O documento discute o trauma cranioencefálico (TCE), definindo-o como qualquer lesão no couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. Descreve as causas, classificação e fisiopatologia do TCE, bem como o manejo clínico, cuidados de enfermagem e prognóstico. O foco é fornecer informações sobre o atendimento a pacientes com TCE.
apresentação voltada para a aula de cuidado domiciliar sobre convulsões e quedas apresentados pelas alunas camila kelly,expedita paloma silveira e Natalia Mikaele Vasconcellos.
apresentação voltada para a aula de cuidado domiciliar sobre convulsões e quedas apresentados pelas alunas camila kelly,expedita paloma silveira e Natalia Mikaele Vasconcellos.
Aula sobre assistência ao grande queimado que fez parte do CURSO DE CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUANTO AO ATENDIMENTO DO PACIENTE GRANDE QUEIMADO
Aula sobre assistência ao grande queimado que fez parte do CURSO DE CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUANTO AO ATENDIMENTO DO PACIENTE GRANDE QUEIMADO
O paciente politraumatizado é considerado aquele que apresenta lesões em dois ou mais sistemas de órgãos (tórax, abdome, trauma cranioencefálico, fratura de ossos longos).
O paciente politraumatizado é considerado aquele que apresenta lesões em dois ou mais sistemas de órgãos (tórax, abdome, trauma cranioencefálico, fratura de ossos longos).
1. D E T R AU M A
CRANIOENCEFÁLICO
FTC – FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
CURSO: ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM ATENÇÃO A
SAÚDE DO HOMEM
DOCENTE: DANIELE DE OLIVEIRA
2. TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO
• “Na opinião de Queiroz (2001), a incidência de trauma
no Brasil aumenta a cada dia, pois esses eventos
matam oito vezes mais do que nos EUA, cinco vezes
mais do que no Japão e na Inglaterra, três vezes mais
do que na França e Alemanha” (FABIANE).
• É uma patologia frequente;
• Elevada morbidade e mortalidade;
• Elevado custo à saúde pública;
• No Brasil, é a principal causa de morte em crianças
acima de cinco anos de idade e responsável por mais
de 50% dos óbitos na adolescência;
• Causa principal: os acidentes de trânsito, as quedas e
as agressões estão entre suas causas mais frequentes.
3. TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO
• É considerado como causa comum de morte
e incapacidades, particularmente na
primeira metade da vida;
• Mais frequente entre os 2 a 42 anos de
idade, mais predominante no sexo
masculino;
• O TCE é o principal determinante de óbito e
sequelas em politraumatizados;
(SOUSA; KOIZUMI, 1999).
4. TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO
• CONCEITO
• Qualquer agressão que acarreta lesão
anatômica ou comprometimento funcional
do couro cabeludo, crânio, meninges ou
encéfalo.
(Hora e Souza, 2005)
•
•
•
•
CLASSIFICAÇÃO
Leve (GLASGOW 13 a 15);
Moderada (GLASGOW 09 a 12);
Grave (GLASGOW 03 a 08).
5. FISIOPATOLOGIA
• CRÂNIO
• Compartimento rígido;
• Composto: Parênquima encefálico;
Volume liquórico; Volume sanguíneo;
Volume de líquido extracelular;
• Aumento de um dos líquidos =
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA;
• Complacência cerebral = Relação entre
pressão e o volume intracraniano;
6. FISIOPATOLOGIA
• CRÂNIO
• A compensação é a migração do líquor do
crânio para o espaço subaracnóide
espinhal;
• Migração do sangue venoso cerebral para
circulação sistêmica;
• Condição fisiológica.
• A redução do fluxo sanguíneo arterial e a
herniação= Isquemia e lesão cerebral.
7. FISIOPATOLOGIA
• CRÂNIO
• No TCE o fluxo sanguíneo cerebral está
reduzido, principalmente nas primeiras 12
horas pós trauma;
• Altamente vulnerável à eventos
isquêmicos – Queda na pressão de
perfusão cerebral nas primeiras 24 horas;
8. FISIOPATOLOGIA
• CRÂNIO
• Lesão cerebral primária e secundária
• Primária – Irreversível e a primeira a ocorrer.
