Este documento apresenta conceitos básicos de sintaxe da língua portuguesa, incluindo frase, sujeito, predicado, complementos verbais e adjuntos. Discutem-se elementos como oração, período, voz ativa e passiva, transitividade verbal, e tipos de predicados e complementos.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Gramática - módulo 1.pdf
1. MÓDULO 1 - GRAMÁTICA
SINTAXE DA LÍNGUA PORTUGUESA
2. INTRODUÇÃO
Neste primeiro módulo, vamos estudar a sintaxe da língua português, o
que nos proporcionará uma visão inicial e introdutória da gramática.
Aqui estudaremos alguns elementos importantes, tais como: frase, sujeito,
predicado, complemento do verbo, etc.
A partir daí, poderemos compreender alguns aspectos fundamentais da
nossa língua pátria.
3. Frase:
afinal o que é?
De acordo com Garcia (1982), podemos
definir a frase como um enunciado
capaz de estabelecer uma
comunicação entre seus falantes, por
exemplo: expressar um juízo, indicar uma
ação, um estado ou um fenômeno,
transmitir um apelo, uma ordem ou
externar sentimentos.
4. O que é frase?
Exemplo 1
Por favor, um pastel!
Exemplo 2
Com licença!
Exemplo 3
Lição o ensinou professor a
5. Ambiguidade na
frase
Trabalhei com Pedro quando ainda
solteiro.
Além de a frase cumprir seu
papel comunicacional, é
importante estar atento aos
significados das palavras que
muitas vezes podem dar
margem a mais de uma
interpretação. Em situações
em que isso acontece, temos
ambiguidade, ou duplo
sentido.
6. Oração e
Período
ORAÇÃO:
É a construção que expressa uma ideia que
possua sentido completo, gramatical e/ou
pelo contexto. Ela possui verbo, além de
ponto-final, ponto de interrogação,
exclamação ou reticências.
Ex: Carlos pratica esportes radicais
PERÍODO:
Segundo Gregorim (2011), é a frase composta
por uma ou mais de uma oração. Quando é
formada por apenas uma oração, temos o
período simples. Quando a frase é constituída
por mais de uma oração, temos o período
composto.
Ex: João anda de bicicleta e joga futebol.
7. Perceba que uma frase bem construída não necessita atender somente
regras da norma culta, mas é fundamental possuir sentido lógico que
expresse com clareza o que se afirma, nega, propõe, questiona etc.
Portanto, na omissão do sujeito ou do verbo em frases, é necessário ter
uma comunicação clara e objetiva, sem que a coesão e coerência do
texto sejam prejudicadas.
8. Ordem e sentido
Você acha que mudando a ordem das palavras nas frases abaixo o seu sentido pode ser
alterado?
Paulo telefonou para Maria.
Maria telefonou para Paulo.
Um dos restaurantes fechou.
Fechou um dos restaurantes.
Então podemos concluir que mudando a ordem das palavras da oração, esta poderá ter outro
significado. É importante que cada caso seja analisado com cautela.
9. Sujeito Agora vamos falar sobre o sujeito. O que
lhe vem à mente quando você ouve
essa palavra?
Dado o enunciado ao lado, você
consegue localizar o sujeito?
João ama Maria
10. Sujeito
Agora que já sabemos identificar o “sujeito”, vamos ver alguns conceitos para ajudar nos seus estudos.
Segundo Cegalla (2005), o sujeito é o ser sobre o quase se diz determinada coisa. É formado por um substantivo
ou pronome, ou por uma palavra ou expressão substantivada (ex: o morrer, o porquê, o belo etc.).
Perini (2010) destaca que o sujeito precisa concordar/ser compatível com a pessoa e o numéro indicados pela
terminação verbal.
Além disso, devemos prestar atenção na sequência ou ordem das palavras na frase. Quando há mais de um
substantivo ou pronome, o sujeito é geralmente, o termo que vem antes do verbo.
Ex: “João chamou Maria.” “Maria chamou João.” “Ele me comoveu.” “Não o encontrei.”
11. Oração sem sujeito
Orações com verbos de
apresentação de existência ou
verbos impessoais:
Ter;
Haver (no sentido de existir,
acontecer, realizar-se, decorrer)
Orações com verbos
meteorológicos, que indicam
fenômenos da natureza:
Chover;
Ventar;
Nevar;
Etc...
Orações com verbos que fazem
referência ao tempo:
Ser;
Estar;
Passar;
Fazer.
Também existem situações em que as orações não possuem sujeitos.
É importante que saibamos que, quando os verbos ter e haver são usados no sentido de existir, acontecer, realizar-se,
decorrer, eles não sofrem flexão de número (singular/plural).
O verbo haver é a forma recomendada no uso da norma culta da língua. Mas é comum, na linguagem coloquial/informal, o
uso do verbo ter em vez do haver.
O verbo existir, contudo, aceita sujeito e flexão de número.
12. Sujeito indeterminado
Verbo na 3ª pessoa do plural, sem
referência anterior a ninguém no
contexto:
“Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz...”
Na música “Balada do Louco”,
de Arnaldo Batista e Rita Lee.
Perceba que não é relevante
para o eu lírico da canção
identificar exatamente que o
chama de louco, por isso o uso
do verbo na 3ª pessoa do plural
para identificar o sujeito
Verbo na 3ª pessoa do singular
acompanhado do pronome “se”:
“Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos pra voltar
O que é que a vida fez
Da nossa vida?
O que que a gente
Não faz por amor?”
