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 Inês de Castro é um episódio que simboliza a força do
amor em Portugal. Ocorreu em 1355. Esse episódio
ocupa as estrofes 118 até a 135 do canto III. Esse conto,
narra o assassinato de Inês de Castro comandado pelos
ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D.
Pedro, seu amante. Sua maior parte é narrada por Vasco
da Gama, que conta a história de Portugal ao rei de
Melinde. O canto III é considerado um dos mais belos
momentos do poema, pois é a um só tempo um episódio
histórico e lírico: por trás da voz do narrador, e da própria
Inês, da para perceber a voz e a expressão pessoal do
poeta. Camões, através da fala de Vasco da Gama,
destaca do episódio sua carga romântica e dramática,
deixando assim em segundo plano as questões políticas
que o marcam.
 Dom Pedro, príncipe de Portugal, filho do Rei Afonso IV,
era casado com D. Constança, mas se apaixonara por
Inês de Castro, que era dama de companhia de D.
Constança e filha ilegítima de um nobre português. Após
a morte de D. Constança, Inês foi morar em Coimbra às
margens do Rio Mondego e D. Pedro, futuro Reio de
Portugal, viúvo, queria selar seu amor com Inês fazendo
dela sua rainha.
 Rei Afonso IV, temendo pela sucessão do trono que seria
seu neto, filho de Constança e pela influência dos nobres
que temiam a influência castelhana, tenta resgatar o filho
e conduzi-lo a um casamento que obedecesse não aos
caprichos do cupido, mas sim às conveniências de
Portugal. Para isso, sem outra alternativa, o rei manda vir
Inês para que seja executada.
 Após ouvir a sentença, Inês ergueu os olhos aos céus e disse:
 “Até mesmo as feras, cruéis de nascença, e as aves de rapina já
demonstraram piedade com as crianças pequenas. O senhor,
que tem o rosto e o coração humanos, deveria ao menos
compadecer-se destas criancinhas, seus netos, já que não se
comove com a morte de uma mulher fraca e sem força,
condenada somente por ter entregue o coração a quem soube
conquistá-lo. E se o senhor sabe espalhar a morte com fogo e
ferro, vencendo a resistência dos mouros, deve saber também
dar a vida, com clemência, a quem nenhum crime cometeu para
perdê-la. Mas se devo ser punida, mesmo inocente, mande-me
para o exílio perpétuo e mísero na gelada Cítia ou na ardente
Líbia onde eu viva eternamente em lágrimas. Ponha-me entre os
leões e tigres, onde só exista crueldade. E verei se neles posso
achar a piedade que não achei entre corações humanos. E lá, o
amor e o pensamento naquele por quem fui condenada a morrer,
criarei os seus filhos, que o senhor acaba de ver, e que serão o
consolo de sua triste mãe.”
 O rei, apesar de ter-se comovido com essas palavras, até
chegou a pensar em absolver Inês, quando os executores
sacaram suas espadas e degolaram Inês. Isso ocorreu em 1355
e diz a lenda que D. Pedro, inconformado, mandou vesti-la com
roupas nupciais, sentou o cadáver no trono e fez os nobres lhe
beijarem a mão. Daí fala-se que “a infeliz foi rainha depois de
morta”.
 Na verdade, D. Pedro manda transladar o corpo de Inês do
mosteiro com pompas de rainha para o mosteiro de Alcobaça em
1361, quando já era rei. Portanto, seis anos após o assassinato.
Após subir ao trono, D. Pedro conseguiu que outro Pedro, o
Cruel, rei de Castela, lhe entregasse os homicidas, que para lá
fugiram, pois os dois monarcas tinham um pacto de devolver um
ao outro os respectivos inimigos.
 D. Pedro, querendo imortalizar seu amor por Inês, jurou em
presença de sua corte que havia se casado clandestinamente
com ela, tornando-a, dessa maneira, em rainha após a morte.
 Passada esta tão próspera
vitória,
Tornado Afonso à Lusitana
Terra,
A se lograr da paz com tanta
glória
Quanta soube ganhar na dura
guerra,
O caso triste e dino da
memória,
Que do sepulcro os homens
desenterra,
Aconteceu da mísera e
mesquinha
Que despois de ser morta foi
Rainha.
 Tu, só tu, puro amor, com
força crua,
Que os corações humanos
tanto obriga,
Deste causa à molesta morte
sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a
sede tua
Nem com lágrimas tristes se
mitiga,
É porque queres, áspero e
tirano,
Tuas aras banhar em sangue
humano.
 Estavas, linda Inês, posta em
sossego,
De teus anos colhendo doce
fruito,
Naquele engano da alma,
ledo e cego,
Que a fortuna não deixa
durar muito,
Nos saudosos campos do
Mondego,
De teus fermosos olhos
nunca enxuito,
Aos montes insinando e às
ervinhas
O nome que no peito escrito
tinhas.
 Do teu Príncipe ali te
respondiam
As lembranças que na alma
lhe moravam,
Que sempre ante seus olhos
te traziam,
Quando dos teus fernosos se
apartavam;
De noite, em doces sonhos
que mentiam,
De dia, em pensamentos que
voavam;
E quanto, enfim, cuidava e
quanto via
Eram tudo memórias de
alegria.
 De outras belas senhoras e
Princesas
Os desejados tálamos
enjeita,
Que tudo, enfim, tu, puro
amor, desprezas,
Quando um gesto suave te
sujeita.
Vendo estas namoradas
estranhezas,
O velho pai sesudo, que
respeita
O murmurar do povo e a
fantasia
Do filho, que casar-se não
queria,
 Tirar Inês ao mundo
determina,
Por lhe tirar o filho que tem
preso,
Crendo co sangue só da
morte ladina
Matar do firme amor o fogo
aceso.
Que furor consentiu que a
espada fina,
Que pôde sustentar o grande
peso
Do furor Mauro, fosse
alevantada
Contra hûa fraca dama
delicada?
 Traziam-na os horríficos
algozes
Ante o Rei, já movido a
piedade;
Mas o povo, com falsas e
ferozes
Razões, à morte crua o
persuade.
Ela, com tristes e piedosas
vozes,
Saídas só da mágoa e
saudade
Do seu Príncipe e filhos, que
deixava,
Que mais que a própria
morte a magoava,
 Pera o céu cristalino
alevantando,
Com lágrimas, os olhos
piedosos
(Os olhos, porque as mãos lhe
estava atando
Um dos duros ministros
rigorosos);
E despois, nos mininos
atentando,
Que tão queridos tinha e tão
mimosos,
Cuja orfindade como mãe
temia,
Pera o avô cruel assi dizia:
 (Se já nas brutas feras, cuja
mente
Natura fez cruel de
nascimento,
E nas aves agrestes, que
somente
Nas rapinas aéreas tem o
intento,
Com pequenas crianças viu
a gente
Terem tão piedoso
sentimento
Como co a mãe de Nino já
mostraram,
E cos irmãos que Roma
edificaram:
 ó tu, que tens de humano o
gesto e o peito
(Se de humano é matar hûa
donzela,
Fraca e sem força, só por ter
sujeito
O coração a quem soube
vencê-la),
A estas criancinhas tem
respeito,
Pois o não tens à morte
escura dela;
Mova-te a piedade sua e
minha,
Pois te não move a culpa que
não tinha.
 E se, vencendo a Maura
resistência,
A morte sabes dar com fogo
e ferro,
Sabe também dar vida, com
clemência,
A quem peja perdê-la não fez
erro.
Mas, se to assi merece esta
inocência,
Põe-me em perpétuo e
mísero desterro,
Na Cítia fria ou lá na Líbia
ardente,
Onde em lágrimas viva
eternamente.
 Põe-me onde se use toda a
feridade,
Entre leões e tigres, e verei
Se neles achar posso a
piedade
Que entre peitos humanos
não achei.
Ali, co amor intrínseco e
vontade
Naquele por quem mouro,
criarei
Estas relíquias suas que aqui
viste,
Que refrigério sejam da mãe
triste.)
 Queria perdoar-lhe o Rei
benino,
Movido das palavras que o
magoam;
Mas o pertinaz povo e seu
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(Que desta sorte o quis) lhe
não perdoam.
Arrancam das espadas de
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apregoam.
Contra hûa dama, ó peitos
carniceiros,
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 Qual contra a linda moça
Polycena,
Consolação extrema da mãe
velha,
Porque a sombra de Aquiles a
condena,
Co ferro o duro Pirro se
aparelha;
Mas ela, os olhos, com que o
ar serena
(Bem como paciente e mansa
ovelha),
Na mísera mãe postos, que
endoudece,
Ao duro sacrifício se oferece:
 Tais contra Inês os brutos
matadores,
No colo de alabastro, que
sustinha
As obras com que Amor
matou de amores
Aquele que despois a fez
Rainha,
As espadas banhando e as
brancas flores,
Que ela dos olhos seus
regadas tinha,
Se encarniçavam, fervidos e
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No futuro castigo não
cuidosos.
 Bem puderas, ó Sol, da vista
destes,
Teus raios apartar aquele dia,
Como da seva mesa de
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Atreu comia !
Vós, ó côncavos vales, que
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O nome do seu Pedro, que lhe
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Sendo das mãos lacivas
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O cheiro traz perdido e a cor
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Tal está, morta, a pálida
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Secas do rosto as rosas e
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Longo tempo chorando
memoraram,
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As lágrimas choradas
transformaram.
