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Língua Portuguesa:
Sintaxe
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dra. Geovana Gentili Santos
Revisão Textual:
Profa. Ms. Sílvia Albert
A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
5
•	 Introdução
•	 Termos Essenciais:Tipos de Predicado
•	 Verbos de Ligação
•	 Verbos de Ação:TransitividadeVerbal
•	 OutrosTermos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e
Agente da Passiva
•	 Partículas apassivadora e índice de indeterminação do sujeito
•	 Termos Acessórios da Oração: Adjunto adnominal, Adjunto adverbial,
Aposto eVocativo
·· O objetivo desta unidade é dar continuidade aos estudos de análise sintática
na língua portuguesa. Dos elementos essenciais da oração, nos dedicaremos
ao predicado, analisando os tipos possíveis e suas estruturas; assim como, os
elementos integrantes e acessórios da oração.
Para obter um bom rendimento, inicie o estudo com uma leitura atenta do texto teórico.
Nele, você encontrará informações importantes sobre os tipos de predicados, os termos
integrantes e acessórios que constituem o período simples.
Este material vai instrumentalizá-lo para participação nas atividades propostas tanto
para responder às questões da atividade de sistematização (AS) quanto para a atividade
de aprofundamento (AP) que, nesta unidade, é um fórum de discussão. Para garantir sua
participação e contribuições nesta atividade, é necessário estudar o tema e posicionar-se de
forma crítica e criativa, sempre com respeito à opinião dos demais.
Caso tenha dúvidas sobre o conteúdo ou sobre as atividades, entre em contato com seu/
sua tutor(a) por meio das ferramentas “mensagens” ou “fórum de dúvidas” no ambiente virtual
de aprendizagem(AVA).
Lembre-se de que depende muito de seu empenho e de sua disciplina ser bem sucedido em
seu processo de aprendizagem.
Bom trabalho!
A Sintaxe Segundo a Gramática
Normativa (II)
6
Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
Contextualização
Para iniciar nossos estudos em Sintaxe, leia a canção “Sintaxe à vontade”, do grupo O
Teatro Mágico e, na sequência, acesse o link que indicamos mais abaixo para escutá-la.
Gostou da música? Notou a presença da nomenclatura empregada nos estudos sintáticos?
A magia desta composição incide na recombinação da terminologia gramatical em um novo
contexto enunciativo que, por sua vez, confere um novo sentido aos termos tão comuns da
sintaxe da nossa língua portuguesa.
Sob este encanto das palavras, dos sentidos e de suas inúmeras possibilidades de combinação
que adentramos nos estudos sintáticos do português: “Separados ou adjuntos, nominais ou
não, / Façamos parte do contexto” (OTM).
“Sintaxe à vontade”
Sem horas e sem dores,
Respeitável público pagão,
Bem-vindos ao teatro mágico.
A partir de sempre
Toda cura pertence a nós.
Toda resposta é dúvida.
Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que
quiser,
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.
Nenhum predicado será prejudicado,
Nem tampouco a frase, nem a crase, nem a
vírgula e ponto final!
Afinal, a má gramática da vida nos põe entre
pausas, entre vírgulas,
E estar entre vírgulas pode ser aposto,
E eu aposto o oposto: que vou cativar a todos.
Sendo apenas um sujeito simples.
Um sujeito e sua oração,
Sua pressa, sua prece [...]
Que enxerguemos o fato
De termos acessórios para nossa oração.
Separados ou adjuntos, nominais ou não,
Façamos parte do contexto
E de todas as capas de edição especial.
Sejamos também o anúncio da contra-capa,
Pois ser a capa é ser contra a capa
É a beleza da contradição.
É negar a si mesmo.
E negar a si mesmo é muitas vezes
Encontrar-se com Deus.
Com o teu Deus.
Sem horas e sem dores,
Que nesse momento que cada um se encontra
aqui e agora,
Um possa se encontrar no outro,
E o outro no um...
Atéporque,temhorasqueagentesepergunta:
Por que é que não se junta
Tudo numa coisa só?
http://letras.mus.br/o-teatro-magico/361401/
7
Introdução
Está de acordo com a frase? Você também acredita na força da música para alegrar e/ou
consolar a nossa alma? Além disso, a música pode nos auxiliar na aprendizagem e este é o
caso da música “Sintaxe à vontade” d’ O Teatro Mágico. Façamos um primeiro exercício:
associe a frase da imagem acima – “A música torna o mundo mais suportável” – com a
seguinte parte da canção:
Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser,
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.
Nenhum predicado será prejudicado,
Pensando na função que cada palavra desempenha na oração, quem é o sujeito da frase
“A música torna o mundo mais suportável”? Para identificá-lo, perguntamos: Quem torna o
mundo mais suportável? E a resposta que nos sai é: “A música”. Este fragmento é, portanto,
o sujeito da oração que, por sua vez, está constituído de um único núcleo – “música” – e pode
ser classificado como sujeito determinado simples.
E quanto ao que se diz sobre o sujeito – o que denominamos de predicado – como podemos
analisá-lo e classificá-lo? Para responder a estas questões, estudaremos, nesta unidade, as
estruturas e os elementos presentes no predicado. Vamos lá?!
Termos Essenciais: Tipos de Predicado
O predicado é tudo aquilo que se informa ou se comenta sobre o sujeito e que se estrutura em
torno de um verbo. De acordo com a Gramática Normativa, existem três tipos de predicado:
predicado verbal (o núcleo é um verbo de ação); predicado nominal (o núcleo é um
nome, chamado de predicativo do sujeito); e predicado verbonominal (com dois núcleos:
um verbo e um nome – verbo de ação e predicativo do sujeito ou do objeto).
Observe, no quadro abaixo, o tipo de verbo presente em cada tipo de predicado:
Predicado nominal: verbo de ligação e predicativo do sujeito.
Predicado verbal verbos transitivos e intransitivos.
Predicado verbonominal verbos transitivos e intransitivos; e predicativo
do sujeito ou do objeto.
Verificamos que, na língua portuguesa, há dois tipos de verbo: de ação e de ligação. O
primeiro exprime aquilo que o sujeito faz ou sofre são verbos significativos e se classificam em
transitivos ou intransitivos. O segundo liga ao sujeito um estado, qualidade, condição e
classificação e, portanto, não é considerado significativo.
