1) O Sermão da Sexagésima foi proferido em 1655 pelo Padre Antônio Vieira e é considerado seu sermão mais importante.
2) Vieira tentava colocar a estética barroca e sua ideologia da Contra-Reforma nos textos.
3) O sermão é formado por 10 capítulos e faz uma crítica ao estilo barroco e ao cultismo.
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Amor de perdição pedro
1. Sermão da Sexagésima
O Pe. Antônio Vieira (1608-1697) é o melhor
representante do estilo literário barroco no
Brasil. O religioso escreveu diversas obras e
sermões, entre eles o mais famoso é o da
Sexagésima, que foi proferido na Capela real de
Lisboa em 1655. Grande orador, este é
considerado o seu sermão mais importante. Ele
tentava colocar em seus textos a estética
Barroca em sua expressão máxima, além de sua
ideologia sobre a Contra-Reforma e temas
cristãos.
2. No total o Sermão da Sexagésima
é formado por 10 pequenos
capítulos, onde ele faz uma
crítica ao estilo Barroco e ao
Cultismo. Devido a sua posição
na igreja e o local onde leu este
sermão, acredita-se que sua
platéia era composta pela
nobreza católica de Portugal da
época. Vieira é reconhecido por
sua ótima oratória, e chamava
atenção do público, fazendo
perguntas em que ele mesmo
respondia.
3. Amor de perdição
Há de pensar muita gente que V. Exa. não dá valor algum a este livro, que a
minha gratidão lhe dedica. porque muita gente está persuadida que ministros
do Estado não lêem novelas. É um colega de V. Exa. discorrer no parlamento
acerca de caminhos de ferro - Com tanto engenho o fazia, de tantas flores
matizara aquela matéria. que me deleitou ouvi-lo. Na noite desse dia,
encontrei o colega de V. Exa. a ler "Fanny", aquela "Fanny" que sabia tanto de
caminhos de ferro como eu.
Que V. Exa. tem romances na sua biblioteca, é convicção minha. Que lá tem
alguns, que não leu, porque o tempo lhe falece e outros porque não merecem
tempo, também o creio. Dê V. Exa., no lote dos segundos, um lugar a este
livro. e terá assim V. Exa. significado que o recebe e aprecia, por levar em si o
nome do mais agradecido e respeitador criado de V. Exa..
Na cadeia da Relação do Porto,
aos 24 de setembro de 1861.
4. Introdução
Folheando os livros de antigos
assentamentos, no cartório das
cadeias da Relação do Porto, li, no das
entradas dos presos desde 1803 a
1805, a folhas 232, o seguinte:
Simão Antônio Botelho, que assim
disse chamar-se, ser
solteiro, e estudante na Universidade
de Coimbra, natural da cidade de
Lisboa, e assistente na ocasião de sua
prisão na cidade de Viseu, idade de
dezoito anos, filho de Domingos José
Correia Botelho e de D. Rita Preciosa
Caldeirão Castelo Branco; estatura
ordinária, cara redonda, olhos
castanhos, cabelo e barba preta,
vestido com jaqueta de baetão azul,
colete de fustão pintado e calça de
pano pedrês. E fiz este assento, que
assinei - Filipe Moreira Dias.