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D E T R AU M A
CRANIOENCEFÁLICO
FTC – FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
CURSO: ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM ATENÇÃO A
SAÚDE DO HOMEM
DOCENTE: DANIELE DE OLIVEIRA
TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO
• “Na opinião de Queiroz (2001), a incidência de trauma
no Brasil aumenta a cada dia, pois esses eventos
matam oito vezes mais do que nos EUA, cinco vezes
mais do que no Japão e na Inglaterra, três vezes mais
do que na França e Alemanha” (FABIANE).
• É uma patologia frequente;
• Elevada morbidade e mortalidade;
• Elevado custo à saúde pública;
• No Brasil, é a principal causa de morte em crianças
acima de cinco anos de idade e responsável por mais
de 50% dos óbitos na adolescência;
• Causa principal: os acidentes de trânsito, as quedas e
as agressões estão entre suas causas mais frequentes.
TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO
• É considerado como causa comum de morte
e incapacidades, particularmente na
primeira metade da vida;
• Mais frequente entre os 2 a 42 anos de
idade, mais predominante no sexo
masculino;
• O TCE é o principal determinante de óbito e
sequelas em politraumatizados;
(SOUSA; KOIZUMI, 1999).
TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO
• CONCEITO
• Qualquer agressão que acarreta lesão
anatômica ou comprometimento funcional
do couro cabeludo, crânio, meninges ou
encéfalo.
(Hora e Souza, 2005)

•
•
•
•

CLASSIFICAÇÃO
Leve (GLASGOW 13 a 15);
Moderada (GLASGOW 09 a 12);
Grave (GLASGOW 03 a 08).
FISIOPATOLOGIA
• CRÂNIO
• Compartimento rígido;
• Composto: Parênquima encefálico;
Volume liquórico; Volume sanguíneo;
Volume de líquido extracelular;
• Aumento de um dos líquidos =
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA;
• Complacência cerebral = Relação entre
pressão e o volume intracraniano;
FISIOPATOLOGIA
• CRÂNIO
• A compensação é a migração do líquor do
crânio para o espaço subaracnóide
espinhal;
• Migração do sangue venoso cerebral para
circulação sistêmica;
• Condição fisiológica.
• A redução do fluxo sanguíneo arterial e a
herniação= Isquemia e lesão cerebral.
FISIOPATOLOGIA
• CRÂNIO
• No TCE o fluxo sanguíneo cerebral está
reduzido, principalmente nas primeiras 12
horas pós trauma;
• Altamente vulnerável à eventos
isquêmicos – Queda na pressão de
perfusão cerebral nas primeiras 24 horas;
FISIOPATOLOGIA
• CRÂNIO
• Lesão cerebral primária e secundária
• Primária – Irreversível e a primeira a ocorrer.
Lesão direta do tecido cerebral (penetrante)
ou Lesão fechada (ruptura do tecido
cerebral ou das estruturas vasculares);
• Secundária – Se estende a partir da lesão
primária (Hematomas; edema; hidrocefalia;
resposta inflamatória cerebral) ou
alterações sistêmicas (Hipotensão; hipóxia;
febre) – Natureza isquêmica.
MANEJO CLÍNICO
• Rápida avaliação da situação clínica;
• Início de medidas terapêuticas – estabilizar
funções vitais;
• Prevenir e tratar hipotensão e hipóxia;
• Manter via aérea aberta, evitando
broncoaspiração de conteúdo gástrico
(sondagem enteral) e adequada troca gasosa
- intubação;
• Manter pressão arterial acima de 110 mmHg –
manter PPC
MANEJO CLÍNICO
MONITORIZAÇÃO E MANEJO INTENSIVO
Exame neurológico periódico;
Monitorização e manejo hemodinâmico;
Monitorização e manejo respiratório;
Monitorização de isquemia cerebral;
Monitorização e manejo metabólico e
eletrolítico;
Monitorização da pressão intracraniana;
Monitorização por cateter ventricular.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Atendimento inicial, avaliação diagnóstica e
terapêutica - Reanimação e estabilização das
funções ventilatória e hemodinâmica do
paciente;
• Levantamento do histórico - Investigação da
história de saúde imediata, mecanismo do
trauma e o tipo de acidente ocorrido;
• Avaliação sobre inconsciência ou amnésia
depois do traumatismo e tempo de duração,
que podem determinar comprometimento
cerebral (WATTS, 2005);
• Exame Físico.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Uma das metodologias de grande
importância para avaliar a gravidade do
TCE é a Escala de Coma de Glasgow
(ECGl);
• Avaliação de possíveis alterações da
função neurológica;
• Forte indicador prognóstico nas doenças
traumáticas e não traumáticas.
(DANTAS FILHO et al., 2004; OLIVEIRA; PAROLIN; TEIXEIRA JUNIOR, 2007).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Uma análise prognóstica pela ECGl num
intervalo de até três horas depois do
trauma e após a estabilização completa
do paciente é fundamental para prevenir
o óbito (PINTO, 2004);
• Em certas situações, essa escala não
poderá indicar resposta fidedigna Edema ou hematoma palpebral (para
avaliação de abertura ocular) e
impossibilitado de falar (uso de tubo
endotraqueal).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
•

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

•

ABCDE do atendimento ao traumatizado

•

A- Abordagem das vias aéreas com controle da
coluna cervical: estabelecer medidas para
desobstrução das vias aéreas e manter a sua
permeabilidade.

•

B- Respiração e Ventilação: estabelecer manobras
para o estabelecimento da respiração e ventilação.

•

C- Circulação e controle da hemorragia: utilizar
medidas que priorizem a reposição volêmica e o
controle de hemorragias, para melhorar a perfusão
tecidual.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• ABCDE do atendimento ao traumatizado
• D- Avaliação Neurológica: avaliar o nível
de consciência utilizando a Escala de
Coma de Glasgow (ECGl) e a reatividade
pupilar.
• E- Exposição e Controle da Hipotermia:
retirar as vestes do paciente para
identificar e avaliar a localização e
gravidade das lesões, visando à
imobilização de fraturas e promovendo o
aquecimento a fim de evitar a hipotermia,
tão deletéria ao organismo.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• ATENDIMENTO HOSPITALAR
• Avaliação secundária - Exame físico
mais detalhado;
• Abdome deve ser completamente
inspecionado nas suas faces anterior e
posterior, como também as nádegas e a
região perineal.;
• Presença de escoriações, contusões,
hematomas localizados e ferimentos
abertos;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• ATENDIMENTO HOSPITALAR
• Detecção precoce de alterações neurológicas e
sistêmicas – Avaliação neurológica – ECGL;

• Sinais de equimose bilateral orbitária, hemorragia
subconjuntival, epistaxe ou otorragia, saída do
líquor cefalorraquidiano (LCR) pelas sepulturas
nasais ou pela canalização auditiva externa,
equimoses do mastoideo (sinal de batalha) e
paralisia de um nervo craniano, mais
frequentemente os da face
• Manter estabilidade hemodinâmica, metabólica e
respiratória, mantendo uma adequada oferta de
oxigênio e de nutrientes ao tecido cerebral:
monitorização e diagnósticos avançados;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• ATENDIMENTO HOSPITALAR
• Controle da PIC- Elevação da cabeceira do leito a 30
(quando não houver lesão na coluna cervical);
• Manutenção do alinhamento mento-esternal;
• Administração de medicações prescritas para reduzir a
PIC, como diuréticos e corticosteroides;

• Manutenção da temperatura corporal dentro dos padrões
de normalidade;
• Controle hídrico rigoroso;