8
Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
Verbos de Ligação
Os verbos de ligação são responsáveis por fazer a relação entre o sujeito e o estado do sujeito.
São eles: ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar,
tornar-se e andar (indicando estado: andar cansado).
Veja o exemplo:
A comida está saborosa.
Verbo de Ligação
Sujeito
Estado do Sujeito
= Predicativo do Sujeito
Ao estado do sujeito dá-se o nome de predicativo do sujeito. Pode-se defini-lo, portanto,
como “o termo que atribui característica ao sujeito por meio de um verbo” (PASCOALIN).
Observe outros exemplos:
A população permanecia insatisfeita.
O Rio de Janeiro continua lindo.
As atitudes de alguns homens são imperdoáveis.
	 Pelos exemplos, notamos que todo predicado construído com verbo de ligação necessita
de predicativo do sujeito. Mas, o predicativo do sujeito pode aparecer também com outros
verbos. Observe:
As crianças saíram radiantes.
(sair – verbo intransitivo)
Os bancários terminaram o trabalho aliviados
(terminar – verbo transitivo direto)
(o trabalho – objeto direto)
A partir destes exemplos, surge a pergunta:
E o que são os verbos transitivos e intransitivos?
9
Verbos de Ação: Transitividade Verbal
Para tratarmos deste tema, precisamos entender o significado de transitar. De acordo com
o dicionário, o termo “transitar” expressa a ideia de movimento e, tal conceito agregado a
alguns verbos, significa dizer que o sentido do verbo se movimenta até outras palavras.
Glossário
Transitar - ato de andar, passar, caminhar de um lugar para outro.
http://www.dicionarioinformal.com.br/transitar/. Acessado em 25.10.2013.
Vejamos como isso ocorre.
Observe o exemplo:
Eu amo animais!
O verbo amar não encerra seu significado em si mesmo, antes transita para a palavra
“animais” que completa o sentido de “amar”. Se eu disser apenas “Eu amo”, sem um contexto
discursivo prévio, vocês certamente perguntarão: ama quem? Ou o quê? E a resposta será
“animais”; por isso, dizemos que este é um verbo transitivo.
Os verbos que necessitam do acréscimo de um complemento
para integrar o sentido do predicado são chamados de transitivos.
Já os verbos que não precisam de nenhum complemento e
encerram em si toda a significação do predicado são denominados
intransitivos.
Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos trazem em si a ideia completa da ação e não necessitam de outro
termo para completar o seu sentido. Analise os exemplos:
O sol despontou. O sol despontou mais cedo.
O bebê chora. O bebê chora de fome.
As folhas caem. As folhas caem no inverno.
Os verbos intransitivos podem
aparecer sozinhos no predicado.
Ou acompanhados de expressões ou palavras
indicativas de lugar, tempo, modo, intensidade etc.
10
Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
VerbosTransitivos
Os verbos transitivos podem ligar-se ao seu complemento de forma direta ou, ainda,
intermediado por uma preposição. Quando ocorre o primeiro caso, dizemos que o verbo é
transitivo direto e tem como complemento um objeto direto. Já no segundo caso, pela
intermediação da preposição, designamos que o verbo é transitivo indireto e tem como
complemento um objeto indireto.
Para trabalhar com objetos indiretos, é essencial
conhecer bem as preposições. Lembram-se
delas? As preposições essenciais são: a, ante,
após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Note como identificar o tipo de transitividade de um verbo:
Alunos promovem evento cultural em Florianópolis.
Para verificar se o verbo é transitivo ou intransitivo, primeiramente, pensamos se a oração
tem sentido apenas com o sujeito e o verbo: “Alunos promovem”. Automaticamente, ao ler
esta frase, indagamos: Promovem o quê? Verificamos, assim, que o verbo não encerra em si
todo o sentido e necessita de um complemento que, na frase, é: “evento cultural”. Como o
verbo liga-se ao seu complemento sem a intermediação de uma preposição, podemos afirmar:
Promover – Verbo Transitivo Direto.
Evento cultural – Objeto Direto.
Veja, mais este exemplo:
Os colegas consideram Daniel inteligente.
Quem considera (no caso, “Os colegas”), considera alguém (“Daniel”). Como o complemento
“Daniel” liga-se ao verbo “consideram” sem o auxílio da preposição, dizemos que se trata de
um objeto direto. E o termo inteligente, que função exerce na frase? “inteligente” qualifica o
objeto e, por isso, o denominamos predicativo do objeto.
Agora, analise o exemplo que segue:
Eu não duvido de sua honestidade.
Perguntamos: Não duvida de quê? E a resposta é: “de sua honestidade”. Como o verbo “duvidar”
liga-se ao complemento com o auxílio obrigatório da preposição “de”, podemos afirmar:
Duvidar – Verbo transitivo Indireto
De sua honestidade – Objeto Indireto
Agora, veja os dois casos abaixo:
Amamos nossos pais. Amamos a Deus.
11
Para as duas orações, perguntamos: Amamos quem? A resposta para o primeiro quadro
seria: “nossos pais” (= objeto direto). Considerando que o verbo se liga ao complemento sem
a intermediação de uma preposição – lembre-se: “nosso” é um pronome possessivo! – o
classificaríamos como um verbo transitivo direto.
Já no segundo quadro, a resposta para a pergunta “amamos quem?” seria: “a Deus”. Dada
à presença da preposição “a” seríamos induzidos a afirmar que se trata de um objeto indireto
e, logo, o verbo amar seria transitivo indireto. Entretanto, não é isso! Sem a preposição “a”
a frase teria sentido, pois, o seu emprego não é obrigatório, poderíamos dizer: Amamos Deus.
Dessa forma, teríamos um verbo transitivo direto.
Então, para quê o uso da preposição “a”? Simples, para dar destaque ao complemento
do verbo, isto é, para chamar a atenção para o nome Deus. Trata-se, nesta situação, de um
objeto direto preposicionado.
Este recurso da língua aparece, frequentemente, com verbos
que expressam sentimentos e possuem como núcleo do
objeto direto um substantivo.
Observe:
Estimo a meus pais.
Objeto direto com
núcleo substantivo
“pais”
Verbo que exprime
sentimento.
Veja outros exemplos:
Ofendeu a nós.
A quem preferes?
Os romanos adoravam a Júpiter.
Exaltamos a Vossa Senhoria por seus feitos.
