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ABORDAGEM DE TCE NA
SALA DE EMERGÊNCIA
Mohamed Anass Bodi - Doutorando
UFCSPA
INTRODUÇÃO
• O TCE é definido como qualquer alteração no funcionamento mental
ou físico relacionado a um golpe no segmento cefálico.
• é a principal causa de morbimortalidade da população jovem até
adultos de 45 anos.
• É responsável por 15 – 20% das mortes entre pessoas de 5 a 35 anos
e por 1% de todas as mortes em adultos.
• De acordo com as estatísticas americanas, 1.500.000 pessoas sofrem
de TCE ao ano (75% com lesões leves). Cerca de 50.000 pessoas
morrem vítimas de TCE por ano neste país e quase o dobro deste
número sofre de invalidez permanente no mesmo período.
• Há predomínio no sexo masculino, sendo a proporção homem:mulher
de 2:1.
A gravidade das lesões pode ser mensurada pela
Escala de Coma de Glasgow (ECG):
GLASGOW
13-15
• TCE LEVE
GLASGOW
9-12
• TCE MODERADO
GLASGOW <8
• TCE GRAVE
 Pacientes com TCE grave apresentam mortalidade de até
23% e déficit permanente em até 60% dos casos.
FISIOPATOLOGIA DO TCE
• O dano primário: constitui a lesão que ocorre no momento
do trauma, como as contusões corticais, as lacerações,
fraturas, lesões axonais difusas e contusões do tronco
cerebral.
• Danos secundários: resposta inflamatória secundária ao
dano inicial. (como lesões por hematomas intracranianos,
edema, hipóxia e isquemia).
Causas relacionadas ao dano secundário no TCE:
CLASSIFICAÇÕES DO TCE
A) Classificação temporal:
• Lesões primárias: ocorrem no momento do trauma.
Inclui as contusões corticais, as lacerações, fraturas,
lesões axonais difusas e contusão do tronco cerebral.
• Lesões secundárias: ocorrem subsequentemente à
lesão primária. Incluem lesões por hematomas
intracranianos, edema, hipóxia e isquemia.
CLASSIFICAÇÕES DO TCE
B) Biomecânica:
• Traumatismo crânio-encefálico fechado: ausência de ferimentos no
crânio, fratura linear, contusão, laceração, hemorragias e edema, com
lesão do parênquima cerebral.
CLASSIFICAÇÕES DO TCE
B) Biomecânica:
Traumatismo crânio-encefálico aberto: fratura exposta do crânio, laceração
dos tecidos pericranianos e comunicação direta do couro cabeludo com a
massa encefálica através de fragmentos ósseos afundados ou estilhaçados
CLASSIFICAÇÕES DO TCE
• C) Topográfica:
• Lesões focais: lesão de partes moles, fraturas, contusões e
hematomas intracranianos.
• Lesões difusas: lesão axonal difusa, lesão encefálica hipóxica,
tumefação cerebral difusa e lesão vascular focal múltipla.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA DO TCE
Anamnese
• é importante para informar-nos sobre o mecanismo do trauma, que
está correlacionado com a gravidade das lesões.
• O histórico de lesões crânio-encefálicas prévias é fundamental, pois
uma segunda lesão está relacionada a um pior prognóstico
• É importante o conhecimento sobre uso de álcool ou outras drogas
que são causas comuns de alteração do estado neurológico. O uso de
outras medicações também é importante, como, por exemplo, os
anticoagulantes
• Outro dado semiológico importante é o intervalo lúcido,
classicamente relacionado com o hematoma extradural, porém pode
ocorrer em outras lesões.
Exame neurológico
• A) Condição física geral (guiada para a avaliação neurológica)
Inspeção: buscar sinais externos de trauma:
• Olhos de guaxinim: equimose periorbitária;
• Sinal de Battle: equimose retroauricular;
• Rinorréia / otorréia;
• Hemotímpano ou laceração do conduto auditivo externo;
• Pesquisa de fraturas faciais e
• Edema periorbitário e proptose.
Exame neurológico
Ausculta crânio- cervical:
• Ausculta cervical sobre as carótidas: um sopro pode estar
associado à dissecção da carótida
• Ausculta sobre o globo ocular: um sopro pode indicar fístula
traumática carótido-cavernosa.
Sinais físicos de trauma na coluna.
Evidência de crise convulsiva.
Exame neurológico
• Nível da consciência/ estado mental: avaliado pela escala de
coma de Glasgow.
