O documento descreve a história do surgimento do islamismo na Arábia e sua expansão para a Península Ibérica através da conquista árabe entre 710-713 d.C. Inclui detalhes sobre Maomé, a divisão entre sunitas e xiitas, e o estabelecimento do Califado Omíada no território chamado de Al-Andalus.
O documento descreve a Reconquista da Península Ibérica pelos reinos cristãos contra os muçulmanos, culminando na formação do Reino de Portugal. Detalha a expansão do Condado Portucalense com D. Henrique e a independência de Portugal sob D. Afonso Henriques. Também aborda a Revolução de Avis que garantiu definitivamente a independência portuguesa após a vitória sobre Castela na Batalha de Aljubarrota.
1) No século VI, nasceu Maomé na cidade de Meca e fundou o Islamismo aos 40 anos, após ter recebido uma mensagem de Deus através do anjo Gabriel.
2) Maomé transmitiu os cinco pilares do Islão aos seus seguidores e, em 622, fugiu de Meca para Medina, dando início ao calendário islâmico.
3) Após a morte de Maomé em 632, o Império Islâmico expandiu-se rapidamente sob o comando dos califas.
Este documento descreve a Reforma e a Contrarreforma. A Reforma foi um movimento no século XVI que levou à divisão da Igreja Cristã entre Católicos e Protestantes. A Contrarreforma foi a resposta da Igreja Católica ao avanço do Protestantismo, incluindo ações como o Concílio de Trento e o restabelecimento da Inquisição.
O documento descreve os antigos reinos africanos de Gana, Mali e Songhai. Gana foi fundado pelos Soninkés no século IV e se tornou conhecido por seu comércio de ouro com os povos do deserto. Mali conquistou o território de Gana no século XIII sob a liderança de Sundiata e se expandiu sob Mansa Musa. O Império Songhai surgiu no século XV após a queda de Mali e alcançou seu auge sob Askia Mohammed Touré, até ser conquistado por Marro
Na África Medieval existiram diversos grandes reinos, incluindo Gana, Mali e Songhai no oeste, e os reinos Iorubá e Congo no sul. Esses reinos desenvolveram sociedades ricas e complexas, com economias baseadas no comércio de ouro, sal e outros bens. Eles também tiveram importantes centros urbanos, arte, religião e tradições orais.
Os descobrimentos Portugueses e a concorrência de EspanhaRainha Maga
O documento descreve a expansão portuguesa nos séculos XV-XVI através de conquistas e descobertas, lideradas inicialmente pelo Infante D. Henrique. Portugal conquistou Ceuta em 1415 e expandiu-se pelas ilhas atlânticas e costa ocidental africana. Em 1498, Vasco da Gama chegou à Índia, abrindo o caminho para a construção do império português no oriente.
O documento descreve os principais fatores que levaram ao início da Primeira Guerra Mundial em 1914, incluindo rivalidades imperiais, disputas territoriais e alianças militares. Detalha também os principais eventos do conflito, como a entrada dos Estados Unidos e a Revolução Russa em 1917, culminando na derrota alemã em 1918 e nos tratados de paz posteriores.
No século VIII, muçulmanos originários da Arábia conquistaram a Península Ibérica, estabelecendo um império que se espalhou do Oceano Índico ao Atlântico. Apenas as Astúrias resistiram à conquista. Ao longo de oitocentos anos de domínio muçulmano, sua cultura influenciou a arquitetura, agricultura, medicina e língua da Península, embora os reinos cristãos aos poucos recuperassem o território durante a Reconqu
O documento descreve a Reconquista da Península Ibérica pelos reinos cristãos contra os muçulmanos, culminando na formação do Reino de Portugal. Detalha a expansão do Condado Portucalense com D. Henrique e a independência de Portugal sob D. Afonso Henriques. Também aborda a Revolução de Avis que garantiu definitivamente a independência portuguesa após a vitória sobre Castela na Batalha de Aljubarrota.
1) No século VI, nasceu Maomé na cidade de Meca e fundou o Islamismo aos 40 anos, após ter recebido uma mensagem de Deus através do anjo Gabriel.
2) Maomé transmitiu os cinco pilares do Islão aos seus seguidores e, em 622, fugiu de Meca para Medina, dando início ao calendário islâmico.
3) Após a morte de Maomé em 632, o Império Islâmico expandiu-se rapidamente sob o comando dos califas.
Este documento descreve a Reforma e a Contrarreforma. A Reforma foi um movimento no século XVI que levou à divisão da Igreja Cristã entre Católicos e Protestantes. A Contrarreforma foi a resposta da Igreja Católica ao avanço do Protestantismo, incluindo ações como o Concílio de Trento e o restabelecimento da Inquisição.
O documento descreve os antigos reinos africanos de Gana, Mali e Songhai. Gana foi fundado pelos Soninkés no século IV e se tornou conhecido por seu comércio de ouro com os povos do deserto. Mali conquistou o território de Gana no século XIII sob a liderança de Sundiata e se expandiu sob Mansa Musa. O Império Songhai surgiu no século XV após a queda de Mali e alcançou seu auge sob Askia Mohammed Touré, até ser conquistado por Marro
Na África Medieval existiram diversos grandes reinos, incluindo Gana, Mali e Songhai no oeste, e os reinos Iorubá e Congo no sul. Esses reinos desenvolveram sociedades ricas e complexas, com economias baseadas no comércio de ouro, sal e outros bens. Eles também tiveram importantes centros urbanos, arte, religião e tradições orais.
Os descobrimentos Portugueses e a concorrência de EspanhaRainha Maga
O documento descreve a expansão portuguesa nos séculos XV-XVI através de conquistas e descobertas, lideradas inicialmente pelo Infante D. Henrique. Portugal conquistou Ceuta em 1415 e expandiu-se pelas ilhas atlânticas e costa ocidental africana. Em 1498, Vasco da Gama chegou à Índia, abrindo o caminho para a construção do império português no oriente.
O documento descreve os principais fatores que levaram ao início da Primeira Guerra Mundial em 1914, incluindo rivalidades imperiais, disputas territoriais e alianças militares. Detalha também os principais eventos do conflito, como a entrada dos Estados Unidos e a Revolução Russa em 1917, culminando na derrota alemã em 1918 e nos tratados de paz posteriores.
No século VIII, muçulmanos originários da Arábia conquistaram a Península Ibérica, estabelecendo um império que se espalhou do Oceano Índico ao Atlântico. Apenas as Astúrias resistiram à conquista. Ao longo de oitocentos anos de domínio muçulmano, sua cultura influenciou a arquitetura, agricultura, medicina e língua da Península, embora os reinos cristãos aos poucos recuperassem o território durante a Reconqu
O documento descreve a invasão holandesa no Brasil no século XVII. Em três frases:
1) Os holandeses atacaram Salvador em 1624 e ocuparam Pernambuco em 1630, estabelecendo um governo colonial.
2) Sob o governo de Maurício de Nassau (1637-1644), os holandeses organizaram a produção açucareira e construíram a cidade de Maurícia, promovendo também as artes e ciências.
3) Uma insurreição luso-brasileira entre 1645-1654
1) A África parece ter sido o berço da humanidade, onde surgiram os primeiros hominídeos e a espécie Homo sapiens.
2) O deserto do Saara isola a África do Norte da África subsaariana.
3) O rio Nilo sempre foi importante para os povos africanos devido à fertilidade de suas margens.
O documento descreve a Reforma Religiosa que ocorreu na Europa no século XVI. Martinho Lutero questionou publicamente a Igreja Católica por suas práticas como a venda de indulgências, dando início à Reforma Protestante. Outros reformadores como João Calvino e Henrique VIII também criticaram a Igreja e fundaram novas religiões como o Calvinismo e o Anglicanismo. A Igreja Católica respondeu com a Contra-Reforma, realizando o Concílio de Trento para reafirmar seus dogmas e comb
O documento descreve a economia açucareira no Brasil colonial, desde sua chegada em 1500 até o século XVII. A produção de açúcar exigiu grandes investimentos de capitais portugueses e holandeses para a construção de engenhos no Nordeste. Estes engenhos utilizavam mão de obra escrava africana para o cultivo e processamento da cana-de-açúcar. As vilas e cidades que surgiram em torno dos engenhos apoiavam a economia açucareira por meio do comé
O Império Romano entrou em crise no século III d.C. devido a problemas econômicos e invasões de povos bárbaros. A economia declinou, a população se mudou para zonas rurais e os povos germânicos invadiram o Império nos séculos IV e V, capturando Roma. Constantino transferiu a capital para Constantinopla e em 395 o Império foi dividido em duas metades, mas a fragmentação política e as disputas internas levaram ao colapso do Império Ocidental.