12
Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
Não queremos deixar de mencionar o outro tipo de objeto direto: o objeto direto
pleonástico. Neste caso, temos o objeto direto apresentado duas vezes na mesma oração; daí
o seu nome “pleonástico”, por ser redundante.
O amor e a paixão, sinto-os em mim.
Perguntamos: o que sinto? E a resposta será: “O amor e a paixão”. Ainda que esteja no
início da frase, o termo “O amor e a paixão” não funciona com sujeito da oração, antes,
como objeto direto do verbo sentir. Neste caso, o objeto direto – “O amor e a paixão” – está
anteposto ao verbo (coloca-se antes do verbo) e o emprego da vírgula marca esta anteposição.
Lembre-se da regrinha que diz: jamais se separa o sujeito do verbo!
Ao antepor o objeto direto, o mesmo é novamente referenciado após o verbo por meio do
pronome átono “os”. Sendo assim, nesta oração, temos um objeto direto pleonástico. Essa
redundância tem por objetivo enfatizar e dar maior expressividade ao objeto direto.
É importante lembrar que também é possível ter objeto indireto pleonástico: Aos adultos,
lhes incube a faxina.
Com relação aos pronomes oblíquos, veja o quadro que segue:
Quadro com pronomes e função sintática e exemplos.
Pronome pessoal
oblíquo
Função sintática Exemplo
O, a, os, as Objeto direto
Eu o encontrei no clube.
Quem encontra, encontra alguém ou alguma coisa. Quem? (o – ele)
Lhe, lhes Objeto indireto
Pagar-lhe-ei a dívida.
Quem paga, paga a alguma coisa (dívida) a alguém (a ele - lhe).
Me Objeto direto
Você me encontrará na excursão a Buenos Aires.
Quem encontra, encontra alguém. Quem? (me)
Me Objeto indireto
Ela me entregou o pagamento.
Quem entrega, entrega alguma coisa (o pagamento) a alguém (a mim - me).
Te Objeto direto
Eu te encontrarei na excursão a Buenos Aires.
Quem encontra, encontra alguém. Quem? (te)
Te Objeto indireto Eu te dei o endereço. Quem dá, dá alguma coisa a alguém (a ti – te)
Se Objeto direto Ela se machucou. Quem machuca, machuca alguém. Quem? (se)
Se Objeto indireto
Ela se dá o direito de decidir sobre o problema.
Quem dá, dá alguma coisa a alguém (a si – se)
Nos Objeto direto Não nos abandone. Quem abandona, abandona alguém. Quem? (nos)
Nos Objeto indireto O homem estendeu-nos a mão. Quem estende, estende a alguém (a nós)
Vos Objeto direto Vós vos enganastes. Quem engana, engana alguém. Quem? (vos)
Vos Objeto indireto Pedira-vos que ajudásseis. Quem pede, pede a alguém (a vós – vos)
13
Por último, cabe mencionar os chamados verbos bitransitivos que são aqueles que pedem
dois complementos para formar um sentido completo no predicado: um objeto direto e um
objeto indireto.
Veja:
A menina deu o presente ao pai.
O verbo (dar) reclama 2 complementos; o primeiro sem auxílio de preposição e o segundo
com auxílio de preposição.
•	 Dar o quê? O presente.
•	 Dar a quem? Ao pai.
Portanto:
dar – verbo transitivo direto e indireto
o presente – objeto direto.
ao pai – objeto indireto.
Importante!
O objeto direto e o objeto indireto são complementos
verbais considerados termos integrantes da oração,
porque completam o sentido de um verbo transitivo.
14
Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
Outros Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e
Agente da Passiva
Denominamos complemento nominal termo da oração que completa o sentido de uma
palavra que não seja verbo. Refere-se a substantivos, adjetivos e advérbios ligando-se a eles
sempre por meio de preposição.
Nenhuma história pode ser tão cheia de revelações como a que
acontece na esquina da sua casa.
No exemplo acima, o termo em negrito – “de revelações” – complementa o sentido do
adjetivo (cheia). Portanto, trata-se de um complemento nominal. Veja outros exemplos:
A lembrança do passado martelava-lhe na cabeça.
Ele tem respeito aos mais velhos.
Distinção entre complemento nominal e objeto indireto:
Ambos são precedidos de preposição, mas:
Complemento nominal completa o sentido de substantivo, adjetivo ou
advérbio. Ex.: Tenho confiança em Deus. (confiança = substantivo / em Deus =
completa seu sentido).
Objeto Indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
Ex.: Creio em Deus. (creio = verbo transitivo indireto / em Deus = objeto indireto).
Agente da passiva é o termo que indica o ser que pratica a ação verbal da oração na voz
passiva, e vem regido pela preposição por ou, mais raramente, pela preposição de.
A voz passiva analítica é formada pelo verbo auxiliar “ser” seguido do particípio do verbo
principal. O verbo no particípio concorda com o sujeito paciente em gênero e número.
Observe como isso ocorre por meio dos exemplos a seguir:
O bolo foi cortado pelo
menino.
Novas músicas seriam cantadas
pelos artistas naquele show.
15
Agora, atenção:
O menino cortou o bolo.
(voz ativa)
O menino – sujeito agente.
cortou – verbo transitivo direto
o bolo – objeto direto
O bolo foi cortado pelo menino.
(voz passiva analítica)
O bolo – sujeito paciente
foi cortado – verbo ser + particípio do verbo
cortar
pelo menino – agente da passiva
Como transformar uma oração da voz ativa para a passiva analítica
•	 o verbo na voz ativa é sempre TD ou TDI;
•	 o objeto direto na voz ativa passará a sujeito da passiva;
•	 o verbo principal da voz ativa irá para o particípio com o verbo auxiliar ser;
•	 o verbo auxiliar deverá ser conjugado no mesmo tempo e modo em que se encontra o
verbo na voz ativa;
•	 o agente da passiva liga-se ao verbo por meio da preposição por e contrações pelo, pela.
Na voz passiva analítica, é comum a presença do termo agente da passiva. Mas, nem
sempre, ele vem expresso na oração.
Logo:
Cortaram o bolo. (voz ativa)
O bolo foi cortado. (voz passiva)
Voz passiva sintética ou pronominal
É muito comum encontrarmos placas com os dizeres: Vende-se casas. No entanto, esta
construção linguística está inadequada. Por quê? Porque numa construção deste tipo, o verbo
vender, que se encontra na voz passiva sintética, concorda com o sujeito paciente no singular
ou no plural.
Portanto:
Vende-se casa.
Vendem-se casas.
16
Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
Partícula apassivadora e índice de indeterminação do sujeito
Na voz passiva sintética, o verbo é sempre TD e concorda no singular ou plural, com o
sujeito paciente. O pronome se é conhecido como pronome apassivador.
Já no sujeito indeterminado, o verbo pode ser intransitivo, transitivo indireto ou de ligação
e é conjugado sempre na 3ª. pessoa do singular. O pronome se é chamado de índice de
indeterminação do sujeito.
Vejam que o uso da voz passiva, como qualquer outro uso efetivo da língua portuguesa,
passa por uma intencionalidade do emissor.
Eu escolho se vou usar voz ativa, passiva analítica ou sintética. Se vocês observarem bem,
fica fácil perceber isso. Para tanto, observem os exemplos:
a) O menino cortou o bolo.
b) O bolo foi cortado pelo menino.
c) Cortou-se o bolo.
Notem que a informação é supostamente a mesma. Por que supostamente? Porque na
verdade não é. A diferença que existe entre elas está naquilo que desejamos dar ênfase. Na
letra (a) a ênfase é dada na ação do menino. Em (b), a ênfase fica por conta de o bolo ter sido
cortado. Não importa quem o fez, mas que foi cortado. Já em (c), sabemos que o bolo foi
cortado, mas não importa quem o fez. A ênfase não recai sobre o bolo, nem sobre quem teria
praticado a ação verbal.
17
Termos Acessórios da Oração: Adjunto adnominal, Adjunto
adverbial, Aposto e Vocativo
Adjunto adnominal
É a palavra ou expressão que vem junto, que acompanha um nome, especificando-o. As
classes gramaticais, que podem funcionar sintaticamente como adjunto adnominal, são: artigo,
pronome adjetivo, adjetivo, locução adjetiva e numeral.
Observe os exemplos:
A carne de boi contém proteína.
•	 A – artigo = adjunto adnominal
•	 De boi – locução adjetiva = adjunto adnominal
Aquele vento violento derrubou muitas árvores.
•	 Aquele – pronome adjetivo = adjunto adnominal
•	 Violento – adjetivo = adjunto adnominal
•	 Muitas – pronome adjetivo = adjunto adnominal
Diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal
Tanto o complemento nominal quanto o adjunto adnominal
completam substantivo. Se o caso for de substantivo concreto, não
haverá dúvida de que se trata de adjunto adnominal. A incerteza
recai quando se trata de substantivo abstrato, porque poderá ser
tanto adjunto como complemento.
Veja estratégia que facilita a distinção:
A invenção de Santos Dumont. (Santos Dumont inventou) – agente
= adjunto adnominal.
A invenção do avião. (Alguém inventou) – paciente = complemento
nominal
Outra diferença é que o adjunto adnominal pode ou não ser
preposicionado; enquanto o complemento nominal sempre será
preposicionado.
A cadeira vermelha quebrou. Vermelha – adjunto.adnominal.
Roubaram-lhe o chapéu. Lhe é adjunto adnominal (lhe = dele,ou
seja, Roubaram o seu chapéu)
18
Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
Adjunto adverbial
É o termo que exprime circunstância de modo, lugar, tempo, intensidade, modificando
o verbo, o adjetivo, ou o advérbio.
Exemplos:
Ele escreve mal.
•	 A palavra mal modifica o verbo escrever.
Ele escreve muito mal.
•	 A palavra mal modifica o verbo escrever.
•	 A palavra muito modifica a palavra mal, que é um advérbio.
A porta está meio aberta.
•	 A palavra meio modifica o adjetivo aberta.
Observe que “meio” por ser um advérbio não concorda em gênero com o adjetivo “aberta”.
Muitas vezes os usuários da língua se confundem e fazem a concordância inadequada “ meia
aberta”. Atenção ao que indica a gramática normativa, para expressar-se de acordo com ela
em situações formais, em que se exige a norma urbana de prestígio.
Aposto
É uma palavra ou expressão que explica, esclarece ou resume um termo anterior a que se
refere. Casos mais comuns:
Amanhã, domingo, é dia de folga.
Fernanda Montenegro – grande atriz brasileira – ganhou vários
prêmios.
Observe que, nos casos acima, o aposto é marcado por sinais de pontuação: a vírgula e o
travessão. Todavia, quando o aposto, está representado por um nome próprio, individualiza
um nome comum, não há necessidade de marcá-lo com a pontuação. Veja:
O poeta Castro Alves escreveu temas ligados à escravidão.
O rio Amazonas é um importante rio brasileiro.
O mês de agosto é frio.
19
Um terceiro exemplo de aposto, conhecido como “enumerativo”, é quando se resume
uma enumeração em um pronome indefinido, como: tudo, nada, ninguém etc. Os pronomes
podem vir antes ou depois do aposto. Exemplos:
Os brinquedos, os doces, a festa, nada o agradava.
Tudo – alegrias, tristeza, preocupações – ficava estampado logo
no seu rosto.
Vocativo
É a palavra ou expressão que serve para chamar, invocar uma pessoa, animal, ou coisa
personificada.
Corram, meninos!
Cuidado, pessoal, o mar está muito bravo.
Chegamos ao fim desta unidade e encerramos também o estudo da sintaxe do período
simples. Procure retomar os conceitos apresentados aqui por meio de fichamentos e anotações.
Feita esta etapa, coloque em prática seus conhecimentos realizando as atividades propostas.
20
Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
Material Complementar
Para ampliar seus conhecimentos, assista ao vídeo em que o Prof. Pasquale Cipro Neto
entrevista o Prof. Evanildo Bechara, um dos maiores linguistas do nosso país. Nesta entrevista,
ele nos revela algumas de suas concepções mais básicas sobre o uso e o estudo da língua
portuguesa. Assista à entrevista com atenção e aproveite para fazer anotações para que possa
retomá-las depois.
O link para acesso encontra-se a seguir. Aproveitem o que nos diz o mestre e bons estudos!
Vídeos:
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8357
21
Referências
BAGNO, Marcos. Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia e exclusão
social. São Paulo: Edições Loyola, 2000.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37.ª ed. revista e ampliada. Rio
de Janeiro: Lucerna, 1999.