• Nervos cranianos
• Função motora
• Exame sensitivo
• Reflexos
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR DO TCE
• A TC do crânio é o exame padrão para avaliação do TCE na
emergência
• Tem como objetivo, detectar lesões que necessitam de tratamento
neurocirúrgico de emergência
Vantagens:
- exame amplamente disponível nos serviços de emergência,
- rápida execução,
- excelente para a visualização de sangramentos e lesões ósseas.
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR DO TCE
• É reservada para pacientes com alterações neurológicas não
explicadas pela TC de crânio.
• É um exame particularmente bom para identificar lesões
axonais difusas (LAD).
• Superior a TCE para detectar lesões intracerebrais
RNM DE CRÂNO
• A principal indicação de EEG é nos pacientes com
Glasgow menor que 8, para descartar a suspeita de
estado epiléptico não convulsivo.
ELETROENCEFALOGRA
MA (EEG)
• não apresenta evidências que contribuam para a
avaliação no trauma.
• Pode ajudar a visualização de algumas fraturas, sem, no
entanto, auxiliar na identificação de lesões
intracranianas.
RX DE CRÂNIO
Canadian CT head rule and New Orleans Criteria
Canadian CT Head Rule High risk (for neurosurgical
interventions)
New Orleans Criteria
• GCS < 15 em 2 h após lesão • Cefaleia
• Suspeita de fratura craniana aberta ou com afundamento • Vômitos
• Qualquer sinal de fratura da base do crânio (hemotímpano,
olhos de guaxinim, otorreia ou
rinorreia de LCR, sinal de Battle)
• Idade > 60 anos
• Vômito ≥ dois episódios • Intoxicação por drogas ou álcool
• Idade ≥ 65 anos • Amnésia anterógrada persistente
Medium risk (for brain injury on CT) • Trauma acima da clavícula
• Amnésia antes do impacto ≥ 30 min • Convulsão
• Mecanismo perigoso (pedestre atingido por veículo, ocupante
ejetado do veículo, queda de uma
elevação > 3 pés [≈ 90 cm, cinco degraus])
CCHR TEM UM VALOR PREDITIVO POSITIVO E VALOR PREDITIVO
NEGATIVO SUPERIORES AO NOC
CUIDADOS GERAIS NO TCE
Suporte ventilatório, sedação e analgesia:
• Pacientes com TCC grave (ECG < 8): intubação e ventilação mecânica
para manter a PO2 arterial acima de 80 mmHg e a PCO2 arterial em
torno de 34 a 38 mmHg.
• A hipercapnia deve ser evitada (sua ação vasodilatadora pode
aumentar a PIC)
• Sedação adequada: diminui a dor, ansiedade e agitação
CUIDADOS GERAIS NO TCE
Suporte hemodinâmico
• Manter a PAS > 90 mmHg no tratamento inicial e na reanimação do
paciente (associada com melhor prognóstico).
• A hipotensão e hipertensão a todo custo
• Inicialmente, o volume vascular deve ser mantido buscando uma
pressão venosa central em torno de 5-10 mmHg.
CUIDADOS GERAIS NO TCE
Suporte nutricional
• O suporte nutricional precoce é recomendado em pacientes com TCE,
devendo ser iniciada assim que a estabilidade hemodinâmica for
obtida
• Estudos mostram que o início precoce da dieta está associado à
melhores resultados de sobrevida e melhores taxas de recuperação
pós-lesão neuronal
CUIDADOS GERAIS NO TCE
Controle glicêmico
• O controle glicêmico com insulina reduz o número de mortes por falência
de múltiplos órgãos com sepse
• A hiperglicemia está associada com aumento da PIC, levando a um
aumento no tempo de internação, piora das lesões neurológicas
secundárias ao trauma e reduzindo a sobrevida.
• Aproximadamente 50% dos pacientes que desenvolvem hiperglicemia >
200 mg/dL nas primeiras 24h após o TCE apresentam aumento significativo
na mortalidade e na piora das complicações neurológicas após um ano do
trauma.
• a manutenção da glicose dentro de parâmetros normais (entre 140 e 180
mg/dL) em pacientes traumatizados, reduz em 30% a mortalidade dos
pacientes
MANEJO DO TCE LEVE
MANEJO DO TCE MODERADO
MANEJO DO TCE GRAVE
A) Hematoma epidural B) Hematoma subdural
Cirurgia:
- quando o volume da lesão é maior do que 30
cm3. Independente do Glasgow
Cirurgia:
- quando a sua espessura for > 10 mm ou o desvio
da linha média, > 5mm. Independente do Glasgow
Considerar cirurgia :
- GSW< ou iguala 8 + hematoma subdural menor
do que 10mm de espessura e desvio de linha
média inferior a 5 mm + houver redução do
Glasgow em 2 pontos + anisocoria e PIC > 20
mmHg
Tto conservador + TCs seriados e observação
neurológica rigorosa:
- HE com menos de 30 cm3,
- menos de 15mm de espessura,
- menos de 5 mm de desvio da linha média
- com Glasgow > 8
- sem déficit focal.