Lesão direta do tecido cerebral (penetrante)
ou Lesão fechada (ruptura do tecido
cerebral ou das estruturas vasculares);
• Secundária – Se estende a partir da lesão
primária (Hematomas; edema; hidrocefalia;
resposta inflamatória cerebral) ou
alterações sistêmicas (Hipotensão; hipóxia;
febre) – Natureza isquêmica.
9. MANEJO CLÍNICO
• Rápida avaliação da situação clínica;
• Início de medidas terapêuticas – estabilizar
funções vitais;
• Prevenir e tratar hipotensão e hipóxia;
• Manter via aérea aberta, evitando
broncoaspiração de conteúdo gástrico
(sondagem enteral) e adequada troca gasosa
- intubação;
• Manter pressão arterial acima de 110 mmHg –
manter PPC
10. MANEJO CLÍNICO
MONITORIZAÇÃO E MANEJO INTENSIVO
Exame neurológico periódico;
Monitorização e manejo hemodinâmico;
Monitorização e manejo respiratório;
Monitorização de isquemia cerebral;
Monitorização e manejo metabólico e
eletrolítico;
Monitorização da pressão intracraniana;
Monitorização por cateter ventricular.
11.
12. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Atendimento inicial, avaliação diagnóstica e
terapêutica - Reanimação e estabilização das
funções ventilatória e hemodinâmica do
paciente;
• Levantamento do histórico - Investigação da
história de saúde imediata, mecanismo do
trauma e o tipo de acidente ocorrido;
• Avaliação sobre inconsciência ou amnésia
depois do traumatismo e tempo de duração,
que podem determinar comprometimento
cerebral (WATTS, 2005);
• Exame Físico.
13. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Uma das metodologias de grande
importância para avaliar a gravidade do
TCE é a Escala de Coma de Glasgow
(ECGl);
• Avaliação de possíveis alterações da
função neurológica;
• Forte indicador prognóstico nas doenças
traumáticas e não traumáticas.
(DANTAS FILHO et al., 2004; OLIVEIRA; PAROLIN; TEIXEIRA JUNIOR, 2007).
14.
15. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Uma análise prognóstica pela ECGl num
intervalo de até três horas depois do
trauma e após a estabilização completa
do paciente é fundamental para prevenir
o óbito (PINTO, 2004);
• Em certas situações, essa escala não
poderá indicar resposta fidedigna Edema ou hematoma palpebral (para
avaliação de abertura ocular) e
impossibilitado de falar (uso de tubo
endotraqueal).
16. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
•
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
•
ABCDE do atendimento ao traumatizado
•
A- Abordagem das vias aéreas com controle da
coluna cervical: estabelecer medidas para
desobstrução das vias aéreas e manter a sua
permeabilidade.
•
B- Respiração e Ventilação: estabelecer manobras
para o estabelecimento da respiração e ventilação.
•
C- Circulação e controle da hemorragia: utilizar
medidas que priorizem a reposição volêmica e o
controle de hemorragias, para melhorar a perfusão
tecidual.
17. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• ABCDE do atendimento ao traumatizado
• D- Avaliação Neurológica: avaliar o nível
de consciência utilizando a Escala de
Coma de Glasgow (ECGl) e a reatividade
pupilar.
• E- Exposição e Controle da Hipotermia:
retirar as vestes do paciente para
identificar e avaliar a localização e
gravidade das lesões, visando à
imobilização de fraturas e promovendo o
aquecimento a fim de evitar a hipotermia,
tão deletéria ao organismo.
18. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• ATENDIMENTO HOSPITALAR
• Avaliação secundária - Exame físico
mais detalhado;
• Abdome deve ser completamente
inspecionado nas suas faces anterior e
posterior, como também as nádegas e a
região perineal.;
• Presença de escoriações, contusões,
hematomas localizados e ferimentos
abertos;
19. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• ATENDIMENTO HOSPITALAR
• Detecção precoce de alterações neurológicas e
sistêmicas – Avaliação neurológica – ECGL;
• Sinais de equimose bilateral orbitária, hemorragia
subconjuntival, epistaxe ou otorragia, saída do
líquor cefalorraquidiano (LCR) pelas sepulturas
nasais ou pela canalização auditiva externa,
equimoses do mastoideo (sinal de batalha) e
paralisia de um nervo craniano, mais
frequentemente os da face
• Manter estabilidade hemodinâmica, metabólica e
respiratória, mantendo uma adequada oferta de
oxigênio e de nutrientes ao tecido cerebral:
monitorização e diagnósticos avançados;
20. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• ATENDIMENTO HOSPITALAR
• Controle da PIC- Elevação da cabeceira do leito a 30
(quando não houver lesão na coluna cervical);
• Manutenção do alinhamento mento-esternal;
• Administração de medicações prescritas para reduzir a
PIC, como diuréticos e corticosteroides;
• Manutenção da temperatura corporal dentro dos padrões
de normalidade;
• Controle hídrico rigoroso;
• Prevenção de estímulos desnecessários, realizando-os
com critérios rigorosos, como aspiração e outros
procedimentos dolorosos;
• Sedação de acordo com a prescrição médica, reduzindo
assim as demandas metabólicas (SPERA, 2005).
21. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• As indicações de monitorização da PIC
incluem pacientes com TCE grave;
• A medição da PIC pode ser realizada
através da implantação de vários
dispositivos, como cateteres, parafusos e
fibra ótica, em diversas regiões do
Sistema Nervoso Central (SNC);
• A monitorização da PIC é de extrema
relevância - possibilita a intervenção
imediata e permite o correto diagnóstico e
a estabilização do paciente.
22. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Instalação de um cateter arterial, para medir a
PAM contínua;
• Tolerar hipertensão arterial sistêmica (HAS)
leve;
• Manter saturação de oxigênio em 92%;
• Suporte ventilatório - manutenção de uma
frequência respiratória baixa;
• Realizar cateterismo vesical para melhor
controle hídrico;
• Passar sonda gástrica é importante para o
diagnóstico de lesões toracoabdominais;
23. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• EXAME FÍSICO
• Exame neurológico detalhado, abordando
os seguintes aspectos propedêuticos:
• Avaliação do nível de consciência;
• Pupilas;
• Força motora;
• Função sensitiva, cerebelar e dos nervos
cranianos.
24. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• EXAME FÍSICO
• Exame do tônus muscular: palpando-se os
músculos tanto em condições de repouso,
como em movimento;
• Os membros inferiores devem ser levantados
e abaixados, flexionados, estendidos com o
paciente deitado em uma cama;
• Atentar para a marcha e movimentos de
balanço dos braços.
25. PROGNÓSTICO
•
•
•
•
•
Capacidade de gerar incapacidades;
Quanto as incapacidades divide-se em:
Três categorias:
Físicas – Visuais e motoras;
Cognitivas –Diminuição da memória e
dificuldades de aprendizagem ;
• Comportamentais/emocionais – Perda da
autoconfiança; comportamento infantil;
irritabilidade e agressão.
26. OBRIGADA!
“O
enfermeiro
tem
responsabilidade
profissional, social, ética, moral e científica
durante todo o processo de recuperação do
paciente. Seu papel é de extrema
importância durante as 24 horas do dia,
estabelecendo uma relação direta e
contínua com o cuidado da assistência
prestada”(BOTARELLI, 2010)
.
27. REFERÊNCIAS
• Botarelli, F. R. Conhecimento do enfermeiro sobre
o processo de cuidar do paciente com traumatismo
cranioencefálico / Fabiane Rocha Botarelli. – Natal,
2010.181 f.
• NASI, L A. Rotinas em Pronto Socorro. 2ed – Porto
Alegre: Artmed, 2005
• Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e
diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.