BECHARA, Evanildo. Lições de Português pela análise sintática. 19.ª rev. e ampl.,
com exercícios resolvidos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
KURY, Adriano da Gama. Novas lições de análise sintática. 2.ª ed. São Paulo: Ática, 1986.
PERINI, Mario A. Para uma nova gramática do português. 10.ª ed. São Paulo: Ática, 2001.
22
Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
Anotações
A sintaxe da gramatica normativa ii
A sintaxe da gramatica normativa ii

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A sintaxe da gramatica normativa ii

  • 2.
  • 3. Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dra. Geovana Gentili Santos Revisão Textual: Profa. Ms. Sílvia Albert A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
  • 4.
  • 5. 5 • Introdução • Termos Essenciais:Tipos de Predicado • Verbos de Ligação • Verbos de Ação:TransitividadeVerbal • OutrosTermos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e Agente da Passiva • Partículas apassivadora e índice de indeterminação do sujeito • Termos Acessórios da Oração: Adjunto adnominal, Adjunto adverbial, Aposto eVocativo ·· O objetivo desta unidade é dar continuidade aos estudos de análise sintática na língua portuguesa. Dos elementos essenciais da oração, nos dedicaremos ao predicado, analisando os tipos possíveis e suas estruturas; assim como, os elementos integrantes e acessórios da oração. Para obter um bom rendimento, inicie o estudo com uma leitura atenta do texto teórico. Nele, você encontrará informações importantes sobre os tipos de predicados, os termos integrantes e acessórios que constituem o período simples. Este material vai instrumentalizá-lo para participação nas atividades propostas tanto para responder às questões da atividade de sistematização (AS) quanto para a atividade de aprofundamento (AP) que, nesta unidade, é um fórum de discussão. Para garantir sua participação e contribuições nesta atividade, é necessário estudar o tema e posicionar-se de forma crítica e criativa, sempre com respeito à opinião dos demais. Caso tenha dúvidas sobre o conteúdo ou sobre as atividades, entre em contato com seu/ sua tutor(a) por meio das ferramentas “mensagens” ou “fórum de dúvidas” no ambiente virtual de aprendizagem(AVA). Lembre-se de que depende muito de seu empenho e de sua disciplina ser bem sucedido em seu processo de aprendizagem. Bom trabalho! A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II)
  • 6. 6 Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II) Contextualização Para iniciar nossos estudos em Sintaxe, leia a canção “Sintaxe à vontade”, do grupo O Teatro Mágico e, na sequência, acesse o link que indicamos mais abaixo para escutá-la. Gostou da música? Notou a presença da nomenclatura empregada nos estudos sintáticos? A magia desta composição incide na recombinação da terminologia gramatical em um novo contexto enunciativo que, por sua vez, confere um novo sentido aos termos tão comuns da sintaxe da nossa língua portuguesa. Sob este encanto das palavras, dos sentidos e de suas inúmeras possibilidades de combinação que adentramos nos estudos sintáticos do português: “Separados ou adjuntos, nominais ou não, / Façamos parte do contexto” (OTM). “Sintaxe à vontade” Sem horas e sem dores, Respeitável público pagão, Bem-vindos ao teatro mágico. A partir de sempre Toda cura pertence a nós. Toda resposta é dúvida. Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser, Todo verbo é livre para ser direto ou indireto. Nenhum predicado será prejudicado, Nem tampouco a frase, nem a crase, nem a vírgula e ponto final! Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas, E estar entre vírgulas pode ser aposto, E eu aposto o oposto: que vou cativar a todos. Sendo apenas um sujeito simples. Um sujeito e sua oração, Sua pressa, sua prece [...] Que enxerguemos o fato De termos acessórios para nossa oração. Separados ou adjuntos, nominais ou não, Façamos parte do contexto E de todas as capas de edição especial. Sejamos também o anúncio da contra-capa, Pois ser a capa é ser contra a capa É a beleza da contradição. É negar a si mesmo. E negar a si mesmo é muitas vezes Encontrar-se com Deus. Com o teu Deus. Sem horas e sem dores, Que nesse momento que cada um se encontra aqui e agora, Um possa se encontrar no outro, E o outro no um... Atéporque,temhorasqueagentesepergunta: Por que é que não se junta Tudo numa coisa só? http://letras.mus.br/o-teatro-magico/361401/
  • 7. 7 Introdução Está de acordo com a frase? Você também acredita na força da música para alegrar e/ou consolar a nossa alma? Além disso, a música pode nos auxiliar na aprendizagem e este é o caso da música “Sintaxe à vontade” d’ O Teatro Mágico. Façamos um primeiro exercício: associe a frase da imagem acima – “A música torna o mundo mais suportável” – com a seguinte parte da canção: Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser, Todo verbo é livre para ser direto ou indireto. Nenhum predicado será prejudicado, Pensando na função que cada palavra desempenha na oração, quem é o sujeito da frase “A música torna o mundo mais suportável”? Para identificá-lo, perguntamos: Quem torna o mundo mais suportável? E a resposta que nos sai é: “A música”. Este fragmento é, portanto, o sujeito da oração que, por sua vez, está constituído de um único núcleo – “música” – e pode ser classificado como sujeito determinado simples. E quanto ao que se diz sobre o sujeito – o que denominamos de predicado – como podemos analisá-lo e classificá-lo? Para responder a estas questões, estudaremos, nesta unidade, as estruturas e os elementos presentes no predicado. Vamos lá?! Termos Essenciais: Tipos de Predicado O predicado é tudo aquilo que se informa ou se comenta sobre o sujeito e que se estrutura em torno de um verbo. De acordo com a Gramática Normativa, existem três tipos de predicado: predicado verbal (o núcleo é um verbo de ação); predicado nominal (o núcleo é um nome, chamado de predicativo do sujeito); e predicado verbonominal (com dois núcleos: um verbo e um nome – verbo de ação e predicativo do sujeito ou do objeto). Observe, no quadro abaixo, o tipo de verbo presente em cada tipo de predicado: Predicado nominal: verbo de ligação e predicativo do sujeito. Predicado verbal verbos transitivos e intransitivos. Predicado verbonominal verbos transitivos e intransitivos; e predicativo do sujeito ou do objeto. Verificamos que, na língua portuguesa, há dois tipos de verbo: de ação e de ligação. O primeiro exprime aquilo que o sujeito faz ou sofre são verbos significativos e se classificam em transitivos ou intransitivos. O segundo liga ao sujeito um estado, qualidade, condição e classificação e, portanto, não é considerado significativo.
  • 8. 8 Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II) Verbos de Ligação Os verbos de ligação são responsáveis por fazer a relação entre o sujeito e o estado do sujeito. São eles: ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar, tornar-se e andar (indicando estado: andar cansado). Veja o exemplo: A comida está saborosa. Verbo de Ligação Sujeito Estado do Sujeito = Predicativo do Sujeito Ao estado do sujeito dá-se o nome de predicativo do sujeito. Pode-se defini-lo, portanto, como “o termo que atribui característica ao sujeito por meio de um verbo” (PASCOALIN). Observe outros exemplos: A população permanecia insatisfeita. O Rio de Janeiro continua lindo. As atitudes de alguns homens são imperdoáveis. Pelos exemplos, notamos que todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Mas, o predicativo do sujeito pode aparecer também com outros verbos. Observe: As crianças saíram radiantes. (sair – verbo intransitivo) Os bancários terminaram o trabalho aliviados (terminar – verbo transitivo direto) (o trabalho – objeto direto) A partir destes exemplos, surge a pergunta: E o que são os verbos transitivos e intransitivos?
  • 9. 9 Verbos de Ação: Transitividade Verbal Para tratarmos deste tema, precisamos entender o significado de transitar. De acordo com o dicionário, o termo “transitar” expressa a ideia de movimento e, tal conceito agregado a alguns verbos, significa dizer que o sentido do verbo se movimenta até outras palavras. Glossário Transitar - ato de andar, passar, caminhar de um lugar para outro. http://www.dicionarioinformal.com.br/transitar/. Acessado em 25.10.2013. Vejamos como isso ocorre. Observe o exemplo: Eu amo animais! O verbo amar não encerra seu significado em si mesmo, antes transita para a palavra “animais” que completa o sentido de “amar”. Se eu disser apenas “Eu amo”, sem um contexto discursivo prévio, vocês certamente perguntarão: ama quem? Ou o quê? E a resposta será “animais”; por isso, dizemos que este é um verbo transitivo. Os verbos que necessitam do acréscimo de um complemento para integrar o sentido do predicado são chamados de transitivos. Já os verbos que não precisam de nenhum complemento e encerram em si toda a significação do predicado são denominados intransitivos. Verbos Intransitivos Os verbos intransitivos trazem em si a ideia completa da ação e não necessitam de outro termo para completar o seu sentido. Analise os exemplos: O sol despontou. O sol despontou mais cedo. O bebê chora. O bebê chora de fome. As folhas caem. As folhas caem no inverno. Os verbos intransitivos podem aparecer sozinhos no predicado. Ou acompanhados de expressões ou palavras indicativas de lugar, tempo, modo, intensidade etc.
  • 10. 10 Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II) VerbosTransitivos Os verbos transitivos podem ligar-se ao seu complemento de forma direta ou, ainda, intermediado por uma preposição. Quando ocorre o primeiro caso, dizemos que o verbo é transitivo direto e tem como complemento um objeto direto. Já no segundo caso, pela intermediação da preposição, designamos que o verbo é transitivo indireto e tem como complemento um objeto indireto. Para trabalhar com objetos indiretos, é essencial conhecer bem as preposições. Lembram-se delas? As preposições essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Note como identificar o tipo de transitividade de um verbo: Alunos promovem evento cultural em Florianópolis. Para verificar se o verbo é transitivo ou intransitivo, primeiramente, pensamos se a oração tem sentido apenas com o sujeito e o verbo: “Alunos promovem”. Automaticamente, ao ler esta frase, indagamos: Promovem o quê? Verificamos, assim, que o verbo não encerra em si todo o sentido e necessita de um complemento que, na frase, é: “evento cultural”. Como o verbo liga-se ao seu complemento sem a intermediação de uma preposição, podemos afirmar: Promover – Verbo Transitivo Direto. Evento cultural – Objeto Direto. Veja, mais este exemplo: Os colegas consideram Daniel inteligente. Quem considera (no caso, “Os colegas”), considera alguém (“Daniel”). Como o complemento “Daniel” liga-se ao verbo “consideram” sem o auxílio da preposição, dizemos que se trata de um objeto direto. E o termo inteligente, que função exerce na frase? “inteligente” qualifica o objeto e, por isso, o denominamos predicativo do objeto. Agora, analise o exemplo que segue: Eu não duvido de sua honestidade. Perguntamos: Não duvida de quê? E a resposta é: “de sua honestidade”. Como o verbo “duvidar” liga-se ao complemento com o auxílio obrigatório da preposição “de”, podemos afirmar: Duvidar – Verbo transitivo Indireto De sua honestidade – Objeto Indireto Agora, veja os dois casos abaixo: Amamos nossos pais. Amamos a Deus.
  • 11. 11 Para as duas orações, perguntamos: Amamos quem? A resposta para o primeiro quadro seria: “nossos pais” (= objeto direto). Considerando que o verbo se liga ao complemento sem a intermediação de uma preposição – lembre-se: “nosso” é um pronome possessivo! – o classificaríamos como um verbo transitivo direto. Já no segundo quadro, a resposta para a pergunta “amamos quem?” seria: “a Deus”. Dada à presença da preposição “a” seríamos induzidos a afirmar que se trata de um objeto indireto e, logo, o verbo amar seria transitivo indireto. Entretanto, não é isso! Sem a preposição “a” a frase teria sentido, pois, o seu emprego não é obrigatório, poderíamos dizer: Amamos Deus. Dessa forma, teríamos um verbo transitivo direto. Então, para quê o uso da preposição “a”? Simples, para dar destaque ao complemento do verbo, isto é, para chamar a atenção para o nome Deus. Trata-se, nesta situação, de um objeto direto preposicionado. Este recurso da língua aparece, frequentemente, com verbos que expressam sentimentos e possuem como núcleo do objeto direto um substantivo. Observe: Estimo a meus pais. Objeto direto com núcleo substantivo “pais” Verbo que exprime sentimento. Veja outros exemplos: Ofendeu a nós. A quem preferes? Os romanos adoravam a Júpiter. Exaltamos a Vossa Senhoria por seus feitos.