Todo paciente com hematoma subdural agudo e
Glasgow menor ou igual a 8 deve ser submetido a
monitorização da PIC.
TRATAMENTOS ESPECÍFICOS
C) Hematoma
intraparenquimatoso pós-
traumático
D) Lesões da fossa posterior E) Fratura craniana
Cirurgia:
- quando há deterioração
neurológica progressiva,
- hipertensão intracraniana
refratária à terapia clínica
otimizada;
- se houver sinais de efeito de
massa importante na TC;
- se a hemorragia possuir volume
> 50cm3;
- nos pacientes com Glasgow
entre 6 e 8, com hematoma
frontal ou temporal > 20cm3,
com desvio da linha média
maior ou igual a 5mm
- nas compressões das cisternas
da base na TC.
Cirurgia:
- para as lesões sintomáticas
- para as com efeito de massa na
TC.
Conservador:
- Lesão < 3 cm de diâmetro.
Cirurgia:
- afundamento entre 8-10 mm ou
maior que espessura da tábua
óssea;
- déficit relacionado ao cérebro
subjacente;
- fístula liquórica
- fratura aberta
TRATAMENTOS ESPECÍFICOS
Referências
• Provenzale JM. Imaging of traumatic brain injury: a review of the
recent medical literature. AJR Am J Roentgenol. 2010;194 (1): 16-
9. doi:10.2214/AJR.09.3687 - Pubmed citation
• Kavalci C, Aksel G, Salt O, et al. Comparison of the Canadian CT head
rule and the new orleans criteria in patients with minor head
injury. World J Emerg Surg. 2014;9:31. Published 2014 Apr 17.
doi:10.1186/1749-7922-9-31
• ATLS 10 edição
• Neurocirurgia: Temas básicos para estudantes de medicina, 1 edição,
2016

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Abordagem traumatismo cranioencefálico na emergência

  • 1. ABORDAGEM DE TCE NA SALA DE EMERGÊNCIA Mohamed Anass Bodi - Doutorando UFCSPA
  • 2. INTRODUÇÃO • O TCE é definido como qualquer alteração no funcionamento mental ou físico relacionado a um golpe no segmento cefálico. • é a principal causa de morbimortalidade da população jovem até adultos de 45 anos. • É responsável por 15 – 20% das mortes entre pessoas de 5 a 35 anos e por 1% de todas as mortes em adultos. • De acordo com as estatísticas americanas, 1.500.000 pessoas sofrem de TCE ao ano (75% com lesões leves). Cerca de 50.000 pessoas morrem vítimas de TCE por ano neste país e quase o dobro deste número sofre de invalidez permanente no mesmo período. • Há predomínio no sexo masculino, sendo a proporção homem:mulher de 2:1.
  • 3. A gravidade das lesões pode ser mensurada pela Escala de Coma de Glasgow (ECG): GLASGOW 13-15 • TCE LEVE GLASGOW 9-12 • TCE MODERADO GLASGOW <8 • TCE GRAVE  Pacientes com TCE grave apresentam mortalidade de até 23% e déficit permanente em até 60% dos casos.
  • 4. FISIOPATOLOGIA DO TCE • O dano primário: constitui a lesão que ocorre no momento do trauma, como as contusões corticais, as lacerações, fraturas, lesões axonais difusas e contusões do tronco cerebral. • Danos secundários: resposta inflamatória secundária ao dano inicial. (como lesões por hematomas intracranianos, edema, hipóxia e isquemia).
  • 5. Causas relacionadas ao dano secundário no TCE:
  • 6. CLASSIFICAÇÕES DO TCE A) Classificação temporal: • Lesões primárias: ocorrem no momento do trauma. Inclui as contusões corticais, as lacerações, fraturas, lesões axonais difusas e contusão do tronco cerebral. • Lesões secundárias: ocorrem subsequentemente à lesão primária. Incluem lesões por hematomas intracranianos, edema, hipóxia e isquemia.
