íntima) / Maldito dia! me levantei / que não vos vi feia (ou seja, viu a mais bela).
  • 15. Cantiga de amigo Relação amorosa entre camponeses O tema central é a saudade O eu lírico é sempre feminino Expõe a visão feminina do amor O amor é real e possível Amor natural e espontanêo Paralelismo e Refrão Origem Ibérica (peninsular)
  • 16. Cantiga de amigo de Martim Codax Ondas do mar de Vigo Se vires meu namorado! Por Deus, (digam) se virá cedo! Ondas do mar revolto, Se vires o meu namorado! Por Deus, (digam) se virá cedo! Se vires meu namorado, Aquele por quem eu suspiro! Por Deus, (digam) se virá cedo! Se vires meu namorado Por quem tenho grande temor! Por Deus, (digam) se virá cedo!
  • 17. Cantiga de escárnio Crítica por meio de palavras ambíguas (de duplo sentido) - INDIRETA É obtido por meio de ironias, trocadilhos e jogos semânticos De modo geral, ridicularizam o comportamento de nobres ou denunciam as mulheres que não seguem o código do amor cortês
  • 18. Cantiga de escárnio de Joan Garcia de Guilhade Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Ai, dona feia, foste-vos queixar que nunca vos louvo em meu cantar; mas agora quero fazer um cantar em que vos louvares de qualquer modo; e vede como quero vos louvar dona feia, velha e maluca!
  • 19. Cantiga de maldizer Crítica de modo direto, explícito, identificando a pessoa satirazada Intenção difamatória Linguagem ofensiva e palavras de baixo calão Muitas vezes, tratam das indiscrições amorosas de nobres e membros do clero
  • 20. Cantiga de maldizer Martim jogral, que defeita, sempre convosco se deita vossa mulher! Vedes-me andar suspirando; e vós deitado, gozando vossa mulher! Do meu mal não vos doeis; morro eu e vós fodeis vossa mulher! João Garcia de Guilhade A vós, Dona Abadessa, de mim, Dom Fernand'Esquio, estas doas vos envio, porque sei que sodes essa dona que as merecedes: quatro caralhos franceses e dous à Prioressa. Fernando Esquio
  • 21. Cancioneiros Alguns manuscritos, contudo, foram compilados em obras a que damos o nome de "cancioneiros", quase sempre graças às ordens dos reis. Assim, as cantigas hoje existentes podem ser encontradas em três cancioneiros: a) Cancioneiro da Ajuda: composto no reinado de Afonso 3º, no final do século 13, tem 310 cantigas, a maioria de amor; b) Cancioneiro da Biblioteca Nacional (ou Cancioneiro Colocci-Brancuti): contem 1.647 cantigas, de todos os tipos, elaboradas por trovadores dos reinados de Afonso 3º e dom Dinis. c) Cancioneiro da Vaticana: possui 1.205 cantigas de todos os tipos. Entre os principais trovadores, devemos citar: João Soares Paiva, Paio Soares de Taveirós, dom Dinis (que deixou cerca de 140 cantigas líricas e satíricas), João Garcia de Guilhade e Martim Codax.