  • 12. 12 Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II) Não queremos deixar de mencionar o outro tipo de objeto direto: o objeto direto pleonástico. Neste caso, temos o objeto direto apresentado duas vezes na mesma oração; daí o seu nome “pleonástico”, por ser redundante. O amor e a paixão, sinto-os em mim. Perguntamos: o que sinto? E a resposta será: “O amor e a paixão”. Ainda que esteja no início da frase, o termo “O amor e a paixão” não funciona com sujeito da oração, antes, como objeto direto do verbo sentir. Neste caso, o objeto direto – “O amor e a paixão” – está anteposto ao verbo (coloca-se antes do verbo) e o emprego da vírgula marca esta anteposição. Lembre-se da regrinha que diz: jamais se separa o sujeito do verbo! Ao antepor o objeto direto, o mesmo é novamente referenciado após o verbo por meio do pronome átono “os”. Sendo assim, nesta oração, temos um objeto direto pleonástico. Essa redundância tem por objetivo enfatizar e dar maior expressividade ao objeto direto. É importante lembrar que também é possível ter objeto indireto pleonástico: Aos adultos, lhes incube a faxina. Com relação aos pronomes oblíquos, veja o quadro que segue: Quadro com pronomes e função sintática e exemplos. Pronome pessoal oblíquo Função sintática Exemplo O, a, os, as Objeto direto Eu o encontrei no clube. Quem encontra, encontra alguém ou alguma coisa. Quem? (o – ele) Lhe, lhes Objeto indireto Pagar-lhe-ei a dívida. Quem paga, paga a alguma coisa (dívida) a alguém (a ele - lhe). Me Objeto direto Você me encontrará na excursão a Buenos Aires. Quem encontra, encontra alguém. Quem? (me) Me Objeto indireto Ela me entregou o pagamento. Quem entrega, entrega alguma coisa (o pagamento) a alguém (a mim - me). Te Objeto direto Eu te encontrarei na excursão a Buenos Aires. Quem encontra, encontra alguém. Quem? (te) Te Objeto indireto Eu te dei o endereço. Quem dá, dá alguma coisa a alguém (a ti – te) Se Objeto direto Ela se machucou. Quem machuca, machuca alguém. Quem? (se) Se Objeto indireto Ela se dá o direito de decidir sobre o problema. Quem dá, dá alguma coisa a alguém (a si – se) Nos Objeto direto Não nos abandone. Quem abandona, abandona alguém. Quem? (nos) Nos Objeto indireto O homem estendeu-nos a mão. Quem estende, estende a alguém (a nós) Vos Objeto direto Vós vos enganastes. Quem engana, engana alguém. Quem? (vos) Vos Objeto indireto Pedira-vos que ajudásseis. Quem pede, pede a alguém (a vós – vos)
  • 13. 13 Por último, cabe mencionar os chamados verbos bitransitivos que são aqueles que pedem dois complementos para formar um sentido completo no predicado: um objeto direto e um objeto indireto. Veja: A menina deu o presente ao pai. O verbo (dar) reclama 2 complementos; o primeiro sem auxílio de preposição e o segundo com auxílio de preposição. • Dar o quê? O presente. • Dar a quem? Ao pai. Portanto: dar – verbo transitivo direto e indireto o presente – objeto direto. ao pai – objeto indireto. Importante! O objeto direto e o objeto indireto são complementos verbais considerados termos integrantes da oração, porque completam o sentido de um verbo transitivo.
  • 14. 14 Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II) Outros Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e Agente da Passiva Denominamos complemento nominal termo da oração que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Refere-se a substantivos, adjetivos e advérbios ligando-se a eles sempre por meio de preposição. Nenhuma história pode ser tão cheia de revelações como a que acontece na esquina da sua casa. No exemplo acima, o termo em negrito – “de revelações” – complementa o sentido do adjetivo (cheia). Portanto, trata-se de um complemento nominal. Veja outros exemplos: A lembrança do passado martelava-lhe na cabeça. Ele tem respeito aos mais velhos. Distinção entre complemento nominal e objeto indireto: Ambos são precedidos de preposição, mas: Complemento nominal completa o sentido de substantivo, adjetivo ou advérbio. Ex.: Tenho confiança em Deus. (confiança = substantivo / em Deus = completa seu sentido). Objeto Indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Ex.: Creio em Deus. (creio = verbo transitivo indireto / em Deus = objeto indireto). Agente da passiva é o termo que indica o ser que pratica a ação verbal da oração na voz passiva, e vem regido pela preposição por ou, mais raramente, pela preposição de. A voz passiva analítica é formada pelo verbo auxiliar “ser” seguido do particípio do verbo principal. O verbo no particípio concorda com o sujeito paciente em gênero e número. Observe como isso ocorre por meio dos exemplos a seguir: O bolo foi cortado pelo menino. Novas músicas seriam cantadas pelos artistas naquele show.
  • 15. 15 Agora, atenção: O menino cortou o bolo. (voz ativa) O menino – sujeito agente. cortou – verbo transitivo direto o bolo – objeto direto O bolo foi cortado pelo menino. (voz passiva analítica) O bolo – sujeito paciente foi cortado – verbo ser + particípio do verbo cortar pelo menino – agente da passiva Como transformar uma oração da voz ativa para a passiva analítica • o verbo na voz ativa é sempre TD ou TDI; • o objeto direto na voz ativa passará a sujeito da passiva; • o verbo principal da voz ativa irá para o particípio com o verbo auxiliar ser; • o verbo auxiliar deverá ser conjugado no mesmo tempo e modo em que se encontra o verbo na voz ativa; • o agente da passiva liga-se ao verbo por meio da preposição por e contrações pelo, pela. Na voz passiva analítica, é comum a presença do termo agente da passiva. Mas, nem sempre, ele vem expresso na oração. Logo: Cortaram o bolo. (voz ativa) O bolo foi cortado. (voz passiva) Voz passiva sintética ou pronominal É muito comum encontrarmos placas com os dizeres: Vende-se casas. No entanto, esta construção linguística está inadequada. Por quê? Porque numa construção deste tipo, o verbo vender, que se encontra na voz passiva sintética, concorda com o sujeito paciente no singular ou no plural. Portanto: Vende-se casa. Vendem-se casas.