  • 7. CLASSIFICAÇÕES DO TCE B) Biomecânica: • Traumatismo crânio-encefálico fechado: ausência de ferimentos no crânio, fratura linear, contusão, laceração, hemorragias e edema, com lesão do parênquima cerebral.
  • 8. CLASSIFICAÇÕES DO TCE B) Biomecânica: Traumatismo crânio-encefálico aberto: fratura exposta do crânio, laceração dos tecidos pericranianos e comunicação direta do couro cabeludo com a massa encefálica através de fragmentos ósseos afundados ou estilhaçados
  • 9. CLASSIFICAÇÕES DO TCE • C) Topográfica: • Lesões focais: lesão de partes moles, fraturas, contusões e hematomas intracranianos. • Lesões difusas: lesão axonal difusa, lesão encefálica hipóxica, tumefação cerebral difusa e lesão vascular focal múltipla.
  • 10. APRESENTAÇÃO CLÍNICA DO TCE Anamnese • é importante para informar-nos sobre o mecanismo do trauma, que está correlacionado com a gravidade das lesões. • O histórico de lesões crânio-encefálicas prévias é fundamental, pois uma segunda lesão está relacionada a um pior prognóstico • É importante o conhecimento sobre uso de álcool ou outras drogas que são causas comuns de alteração do estado neurológico. O uso de outras medicações também é importante, como, por exemplo, os anticoagulantes • Outro dado semiológico importante é o intervalo lúcido, classicamente relacionado com o hematoma extradural, porém pode ocorrer em outras lesões.
  • 11. Exame neurológico • A) Condição física geral (guiada para a avaliação neurológica) Inspeção: buscar sinais externos de trauma: • Olhos de guaxinim: equimose periorbitária; • Sinal de Battle: equimose retroauricular; • Rinorréia / otorréia; • Hemotímpano ou laceração do conduto auditivo externo; • Pesquisa de fraturas faciais e • Edema periorbitário e proptose.
  • 12. Exame neurológico Ausculta crânio- cervical: • Ausculta cervical sobre as carótidas: um sopro pode estar associado à dissecção da carótida • Ausculta sobre o globo ocular: um sopro pode indicar fístula traumática carótido-cavernosa. Sinais físicos de trauma na coluna. Evidência de crise convulsiva.
  • 13. Exame neurológico • Nível da consciência/ estado mental: avaliado pela escala de coma de Glasgow. • Nervos cranianos • Função motora • Exame sensitivo • Reflexos
  • 14. DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR DO TCE • A TC do crânio é o exame padrão para avaliação do TCE na emergência • Tem como objetivo, detectar lesões que necessitam de tratamento neurocirúrgico de emergência Vantagens: - exame amplamente disponível nos serviços de emergência, - rápida execução, - excelente para a visualização de sangramentos e lesões ósseas.
  • 15. DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR DO TCE • É reservada para pacientes com alterações neurológicas não explicadas pela TC de crânio. • É um exame particularmente bom para identificar lesões axonais difusas (LAD). • Superior a TCE para detectar lesões intracerebrais RNM DE CRÂNO • A principal indicação de EEG é nos pacientes com Glasgow menor que 8, para descartar a suspeita de estado epiléptico não convulsivo. ELETROENCEFALOGRA MA (EEG) • não apresenta evidências que contribuam para a avaliação no trauma. • Pode ajudar a visualização de algumas fraturas, sem, no entanto, auxiliar na identificação de lesões intracranianas. RX DE CRÂNIO
  • 16. Canadian CT head rule and New Orleans Criteria Canadian CT Head Rule High risk (for neurosurgical interventions) New Orleans Criteria • GCS < 15 em 2 h após lesão • Cefaleia • Suspeita de fratura craniana aberta ou com afundamento • Vômitos • Qualquer sinal de fratura da base do crânio (hemotímpano, olhos de guaxinim, otorreia ou rinorreia de LCR, sinal de Battle) • Idade > 60 anos • Vômito ≥ dois episódios • Intoxicação por drogas ou álcool • Idade ≥ 65 anos • Amnésia anterógrada persistente Medium risk (for brain injury on CT) • Trauma acima da clavícula • Amnésia antes do impacto ≥ 30 min • Convulsão • Mecanismo perigoso (pedestre atingido por veículo, ocupante ejetado do veículo, queda de uma elevação > 3 pés [≈ 90 cm, cinco degraus])
  • 17. CCHR TEM UM VALOR PREDITIVO POSITIVO E VALOR PREDITIVO NEGATIVO SUPERIORES AO NOC
  • 18. CUIDADOS GERAIS NO TCE Suporte ventilatório, sedação e analgesia: • Pacientes com TCC grave (ECG < 8): intubação e ventilação mecânica para manter a PO2 arterial acima de 80 mmHg e a PCO2 arterial em torno de 34 a 38 mmHg. • A hipercapnia deve ser evitada (sua ação vasodilatadora pode aumentar a PIC) • Sedação adequada: diminui a dor, ansiedade e agitação
  • 19. CUIDADOS GERAIS NO TCE Suporte hemodinâmico • Manter a PAS > 90 mmHg no tratamento inicial e na reanimação do paciente (associada com melhor prognóstico). • A hipotensão e hipertensão a todo custo • Inicialmente, o volume vascular deve ser mantido buscando uma pressão venosa central em torno de 5-10 mmHg.