O nome lhe puseram, que
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 Trabalho de Literatura
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Os Lusíadas - Canto III

  • 1.
  • 2.  Inês de Castro é um episódio que simboliza a força do amor em Portugal. Ocorreu em 1355. Esse episódio ocupa as estrofes 118 até a 135 do canto III. Esse conto, narra o assassinato de Inês de Castro comandado pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante. Sua maior parte é narrada por Vasco da Gama, que conta a história de Portugal ao rei de Melinde. O canto III é considerado um dos mais belos momentos do poema, pois é a um só tempo um episódio histórico e lírico: por trás da voz do narrador, e da própria Inês, da para perceber a voz e a expressão pessoal do poeta. Camões, através da fala de Vasco da Gama, destaca do episódio sua carga romântica e dramática, deixando assim em segundo plano as questões políticas que o marcam.
  • 3.  Dom Pedro, príncipe de Portugal, filho do Rei Afonso IV, era casado com D. Constança, mas se apaixonara por Inês de Castro, que era dama de companhia de D. Constança e filha ilegítima de um nobre português. Após a morte de D. Constança, Inês foi morar em Coimbra às margens do Rio Mondego e D. Pedro, futuro Reio de Portugal, viúvo, queria selar seu amor com Inês fazendo dela sua rainha.  Rei Afonso IV, temendo pela sucessão do trono que seria seu neto, filho de Constança e pela influência dos nobres que temiam a influência castelhana, tenta resgatar o filho e conduzi-lo a um casamento que obedecesse não aos caprichos do cupido, mas sim às conveniências de Portugal. Para isso, sem outra alternativa, o rei manda vir Inês para que seja executada.
  • 4.  Após ouvir a sentença, Inês ergueu os olhos aos céus e disse:  “Até mesmo as feras, cruéis de nascença, e as aves de rapina já demonstraram piedade com as crianças pequenas. O senhor, que tem o rosto e o coração humanos, deveria ao menos compadecer-se destas criancinhas, seus netos, já que não se comove com a morte de uma mulher fraca e sem força, condenada somente por ter entregue o coração a quem soube conquistá-lo. E se o senhor sabe espalhar a morte com fogo e ferro, vencendo a resistência dos mouros, deve saber também dar a vida, com clemência, a quem nenhum crime cometeu para perdê-la. Mas se devo ser punida, mesmo inocente, mande-me para o exílio perpétuo e mísero na gelada Cítia ou na ardente Líbia onde eu viva eternamente em lágrimas. Ponha-me entre os leões e tigres, onde só exista crueldade. E verei se neles posso achar a piedade que não achei entre corações humanos. E lá, o amor e o pensamento naquele por quem fui condenada a morrer, criarei os seus filhos, que o senhor acaba de ver, e que serão o consolo de sua triste mãe.”
  • 5.  O rei, apesar de ter-se comovido com essas palavras, até chegou a pensar em absolver Inês, quando os executores sacaram suas espadas e degolaram Inês. Isso ocorreu em 1355 e diz a lenda que D. Pedro, inconformado, mandou vesti-la com roupas nupciais, sentou o cadáver no trono e fez os nobres lhe beijarem a mão. Daí fala-se que “a infeliz foi rainha depois de morta”.  Na verdade, D. Pedro manda transladar o corpo de Inês do mosteiro com pompas de rainha para o mosteiro de Alcobaça em 1361, quando já era rei. Portanto, seis anos após o assassinato. Após subir ao trono, D. Pedro conseguiu que outro Pedro, o Cruel, rei de Castela, lhe entregasse os homicidas, que para lá fugiram, pois os dois monarcas tinham um pacto de devolver um ao outro os respectivos inimigos.  D. Pedro, querendo imortalizar seu amor por Inês, jurou em presença de sua corte que havia se casado clandestinamente com ela, tornando-a, dessa maneira, em rainha após a morte.
  • 6.  Passada esta tão próspera vitória, Tornado Afonso à Lusitana Terra, A se lograr da paz com tanta glória Quanta soube ganhar na dura guerra, O caso triste e dino da memória, Que do sepulcro os homens desenterra, Aconteceu da mísera e mesquinha Que despois de ser morta foi Rainha.  Tu, só tu, puro amor, com força crua, Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à molesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga, É porque queres, áspero e tirano, Tuas aras banhar em sangue humano.
  • 7.  Estavas, linda Inês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruito, Naquele engano da alma, ledo e cego, Que a fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus fermosos olhos nunca enxuito, Aos montes insinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas.  Do teu Príncipe ali te respondiam As lembranças que na alma lhe moravam, Que sempre ante seus olhos te traziam, Quando dos teus fernosos se apartavam; De noite, em doces sonhos que mentiam, De dia, em pensamentos que voavam; E quanto, enfim, cuidava e quanto via Eram tudo memórias de alegria.