  • 16. 16 Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II) Partícula apassivadora e índice de indeterminação do sujeito Na voz passiva sintética, o verbo é sempre TD e concorda no singular ou plural, com o sujeito paciente. O pronome se é conhecido como pronome apassivador. Já no sujeito indeterminado, o verbo pode ser intransitivo, transitivo indireto ou de ligação e é conjugado sempre na 3ª. pessoa do singular. O pronome se é chamado de índice de indeterminação do sujeito. Vejam que o uso da voz passiva, como qualquer outro uso efetivo da língua portuguesa, passa por uma intencionalidade do emissor. Eu escolho se vou usar voz ativa, passiva analítica ou sintética. Se vocês observarem bem, fica fácil perceber isso. Para tanto, observem os exemplos: a) O menino cortou o bolo. b) O bolo foi cortado pelo menino. c) Cortou-se o bolo. Notem que a informação é supostamente a mesma. Por que supostamente? Porque na verdade não é. A diferença que existe entre elas está naquilo que desejamos dar ênfase. Na letra (a) a ênfase é dada na ação do menino. Em (b), a ênfase fica por conta de o bolo ter sido cortado. Não importa quem o fez, mas que foi cortado. Já em (c), sabemos que o bolo foi cortado, mas não importa quem o fez. A ênfase não recai sobre o bolo, nem sobre quem teria praticado a ação verbal.
  • 17. 17 Termos Acessórios da Oração: Adjunto adnominal, Adjunto adverbial, Aposto e Vocativo Adjunto adnominal É a palavra ou expressão que vem junto, que acompanha um nome, especificando-o. As classes gramaticais, que podem funcionar sintaticamente como adjunto adnominal, são: artigo, pronome adjetivo, adjetivo, locução adjetiva e numeral. Observe os exemplos: A carne de boi contém proteína. • A – artigo = adjunto adnominal • De boi – locução adjetiva = adjunto adnominal Aquele vento violento derrubou muitas árvores. • Aquele – pronome adjetivo = adjunto adnominal • Violento – adjetivo = adjunto adnominal • Muitas – pronome adjetivo = adjunto adnominal Diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal Tanto o complemento nominal quanto o adjunto adnominal completam substantivo. Se o caso for de substantivo concreto, não haverá dúvida de que se trata de adjunto adnominal. A incerteza recai quando se trata de substantivo abstrato, porque poderá ser tanto adjunto como complemento. Veja estratégia que facilita a distinção: A invenção de Santos Dumont. (Santos Dumont inventou) – agente = adjunto adnominal. A invenção do avião. (Alguém inventou) – paciente = complemento nominal Outra diferença é que o adjunto adnominal pode ou não ser preposicionado; enquanto o complemento nominal sempre será preposicionado. A cadeira vermelha quebrou. Vermelha – adjunto.adnominal. Roubaram-lhe o chapéu. Lhe é adjunto adnominal (lhe = dele,ou seja, Roubaram o seu chapéu)
  • 18. 18 Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II) Adjunto adverbial É o termo que exprime circunstância de modo, lugar, tempo, intensidade, modificando o verbo, o adjetivo, ou o advérbio. Exemplos: Ele escreve mal. • A palavra mal modifica o verbo escrever. Ele escreve muito mal. • A palavra mal modifica o verbo escrever. • A palavra muito modifica a palavra mal, que é um advérbio. A porta está meio aberta. • A palavra meio modifica o adjetivo aberta. Observe que “meio” por ser um advérbio não concorda em gênero com o adjetivo “aberta”. Muitas vezes os usuários da língua se confundem e fazem a concordância inadequada “ meia aberta”. Atenção ao que indica a gramática normativa, para expressar-se de acordo com ela em situações formais, em que se exige a norma urbana de prestígio. Aposto É uma palavra ou expressão que explica, esclarece ou resume um termo anterior a que se refere. Casos mais comuns: Amanhã, domingo, é dia de folga. Fernanda Montenegro – grande atriz brasileira – ganhou vários prêmios. Observe que, nos casos acima, o aposto é marcado por sinais de pontuação: a vírgula e o travessão. Todavia, quando o aposto, está representado por um nome próprio, individualiza um nome comum, não há necessidade de marcá-lo com a pontuação. Veja: O poeta Castro Alves escreveu temas ligados à escravidão. O rio Amazonas é um importante rio brasileiro. O mês de agosto é frio.
  • 19. 19 Um terceiro exemplo de aposto, conhecido como “enumerativo”, é quando se resume uma enumeração em um pronome indefinido, como: tudo, nada, ninguém etc. Os pronomes podem vir antes ou depois do aposto. Exemplos: Os brinquedos, os doces, a festa, nada o agradava. Tudo – alegrias, tristeza, preocupações – ficava estampado logo no seu rosto. Vocativo É a palavra ou expressão que serve para chamar, invocar uma pessoa, animal, ou coisa personificada. Corram, meninos! Cuidado, pessoal, o mar está muito bravo. Chegamos ao fim desta unidade e encerramos também o estudo da sintaxe do período simples. Procure retomar os conceitos apresentados aqui por meio de fichamentos e anotações. Feita esta etapa, coloque em prática seus conhecimentos realizando as atividades propostas.
  • 20. 20 Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II) Material Complementar Para ampliar seus conhecimentos, assista ao vídeo em que o Prof. Pasquale Cipro Neto entrevista o Prof. Evanildo Bechara, um dos maiores linguistas do nosso país. Nesta entrevista, ele nos revela algumas de suas concepções mais básicas sobre o uso e o estudo da língua portuguesa. Assista à entrevista com atenção e aproveite para fazer anotações para que possa retomá-las depois. O link para acesso encontra-se a seguir. Aproveitem o que nos diz o mestre e bons estudos! Vídeos: http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=8357
  • 21. 21 Referências BAGNO, Marcos. Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia e exclusão social. São Paulo: Edições Loyola, 2000. BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37.ª ed. revista e ampliada. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999. BECHARA, Evanildo. Lições de Português pela análise sintática. 19.ª rev. e ampl., com exercícios resolvidos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. KURY, Adriano da Gama. Novas lições de análise sintática. 2.ª ed. São Paulo: Ática, 1986. PERINI, Mario A. Para uma nova gramática do português. 10.ª ed. São Paulo: Ática, 2001.
  • 22. 22 Unidade: A Sintaxe Segundo a Gramática Normativa (II) Anotações