  • 20. CUIDADOS GERAIS NO TCE Suporte nutricional • O suporte nutricional precoce é recomendado em pacientes com TCE, devendo ser iniciada assim que a estabilidade hemodinâmica for obtida • Estudos mostram que o início precoce da dieta está associado à melhores resultados de sobrevida e melhores taxas de recuperação pós-lesão neuronal
  • 21. CUIDADOS GERAIS NO TCE Controle glicêmico • O controle glicêmico com insulina reduz o número de mortes por falência de múltiplos órgãos com sepse • A hiperglicemia está associada com aumento da PIC, levando a um aumento no tempo de internação, piora das lesões neurológicas secundárias ao trauma e reduzindo a sobrevida. • Aproximadamente 50% dos pacientes que desenvolvem hiperglicemia > 200 mg/dL nas primeiras 24h após o TCE apresentam aumento significativo na mortalidade e na piora das complicações neurológicas após um ano do trauma. • a manutenção da glicose dentro de parâmetros normais (entre 140 e 180 mg/dL) em pacientes traumatizados, reduz em 30% a mortalidade dos pacientes
  • 23.
  • 24.
  • 25. MANEJO DO TCE MODERADO
  • 26. MANEJO DO TCE GRAVE
  • 27. A) Hematoma epidural B) Hematoma subdural Cirurgia: - quando o volume da lesão é maior do que 30 cm3. Independente do Glasgow Cirurgia: - quando a sua espessura for > 10 mm ou o desvio da linha média, > 5mm. Independente do Glasgow Considerar cirurgia : - GSW< ou iguala 8 + hematoma subdural menor do que 10mm de espessura e desvio de linha média inferior a 5 mm + houver redução do Glasgow em 2 pontos + anisocoria e PIC > 20 mmHg Tto conservador + TCs seriados e observação neurológica rigorosa: - HE com menos de 30 cm3, - menos de 15mm de espessura, - menos de 5 mm de desvio da linha média - com Glasgow > 8 - sem déficit focal. Todo paciente com hematoma subdural agudo e Glasgow menor ou igual a 8 deve ser submetido a monitorização da PIC. TRATAMENTOS ESPECÍFICOS
  • 28. C) Hematoma intraparenquimatoso pós- traumático D) Lesões da fossa posterior E) Fratura craniana Cirurgia: - quando há deterioração neurológica progressiva, - hipertensão intracraniana refratária à terapia clínica otimizada; - se houver sinais de efeito de massa importante na TC; - se a hemorragia possuir volume > 50cm3; - nos pacientes com Glasgow entre 6 e 8, com hematoma frontal ou temporal > 20cm3, com desvio da linha média maior ou igual a 5mm - nas compressões das cisternas da base na TC. Cirurgia: - para as lesões sintomáticas - para as com efeito de massa na TC. Conservador: - Lesão < 3 cm de diâmetro. Cirurgia: - afundamento entre 8-10 mm ou maior que espessura da tábua óssea; - déficit relacionado ao cérebro subjacente; - fístula liquórica - fratura aberta TRATAMENTOS ESPECÍFICOS
  • 29. Referências • Provenzale JM. Imaging of traumatic brain injury: a review of the recent medical literature. AJR Am J Roentgenol. 2010;194 (1): 16- 9. doi:10.2214/AJR.09.3687 - Pubmed citation • Kavalci C, Aksel G, Salt O, et al. Comparison of the Canadian CT head rule and the new orleans criteria in patients with minor head injury. World J Emerg Surg. 2014;9:31. Published 2014 Apr 17. doi:10.1186/1749-7922-9-31 • ATLS 10 edição • Neurocirurgia: Temas básicos para estudantes de medicina, 1 edição, 2016