  • 8.  De outras belas senhoras e Princesas Os desejados tálamos enjeita, Que tudo, enfim, tu, puro amor, desprezas, Quando um gesto suave te sujeita. Vendo estas namoradas estranhezas, O velho pai sesudo, que respeita O murmurar do povo e a fantasia Do filho, que casar-se não queria,  Tirar Inês ao mundo determina, Por lhe tirar o filho que tem preso, Crendo co sangue só da morte ladina Matar do firme amor o fogo aceso. Que furor consentiu que a espada fina, Que pôde sustentar o grande peso Do furor Mauro, fosse alevantada Contra hûa fraca dama delicada?
  • 9.  Traziam-na os horríficos algozes Ante o Rei, já movido a piedade; Mas o povo, com falsas e ferozes Razões, à morte crua o persuade. Ela, com tristes e piedosas vozes, Saídas só da mágoa e saudade Do seu Príncipe e filhos, que deixava, Que mais que a própria morte a magoava,  Pera o céu cristalino alevantando, Com lágrimas, os olhos piedosos (Os olhos, porque as mãos lhe estava atando Um dos duros ministros rigorosos); E despois, nos mininos atentando, Que tão queridos tinha e tão mimosos, Cuja orfindade como mãe temia, Pera o avô cruel assi dizia:
  • 10.  (Se já nas brutas feras, cuja mente Natura fez cruel de nascimento, E nas aves agrestes, que somente Nas rapinas aéreas tem o intento, Com pequenas crianças viu a gente Terem tão piedoso sentimento Como co a mãe de Nino já mostraram, E cos irmãos que Roma edificaram:  ó tu, que tens de humano o gesto e o peito (Se de humano é matar hûa donzela, Fraca e sem força, só por ter sujeito O coração a quem soube vencê-la), A estas criancinhas tem respeito, Pois o não tens à morte escura dela; Mova-te a piedade sua e minha, Pois te não move a culpa que não tinha.
  • 11.  E se, vencendo a Maura resistência, A morte sabes dar com fogo e ferro, Sabe também dar vida, com clemência, A quem peja perdê-la não fez erro. Mas, se to assi merece esta inocência, Põe-me em perpétuo e mísero desterro, Na Cítia fria ou lá na Líbia ardente, Onde em lágrimas viva eternamente.  Põe-me onde se use toda a feridade, Entre leões e tigres, e verei Se neles achar posso a piedade Que entre peitos humanos não achei. Ali, co amor intrínseco e vontade Naquele por quem mouro, criarei Estas relíquias suas que aqui viste, Que refrigério sejam da mãe triste.)
  • 12.  Queria perdoar-lhe o Rei benino, Movido das palavras que o magoam; Mas o pertinaz povo e seu destino (Que desta sorte o quis) lhe não perdoam. Arrancam das espadas de aço fino Os que por bom tal feito ali apregoam. Contra hûa dama, ó peitos carniceiros, Feros vos amostrais e cavaleiros?  Qual contra a linda moça Polycena, Consolação extrema da mãe velha, Porque a sombra de Aquiles a condena, Co ferro o duro Pirro se aparelha; Mas ela, os olhos, com que o ar serena (Bem como paciente e mansa ovelha), Na mísera mãe postos, que endoudece, Ao duro sacrifício se oferece:
  • 13.  Tais contra Inês os brutos matadores, No colo de alabastro, que sustinha As obras com que Amor matou de amores Aquele que despois a fez Rainha, As espadas banhando e as brancas flores, Que ela dos olhos seus regadas tinha, Se encarniçavam, fervidos e irosos, No futuro castigo não cuidosos.  Bem puderas, ó Sol, da vista destes, Teus raios apartar aquele dia, Como da seva mesa de Tiestes, Quando os filhos por mão de Atreu comia ! Vós, ó côncavos vales, que pudestes A voz extrema ouvir da boca fria, O nome do seu Pedro, que lhe ouvistes, Por muito grande espaço repetistes.
  • 14.  Assi como a bonina, que cortada Antes do tempo foi, cândida e bela, Sendo das mãos lacivas maltratada Da minina que a trouxe na capela, O cheiro traz perdido e a cor murchada: Tal está, morta, a pálida donzela, Secas do rosto as rosas e perdida A branca e viva cor, co a doce vida.  As filhas do Mondego a morte escura Longo tempo chorando memoraram, E, por memória eterna, em fonte pura As lágrimas choradas transformaram. O nome lhe puseram, que inda dura, Dos amores de Inês, que ali passaram. Vede que fresca fonte rega as flores, Que lágrimas são a água e o nome Amores.
  • 15.  Trabalho de Literatura  Os Lusíadas – Canto III  Alunas:  Cláudia Augusto nº 4  Sofia Lopes nº 25  Professora: Eloá Schuler