• Prevenção de estímulos desnecessários, realizando-os
com critérios rigorosos, como aspiração e outros
procedimentos dolorosos;
• Sedação de acordo com a prescrição médica, reduzindo
assim as demandas metabólicas (SPERA, 2005).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• As indicações de monitorização da PIC
incluem pacientes com TCE grave;
• A medição da PIC pode ser realizada
através da implantação de vários
dispositivos, como cateteres, parafusos e
fibra ótica, em diversas regiões do
Sistema Nervoso Central (SNC);
• A monitorização da PIC é de extrema
relevância - possibilita a intervenção
imediata e permite o correto diagnóstico e
a estabilização do paciente.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Instalação de um cateter arterial, para medir a
PAM contínua;
• Tolerar hipertensão arterial sistêmica (HAS)
leve;
• Manter saturação de oxigênio em 92%;
• Suporte ventilatório - manutenção de uma
frequência respiratória baixa;
• Realizar cateterismo vesical para melhor
controle hídrico;
• Passar sonda gástrica é importante para o
diagnóstico de lesões toracoabdominais;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• EXAME FÍSICO
• Exame neurológico detalhado, abordando
os seguintes aspectos propedêuticos:
• Avaliação do nível de consciência;
• Pupilas;
• Força motora;
• Função sensitiva, cerebelar e dos nervos
cranianos.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• EXAME FÍSICO
• Exame do tônus muscular: palpando-se os
músculos tanto em condições de repouso,
como em movimento;
• Os membros inferiores devem ser levantados
e abaixados, flexionados, estendidos com o
paciente deitado em uma cama;
• Atentar para a marcha e movimentos de
balanço dos braços.
PROGNÓSTICO
•
•
•
•
•

Capacidade de gerar incapacidades;
Quanto as incapacidades divide-se em:
Três categorias:
Físicas – Visuais e motoras;
Cognitivas –Diminuição da memória e
dificuldades de aprendizagem ;
• Comportamentais/emocionais – Perda da
autoconfiança; comportamento infantil;
irritabilidade e agressão.
OBRIGADA!
“O
enfermeiro
tem
responsabilidade
profissional, social, ética, moral e científica
durante todo o processo de recuperação do
paciente. Seu papel é de extrema
importância durante as 24 horas do dia,
estabelecendo uma relação direta e
contínua com o cuidado da assistência
prestada”(BOTARELLI, 2010)
.
REFERÊNCIAS
• Botarelli, F. R. Conhecimento do enfermeiro sobre
o processo de cuidar do paciente com traumatismo
cranioencefálico / Fabiane Rocha Botarelli. – Natal,
2010.181 f.
• NASI, L A. Rotinas em Pronto Socorro. 2ed – Porto
Alegre: Artmed, 2005
• Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e
diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.

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Acidente vascular cerebral
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Assistência de enfermagem ao homem vítima

  • 1. D E T R AU M A CRANIOENCEFÁLICO FTC – FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM ATENÇÃO A SAÚDE DO HOMEM DOCENTE: DANIELE DE OLIVEIRA
  • 2. TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO • “Na opinião de Queiroz (2001), a incidência de trauma no Brasil aumenta a cada dia, pois esses eventos matam oito vezes mais do que nos EUA, cinco vezes mais do que no Japão e na Inglaterra, três vezes mais do que na França e Alemanha” (FABIANE). • É uma patologia frequente; • Elevada morbidade e mortalidade; • Elevado custo à saúde pública; • No Brasil, é a principal causa de morte em crianças acima de cinco anos de idade e responsável por mais de 50% dos óbitos na adolescência; • Causa principal: os acidentes de trânsito, as quedas e as agressões estão entre suas causas mais frequentes.
  • 3. TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO • É considerado como causa comum de morte e incapacidades, particularmente na primeira metade da vida; • Mais frequente entre os 2 a 42 anos de idade, mais predominante no sexo masculino; • O TCE é o principal determinante de óbito e sequelas em politraumatizados; (SOUSA; KOIZUMI, 1999).
  • 4. TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO • CONCEITO • Qualquer agressão que acarreta lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. (Hora e Souza, 2005) • • • • CLASSIFICAÇÃO Leve (GLASGOW 13 a 15); Moderada (GLASGOW 09 a 12); Grave (GLASGOW 03 a 08).
  • 5. FISIOPATOLOGIA • CRÂNIO • Compartimento rígido; • Composto: Parênquima encefálico; Volume liquórico; Volume sanguíneo; Volume de líquido extracelular; • Aumento de um dos líquidos = HIPERTENSÃO INTRACRANIANA; • Complacência cerebral = Relação entre pressão e o volume intracraniano;
  • 6. FISIOPATOLOGIA • CRÂNIO • A compensação é a migração do líquor do crânio para o espaço subaracnóide espinhal; • Migração do sangue venoso cerebral para circulação sistêmica; • Condição fisiológica. • A redução do fluxo sanguíneo arterial e a herniação= Isquemia e lesão cerebral.
  • 7. FISIOPATOLOGIA • CRÂNIO • No TCE o fluxo sanguíneo cerebral está reduzido, principalmente nas primeiras 12 horas pós trauma; • Altamente vulnerável à eventos isquêmicos – Queda na pressão de perfusão cerebral nas primeiras 24 horas;
  • 8. FISIOPATOLOGIA • CRÂNIO • Lesão cerebral primária e secundária • Primária – Irreversível e a primeira a ocorrer. Lesão direta do tecido cerebral (penetrante) ou Lesão fechada (ruptura do tecido cerebral ou das estruturas vasculares); • Secundária – Se estende a partir da lesão primária (Hematomas; edema; hidrocefalia; resposta inflamatória cerebral) ou alterações sistêmicas (Hipotensão; hipóxia; febre) – Natureza isquêmica.
  • 9. MANEJO CLÍNICO • Rápida avaliação da situação clínica; • Início de medidas terapêuticas – estabilizar funções vitais; • Prevenir e tratar hipotensão e hipóxia; • Manter via aérea aberta, evitando broncoaspiração de conteúdo gástrico (sondagem enteral) e adequada troca gasosa - intubação; • Manter pressão arterial acima de 110 mmHg – manter PPC
  • 10. MANEJO CLÍNICO MONITORIZAÇÃO E MANEJO INTENSIVO Exame neurológico periódico; Monitorização e manejo hemodinâmico; Monitorização e manejo respiratório; Monitorização de isquemia cerebral; Monitorização e manejo metabólico e eletrolítico; Monitorização da pressão intracraniana; Monitorização por cateter ventricular.
  • 11.
  • 12. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Atendimento inicial, avaliação diagnóstica e terapêutica - Reanimação e estabilização das funções ventilatória e hemodinâmica do paciente; • Levantamento do histórico - Investigação da história de saúde imediata, mecanismo do trauma e o tipo de acidente ocorrido; • Avaliação sobre inconsciência ou amnésia depois do traumatismo e tempo de duração, que podem determinar comprometimento cerebral (WATTS, 2005); • Exame Físico.
  • 13. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Uma das metodologias de grande importância para avaliar a gravidade do TCE é a Escala de Coma de Glasgow (ECGl); • Avaliação de possíveis alterações da função neurológica; • Forte indicador prognóstico nas doenças traumáticas e não traumáticas. (DANTAS FILHO et al., 2004; OLIVEIRA; PAROLIN; TEIXEIRA JUNIOR, 2007).
  • 14.
  • 15. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Uma análise prognóstica pela ECGl num intervalo de até três horas depois do trauma e após a estabilização completa do paciente é fundamental para prevenir o óbito (PINTO, 2004); • Em certas situações, essa escala não poderá indicar resposta fidedigna Edema ou hematoma palpebral (para avaliação de abertura ocular) e impossibilitado de falar (uso de tubo endotraqueal).
  • 16. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR • ABCDE do atendimento ao traumatizado • A- Abordagem das vias aéreas com controle da coluna cervical: estabelecer medidas para desobstrução das vias aéreas e manter a sua permeabilidade. • B- Respiração e Ventilação: estabelecer manobras para o estabelecimento da respiração e ventilação. • C- Circulação e controle da hemorragia: utilizar medidas que priorizem a reposição volêmica e o controle de hemorragias, para melhorar a perfusão tecidual.
  • 17. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • ABCDE do atendimento ao traumatizado • D- Avaliação Neurológica: avaliar o nível de consciência utilizando a Escala de Coma de Glasgow (ECGl) e a reatividade pupilar. • E- Exposição e Controle da Hipotermia: retirar as vestes do paciente para identificar e avaliar a localização e gravidade das lesões, visando à imobilização de fraturas e promovendo o aquecimento a fim de evitar a hipotermia, tão deletéria ao organismo.
  • 18. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • ATENDIMENTO HOSPITALAR • Avaliação secundária - Exame físico mais detalhado; • Abdome deve ser completamente inspecionado nas suas faces anterior e posterior, como também as nádegas e a região perineal.; • Presença de escoriações, contusões, hematomas localizados e ferimentos abertos;
  • 19. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • ATENDIMENTO HOSPITALAR • Detecção precoce de alterações neurológicas e sistêmicas – Avaliação neurológica – ECGL; • Sinais de equimose bilateral orbitária, hemorragia subconjuntival, epistaxe ou otorragia, saída do líquor cefalorraquidiano (LCR) pelas sepulturas nasais ou pela canalização auditiva externa, equimoses do mastoideo (sinal de batalha) e paralisia de um nervo craniano, mais frequentemente os da face • Manter estabilidade hemodinâmica, metabólica e respiratória, mantendo uma adequada oferta de oxigênio e de nutrientes ao tecido cerebral: monitorização e diagnósticos avançados;
  • 20. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • ATENDIMENTO HOSPITALAR • Controle da PIC- Elevação da cabeceira do leito a 30 (quando não houver lesão na coluna cervical); • Manutenção do alinhamento mento-esternal; • Administração de medicações prescritas para reduzir a PIC, como diuréticos e corticosteroides; • Manutenção da temperatura corporal dentro dos padrões de normalidade; • Controle hídrico rigoroso; • Prevenção de estímulos desnecessários, realizando-os com critérios rigorosos, como aspiração e outros procedimentos dolorosos; • Sedação de acordo com a prescrição médica, reduzindo assim as demandas metabólicas (SPERA, 2005).
  • 21. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • As indicações de monitorização da PIC incluem pacientes com TCE grave; • A medição da PIC pode ser realizada através da implantação de vários dispositivos, como cateteres, parafusos e fibra ótica, em diversas regiões do Sistema Nervoso Central (SNC); • A monitorização da PIC é de extrema relevância - possibilita a intervenção imediata e permite o correto diagnóstico e a estabilização do paciente.
  • 22. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Instalação de um cateter arterial, para medir a PAM contínua; • Tolerar hipertensão arterial sistêmica (HAS) leve; • Manter saturação de oxigênio em 92%; • Suporte ventilatório - manutenção de uma frequência respiratória baixa; • Realizar cateterismo vesical para melhor controle hídrico; • Passar sonda gástrica é importante para o diagnóstico de lesões toracoabdominais;
  • 23. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • EXAME FÍSICO • Exame neurológico detalhado, abordando os seguintes aspectos propedêuticos: • Avaliação do nível de consciência; • Pupilas; • Força motora; • Função sensitiva, cerebelar e dos nervos cranianos.
  • 24. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • EXAME FÍSICO • Exame do tônus muscular: palpando-se os músculos tanto em condições de repouso, como em movimento; • Os membros inferiores devem ser levantados e abaixados, flexionados, estendidos com o paciente deitado em uma cama; • Atentar para a marcha e movimentos de balanço dos braços.
  • 25. PROGNÓSTICO • • • • • Capacidade de gerar incapacidades; Quanto as incapacidades divide-se em: Três categorias: Físicas – Visuais e motoras; Cognitivas –Diminuição da memória e dificuldades de aprendizagem ; • Comportamentais/emocionais – Perda da autoconfiança; comportamento infantil; irritabilidade e agressão.
  • 26. OBRIGADA! “O enfermeiro tem responsabilidade profissional, social, ética, moral e científica durante todo o processo de recuperação do paciente. Seu papel é de extrema importância durante as 24 horas do dia, estabelecendo uma relação direta e contínua com o cuidado da assistência prestada”(BOTARELLI, 2010) .
  • 27. REFERÊNCIAS • Botarelli, F. R. Conhecimento do enfermeiro sobre o processo de cuidar do paciente com traumatismo cranioencefálico / Fabiane Rocha Botarelli. – Natal, 2010.181 f. • NASI, L A. Rotinas em Pronto Socorro. 2ed – Porto Alegre: Artmed, 2005 • Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.