A primeira fase da Baixa Idade Média (Séculos XI-XIII) viu o aperfeiçoamento agrícola, crescimento populacional e expansão territorial através das Cruzadas, levando ao renascimento comercial e urbano e surgimento da burguesia. A segunda fase (Séculos XIV-XV) foi marcada por fome, peste e guerra, enquanto a economia medieval dependia da agricultura de subsistência, embora o comércio e artesanato garantissem alguma circulação de mercadorias.
O documento descreve o sistema político e econômico do Antigo Regime nos séculos XVII e XVIII, caracterizado pelo absolutismo e mercantilismo. Aborda especificamente a situação em Portugal, onde a agricultura tradicional e o comércio colonial eram a base da economia, e as reformas implementadas pelo Marquês de Pombal após o terremoto de 1755 visavam centralizar o poder do Estado.
O documento descreve a história da África pré-colonial, quando os diferentes grupos viviam em reinos e impérios organizados, como o Egito, Núbia e Etiópia. Também discute como os portugueses começaram a explorar e comercializar com a África a partir de 1415, inclusive escravizando e transportando africanos para o Brasil.
O documento descreve o contexto do expansionismo europeu nos séculos XV e XVI, com foco no papel de Portugal. Resume os principais pontos como: 1) A exploração portuguesa ao longo da costa africana desde o século XV, culminando na rota para a Índia descoberta por Vasco da Gama; 2) O estabelecimento de feitorias e fortalezas comerciais ao longo da costa ocidental africana; 3) A colonização dos arquipélagos atlânticos e do Brasil no século XVI sob o sistema de
A Baixa Idade Média entre os séculos XI e XVI foi um período de grandes transformações comerciais e urbanas na Europa. A reabertura do comércio no Mediterrâneo e o intenso comércio de especiarias entre o Oriente e Ocidente estimularam o crescimento de cidades portuárias como Veneza e Gênova. Inovações agrícolas também aumentaram a produção e população, culminando no renascimento das cidades e mudança do cenário do Ocidente. A economia monetária e surgimento
A sociedade medieval era dividida em grupos privilegiados e não privilegiados. Os grupos privilegiados eram o clero, que rezava, e a nobreza, que lutava. O clero gozava de grandes poderes e privilégios e dividia-se em alto e baixo clero. A nobreza possuía terras e castelos e tinha direitos como cobrar impostos. Os camponeses eram os não privilegiados e dividiam-se em colonos e servos, trabalhando nas terras dos senhores.
O documento discute a história do café no Brasil, desde a época colonial até a República, incluindo a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808 e a independência do Brasil em 1822. Além disso, fornece exercícios sobre esses tópicos.
As Grandes Navegações foram uma série de expedições marítimas realizadas entre os séculos XV e XVII pelas monarquias europeias, visando encontrar novas rotas comerciais para a Índia que não passassem pelo Mediterrâneo controlado por cidades italianas, além de expandir territórios e espalhar a fé católica.
O nascimento do islamismo e a expansão muçulmanaHizqeelMajoka
O documento descreve a origem e expansão do Islão. Começa com a pregação de Maomé na Arábia no século VII e a fuga para Medina devido à oposição. Após a morte de Maomé em 632, a Arábia estava unificada sob o Islão e deu início à expansão muçulmana pelo Oriente Médio, Norte da África e Península Ibérica, motivada pela expansão religiosa e busca por terras e rotas comerciais. Detalha também as características da civilização muç
O documento descreve o pioneirismo de Portugal nas Grandes Navegações no século XV, quando enviou expedições para explorar o litoral da África e chegar às Índias contornando o continente africano. Também aborda a participação de outros países como Espanha, Inglaterra e França no movimento, com destaque para a chegada de Colombo às Américas e a assinatura dos Tratados de Tordesilhas, que dividiram as terras entre Portugal e Espanha.
Este documento descreve a expansão portuguesa dos séculos XV e início do século XVI, começando com a conquista de Ceuta em 1415. Detalha as dificuldades enfrentadas e as inovações técnicas e navais desenvolvidas, como o uso da caravela, que permitiram aos portugueses navegar além do cabo Bojador e explorar a costa oeste africana. Finalmente, descreve as grandes viagens de Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral que estabeleceram a rota mar
Mercantilismo foi uma política econômica europeia entre os séculos XV-XVIII que visava fortalecer os Estados nacionais através do protecionismo, balança comercial positiva e intervenção estatal na economia. Os principais princípios eram acumular metais preciosos, exportar mais do que importar e incentivar a produção interna. O mercantilismo levou à expansão marítima européia e divisão colonial do mundo entre Portugal e Espanha.
O documento descreve as Grandes Navegações, um movimento no século 15 onde países europeus, liderados por Portugal e Espanha, expandiram seus horizontes marítimos em busca de novas rotas comerciais, conversão religiosa e recursos. Fatores como novas tecnologias navais, a busca por especiarias e a conversão ao cristianismo motivaram a expansão portuguesa e espanhola, com navegadores como Bartolomeu Dias, Vasco da Gama e Cristóvão Colombo abrindo novas rotas
O comércio triangular envolvia a troca de produtos manufaturados europeus por escravos na África, que eram então transportados para a América e Antilhas e trocados por produtos coloniais valiosos para a Europa, como ouro e açúcar. Muitos escravos morriam nas terríveis condições das viagens entre os continentes.
La Universidad de Investigación de Tecnología Experimental "YACHAY" comenzará a funcionar en el primer trimestre del próximo año con 200 cupos iniciales en carreras de pregrado como ingenierías y licenciaturas científicas. El proyecto Ciudad del Conocimiento "YACHAY" busca formar talento humano para la investigación, desarrollo e innovación tecnológica.
O documento descreve a chegada dos europeus na África, o comércio de escravos praticado por árabes e europeus, e as guerras tribais africanas que favoreciam o tráfico de escravos. Também discute como os europeus gradualmente expandiram seu controle sobre a África entre os séculos 15 e 19 através de feitorias, expedições científicas e missionárias, e alianças com povos africanos para capturar prisioneiros de guerra para vender como escravos.
O documento descreve a invasão holandesa no Brasil no século XVII. Em três frases:
1) Os holandeses atacaram Salvador em 1624 e ocuparam Pernambuco em 1630, estabelecendo um governo colonial.
2) Sob o governo de Maurício de Nassau (1637-1644), os holandeses organizaram a produção açucareira e construíram a cidade de Maurícia, promovendo também as artes e ciências.
3) Uma insurreição luso-brasileira entre 1645-1654
1) A África parece ter sido o berço da humanidade, onde surgiram os primeiros hominídeos e a espécie Homo sapiens.
2) O deserto do Saara isola a África do Norte da África subsaariana.
3) O rio Nilo sempre foi importante para os povos africanos devido à fertilidade de suas margens.
O documento descreve a Reforma Religiosa que ocorreu na Europa no século XVI. Martinho Lutero questionou publicamente a Igreja Católica por suas práticas como a venda de indulgências, dando início à Reforma Protestante. Outros reformadores como João Calvino e Henrique VIII também criticaram a Igreja e fundaram novas religiões como o Calvinismo e o Anglicanismo. A Igreja Católica respondeu com a Contra-Reforma, realizando o Concílio de Trento para reafirmar seus dogmas e comb
O documento descreve a economia açucareira no Brasil colonial, desde sua chegada em 1500 até o século XVII. A produção de açúcar exigiu grandes investimentos de capitais portugueses e holandeses para a construção de engenhos no Nordeste. Estes engenhos utilizavam mão de obra escrava africana para o cultivo e processamento da cana-de-açúcar. As vilas e cidades que surgiram em torno dos engenhos apoiavam a economia açucareira por meio do comé
O Império Romano entrou em crise no século III d.C. devido a problemas econômicos e invasões de povos bárbaros. A economia declinou, a população se mudou para zonas rurais e os povos germânicos invadiram o Império nos séculos IV e V, capturando Roma. Constantino transferiu a capital para Constantinopla e em 395 o Império foi dividido em duas metades, mas a fragmentação política e as disputas internas levaram ao colapso do Império Ocidental.
A primeira fase da Baixa Idade Média (Séculos XI-XIII) viu o aperfeiçoamento agrícola, crescimento populacional e expansão territorial através das Cruzadas, levando ao renascimento comercial e urbano e surgimento da burguesia. A segunda fase (Séculos XIV-XV) foi marcada por fome, peste e guerra, enquanto a economia medieval dependia da agricultura de subsistência, embora o comércio e artesanato garantissem alguma circulação de mercadorias.
O documento descreve o sistema político e econômico do Antigo Regime nos séculos XVII e XVIII, caracterizado pelo absolutismo e mercantilismo. Aborda especificamente a situação em Portugal, onde a agricultura tradicional e o comércio colonial eram a base da economia, e as reformas implementadas pelo Marquês de Pombal após o terremoto de 1755 visavam centralizar o poder do Estado.
O documento descreve a história da África pré-colonial, quando os diferentes grupos viviam em reinos e impérios organizados, como o Egito, Núbia e Etiópia. Também discute como os portugueses começaram a explorar e comercializar com a África a partir de 1415, inclusive escravizando e transportando africanos para o Brasil.
O documento descreve o contexto do expansionismo europeu nos séculos XV e XVI, com foco no papel de Portugal. Resume os principais pontos como: 1) A exploração portuguesa ao longo da costa africana desde o século XV, culminando na rota para a Índia descoberta por Vasco da Gama; 2) O estabelecimento de feitorias e fortalezas comerciais ao longo da costa ocidental africana; 3) A colonização dos arquipélagos atlânticos e do Brasil no século XVI sob o sistema de
A Baixa Idade Média entre os séculos XI e XVI foi um período de grandes transformações comerciais e urbanas na Europa. A reabertura do comércio no Mediterrâneo e o intenso comércio de especiarias entre o Oriente e Ocidente estimularam o crescimento de cidades portuárias como Veneza e Gênova. Inovações agrícolas também aumentaram a produção e população, culminando no renascimento das cidades e mudança do cenário do Ocidente. A economia monetária e surgimento
A sociedade medieval era dividida em grupos privilegiados e não privilegiados. Os grupos privilegiados eram o clero, que rezava, e a nobreza, que lutava. O clero gozava de grandes poderes e privilégios e dividia-se em alto e baixo clero. A nobreza possuía terras e castelos e tinha direitos como cobrar impostos. Os camponeses eram os não privilegiados e dividiam-se em colonos e servos, trabalhando nas terras dos senhores.
O documento discute a história do café no Brasil, desde a época colonial até a República, incluindo a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808 e a independência do Brasil em 1822. Além disso, fornece exercícios sobre esses tópicos.
As Grandes Navegações foram uma série de expedições marítimas realizadas entre os séculos XV e XVII pelas monarquias europeias, visando encontrar novas rotas comerciais para a Índia que não passassem pelo Mediterrâneo controlado por cidades italianas, além de expandir territórios e espalhar a fé católica.
O nascimento do islamismo e a expansão muçulmanaHizqeelMajoka
O documento descreve a origem e expansão do Islão. Começa com a pregação de Maomé na Arábia no século VII e a fuga para Medina devido à oposição. Após a morte de Maomé em 632, a Arábia estava unificada sob o Islão e deu início à expansão muçulmana pelo Oriente Médio, Norte da África e Península Ibérica, motivada pela expansão religiosa e busca por terras e rotas comerciais. Detalha também as características da civilização muç
O documento descreve o pioneirismo de Portugal nas Grandes Navegações no século XV, quando enviou expedições para explorar o litoral da África e chegar às Índias contornando o continente africano. Também aborda a participação de outros países como Espanha, Inglaterra e França no movimento, com destaque para a chegada de Colombo às Américas e a assinatura dos Tratados de Tordesilhas, que dividiram as terras entre Portugal e Espanha.
Este documento descreve a expansão portuguesa dos séculos XV e início do século XVI, começando com a conquista de Ceuta em 1415. Detalha as dificuldades enfrentadas e as inovações técnicas e navais desenvolvidas, como o uso da caravela, que permitiram aos portugueses navegar além do cabo Bojador e explorar a costa oeste africana. Finalmente, descreve as grandes viagens de Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral que estabeleceram a rota mar
Mercantilismo foi uma política econômica europeia entre os séculos XV-XVIII que visava fortalecer os Estados nacionais através do protecionismo, balança comercial positiva e intervenção estatal na economia. Os principais princípios eram acumular metais preciosos, exportar mais do que importar e incentivar a produção interna. O mercantilismo levou à expansão marítima européia e divisão colonial do mundo entre Portugal e Espanha.
O documento descreve as Grandes Navegações, um movimento no século 15 onde países europeus, liderados por Portugal e Espanha, expandiram seus horizontes marítimos em busca de novas rotas comerciais, conversão religiosa e recursos. Fatores como novas tecnologias navais, a busca por especiarias e a conversão ao cristianismo motivaram a expansão portuguesa e espanhola, com navegadores como Bartolomeu Dias, Vasco da Gama e Cristóvão Colombo abrindo novas rotas
O comércio triangular envolvia a troca de produtos manufaturados europeus por escravos na África, que eram então transportados para a América e Antilhas e trocados por produtos coloniais valiosos para a Europa, como ouro e açúcar. Muitos escravos morriam nas terríveis condições das viagens entre os continentes.
La Universidad de Investigación de Tecnología Experimental "YACHAY" comenzará a funcionar en el primer trimestre del próximo año con 200 cupos iniciales en carreras de pregrado como ingenierías y licenciaturas científicas. El proyecto Ciudad del Conocimiento "YACHAY" busca formar talento humano para la investigación, desarrollo e innovación tecnológica.
O documento descreve a chegada dos europeus na África, o comércio de escravos praticado por árabes e europeus, e as guerras tribais africanas que favoreciam o tráfico de escravos. Também discute como os europeus gradualmente expandiram seu controle sobre a África entre os séculos 15 e 19 através de feitorias, expedições científicas e missionárias, e alianças com povos africanos para capturar prisioneiros de guerra para vender como escravos.
O documento descreve as Revoluções Inglesas do século XVII, começando com a Revolução Puritana contra o rei Carlos I. As tensões entre o rei, que defendia o poder absoluto, e o Parlamento cresceram, levando à guerra civil entre as forças reais e as tropas parlamentares lideradas por Oliver Cromwell. Isso resultou na execução de Carlos I e no estabelecimento de uma república sob o governo de Cromwell.
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaLarissa Silva
A cidade de Uberlândia foi inicialmente ocupada por índios como os Caiapós e Bororós. João Pereira da Rocha foi o primeiro colonizador europeu a se estabelecer na região em 1818. Ao longo do tempo, a cidade atraiu mais colonizadores e escravos africanos, recebendo influências culturais indígenas e africanas.
O documento descreve a chegada dos europeus na África, o comércio de escravos e a expansão colonial européia no continente africano entre os séculos XV e XIX. Os europeus inicialmente estabeleceram relações comerciais com a África e posteriormente passaram a desejar a conquista de áreas litorâneas em busca de riquezas e mão-de-obra escrava. A expansão européia culminou no século XIX com a colonização de grande parte do continente.
Projeto "Escola educada, escola bem cuidada" . Conservação e preservação do p...Seduc MT
Projeto "Escola educada, escola bem cuidada" . Conservação e preservação do patrimônio público escolar. OBJETIVO GERAL:
Promover a conscientização quanto à valorização, conservação e preservação do Patrimônio Público Escolar através de ações práticas que levem ao cuidado e o zelo por parte de toda a classe estudantil.
O documento resume as ações do projeto "Escola Limpa" no 2o bimestre, incluindo sensibilizar professores, aulas de conscientização com alunos, campanhas de limpeza na escola e contra drogas, e trabalho interdisciplinar com arte usando material reciclado.
Este documento descreve um projeto desenvolvido por estudantes para promover a conscientização ambiental na escola através de atividades práticas de reutilização de resíduos e economia de recursos. O projeto visa estimular mudanças de hábitos para preservar o meio ambiente escolar e conscientizar sobre o consumo consciente de água e energia. As atividades incluem teatro, jogos, cartazes e customização de roupas usando materiais recicláveis.
Este documento apresenta um projeto chamado "Escola Limpa" que tem como objetivo conscientizar alunos sobre a importância da higiene pessoal, da escola e do meio ambiente através de atividades interdisciplinares nas diferentes áreas do conhecimento. O projeto será avaliado pela mudança de comportamento dos alunos no que se refere à limpeza e organização da escola.
PROJETO: “Escola educada, escola bem cuidada. Conscientização e conservação ...Seduc MT
PROJETO:
“Escola educada, escola bem cuidada. Conscientização e conservação do patrimônio público escolar”.
OBJETIVO GERAL:
Promover a conscientização quanto à valorização, conservação e preservação do Patrimônio Público Escolar através de ações práticas que levem ao cuidado e o zelo da mesma por parte de todos.
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALIsabel Aguiar
O documento descreve a descoberta de ouro no Brasil colonial e a subsequente "corrida do ouro", levando milhares de pessoas às regiões de Minas Gerais atrás de enriquecimento fácil. Detalha também o controle do ouro pelo governo português, a revolta de Vila Rica e as mudanças sociais e econômicas trazidas pela mineração no Brasil.
O documento descreve as transformações socioeconômicas da Europa no século XIX, incluindo a Revolução Industrial, o crescimento das cidades e movimentos sociais. Também aborda teorias como a de Malthus e ideologias como liberalismo, socialismo e anarquismo que surgiram nesse período. Por fim, resume os principais acontecimentos políticos em países como França, Itália e Alemanha.
O documento descreve a civilização árabe pré-islâmica, com os árabes divididos em dois grupos - os do litoral e os do deserto. Também aborda Maomé e como ele unificou os árabes através do Islã, estabelecendo uma nova identidade religiosa e organização política e social. Finalmente, discute a expansão do Islã sob os primeiros califas.
A IDADE MÉDIA, FEUDALISMO, ISLAMISMO, IMPÉRIO ÁRABE, O ISLÃ, POVOS ÁRABES, CAVALEIROS, IGREJA MEDIEVAL, SUSERANO E VASSALO, SENHORES FEUDAIS,MAOMÉ, EXPANSÃO ÁRABE, CASTELOS MEDIEVAIS, HISTÓRIA MEDIEVAL, CRUZADAS, AS CRUZADAS MEDIEVAIS, VIKINGS, OS VIKINGS, INVASÕES BARBARAS, FIM DA IDADE MÉDIA, PESTE NEGRA, MONGÓIS, IMPÉRIO MONGOL,EXPANSÃO ISLÂMICA, CULTURA ÁRABE, HÉGIRA, CAABA
O documento descreve a origem e expansão da civilização muçulmana. Começa com a localização e características físicas da Arábia pré-islâmica, seguida pela introdução do profeta Maomé e do Islã. Em seguida, detalha a formação do Império Muçulmano sob o califado e suas conquistas rapidamente expansivas através do Oriente Médio, Norte da África e Península Ibérica. Finalmente, discute as contribuições culturais e científicas duradouras
O documento descreve a origem e expansão do Império Islâmico. Começa com a vida dos árabes politeístas e a fundação do islamismo por Maomé. Após a Hégira em 622 d.C., os árabes se uniram sob a liderança dos Califas para expandir o islamismo através do Jihad. A dinastia Omíada expandiu o império para o oeste até a Espanha, mas conflitos levaram ao seu desmembramento em vários Califados independentes.
O documento descreve a origem e expansão do Império Islâmico. Começa com a vida dos árabes politeístas e a fundação do islamismo por Maomé. Após a Hégira em 622 d.C., os árabes se uniram sob a liderança dos Califas para expandir o islamismo através do Jihad. A dinastia Omíada expandiu o império para o oeste até a Espanha, mas conflitos levaram ao seu desmembramento em vários Califados independentes.
A expansão do Islã começou após a morte do profeta Maomé em 632 d.C., quando os muçulmanos conquistaram rapidamente territórios na Arábia, Norte da África e Pérsia. No século VIII, os muçulmanos haviam estabelecido um grande império que se estendia da Península Ibérica até a Índia.
O documento resume a história da Arábia pré-islâmica, dominada por tribos politeístas, e a ascensão do Islã sob a liderança do profeta Maomé no século VI. Após receber visões do anjo Gabriel, Maomé começou a pregar a religião monoteísta do Islã em Meca, sofrendo perseguições. Isso levou ele e seus seguidores a migrarem para Medina em 622. Posteriormente, Maomé conquistou Meca e unificou religiosamente e politicamente a Ar
O documento descreve a história dos árabes e do Islã, incluindo a vida do profeta Maomé, que pregou a submissão a um único deus, Alá, levando à formação do Islã. Após a fuga de Maomé para Medina para escapar da perseguição em Meca, ele começou a expandir o Islã através da guerra santa, unificando as tribos árabes.
A civilização árabe floresceu na península Arábia pré-islâmica, dividida em tribos nômades e urbanas. Maomé unificou os árabes sob uma nova fé monoteísta, o islamismo, espalhando-se rapidamente através das conquistas militares. A expansão árabe alcançou seu auge na Península Ibérica, mas foi detida na França na Batalha de Poitiers.
A civilização árabe floresceu na península Arábia pré-islâmica, dividida em tribos nômades e urbanas. Maomé unificou os árabes sob uma nova fé monoteísta, o islamismo, espalhando-se rapidamente através das conquistas militares dos califas. A expansão árabe influenciou a Europa e o mundo com novos conhecimentos científicos e culturais.
1) O documento discute a civilização islâmica e as características do mundo árabe, incluindo sua organização política, social e econômica.
2) Os árabes originalmente eram nômades e hoje estão espalhados por uma grande região do norte da África ao sudoeste do Irã.
3) A civilização árabe se dividiu em duas áreas: a Arábia Desértica e a Arábia Litorânea.
1) Os muçulmanos chegaram à Península Ibérica em 711 d.C. sob o comando de Tariq ibne Ziyade, estabelecendo o Al-Andalus.
2) Maomé fundou o Islão no século VII e os árabes expandiram rapidamente seu império, conquistando a Península Ibérica.
3) Os muçulmanos governaram a maior parte da Península Ibérica por quase 800 anos, deixando uma marca duradoura na cultura e língua loc
1) Antes de 622, os árabes eram um povo politeísta dividido em tribos nômades.
2) Os árabes viviam nos oásis, onde tinha água, alimento e pasto para seus animais.
3) Em 622, Maomé se autoproclamou profeta de Alá e fundou o Islã, pregando a existência de um único deus.
- O Islão surgiu na Arábia no século VII, fundado por Maomé como uma religião monoteísta baseada no Alcorão.
- Os muçulmanos expandiram-se rapidamente pela Península Arábica e norte de África, conquistando a Península Ibérica no século VIII.
- Trouxeram novos conhecimentos nas áreas da agricultura, ciência, matemática e arquitetura, influenciando a cultura ibérica por séculos.
O documento descreve a origem e os principais aspectos da religião muçulmana. Começa apresentando a península Arábica pré-islâmica e as tribos que a habitavam. Em seguida, fala sobre Maomé e como ele fundou o islamismo no século VII, após receber revelações de Alá. Descreve também os cinco pilares do islamismo e a expansão desta religião por diferentes regiões.
1. O documento descreve a origem e características iniciais do povo árabe na península Arábica, habitando principalmente a região fértil próxima ao Mar Vermelho.
2. Apresenta Maomé e como ele fundou o Islamismo após receber visões do anjo Gabriel, reunindo os árabes sob uma nova religião monoteísta com o Alcorão como livro sagrado.
3. Explica como os califas expandiram o império islâmico através das conquistas militares, est
O documento descreve a origem e expansão do Islã na Península Arábica no século VII. Começa falando sobre a geografia e cultura dos árabes na região e como surgiu o Islã com Maomé. Em seguida, detalha a expansão do império árabe sob os califas e como o Islã se espalhou rapidamente por motivos políticos, econômicos e religiosos.
1) O documento descreve a origem do Império Árabe a partir do islamismo fundado pelo profeta Maomé na Arábia do século VII. Antes disso, a Arábia era habitada por tribos semitas com diferentes estilos de vida e crenças.
2) Maomé nasceu em Meca e recebeu revelações do arcanjo Gabriel que deram origem ao Alcorão. Sua pregação do monoteísmo atraiu muitos seguidores, mas também inimigos poderosos.
3) Após a morte de Maomé
Os árabes pré-islâmicos eram politeístas e idólatras. A primeira dinastia do Islã foi a família Haxemita de Maomé. Maomé fundou o Islã como uma religião sincretista baseada no Cristianismo e no Judaísmo. A expansão árabe pelo Mediterrâneo se deu principalmente por atração pelo saque e pela unificação política conseguida por Maomé, isolando a Europa e levando ao feudalismo.
A Arábia é uma península no Oriente Médio onde surgiu o islamismo. Meca e Medina eram importantes centros comerciais que atraíam beduínos em busca de lucro e peregrinação religiosa. Maomé fundou o islamismo após receber revelações divinas em Meca e fugir para Medina devido à perseguição, estabelecendo um Estado teocrático monoteísta.
Semelhante a A história do islamismo na península ibérica (20)
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A história do islamismo na península ibérica
1.
2. É importante primeiramente contextualizar os
estudantes deste trabalho sobre a história real do
islamismo, desde a sua gênesis, até a introdução
de seu povo em Al-Andaluz, a Península Ibérica.
Como surgiu?
Quem são os árabes?
Quem foi Maomé?
Quem é seu Deus?
3. A Arábia ou Península Arábica é uma região desértica do Oriente Médio
banhada pelo mar Vermelho e pelas águas do oceano Índico. Antes do
Islã, a Península Arábica esteve basicamente dividida entre as regiões
litorânea e desértica. Os desertos da Arábia eram ocupados por uma série
de tribos nômades, que tinham seus integrantes conhecidos como
beduínos. Os beduínos não apresentavam unidade política, eram
politeístas e sobreviviam das atividades de pastoreio organizadas nos
oásis que encontravam no interior da Arábia.
4. Religião
Entre 550 a 600 d. C., o templo de Meca,
localizado no centro da província de Hiyaz, esteve
habitado por diversos cultos idólatras, as quais
haviam se dedicado a população árabe. Sob o
aspecto religioso, prestavam adoração a objetos
sagrados, forças da natureza e acreditavam na
intervenção de espíritos maus. Ao se dirigirem até o
litoral, os beduínos aproveitavam da oportunidade
para realizarem negócios com os comerciantes das
cidades sagradas. Em Meca era praticada a
adoração do Deus Lunar supremo era denominado
de Hubal que tinha como consorte Deusa Sol. Dessa
união, nasceram três filhas estrelas: Al-Lat, Al-Uzza
e Manat, que representam também as facetas
femininas do Deus Lunar.
Pela cidade de Meca passavam rotas
comerciais vindas do Mediterrâneo, do Extremo
Oriente e da África oriental negociando especiarias,
tecidos finos, ouro, marfim, escravos, cereais,
azeite. A base da prosperidade local eram o
comércio e o culto associados a seu santuário
sagrado.
Al-Uzza, Al-Lat e Monat ,
deusas da antiga Arábia.
5. A história do islamismo ou islã começou numa caverna na Arábia. Dentro
dela, meditava o comerciante Maomé quando, segundo a tradição o arcanjo Gabriel
apareceu e o mandou recitar, isto é, falar de coisas divinas. Isso foi por volta do ano
610 d.C. A palavra islã significa submissão a Alá (Deus) e às suas leis. Por esse
motivo, os islamitas, também chamados muslims ou muçulmanos, estão submetidos à
vontade de Alá, que foi revelada a Maomé pelo anjo e está no livro sagrado, Alcorão ou
Corão. Os muçulmanos acreditam que Deus é único e incomparável e o propósito da
existência é adorá-Lo. Eles também acreditam que o islã é a versão completa e
universal de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares
anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram
profetas.
Como figura política, Maomé unificou várias tribos árabes, o que permitiu as
conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico que se estendeu da
Pérsia até à Península Ibérica. Não é considerado pelos muçulmanos como um ser
divino, mas sim, um ser humano; contudo, entre os fiéis, ele é visto como um dos
mais perfeitos seres humanos. Sua biografia baseia-se nos hadith, uma vasta coleção
de orientações e narrações deixadas por ele, que formaram as máximas da tradição
muçulmana. Maomé falou abertamente contra a idolatria, isto é, o culto a imagens, e
contra os males sociais de seu tempo. Os coraixitas temeram que a nova crença
destruísse os ídolos sagrados fizesse Meca perder seu atrativo de santuário religioso.
Passaram a combater a nova doutrina e tentaram assassinar seu divulgador. Maomé e
seus seguidores tiveram que fugir da cidade, no ano de 622. Quando morreu, o profeta
havia unificado a península Arábica sob o lema: "Só há um Deus, e Maomé é seu
Profeta" (La illa Allah, Mohammed rasul Allah).
6. Pode-se considerar que a religião muçulmana começa no ano de 622
quando ocorre a Hégira, fuga de Maomé de Meca, onde suas pregações
não eram aceitas, para Medina (Iatrib). Este passou então a ser o ano I do
calendário islâmico. A partir desta data a religião de Maomé conheceu
uma rápida expansão começando pela tomada da própria Meca. A cidade
de Medina, que se converteu ao islamismo, se tornou ponto de partida
para o profeta e seus seguidores conquistarem Meca, que se tornou a
cidade mais sagrada do Islã. Depois disso, em pouco tempo, toda a
Península Arábica já tinha se convertido ao islamismo, bem como parte
do Império Bizantino. Logo após a morte do profeta a expansão
continuou em duas direções. Uma delas voltada para o Oriente Médio, a
Pérsia e Índia e outra para o Norte da África.
O monoteísmo (a crença em um só Deus) serviu como base de
unidade em um mundo de relações complexas e instáveis nas tribos. A
nova doutrina e a fé substituíram os laços de parentesco na hora de
decidir quem era amigo ou inimigo, quem fazia ou não parte da
sociedade. A essa comunidade espiritual denomina-se umma.
7. Depois de Maomé seguiu-se uma fase importante
da história do Islão. Os califados de Abu Bakr (632-
634), de Omar (634-644), de Othmân (644-656), e de Ali
(656-661) representaram uma era de notável
expansionismo da nova religião. Mas nem tudo eram
sucessos. Pois dentro do islamismo surgiu um
conflito de enormes proporções que viria a marcar
toda a sua história. Foi à divisão entre os partidários
de Ali e os coraixitas. A vitória de Mo'awiya sobre o
primo e genro de Maomé (pois casara com Fátima,
filha do profeta) levou à criação do grupo dos xiitas
em oposição aos sunitas.
E a partir dessa intriga que surgiriam os dois
maiores ramos do islamismo.
8. Sunitas – Hoje, cerca de 90% dos muçulmanos, são sunitas. Os
sunitas, termo que deriva da palavra Sunna – documento sagrado que narra
às experiências de Maomé em vida –, assumiram uma visão mais ortodoxa e
pragmática do Islã após a morte do profeta. Diferentemente dos xiitas, eles
reconhecem a liderança dos primeiros califas que assumiram a liderança da
comunidade islâmica após 632, e não apenas Ali, genro e primo do profeta.
Xiitas – Surgiu após o assassinato do quarto sucessor de Maomé, o
califa Ali (601-661), também primo e genro do profeta. Como Maomé não
indicou um sucessor, os califas – chefes de Estado – assumiram a liderança
da comunidade muçulmana. Depois da controversa posse de Ali, porém, uma
parte dos muçulmanos – os autodenominados "shiat Ali", ou "partidários de
Ali", em tradução livre – passou a defender que a única liderança legítima
para o Islã deveria vir da linhagem direta de Maomé.
Em termos de lei, ambas as seitas seguem a Sharia, mas com interpretações
diferentes.
9. Atual cidade de Toledo, Espanha.
Entretanto era antigamente a capital do
reino visigótico.
A Península Ibérica, chamada de
Ibéria pelos gregos antigos e de
Hispânia pelos romanos, por milênios
foi uma região bastante abatida, tendo
sido um dos pontos de confluência
entre povos e culturas na Europa:
celtas, gregos, cartagineses, romanos,
visigodos, fenícios, vândalos,
bizantinos, francos, árabes, berberes,
eslavos, vikings, etc., foram alguns
dos povos que ali passaram. Todavia,
após a queda do Império Romano em
476, a Hispânia ainda continuou a
manter os costumes romanos, como
também a língua latina, mas passou a
ser controlada pelas tribos germânicas
dos Visigodos.
10. No ano de 710 o então rei visigodo Vitiza faleceu, sucedendo-se uma
disputa pelo trono entre aqueles que apoiavam o príncipe Áquila II,
herdeiro de Vitiza e o pretendente Roderico (as vezes também chamado
de Rodrigo). Julian ou Olban o qual era de origem bizantina, e vivia no
Magreb, estava apoiando o príncipe Áquila II o qual buscava ajuda militar
para derrotar seu adversário, logo, essa ajuda foi buscada do outro lado
de Gibraltar, e ainda em 710, Tarik ou Tarif cruzou a entrada do
Mediterrâneo com cerca de 400 homens. Todavia, vendo que aquele
contingente não seria o suficiente para vencer aquela guerra, Tarik
retornou ao Magreb para que no ano seguinte voltasse com um exército.
Ainda em 710, Roderico foi proclamado na cidade de Toledo, rei dos
visigodos, algo que enfureceu Áquila ainda mais.
Tendo retornado a região do Tânger, de onde o governador Musa
ibn Nusair governava, ele viu nessa possibilidade de ajuda espaço para
iniciar a expansão do império omíada sobre a Península Ibérica. Logo, no
ano de 711 no final do mês de abril, Tarik retornava a Hispânia com um
exército de cerca de 7 mil homens, números esses ainda questionáveis
hoje.
11. Nos idos do século VIII, fazia mais
de setenta anos desde a morte do
Profeta Mohammed, e daquela
época em diante os seus
sucessores diretos, chamados de
califas, iniciaram a expansão
territorial de um "império da fé
islâmica". Passado essas mais de
sete décadas o então Califado
Omíada, com capital em Damasco,
na Síria, era dono de um império
que se estendia do Afeganistão ao
Marrocos, do Uzbequistão ao
Iêmen, e agora estava as vésperas
de ganhar novos territórios.
Representação do General Tariq
12. O rei Roderico estava refugiado com seu exército na cidade de Córdova,
enquanto Áquila II montou acampamento próximo a Nova Cartago. Entre 19 e 26
de julho ocorreu o confronto dos dois exércitos na Batalha de Guadalete, próxima
ao rio homônimo, nas cercanias de Cádiz, Andaluzia. O exército de Tarik
composto na sua maioria de berberes conseguiu subjugar após esses sete dias
de conflitos o exército de Roderico, o qual contava com um contingente um
pouco maior.
A vitória foi derradeira, pois Roderico foi destronado e faleceu na
ocasião. Ainda em 711, as cidades de Toledo e Córdoba foram sitiadas e
conquistadas por Tarik. No ano seguinte, o governador Musa chegou a península
a frente de um exército de pelo menos 10 mil homens. Ainda naquele ano, Musa
conquistou Sevilha e Mérida. Assim se iniciava a invasão e conquista da
península pelas forças árabes da Dinastia Omíada. Com a morte do último rei
visigodo Roderico, e o rompimento da aliança com o príncipe Áquila, os árabes
estavam agora interessados em anexar o Reino Visigodo ao Califado Omíada.
13. Al-Andaluz De 711 a 713 quase toda a Península
Ibérica, a qual passou a ser chamada
pelos árabes de Al-Andalus (etimologia
ainda incerta) foi conquistada. Algo
bastante interessante e intrigante, pois
em cerca de três anos, os domínios
árabes se estendiam por mais da
metade da península, embora não
significasse que na prática todas essas
terras estava sujeitas ao domínio
Omíada, ainda assim, a rapidez que os
exércitos árabes fizeram para
conquistar esse território de mais de
584 mil km2 e uma das regiões mais
motanhosas do continente europeu,
além de dispor de um exército de cerca
de 20 mil guerreiros contra uma
população de centenas de milhares de
habitantes, isso foi algo ímpar na
História. Daí como Aziz (1978) chegou a
mencionar, houve historiadores que
contestaram se a conquista árabe foi
um milagre ou uma lenda, devido a
forma de como ocorreu.
14. Em 730 os muçulmanos tentaram tomar também uma região da
França, mas foram impedidos pelo exército de Carlos Martel, entre Tours
e Potiers. Depois disso, os muçulmanos não fizeram mais novas
conquistas na Europa ocidental. Até o ano de 756, os muçulmanos
mantiveram certa unidade política e religiosa sob o comando da dinastia
Omíada, de origem árabe, apesar das diferenças tribais. Quando esta
dinastia perdeu o poder para os Abássidas, seus líderes fugiram de
Damasco, primeiramente para Sevilha e depois para Córdoba, fundando
lá um califado e transformando a Península Ibérica também em uma
região importante dentro do mundo islâmico.
Em 1031 a dinastia Omíada é extinta por rivalidades entre os
diferentes grupos muçulmanos, principalmente árabes e berberes. Seu
território é transformado em um conglomerado de “cidades-estados”,
chamadas de Taifas. Estas existiram até por volta de 1080 quando ocorre
a invasão Almorávida, vinda da África que de certa forma reunificou o
território. Posteriormente as regiões muçulmanas da península serão
invadidas pelos Almohadas, entre os anos de 1174 e 1184.
15.
16. Durante mais de 400 anos, a civilização árabe-muçulmana foi a
dominante do mundo em termos de filosofia e ciência. A doutrina inicial do
islã favorecia a ciência e as artes. Grandes obras da arquitetura como a
cúpula da Rocha e a mesquita de Córdoba são os símbolos dessa era de
grande prosperidade islâmica. Nas ciências e na filosofia, os árabes se
apoderaram da ciência grega traduzida pelos cristãos sírios. Obras de
Aristóteles, Ptolomeu e Galeno foram estudadas por essa jovem civilização
com muita paixão e liberdade.
Naquela época, a centralização da educação, medicina, filosofia e
ciência era indiscutivelmente a sociedade muçulmana, sendo que os
abássidas estabeleciam as diretrizes desta filosofia (de valorização do
conhecimento) na Casa da Sabedoria, localizada em Bagdá. Neste local, os
estudiosos, tivessem origem muçulmana ou não, reuniam-se no intuito de
fazer a tradução do conhecimento do mundo todo para o idioma árabe.
Uma grande influência para o movimento de fusão do pensamento do
Corão com a ciência e filosofia grega foi a do movimento da escola islâmica
de pensamento chamada de Mu’tazila, que permitiu o islã construir uma
civilização muito tolerante e aberta ao pensamento antigo. Mas o período
mais florescente do islã vai além dessa escola.
Hospitais, escolas, mesquitas e Madrassas( a versão islâmica das
universidades) foram construídos pelo império Omíada e Abássida. Grandes
nomes surgiram no campo da medicina, filosofia, astronomia, óptica e
matemática.
17. As influências da cultura árabe na Península
Ibérica foram várias: influências na língua,
vestimenta, os hábitos, no comportamento,
alimentação, arquitetura, na literatura, na
ciência, tecnologia, no urbanismo, e nas leis,
administração, etc. Durante os séculos da
ocupação árabe, fortalezas, portos, casas,
pontes, estradas, jardins, palácios e
mesquitas foram construídos, no entanto,
muito desse legado se perdeu nos séculos
após o fim da dominação árabe em Al-
Andalus. As mesquitas e alguns palácios e
fortalezas foi o que sobrou desse tempo
áureo do islão ibérico.
18. Os árabes construíram ou transformaram igrejas em mesquitas, erguendo
dezenas pela península, embora muitas acabaram sendo destruídas ao longo do
tempo ou foram convertidas em igrejas, de qualquer forma, a mais famosa de
todas ainda contínua sendo a outrora Grande Mesquita de Córdova, atual Catedral
de Córdova, o monumento religioso máximo da arte hispano-mourisca.
Outra influência artística no campo da arquitetura, mas adentrando
também a pintura, estava a produção de azulejos. Os árabes admirados com os
mosaicos bizantinos, assimilaram para si essa arte e a desenvolveram. Por sua
vez, a introduziram em Espanha e Portugal, um legado duradouro de ambas as
culturas, principalmente dos portugueses, os quais se tornaram exímios produtores
de azulejos.
Pelo fato de não se poder utilizar pinturas ou mosaicos com imagens de
pessoas e animais como os bizantinos faziam, os árabes passaram a empregar
azulejos para ornamentar o interior das mesquitas e dos palácios, o que levou a
adoção de mosaicos chamados de arabescos.
19. A população do al-Andalus
era muito heterogénea, os
moçárabes - (do árabe مستعرب
musta'rib, "arabizado") eram cristãos
ibéricos que viviam sob o governo
muçulmano no Al-Andalus. Os seus
descendentes não se converteram ao
Islão, mas adotaram elementos da
língua e cultura árabe.
E por fim os judeus.
Eles geralmente não eram
forçados a se converterem ao
islamismo, mas tinham de pagar um
imposto caso não o fizessem. Em
todas essas regiões, muitos acabaram
aderindo à nova religião.
As cidades de Toledo, Mérida,
Valência e Lisboa eram importantes
centros moçárabes da península. Em
Toledo os moçárabes chegaram a
encabeçar uma revolta contra o
domínio árabe.
Cristão e judeu jogando xadrez.
20. Os hispanos passaram a chamar de mouros
(moro em espanhol) os berberes e os árabes-
berberes que eram provenientes do Magreb. A
palavra mouro vem do latim maurus (mauri no
plural), que por vez deriva do grego máuros.
Tais palavras eram usadas para designar os
habitantes nativos do que hoje é o Marrocos,
Mauritânia e Argélia. A palavra máuros além de
ser uma designação para os povos que
habitavam o noroeste da África, também era
usada no significado de pessoa negra, e tal
significado foi mantido pelo latim e as línguas
derivadas dele.
Por exemplo, em espanhol, a palavra moro
originou a palavra moreno, a qual era utilizada
para se referir as pessoas negras, já que
embora a maioria dos árabes fossem brancos,
os berberes eram na maioria negros, e a
miscigenação entre os dois, gerou
descendentes pardos, mas os quais eram
considerados negros pelos hispanos. Ainda
hoje, na língua portuguesa e espanhola de
forma coloquial, chama-se os negros de
morenos.
21. Por outro lado, mouro
também era uma forma
pejorativa de se referir aos
árabes-berberes ou aos
africanos em geral, pois
atuava como uma forma de
generalização, na qual
classificava tais indivíduos
como sendo gente negra e
mulçumana. Embora que
nem todo africano fosse
negro ou muçulmano.
22. Outro termo que foi
utilizado pelos árabes para
se referir a população
conquistada era muwallad
("adotado"). Muladi como
foi traduzido para o
português e espanhol,
poderia se referir ao cristão
ou judeu que se converteu
ao islão, como também
passou a adotar a língua
árabe e os costumes árabes
ou poderia se referir a um
individuo que fosse de mãe
muçulmana, mas de pai
cristão ou judeu, um
individuo mestiço, hispano-
árabe.
23.
24. Com a migração árabe, foi introduzido na península o linho, o algodão, a
seda, o brocado, e outros tipos de tecidos, assim como, outros tipos de cortes,
costuras, peças de roupas e acessórios, mas em geral a população rural manteve sua
vestimenta baseada no modelo nacional, por sua vez a população urbana foi quem
mais aderiu a moda árabe. Khassa era o termo árabe que designava a elite muladi.
Alguns historiadores consideram os khassa como a aristocracia. Embora tal termo
também fosse aplicado aos próprios árabes. Logo, foi essa aristocracia quem mais
aderiu a moda árabe, de forma a se aproximar cada vez mais da cultura dos
conquistadores. A elite passou a fazer uso dos novos tecidos que chegaram a região,
os já mencionado algodão, mas principalmente o linho, a seda, o brocado, etc., estes
últimos tecidos mais caros e considerados de luxo. Embora a lã, cetim e o couro ainda
continuaram a ser usados também por eles. Ainda acerca da moda feminina, o
uso de véus diferente do que se pensa, não era algo obrigatório naquele
tempo, logo, muitas mulheres muçulmanas necessariamente não o usavam
diariamente ou todo o tempo. Por outro lado, as mulheres também usavam
lenços para cobrir apenas os cabelos e alguns tipos de chapéus
No caso da vestimenta masculina, era comum o uso de camisas e
calças, ambas feitas de linho ou algodão, que por sua vez eram presas por
um cinto de couro, de algodão, linho, etc. Sobre esse traje básico usava-se
uma saia, uma blusa, túnica ou capa. Essas roupas sobrepostas poderiam ser
feitas de seda e poderiam trazer adornos como fios de ouro e bordados. Os
homens usavam turbantes, toucas e diferentes tipos de chapéus, todavia
dependendo da época não era algo obrigatório o uso de turbantes.
25. Higiene e Beleza.
Hammans (Casa de banho).
Uma novidade trazida com os árabes foi o retorno dos banhos diários e dos banhos
públicos. É costume do islã realizar os ritos de purificação diários. Por exemplo, toda
vez que um muçulmano for realizar uma das cinco orações obrigatórias diárias, ele
deve está pelo menos com o rosto, as mãos e a boca limpos. Homens e mulheres não
se misturavam, pois havia horários específicos para que cada um frequenta-se estes
espaços públicos. Normalmente os homens iam de manhã e as mulheres à tarde. No
entanto, não significa que não houvesse mulheres ou homens em ambos os horários,
havia sim, na presença dos escravos. Como no hammam oferecia-se serviços de
massagens, havia escravas e escravos que faziam as massagens. No caso dos
escravos, todos eram eunucos.
26. Nestes banhos além de lavar-se, fazer a barba, cortas as unhas, cortas os
cabelos e receber massagem, os homens e mulheres aproveitavam para
conversar, relaxar, jogar, se distrair, pois ir aos banhos públicos, era quase como
ir hoje a praia ou a um clube no sentido de espaços de lazer. No caso das
mulheres havia os tratamentos de beleza. Massagistas, manicures, pedicuras,
depiladoras, cabeleireiras, maquiadoras, etc. Nesse aspecto, o hammam também
atuava como uma espécie de "salão de beleza", mas lembrando que apenas a
elite dispunha desses caprichos da beleza. As mulheres de condições inferiores
se arrumavam em casa.
Ainda sobre o quesito beleza, diferente do que hoje é imposto por alguns
países muçulmanos onde as mulheres são obrigadas a usarem burcas e outros
tipos de véus para ocultar os rostos, assim como, trajar roupas pretas e longas,
de forma a ocultar sua beleza, curiosamente na Idade Média isso não era uma
tendência e uma prática. Era hábito das mulheres muçulmanas sempre estarem
bem arrumadas e belas para os maridos, e no caso das damas da alta sociedade,
elas sempre estavam impecáveis. As mulheres árabes medievais se vestiam com
roupas coloridas e de diferentes estilos, embora que a sensualidade fosse
reservada as dançarinas, prostitutas ou nos momentos privados do casal.
No caso dos homens, o cuidado com os cabelos, as barbas e as unhas
também era algo corriqueiro, pois embora fosse moda deixar a barba grande ou
os bigodes, dependendo da forma de como eles eram cortados e tratados, era
sinal de condição social, pois os ricos dispunha de produtos de beleza para a
barba e os cabelos, os quais os pobres não tinham acesso.
27. Sexualidade.
O caso da sexualidade é bastante
interessante. Tanto no cristianismo, judaísmo
e o islamismo naquele tempo, o
homossexualismo era considerado um
pecado, um tabu, no entanto, havia gente
que o praticava, em geral secretamente. Os
cronistas árabes de Al-Andalus mencionam
histórias de aventuras homossexuais de
gays e lésbicas.
Mas é importante ressalvar que o
homossexualismo não era algo público, as
pessoas que eram homossexuais ou
bissexuais se comportavam normalmente
como heterossexuais, apenas em locais
reservados é que eles tinham suas relações
e comportamentos desse gênero. Na prática
do dia a dia, os gays e lésbicas eram
heterossexuais na convivência pública e
particular, apenas nas suas intimidades é
que eles agiam conforme sua opção sexual.
28. No caso da prostituição por mais que tal prática seja condenada pelas religiões
abraâmicas, ela sempre conseguiu se manter viva e ainda hoje existe. Com a chegada
dos árabes não foi diferente. Se antes já havia prostíbulos na Ibéria, mesmo com o
conservadorismo muçulmano, os prostíbulos se mantiveram principalmente nas
cidades. Em alguns casos, era comum tavernas, albergues e hospedarias também
disporem de prostitutas. Aziz (1978, p. 210) assinala que a prostituição em Al-Andalus
era legalizada, onde por sua vez, as prostitutas pagavam um imposto chamado kharadj.
Outra mudança que surgiu para os hispanos-visigodos foi a legalização da
poligamia e o concubinato. O cristianismo e o judaísmo não toleram a bigamia e a
poligamia, mas o islamismo a permite, logo, cristãos e judeus que se converteram ao
islão passaram a dispor do direito da poligamia e do concubinato, entretanto, havia
algumas condições para isso.
Diferente do que se pensa, a maioria dos muçulmanos são monogâmicos, pois
para se ter mais de uma esposa é preciso pagar além do dote, ter condições financeiras
de manter de forma igualitária ambas as esposas. Logo, normalmente são os homens
ricos quem possuem mais de uma esposa e no caso do concubinato o mesmo é válido.
Para se ter um harém, o homem precisava dispor de dinheiro para comprar as
escravas do sexo e manter toda a mordomia que elas recebiam. Sendo assim, apenas
os muito ricos dispunham de haréns. Quanto mais mulheres um homem dispusesse em
seu harém, era sinal de quão rico ele era, pois além de ter que manter em alguns casos
dezenas de concubinas, as escravas mais belas custavam caro e dependendo das
exigências do futuro dono, elas eram trazidas de longe, o que encarecia ainda mais os
custos da viagem e da mercadoria.
29. Os árabes introduziram em Al-
Andalus a chamada dança do ventre, uma
dança de origem asiática que existe a
milhares de anos, e que acabou sendo
adotada pela cultura árabe. A dança do
ventre se modificou ao longo dos séculos,
logo, não podemos pensar que na Idade
Média as mulheres se vestiam igual a hoje
em dia. As roupas que elas usavam
mudaram com o tempo, assim como,
também encurtaram-se.
Um último aspecto ainda a ser
comentado sobre a sexualidade, diz
respeito ao erotismo. Já foi comentado que
as mulheres muçulmanas não precisavam
esconder sua beleza, mas havia posturas
de como se comportar publicamente, onde
elas não poderiam fazer olhares sensuais
e gestos com a boca, trajar roupas com
decotes, mostrar as pernas e até mesmo
os tornozelos, além do fato que as
mulheres não andavam sozinhas pelas
ruas, normalmente eram acompanhadas
de familiares, guardas, ou por escravos.
30. Economia.
Sob o governo árabe a economia andaluza cresceu significativamente, pois sob o
novo governo, os mercadores hispanos passaram a ter acesso as mercados no norte da
África e no Oriente Médio, o que facilitou o intercâmbio de mercadorias. Mas no que tange o
campo da economia agropecuária, essa também sofreu mudanças com a inserção de novas
culturas. Por mais que o comércio tenha crescido bastante, a principal renda do Estado
ainda advinha do setor agropecuário.
Além do fato do mercado urbano (souk) ser o principal ponto de comércio no Al-
Andalus árabe, outro fato que conotava a supremacia da cidade sobre o campo, dizia
respeito que em algumas cidades passaram a concentrar um grande número de artesãos e
outros trabalhadores. As oficinas se espalhavam por cidades como Sevilha, Córdova,
Toledo, Saragoça, etc. Eram nessas oficinas que se produziam tecidos, roupas, calçados,
chapéus, joias, cerâmicas, utensílios de cozinha, móveis, tapetes, esteiras, ferramentas,
talheres, armas, materiais de construção, etc.
31. Diferente do que se pensa, a
escravidão não foi abolida totalmente da
Europa durante a Idade Média. De fato
em algumas regiões ela deixou de existir,
mas no leste europeu, os povos eslavos a
praticaram por séculos; na Escandinávia,
ela ainda era praticada, os próprios
vikings comercializavam escravos com os
eslavos. E no caso de Al-Andalus a
situação não foi diferente.
"Outro setor importante da
economia omíada: o comércio de
escravos. A Espanha, conta em sua
população, com uma proporção bastante
considerável de escravos dos dois sexos,
brancos e negros, de origem européia ou
sudanesa. Eles são fornecidos pelas
razzias efetuadas em territórios cristãos,
pelo trafégo de negros, pela pirataria
marítima e pelos mercadores
especializados neste gênero de comércio,
principalmente judeus". (AZIZ, 1978, p.
77).
O comércio de escravos em Al-Andalus
como assinalado por Aziz, não fazia
distinção de cor, tanto brancos quanto
negros eram escravizados, no entanto,
normalmente se escravizava cristãos e
pagãos, que posteriormente eram
convertidos ao islão.
32. O emirado fundado em Córdoba em 15 de
maio de 756 faz da Espanha o primeiro Estado
muçulmano independente. Até aquela data,
todos os muçulmanos estavam submetidos à
autoridade direta do califa de Bagdá. Antes de
proclamar Córdova como capital de Al-
Andalus, os emires da península não
possuíam uma capital fixa, por sua vez, alguns
chegaram a morar em Córdova, Toledo,
Sevilha entre outras cidades. De 756 até 1031
Córdova seria a capital árabe de Al-Andalus,
tornando-se a maior e mais próspera cidade
da Ibéria e da Europa por vários anos, pois os
cronistas árabes relatam que a população da
cidade chegou a ultrapassar mais de 100 mil
habitantes, um número bastante grande para a
Europa, já que em geral as cidades europeias
mal chegavam aos 20 mil habitantes.
33. O Califado de Córdova.
No ano de 929, o então emir Abd al-Rahman III
(891-961) assumiu o título de califa, passando a
ser o chefe político, militar e religioso supremo de
Al-Andalus. Se antes o emirado de Córdova ainda
possuía ligações políticas com o Califado
Abássida, agora o Califado de Córdova era
oficialmente um Estado independente. As
relações com os Abássidas ainda se manteriam,
mas não da condição de província para império,
mas agora de Estado para Estado.
Algumas das principais reformas e decisões feitas pelo califa Abd al-Rahman III estiveram
segundo Giordani (1976, p. 109-110):
• Respeitar os direitos dos moçárabes e encerrar a perseguição aos mesmos;
• Por fim as revoltas de grupos oposicionistas radicais e separatistas. Em 933, a cidade
de Toledo foi invadida, e os últimos rebeldes foram derrotados.
• Para evitar conspirações e traições palacianas, o califa passou a se manter cercado
apenas das pessoas mais leais que possuía, além de formar uma guarda real composta
de escravos eslavos, fortemente submissos e leais a sua autoridade.
• Ordenou a construção de bibliotecas, banhos públicos, mesquitas, casas, estradas,
pontes, etc. A cidade de Córdova cresceu muito durante seu reinado, tornando-se a
segunda maior cidade da Europa, ficando atrás apenas de Constantinopla (atual
Istambul), capital do Império Bizantino.
34. Durante a Reconquista, estados muçulmanos caíram um por um para reinos cristãos
invasores do norte. As principais cidades de Córdoba, Sevilha e Toledo caíram nos anos
1.000 até os anos de 1.200. Os Murabitun e Muwwahidun (Almorávida e Almóada),
movimentos do norte da África, ajudaram a retardar a força cristã, mas a desunião entre os
muçulmanos levou à perda contínua de terra. Um estado muçulmano – Granada – foi capaz
de escapar da conquista dos cristãos nos anos 1.200. Após a queda de Córdoba em 1.236,
os governantes do emirado de Granada assinaram um acordo especial com o Reino de
Castela, um dos mais poderosos reinos cristãos. Granada tinha concordado em se tornar
um estado tributário para Castela. Isso significava que eles foram autorizados a
permanecerem independentes como o Emirado de Granada, mas em troca de não serem
invadidos por Castela, eles tiveram que pagar uma quantia anual (geralmente em ouro) à
monarquia castelhana.
35. A retomada cristã dos territórios perdidos para os muçulmanos começa logo
após sua perda, com a expansão do reino de Astúrias entre 739 e 757, mas estas
batalhas não podiam ainda ser caracterizadas como guerra de reconquista, pois eram
batalhas eventuais que nem sempre tinham como intenção a conquista definitiva do
território. O pequeno reino cristão das Astúrias — formado por Asturos, Cântabros e
Hispano-Godos — conseguiu, em 754, expulsar definitivamente os muçulmanos para o
sul do Douro. De fato, foi no sul de Portugal que o Islã deixou marcas profundas,
comparáveis à contribuição da presença romana na estrutura do que, mais tarde, seria
a civilização portuguesa.
As constantes lutas internas, além das cíclicas tentativas de
fragmentação do estado islâmico peninsular, contribuíram para o avanço
cristão que, lentamente, foi empurrando os muçulmanos para sul. A luta entre
cristãos e muçulmanos arrastou-se, com avanços e recuos, ao longo de seis
séculos, sendo o Algarves acrescentado ao território português em 1249, no
reinado de Afonso III.
Consequentemente, vários reinos cristãos surgiram das derrotas
mouras, como o Condado Portucalense, o Reino de Aragão, o Reino de
Castela, o Reino de Navarra e o Reino de Leão.
36. O mais precoce foi Portugal, o qual logrou sua reconquista em 1147, com a
reconquista da cidade de Lisboa e em 1187, com a formação do Condado
Portucalense, no noroeste da Península.
A conquista da cidade de Faro abriu caminho para o repovoamento da região
Sul e consolidou a dinastia de Borgonha, a qual governou o primeiro Estado
Nacional europeu até 1383.
No século XV, as campanhas militares patrocinadas pela união conjugal dos
reis Fernando de Aragão e Isabel Castela consolidaram o processo de
reconquista, culminando na expulsão completa dos invasores muçulmanos em
1492, com a retomada do reino de Granada e na unificação da Espanha como
Estado Nacional.