O primeiro verso da música “Bem
que se quis”, de Pino Danielle e
Nelson Motta, apresenta um
exemplo de sujeito indeterminado
por meio do uso do verbo na 3ª
pessoa do singular, precedido do
índice de indeterminação do
sujeito “se”.
Verbo no infinitivo pessoal
Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo, cravar esse chão...
Nos versos da música “Sonho
impossível”, de Chico Buarque e Ruy
Guerra, o uso dos verbos no Infinitivo
Impessoal também faz com que o
sentimento não se limite à ação de
apenas uma pessoa; pelo contrário,
surte o efeito de evocação, de
chamado de todos para esse tipo
de atitude.
13. Verbo
A chave da oração
É a partir do verbo que conseguimos
identificar a relação que se estabelece
entre os demais termos da oração.
O verbo pode exigir outras palavras para
completar-lhe o sentido, como o objeto
direto e indireto.
E o verbo pode ainda requerer alguns
termos que, embora não sejam tão
indispensáveis para o entendimento,
como é o caso dos adjuntos, que
auxiliam o ouvinte/leitor a compreender
melhor a ideia que o verbo deseja
comunicar.
14. Transitividade do verbo
Intransitivo: esse tipo de verbo expressa um sentido por si só, ou seja, o sentido da ação, do
processo ou estado que está indicado pelo verbo não transita e nem se transfere para outro
elemento. Exemplo: Michael Jackson morreu em 2009.
Transitivo: este precisa de um complemento para expressar seu sentido por completo, ou seja, o
sentido da ação, do processo ou estado que está indicado no verbo transita para outro elemento
da oração. Exemplos: “Bianca pediu um suco.” – “A mãe assistiu ao jogo.”
Bitransitivo: este necessita de dois complementos para que seu sentido seja expresso, ou seja, o
sentido da ação, do processo ou estado que está indicado pelo verbo transita para outros dois
elementos que estão contidos na oração: objeto direto (OD) e objeto indireto (OI).
Exemplo: A mãe escreveu um bilhete ao filho.
Ligação: Faz a ligação com o verbo, efetuando a junção entre o sujeito e a palavra ou expressão
que o qualifica/caracteriza. Exemplos: “A terra é redonda.” – “O cachorro está doente.”
15. Agente da passiva
Podemos identificar quando um verbo está na voz passiva quando o
sujeito é paciente, ou seja, sofre ou recebe a ação que foi indicada pelo
verbo. Na voz passiva podem ser usados apenas os verbos transitivos.
Exemplo: A criança é acompanhada pela mãe.
Sujeito
paciente
Verbo na
voz passiva
Agente da
passiva
é acompanhada
Verbo de
ligação
Verbo principal no
particípio passado
17. Predicado:
do que se trata?
O predicado é o que se enuncia a
respeito de alguém ou algo. É o
predicado que nos dá a noção de
ação, processo ou estado. Em
muitas orações, o predicado é o
próprio verbo, como se observa em
exemplos como: chove; leio; chora.
19. Tipos de predicados:
Verbal
Neste tipo de predicado,
o núcleo é o verbo.
Exemplo:
Rafael Nadal joga tênis
Nominal
Neste, o núcleo do predicado é
um nome (substantivo, adjetivo
ou pronome) ligado ao sujeito por
um verbo de ligação (ser, estar,
etc).
Exemplo:
Roger Federer e Rafael Nadal são tenistas.
Verbo-nominal
Aqui há dois núcleos do
predicado: um verbo e um
nome(substantivo, adjetivo
ou pronome).
Exemplo:
Rafael Nadal terminou a partida exausto.
20. Predicativo do
sujeito
Segundo Cegalla (2005), predicativo
do sujeito é o termo que exprime
uma qualidade, um estado ou um
modo de ser do sujeito, ao qual se
prende por um verbo de ligação, no
predicado nominal ou verbo-
nominal.
Exemplos:
O tampo era de granito.
O bebê estava com fome.
21. Predicativo do sujeito
Observe a tirinha abaixo. Onde está o sujeito da oração? Onde está então o
Predicativo do Sujeito?
22. Complemento nominal
A criança ficou
muito contente
com o presente.
O complemento nominal é o termo
complementar exigido por um
substantivo, adjetivo ou advérbio para
que estes termos tenham sentido
completo.
Ele representa o alvo da ação
indicada por um nome transitivo (que
pede complemento) e vem sempre
precedido de preposição (a, para,
com, de, contra, etc.)
Observe o exemplo ao lado e tente
identificar o complemento nominal
23. Complemento Nominal
Observe a ilustração abaixo e a oração que a acompanha. A qual termo da
oração a expressão “de você mesmo” está relacionada?
24. Adjunto adnominal
Água da fonte.
Olhar de víbora.
O planeta.
Terceira porta.
Bebeu água fresca.
Capítulo quinto, disse.
Segundo Cegalla (2005), adjunto
nominal é o termo que
caracteriza ou determina os
substantivos. Ele pode ser
indicado por adjetivo, artigos,
numerais, locuções ou expressões
adjetivas que exprimem
qualidade, posse, origem, fim ou
outra especificação.
Veja o exemplo ao lado:
25. Adjunto adverbial
Naufragou na baía.
Falou timidamente.
Tropeçou por distração.
Segundo Cegalla (2005), adjunto
adverbial é o termo que indica uma
circunstância, intensifica ou modifica o
sentido de um verbo, adjetivo ou
advérbio. Pode ser expresso por
advérbios ou locuções adverbiais.
Ele se classifica de acordo com a
circunstância que demonstra: adjunto
adverbial de lugar, modo, tempo,
intensidade, causa, companhia,
assunto, negação, etc.
Vejamos alguns exemplos do lado: